Meta já está a restabelecer as comunicações no WhatsApp após falha mundial

A aplicação WhatsApp enfrentou problemas técnicos, com os utilizadores a queixarem-se de que não conseguem trocar mensagens. Comunicações já começaram a ser reestabelecidas.

O WhatsApp enfrentou problemas técnicos graves na manhã desta terça-feira, com utilizadores em todo o mundo a queixarem-se de que não conseguem trocar mensagens através da aplicação. O ECO confirmou também a existência de constrangimentos. A comunicação começou a ser reestabelecida pelas 9h50.

“Estamos a par de que algumas pessoas estão atualmente a ter problemas no envio de mensagens e estamos a trabalhar para restabelecer o WhatsApp para todos tão rápido quanto possível”, declarou o grupo Meta, dono da plataforma, citado pela Reuters.

O site Down Detector, que acompanha a indisponibilidade dos serviços digitais com base em informação partilhada pelos utilizadores, apresentou milhares de queixas desde cerca das 7h45. A plataforma tem ainda dezenas de comentários de várias partes do mundo de pessoas que diziam não estar a conseguir comunicar de todo através da aplicação.

No Twitter, a hashtag #whatsappdown (WhatsApp indisponível) ganhou popularidade. Os utilizadores mencionavam dificuldades no envio de mensagens e acesso à aplicação, tanto na versão para smartphone como na versão web.

(Notícia atualizada pela última vez às 9h56)

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Promovem a parentalidade, mas poucas empresas têm benefícios na questão da fertilidade

Em Portugal, embora várias empresas tenham políticas para a promoção da parentalidade, são poucas as que apoiam os colaboradores que estão a braços com tratamentos de fertilidade. Mas há exceções.

Se muitas empresas estão dispostas a oferecer benefícios como carro, ioga ao final da tarde, massagens gratuitas ou kit para celebrar e apoiar o nascimento de um bebé, será que não deveriam também envolver-se na questão da fertilidade, ajudando os colaboradores que estão a braços com tratamentos de infertilidade? A resposta é sim, considera Matthew Law, corporate consultant da Connor Broadley, responsável pela gestão de benefícios. E empresas como a Ferring e a Microsoft comprovam-no, sendo ainda das poucas em Portugal que já integram este benefício na sua política.

“Os benefícios de fertilidade dos empregados são suscetíveis de beneficiar mais pessoas do que muitos imaginam”, afirma o especialista. “A paternidade é muito mais difícil de conseguir para uns do que para outros, sendo que o elevado custo pode colocar o tratamento privado fora de alcance. Existe um forte argumento comercial para apoiar ativamente o planeamento familiar no local de trabalho, sobretudo para evitar a perda de talentos de topo”, começa por explicar Matthew Law, citado pela Wired.

Em Portugal, embora várias empresas disponham de uma série de políticas para a promoção da parentalidade, são poucas as que dispõem de algum benefício que abranja aqueles colaboradores que estão a braços com tratamentos de fertilidade para poderem, finalmente, cumprir o sonho da parentalidade. Mas existem exceções. É o caso da Ferring e da Microsoft.

A empresa que atua precisamente na área da medicina reprodutiva e saúde materna tem como missão ajudar as pessoas no mundo inteiro a constituírem e a viverem de forma saudável. E isso começa logo pelos próprios colaboradores. O novo programa global de benefícios da empresa contempla, para além das 26 semanas de licença parental a qualquer um dos pais, um apoio monetário para tratamentos de fertilidade para os colaboradores em todo o mundo, incluindo em Portugal.

“Não existe um valor máximo definido neste novo programa de benefícios. Sabemos que os desafios são diferentes para cada família, e por este motivo a determinação da empresa é apoiar os nossos colaboradores a ultrapassar as dificuldades específicas que tenham, seja, por exemplo, com aconselhamento médico, tratamentos de fertilidade, vitrificação de óvulos entre outros disponíveis, sem um limite financeiro definido”, explica à Pessoas Beatriz Perez, head of HR da Ferring Pharmaceuticals, que emprega atualmente 6.000 pessoas em todo o mundo.

Beatriz Perez, head of HR da Ferring Pharmaceuticals

O programa da Ferring pretende proporcionar igualdade de oportunidades para criar uma família, independentemente da situação médica, circunstâncias pessoais ou estrutura familiar. Isto significa fornecer o apoio financeiro necessário para aceder a tratamentos de fertilidade, adoção, congelamento de ovos, aconselhamento e serviços relacionados. Além disso, para assegurar que os colaboradores se sentam apoiados durante o processo de constituição familiar, estão disponíveis licenças remuneradas para tratamentos de fertilidade e processos de adoção.

