Alunos com mais de 10 anos devem usar máscara nas escolas

  • ECO
  • 31 Agosto 2021

A Direção-Geral de Saúde atualizou as diretrizes para a pandemia nas escolas no ano letivo 2021-22. Alunos com 10 ou mais anos têm de usar máscara. No primeiro ciclo também é "fortemente recomendada".

No próximo ano letivo, as máscaras vão fazer parte do dia a dia nas escolas. A partir dos 10 anos, os alunos “devem utilizar máscara comunitária certificada ou máscara cirúrgica”, de acordo com o Referencial para as Escolas divulgado esta terça-feira pela Direção-Geral de Saúde (DGS). E para as crianças do primeiro ciclo do ensino básico também é “fortemente recomendada” a máscara.

Fora das escolas, a DGS explica que se deve manter esta orientação. Quer em espaços interiores, como supermercados, farmácias ou lojas, quer no exterior — “parques, jardins, ruas” –, qualquer pessoa com dez ou mais anos deve usar máscara. Ainda que esta medida se aplique nas escolas só a partir do segundo ciclo, é recomendada também às crianças entre os 6 e 9 anos, desde que tenham “treino no uso” e sejam supervisionadas por um adulto.

As autoridades de saúde decidiram também que mesmo os vacinados terão de ser testados “nas primeiras semanas do novo ano letivo” uma vez que podem ser “veículo” de transmissão do vírus. Assim, durante a primeira fase, entre 6 e 17 de setembro, todo o pessoal docente e não docente será testado contra a Covid-19. Seguem-se os alunos do secundário entre 20 de setembro e 1 de outubro e os alunos do terceiro ciclo entre 4 e 15 de outubro.

A duas semanas do início do ano letivo, a DGS flexibiliza ainda as regras em caso de surto e consequente encerramento de turmas ou da própria escola. Entre as medidas está a interrupção de isolamento profilático e regresso à escola em caso de “contactos de baixo risco e/ou os contactos de contactos cujos testes sejam negativos”. Esta regra não se aplica “a contactos de alto risco com doença confirmada de COVID-19 há menos de 90 dias, estando sujeitos a vigilância passiva durante 14 dias desde a data da última exposição”.

O próximo ano letivo arranca entre 14 e 17 de setembro.

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Grupo Luz retira atos da convenção com ADSE e cria tabela de preços especiais para beneficiários

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

A nova tabela de preços “decidida pela ADSE não valoriza de forma adequada” os custos inerentes aos seus “standards clínicos”, nem o trabalho dos profissionais, defende o grupo Luz.

A nova tabela de preços da ADSE levou o Hospital da Luz a retirar alguns serviços e atos clínicos da convenção, tendo criado uma tabela de preços especiais para atos não convencionados, refere o grupo de saúde em comunicado.

A rede Hospital da Luz vai manter “as convenções na generalidade” com a ADSE, refere o grupo privado de saúde num comunicado emitido esta terça-feira, precisando que, contudo, depois da avaliação que efetuou, concluiu que, no caso de alguns serviços/atos clínicos, a nova tabela de preços “decidida pela ADSE não valoriza de forma adequada” os custos inerentes aos seus “standards clínicos”, nem o trabalho dos profissionais.

“Tal facto não deixou ao Grupo Luz Saúde outra alternativa que não a de excluir do âmbito da convenção esses serviços/atos clínicos nas unidades da rede Hospital da Luz”, adianta o comunicado.

A nova tabela de preços da rede convencionada da ADSE está prevista entrar em vigor esta quarta-feira, dia 1 de setembro, sendo também aplicável aos outros subsistemas de saúde públicos, nomeadamente IASFA, SAD-PSP e SAD-GNR – forças armadas e de segurança.

O Grupo Luz Saúde acrescenta ainda que reorganizou a sua oferta de cuidados de forma a garantir que se mantém a resposta aos beneficiários destes subsistemas de saúde, pelo menos em parte da rede de unidades Hospital da Luz.

Assim, e “por forma a diminuir o impacto financeiro da nova tabela, os clientes das unidades da rede Hospital da Luz que sejam beneficiários da ADSE, IASFA, SAD-PSP e SAD-GNR terão acesso a uma tabela especial de preços para os serviços/atos clínicos não convencionados”, cujos preços estão “em linha” com os praticados com as seguradoras.

No âmbito desta tabela especial de preços, refere o comunicado, uma consulta com um médico especialista que não tenha convenção com os subsistemas dos trabalhadores e reformados da administração pública custará aos beneficiários que a ela adiram entre 35 e 40 euros, “podendo depois o beneficiário pedir o reembolso”.

