Jeep brasileiro dá dados a startup para conseguir desconto

  • ECO Seguros
  • 1 Julho 2021

Da central multimedia do carro saem dados sobre localização, velocidade e aceleração diretos para startup Pier que faz um preço para o seguro com base nessa informação.

A Jeep vai passar a utilizar a central multimedia instalada nos seus carros no Brasil para enviar dados sobre o perfil de condução do segurado para oferecer cotações para a contratação de seguros da startup brasileira Pier, anuncia a revista Exame.

Após consentimento prévio do dono do veículo, os dados são enviados para a startup para que o plano individual seja criado com base na quilometragem percorrida por mês, a localização, velocidade e aceleração verificadas. A integridade do automóvel também é considerada.

Os veículos do modelo Renegade, da Jeep, elegíveis para os planos da Pier neste modelo de cotação baseado em dados, precisam de instalar o sistema multimedia Adventure Intelligence by Jeep Connect, que tem conexão com a rede de internet móvel 4G.

O desconto oferecido pela Pier aos segurados é viabilizado pelo uso de dados e processamento de informações com algoritmos de inteligência artificial para a criação de planos com preços para cada segurado.

Lucas Prado, cofundador da Pier, referiu à revista “Já temos em nosso DNA um forte uso de inteligência artificial para beneficiar a experiência do cliente. Sermos a única seguradora a recolher dados, com aprovação prévia do utilizador, de dentro do veículo, para trazer uma precificação individualizada é, sem dúvidas, um grande privilégio”,

A seguradora também atua no segmento de telemóveis e utiliza uma aplicação, disponível para Android e iOS, para obter dados sobre o perfil e o risco de cada utilizador. Embora faça contratos com veículos de quaisquer marcas, a diferença na parceria com a Jeep com Pier é a integração da central multimedia conectada do Renegade com o base de dados da seguradora.

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Lucros da seguradora da Fidelidade em Cabo Verde aumentam 6%

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

A Garantia, é líder de mercado no arquipélago atlântico que sofreu bastante com a Covid-19, com seguros de viagem a quebrar 58%.

Os lucros da seguradora cabo-verdiana Garantia, do grupo Fidelidade, aumentaram 6% em 2020, face ao ano anterior, para mais de 1,6 milhão de euros, apesar da crise económica provocada pela pandemia de Covid-19.

Segundo o último relatório e contas da seguradora, a maior do país (estima ter uma quota de mercado superior a 60%), o exercício de 2020 fechou com um resultado líquido de 179.905.824 escudos (1,625 milhão de euros), tendo o conselho de administração aprovado que 10% desse valor será aplicado na reserva legal e 30% transferido para outras reservas.

Os restantes 60%, equivalente a quase 108 milhões de escudos (975 mil euros), serão distribuídos pelos acionistas, como dividendos do exercício de 2020.

“Não obstante a difícil conjuntura vivida ao longo do ano de 2020, a companhia conseguiu reformular o seu plano de atuação e implementar medidas de contenção de custos que foram determinantes e fundamentais para a boa performance operacional e financeira. Todo o esforço efetuado ao longo deste exercício resultou num aumento de 6% do resultado líquido, face ao ano anterior”, destaca a administração, no relatório e contas.

Segundo o documento, o resultado por ação da maior companhia de seguros de Cabo Verde aumentou para 900 escudos (8,1 euros) e a taxa de rentabilidade líquida da carteira cresceu de 10,2% em 2019 para 10,7% em 2020.

A Fidelidade – Companhia de seguros detém uma participação de 55,89% do capital social da seguradora Garantia, enquanto o Banco Comercial do Atlântico (de Cabo Verde, do grupo Caixa Geral de Depósitos) assume uma quota de 25% e o Instituto Nacional de Previdência Social de 12,19%, cabendo ainda 4,5% aos Correios de Cabo Verde, enquanto os restantes 2,42% das ações estão nas mãos dos trabalhadores.

Segundo o relatório e contas da Garantia, a carteira do mercado de seguros de Cabo Verde (que congrega duas seguradoras) fechou o ano de 2020 com uma quebra de 6,2% face a 2019, impulsionado pelos seguros “Não Vida”, que caíram 8,5%, como efeitos da crise provocada pela pandemia, já iniciou o ano com “uma tendência muito positiva”, crescendo quase 10%.

No segmento “Não Vida”, e “refletindo os efeitos da pandemia da covid-19 na atividade económica”, a seguradora registou em 2020 “uma forte inversão na tendência crescente que vinha apresentando há já vários anos”. Este segmento, que nos últimos cinco anos estava a crescer a uma taxa média de 7,8% – que chegou a 13,7% em 2019 -, “sofreu um decréscimo de 6,7% em 2020”.

A companhia refere que “devido às fortes limitações de circulação impostas” com a pandemia, os seguros de viagens “foram os que mais sentiram o impacto da crise, decrescendo 58% face a 2019”.

