Nas notícias lá fora: Criptomoedas, poluição e turismo

Plataformas das moedas virtuais têm de ser reguladas para sobreviverem. A poluição do ar já mata mais do que o tabaco, acidentes de viação e o HIV/Sida. Europa continua aberta ao turismo americano.

A imprensa internacional dá destaque à necessidade de regulação das plataformas de criptomoedas, nos Estados Unidos, para a sua sobrevivência. A nível transnacional, um estudo prova que a poluição aérea está a matar milhares de pessoas, especialmente na Índia. Em Espanha, a ministra da Transição Ecológica destaca os “lucros excessivos” das empresas elétricas, enquanto dos consumidores se vêm a braços com uma grande inflação nos preços da energia. Por outro lado, a Europa continua aberta ao turismo norte-americano, mesmo com a última recomendação da União Europeia face a viagens não essenciais para o país. E, por falar nos Estados Unidos, a Turquia está a construir um edifício inspirado no Pentágono.

Financial Times

Plataformas de criptomoedas precisam de regulação para sobreviver

O presidente da SEC, o equivalente à CMVM dos EUA, alerta que as plataformas de negociação de criptomoedas estão a colocar a sua própria sobrevivência em risco, a menos que passem a operar dentro da estrutura regulatória do país. Com uma valor de mercado avaliado já em dois biliões de dólares em todo o mundo, para Gary Gensler as criptomoedas estão num patamar em que “que se tiverem alguma relevância daqui a cinco ou 10 anos, terão de estar num mercado regulado”. “A história diz-nos que não durarão fora”, aponta em declarações ao FT.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

The Guardian

Poluição do ar está a tirar a vida a milhares de milhões de pessoas, alerta relatório

A poluição do ar está a reduzir a vida a milhares de milhões de pessoas em até seis anos, de acordo com um novo relatório, tornando-se uma causa de morte muito mais relevante do que fumar, acidentes de carro ou até o HIV/Sida. Segundo os investigadores, a queima de carvão é a principal responsável, sendo a Índia o país mais afetado. A China tem vindo a reduzir a poluição do ar nos últimos sete anos, mas a poluição ainda está a diminuir a esperança média de vida em 2,6 anos.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Wall Street Journal

Europa continua aberta ao turismo norte-americano

Apesar da recomendação da União Europeia para evitar as viagens não essenciais aos Estados Unidos, muitos países europeus continuam abertos ao turismo norte-americano. Pelo menos, por agora. Espanha e Grécia disseram que iriam continuar a aceitar turistas norte-americanos durante as próximas semanas. França e Itália também não têm planos imediatos de restringir entradas de viajantes dos Estados Unidos. Na maioria dos casos, até permitem que os turistas norte-americanos não façam quarentena, se provarem que foram vacinados contra a Covid-19, que recuperaram da doença ou que testaram negativo ao aterrarem.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês)

Business Insider

Turquia está a construir a sua própria versão do Pentágono

O país liderado por Erdogan está a construir uma versão turca do Pentágono norte-americano. Chama-se “Estrela Ascendente” e tem o objetivo de “provocar medo” nos inimigos e “confiança” aos aliados da Turquia. O complexo terá mais de 12 milhões de metros quadrados e vai empregar 15 mil pessoas. Por comparação, o Pentágono norte-americano tem cerca de 6 milhões de metros quadrados de área. A construção do projeto vai estar concluída em maio de 2023.

Leia a notícia completa no Business Insider (acesso pago, conteúdo em inglês)

El País

“É óbvio que algumas companhias elétricas têm lucros excessivos”, diz ministra da Transição Ecológica

Teresa Ribera, terceira vice-presidente e ministra espanhola da Transição Ecológica, falou com o El País sobre a subida histórica dos preços da eletricidade. Garante que o governo está a fazer os possíveis para mitigar a situação, “mas não há varinhas mágicas”. “É óbvio que algumas companhias elétricas têm lucros excessivos”, mas a ministra garante que a “tempestade” no preço da eletricidade não chegou para ficar. “Veremos preços estáveis, razoáveis e acessíveis a médio prazo. Mas, por enquanto, o que temos é isto”.

Leia a entrevista completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol)

 

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Lisboa arranca setembro em alta à boleia do BCP e da EDP

A bolsa de Lisboa soma e segue no arranque de setembro, acompanhando a tendência das restantes praças europeias. A puxar pelo PSI-20 estão as subidas do BCP e da EDP.

Depois dos ganhos do mês passado, a bolsa de Lisboa soma e segue no arranque de setembro, acompanhando a tendência das restantes praças europeias. A puxar pelo desempenho do PSI-20 estão as subidas de 1,60% do BCP e de 2,36% da EDP, com a elétrica a beneficiar da revisão em alta da avaliação dos seus títulos por parte do Berenberg.

Pelo “Velho Continente”, o Stoxx 600 valoriza 0,6%, enquanto o britânico FTSE ganha 0,7%, o alemão DAX soma 0,8%, o francês CAC-40 avança 0,9%, e o espanhol IBEX-35 valoriza 1,2%. Lisboa acompanha os ganhos da generalidade das praças europeias, ainda que mais ligeiros, com o PSI-20 a somar 0,67% para 5.453.470 pontos.

A puxar pelo desempenho do índice de referência nacional está o BCP e a EDP. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya sobem 1,60% para 13,33 cêntimos, ao passo que as ações da elétrica avançam 2,36% para 4,7620 euros, após o Berenberg ter subido o preço-alvo dos títulos das cotadas do grupo EDP. No caso da “casa-mãe” o preço-alvo da EDP passou para 5,45 euros, ao passo que no caso da EDP Renováveis foi revisto em alta para 24,50 euros.

Contudo esta revisão em alta, não está a ser suficiente para tirar a subsidiária do grupo EDP das quedas, pelo que os títulos da EDP Renováveis estão a recuar 0,09% para 22,50 euros após a forte subida na sessão anterior.

Ainda pelo setor energético, a Galp Energia avança 0,99% para 8,76 euros, beneficiando das cotações de petróleo nos mercados internacionais, isto no dia em que os investidores aguardam pela reunião da OPEP+. O Brent, de referência europeia, avança 0,98% para os 72,34 dólares, ao passo que o WTI valoriza 0,99% para os 69,18 dólares, em Nova Iorque. Ao mesmo tempo, a REN soma 0,60% para 2,4950 euros.

Entre os “pesos pesados” nota positiva ainda para a Nos, cujos títulos avançam 1,01% para 3,6060 euros.