Estima-se que a infertilidade afeta um em cada seis casais heterossexuais em todo o mundo, sendo uma questão clínica significativa, segundo dados da European Society of Human Reproduction and Embryology e da World Health Organization. Os impactos negativos da infertilidade são profundos, existindo um fosso claro entre o número de pessoas que sofrem de problemas de saúde mental devido à infertilidade e o número de pessoas que procuram ajuda para resolver estes problemas.

Subjacente ao apoio prático fornecido pelo novo programa da farmacêutica, está o apoio ao bem-estar emocional dos colaboradores, através de quatro semanas de licença remunerada devido a aborto, por exemplo, e serviços de aconselhamento oferecidos a todos os colaboradores desde o início da sua jornada de fertilidade.

Sabemos que os desafios são diferentes para cada família, e por este motivo a determinação da empresa é apoiar os nossos colaboradores a ultrapassar as dificuldades específicas que tenham, seja, por exemplo, com aconselhamento médico, tratamentos de fertilidade, vitrificação de óvulos entre outros disponíveis, sem um limite financeiro definido.

Beatriz Perez

Head of HR da Ferring Pharmaceuticals

“É com base neste compromisso [de ajudar as pessoas de todo o mundo a constituir família e a viverem melhor] que introduzimos um novo pacote de benefícios abrangente e inclusivo que visa fomentar e apoiar todos os nossos colaboradores a constituir família, quer seja através de apoio financeiro para tratamentos de fertilidade ou outros, como licenças remuneradas de apoio à parentalidade. Queremos ainda fomentar um ambiente de trabalho que apoie e valorize o processo de constituição familiar”, refere Cristiano Ferreira, diretor-geral da Ferring Service Center.

Já na Microsoft, onde os benefícios variam em função das regiões e das leis locais de cada país onde a multinacional está presente, tem adaptado e revisto continuamente as suas medidas em função das necessidades dos colaboradores. “Sabemos que o que oferecemos é essencial não só para o seu trabalho, como também para a sua vida. Isto inclui o caminho pessoal de construção e planeamento familiar, independentemente do que o conceito família possa representar”, refere fonte oficial da empresa.

Através do acesso gratuito à Maven, uma plataforma de saúde e planeamento familiar, a tecnológica disponibiliza a todos os colaboradores “apoio na pré-conceção e fertilidade, através de acompanhamento especializado e apoio emocional na preparação para a gravidez, incluindo os que procuram fertilização in vitro e congelamento de óvulos“.

Além disso, são oferecidos cuidados privados, 24 horas por dia, sete dias por semana, virtuais, para aspirantes a pais e novos pais. “Os nossos colaboradores e parceiros podem utilizar a Maven para marcação de consultas virtuais com fornecedores em mais de 30 especialidades, incluindo pediatria e saúde mental; obter recursos personalizados para si e para a sua família e estabelecer conexões com outros pais”, detalha a mesma fonte oficial.

Já a licença de maternidade é de 140 dias consecutivos e a de paternidade de 42 dias, em ambos os casos pagos a 100%.

“Evitar a perda de talentos de topo”

Uma investigação da Fertility Network UK concluiu que apenas 26% das pessoas que são submetidas à fertilização in vitro (FIV) estavam empregadas em organizações com políticas de fertilidade implementadas.

No entanto, o cenário começa a mudar e, sobretudo lá fora, o tema começa progressivamente a entrar pelas portas das empresas. O LinkedIn oferece tratamentos de fertilidade como um benefício desde 2019, enquanto, durante este verão, a NatWest começou a dar aos seus colaboradores descontos no valor de vários tratamentos, à semelhança do que já tinha feito a Centrica, distribuidora de gás britânica, depois de os empregados terem fundado um grupo de apoio para temas de fertilidade.

“Não se esqueça de como pode ser difícil lidar um tratamento falhado. Pense em conciliar este benefício com um acesso mais amplo ao apoio à saúde mental, tempo livre para aqueles que não conseguem engravidar ou que abortam, e apoio à adoção.

Matthew Law

Corporate consultant da Connor Broadley

“Existe um forte argumento comercial para apoiar ativamente o planeamento familiar no local de trabalho, sobretudo para evitar a perda de talentos de topo”, considera Matthew Law. “Passar por um tratamento de fertilidade pode ser um acontecimento sensível e altamente pessoal”, acrescenta o especialista. E alerta: “Os trabalhadores podem recear que, se a sua empresa souber da sua intenção de constituir uma família, a sua intenção possa ter impacto na progressão da sua carreira. Como tal, além de oferecerem o benefício, as empresas devem também comunicá-lo de forma eficaz, de forma que fique claro que a empresa apoia os seus trabalhadores nessa viagem”.

Por outro lado, recorda: “Não se esqueça de como pode ser difícil lidar um tratamento falhado”. “Pense em conciliar este benefício com um acesso mais amplo ao apoio à saúde mental, tempo livre para aqueles que não conseguem engravidar ou que abortam, e apoio à adoção”, sugere o corporate consultant da Connor Broadley.