O efeito “foi também significativo na carteira de seguro das empresas”, principalmente nos ramos de Responsabilidade Civil Geral (-17%), Construção e Montagem (-47%) e Multirrisco Profissional (-12%), em que “a Garantia registou valores consideravelmente elevados” no ano anterior.

Ainda na carteira das empresas, registaram-se decréscimos nos seguros de Transportes Aéreos (-14%) e Acidentes de Trabalho (-2%), reconhece a companhia.

Registou-se também um “importante abrandamento” na carteira do segmento “Vida”, cujo “crescimento se limitou aos 15%” em 2020, face ao aumento médio de 24,1% registado nos últimos cinco anos e que foi de 32,8% só em 2019).

A seguradora emitiu prémios de mais de 1.431 milhões de escudos (12,9 milhões de euros) no setor “Não Vida” em 2020, menos 7% face a 2019, e de 226,8 milhões de escudos (dois milhões de euros) para o setor “Vida”.

Globalmente, a companhia contava em 2020 com uma carteira de prémios de seguros do setor “Vida” que ascendia a 320,1 milhões de escudos (2,9 milhões de euros) e 2.354 milhões de escudos (21,2 milhões de euros) no setor “Não Vida”.

Com 125 trabalhadores, a seguradora Garantia fechou 2020 com um capital próprio de 1.476 milhões de escudos (13,3 milhões de euros), superior em 9% face a 2019, e com uma carteira de investimentos financeiros líquidos de 2.448 milhões de escudos (22 milhões de euros), um aumento de 6%.

A Garantia – que resultou da cisão do Instituto de Seguros e Providência Social de Cabo Verde e posterior privatização, em 1992 – é controlada pelo grupo Fidelidade.

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Recuo dos pedidos de desemprego dão ânimo a Wall Street

O recuo dos pedidos de desemprego levaram os investidores a estarem mais confiantes relativamente à recuperação económica. Wall Street brilhou na penúltima sessão da semana, com o S&P em novo máximo.

As praças norte-americanas encerram a penúltima sessão da semana em alta, com os investidores entusiasmados pelos sinais de recuperação económica, após ter sido revelado um decréscimo dos pedidos de desemprego.

O índice de referência S&P 500 somou 0,49% para 4.318,63 pontos, alcançando o sexto recorde consecutivo, enquanto que o industrial Dow Jones valorizou 0,33% para 34.616,12 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq ganhou 0,08% para 14.515,72 pontos.

A animar os investidores estiveram os dados divulgados esta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos da América (EUA) que indicaram que o número de pedidos de desemprego, na semana terminada a 26 de junho, caiu mais do que o esperado. Na semana passada houve uma queda de 51 mil pedidos de desempregos, estando o valor atual nos 364 mil subsídios. Trata-se do valor mais baixo desde março do ano passado, altura em que a pandemia levou ao primeiro lockdown, segundo a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Ao mesmo tempo, foi ainda revelado que em junho os despedimentos registaram o nível mais baixo em 21 anos, o que sugere que a recuperação económica do outro lado do Atlântico está a ganhar fulgor. Assim, a maior economia mundial começa a dar sinais de uma aparente recuperação, sustentada por um aumento acentuado das encomendas e numa altura em que mais de 150 milhões de norte-americanos já estão completamente imunizados contra a Covid-19.

Além disso, esta quinta-feira a Câmara dos Representantes, controlada pelos democratas, aprovou um projeto-lei no valor de 715 mil milhões de dólares para apoiar os transportes terrestres e a infraestrutura hídrica, noticia a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Nesta sessão, as cotadas ligadas ao setor do petróleo estiveram entre as mais beneficiadas, impulsionados pela subida das cotações do “ouro negro”, no dia em houve nova reunião da OPEP+ para avaliar a produção. Assim, e apesar de os maiores produtores de petróleo terem decidido adiar a decisão para amanhã, a Chevron somou 1,40% para 106,21 dólares, ao mesmo tempo que a Exxon Mobil valorizou 0,29% para 63,26 dólares. Neste momento, o Brent, de referência europeia, ganha 1,21% para os 75,52 dólares, ao passo que o WTI sobe 2% para os 74,94 dólares, em Nova Iorque.

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Rui Moreira diz que medidas vão ter “impacto negativo” nos portuenses

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

"Os portuenses, na sua esmagadora maioria, agiram no S. João com grande moderação", disse Rui Moreira, depois de dizer que a "pandemia não começou no Porto".

O presidente da Câmara do Porto afirmou esta quinta-feira estar “muito preocupado” com a situação pandémica e considerou que as medidas aplicadas ao concelho vão ter “um fortíssimo e negativo impacto” na vida dos portuenses e na economia.

“Tive conhecimento disso há pouco. Naturalmente, estou muito preocupado com a situação da pandemia e muito preocupado com estas medidas que, como é evidente, têm um fortíssimo e negativo impacto na vida das pessoas, dos portuenses e na nossa economia”, afirmou o independente Rui Moreira.

O concelho do Porto passou a integrar a lista dos 26 concelhos no nível de risco elevado de incidência de covid-19.