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Preços da eletricidade três vezes mais caros vão fazer aumentar fatura. Deco quer baixa do IVA

De acordo com a Deco, alguns comercializadores de menor dimensão já se viram forçado a atualizar os seus tarifários por causa da alta de preços no Mibel. A tendência pode alargar-se a todo o mercado.

O mês de setembro chegou e traz consigo um novo máximo histórico do preço da eletricidade no mercado grossista (Mibel) de 132,47€/MWh. O Governo garante que “está atento” à situação, sem alarmismos, mas descarta aumentos e fala em “medidas em benefício dos consumidores”. Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática, não promete reduzir as contas da luz dos portugueses em 2022, mas diz que dispõe de “muitas almofadas” para “inibir o aumento do preço da eletricidade aos consumidores”.

Do lado da defesa do consumidor, Pedro Silva, analista de mercado de energia da Deco Proteste, não está tão otimista. Diz que, de facto, “o Governo pode intervir já” em algumas componentes da tarifa que dependem da decisão politica, e isso pode refletir-se na proposta tarifária. “Mas esta atuação será escassa para contrabalançar o quase triplicar do preço no mercado grossista”, atesta, em declarações ao ECO/Capital Verde.

“Perante a dimensão do aumento do preço da eletricidade, não é razoável assumir que o preço atual final se mantenha, pelo que no imediato será de todo desejável uma intervenção a nível fiscal, nomeadamente sobre a taxa de IVA”, defendeu o especialista em entrevista, por escrito, ao ECO/Capital Verde.

Com o preço do MWh no Mibel ultrapassar já os 132 euros, como está a Deco a acompanhar a situação?

A situação é cada vez mais preocupante uma vez que as médias mensais próximas ou superiores a 100 euros se mantêm há dois meses. Verificamos que alguns comercializadores com menor dimensão de clientes têm atualizado os seus tarifários para contratação, refletindo já esta realidade. Num primeiro momento esta tendência pode alargar-se a comercializadores de maior dimensão que não tenham condições ou posicionamento para acomodar esta enorme pressão nos preços grossistas. Estamos atentos não só a estes sinais do mercado, como ao que pode acontecer com um prolongamento da tendência altista e os efeitos que pode ter em revisões extraordinárias de preços em contratos em vigor, bem como nas atualizações a efetuar no ano de 2022.

O Governo pode agir já ou tem de esperar pela proposta tarifária da ERSE para 2022, a 15 de outubro?

Existe a possibilidade de intervir em alguma parte dos Custos de Interesse Económico Geral, que têm uma componente de decisão politica, e isto pode refletir-se na proposta tarifária. Mas esta atuação será escassa para contrabalançar o quase triplicar do preço no mercado grossista. Os custos de estrutura, CIEGS e outros que compõem a tarifa de acesso são comuns a qualquer comercializador, mas é óbvio que nunca serão nulos. Perante a dimensão do aumento do preço da eletricidade, não é razoável assumir que o preço atual final se mantenha, pelo que no imediato será de todo desejável uma intervenção a nível fiscal, nomeadamente sobre a taxa de IVA. Como há muito defendemos, este serviço público essencial deve ter uma taxa reduzida para todos os consumidores em toda a fatura. Acrescentamos que, uma vez refletido o aumento do preço no mercado grossista na fatura dos consumidores a receita de IVA irá por certo aumentar na mesma proporção, pelo que este caminho – aplicação da taxa reduzida de IVA – deve ser utilizado de forma a mitigar o impacto.

O que espera a Deco da proposta tarifária do regulador para o próximo ano? Novas subidas nas tarifas, como aconteceu a partir de 1 de julho?

O regulador irá aplicar as regras em vigor para o cálculo das tarifas, bem como integrar decisões do governo nas componentes que sejam de decisão politica. Qualquer proposta a apresentar terá no entanto de considerar uma projeção de preços no mercado grossista para o ano de 2022, que a julgar pelo ocorrido nestes meses será superior ao que foi estimado para 2021, e que resultou, em julho, numa revisão para cima do preço da eletricidade no mercado regulado. Todos os indicadores apontam para já no sentido um aumento de preços, mas é cedo para nos pronunciarmos sem conhecer a proposta e pressupostos do regulador, bem como as medidas que estão na mão do governo para mitigar um eventual aumento.

Acreditam que os preços da eletricidade no próximo ano podem de facto vir a baixar, como refere o MAAC?

Perante o cenário atual, será difícil que tal aconteça. A possibilidade de intervir em alguma componente das tarifas de acesso será sempre uma redução inferior ao atual diferencial de preço no mercado grossista (entre janeiro e setembro). Ainda que se possam reduzir as tarifas de acesso, comuns a todos os comercializadores, o ponto focal está no preço da energia, e aí os operadores em mercado liberalizado têm a última palavra sobre as suas tarifas (e estamos a falar de quase 90% dos consumidores neste mercado).

Até quando as operadoras em mercado livre vão conseguir evitar refletir estes recordes nos preços grossistas nas tarifas cobradas aos portugueses?

Tudo depende da política comercial, capacidade financeira e posicionamento de cada operador, mas a prazo e a manter-se esta tendência, será difícil absorver a totalidade da subida de custos não os repassando em parte aos consumidores.

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Portugal brilha, mas na Europa há quem tenha menos de um terço da população com a vacinação completa

Portugal continua a destacar-se na vacinação contra a Covid na UE. E se o processo corre a bom ritmo na generalidade dos países, Roménia e Bulgária têm menos de 1/3 da população totalmente inoculada.

Portugal continua a liderar a vacinação contra a Covid-19 na União Europeia (UE). O território nacional situa-se em segundo lugar no que toca à vacinação completa e é apenas ultrapassado por Malta, segundo indica o site Our World in Data. Roménia e Bulgária são os países mais atrasados na vacinação, com menos de um terço da população com a vacinação completa.

No último dia de agosto, Portugal tinha já 73,63% dos seus habitantes completamente inoculados contra a Covid-19 e apenas 10,9% com uma dose recebida, o que perfaz um total de 84,53% e coloca o país na dianteira do processo de vacinação de acordo com o Our World in Data. Não obstante, se olharmos apenas para a vacinação completa, Portugal está em segundo lugar no ranking europeu, apenas ultrapassado por Malta: onde cerca de 80% tem já a vacinação completa.

Percentagem da população com a vacinação completa contra a Covid-19 na UEFonte: Our World in Data

Na terceira posição surge a Dinamarca, com 71,73% dos seus habitantes com as duas doses da vacina contra a Covid, seguido por Espanha (70,19%), Bélgica (69,64%), Irlanda (67,34%), Holanda (62,32%), Itália (60,45%), Alemanha (59,92%) e França (58,78%).