As novas tabelas da ADSE atualizam o preço das consultas nas rede convencionada, passando o encargo do beneficiário a ser de cinco euros (contra os atuais 3,99 euros), enquanto o valor comparticipado pela ADSE sobe de 14,47 euros para 20.

Além desta atualização de preços – com a qual se pretende reforçar a rede convencionada evitando o recurso ao regime livre –, a revisão das tabelas inclui novos atos médicos e suprime outros que estavam desatualizados e impõe tetos máximos para milhares de procedimentos cirúrgicos, medicamentos hospitalares e próteses.

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PCP quer OE2021 cumprido antes de começar a negociar o próximo

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

A “execução orçamental não está a ser cumprida” em medidas como a “gratuitidade das creches, as questões relativas ao Serviço Nacional de Saúde", apontou Jerónimo de Sousa.

O líder do PCP insistiu esta terça-feira em Peniche no cumprimento do Orçamento de Estado deste ano, antes de começar a discutir com o Governo o de 2022, e recusou fazer do Serviço Nacional de Saúde “moeda de troca”.

“Ainda não resolvemos este [Orçamento de Estado] que está em vigor, quanto mais o que há de vir”, afirmou Jerónimo de Sousa aos jornalistas, durante uma visita ao Centro de Saúde de Peniche, no distrito de Leiria, no âmbito das eleições autárquicas de 26 de setembro.

O secretário-geral do PCP sublinhou que a “execução orçamental não está a ser cumprida” em medidas como a “gratuitidade das creches, as questões relativas ao Serviço Nacional de Saúde [SNS] ou o subsídio de risco para as forças de segurança” e insistiu que “a prioridade” é o atual orçamento.

“Neste momento, é o ministro das Finanças que tem a chave do cofre no bolso, por isso vamos continuar a batalhar. Senão, vamos aprovar um orçamento que vale dois ou três meses e o resto fica para o outro e não pode ser”, apontou.

Jerónimo de Sousa recusou fazer do SNS “moeda de troca” das negociações que vai ter com o Governo para o Orçamento de Estado para 2022. Ao lado da candidata da CDU à Câmara de Peniche, Clara Abrantes, o líder comunista disse que espera que o reforço do SNS, prometido pelo primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, no congresso do fim de semana “não seja só uma frase de congresso” e seja para concretizar.

Jerónimo de Sousa defendeu que, no âmbito dos investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência, “o SNS é um dos setores prioritários para ser dinamizado para que responda à sua função constitucional de garantia da saúde dos portugueses”, depois de a pandemia de covid-19 ter demonstrado que “não há outra solução senão o SNS”.

Para o líder comunista, é necessário contratar mais profissionais de saúde, que estão em falta, como verificou em Peniche.

Jerónimo de Sousa alertou também para a necessidade de apoiar quem é despedido e de investir na produção nacional, quando questionado sobre a redução da taxa de desemprego em junho.

“Haveremos de retomar o caminho do desenvolvimento e do crescimento, mas convém ver qual vai ser a solução, por exemplo, para aqueles que estão a ser despedidos em massa pelas grandes empresas, qual o investimento na produção nacional é que vai ser feito para conseguir esse alargamento de emprego”, afirmou Jerónimo de Sousa aos jornalistas.

Jerónimo de Sousa apelou também ao “emprego com direitos” e ao fim da precariedade sobretudo entre os mais jovens. “A resposta não pode ser trabalhar 180 dias à experiência em trabalhos que se aprendem em dois ou três dias para impedir que esses trabalhadores recebam subsídios de férias e de Natal e tenham direitos”, afirmou.

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O seguro nasceu de novo

  • BRANDS' ECOSEGUROS
  • 31 Agosto 2021

Ricardo Melo Araújo, gestor de clientes da Amplitude Seguros, fala do impacto da COVID-19 na atividade de consultoria e corretagem de seguros e da importância de criar e manter relações de confiança.

Há um velho ditado popular que nos diz que “o seguro morreu de velho”, ou seja, defende que quem se previne, tem uma maior probabilidade de evitar surpresas desagradáveis.

Contudo, os acontecimentos dos últimos dois anos transportaram-nos para uma nova realidade e todos nós, de uma forma ou de outra, tivemos de nos reinventar e adaptar.

A COVID-19 teve um impacto enorme em todos os setores de atividade e a área seguradora não foi exceção, pelo que em certa medida, podemos dizer que o seguro nasceu de novo!

O primeiro grande desafio que a pandemia nos trouxe foi o teletrabalho.

O setor segurador sempre foi e acredito que será sempre, um negócio de pessoas e, ao longo dos anos, o contacto presencial, tanto com os clientes como com os parceiros de negócio, teve um papel preponderante para o sucesso da nossa atividade.

