Portugal é o segundo país europeu com maior rede de autoestradas por habitante

Em 1990, Portugal tinha apenas 300 quilómetros de autoestradas, o que compara, por exemplo com 1.695 na Bélgica, 2.093 na Holanda e 35 na Irlanda.

Os fundos europeus foram determinantes para a rede de autoestrada que Portugal tem. São 3,06 mil quilómetros que aproximam as várias regiões do país. Portugal é o quarto a nível europeu com mais quilómetros de autoestradas, subindo para segundo lugar se essa comparação tiver em conta o número de habitantes de cada país. Esta realidade justifica a insistência de Bruxelas em dizer “nem mais um euro para estradas” em Portugal. Só a muito custo, e após longas negociações, Portugal consegue que alguns troços de estradas sejam financiados com verbas comunitárias. Foi assim no Portugal 2020, no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e tudo aponta para que assim seja no Portugal 2030.

O campeão absoluto das autoestradas a nível europeu é Espanha com um total de 15.585 quilómetros. Este valor é referente a 2018, enquanto os restantes são de 2019, contudo desde 2014 que Espanha tem mais de 15 mil quilómetros de autoestradas. O Eurostat não tem dados mais recentes, mas a diferença face à Alemanha (13.131 quilómetros) é gigante. Na verdade, excede o número de quilómetros de autoestradas na Suécia (2.133). O terceiro lugar deste pódio é ocupado por França com 11.171 quilómetros deste tipo de vias.

Mas tendo em conta a dimensão dos diferentes países que compõem a União Europeia — dos 551 mil km2 de França aos 160 do Liechtenstein — é preciso pôr em proporção a densidade desta rede viária. E ao mudar de óculos a leitura é diferente. Espanha continua a liderar com um rácio de 0,33 quilómetros por mil habitantes, mas Portugal salta para segundo lugar com um rácio de 0,30, seguido da Eslovénia (0,29) e do Luxemburgo (0,26).

Mas Portugal nem sempre foi assim. A opção, após a adesão à União Europeia a 1 de janeiro de 1986, foi dotar o país das infraestruturas de que carecia. Esta é aliás uma das opções de política pública mais debatida, usando-se muitas vezes a diferença de estratégia face à Irlanda cuja aposta foi a qualificação dos recursos humanos e o desempenho económico de cada um.

Em 1990, Portugal tinha apenas 300 quilómetros de autoestradas, o que compara, por exemplo com 1.695 na Bélgica, 2.093 na Holanda e 35 na Irlanda. Bastaram dez anos para ter o mesmo rácio de quilómetros de autoestrada por mil habitantes que a Holanda e 82% da Bélgica (era de 21% e 17%, respetivamente, na década anterior). Em 2010 já era o quinto país com a maior rede de autoestradas na UE (sexto se for tido em conta o Reino Unido, que ainda fazia parte da União). Nesse ano, quando a comparação é feita com base no rácio por mil habitantes, Portugal subiu para terceiro lugar (0,26), tendo à frente a Eslovénia (0,36) e Espanha (0,30).

“Começámos com muito atraso, mas em dez anos (1990 e 2000) conseguimos igualar a Bélgica e a Holanda em matérias de autoestradas”, sublinhou Alfredo Marques, antigo administrador principal da Comissão Europeia na Direção-Geral da Concorrência, num recente webinar sobre fundos estruturais. “Mas o desenvolvimento faz-se de capital físico e humano sendo que este traz a tecnologia e a organização, fatores que no seu conjunto trazem o crescimento e o desenvolvimento a longo prazo. Mas nesses dez anos, em matéria de escolaridade (diplomados do ensino superior, doutorados), Portugal continua longe dos seus pares europeus“, lamenta o consultor de entidades públicas e de empresas sobre políticas europeias.

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Mais emprego, menos ausências e menos teletrabalho. Efeitos da pandemia começam a desaparecer

A população empregada regressou, pela primeira vez, aos níveis pré pandemia, ao mesmo tempo que encolheu o universo de teletrabalhadores e caíram as ausências ao trabalho.

Quase ano e meio após ter sido identificado o primeiro caso de Covid-19 em Portugal, começam agora a desvanecer-se os efeitos da crise pandémica (e das restrições que a ela ficaram associadas) no mercado laboral. Entre abril e junho, a população empregada não só superou o nível registado no período homólogo de 2019, como atingiu o valor mais alto dos últimos dez anos. As ausências ao trabalho sofreram o maior decréscimo desde 2011 e também o universo de pessoas em teletrabalho encolheu, ainda que a adoção dessa modalidade se tenha mantido obrigatória durante grande parte do período em causa.

Os números “são impressionantes“, defendeu o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, poucas horas depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado a nota em que dá conta de que o emprego ultrapassou, pela primeira vez, os níveis pré pandémicos.