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Hoje nas notícias: Lucros excessivos, TAP e Segurança Social

  • ECO
  • 25 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A taxa sobre os lucros excessivos chega “nos próximos meses”, disse a ministra da Presidência. A TAP vai pagar uma renda anual de até quatro milhões de euros para ocupar o Edifício Báltico no Parque das Nações. O Governo deverá discutir esta semana o diploma para atenuar o impacto da subida dos juros, prevendo a renegociação de empréstimos quando a taxa de esforço superar 40%. Estas são algumas das notícias que marcam o dia.

Taxa de esforço superior a 40% vai ditar renegociação do crédito da casa

O Governo deverá discutir esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, um projeto de diploma para atenuar o impacto da subida dos juros nas famílias, avança o Negócios. A medida prevê que uma taxa de esforço superior a 40% e uma evolução nesses mesmos encargos de cinco pontos percentuais, no último ano de financiamento, serão as condições essenciais para que os bancos avancem com a renegociação dos contratos de crédito à habitação. Para os casos mais graves, uma taxa de esforço de 50% ditará a renegociação sem que seja necessário cumprir o critério da rapidez no agravamento das condições financeiras. Quando verificar o potencial risco de incumprimento, o banco terá 15 dias para apresentar uma proposta ao cliente para mitigar a subida dos juros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Taxa sobre lucros excessivos chega “nos próximos meses”, diz Mariana Vieira da Silva

O Governo já manifestou a intenção de avançar com a criação de uma taxa sobre os lucros extraordinários do setor energético, mas remete avanços para a Comissão Europeia. Em entrevista à CNN Portugal, a ministra do Estado e da Presidência diz esperar que esta seja criada “nos próximos meses”. “Existe, neste momento, um debate a ser concretizado a nível europeu sobre a criação de uma taxa. Portugal disse, desde a primeira hora, que apoiava a medida e que também a aplicaria. A nossa expectativa é de que ela possa ser aprovada nos próximos meses, assim que esse acordo europeu esteja fechado”, disse Mariana Vieira da Silva.

Leia a notícia completa na CNN Portugal (acesso livre).

TAP paga quatro milhões de renda anual pela nova sede

A TAP vai pagar uma renda anual de até quatro milhões de euros para ocupar o Edifício Báltico, no Parque das Nações. No entanto, o processo está atrasado e só deverá acontecer após o primeiro trimestre de 2023. O valor da renda previsto pela TAP fica abaixo dos cinco milhões pagos atualmente pelos CTT, que irão mudar-se para a Maló Clinic, no Green Park, na zona de Sete Rios. A mudança da sede da companhia tem sido contestada pelos sindicatos.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Atualização automática de pensões anteciparia défice da Segurança Social em dois anos

Com a atualização automática das pensões como está na lei, o primeiro défice da Segurança Social chegaria em 2030, dois anos mais cedo do que com a limitação da regra (2032) que vai ser aplicada pelo Executivo. É uma diferença de três anos (2027) face ao que divulgou em setembro para justificar não atualizar as pensões à luz da lei. O Governo preparou novos cenários sobre a sustentabilidade da Segurança Social para responder às críticas de “falta de rigor”. Nestes novos cenários, o Governo já tem em conta a evolução positiva das receitas contributivas nos próximos anos e todos os outros “pressupostos” incluídos na proposta de Orçamento do Estado para 2023.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago).

Pedidos de nacionalidade duplicam e obrigam a abrir 17 balcões e 24 polos

As conservatórias e registos civis foram entupidos com pedidos de nacionalidade portuguesa, sobretudo em agosto, vésperas da alteração à lei da nacionalidade, com regras mais apertadas para os judeus sefarditas. Mas os processos não param de dar entrada e os serviços foram obrigados a ter áreas especiais para a nacionalidade. Delegaram competências, abriram 17 balcões só para estes casos e criaram 24 polos para os processos de descendentes de sefarditas portugueses, escreve o DN.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

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Taxa sobre lucros extraordinários chega “nos próximos meses”, diz ministra da Presidência

  • ECO
  • 25 Outubro 2022

"A nossa expectativa é de que ela possa ser aprovada nos próximos meses", diz Mariana Vieira da Silva, remetendo responsabilidades para a Comissão Europeia.

O Governo já manifestou a intenção de avançar com a criação de uma taxa sobre os lucros extraordinários do setor energético, mas remete avanços para a Comissão Europeia. Em entrevista à CNN Portugal, a ministra do Estado e da Presidência diz esperar que esta seja criada “nos próximos meses”.