Em declarações aos jornalistas, disse não querer pronunciar-se sobre algumas das medidas adotadas, como a limitação de circulação na via pública até às 23:00, considerando que “num país com tantos especialistas, não é o presidente da Câmara do Porto que se pode pronunciar”.

“Não me cabe agora dizer seja o que for. O Governo tem, nesta matéria, uma soberania de autoridade do Estado e no Porto cumpriremos, como sempre cumprimos, aquilo que são as normas decididas por quem de direito”, salientou.

Rui Moreira referiu que apesar de parte significativa da população estar vacinada, a população mais velha protegida e a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, a atual situação é “preocupante do ponto de vista sanitário”.

“A segunda questão que me preocupa muito é a questão da nossa economia e emprego. A pandemia tem tido consequências muito duras no emprego na cidade do Porto, nos pequenos negócios da cidade e estas medidas anunciadas têm este impacto”, afirmou.

Questionado sobre o impacto dos festejos da noite de São João no aumento do número de casos de infeção pelo SARS-CoV-2, o autarca referiu que “a pandemia não começou no Porto”.

“Sabemos como é que a situação estava e onde estava há três semanas atrás. Aquilo que verificamos foi que os portuenses, na sua esmagadora maioria, agiram no S. João com grande moderação”, disse.

Já quanto aos parques de diversão, o autarca afirmou que a decisão de se manterem ou não em funcionamento até dia 18 de julho cabe ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Porto Ocidental.

“O ACES Ocidental permitiu que os parques estivessem abertos até ao dia 18 com reforço e polícia, que tem sido feito. Será o ACES a decidir isso, essa decisão não cabe ao presidente da câmara”, acrescentou.

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Ana Paula Vitorino rejeita acusações de falta de isenção como futura presidente da AMT

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

A antiga ministra do Mar nega que possa ter “falta de isenção” para ocupar o cargo de presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes. "Não tenho obediências partidárias”, garante.

A deputada do PS e antiga ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, rejeitou esta quinta-feira, numa audição do parlamento, que possa ter “falta de isenção” para ocupar o cargo de presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

Como personalidade indigitada para liderar o regulador, Ana Paula Vitorino foi ouvida na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação e garantiu que, das suas anteriores funções governativas, de deputada e outras atividades que levou a cabo, “não resulta qualquer incompatibilidade e impedimento” à sua nomeação como presidente da AMT.

“Quanto à isenção, independência e transparência”, Ana Paula Vitorino recordou o parecer da CReSAP (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública), que a considerou adequada para a função, depois de avaliar estas questões. “Não trabalhei em áreas que vão ser reguladas”, garantiu a deputada, que foi ainda secretária de Estado dos Transportes, entre 2005 e 2009.

“Sou idónea, cumpridora da lei, isenta e livre. Não tenho obediências partidárias”, garantiu, confrontada pelos deputados que a questionaram sobre a sua ligação ao programa do Governo do PS e a ligações familiares.

Já fui acusada de não ceder a pressões, já fui muito prejudicada por defender com teimosia o interesse público, prejudicando interesses particulares”, assegurou, salientando ainda que “a AMT não tem competências políticas”.

Quanto às ligações familiares, Ana Paula Vitorino deixou críticas ao deputado do PSD, Carlos Silva. “Enquanto mulher não aceito nem aqui nem em qualquer sítio que ponham em causa a minha capacidade e independência por viver seja com quem for [com o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita]”, vincou.

“Isso chama-se machismo e misoginia”, criticou, referindo que nunca admitiu “a tutela moral a ninguém”. “Eu penso pela minha cabeça assim como a maioria das mulheres do país”, rematou a deputada.

Em resposta, Carlos Silva disse que não estava a colocar em causa questões de género nem relações familiares e sim “como proteger a AMT quando no Conselho de Ministros são tratados centenas e centenas de milhões de euros” e nesse mesmo órgão “está uma pessoa que tem relações familiares” com Ana Paula Vitorino.

Quanto às suas prioridades para a AMT, Ana Paula Vitorino defendeu “uma visão mais moderna da regulação”, advogando uma “concorrência como forma de prestar um melhor serviço” aos cidadãos.

“Tem de se aceitar a concorrência se for no sentido de melhorar a qualidade do serviço e não no sentido estritamente económico”, explicou. Ana Paula Vitorino rematou a sua audição anunciando que “chegou ao fim” a sua carreira política.

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Holandeses da NN querem negócios da MetLife na Europa

  • ECO Seguros
  • 1 Julho 2021

O grupo Nationale-Nederlanden fez uma oferta à MetLife por alguns dos negócios que a norte-americana tem na Europa. Grécia e Polónia parecem ser as primeiras operações a adquirir.

O Grupo holandês NN – Nationale-Nederlanden fez uma oferta para adquirir parte dos negócios da MetLife na Europa, dizendo que esta intenção está em linha com sua estratégia de consolidar suas posições de liderança em mercados de crescimento atraentes.

A seguradora holandesa, que tem David Kniebbe como CEO, disse em um comunicado que informará ainda mais o mercado sobre a oferta “se e quando for apropriado”, enquanto a Bloomberg informou na que a NN estava em negociações para pagar cerca de 740 milhões de dólares por ativos.