Entre abril e junho, a população empregada foi estimada em 4.810,5 mil pessoas, número que não só é superior ao registado no trimestre anterior (em 2,8%), no mesmo período de 2020 (em 4,5%) e no trimestre homólogo de 2019 (em 0,8%) como é mesmo o mais elevado de toda a série estatística do INE. Ou seja, desde pelo menos 2011 que não havia tantos indivíduos empregados em Portugal.

População empregada atingiu valor mais elevado da última década

Fonte: INE

E foi num dos setores mais afetados pela pandemia, os serviços, que se verificou o maior acréscimo (2,9% em cadeia e 5,4% em termos homólogos) de população empregada, com destaque para as atividades ligadas ao alojamento, restauração e similares, que contabilizaram um salto de 11,3% face aos primeiros três meses de 2021.

Além dos dados da população empregada, também os números de ausências ao trabalho mostram que o mercado laboral está a recuperar. No segundo trimestre, 397,1 mil pessoas estiveram ausentes do trabalho, menos 237,9 mil pessoas (37,5%) do que no trimestre anterior. Este é, de resto, o “maior decréscimo trimestral num segundo trimestre desde 2011”, frisa o INE. Em comparação com o mesmo período de 2020, verificou-se um recuo de 63,1% (ou seja, menos 680,3 mil pessoas), o que “corresponde ao maior decréscimo homólogo desde 2011”.

É importante notar, contudo, que ambos os períodos comparativos (o primeiro trimestre de 2021 e o segundo trimestre de 2020) ficaram marcados por confinamentos e, consequentemente, por uma adesão considerável a regimes de lay-off, que permitem aos empregadores em dificuldades reduzirem os horários de trabalho ou até mesmo suspenderem os contratos com os seus trabalhadores. Ora, uma vez que o segundo trimestre de 2021 trouxe, em contraste, um processo de desconfinamento, essa evolução das ausências ao trabalho é explicada, numa parte significativa, pela saída dos empregadores desses regimes extraordinários ao regressarem à sua atividade.

Aliás, face ao início do ano, menos 146,8 mil trabalhadores indicaram como motivo para a sua ausência a “redução ou falta de trabalho por motivos técnicos ou económicos da empresa”, onde se inclui o lay-off. Em causa está uma redução de 73,2%. Se compararmos com o período homólogo de 2020, o efeito do desconfinamento é ainda mais evidente, uma vez que, no segundo trimestre de 2021, houve uma redução de 92,1% (menos 625,8 mil pessoas) face a essa altura.

Ainda assim, face ao segundo trimestre de 2019, este motivo de ausência foi agora mencionado por mais 49 mil pessoas (um salto de mais de 1.000%), o que significa que, neste ponto, o mercado laboral português ainda não está recuperado. O principal motivo das ausências ao trabalho, no segundo trimestre de 2021, foi, contas feitas, a “doença, acidente ou incapacidade temporária”, seguindo-se as “férias ou feriados”.

Outro ponto importante a considerar na análise ao mercado de trabalho é a adesão ao teletrabalho, que diminuiu, entre abril e junho. Até meados desse último mês, a adoção da modalidade remota manteve-se obrigatória em todo o país — apesar de o estado de emergência ter terminado — e mesmo depois dessa data essa obrigação manteve-se nos concelhos mais afetados pela crise pandémica (como o de Lisboa), mas, segundo o INE, a fatia de teletrabalhadores no universo total de empregados emagreceu 5,8 pontos percentuais, face ao trimestre anterior, para 14,9%. Em termos homólogos, o recuo foi de 7,6 pontos percentuais.

Por outro lado, o período compreendido entre abril e junho foi sinónimo de um recuo em cadeia de 0,4 pontos percentuais da taxa de desemprego, que se fixou em 6,7%, valor inferior ao registado no último trimestre completo antes da pandemia (o quatro trimestre de 2019). Em termos homólogos, verificou-se, ainda assim, uma subida de um ponto percentual. Foi no Algarve que se registou a taxa mais elevada (10,2%), mantendo-se estável face ao trimestre anterior e ficando 2,7 pontos percentuais acima do período homólogo.

Taxa de desemprego está a cair há três trimestres consecutivos

Fonte: INE

Já quanto à subutilização do trabalho, há a destacar o recuo expressivo do número de inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram emprego. No segundo trimestre, 148,4 mil pessoas estiveram nessa situação, menos 63,8 mil do que no início do ano (uma quebra de 30%) e menos 163,3 mil do que no período homólogo de 2020 (um recuo de 52,4%). Esta foi a componente que mais recuou na taxa de subtilização do trabalho — que se fixou em 12,3% –, que inclui ainda os desempregados, o subemprego a tempo parcial e os inativos que procuram trabalho mas não estão disponíveis para trabalhar.

Neste caso, convém explicar que, durante os períodos de desconfinamento (como aconteceu no segundo trimestre de 2021), a procura de trabalho tende a ser mais fácil do que nos períodos de confinamento — como o primeiro trimestre de 2021 e o segundo trimestre de 2020, períodos que servem agora de base de comparação para os dados de abril a junho — à boleia do levantamento das restrições à mobilidade, o que faz diminuir esse universo de inativos que não procuram um novo emprego.