Fora do top 10, mas com ainda mais de metade da população completamente vacinada contra a Covid-19 está ainda o Chipre (58,61%) – um dos países que mais se destacou no arranque do processo –, a Áustria (57,46%), a Hungria (57,17%), o Luxemburgo (55,88%), a Lituânia (55,8%), a Grécia (55,21%), a Suécia (54,5%) e a República Checa (53,26%).

Na 19ª posição surge a Finlândia, com 49,95% dos habitantes com a vacinação completa, seguida pela Polónia (49,61%), pela Eslovénia (43,41%), Estónia (40,92%) e a Letónia (40,66%).

E se Malta e Portugal lideram o ranking europeu, com pouco mais de um terço da população completa estão a Eslováquia e a Croácia (com, respetivamente, 39,87% e 39,38% da população totalmente inoculada).

Já a Roménia e a Bulgária continuam a ser os países europeus mais atrasos no processo, com apenas 26,76% e 16,87% da população com as duas doses da vacina, respetivamente. Ou seja, há dois países da UE com menos de um terço da população completa. Estes países estão, assim, bem longe da meta definida pela UE, que na terça-feira alcançou o marco de 70% da população adulta totalmente vacinada contra a Covid.

Importa referir que o World in Data é uma plataforma que agrega dados estatísticos gerida pela Universidade de Oxford. Nesse sentido, a plataforma é atualizada diariamente a partir dos números oficiais das autoridades de cada país, contudo, poderá existir alguma discrepância nas atualizações.

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“Estabilidade política não pode ser feita a qualquer preço”, diz Carlos César

  • ECO
  • 1 Setembro 2021

Carlos César alerta para os limites da estabilidade política, mesmo que seja essencial para a aprovação dos orçamentos. “Evidentemente que o PS tem limites”, diz o presidente do partido.

Carlos César diz que o Partido Socialista tem de manter a estabilidade para conseguir aprovar os Orçamentos de Estado. Em entrevista ao Observador (acesso pago), avisa que, se isso não acontecer, “será muito difícil executar como tem de ser executado o Plano de Recuperação e Resiliência e os fundos comunitários”. Contudo, também alertou que tal estabilidade política “não pode ser feita a qualquer preço”.

Embora o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista tenham sido importantes para a manutenção dessa estabilidade, “evidentemente que o PS tem limites”, comentou o presidente do PS. “Há divergências que são relevantes entre o PS e o PCP e o Bloco. Temos conceções diferentes do papel do setor público e do privado, no plano das relações internacionais”.

“Este próximo orçamento é muito influenciado pelos instrumentos que lhe estão associados, que é o quadro comunitário e o PRR. Portanto vê-se neste Orçamento o perfil do seguinte”, disse. “Os partidos em geral não desejam — certamente não o farão — ser motores de uma instabilização política do país que interrompa um processo de investimento”. Assim, apesar de se sentir confiante face ao presente orçamento e ao próximo, tem preocupações “porque a estabilidade política não pode comprometer a estabilidade económica, nem social”.

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26 países em 36 dias. Este comboio vai percorrer a Europa em nome da sustentabilidade

O "Connecting Europe Express" parte de Lisboa, a 2 de setembro. O objetivo é mostrar -- em tempo real -- o poder da ferrovia para tornar os transportes mais sustentáveis e descarbonizados.

Três comboios, 26 países europeus percorridos em 36 dias, mais de 20.000 quilómetros ao longo de uma viagem que vai atravessar 33 fronteiras. Em pleno Ano Europeu do Transporte Ferroviário, que se comemora em 2021, esta semana vai partir da Gare do Oriente, em Lisboa — a mais ocidental das capitais europeias — o comboio especial Connecting Europe Express“.

Presente no evento, ao lado do primeiro-ministro António Costa e do ministro das Infraestruturas e habitação, Pedro Nuno Santos, vai estar a Comissária para os Transportes, Adina Vălean, naquela que é a sua primeira visita a Portugal.

A iniciativa é da Comissão Europeia e o objetivo é demonstrar — em tempo real — o poder da ferrovia para ligar pessoas e empresas e para tornar os transportes mais sustentáveis e descarbonizados, num continente que se quer neutro em carbono em 2050.

O projeto sublinhará assim a necessidade de financiar infraestruturas mais sustentáveis, nomeadamente através do novo Mecanismo Interligar a Europa (CEF) recentemente aprovado no valor de 33,7 mil milhões de euros, como parte do Orçamento da UE 2021-2027. Entre 2014 e 2020, o financiamento ascendeu a 16,3 mil milhões euros.

Com início no dia 2 de setembro em Lisboa e escala em mais de 70 cidades de 26 países, o comboio fará a ligação entre as Presidências portuguesa, eslovena e francesa do Conselho da UE, chegando a Paris no dia 7 de outubro. A iniciativa conta com mais de 40 parceiros, encabeçados pela CER – Comunidade Europeia de Empresas Ferroviárias e de Infraestruturas. Da lista fazem parte as portuguesas CP – Comboios de Portugal e Infraestruturas de Portugal, além de muitos outros operadores ferroviários europeus, gestores de infraestruturas e outros parceiros a nível europeu e local.

“Atravessando o continente, de Lisboa a Bucareste e de Berlim a Paris, o Connecting Europe Express seguirá rotas que nos unem – seja como países, empresas ou pessoas. Embora seja um símbolo de conectividade, este comboio também serve como um lembrete de que ainda temos um longo caminho a percorrer e muito trabalho a fazer antes que a ferrovia se torne na opção de transporte preferida dos europeus“, disse a Comissária para os Transportes, Adina Vălean, que esta semana estará então em Lisboa para assistir ao momento da partida em plena Gare do Oriente.

Em cada uma das paragens programadas serão organizados eventos e outras atividades para mostrar “o papel fundamental do transporte ferroviário”, mas também os desafios que ainda tem de superar para “atrair mais tráfego de passageiros e mercadorias”.

O presidente da CER e CEO da Austrian Federal Railways, Andreas Matthä, enfatizou: “Para atingir as nossas metas climáticas precisamos de fortalecer ainda mais a vitalidade do transporte ferroviário com mais serviços internacionais de passageiros de longa distância”.

E acrescentou ainda: “Só mudando o tráfego de mercadorias da rodovia para a ferrovia, a Europa será capaz de atingir suas metas climáticas e fazer do Green Deal Europeu um sucesso”.