Um acordo pode ser alcançado já na próxima semana para as unidades na Grécia e na Polônia, disseram fontes próximas do negócio à Bloomberg e enquanto nenhuma decisão final for tomada, as negociações podem fracassar ou outros licitantes podem surgir, também disseram essas fontes.

Não existiu qualquer referência à MetLife Iberia, que inclui as operações da gigante em Portugal e Espanha. A NN está em Espanha desde 1978 com os ramos Vida e com gestão de ativos enquanto em Portugal nunca teve negócio direto.

As negociações acontecem no momento em que a NN está a enfrentar pressão do acionista e fundo ativista Elliott Investment Management para libertar valor para os acionistas. Também havia licitado pelas operações polaca da Aviva Plc neste ano.

A MetLife, sediada em Nova York, está a vender os ativos numa tentativa de otimizar seus negócios globais. Suas operações na Europa, Oriente Médio e África relataram ganhos ajustados de 327 milhões milhões de dólares em 2020, acima dos 282 milhões de 2019.

A NN é um grupo segurador e uma gestora de ativos com atividades em 20 países, com forte presença na Europa e no Japão. Nasceu e está baseada nos Países Baixos há 170 anos e opera com as marcas Nationale-Nederlanden, NN Investment Partners, ABN AMRO Insurance, Movir, AZL, BeFrank, Zicht and OHRA. Tem 15 000 colaboradores e 18 milhões de clientes.

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MAI responde a Rio: Carro tem “situação jurídica de apreendido”

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

O MAI explica que o carro em que seguia Eduardo Cabrita, envolvido num acidente mortal, encontra-se “na situação jurídica de apreendido” e tem uma guia para poder circular válida até maio de 2023.

O Ministério da Administração Interna esclareceu esta quinta-feira que o carro em que seguia o ministro Eduardo Cabrita, envolvido num acidente mortal, encontra-se “na situação jurídica de apreendido” e tem uma guia para poder circular válida até maio de 2023.

O veículo encontra-se na situação jurídica de apreendido e não foi declarado perdido a favor do Estado. Assim, para poder circular na via pública, a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP) emitiu uma guia para que o veículo possa circular válida até 13 de maio de 2023”, disse à agência Lusa fonte do Ministério da Administração Interna (MAI).

O esclarecimento do MAI surge após o presidente do PSD ter afirmado que o carro em que seguia o ministro da Administração Interna não estar registado e exigiu esclarecimentos, lamentando que a questão ande “de trapalhada em trabalhada”.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, Rui Rio começou por dizer que “como tem sido público e notório”, a questão do atropelamento de um trabalhador na autoestrada A6, que provocou a sua morte, pelo carro onde vinha o Ministro da Administração Interna “tem andado de trapalhada em trapalhada e cada vez se entende menos”.

“Temos de saber se havia sinalização da obra ou não havia sinalização da obra, temos acima de tudo de saber a velocidade a que o carro vinha, e agora temos que saber mais uma coisa que eu não entendo: é que o carro que transportava o MAI pura e simplesmente não está registado na conservatória do registo automóvel”, avançou.

Segundo o líder social-democrata, a matrícula não consta dos registos, “o carro pura e simplesmente não está registado”. Rio disse que procurou na legislação “para ver se havia alguma norma de exceção que dissesse que os automóveis do Estado, os automóveis do Governo, não carecessem de registo” e não a encontrou.

A 18 de junho uma pessoa que fazia a manutenção da via morreu atropelada na autoestrada A6, na zona de Évora, num acidente que envolveu o carro que transportava o ministro Eduardo Cabrita.

O Ministério Público (MP) abriu um inquérito para apurar as circunstâncias da morte do trabalhador, “como sempre acontece neste tipo de situações”, ou seja, em acidentes rodoviários com mortos, segundo fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) abriu igualmente um inquérito interno sobre as circunstâncias em que foi prestado o socorro no acidente. A GNR está também a investigação o acidente.

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Contas de 2020 do Banco Montepio aprovadas por unanimidade

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

As contas de 2020 do Banco Montepio, detido em mais de 99% pela Montepio Geral - Associação Mutualista, foram aprovadas por unanimidade em assembleia-geral anual.

As contas de 2020 do Banco Montepio, detido em mais de 99% pela Montepio Geral – Associação Mutualista, foram aprovadas por unanimidade em assembleia-geral anual na terça-feira, comunicou esta quinta-feira o banco ao mercado.

Os sete pontos da reunião magna que contou com “a presença de acionistas titulares de 99,99735% do respetivo capital social” do banco foram todos aprovados por unanimidade, incluindo o Relatório de Gestão e Contas do Exercício de 2020 e a afetação de resultados do exercício.

Em 2020, o Banco Montepio registou um prejuízo de 80,7 milhões de euros, contra um lucro de 22 milhões de euros em 2019, num resultado influenciado pelo “impacto desfavorável” da pandemia Covid-19.