Todos estes dados mostram, fez questão de sublinhar o Ministério do Trabalho, a “capacidade coletiva de resposta à crise”, tendo tido os apoios extraordinários um papel “fundamental” na preservação do emprego, defendeu Ana Mendes Godinho. Essas medidas desenhadas para segurar os postos do trabalho — nomeadamente o lay-off simplificado, o apoio à retoma progressiva, o incentivo à normalização da atividade empresarial e o apoio simplificado para microempresas — já custaram aos cofres públicos três mil milhões de euros, incluindo isenções e reduções contributivas.

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Governo quer voltar a limitar contratos a prazo, mas ainda não tirou da gaveta taxa para penalizar precariedade

O Governo apresentou propostas que visam nomeadamente limitar os contratos a prazo, mas a UGT lembra que a taxa de rotatividade contra a contratação precária excessiva ainda está por cumprir.

O Governo quer aplicar novas restrições à contratação a prazo, de modo a desincentivar o recurso injustificado ao trabalho não permanente, mas ainda não pôs no terreno uma das medidas pensadas para esse fim na revisão do Código do Trabalho de 2019: a chamada taxa de rotatividade, que penalizaria os empregadores que recorrem “em excesso” a contratos precários.

No final de julho, a ministra do Trabalho foi à Concertação Social apresentar a sindicatos e patrões a Agenda do Trabalho Digno e da Valorização dos Jovens no Mercado de Trabalho, documento do qual consta uma série de propostas para designadamente combater o recurso abusivo ao trabalho temporário, lutar contra o falso trabalho independente, prevenir os abusos no período experimental e desincentivar “de modo transversal” o recurso injustificado ao trabalho não permanente.

A propósito desse último ponto, o Executivo de António Costa avançou com três grandes propostas: reforçar as regras da sucessão de contratos a termo, de modo a evitar abusos (impedindo, por exemplo, que o trabalhador volte a ser admitido com um contrato não permanente para o mesmo posto de trabalho, para o mesmo objeto ou para a mesma atividade), reforçar os mecanismos de intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para a conversão dos contratos a termo em permanentes, e definir “critérios de estabilidade de vínculos e trabalho digno nos cadernos de encargos” dos contratos de prestação de serviços pelo Estado e demais entidades públicas.

Da parte da UGT, a Agenda apresentada por Ana Mendes Godinho merece, de modo global, uma avaliação positiva, mas a central sindical liderada por Carlos Silva salienta que, antes de mais, “é fundamental cumprir plenamente o acordo tripartido de 2018” — que serviu de base à revisão do Código do Trabalho de 2019 –, lembrando que, por exemplo, a taxa de rotatividade contra a contratação precária excessiva ainda não foi colocada em prática.

Essa medida foi aprovado pelo Parlamento em 2019, tendo o Governo indicado ao ECO, em fevereiro de 2020, que a regulamentação que estava em falta seria publicada ainda no primeiro trimestre desse ano. De acordo com esse calendário, estava, pois, previsto que as empresas começassem a pagar a nova contribuição já em 2021, mas até agora nem um cêntimo foi exigido aos empregadores que recorrem “em excesso” aos contratos precários.

Em julho do ano passado, o Ministério do Trabalho explicou ao ECO que a publicação da regulamentação em causa tinha ficado “naturalmente comprometida pela situação absolutamente excecional e imprevisível de pandemia“, mas garantiu que não dava a medida por perdida, indicando que “oportunamente” iria dialogar com os parceiros sociais a esse respeito.

Até agora, e como alerta a UGT, não foram feitos, contudo, avanços nesse sentido, tendo o Governo apresentado, entretanto, novas medidas para limitar a contratação a prazo, com esta taxa ainda por tirar da gaveta. O ECO questionou o Ministério do Trabalho a este respeito, mas ainda não obteve resposta.

A taxa de rotatividade, de acordo com o diploma aprovado no Parlamento, consistirá num desconto adicional para a Segurança Social a ser exigido às empresas que recorram a mais contratos a prazo do que a média do setor em que se inserem. Esta contribuição terá aplicação progressiva até ao máximo de 2% sobre o valor total das remunerações dos contratados a termo.

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Low cost ganham quota à TAP nos aeroportos nacionais

Ryanair, Easyjet e Transavia estão a recuperar mais rapidamente o transporte de passageiros. TAP ainda lidera com grande margem, mas a distância encurtou no segundo trimestre.

A TAP teve, de longe, a maior quota nos aeroportos nacionais no segundo trimestre, com 33,9% dos passageiros transportados. Mas as low cost estão a recuperar mais rapidamente, diminuindo a distância para a companhia aérea de bandeira, que tem em curso um agressivo plano de reestruturação.

O boletim estatístico da ANAC só divulga as quotas por aeroporto. Fazendo os cálculos para o peso global verifica-se que as maiores low cost ganharam quota à TAP entre abril e junho, um período marcado por uma forte retoma no tráfego aéreo. Ryanair, Easyjet e Transavia transportaram, em conjunto, 41,7% dos passageiros no segundo trimestre, contra 33,9% da TAP. No trimestre anterior, as três companhias de baixo custo não chegavam ao peso da TAP, com 35,2% contra 39,8% da portuguesa.