A nível organizacional, a proximidade física foi também desde sempre um fator importante para o bom funcionamento das empresas, não só por promover a criação de sinergias, mas acima de tudo por permitir uma partilha de conhecimentos e experiências de uma forma mais direta e consistente.

Todavia, a Amplitude adaptou-se rapidamente e de forma eficiente e eficaz ao teletrabalho. As nossas equipas trabalharam em espelho desde o início da pandemia e conseguimos manter uma relação de proximidade, tanto internamente, como na relação com os nossos clientes e com os nossos parceiros, através do contacto telefónico, e-mail e das plataformas de vídeo conferência.

"A tecnologia é cada vez mais um fator chave na nossa atividade de consultor e corretor de seguros, na medida em que promove a melhoria de desempenho e o aumento do nosso alcance e da nossa capacidade de resposta, o que contribui em larga escala para continuarmos a conquistar resultados positivos e a acrescentar valor.”

Ricardo Melo Araújo

Gestor de clientes da Amplitude Seguros

Encaramos a crise pandémica como uma oportunidade de crescimento e de superação e como a possibilidade de nos tornarmos cada vez melhores e de sermos capazes de transformar em bem, muito do que o mal nos trouxe.

A aceleração do processo de transformação digital em todas as áreas da sociedade foi outra consequência natural do surgimento da COVID-19 e da implementação do teletrabalho.

A tecnologia é cada vez mais um fator chave na nossa atividade de consultor e corretor de seguros, na medida em que promove a melhoria de desempenho e o aumento do nosso alcance e da nossa capacidade de resposta, o que contribui em larga escala para continuarmos a conquistar resultados positivos e a acrescentar valor.

Alterámos recentemente o nosso sistema informático e apostámos numa plataforma de gestão integral do negócio da corretagem de seguros na “nuvem”, que visa sobretudo facilitar a experiência dos utilizadores e originar ganhos de produtividade e automatização de alguns processos.

Além da necessidade de adaptação e de inovação constantes a que estamos expostos, este é também o tempo de nos mantermos firmes no nosso propósito, no nosso ADN.

"O foco no cliente é o nosso principal combustível, que nos permite trabalhar sempre na obtenção das soluções de seguros que melhor respondam às necessidades e ao perfil de cada cliente.”

Ricardo Melo Araújo

Gestor de clientes da Amplitude Seguros

Desenvolver uma total orientação para o cliente, procurar sempre as melhores e mais inovadoras soluções de seguro disponíveis no mercado segurador nacional e internacional. Criar e alimentar relações de parceria sólidas, duradouras e assentes numa grande relação de confiança.

O foco no cliente é o nosso principal combustível, que nos permite trabalhar sempre na obtenção das soluções de seguros que melhor respondam às necessidades e ao perfil de cada cliente.

Num mercado cada vez mais competitivo e com canais cada vez mais diversificados de divulgação dos produtos e de abordagem ao consumidor, é fundamental apostarmos na diferenciação, através do serviço prestado ao cliente.

Procuramos conhecer os nossos clientes, atuar com transparência, compreender as suas reais necessidades e “calçar os seus sapatos”, de forma a apresentarmos propostas que garantam os riscos que pretendem e precisam proteger.

A empatia é, mais do que uma característica, uma ferramenta muito valiosa para as pessoas e para a organização, pois permite-nos construir uma relação de confiança, oferecer experiências positivas e gerir potenciais conflitos de forma ágil e eficaz.

Para sermos bem-sucedidos neste propósito, temos de conhecer de forma detalhada o mercado segurador e as características de uma vasta gama de produtos disponíveis para cada ramo.

Como consultores e corretores de seguros, cabe-nos a nós aconselhar da melhor forma os nossos clientes e ajudá-los a garantir que apesar de ter “nascido “de novo, o seguro vai sempre morrer de velho!

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Setor da construção tem nova tabela salarial entre 665 euros e 1.020 euros

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

A nova tabela salarial produz efeitos a partir de 1 de setembro.

As associações patronais e os sindicatos do setor da construção acordaram uma nova tabela salarial entre os 665 euros e os 1.020 euros e um subsídio de refeição diário no valor de seis euros, foi divulgado esta terça-feira.

De acordo com uma nota de imprensa da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), as associações empresariais e as estruturas sindicais do setor concluíram a revisão do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), acordando uma nova tabela salarial que produz efeitos em 1 de setembro.

O processo negocial de revisão do CCT aplicável ao setor da construção decorreu desde fevereiro de 2021 e envolveu a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, a Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços e a Associação dos Industriais da Construção de Edifícios.

Em representação dos trabalhadores participaram a Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços, a Federação dos Engenheiros e o Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL).