Para a Comissão Europeia, que promove esta iniciativa, são necessários “grandes esforços para encorajar mais pessoas e empresas a usar os comboios como uma forma de descarbonizar os transportes. Isso ajudaria a UE a cumprir seus ambiciosos objetivos de neutralidade carbónica, como previsto no Green Deal e na Estratégia de Mobilidade Sustentável e Inteligente”.

A viagem do Connecting Europe Express servirá também para enfatizar a falta de interoperabilidade entre algumas partes da rede ferroviária da Europa. Daí a necessidade de três comboios diferentes que se encaixam nas diferentes bitolas (distância entre carris) usadas na Europa.

O Connecting Europe Express quer circulará na “bitola padrão” terá seis carruagens: duas com exposições itinerantes e as restantes quatro serão para realizar conferências, refeições, dormir ou viajar. Um outro comboio circulará na bitola ibérica, em Portugal e na Espanha, e um terceiro na bitola báltica — Estónia, Letónia e Lituânia. Todos se encontrarão ao longo da rota.

Ao longo do percurso do “Connecting Europe Express”, estão previstos vários eventos para acolher o comboio em estações ferroviárias de toda a Europa, incluindo conferências sobre a política de infraestruturas da UE e o papel da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) em Lisboa, Bucareste, Berlim e Bettembourg.

Em Lisboa, a conferência intitulada Connecting Europe Express“: Ligações ferroviárias de alta velocidade e de cidade a cidade” está agendada para 2 de setembro nas instalações da Agência Europeia da Segurança Marítima.

Nesse mesmo dia, à tarde, e já depois da partida do comboio da Gare do Oriente, terá lugar um debate sobre mobilidade sustentável com a Comissária Europeia dos Transportes, Adina Vălean, e o Secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro.

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Tribunais terminam as férias e casos mediáticos voltam ao palco da justiça

Desde Football Leaks, caso Tancos até a Ricardo Salgado, vários são os casos mediáticos da justiça portuguesa que já têm uma data marcada na agenda dos tribunais.

Depois de mais de um mês de férias, os tribunais regressam a velocidade cruzeiro e trazem de volta para a sua agenda os casos mais mediáticos da justiça portuguesa. Desde o caso do hacker Rui Pinto até a dois julgamentos de Ricardo Salgado, em processos diferentes, o palco da justiça vai voltar a acender os holofotes.

O mês de setembro vai ficar marcado pelo desenvolvimento de casos como o recurso às coimas aplicadas pelo Banco de Portugal nos processos BESA e Eurofin, os crimes de que Salgado é acusado na Operação Marquês, no caso Football Leaks e ainda no E-Toupeira. João Rendeiro também terá de se apresentar na prisão para cumprir a pena de dez anos.

Mas a rentrée da justiça portuguesa não se fica por aqui. Em processos como o furto e recuperação das armas do paiol de Tancos e o Selminho também poderá haver novidades nos próximos meses. Já relativamente a José Sócrates e Carlos Santos Silva, arguidos na Operação Marquês, ainda não há data para o julgamento.

Processos BESA e Eurofin

O julgamento dos recursos às coimas aplicadas pelo Banco de Portugal nos processos BESA e Eurofin encontra-se na reta final. Esta quarta-feira, dia 1 de setembro, serão ouvidas as últimas alegações da defesa de Gherardo Petracchini, que foi o responsável pelo sistema de controlo interno da Espírito Santo Finantial Group, para quem o Ministério Público pediu condenação por admoestação, pedido contestado pelo Banco de Portugal.

A defesa de Ricardo Salgado chegou a pedir ao Tribunal da Concorrência que tenha em conta a saúde do ex-presidente do BES e que, caso não atenda ao pedido de absolvição, haja cúmulo com a sanção já transitada em julgado. Nos processos que estão a ser julgados por Mariana Machado, o BdP aplicou ao ex-presidente do BES uma coima de 4 milhões de euros no caso Eurofin e de 1,8 milhões de euros no BESA.

Além dos recursos apresentados pelo ex-presidente do BES, no julgamento estão em apreciação os pedidos de impugnação do ex-administrador financeiro Amílcar Morais Pires (coima de 1,2 milhões de euros do BESA e 3,5 milhões de euros do Eurofin) e do ex-administrador do Grupo Espírito Santo José Manuel Espírito Santo Silva (1,250 milhões de euros do Eurofin). No processo do BESA, recorrem ainda Rui Silveira (coima de 400.000 euros) e Gherardo Petracchini (150.000 euros).

Neste processo estão em causa infrações como a não implementação de procedimentos que reforçassem ou garantissem o acompanhamento das operações realizadas com o BES Angola, não implementação de processos de análise ao risco de crédito relativamente ao crédito contratado com aquela instituição e “incumprimento dos deveres de comunicação obrigatória” ao BdP dos problemas associados às carteiras de crédito e de imobiliário do BESA.

Salgado vai a julgamento a 6 de setembro

Em outro processo, Salgado vai novamente marcar presença no palco da justiça portuguesa. No seguimento do processo Operação Marquês, está agendado que o antigo presidente do BES compareça em tribunal no dia 6 de setembro. Até ao momento já foram realizadas três sessões que foram interrompidas com as férias judicias.

Ricardo Salgado está a ser julgado por três crimes de abuso de confiança relacionados com a Espírito Santo Enterprises, o já conhecido “saco azul” do GES, envolvendo um valor superior a dez milhões de euros.

O julgamento do antigo presidente do BES está a decorrer de forma autónoma face aos restantes arguidos da Operação Marquês, já que Ivo Rosa, na altura da decisão instrutória, anunciou que iria proceder à separação de processos de Salgado, Vara, Carlos Santos Silva, João Perna e José Sócrates.

E-Toupeira: Pontapé de saída no julgamento

O processo E-Toupeira também tem julgamento marcado para o mês de setembro, dia 15. O antigo assessor jurídico da SAD do Benfica, Paulo Gonçalves, vai ser julgado pelos crimes de corrupção, violação do segredo de justiça, violação do segredo de sigilo e acesso indevido. Também o funcionário judicial José Silva vai responder pelos mesmos crimes, a que se junta ainda o crime de peculato.

O caso E-Toupeira remonta a 2018 e, segundo a acusação do Ministério Público, o presidente da Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, teve conhecimento e autorizou a entrega de benefícios aos dois funcionários judiciais, por parte de Paulo Gonçalves, a troco de informações sobre processos em segredo de justiça, envolvendo o Benfica, mas também clubes rivais. Mas na fase de instrução, a SAD do Benfica e Luís Filipe Vieira não foram pronunciados.