O recuo na quota da TAP deve-se ao crescimento mais acelerado das low cost. Extrapolando as quotas para o número de passageiros, é possível concluir que a TAP regista um crescimento em cadeia de 137%, ou 662 mil passageiros. Já a Ryanair acelera 292% ou 536 mil passageiros, a Easyjet 162% ou 266 mil passageiros e a Transavia 224% ou 181 mil passageiros.

O peso da TAP no transporte aéreo durante o segundo trimestre ficou também abaixo do registado no mesmo período de 2019, antes da pandemia, quando a companhia transportou 35,9% dos passageiros que passaram nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Ponta Delgada. Nessa altura, as três principais low cost em Portugal pesavam 34,6% no total.

A Ryanair, que contestou as ajudas de Estado à TAP no Tribunal Geral da União Europeia, contribuindo para que Bruxelas abrisse um processo de investigação aprofundada, é a principal responsável por esta aceleração, ganhando 6,2 pontos percentuais de quota entre o primeiro e o segundo trimestre. A Transavia passou de um peso de 6,6% para 7,7%. Já a EasyJet registou uma ligeira redução, de 13,5% para 12,7%, apesar do forte incremento no número de passageiros. Também a SATA baixou, de 10,7% para 7,9%.

Peso da TAP recuou em quase todos os aeroportos

A queda na quota da TAP verificou-se em todos os aeroportos, com exceção de Ponta Delgada. Em Lisboa, o recuo foi de apenas 1 ponto percentual, de 51% para 50%. No Porto desceu de 15% para 12%, em Faro de 9% para 5% e no Funchal de 38% para 31%.

A companhia aérea está a avançar com um plano de reestruturação com vista à viabilização de empresa, cuja versão final está ainda dependente da aprovação de Bruxelas. A Comissão Europeia anunciou a 16 de julho que deu início a uma investigação aprofundada para avaliar se as ajudas públicas que Portugal tenciona conceder à TAP, no valor de 3.200 milhões de euros, estão em conformidade com as regras da União Europeia em matéria de auxílios estatais.

O processo de consulta pública do plano da TAP, em que os interessados se podem pronunciar, teve início no dia 6 de agosto e tem a duração de um mês. O seu figurino atual prevê a saída de 2.400 trabalhadores, um quarto da força de trabalho da TAP, bem como uma redução de 50% nos salários dos pilotos e de 25% nos restantes trabalhadores. A frota que existia no final do primeiro semestre de 2020, de 108 aviões, será cortada para apenas 88 e o número de rotas operadas pela companhia encolhe.

O segundo trimestre já evidenciou uma forte recuperação do tráfego aéreo em Portugal. O último boletim estatístico da ANAC dá conta de 54 mil movimentos nos aeroportos nacionais, o dobro do registado entre janeiro e março e quase cinco vezes mais do que no mesmo período do ano anterior.

A melhoria é evidente também nos 3,38 milhões de passageiros transportados entre abril e junho, mais 178% do que no primeiro trimestre e quase nove vezes mais do que nos meses homólogos.

Como avançou ontem o ECO, a TAP está a recuperar progressivamente a capacidade e aponta agora para uma redução de 50% nos meses de verão, face aos níveis registados no mesmo período de 2019. Em 2020, a TAP registou uma redução de capacidade de 88% em julho, de 75% em agosto e de 72% em setembro.

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Desaceleração da inflação dá novos recordes a Wall Street

O S&P 500 e o Dow Jones baterem recordes pelo segundo dia consecutivo. Investidores mais tranquilos com dados da inflação, que retiram pressão à Fed sobre eventuais subidas nas taxas de juros.

As bolsas norte-americanas encerraram a sessão com fortes ganhos, após os dados da inflação nos Estados Unidos terem demonstrado um ritmo de crescimento mais moderado em julho, o que veio retirar alguma pressão à Fed sobre eventuais subidas nas taxas de juros diretores.

O índice de referência S&P 500 somou 0,24%, para 4.447.60 pontos, enquanto o industrial Dow Jones valorizou 0,62%, para 35.482,29 pontos. Este dois índices voltam a bater recordes de fecho, pelo segundo dia consecutivo. Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq cedeu 0,15%, para 14.766,01 pontos.

Nesta sessão, o sentimento positivo dos investidores foi impulsionado pelos dados da inflação. O índice de preços ao consumidor (IPC) aumentou 0,5% em julho, depois de ter subido 0,9% em junho, segundo os dados divulgados pela esta quarta-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano, citados pela Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Esta foi a maior descida mensal em 15 meses, sendo que este recuo poderá sinalizar que a inflação terá atingido o seu pico, o que vem retirar alguma pressão sobre eventuais subidas nas taxas de juros diretores. No acumulado dos 12 meses terminados em julho, a taxa de inflação avançou 5,4%, continuando no nível mais elevado desde 2008.