“Existe, neste momento, um debate a ser concretizado a nível europeu sobre a criação de uma taxa. Portugal disse, desde a primeira hora, que apoiava a medida e que também a aplicaria. A nossa expectativa é de que ela possa ser aprovada nos próximos meses, assim que esse acordo europeu esteja fechado”, disse Mariana Vieira da Silva esta segunda-feira, em declarações à CNN Portugal.

Contudo, a ministra adiantou que o Governo tem em curso medidas alternativas para lidar com os lucros extraordinários. “O Governo português já tem neste momento um mecanismo que assegura que os resultados dessas empresas são utilizados diretamente para apoiar os consumidores“, notou, referindo-se ao mecanismo travão ao aumento das tarifas de eletricidade, que é financiado pelos resultados que as empresas têm nas renováveis.

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TAP paga quatro milhões de renda anual pela nova sede

  • ECO
  • 25 Outubro 2022

Transportadora aérea vai mudar-se para a antiga sede dos CTT, no Parque das Nações. Mudança acontece depois do primeiro trimestre de 2023.

A TAP vai pagar entre 3,8 milhões e quatro milhões de euros pela nova sede no Parque das Nações, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). A companhia aérea vai mudar-se para o edifício Báltico, no Parque das Nações, que foi “casa” dos CTT durante vários anos, noticiou o ECO em julho. A mudança atrasou-se e deverá acontecer depois do primeiro trimestre de 2023.

De acordo com o jornal, a TAP vai pagar uma renda anual entre 3,8 milhões e quatro milhões de euros. O valor da renda previsto para a TAP fica, assim, abaixo dos cerca de cinco milhões anuais que, segundo a mesma fonte, eram atualmente pagos pelos CTT. Os Correios vão mudar-se para o edifício Green Park, onde está localizada a Maló Clinic, na zona de Sete Rios, avançou o ECO.

Em entrevista ao ECO em agosto, a presidente executiva da TAP adiantou que os edifícios e os terrenos que a companhia aérea ocupa atualmente junto ao aeroporto de Lisboa serão vendidos e que poderá ali ser desenvolvido um projeto imobiliário.

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Wall Street fecha em alta. Coca-Cola sobe mais de 2% após resultados

  • ECO
  • 25 Outubro 2022

Wall Street fechou em terreno positivo. Ações da Coca-Cola subiram mais de 2%, após a empresa ter reportado resultados acima do esperado pelos analistas. Em Lisboa, o PSI valorizou mais de 1%.

Os três principais índices norte-americanos fecharam em terreno positivo, numa altura em que época de apresentação de resultados continua e que os investidores aguardam pela apresentação de resultados da Alphabet, dona da Google, e da Microsoft. após o fecho do mercado.

Segundo a Bloomberg, cerca de 1/5 das empresas do S&P 500 já apresentaram resultados trimestrais e mais de metade superaram as estimativas, uma nota positiva num momento de pessimismo com a economia mundial. Os investidores aguardam ainda com expectativa mais dados das empresas, numa semana em que gigantes como a Meta, Apple e Amazon vão apresentar contas.

Também as bolsas europeias encerraram as negociações desta terça-feira em terreno positivo. Em Lisboa, o PSI valorizou 1,59%, tendo-se destacado os títulos do BCP, que dispararam 6,62%.

 

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5 coisas que vão marcar o dia

Arranca a semana da formação financeira. INE atualiza os preços das casas. Banco de Portugal revela perspetivas para o mercado de crédito. Navigator apresenta os resultados dos primeiros nove meses.

Arranca a semana da formação financeira. O Instituto Nacional de Estatística (INE) atualiza os preços das casas. O Banco de Portugal revela perspetivas para o mercado de crédito nos próximos meses. O Conselho das Finanças Públicas analisa a proposta de Orçamento do Estado para 2023. A Navigator apresenta os resultados dos primeiros nove meses do ano após o fecho da bolsa

Supervisores dão início à semana da formação financeira

Com vista ao Dia Mundial da Poupança, no dia 31 de outubro, o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (CNSF) – que integra a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos e Pensões (ASF), o Banco de Portugal (BdP) e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) – promovem a Semana da Formação Financeira 2022, realizando uma sessão solene no Museu do Dinheiro.

Casas continuam a valorizar?

O INE atualiza as estatística de preços da habitação a nível local, relativa ao segundo trimestre, numa altura em que a subida dos juros ameaça as condições do mercado imobiliário. No primeiro trimestre, a subida dos preços das casas foi de 17,2% em termos homólogos.

Como vai evoluir o crédito da banca?

O Banco Central Europeu (BCE) prepara-se para subir novamente as taxas de juro para controlar a inflação. Que impacto terá na procura do crédito por parte das famílias e empresas? É o que o Banco de Portugal vai revelar no inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito.