Segundo o comunicado, com o acordo alcançado, foram também adaptadas algumas das cláusulas do CCT ao articulado do Código do Trabalho, nomeadamente as relativas à contratação a termo, e extintas algumas categorias profissionais.

As alterações serão divulgadas assim que o CCT for publicado no Boletim do Trabalho e Emprego.

A tabela salarial varia entre os 665 euros e os 1.020 euros, mas existe um nível salarial inferior, de 532 euros, que é aplicável a trabalhadores praticantes, aprendizes e estagiários que se encontrem numa situação considerada como formação certificada.

Esta redução salarial só pode ser mantida pelo período de um ano, o qual inclui o tempo de formação passado ao serviço de outros empregadores, sendo este mesmo período reduzido para seis meses no caso de trabalhadores habilitados com curso técnico-profissional ou curso obtido no sistema de formação profissional qualificante para a respetiva profissão. O salário do topo da tabela, o grupo I, vai ser de 1.020 euros.

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Dividendos da Nos para Isabel dos Santos congelados na CGD

Ministério Público determinou ainda que os dividendos da Zopt -- que controla a telecom -- não podem ser usados para a empresária angolana pagar a dívida ao banco público.

Os dividendos que a Nos distribua junto das empresas de Isabel dos Santos através da Zopt — veículo que criou com a Sonae para controlar a telecom — vão ter de ficar guardados na Caixa Geral de Depósitos (CGD), de acordo com o Ministério Público. Estes dividendos, determina ainda o MP, não podem servir para pagar a dívida da empresária angolana junto do banco público.

A Zopt controla 52,15% da Nos, sendo que este veículo é detido em partes iguais por Isabel dos Santos — através das sociedades Kento Holding (17,35% da Zopt) e Unitel (32,65%) — e pela Sonae.

Em março deste ano, a operadora de telecomunicações pagou mais de 143 milhões de euros aos acionistas, com 74 milhões de euros a serem transferidos para a Zopt.

No caso da Kento e da Unitel — onde estão os ativos de Isabel dos Santos que se encontram arrestados pela Justiça por causa da ação colocada pelo Estado angolano –, os dividendos estão congelados, o que levou o Ministério Público português a requerer à Zopt que os montantes que cabiam às duas sociedades fossem depositados na CGD para “garantir que os mesmos fiquem à ordem destes autos”. A informação consta no relatório e contas do primeiro semestre da Sonaecom, divulgado esta terça-feira.

Além disso, o Ministério Público manifestou outra posição junto da Zopt: que os dividendos não podem ser usados “para satisfazer um alegado crédito da CGD sobre a Kento Holding Limited”.

Antes, se a Caixa quiser reaver o financiamento que concedeu ao veículo de Isabel dos Santos, deve “fazer valer os seus alegados direitos pelo meio processualmente adequado”, segundo o entendimento dos procuradores.

Contactada pelo ECO, a Caixa não quis prestar qualquer declaração sobre este assunto, embora o banco do Estado tenha já avançado, em março, com uma ação de execução no valor de 6,2 milhões de euros justamente contra a Kento.

Antes disso, a instituição liderada por Paulo Macedo já havia assumido o controlo da posição da Kento na Zopt “na qualidade de entidade beneficiária do penhor das ações detidas pela Kento” no veículo que une Isabel dos Santos e a Sonae na operadora portuguesa e que está em processo de dissolução.

(Notícia atualizada às 19h47)

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Recuperados Covid podem ser vacinados ao fim de três meses. ‘Casa Aberta’ disponível dia 1 de setembro

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

Em vez de esperar seis meses, os recuperados Covid podem agora ser vacinados após três meses da infeção na modalidade Casa Aberta,

As pessoas recuperadas há mais três meses podem ser vacinadas contra a covid-19 a partir de 1 de setembro na modalidade de “casa aberta” em qualquer centro de vacinação de Portugal continental, anunciou esta terça-feira a task force que coordena o processo.

Será possível a partir de amanhã, dia 1 de setembro, a vacinação de todos os utentes recuperados após 90 dias da notificação do caso. Para tal basta que esses utentes se desloquem a qualquer centro de vacinação de Portugal continental à sua escolha, recorrendo à modalidade “casa aberta””, adiantou a estrutura liderada pelo vice-almirante Gouveia e Melo.

Segundo a task force, esta possibilidade resulta de uma decisão da Direção-Geral da Saúde que “será vertida numa alteração à norma 002/2021 a divulgar oportunamente”.

Até agora, a norma em causa previa que os recuperados da covid-19 há pelo menos seis meses podiam ser vacinados com uma dose de vacina, exceto nos casos de pessoas com imunossupressão. Para estas situações, está prevista a vacinação completa.