Este indicador estava a ser aguardado com grande expectativa, dado que tem acompanhado de perto pela Reserva Federal norte-americana para calibrar os instrumentos de política monetária.

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Shell vai pagar 95 milhões a comunidades nigerianas por derrames de petróleo

  • Lusa
  • 11 Agosto 2021

A Shell concordou em pagar uma compensação à comunidade, mas manteve que os derrames de petróleo foram causados por terceiros durante a guerra civil da Nigéria

A gigante petrolífera Shell concordou esta quarta-feira pagar 95 milhões de euros a comunidades no sudeste da Nigéria cujas terras foram devastadas por derrames de petróleo na década de 1970, anunciaram advogados das duas partes.

“A ordem de pagar 45,9 mil milhões de nairas [94,9 milhões de euros] aos queixosos é para satisfazer plena e finalmente a sentença”, afirmou a subsidiária nigeriana da Shell, a Shell Petroleum Development Company of Nigeria, numa declaração citada pela agência France-Presse.

O advogado que representa as comunidades Ejama-Ebubu, no estado de Rivers, Lucius Nwosa, confirmou a decisão à AFP. “Esta decisão vem na sequência da determinação desta comunidade em obter justiça”, acrescentou.

A empresa anglo-holandesa Shell concordou em pagar uma compensação à comunidade, mas manteve que os derrames de petróleo foram causados por terceiros durante a guerra civil da Nigéria, entre 1967 e 1970, durante a qual muitos oleodutos e infraestruturas foram danificados.

O Movimento para a Sobrevivência do Povo Ogoni saudou a decisão num comunicado. “Esperamos que este julgamento forneça as bases para enfrentar a injustiça longa e duradoura sofrida pelo povo Ogoni”, apontou o movimento.

Em 2015, a Shell tinha concordado pagar 70 milhões de dólares (63 milhões de euros) em compensações a cerca de 15.500 residentes em Ogoniland e em começar a limpar um derrame de petróleo ocorrido em 2008, embora a empresa tenha sempre mantido que a sabotagem artesanal dos oleodutos pelos habitantes locais era a principal causa de poluição.

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Bolsa de Nova Iorque exige vacinação aos traders

Os traders e outros funcionários que trabalham na bolsa de valores de Nova Iorque terão que estar vacinados contra a Covid-19 até 13 de setembro, para que possam aceder ao piso de trading.

A bolsa de valores de Nova Iorque vai passar a exigir que os traders estejam completamente vacinados contra a Covid-19 até 13 de setembro. Sem a vacinação completa, não poderão aceder o piso de trading, avança o The Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Com esta decisão todos os traders e outros funcionários que trabalhem no piso de trading terão que estar vacinados contra a Covid-19, a menos que apresentem uma justificação médica ou de índole religiosa. A informação foi transmitida esta quarta-feira por e-mail a todos os colaboradores, pelo diretor de operações da bolsa de valores nova-iorquina.

Os funcionários que tenham justificação médica ou religiosa, e que ficam, portanto, excluídos deste obrigatoriedade, são obrigados a usar máscara e a apresentar um teste negativo à Covid-19, feito recentemente, segundo o e-mail consultado pelo jornal norte-americano. Além disso, a bolsa de valores está também expandir o plano de testagem aleatória da empresa para que passe a ser aplicado também aos funcionários já vacinados contra a Covid-19.

Com a variante Delta a acelerar do outro lado do Atlântico, várias empresas nos Estados Unidos começam a exigir a vacinação completa para que os colaboradores voltem aos escritórios. Além disso, na segunda-feira o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou que a vacinação contra Covid-19 vai ser obrigatória “até meados de setembro” para todos os membros das forças armadas.

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Portugal perdeu 20 mil doses de vacinas em 13 milhões administradas

  • Lusa
  • 11 Agosto 2021

"Comparativamente a outros países, temos uma percentagem muito pequena de doses perdidas e isso deixa-me contente", disse Gouveia e Melo.

O coordenador da task-force que gere o processo de vacinação contra a covid-19 adiantou esta quarta-feira que foram “perdidas” cerca de 20 mil doses de vacinas em 13 milhões administradas.

“Comparativamente a outros países, temos uma percentagem muito pequena de doses perdidas e isso deixa-me contente. Já demos cerca de 13 milhões de doses e perdemos cerca de 20 mil doses”, afirmou o vice-almirante Gouveia e Melo, à margem de uma visita ao centro de vacinação de Braga.

Questionado sobre o processo de vacinação de jovens a partir de 12 anos, que decorrerá nos fins de semana de 21 e 22 e 28 e 29 de agosto, e sobre a preocupação de algumas entidades com o facto de decorrer durante as férias, Gouveia e Melo garantiu que serão encontradas “todas as soluções imaginativas para trazer os jovens à vacinação”, alertando, no entanto, que “não há soluções milagrosas”.