CFP analisa OE2023

O Conselho das Finanças Públicas publica a análise da proposta de Orçamento do Estado para 2023. Numa primeira avaliação, logo quando foi conhecido o documento, a entidade alertou para vários riscos, nomeadamente quanto ao crescimento do investimento e à inflação.

Navigator presta contas

A Navigator apresenta os resultados dos primeiros nove meses do ano após o fecho da bolsa. A papeleira está a beneficiar com a subida dos preços. No primeiro semestre, registou lucros de 162 milhões de euros, um aumento de 150% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Portugal vai bater recorde na produção de camiões em 2022

Fábrica da Mitsubishi Fuso, no Tramagal, prevê produzir 12 mil unidades neste ano, superando o anterior recorde, obtido no ano 2000. Trabalhadores receberam "cheque anti-inflação" de 400 euros.

Portugal vai bater este ano o recorde de produção de camiões. A culpa é da fábrica da Mitsubishi Fuso, unidade de produção de pesados localizada no Tramagal, que é detida pela Daimler e que também tem a marca japonesa como acionista. Em 2023, a fábrica vai estrear-se na produção em série de veículos pesados elétricos.

“Contra toda as expectativas, como a crise dos semicondutores, o aumento do preço dos fretes e a Covid-19, vamos ter um número recorde. Preparamo-nos para produzir 12 mil unidades em 2022. Estamos muito contentes com isso”, anuncia ao ECO Arne Barden, o alemão que desde 1 de março comanda os destinos desta fábrica, localizada a 150 quilómetros de Lisboa.

O atual recorde de produção da fábrica da Fuso data do ano 2000, quando foram fabricadas 11.714 unidades. “Não podemos mudar o vento, mas temos de colocar as velas de forma correta. Atuámos de maneira adequada: nos momentos mais difíceis, preparámos veículos incompletos, que estamos agora a terminar — e que permitiram manter a fábrica a funcionar”, assume o gestor alemão.

Modelo Canter é fabricado no Tramagal desde 1980.

ArneBarden assumiu a presidência da fábrica da Fuso no Tramagal a 1 de janeiro deste ano, mas apenas se mudou para Portugal no início de março. O gestor liderava anteriormente a cadeia de abastecimento da marca japonesa, que está nas mãos do grupo automóvel Daimler, um dos maiores do mundo.

Não podemos mudar o vento mas temos de colocar as velas de forma correta. Atuámos de maneira adequada: nos momentos mais difíceis, preparámos veículos incompletos, que estamos agora a terminar – e que permitiram manter a fábrica a funcionar.

Arne Barden

Presidente executivo da Mitsubishi Fuso Truck Europe

Com cerca de 500 trabalhadores, a fábrica europeia da Fuso “é pequena para os padrões da Daimler, onde as fábricas de automóveis do grupo costumam ter 10 mil a 14 mil trabalhadores”. No entanto, para Arne Barden isso não é necessariamente mau.

“Esta fábrica é muito focada e tem um propósito muito claro e específico: fabricar camiões para o mercado europeu. Fazemos isso com toda a atenção e muito perto da perfeição. Aqui não estamos distraídos. Não há investigação e desenvolvimento [concentrada no Japão], não há área de vendas, nem há coisas engraçadas. Somos excelentes no fabrico de veículos. Ponto final.”

Além de serem exportados para toda a Europa, os camiões ligeiros fabricados no concelho de Abrantes têm também Marrocos, Austrália e Nova Zelândia como destino. Por motivos estratégicos, em 2020 foi abandonado o projeto de fabrico de unidades sem motor, a gasolina, para os Estados Unidos.

Aposta elétrica

Foi em 2017 que a fábrica da Fuso começou a produzir a primeira geração da eCanter, unidade totalmente elétrica do camião ligeiro. E que serviu sobretudo para municípios de cidades como Lisboa, Amesterdão, Berlim, Londres, Nova Iorque e Tóquio. Na primeira etapa eram produzidas apenas séries especiais, de 50 ou 100 unidades.

A partir de 2023 avança a produção da segunda geração da eCanter, que contará com perto de 200 quilómetros de autonomia e que será fabricada em série. “Tenho 100% de certeza que vamos vender a eCanter que nem pãezinhos quentes. Os mercados gostam muito do produto e procuram camiões elétricos. A procura será muito elevada”, prevê o gestor alemão. Ainda assim, a maior parte da produção na fábrica continuará a ser para camiões com motor a gasóleo.

Segunda geração da eCanter foi apresentada em Hannover e conta com perto de 200 quilómetros de autonomia.

Também na área do ambiente, a fábrica do Tramagal já atingiu a neutralidade carbónica. Graças à instalação de painéis solares no último mês, a unidade da Fuso já consegue absorver as emissões que resultam da sua atividade, assegura o grupo.