Foi também aprovada a constituição de reserva especial e constituição de direitos de conversão referentes ao exercício de recuperabilidade dos ativos por impostos diferidos, reportado a 31 de dezembro de 2020.

A Lusa questionou o Montepio sobre qual o valor da reserva a constituir e que permitiu melhorar as contas, mas que, em contrapartida, implica que o Estado pode ficar acionista do banco, mas não obteve resposta.

A auditora do banco Montepio e da Associação Mutualista Montepio, a PWC, tem feito recorrentemente chamadas de atenção face aos ativos por impostos diferidos registados, uma vez que considera que a sua totalidade não será recuperável (uma vez que implica que as entidades tenham lucros que dificilmente atingirão).

Na certificação legal de contas, disponível no relatório e contas do banco de 2020, a auditora PWC diz que no fim de 2020 os ativos por impostos diferidos totalizavam 510 milhões de euros, sendo que em 443 milhões de euros a “recuperabilidade depende da capacidade de geração de lucros tributáveis futuros”.

Assim, tendo em conta que a recuperação desse valor depende de lucros futuros, considera a PWC que “eventuais alterações nos pressupostos utilizados na estimativa de resultados futuros ou na interpretação da legislação fiscal ou na interpretação da legislação fiscal podem ter impactos relevantes na recuperabilidade dos ativos por impostos diferidos”.

Na reunião de terça-feira, realizada em Lisboa, foi também aprovada por unanimidade a apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade e ainda a ratificação da cooptação do administrador Jorge Paulo Almeida e Silva Baião.

Os restantes pontos com aprovação unânime dizem respeito ao Relatório de avaliação das Políticas de Remuneração e procedimentos adotados pelo Banco Montepio e Grupo Banco Montepio, à Revisão anual da Política de Remunerações dos Membros do Órgão de Administração e de Fiscalização, e ainda Revisão anual da Política de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros do Órgão de Administração e de Fiscalização e Titulares de Funções Essenciais.

De acordo com o relatório e contas anual do Banco Montepio, 99,99% das ações do banco (2.419.830.580) são detidas pela Mutualista Montepio, “encontrando-se o capital remanescente (0,01%), correspondente a 169.420 ações”, disperso por 37 entidades da economia social.

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Retalho e restauração contestam mais uma “machadada” no setor com novas restrições

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

A Associação de Marcas de Retalho e Restauração considera que novas medidas restritivas implementadas para combater a pandemia de Covid-19 representam mais uma "machadada" no setor.

A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) considerou esta quarta-feira que as novas medidas restritivas implementadas para combater a pandemia de Covid-19 representam mais uma “machadada” no setor.

A AMRR “entende que as novas medidas restritivas, que se aplicam a um número cada vez mais significativo de municípios, representa mais uma machadada no setor do retalho e da restauração”, pode ler-se num comunicado enviado esta quinta-feira.

No documento, a associação opta por “não se pronunciar sobre as medidas em concreto que são tomadas para salvaguardar a saúde pública”, mas não deixa de “registar a posição tomada pelo Sr. Presidente da República e de outros responsáveis da necessidade de revisitar a matriz e em particular as medidas que são consequência dessa mesma matriz”.

“A AMRR lamenta profundamente que, após meio ano de lojas encerradas e 10 meses de restrições com quebras no seu conjunto superiores a 50% da faturação, entremos no 2.º semestre de 2021 com um número significativo de municípios, representativos de quase 40% da população portuguesa, com restrições severas no retalho e na restauração”, pode ler-se no comunicado.

O presidente da associação, Miguel Pina Martins, afirma, citado no documento, que “o Governo e a Assembleia da República não podem ignorar a realidade”.

A AMRR volta a lamentar, nas palavras do seu presidente, que “o Governo decrete encerramentos sem apresentar qualquer solução compensatório e que a Assembleia da República tenha chumbado propostas legislativas que iam no sentido de trazer algum equilíbrio aos contratos na rua e nos centros comerciais”.

Os restaurantes, comércio alimentar e não alimentar vão ter de fechar mais cedo este fim de semana em mais 16 concelhos, que, devido às taxas de incidência registadas, vão recuar para as regras em vigor em Albufeira, Lisboa e Sesimbra.

A lista dos 19 concelhos que registam taxas de incidência que os colocam em risco muito elevado foi esta quinta-feira referida pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, o que implica que o comércio, os restaurantes, pastelarias e afins passem a ter de encerrar às 15:30 aos fins de semana e feriados.

Durante a semana, a restauração pode funcionar até às 22:30, mas com as regras de lotação a imporem um máximo de quatro pessoas por grupo no interior e de seis pessoas por grupo nas esplanadas e o comércio até às 21:00.

Já os supermercados a restante retalho alimentar têm de encerrar às 19:00 aos fins de semana e feriados.

Estão nesta situação os concelhos de Albufeira, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Constância, Lisboa, Loulé, Loures, Mafra, Mira, Moita, Odivelas, Oeiras, Olhão, Seixal, Sesimbra, Sintra e Sobral de Monte Agraço, ou seja, os que registaram nos últimos 14 dias taxas de incidência acima de 240 casos por cem mil habitantes (ou superior a 480 nos concelhos de baixa densidade).