Rui Pinto regressa ao tribunal

O julgamento de Rui Pinto iniciou-se em setembro de 2020, mas devido ao agravamento da pandemia no país foi várias vezes suspenso. Atualmente, o julgamento do hacker conta já com 45 sessões realizadas e está previsto retomar no final do mês de setembro.

Entre as 45 testemunhas arroladas pelo arguido estão a antiga eurodeputada Ana Gomes, o diretor nacional da PJ Luís Neves, o antigo administrador de sistemas da Agência de Segurança Nacional (CIA) dos Estados Unidos Edward Snowden, o ex-ministro Miguel Poiares Maduro, o ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho, o treinador do Benfica Jorge Jesus, e Octávio Machado.

O criador do Football Leaks está a defender-se dos 90 crimes de que está acusado: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão ao fundo de investimento Doyen.

Tempo de Rendeiro chega ao fim

Também em setembro, João Rendeiro terá de se apresentar na prisão para cumprir a pena de 10 anos pelos crimes de fraude fiscal, abuso de confiança e branqueamento de capitais. Em agosto, o Conselho Superior da Magistratura anunciou que iria “reunir informação” sobre o processo e a alegada demora no cumprimento da pena condenatória do ex-banqueiro João Rendeiro, após um pedido de João Paulo Batalha e Paulo Morais.

No dia 14 de maio, João Rendeiro, Salvador Fezas Vital, António Guichard Alves e Fernando Lima, antigos administradores do Banco Privado Português (BPP) foram condenados. Já João Magalhães Ramalho, que foi igualmente pronunciado para julgamento pelo crime de branqueamento de capitais, acabou absolvido.

João Rendeiro em entrevista à TVI24 - 06ABR21
João Rendeiro em entrevista à TVI24 – 06ABR21Hugo Amaral/ECO

João Rendeiro foi condenado a uma pena de 10 anos, Salvador Fezas Vital e António Guichard a nove anos e seis meses cada, e Fernando Lima a seis anos. Em causa a apropriação de mais de 31 milhões do BPP através de crimes de fraude fiscal qualificada, abuso de confiança e branqueamento de capitais.

Tancos: Sentença em outubro

Quase um ano após o início do julgamento, a leitura do acórdão do processo do furto e recuperação das armas do paiol de Tancos está marcada para o dia 11 de outubro, às 14h00. Neste caso estão envolvidos 23 arguidos, incluindo antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes, o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar Luís Vieira, ex-porta-voz desta instituição militar Vasco Brazão e elementos da GNR de Loulé.

Azeredo Lopes, que se demitiu do cargo político no seguimento do processo, está acusado dos crimes de denegação de Justiça e prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder e denegação de Justiça. Nove dos arguidos são acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre os quais Azeredo Lopes, e os dois elementos da PJM, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.

O ex-ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo LopesManuel de Almeida / LUSA 10 novembro, 2016

O caso do furto das armas foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a recuperação de algum material ocorrido na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a Polícia Judiciária Militar (PJM), em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

Operação Marquês sem data agendada

Um dos processos mais mediáticos da justiça portuguesa, o processo Operação Marquês, ainda não tem data agendada nos tribunais. Vai ainda demorar cerca de seis meses até José Sócrates e Carlos Santos Silva serem julgados pelos crimes de que estão indiciados. Isto porque, segundo avançou o Expresso, o tribunal coletivo responsável pelo caso decidiu aguardar que sejam esgotadas as possibilidades de recurso, depois de o juiz Ivo Rosa ter rejeitado as nulidades e irregularidades levantadas pela defesa e pelo Ministério Público.

Tanto Sócrates, Carlos Santos Silva, como o Ministério Público pediram a anulação da pronúncia pelos seis crimes de branqueamento de capitais e falsificação de documentos, mas Ivo Rosa decidiu que essa parte da decisão instrutória é irrecorrível e, por isso, não fazia sentido adiar a remessa do processo para julgamento. Depois a juíza Margarida Alves veio dizer que o próprio despacho final de 4 de junho de Ivo Rosa é suscetível de recurso, o que poderá significar mais de seis meses de espera.

Rui Moreira vai a tribunal em novembro

O julgamento do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, no âmbito do processo Selminho está marcado para o dia 16 de novembro, no Tribunal Judicial Comarca do Porto. As restantes sessões estão agendas para dia 17, 18 e 24 do mesmo mês.

O presidente da Câmara Municipal do Porto, e recandidato ao terceiro mandato no mesmo município, é acusado de favorecer a imobiliária da família, da qual era sócio, em detrimento do município. Segundo o autarca, a acusação “não tem qualquer fundamento” e “é um insulto que possa ter beneficiado a família”.

Em dezembro de 2020, o MP acusou o autarca de prevaricação, em concurso aparente com um crime de abuso de poder, incorrendo ainda na perda de mandato, por alegadamente favorecer uma sua imobiliária e da sua família (Selminho), já durante o seu mandato em detrimento da autarquia. Isto, num conflito judicial que opunha há vários anos o município à empresa imobiliária, que pretendia construir num terreno na escarpa da Arrábida.

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Hoje nas notícias: OE2022, descentralização e ANA

  • ECO
  • 1 Setembro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Em plena negociação orçamental, Carlos César avisa que “a estabilidade não pode ser feita a qualquer preço”. Ainda no plano político, o Governo deixou derrapar a meta da nova fase de descentralização. A marcar o dia está ainda a notícia que a ANA pretende subir as taxas reguladas já no próximo ano, ao mesmo tempo, é revelado que as empresas não têm cumprido a lei que as obriga a dar formação profissional.

“A estabilidade política não pode ser feita a qualquer preço”, diz Carlos César

Numa altura em que já se negoceia o próximo Orçamento do Estado, o presidente do PS avisa que “o PS tem limites” e que ” a estabilidade não pode ser feita a qualquer preço”. Em entrevista ao Observador, Carlos César salienta que “há divergências que são relevantes entre o PS e o PCP e o Bloco”, nomeadamente nas “conceções” do papel do setor setor público, privado e nas relações internacionais. Questionado sobre um eventual apoio do BE, o socialista não fecha a porta e assegura que o “diálogo está aberto” e “a ser concretizado”.

Leia a entrevista completa no Observador (acesso pago).