“Cheque” de 400 euros

Mais complicados de absorver têm sido os efeitos da guerra na Ucrânia. “É muito difícil lidar com a subida de custos: é a energia, são os componentes… em quase todas as áreas estamos a ser atingidos pela inflação. Estamos a ter acomodar isso nas nossas contas, porque não queremos alimentar mais a inflação“, assume o líder alemão.

Admitindo que é necessário “ajustar os salários de forma inteligente” e que “não se pode andar a espalhar o dinheiro de qualquer maneira”, a fábrica do Tramagal atribuiu um pagamento extraordinário de 400 euros em setembro. “Todos os operários foram incluídos, até os estagiários”, anuncia Arne Barden.

Ponte prometida e turnos flexíveis

A chegada à unidade da Fuso faz-se por estrada ou pela linha do comboio, que habitualmente conta com tráfego de mercadorias — a estação do Tramagal fica a menos de 10 minutos a pé da linha de montagem. As acessibilidades, contudo, não correspondem às necessidades.

“O transporte por estrada também é muito complicado”, considerando os troços estreitos para os camiões. Há uma ponte prometida pelo Governo português há muito tempo, mas que nunca avançou. “Estamos ansiosamente à espera disso”, frisa. Há mais de 30 anos que se fala numa nova ponte sobre o Tejo. Em 2008 chegou mesmo a ser feito o anúncio, durante uma visita à fábrica do então primeiro-ministro, José Sócrates.

Também há dificuldades com a linha do comboio. “Todos os anos verificamos com as empresas se há possibilidade de transportar os veículos por comboio. As empresas querem comboios cheios todos os dias, mas nós não lhes conseguimos proporcionar isso”, completa o gestor.

Fábrica do Tramagal funciona desde 1964 junto à Linha da Beira Baixa.

ArneBarden defende também maior flexibilidade nos turnos dos trabalhadores. Atualmente, a laboração funciona entre as 8h e as 16h, nos dias úteis. “A lei do trabalho portuguesa não nos dá muita margem para adequar os horários à disponibilidade das peças. Temos de acompanhar a procura de mercado”, argumenta.

Apesar das críticas à lei laboral, o responsável de origem alemã sublinha que o país proporciona outro tipo de vantagens. “Estou muito contente por ter aceitado esta proposta. Portugal um país fantástico. As pessoas são muito boas, dentro e fora da empresa. Gosto muito da comida, da hospitalidade portuguesa e do tempo”, elogia.

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Santander fecha banco na Madeira após prejuízos de 25 milhões em cinco anos

Banco Madesant, o banco de investimento do grupo Santander na Zona Franca da Madeira, fechou portas no mês passado, depois de uma "redução drástica" do negócio. Teve prejuízos de 25 milhões em 5 anos.

O grupo Santander fechou o seu banco de investimento na Madeira, o Banco Madesant, criado em 1994, depois de uma “redução drástica” do seu negócio nos últimos anos, tendo acumulado prejuízos de 25 milhões de euros desde 2017.

Com sede na Zona Franca, o banco viu as principais atividades a que se dedica a desaparecerem “progressivamente”, segundo adianta nas contas do ano passado, razão pela qual avançou com um processo ordenado de dissolução e liquidação. O ECO insistiu junto do banco em Portugal sobre as implicações deste fecho, mas não obteve uma resposta.

Financiado essencialmente pelas entidades do grupo Santander, o Banco Madesant tinha três negócios principais e que estavam a definhar por diferentes razões: concessão de crédito, negociação por conta própria e gestão de carteiras por conta de outrem.

No caso da concessão de crédito, a instituição agora liquidada viu a sua atividade altamente condicionada pela política expansiva do Banco Central Europeu (BCE) nos últimos anos, que fez com que as suas habituais contrapartes procurassem financiamento junto do banco central em detrimento do banco. O Banco Madesant contava com uma inversão da política do BCE no ano passado, que não veio a acontecer, e, num último esforço, ainda tentou procurar negócio junto de sociedades sem acesso aos fundos do banco central. Não teve sucesso e a liquidez do banco — que devia estar a gerar receitas com juros — permaneceu na gaveta.

Por outro lado, o banco – que era liderado por Norberto Quindós – também teve de reduzir a negociação de títulos por conta própria quando percebeu que aumento do risco da atividade “já não se enquadrava nos parâmetros” habituais.

Quanto à gestão de carteiras por conta de outrem, já em 2018 tinha solicitado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o registo para o exercício da atividade depois de concluir que não tinha sustentabilidade.

Madesant com prejuízos de 25 milhões nos últimos 5 anos

Fonte: Banco

1,2 mil milhões parados

O ano de 2021 evidenciou as dificuldades que o Banco Madesant, detido a 100% pela Aljardi SGPS, uma sociedade inserida no grupo Santander, já vinha sentindo nos anos anteriores.