Estamos a criar dois fins de semana exclusivos para os jovens. Se não conseguirmos vacinar os jovens nesses fins de semana de certeza que vamos encontrar outros dias para vacinar esses jovens, só que o processo organizado e dedicado é feito nesses dois fins de semana. O outro processo, eles integrarão naturalmente porque haverá abertura para isso porque só temos um objetivo, que é vacinar”, afirmou.

Confrontado com as possíveis faltas à vacinação de jovens por estarem de férias, Gouveia e Melo respondeu que “não é possível desestruturar o processo para andar atrás de uma população que está móvel em função do seu período de férias”.

O período entre vacinas são três semanas. É um período suficiente para gerir a vacina de maneira a poder gozar férias (…) é isso que eu peço”, disse.

Sobre que estratégias se podem usar para convencer os jovens a aderir à vacinação, o vice-almirante afirmou que é muito simples: “A maior parte dos jovens será vacinada quer pela vacina, que é controlada, segura e eficaz, quer pelo vírus que não é controlado, não é seguro e é perigoso. Entre estas duas opções um ser humano racional segue pela opção mais segura, mais eficaz e mais disponível até em tempo”, finalizou.

Portugal já tem 62% da população com vacinação completa contra a covid-19 e 71% com pelo menos uma dose administrada, com os maiores de 65 anos quase totalmente vacinados.

O relatório mais recente de vacinação contra a covid-19 da DGS contabiliza 7.330.505 residentes em Portugal (71%) com pelo menos uma dose de vacina administrada e 6.403.987 pessoas (62%) com a vacinação completa.

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Supermercados usam a cerveja para evitar desperdícios

Continente e Aldi lançam duas cervejas que têm por base a economia circular. A Sovina 500 Cherry Sour é feita através do excedente de cerejas e a Bread Beer da Aldi a partir de sobras de pão.

A nível mundial são desperdiçados 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos todos os anos. Com a missão em mente de combater o desperdício alimentar, o Continente e a Aldi acabaram de lançar duas cervejas que têm como objetivo usar os excedentes da produção. O Continente acabou de lançar a Sovina 500 Cherry Sour que é feita através do excedente de cerejas, enquanto o Aldi apostou na Bread Beer, uma cerveja feita a partir de sobras de pão das suas lojas.

Para além deste novo lançamento, o Continente já comercializa a cerveja artesanal Vadia, também ela feita com as sobras do pão, e que assumiu como a primeira do género produzida no país.

Também a rede de supermercados Jumbo lançou, em 2018, uma campanha em Amesterdão com o mote “Waste is Delicious (“Restos são uma Delícia”) em parceria com 18 empresas. Através de alimentos que iriam parar ao lixo, a cadeia passou a disponibilizar cerveja feita com pão duro, sidra com maçãs quase passadas ou sopa de cenouras feias, segundo o Jornal Globo.

A cerveja Sovina 500 Cherry Sour nasce através de uma parceria com a Too Good To Go que permite a marcas e estabelecimentos parceiros combater o desperdício alimentar, vendendo-lhes o seu excedente alimentar. A nova cerveja Sovina 500 Cherry Sour vai estar disponível na loja online da Sovina e em alguns bares de especialidade.

“Queremos contribuir para um mundo mais consciente e sustentável, e com este apoio da Too Good To Go conseguimos salvar do desperdício algumas caixas de cereja, dando-lhes uma nova vida através de uma cerveja nova. As cerejas foram uma ótima adição, proporcionando um caráter doce e frutado sobre uma base ligeiramente sour”, explica João Fernandes, mestre cervejeiro da Sovina.

Madalena Rugeroni, country manager da Too Good To Go Portugal e Espanha, salienta que “é altamente relevante para a Too Good To Go que também os parceiros estejam alinhados e motivados a encontrar novas formas e soluções de combate ao desperdício alimentar”. “Esta colaboração com a Sovina mostra o que conseguimos quando alinhamos objetivos e necessidades em prol de um bem maior. Uma cerveja cujo sabor é a prova viva que as sinergias que potenciamos nos nossos parceiros são uma das nossas mais-valias”, acrescenta.

A Aldi também está a dar o seu contributo e juntou-se à cervejeira Aldeana, marca nascida no Montijo, para produzir a nova Bread Beer. Nesta cerveja desenvolvida exclusivamente para a Aldi Portugal, os maltes habituais foram substituídos pelas sobras de pão. A Bread Beer foi lançada esta terça-feira e está à venda com unidades limitadas nas lojas Aldi em todo o país.

“No início do ano aderimos ao movimento Unidos contra o Desperdício pois sabemos que o desperdício alimentar é um problema de todos e que a união faz a força. Estamos muito contentes por ter ganho o nosso parceiro comercial, a Aldeana, para este movimento e ter conseguido implementar, em conjunto, este projeto. Através do lançamento da Bread Beer, queremos continuar a sensibilizar os consumidores e desafiar os nossos clientes a serem criativos quanto ao reaproveitamento dos excedentes alimentares”, acrescenta Elke Muranyi, corporate responsability director da Aldi Portugal.