Governo deixa derrapar meta da nova fase da descentralização

O executivo de António Costa ia transferir competências para comunidades intermunicipais, municípios e freguesias até junho de 2021, mas tal não aconteceu. Agora, quem vencer as eleições autárquicas não sabe que novas competências lhes vão ser transferidas. Por outro lado, o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Público diz que ainda está a ponderar que competências devem ser descentralizadas e que espera aprofundar esse processo em 2022.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Com retoma do tráfego aéreo, ANA sobe taxas em 2022

A ANA – Aeroportos de Portugal pretende levar a cabo uma atualização das taxas reguladas em todos os aeroportos nacionais já no próximo ano. A proposta tem em conta as projeções de retoma do tráfego aéreo e vai permitir um aumento da receita regulada de 1,5% face a 2021. Em causa estão as taxas de tráfego, assistência em escala e assistência à bagagem, sendo que a gestora de aeroportos tenciona que entrem em vigor já a 1 de janeiro de 2022.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Ricardo Salgado arrasta prazos para evitar Carlos Alexandre

Esta quarta-feira termina o prazo para a defesa de Ricardo Salgado requerer a fase de instrução do processo conhecido como caso BES. Contudo, Salgado ainda não contestou o despacho que lhe imputa 65 crimes. Segundo, o Correio da Manhã, a estratégia poderá passar por fazê-lo só segunda-feira, pagando uma multa, e deverá depois voltar a apostar no adiamento do início daquela fase processual. Nesse sentido, a ideia é ganhar tempo para que o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa seja incorporado no Tribunal Central, de forma a evitar os “50/50” que a existência de apenas dois juízes comporta, evitando, assim, ser julgado por Carlos Alexandre, segundo o mesmo jornal.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Empresas escapam às multas por não darem formação ao pessoal

As empresas têm de dar, no mínimo, 40 horas de formação aos trabalhadores anualmente, segundo o Código do Trabalho. Contudo, a maioria das empresas não cumpre a regra nem é punida por tal. Entre 2017 e 2020, a Autoridade para as Condições do Trabalho apenas registou 36 infrações, emitindo 56 advertências e uma notificação. Em 2017, 21% das empresas cumpriram a lei, enquanto somente 16.3% o fizeram em 2019.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

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ADSE tem nova tabela de preços para o convencionado. O que muda?

Nas novas tabelas da ADSE, há um aumento no custo das consultas, mas os copagamentos das diárias de internamento baixam 30 euros. Há também mais preços fechados e novos atos.

Depois de vários atrasos e adiamentos, as novas tabelas de preços do regime convencionado da ADSE vão entrar em vigor esta quarta-feira. São no total 18 documentos, cujas principais mudanças se centram nas consultas e na medicina dentária, bem como nos preços fechados e nas regras que os médicos têm de seguir.

Um grande objetivo desta revisão foi atualizar os preços e adaptar as tabelas à realidade do mercado, tendo sido introduzidos novos atos em todas as áreas. Estas englobam agora “a generalidade dos atos médicos que eram apenas comparticipados em Regime Livre, bem como os atos convencionados exclusivamente com alguns prestadores”, adianta a ADSE, numa publicação da sua página.

Entre as maiores mudanças encontram-se as consultas de medicina geral e familiar e de especialidade, que passam a custar 5,00 euros, “em vez de 3,99 euros, o que se traduz num aumento de 1,01 euros”. Há também “uma diminuição de 30,00 euros no copagamento das diárias de internamento”, adianta o subsistema.

Foram ainda introduzidas as consultas de Psicologia Clínica, com o limite de 12 por ano. A medicina dentária é também uma grande área onde há alterações, cuja tabela “resulta mais consentânea com a prática atual de mercado”. Já a percentagem de copagamento dos beneficiários nesta área diminui de 33% para 25%.

Outro grande objetivo desta revisão era acabar com os preços abertos. Avançou assim afixação de preços máximos de atos e cuidados que não estavam tabelados, principalmente em três áreas onde a imprevisibilidade da faturação aos beneficiários, e à ADSE, é maior: medicamentos (oncológicos e outros), próteses intraoperatórias e procedimentos cirúrgicos”.

Estes tetos máximos evitam “surpresas na faturação, o que também possibilita um maior controlo sobre a despesa”, defende o subsistema. É ainda assim de sublinhar que a ADSE continua a financiar a 100% a quimioterapia, a radioterapia e todos os dispositivos médicos e próteses.

No que diz respeito às regras, há mudanças que têm em vista estabilizar o número de médicos convencionados, que têm de assumir um maior compromisso. Isto já que “a dissociação de médicos cujos serviços passam, depois, a ser faturados pelo Regime Livre representa maiores custos para os beneficiários”, segundo explica a ADSE.

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Novas tabelas da ADSE dão aos beneficiários “acesso a mais cuidados em regime convencionado”, diz João Proença

Nas novas tabelas da ADSE, há mudanças nas consultas e na medicina dentária, introduzindo-se também preços fechados, que permitem limitar as regularizações com os prestadores privados.

Foi há dois anos e meio que a então presidente da ADSE, Sofia Portela, prometeu novas tabelas de preços para breve. Depois de muitos impasses e adiamentos e até uma mudança no leme do subsistema de saúde dos funcionários públicos, vão finalmente entrar em vigor tabelas revistas para o regime convencionado. Estas são tabelas “extremamente importantes” uma vez que vão permitir “aos beneficiários ter acesso a mais cuidados em regime convencionado”, aponta João Proença, presidente do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da ADSE.

Para o responsável, estas novas tabelas do regime convencionado do subsistema de saúde “são favoráveis para os prestadores, porque há uma atualização de preços, para os beneficiários e para a ADSE porque há maior previsibilidade e maior transparência nos preços”, explica, em declarações ao ECO.

Para os beneficiários, “uma das áreas onde havia mais problemas era a área das consultas, muitas vezes era difícil obtê-las e os preços estavam degradados”, aponta. Agora, houve uma atualização dos preços significativa para os médicos, que passam a ganhar bastante mais”. Para além disso, também na medicina dentária há mudanças, com uma atualização dos preços e uma redução da percentagem de copagamento dos beneficiários.

Com todas as mudanças, “espera-se que os beneficiários possam recorrer muito mais ao regime convencionado”, que tem condições diferentes do regime livre. No livre, é possível escolher prestadores fora da rede da ADSE, “suportando inicialmente a totalidade dos encargos, e solicitando posteriormente o reembolso”, com base noutras tabelas.