Somou prejuízos de mais de três milhões de euros, o quinto ano seguido de perdas. Apresentou desempenhos negativos na margem financeira (-200 mil euros), por conta de ter 1,2 mil milhões de euros em depósitos e apenas um milhão de euros emprestados, e nos outros resultados de exploração (-300 mil euros, perdas que resultam sobretudo do pagamento das contribuições do setor bancário e das contribuições para os fundos de resolução). As despesas com pessoal (o quadro conta com oito efetivos) atingiram os 1,8 milhões.

Face a este cenário de definhamento, o banco comunicou em janeiro ao Departamento de Supervisão Bancária do Banco de Portugal que ia iniciar um processo de liquidação da sociedade. A dissolução veio a ocorrer no final do mês passado.

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Tribunal da União Europeia encerra processo sobre nomeação do procurador europeu

  • Lusa
  • 24 Outubro 2022

O TJUE recusou o recurso da procuradora Ana Carla Almeida, acompanhando a decisão da primeira instância europeia que tinha rejeitado a queixa.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) recusou apreciar o recurso da procuradora Ana Carla Almeida que contestava a nomeação de José Guerra para procurador europeu, confirmou a magistrada à Lusa, o que encerra o processo judicial.

O jornal Observador noticiou esta segunda que o TJUE recusou o recurso da procuradora Ana Carla Almeida, acompanhando a decisão da primeira instância europeia que tinha rejeitado a queixa tendo por base uma questão prévia relativa aos prazos em que esta poderia ter sido apresentada.

A defesa da magistrada alegava que os prazos se iniciavam a partir do momento em que tinha sido notificada pela carta do Governo português a indicar que não tinha sido escolhida para o cargo de procuradora europeia, mas o TJUE, à semelhança do que tinha acontecido com a decisão do Tribunal Geral da União Europeia, entendeu que o prazo se inicia com a publicação da nomeação do procurador José Guerra no Jornal Oficial da União Europeia.

À Lusa, a procuradora Ana Carla Almeida confirmou apenas ter sido notificada na sexta-feira ao final do dia da decisão que põe um ponto final no processo judicial, não querendo fazer qualquer comentário sobre a matéria. A decisão deixa por apreciar a argumentação que motivou a queixa, na qual a procuradora portuguesa alegava uma interferência ilegítima do Estado português na escolha de José Guerra para procurador europeu.

O magistrado português José Guerra foi indicado pelo Governo depois de ter sido selecionado em primeiro lugar pelo Conselho Superior do Ministério Público, mas após um comité europeu de peritos ter considerado como melhor candidata para o cargo Ana Carla Almeida.

O Governo esteve desde então no centro de uma polémica, sobretudo por ter transmitido dados errados numa nota ao Conselho da União Europeia apensa ao currículo de José Guerra, ainda que a estrutura tenha corroborado a posição do executivo português de que os “lapsos” relativos à proposta de nomeação do magistrado para procurador europeu não interferiram com a decisão da sua nomeação.

Em junho, em entrevista à Lusa a propósito do primeiro ano de funcionamento da Procuradoria Europeia, O procurador europeu José Guerra admitiu ter vivido um “período terrivelmente difícil” com a polémica em torno da sua nomeação para a Procuradoria Europeia, mas garante nunca ter ficado “fragilizado nem condicionado” no cargo.

O procurador lamentou na altura que o seu nome tenha sido arrastado entre os últimos meses de 2020 e o início de 2021 para “uma discussão que foi sempre colocada ao nível político”. Considerando ter sido “evidente” que o seu nome foi utilizado como arma de arremesso político e que a experiência foi “profundamente desagradável” em termos pessoais, o procurador europeu rejeitou categoricamente que a sua reputação tenha sido manchada por uma controvérsia à qual se considerou alheio.

O magistrado português José Guerra foi nomeado em 27 de julho de 2020 procurador europeu nacional na Procuradoria Europeia, órgão independente com competência para investigar, instaurar ações penais e deduzir acusação e sustentá-la na instrução e no julgamento contra os autores das infrações penais lesivas dos interesses financeiros da União (por exemplo, fraude, corrupção ou fraude transfronteiriça ao IVA superior a 10 milhões de euros).

O órgão que funciona como um Ministério Público independente e altamente especializado entrou em atividade a 01 de junho de 2021.

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Autoridade Tributária e Aduaneira integra o Plano Nacional de Formação Financeira

  • ECO Seguros
  • 24 Outubro 2022

A Autoridade Tributária e Aduaneira e o CNSF estabeleceram parceria para a integração de conteúdos sobre impostos e fiscalidade nas iniciativas de literacia financeira.

A sessão de lançamento de conteúdos sobre impostos e fiscalidade do portal Todos Contam, que integra o Plano Nacional de Formação Financeira, teve lugar esta segunda-feira. A ocasião assinalou a integração da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) no Plano Nacional de Formação Financeira.