 

Miguel Cáceres, cervejeiro e fundador da Aldeana, aceitou “o desafio que a Aldi” lhe propôs com “grande entusiasmo”. “Aproveitámos as sobras de pão das suas lojas e criámos uma cerveja mais sustentável, através da substituição de parte dos nossos maltes habituais. O resultado foi uma cerveja âmbar, distinta, mas descomplicada, marcada por notas de cereal, caramelo e tostado. Uma cerveja consciente que contribui para o combate ao desperdício alimentar. Haverá melhor forma de ajudar nesta luta?”, questiona em jeito de conclusão.

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Grupos de cidadãos preveem gastar 2,6 milhões de euros, Moreira e Isaltino com maiores orçamentos

  • Lusa
  • 11 Agosto 2021

Em 2017, o total de despesas previstas pelos grupos de cidadãos foi de cerca de quatro milhões de euros. Este ano, deverá rondar os 2,6 milhões de euros, menos 1,4 milhões.

Os orçamentos de campanha dos grupos de cidadãos candidatos às eleições autárquicas totalizam 2,6 milhões de euros, sendo os movimentos independentes de Rui Moreira, no Porto, e de Isaltino Morais, em Oeiras, os que apresentam maiores despesas.

Segundo os orçamentos disponibilizados esta quarta-feira na página da Internet da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, o movimento “Rui Moreira: Aqui Há Porto” prevê gastar 316.388 euros, enquanto o movimento “Isaltino Inovar Oeiras” prevê despesas de 285.155,78 euros.

Nas eleições autárquicas de 2017, Isaltino Morais apresentou um orçamento de 283 mil euros e Rui Moreira de 285 mil euros. Nesse ano, o total de despesas previstas pelos grupos de cidadãos foi de cerca de quatro milhões de euros.

Se aos 2.639.120,7 euros deste ano forem somados os 31 milhões de euros que os partidos tencionam gastar, de forma isolada ou em coligações, a despesa com a campanha eleitoral fica em mais de 33,6 milhões de euros, abaixo dos cerca de 39 milhões de euros verificados em 2017.

Dos 308 concelhos, apenas 64 contam com candidaturas de grupos de cidadãos, sendo que em quatro municípios há dois movimentos em cada: Albufeira (no distrito de Faro), Sabrosa (Vila Real), Redondo (Évora) e Castelo de Paiva (Aveiro).

Na lista dos maiores orçamentos, depois de Rui Moreira e Isaltino Morais, segue-se o movimento “Elisa Ferraz – Nós Avançamos Unidos”, em Vila do Conde (distrito do Porto), com 125 mil euros, seguido de “Batalha é de Todos – Movimento Independente”, com cerca de 91 mil euros, do “SEMPRE – Movimento Independente”, em Castelo Branco, com 81.500 euros, do grupo de cidadãos “Pela Guarda – Autárquicas 2021”, com 80.343 euros, e do movimento cívico “Unidos por Torres Vedras”, com 80 mil euros.

O movimento independente “Figueira a Primeira”, liderado pelo antigo primeiro-ministro e ex-líder do PSD Pedro Santana Lopes, apresentou um orçamento de 64 mil euros. Pedro Santana Lopes já liderou a Câmara da Figueira da Foz entre 1998 e 2001.

Quantos aos orçamentos mais baixos, o grupo de cidadãos “António Franco/Esperança” apresentou uma estimativa de despesas de 750 euros na candidatura à Câmara de Alenquer, no distrito de Lisboa, enquanto em Montemor-o-Velho, no distrito de Coimbra, um movimento independente tem um orçamento de 820 euros.

As candidaturas independentes conquistaram nas eleições autárquicas de 2017 17 câmaras municipais, mais quatro do que em 2013, e em 13 destes municípios conseguiram maioria absoluta.

As eleições autárquicas deste ano realizam-se em 26 de setembro. Em Portugal há 308 municípios, dos quais 278 no continente, 19 nos Açores e 11 na Madeira. Quanto a freguesias, são 3.092, com a seguinte distribuição: 2.882 no continente, 156 nos Açores e 54 na Madeira.

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Casas eficientes e sustentáveis: procura de serviços no Mundo Ageas disparou em julho

  • ECO Seguros
  • 11 Agosto 2021

Com ampliação de incentivos estatais à eficiência dos edifícios, a plataforma do grupo Ageas regista subida exponencial na procura de serviços para instalar painéis solares e outro equipamento.

No final de junho, o Governo abriu as novas candidaturas à segunda fase do programa Edifícios Mais Sustentáveis, disponibilizando agora “mais de 30 milhões de euros para tornar as casas dos portugueses mais eficientes e sustentáveis. Para além dos apoios a janelas eficientes e painéis solares, foram apresentados mais três novos apoios: portas de entrada de casa – apoio até 750 euros; sistemas de aproveitamento de águas pluviais – até 1500 euros; e sistemas de monitorização de consumos de água em casa – até 200 euros,” nota um comunicado do Mundo Ageas.