Por outro lado, “uma das grandes razões da mudança é tentar fechar preços”, nomeadamente em termos de cirurgias, sublinha João Proença. Os preços no novo documento incluem a parte de cirurgia e tudo o que são aspetos como pensos e medicamentos, salvo o internamento. No internamento, a ADSE “passa a pagar mais 20 euros, reduzindo o copagamento”.

Para a ADSE, com estas tabelas, a partir dos preços fechados e regras introduzidas, a “tentativa é ajustar melhor os preços à realidade mas ao mesmo tempo combater faturação excessiva e haver maior previsibilidade”.

Isto depois de as regularizações com os prestadores de saúde, que resultam dos preços abertos, já terem levado a um agravar das tensões entre alguns grupos privados e a ADSE, depois de o subsistema de saúde dos funcionários públicos exigir 38 milhões de euros por faturação excessiva, no final de 2018.

O presidente do CGS aponta que, com os preços fechados, embora haja possibilidade, as regularizações “praticamente acabam”. “Os prestadores têm a ganhar, não são confrontados mais tarde com devolver valores”, considera.

Há também outro aspeto nesta revisão, na parte das regras, que tem como objetivo “estabilizar médicos convencionados”. “Se sair do regime, não pode voltar quando entender e não pode haver entradas e saídas muitas vezes, à procura de clientela”, salienta. De sublinhar ainda que “há um compromisso do Conselho Diretivo de haver um alargamento da rede convencionada”.

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Do retorno de Ronaldo ao poderio financeiro dos ingleses, os destaques deste mercado de transferências

A janela de transferências fechou esta terça-feira e os destaques foram para a saída de Messi rumo ao Paris Saint-Germain e o retorno de Ronaldo a Old Trafford.

Após inúmeros rumores e muitos milhões gastos, a janela de transferências deste verão está oficialmente encerrada na maioria dos países europeus e não poderiam ter existido mais reviravoltas. As saídas de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi para novos clubes, o forte investimento vindo da Premier League, o elevado número de jogadores que saíram a custo zero e as transferências algo comedidas das equipas portuguesas foram alguns dos destaques este ano.

Perante as diversas informações que saíram nos últimos meses sobre este assunto, o ECO decidiu juntar os momentos mais marcantes da última janela de transferências num só texto.

Cristiano Ronaldo está de volta a “Old Trafford”

O internacional português foi a mais recente “bomba” do mercado de transferências deste ano, com a sua mudança repentina de Turim para o “teatro dos sonhos” – como é conhecido “Old Trafford” – passados 12 anos.

Apesar da sua idade já considerada avançada na esfera futebolística, o Manchester United não hesitou em pagar 15 milhões de euros pelo passe de Cristiano Ronaldo à Juventus, ao qual se juntam mais oito milhões de euros dependentes do desempenho do atleta ao serviço dos “red devils”.

“A Juventus anuncia que foi alcançado um acordo com o Manchester United para a cedência definitiva dos direitos de inscrição do jogador Cristiano Ronaldo por um montante de 15 milhões de euros a pagar em cinco anos, que poderá ser aumentado, até um máximo de 8 milhões de euros, mediante a realização de objetivos de desempenho específicos durante a vigência do contrato de trabalho com o jogador,” anunciou o clube transalpino em comunicado na terça-feira.

Os 15 milhões de euros gastos na sua transferência, fazem do camisola 7 o jogador com uma idade igual ou superior a 36 anos mais caro da história.

Quanto aos valores do seu contrato com o Manchester United, Cristiano Ronaldo vai ganhar mais de 560.000 libras por semana (cerca de 653 mil euros), como parte do contrato de dois anos, de acordo com informações veiculadas pelo jornal Telegraph. Este montante faz com que o português seja o jogador mais bem pago de sempre da Premier League.

Clubes ingleses sem medo de gastar no mercado europeu

A Superliga europeia encheu as manchetes dos jornais um pouco por todo o mundo há uns meses atrás, uma competição milionária que tinha como membros fundadores os “Big Six” da Premier League (e não só, incluía também clubes oriundos da Serie A, Ligue 1 e La Liga). Na altura, uma das razões para a criação desta prova eram os “preciosos milhões” que os clubes necessitavam para fazer face aos danos causados pela pandemia de Covid-19.

No entanto, contrário ao que foi dito, o dinheiro não foi de facto um problema para os emblemas ingleses nesta janela de transferências. Prova disso, é que tendo em consideração o top 5 das contratações mais avultadas deste defeso, quatro delas foram efetuadas pelo Manchester City, Manchester United, Chelsea e Arsenal. Nesta particular lista, surge também o Paris Saint-Germain.

Olhando para o cerne da questão, a saída do internacional inglês Jack Grealish do Aston Villa para o Manchester City foi a transferência mais avultada deste mercado, custando aos cofres dos “citizens” cerca de 117,5 milhões de euros. O retorno de Romelu Lukaku (ex-Inter de Milão) ao Chelsea esta temporada, por um valor a rondar os 115 milhões de euros, foi o segundo negócio mais caro.

O Manchester United foi o terceiro clube que mais gastou num só atleta, neste caso a contratação de Jadon Sancho ao Borussia Dortmund (Bundesliga) por 85 milhões de euros.

A fugir a esta norma, temos a aquisição por parte do Paris Saint-Germain da totalidade dos direitos do jogador Achraf Hakimi ao Inter de Milão a troco de 60 milhões de euros, colocando esta transação no quarto posto das transferências mais caras. A única neste top-5 que não envolveu nenhum elemento da Premier League.

Por fim, a ida do jovem Ben White (Brighton) para os londrinos do Arsenal por 58,5 milhões de euros foi a quinta contratação mais dispendiosa.

Contudo, não só as transferências mais avultadas mereceram a atenção dos apaixonados pelo “desporto rei”, também os atletas que saíram a custo zero este ano foram alvo de grande destaque.

Nomes sonantes do futebol mundial saem a custo zero

Este mercado de transferências ficou também marcado pelas saídas a custo zero de jogadores sonantes como Lionel Messi, Memphis Depay ou David Alaba. Uma opção bastante utilizada pelo Paris Saint-Germain este ano – quatro dos seis reforços do PSG chegaram a custo zero -, situação explicada pela vontade da administração em não querer entrar em incumprimento com o fair play financeiro.

Porém, adquirir um jogador a custo zero não significa que um clube não verá a ter encargos monetários. Muitas das vezes, estas situações envolvem muitos milhões de euros, sendo o caso de Lionel Messi o melhor exemplo disso.

Após 20 anos, 672 golos e 34 títulos ao serviço do Barcelona, o internacional argentino decidiu trocar o emblema catalão pelo Paris Saint-Germain, numa operação que não rendeu qualquer cêntimo ao emblema “blaugrana“.