Os dados nacionais mais recentes indicam que Portugal tem já 72% da população com a vacinação completa e 80% com pelo menos uma dose de vacina contra a covid-19.

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Bruxelas vai debater reinstalação de afegãos em setembro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 31 Agosto 2021

O ministro Eduardo Cabrita garante que Portugal vai participar na reinstalação de afegãos, "concordando plenamente" com os grupos identificados como mais vulneráveis.

A Comissão Europeia vai realizar um fórum de alto nível sobre reinstalação de cidadãos afegãos. O debate irá decorrer em setembro, segundo adiantou esta terça-feira o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que garante também que “Portugal irá participar neste esforço de reinstalação“.

“A cooperação com as entidades afegãs deve estar subordinada, antes de mais, ao respeito por condições que sejam compatíveis com os direitos fundamentais, assumindo que os grupos mais vulneráveis são identificados”, afirmou Eduardo Cabrita.

O ministro, que falava em declarações à imprensa após a reunião ministerial de Assuntos Internos da União Europeia (UE), sublinhou que Portugal vai participar na reinstalação de afegãos, “concordando plenamente com aquilo que a comissária Ylva Johansson identificou como grupos mais vulneráveis: as mulheres, as crianças, os ativistas de Direitos Humanos, os jornalistas, segmentos como as mulheres juristas, designadamente as mulheres juízas.

Nenhum dos 27 Estados-membros se comprometeu com qualquer número de afegãos a acolher, mas o governante aponta que “Portugal tem, neste momento, recursos que lhe permitem apoiar umas centenas de afegãos”. Só esta manhã, chegou a Lisboa um grupo de 18 pessoas, redistribuídas a partir de Madrid. A Portugal chegaram 84 cidadãos afegãos desde sexta-feira passada.

Eduardo Cabrita assegura ainda que a Europa está hoje “manifestamente mais preparada” para acolher migrantes, destacando que priorizar uma ação solidária na dimensão humanitária é condição para prevenir uma situação futura de crise de segurança ou de crise migratória e que será concedido estatuto de proteção internacional adequado. No entanto, “nem todos os países veem com o mesmo entusiasmo a participação neste esforço de reinstalação”, remata.

Segundo os últimos números, cerca de 114.000 pessoas foram retiradas de Cabul, desde a tomada da cidade pelos talibãs, em cerca de 2.900 em voos militares ou da coligação internacional.

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Autoeuropa volta a produzir no dia 6 de setembro e recorre a programa de apoio

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

"O que afeta a Volkswagen Autoeuropa, bem como outras empresas no momento, é a escassez de componentes devido à extensão das medidas de confinamento na Ásia", explica fonte oficial.

A Autoeuropa planeia voltar à produção no dia 6 de setembro e irá recorrer a um programa de apoio à atividade económica, garantindo o pagamento das remunerações, disse à Lusa fonte oficial.

Em resposta por escrito a questões da agência Lusa, fonte oficial da Autoeuropa indicou que o início da produção está planeado para o dia 6 de setembro, apesar do problema de falta de semicondutores que está a afetar a fábrica de automóveis de Palmela, no distrito de Setúbal.

“O que afeta a Volkswagen Autoeuropa, bem como outras empresas no momento, é a escassez de componentes devido à extensão das medidas de confinamento na Ásia, continente que concentra parte significativa da produção de semicondutores para os nossos produtos”, indicou a mesma fonte.

A empresa já parou algumas vezes nos últimos meses por falta de semicondutores. Segundo informação divulgada em junho pela Autoeuropa, a falta de semicondutores, que está a afetar todo o setor automóvel, deve-se às dificuldades de fornecedores de alguns países, designadamente a Malásia, devido a medidas de confinamento por causa da pandemia de covid-19.

Além disso, a partir de quarta-feira, 1 de setembro, a empresa irá recorrer “a um programa de apoio à atividade económica”.

“Durante a aplicação deste programa, decidimos atribuir um complemento como garantia do rendimento individual de cada colaborador da empresa”, afirmou a fonte oficial.

Em declarações à Lusa, o coordenador da Comissão de Trabalhadores (CT) da empresa, Fausto Dionísio, disse que os trabalhadores estão preocupados com a falta de semicondutores.

“Ninguém sabe o que vai acontecer neste momento. É uma preocupação de empregadores e empregados. O mercado de semicondutores está completamente desregulado pela pandemia na Ásia e pela procura em todos os domínios. A nossa preocupação é que isto retome o mais rapidamente possível e volte à normalidade”, salientou.

Do acordo com Fausto Dionísio, “a empresa para já tem garantidos os salários aos trabalhadores” o que, considera, “é de toda a justiça”. “Estamos preocupados”, sublinhou, indicando previsões de que a crise se possa “prolongar por 2022”.