Na primeira fase do programa governamental, em 2020, os apoios às famílias que investem em casas mais eficientes rondaram 9,5 milhões de euros. Após o anúncio da segunda fase de candidaturas, alguns dos serviços abrangidos registaram um aumento exponencial da procura no Mundo Ageas, relativamente ao mês de junho. Destacam-se, assim, a procura por serviços de instalação de painéis solares (com um crescimento de 104%), a instalação de janelas de pvc (com o crescimento de 325%), e instalação de bombas de calor (com um crescimento de 200%).

Vasco Severo, diretor geral do Mundo Ageas, conclui que “a sustentabilidade é um tema com o qual as pessoas se começam a envolver cada vez mais, sobretudo devido aos fenómenos que temos assistido nos últimos tempos, decorrentes das alterações climáticas. No Mundo Ageas estamos bastantes satisfeitos por sermos a escolha de muitos portugueses, no que toca à instalação de alguns serviços que permitem tornar as casas mais eficientes, e por termos a oportunidade de contribuir, de alguma forma, para a conservação do planeta.”

O Mundo Ageas é uma plataforma de serviços, que põe em contacto clientes, com necessidade de realização de serviços correntes no dia-a-dia, e prestadores de serviços, que oferecem soluções. Atualmente com quase 15.000 prestadores de serviço a nível nacional.

Em 2021, as taxas de comparticipação à instalação de janelas eficientes, painéis fotovoltaicos, bombas de calor, caldeiras e recuperadores a biomassa, entre outros investimentos em eficiência energética das habitações subiram de 70% para 85%, mantendo-se, no entanto, inalterados os limites máximos dos apoios (por exemplo, janelas eficientes – 1.500 euros e painéis solares – 2.500 para painéis solares).

 

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Allianz lucra mais 63% e arrecada 5 000 milhões de euros até junho

  • ECO Seguros
  • 11 Agosto 2021

O grupo segurador alemão aproveitou a recuperação global da economia, aumentando receitas e a conseguir forte crescimento do resultado operacional.

O Allianz Group, com crescimento de 11% nas receitas do segundo trimestre, fechou os primeiros seis meses de 2021 com 75,7 mil milhões de euros de faturação total, mais 3,1% face à faturação de um ano antes. O resultado operacional consolidado ascendeu a 6,66 mil milhões de euros, uma subida homóloga de 36,7% e representar 55% do ponto médio da meta estabelecida para todo 2021.

Com rácio de capitalização (Solvência II) calculado em 206% no final do segundo trimestre (210% no fecho do 1º trimestre), a companhia consolidou lucro líquido de 5,04 mil milhões de euros (+62,5% face ao apurado nos primeiros seis meses de 2020 e a comparar com 7,1 mil milhões de lucro conseguido em todo o ano 2020). Excluindo interesses minoritários, o lucro avançou 63,7%, totalizando 4,8 mil milhões para os acionistas de controlo, detalha um comunicado da companhia.

Oliver Bäte, CEO da Allianz SE, saudou crescimento a dois dígitos no resultado operacional e salientou a procura “saudável” dos produtos e soluções do grupo.

A receita no segmento P&C (seguros de património e acidentes) totalizou 33,6 mil milhões de euros (-0,5% face a idêntico período de 2020), registando já um declínio de perdas relacionadas com Covid-19 e um melhor resultado técnico a impulsionar o lucro operacional em 32%, para 2,9 mil milhões de euros. Em consequência, o rácio combinado melhorou 3,2 pp, para 93,4%.

No negócio Vida e Saúde, o valor líquido dos prémios beneficiou da retoma da procura e cresceu 6%, até cerca de 39 mil milhões de euros, impulsionando o resultado operacional do segmento em 37,9%, para os 2 495 milhões de euros.

Na gestão de ativos, o lucro operacional aumentou 19%, até 1,57 mil milhões de euros.

AGC voltou a lucros após perdas de 195 milhões no 1º semestre de 2020

A Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) , filial integralmente consolidada pela Allianz SE embora com gestão e estrutura autónoma no conjunto do grupo Allianz, passou de 295 milhões de euros de prejuízo operacional, no primeiro semestre de 2020, para um resultado positivo de 179 milhões no final do período terminado em junho passado, evolução que representa incremento de 474 milhões de euros.

A unidade de linhas comerciais para grandes riscos e ramos especiais, que beneficia da escala global de grupo segurador germânico, realizou 5,16 mil milhões de euros em volume bruto de prémios, menos 355 milhões do que nos primeiros seis meses de 2020, com o rácio combinado a melhorar 19,4 p.p., de 117,2% um ano antes, para 97,8% no final de junho de 2021, beneficiando de menor volume de sinistros relacionados com a pandemia de Covid-19.

O montante de reservas para fazer frente aos sinistros associados a Covid-19 ascendiam a 35 milhões de euros no final do segundo trimestre, contra 488 milhões de euros provisionados no final de junho de 2020, refere briefing da companhia à imprensa.

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