Há ainda um grupo de 26 concelhos que por registarem taxas de incidência acima de 120 casos por cem mil habitantes (ou superior a 240 nos concelhos de baixa densidade), encontram-se em risco elevado, o que significa que os restaurantes e afins passam a ter de encerrar às 22:30 e que o número de pessoas por grupo seja no máximo de até 10 nas esplanadas e de até seis no interior.

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Inovação: “Não se pode fazer nada individual no digital. É preciso trabalhar com o máximo de parceiros”

  • ECO
  • 1 Julho 2021

Do turismo ao retalho, a pandemia tornou imprescindível a otimização da experiência do cliente, acelerando a transformação digital. Como conduzir estas alterações de forma segura e sustentável?

“De acordo com a Lei de Moore, criada em 1965, a capacidade dos nossos computadores duplica a cada dois anos, o que significa que houve mais mudanças nos últimos cinco anos do que nos anteriores 45 e que nos próximos cinco haverá ainda mais”. O destaque foi feito por Ana Galvão, na sessão de boas-vindas do Mastercard Innovation Forum 2021, que contou com especialistas de várias áreas para refletir sobre a aceleração digital em curso.

Como pano de fundo, a pandemia de COVID-19 enquanto catalisador que, ao impulsionar transformações, veio testar a capacidade de adaptação de cidadãos, instituições e da sociedade como todo. “Vivemos um momento sem precedentes”, considerou Maria Antónia Saldanha, Country Manager da Mastercard Portugal, na sessão de abertura, em que deu conta de um “movimento massivo em direção ao digital”. Cabe às empresas responderem às necessidades dos consumidores, que “estão ávidos por novas experiências digitais que assegurem rapidez e flexibilidade”, o que “pressupõe uma aceleração dos pagamentos digitais que, na maioria dos planos de negócios, iria acontecer entre 3 a 5 anos”.

Convergência digital: acompanhar a jornada do cliente

Os canais digitais são uma forma de chegar a mais potenciais clientes e a pandemia veio demonstrá-lo. Que o diga o Grupo Pestana, cujas vendas através destes canais cresceram de 50% (2019) para 70% (2021), apontou João Leite, Diretor de Inovação e Business Intelligence do Pestana Hotel Group. No entanto, o e-commerce não deve ser visto como um substituto das vendas tradicionais: “Quando e onde o cliente quiser eficiência, estaremos presentes nos canais digitais. (…) O serviço premium exige que se mantenha o contacto pessoal”, considerou o responsável.

Francisco Dias, Diretor de eCommerce da Decathlon, partilha a mesma visão: “O que o digital vai permitir, porque está a evoluir, é alavancar cada vez mais a experiência do cliente, através de uma compra mais conveniente, rápida e menos burocrática, sem descurar o contacto humano”, concordou. Por exemplo, no âmbito dos sistemas de pagamento, o futuro será a agilização das devoluções, no caso da Decathlon, e a autonomização de check-in e check-out, sem apoio humano, em alguns hotéis do Grupo Pestana.

Em ambos os casos, o digital foi apresentado como uma forma de acompanhar a jornada do cliente de forma mais completa, ao aumentar os pontos de contacto com a marca. “Em cada canal, temos de oferecer o que é diferenciador nesse canal: no nosso caso, no online é descrever o produto com pormenor, fisicamente é a ajuda de especialistas. Muitas vezes, o cliente está na loja a ver o nosso site”, sintetizou Francisco Dias.

"Fizemos [escolas do Turismo de Portugal] 1500 ações online que chegaram a mais de 160 mil profissionais, nomeadamente em marketing digital, sustentabilidade e clean & safe, áreas essenciais para a resiliência do setor e para as necessidades do turista.”

Luís Araújo

Presidente do Turismo de Portugal

Consumidor: segurança e experiência sem atritos

Luís Araújo, Presidente do Turismo de Portugal, referiu-se à necessidade de proporcionar aos turistas “uma experiência o mais fluida possível”, abrangendo sistemas de transporte, comunicação e pagamento. “É essencial envolver todos os agentes, de pequenos comerciantes a grandes hotéis”, bem como “estimular e mostrar o efeito de pequenas mudanças, como aceitar diferentes métodos de pagamento”, detalhou.

Sendo um dos setores mais afetados pela pandemia, o turismo deverá, segundo o responsável, recuperar em 2023 os números de 2019, quando representou perto de 15% do PIB. “Portugal tem a melhor infraestrutura turística do mundo, segundo dados do World Economic Forum, e a pandemia não mudou os nossos ativos”, justificou. Para isso, deverá ajudar a aposta recorde em formação verificada em 2020: “Fizemos [escolas do Turismo de Portugal] 1.500 ações online que chegaram a mais de 160 mil profissionais, nomeadamente em marketing digital, sustentabilidade e clean & safe, áreas essenciais para a resiliência do setor e para as necessidades do turista”.