“Mas, para já, a empresa tem cumprido com todos os seus compromissos com os trabalhadores e os trabalhadores com a empresa“, salientou.

Na semana passada, o Expresso noticiava que o regresso da empresa poderia não acontecer no dia 6 de setembro devido à crise dos semicondutores. Hoje, a Renascença deu conta que a Autoeuropa iria recorrer a um apoio do Estado para pagar salários.

A Autoeuropa, com mais de 5.200 colaboradores, dos quais 98% com vínculo permanente, produziu em 2020 um total de 192.000 automóveis e 20 milhões de peças para outras fábricas do grupo alemão, que representam 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 4,7% das exportações portuguesas.

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Descontos do IVAucher chegam pelos bancos. Como funcionam?

  • ECO
  • 31 Agosto 2021

Os bancos assumem um papel central para a fase dos descontos do IVAucher, que passam a ser devolvidos através da conta bancária, existindo também outras opções para os comerciantes. Saiba o que muda.

Com o final de agosto, termina a primeira fase do IVAucher, de acumulação de saldo. Em setembro é apurado o crédito que tem no programa, desenhado para dinamizar os setores mais atingidos pela pandemia, e há novidades para a terceira e última fase entre outubro e dezembro. Todo o IVA que pagou na restauração, alojamento e cultura entre junho e agosto será transformado em descontos e reembolsado através da sua conta bancária, existindo também outras opções para operacionalizar a medida. O ECO explica-lhe o que precisa de saber para as próximas fases do IVAucher.

Acabou a primeira fase. E agora, quando vou poder descontar?

Entre 1 de junho e 31 de agosto acumulou o IVA dos gastos realizados nos setores abrangidos através de fatura com o número de identificação fiscal (NIF). Durante o mês de setembro, a Autoridade Tributária irá apurar o saldo que acumulou e comunicá-lo à empresa que operacionaliza o IVAucher.

No total, os consumidores acumularam 21,2 milhões de euros em junho, de acordo com dados oficiais. A adesão ao IVAucher pode ser feita durante todo o período do programa. O saldo pode ser utilizado entre 1 de outubro e 31 de dezembro com os cartões de pagamento que ligou à sua conta, descontando um máximo de 50% da fatura por compra, nos comerciantes que aderirem ao programa, dentro dos setores abrangidos.

As Finanças revelaram que o desconto será reembolsado diretamente pelas instituições bancárias, numa espécie de cashback: o cliente paga o total da conta e receberá o valor igual ao desconto na respetiva conta bancária. O montante deverá estar disponível no dia seguinte, segundo avançou o Observador.

No entanto, existem ainda outras opções. “Os comerciantes mantêm ainda a opção de disponibilizar aos clientes os descontos decorrentes do IVAucher através da rede entidade operadora do sistema (SaltPay): TPAs, aplicação IVAucher e software de faturação”, acrescenta ainda o Ministério, em comunicado.

Quais os setores abrangidos?

Setores da restauração, alojamento e cultura (atividades artísticas e literárias, outras atividades culturais, livrarias e cinemas) estão abrangidos. No caso da restauração, incluem-se restaurantes, bares e cafés ou compras em plataformas eletrónicas de entrega ao domicílio (Uber Eats, Glovo, etc). No caso do alojamento, são elegíveis hotéis, alojamento local, entre outros, incluindo as reservas feitas através de plataformas eletrónicas (Booking, etc). As reservas feitas através das agências de viagens não estão incluídas.

No caso da cultura, são elegíveis os vários tipos de espetáculos, as sessões de cinema, os festivais de verão, livros, manuais escolares ou discos mas tem sempre de ter em atenção o CAE (Classificação de Atividades Económicas) do comerciante. O Governo alargou também o programa às editoras de livros e lojas de discos, uma medida retroativa que terá ainda que ser aprovada em Conselho de Ministros.

Por exemplo, um livro ou até um jornal comprado numa livraria é elegível, mas se a mesma compra for feita num supermercado ou numa loja de cultura e produtos eletrónicos (FNAC, Worten, etc) não é elegível. Além de tudo isto, o próprio comerciante terá de aderir à plataforma IVAucher para que possa descontar o saldo de cada consumidor.

Qual o IVA que acumula em cada setor?

Os bens e serviços de cada setor abrangido têm um IVA diferente. No caso do alojamento, o IVA das estadias corresponde a 6% do valor total da fatura. No caso da restauração, o IVA varia entre a taxa reduzida de 6%, a taxa intermédia de 13% e a taxa máxima de 23% consoante o tipo de alimento e de bebida. No caso da cultura, o IVA também é de 6% na maioria dos espetáculos.