Mesmo sem ter desembolsado qualquer montante pela sua contratação, o PSG vai gastar um total de 163 milhões de euros com o astro sul-americano. Um valor que é explicado pela acumulação do prémio de assinatura, de 41 milhões de euros, com o vencimento anual de Messi, de 40 milhões.

À capital francesas chegaram ainda a custo zero, Gianluigi Donnarumma (oriundo do AC Milan), Georginio Wijanldum (Liverpool), e Sergio Ramos (Real Madrid).

Destaque também para as saídas de David Alaba (Bayern Munique) para o Real Madrid e Memphis Depay (Lyon) para o Barcelona.

“Três grandes” menos ativos no mercado

No caso português, como é normal, o investimento foi mais comedido. De acordo com os dados disponibilizados pelo site especializado Transfermarkt, as equipas nacionais gastaram cerca de 77,8 milhões de euros em 316 reforços. O FC Porto foi a equipa mais dispendiosa a nível nacional.

FC Porto

A equipa comandada por Sérgio Conceição desembolsou um total de 24,7 milhões de euros, com Pepê a ser a contratação mais cara dos “dragões”, numa operação com um custo total de 15 milhões de euros. As outras novas caras do plantel do FC Porto são Wendell (4 milhões de euros), Bruno Costa (2,5 milhões) e Fábio Cardoso (2,2 milhões).

No departamento das vendas, os “dragões” encaixaram 16 milhões de euros com a transferência de Danilo. O médio português abandonou os “azuis e brancos” para assinar pelo Paris Saint-Germain, depois de ter estado emprestado meia temporada no emblema parisiense. A outra saída do plantel foi a de Chidozie Awaziem para o Boavista, por um custo de cinco milhões de euros.

Já por empréstimo, saíram nomes como Diogo Leite (Sp. Braga), Shoya Nakajima (Portimonense), Carraça (B SAD) e Mamadou Loum (Alavés).

Benfica

O Benfica foi o segundo clube nacional a despender mais dinheiro em novos reforços. O conjunto treinado por Jorge Jesus gastou 24,5 milhões de euros em sete novas caras. Chegado à Luz a troco de 17 milhões de euros, o ucraniano Roman Yaremchuk foi o ativo mais caro desta equipa. Por valores mais baixos, foram comprados Soualiho Meïté, por cerca de seis milhões de euros, e Gil Dias, num negócio que rendeu ao Mónaco 1,5 milhões de euros.

Integraram ainda o plantel das “águias”, João Mário e Rodrigo Pinho, a custo zero, e Nemanja Radonjic e Valentino Lazaro por empréstimo.

Esta janela de transferências fica também marcada pelas saídas do Benfica de Pedrinho para o Shakhtar Donetsk (Ucrânia) por 18 milhões de euros e de Luca Waldschmidt para o Wolfsburg (Bundesliga) por 12 milhões de euros. O clube obteve ainda lucro com Nuno Tavares (oito milhões de euros), Franco Cervi (oito milhões), Caio Lucas (dois milhões), Filip Krovinovic (1,5 milhões) e Alfa Semedo (1,5 milhões). No total, a equipa do Benfica encaixou 47 milhões de euros em vendas.

Chiquinho (Sp. Braga), Nuno Santos (Paços de Ferreira), Tiago Dantas (Tondela), Diogo Jota (Celtic), Ilija Vukotic (Boavista), Tomás Tavares (Basileia) e Florentino (Getafe) não fizeram parte das contas de Jorge Jesus e acabaram por serem emprestados esta temporada.

Sporting

Por fim, o Sporting CP foi o clube dos denominados “três grandes” que menos dinheiro gastou neste mercado de transferências. Os “leões” investiram 12 milhões de euros em dois jogadores, Manuel Ugarte (6,5 milhões de euros) e Ricardo Esgaio (5,5 milhões).

Todavia, mais quatro novos atletas chegaram a Alvalade, através de empréstimo ou a custo zero. São eles Matheus Reis, Gonçalo Esteves, Rúben Vinagre, João Vírginia e Pablo Sarabia.

Em termos de vendas, o Sporting manteve uma atitude comedida, com apenas três jogadores a renderem dinheiro ao clube. As saídas de Luís Maximiano (cinco milhões de euros), Josip Misic (quatro milhões) e Nuno Mendes (sete milhões de euros pela taxa de empréstimo) permitiram o emblema lisboeta receber um total de 13,5 milhões de euros.

Para além de Nuno Mendes, a título de empréstimo saíram Gonzalo Plata (Valladolid), Idrissa Doumbia (Zulte Waregem), Luiz Phellype (Santa Clara), Andraz Sporar (Middlesbrough), Rafael Camacho (B SAD), Pedro Mendes (Rio Aves), Eduardo Henrique (Al-Raed), Pedro Marques (Famalicão), Valentin Rosier (Besiktas), Eduardo Quaresma (Tondela), Rodrigo Battaglia (Maiorca) e Tiago Ilori (Boavista).

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TAP tem até fim do ano para pagar empréstimo de 1,2 mil milhões ao Estado

Prazo de reembolso do empréstimo que foi concedido à TAP ao abrigo do Contrato de Financiamento termina a 31 de dezembro de 2021 e não a 1 de setembro de 2021 como inicialmente previsto.

A TAP ganhou alguns meses para reembolsar o empréstimo de 1,2 mil milhões de euros concedido pelo Estado português. Em vez de 1 de setembro, a companhia aérea viu prorrogado o prazo até ao final do ano.

De acordo com o comunicado enviado à CMVM, o empréstimo, concedido ao abrigo do contrato de financiamento celebrado a 17 de julho de 2020, no montante de 1,2 mil milhões de euros, viu a “data de reembolso ser objeto de prorrogação“.

“O prazo de reembolso do empréstimo que foi concedido à TAP ao abrigo do Contrato de Financiamento termina a 31 de dezembro de 2021 (e não a 1 de setembro de 2021 como inicialmente previsto no Contrato de Financiamento) em caso de não adoção de decisão final pela Comissão Europeia sobre o auxílio à reestruturação até aquela data”, diz.

“Caso seja adotada decisão final favorável pela Comissão Europeia sobre o auxílio à reestruturação até 31 de dezembro de 2021, mantém-se como data de reembolso do mencionado empréstimo aquela que vier a ser fixada no plano de reestruturação do Grupo TAP aprovado pela Comissão Europeia”, remata a companhia.

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