"Temos de nos tornar os CTO (Chief Technology Officer) das nossas crescentes Repúblicas Digitais”

Keren Elazari

Hacker e Especialista em Cibersegurança

Cibersegurança: aliar segurança e inovação

“Os hackers já se adaptaram à nova realidade tecnológica, por isso se queremos estar seguros temos de aprender com eles”. Eis o repto deixado por Keren Elazari, Hacker e Especialista em Cibersegurança. Através de vários exemplos reais, demonstrou como o ransomware representa uma ameaça crescente graças a métodos inovadores como “o uso de criptomoedas e o recurso a táticas publicitárias e comunicados de imprensa”. De tal forma que 2020, o ano em que as nossas vidas se tornaram mais digitais do que nunca, foi considerado “o ano do renascimento criminal”.

“Temos de nos tornar os CTO (Chief Technology Officer) das nossas crescentes Repúblicas Digitais”, apelou, enfatizando a importância da responsabilização individual e a necessidade de “envolver todos na cibersegurança”. Entre as soluções para as empresas, apontou os Bug Bounty Programs, programas que recorrem aos serviços de hackers amigáveis para identificar vulnerabilidades nos ecossistemas digitais de instituições. O objetivo, sintetizou, é “construir um sistema imunológico digital”, o que implica investir em segurança e inovação.

"Não se pode fazer nada individual no digital. É preciso abrir as APIs e trabalhar com o máximo de parceiros para promover um verdadeiro ecossistema de inovação”

Jorn Lambert

Chief Digital Officer da Mastercard

Sustentabilidade: a colaboração como chave

Priceless Planet Coalition é o nome da iniciativa estratégica da Mastercard focada em reduzir o impacto das alterações climáticas. Na prática, trata-se de um projeto que pretende alavancar a rede mundial de stakeholders da empresa – 75 milhões de comerciantes, 30 mil bancos, 3 mil milhões de consumidores – de forma a “criar um impacto real na sustentabilidade”, explicou Jorn Lambert, Chief Digital Officer da marca. Criada em 2020 e com 60 parceiros inscritos, a iniciativa está já a traduzir-se em projetos de reflorestação na Austrália, Brasil e Quénia.

“Não se pode fazer nada individual no digital. É preciso abrir as APIs e trabalhar com o máximo de parceiros para promover um verdadeiro ecossistema de inovação”, defendeu o responsável. Na prática, a calculadora de carbono criada pela empresa permite que os consumidores conheçam a pegada ecológica associada aos gastos realizados com os cartões que utilizam, podendo optar por compensá-la através da plantação do número de árvores correspondente. “Podemos levar essa tecnologia a centenas de parceiros e milhões de consumidores graças ao poder das parcerias”, concluiu, apelando à adesão de mais parceiros em Portugal.

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Berardo não fala. Medidas de coação só sexta-feira

O empresário Joe Berardo não quis prestar declarações ao juiz Carlos Alexandre. Vai passar a terceira noite nos calabouços da PJ.

O empresário Joe Berardo não quis prestar declarações ao juiz Carlos Alexandre. Sendo assim, as medidas de coação só serão conhecidas na sexta-feira. O arguido passa assim mais uma noite nos calabouços da PJ, já que Ministério Público e Carlos Alexandre só anunciam medidas amanhã que podem passar desde o termo de identidade e residência à prisão preventiva. Mas o mais provável será o pedido de pagamento de uma caução elevada.

André Luiz Gomes iniciou interrogatório às 9:23 desta quinta-feira, interrompeu pelas 13:00, retomou às 14:13 e terminou às 18:00. Às 18:30 começou o interrogatório a Joe Berardo que durou apenas 45 minutos já que o arguido preferiu remeter-se ao silêncio. Berardo acabou por se sentir mal e o INEM foi chamado para assistir o colecionador de arte. Joe Berardo estava no Tribunal Central de Instrução Criminal e os operacionais foram chamados ao local.

A procuradora Inês Bonina e Rui Pedro Marques, os principais elementos da equipa que dirige o inquérito no DCIAP, devem pedir ao juiz Carlos Alexandre para decretar uma caução elevada para acautelar os perigos de perturbação do inquérito e de continuação da atividade criminosa por parte do comendador. A idade de Berardo, quase com 77 anos, os seus problemas de saúde, o facto de parte dos factos em investigação serem já muito antigos, terá levado o Ministério Público a decidir pedir ao juiz de instrução a aplicação de uma medida não privativa da liberdade. Segundo avança a SIC, o Ministério Público acredita que há o risco de Joe Berardo fugir, de continuar a atividade criminosa e de concertar versões com dirigentes da banca e figuras da polícia.

Por isso, os procuradores vão defender no interrogatório judicial que terá de ser aplicada uma medida de coação mais gravosa que o termo de identidade e residência, a menos grave de todas as possíveis no Código de Processo Penal (CPP).

O empresário Joe Berardo e o seu advogado, André Luíz Gomes, detidos na terça-feira, vão responder por burla qualificada, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais, falsidade informática, falsificação, abuso de confiança qualificada e descaminho ou destruição de objetos colocados sob o poder público.