Como aderir ao IVAucher?

A fase de acumular o IVA é simples dado que só necessita de dar o NIF — independentemente de aderir ao IVAucher ou não, este valor é registado para si –, mas o mecanismo fica mais complexo a partir de outubro quando terá de beneficiar do desconto. O primeiro passo, o qual poderá ser feito até 31 de dezembro, é aderir ao IVAucher em si, existindo neste momento duas formas de o fazer.

A primeira é a adesão online através do website (www.ivaucher.pt, o qual deverá estar disponível em breve) ou da aplicação móvel do IVAucher (cujo lançamento está previsto para dia 1 de setembro). A adesão começa numa destas duas plataformas e depois o processo é automaticamente redirecionado para o Portal das Finanças para que seja validado o NIF. Além disso, terá de “ligar” o cartão de pagamento (incluindo cartões de refeição, cartões de crédito, cartões de débito e cartões internacionais) à sua “conta”.

A segunda é a adesão presencial disponível nos 3.000 pontos de venda (tabacarias ou papelarias) da Pagaqui — a empresa que ganhou o concurso público para a implementação do IVAucher — através da leitura do cartão de cidadão (com um leitor de cartões) e do cartão bancário que quer associar à sua “conta”.

Onde utilizar o desconto?

Para utilizar o desconto nos setores abrangidos terá de ter em atenção se o comerciante escolhido aderiu também ao IVAucher — serão identificados com um selo (não é obrigatório tê-lo pelo que na dúvida o melhor é perguntar).

Como utilizar o desconto?

Escolhido um comerciante que tenha aderido ao IVAucher, pode receber o desconto através da sua conta bancária, através de um terminal de operadores aderentes ou através da utilização da app do IVAucher onde terá de confirmar a operação. Nesta fase de utilização do benefício será sempre necessário efetuar a compra com o cartão de pagamento associado (não é possível pagar em numerário como na fase de acumulação).

O desconto do IVAucher pode ser reembolsado diretamente na conta bancária do consumidor. Na prática, o cliente paga a totalidade da fatura e receberá, em princípio no dia seguinte, o valor igual ao desconto na sua conta bancária.

Mas os comerciantes têm ainda a opção de “disponibilizar aos clientes os descontos decorrentes do IVAucher através da rede entidade operadora do sistema (SaltPay): TPAs, aplicação IVAucher e software de faturação”, segundo as Finanças.

Posso pagar uma conta com o saldo do IVAucher?

Na sua totalidade, não. No máximo, o desconto será de 50%. Um exemplo prático: se tiver no saldo 30 euros e for comprar um livro de 10 euros a uma livraria aderente do IVAucher, o desconto será no máximo de 5 euros. Os restantes 25 euros terá de descontar noutras compras seguintes. O desconto não é automático pelo que poderá escolher exatamente onde o quer gastar.

Como consultar o saldo?

Poderá consultar o seu saldo acumulado de IVA na aplicação do e-fatura, a mesma em que pode validar as suas faturas para efeitos do IRS, ou no Portal E-Fatura. Será também possível consultar através de uma aplicação do IVAucher, a qual será útil na fase de utilização do benefício, onde constará o saldo e os cartões de pagamento associados e onde receberá a notificação que terá de confirmar nas operações realizadas fora dos operadores de pagamento aderentes.

O saldo poderá ser consultado em tempo real, mas poderá haver um desfasamento caso a comunicação seja feita ao Fisco por parte do comerciante. No caso de ser o próprio consumidor a comunicar a fatura através da app e-fatura ou do código QR, o saldo é provisório mas fica imediatamente atualizado. O saldo definitivo só será apurado pela Autoridade Tributária em setembro.

O que acontece caso não utilize todo o saldo?

Poderá chegar ao fim de dezembro sem gastar o saldo acumulado ou mesmo não querer utilizá-lo. Nesse caso, essas faturas irão contar para a dedução em IRS de 15% do IVA suportado na aquisição de restauração e alojamento (a cultura não está incluída neste benefício fiscal), a qual foi criada para combater a evasão fiscal e promover o uso do NIF nas faturas. Da mesma forma, todas as faturas relativas ao IVA acumulado que for gasto no IVAucher não serão elegíveis para esta dedução ao nível do IRS no próximo ano.

O fisco terá acesso à minha conta bancária?

Não, segundo o Ministério das Finanças, que garante que não haverá troca de informação além da comunicação do saldo acumulado e do NIF, o qual será associado ao cartão bancário. Houve a preocupação por parte do Governo de não incluir a Autoridade Tributária em nenhum aspeto além do necessário, através do e-fatura e do NIF, cabendo à Pagaqui a intermediação com o consumidor e o comerciante. “Os dados são absolutamente protegidos”, garante o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes.

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Três dias, três recordes no preço da eletricidade. Ministro diz ter “almofadas” para travar subida das faturas

Amanhã, 1 de setembro, o Mibel vai bater um novo recorde de 132,47€/MWh. Matos Fernandes não promete nada, mas tem "muitas almofadas" para "inibir o aumento do preço da eletricidade aos consumidores".

Mais um dia, mais um recorde do preço da eletricidade no mercado grossista ibérico (Mibel). Depois dos 124,45€/MWh registados na segunda-feira e dos 130,53€/MWh desta terça-feira, o Omie avança para amanhã, 1 de setembro, um novo máximo histórico: 132,47€/MWh.

Agosto teve assim oito recordes (cinco deles em dias consecutivos, entre os dias 9 e 13), o que fez com que o mês fechasse com um um preço médio de 105,99 euros/MWh em Portugal, ligeiramente acima do que no mercado espanhol (105,94€/MWh). Em termos anuais, mostra o Data Hub da REN que o preço médio no Mibel está praticamente dos 69 euros por MWh.

Perante estes números — e depois de fonte oficial já ter dito ao ECO/Capital Verde que o Governo “está atento”, sem alarmismos, mas descarta aumentos e fala em “medidas em benefício dos consumidores” — o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, voltou a sublinhar que dispõe de “muitas almofadas” para “inibir o aumento do preço da eletricidade aos consumidores” ou, até mesmo, “reduzir” esse preço.

Em declarações aos jornalistas à margem da apresentação dos Vales Eficiência, transmitidas pela SIC Notícias, o ministro garantiu que o Governo tem “uma vontade muito grande, sem qualquer promessa, de fazer com que a eletricidade não aumente”. Matos Fernandes lembrou ainda que desde que está no Governo o preço da energia elétrica caiu 11% e frisou que o aumento dos custos de produção de eletricidade (por causa dos preços do gás natural e das licenças de emissões de CO2 em alta) “é um fator que inibe a possibilidade de podermos reduzir” tarifas.

“Temos é, de facto, muitas outras almofadas para o poder contrariar”, disse, lembrando que “quem faz a conta final é a ERSE”. A 15 de outubro o regulador vai apresentar a sua proposta tarifária para 2022, cuja versão final ficará depois fechada em dezembro.

Matos Fernandes descartou por isso um possível efeito imediato nas contas da luz, como previsto pelo Governo de Madrid. Quem vende eletricidade não tem feito nenhum aumento no preço. A situação de Portugal é completamente diferente da de Espanha, porque embora o preço base para Portugal e Espanha seja o mesmo, lá a maior parte dos contratos e das variações são mensais. Em Portugal são anuais, não há qualquer comparação”.

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Com ganhos de 7%, agosto foi o melhor mês do ano para a bolsa

Bolsa de Lisboa valorizou 1%, encerrando agosto com um ganho acumulado de mais de 7%. Foi o melhor mês do ano para o PSI-20.

A bolsa nacional fechou a somar mais de 1%, com apenas quatro cotadas no vermelho. Lisboa contrariou, assim, o desempenho das restantes bolsas europeias, que encerraram com perdas na ordem dos 0,5% esta terça-feira. Em termos mensais, agosto foi o melhor mês do ano para o PSI-20.

O PSI-20 valorizou 1,44% para 5.417,08 pontos, com a maioria das cotadas em terreno positivo. O destaque desta sessão foram as ações da EDP Renováveis, que disparara 4,84% para 22,52 euros, mas também do BCP que subiu 2,58% para 0,1312 euros.

Ainda nas subidas, a Galp Energia valorizou 0,49% para 8,674 euros, enquanto a EDP avançou 0,78% para 4,652 euros. Nas papeleiras, a Navigator ganhou 2,73% para 3,156 euros, a Altri cresceu 2,83% para 5,64 euros e a Semapa subiu 0,33% para 12 euros.

No lado oposto, a travar uma subida mais acentuado do índice, estiveram os títulos da Jerónimo Martins, que recuaram 0,39% para 17,95 euros, acompanhados pela Ibersol que caiu 0,68% para 5,82 euros.

No resto da Europa, a tendência foi de perdas, com o índice de referência europeu, Stoxx-600, a recuar 0,5% para 470,32 pontos. Os índices espanhol, francês e italiano caíram 0,26%, 0,11% e 0,07%, respetivamente.

Numa análise mensal, o PSI-20 encerrou agosto com um ganho acumulado de 7,28%, tendo sido o mês mais positivo deste ano e o mais positivo desde novembro, altura em que valorizou cerca de 17%.

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