Segundo informação veiculada pelo Conselho Superior da Magistratura (CMP) a pedido do juiz do Tribunal Central Criminal (TCIC) Carlos Alexandre, de fora dos ilícitos imputados a Joe Berardo e a André Luíz Gomes ficou o crime de administração danosa, do qual deverá ser indiciado um dos restantes arguidos.

O processo que levou à detenção do empresário Joe Berardo conta com 11 arguidos, dos quais seis são empresas e cinco individuais. Joe Berardo, André Luíz Gomes, irmão de Joe Berardo, o filho de Joe Berardo, Carlos Santos Ferreira e ainda várias pessoas coletivas fazem parte da lista. O grupo económico do comendador é, alegadamente, responsável por prejuízos de quase mil milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos, ao Novo Banco e ao BCP. Após a megaoperação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção em Lisboa, Funchal e Sesimbra, na qual foram realizadas 51 buscas, das quais 22 domiciliárias, 25 não domiciliárias, três buscas em instituição bancária e uma busca num escritório de advogado, foram emitidos dois mandados de detenção.

Segundo comunicado da PJ, o grupo económico de Berardo contratou, entre 2006 e 2009, quatro operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de euros. E tem “incumprido com os contratos e recorrido aos mecanismos de renegociação e reestruturação de dívida para não a amortizar”. Esta foi a “fatura” deixada à CGD, mas as perdas para o setor financeiro como um todo são superiores. “Atualmente este grupo económico causou um prejuízo de quase mil milhões de Euros à CGD, ao NB e ao BCP, tendo sido identificados atos passíveis de responsabilidade criminal e de dissipação de património”, diz a PJ.

 

 

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Tesla mete “pé a fundo” para liderar vendas de elétricos a meio do ano

A marca norte-americana registou 278 veículos em Portugal em junho, mais que a Nissan e a Peugeot juntas.

A Tesla não “vendeu” um único carro no mercado português em maio. Mas em junho, as vendas dispararam. A marca norte-americana pôs “pé a fundo” no acelerador, registando quase três centenas dos seus modelos para ultrapassar a toda a velocidade a Nissan e a Peugeot no top das vendas dos veículos elétricos.

A fabricante liderada por Elon Musk foi a estrela nas vendas de elétricos em Portugal em junho. De acordo com dados da ACAP, depois de registar zero unidades no mês anterior, em junho foram matriculados 278 veículos, mais do que as duas maiores rivais juntas. A Nissan matriculou 166 unidades e a Peugeot ficou-se pelas 100.

Top de vendas dos carros elétricos na primeira metade do ano:

Fonte: ACAP

Este forte aumento do número de veículos matriculados foi mais do que suficiente para permitir à Tesla arrasar a concorrência. Se no mês anterior se contentava com a terceira posição, um mês depois surge vitoriosa, com 629 veículos registados.

O Model 3 continua, assim, a mostrar grande tração junto dos consumidores nacionais, que também revelam apetite pela berlina de grandes dimensões da marca de Musk, o Model S. Menos adesão haverá ao Model X, que abre as portas como se de asas se tratassem, mas certamente que é um modelo que ajuda a Tesla a destacar-se neste mercado dos elétricos.

A Nissan ficou na segunda posição com 591 unidades comercializadas, enquanto a Peugeot surge em terceiro. De acordo com os dados da ACAP, vendeu 519 veículos, beneficiando do sucesso dos 208, 2008 e 3008 elétricos, superando a Renault que registou 386 veículos, a maioria deles do modelo Zoe. A fechar o top 5 surge a Volkswagen, com 353 unidades.

Mais modelos, mais elétricos vendidos

Apesar de liderar as vendas entre os ligeiros de passageiros elétricos, a Tesla registou uma quebra no número de unidades matriculadas quando se compara com os mesmos seis meses de 2020, período marcado pela pandemia. Os 629 veículos comparam negativamente com os 724 que a marca americana tinha registado no período homólogo.

Mesmo com a marca líder de mercado, entre os 100% elétricos, a registar uma quebra, o mercado como um todo cresceu. Foram registados 4.695 veículos totalmente elétricos nos primeiros seis meses do ano, um número que compara com os 3.744 veículos que tinham sido matriculados no mesmo semestre de 2020.

O surgimento de cada vez mais modelos 100% elétricos no mercado ajuda a explicar o crescimento das vendas destes. Praticamente todas as marcas têm já ofertas de modelos completamente movidos por motores elétricos, sendo que entre esses modelos começam a surgir alguns com valores de venda bem mais baixos, aproximando-se do de veículos a combustão.

Esta tendência faz com que além de as vendas destes carros ter crescido face a 2020, se registe também um crescimento dos registos na comparação com os primeiros seis meses de 2019, ou seja, antes da pandemia — ao contrário do que se verifica com a generalidade do mercado. Nesse primeiro semestre pré-pandémico tinham saído dos stands um total de 4.000 viaturas.

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