A iniciativa, organizada pelo Ministério das Finanças, pela Autoridade Tributária e Aduaneira e pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (Banco de Portugal, Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) enquadra-se na implementação do Referencial de Competências de Literacia Financeira para a população adulta da União Europeia, publicado em janeiro de 2022 pela Comissão Europeia e pela OCDE/INFE, que veio integrar os impostos e a fiscalidade como componentes essenciais da literacia financeira.

No evento, participaram o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, a diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, Helena Alves Borges, o administrador da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Rui Pinto, a administradora do Banco de Portugal, Ana Paula Serra, a presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, Margarida Corrêa de Aguiar, e o presidente do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros e governador do Banco de Portugal, Mário Centeno.

Margarida Corrêa de Aguiar congratulou a parceria entre a ASF e a Autoridade Tributária e Aduaneira, que, disse, “traduz a vontade mútua de disponibilizar conteúdos sobre impostos e fiscalidade através da criação de uma área específica no portal Todos Contam.

Os cidadãos passarão a dispor, a partir de hoje, no portal Todos Contam, – a principal plataforma de comunicação com os consumidores do Plano Nacional de Formação Financeira – de uma “área específica onde sobressaem os diferentes tratamentos fiscais aplicáveis aos vários produtos financeiros”.

A presidente destacou que “a literacia financeira tem vindo a ser assumida como uma matéria vital de uma cidadania completa e informada” e que “é essencial que os cidadãos tenham um nível de conhecimento adequado, que lhes permita fazer as escolhas certas tendo em consideração a enorme diversidade de produtos financeiros, certificando-se que adquirem o produto mais ajustado às suas necessidades”.

A líder acrescentou ainda que “o Portal Todos Contam constitui um repositório de conhecimento riquíssimo, fruto do desenvolvimento de conteúdos ao longo de dez anos, e que abrange informação no âmbito dos setores bancários, dos seguros, e dos fundos de pensões e do mercado de capitais”.

Segundo Margarida Corrêa Aguiar, “não basta ter conhecimentos sobre as características dos produtos existentes”. Em relação aos seguros, é necessário, por exemplo, “conhecer as garantias e as exclusões, perceber quais os direitos e quais os deveres que decorrem de uma apólice”. Já em relação aos fundos de pensões, “é necessário saber como funcionam e quem são os diversos intervenientes”. Em ambos os casos, “é necessário conhecer as estruturas que a lei criou para garantir a defesa dos direitos que assistem aos consumidores”.

A componente de impostos e fiscalidade, que hoje passa a integrar o portal Todos
Contam, complementa aquela informação com conteúdos desenvolvidos numa articulação muito estreita entre a Autoridade Tributária e Aduaneira e os três supervisores financeiros, garantindo uma abrangência mais alinhada com o propósito do portal.

Mário Centeno declarou que, com esta parceria, “Portugal é um dos primeiros países europeus a integrar a literacia fiscal na sua estratégia de formação financeira”.

 

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U.Porto recebe 4,5 milhões de euros para estimular mobilidade de estudantes e docentes

  • Lusa
  • 24 Outubro 2022

Universidade do Porto recebe, fruto da aprovação de sete candidaturas ao programa Erasmus+, mais de 4,5 milhões de euros da Comissão Europeia para estimular a mobilidade de estudantes e professores.

A Universidade do Porto (U.Porto) avançou, esta segunda-feira, que foram aprovadas sete candidaturas ao abrigo do programa Erasmus+ e que os projetos vão permitir fomentar a mobilidade de mais de 1.500 estudantes, pessoal docente e não docente. Numa nota publicada no site, a U. Porto adiantou que recebeu mais de 4,5 milhões de euros da Comissão Europeia para estimular a mobilidade de mais de 1.500 estudantes e professores em 55 países.

Dos sete projetos, a U.Porto será responsável pela coordenação de três, intitulados “Luso 22”, “Work4All” e “Mobile 22” e que correspondem a 3,8 milhões de euros do financiamento total atribuído pela Comissão Europeia.

Os três projetos vão financiar 1.529 mobilidades, tanto de estudantes, recém-diplomados, docentes e técnicos da universidade em mais de 55 países em todo o mundo. Além de países europeus, os projetos vão permitir a mobilidade em países africanos como Argélia, Cabo Verde, Egito, Marrocos, Moçambique e Senegal, americanos como Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Estados Unidos e asiáticos como China, Coreia do Sul, Índia, Japão, Jordânia, Macau, Uzbequistão e Vietname.

A universidade é ainda parceira em mais quatro projetos, intitulados “UNorte”, “AULP”, “JAMIES” e “Merging Voices”, cujo financiamento ascende a 600 mil euros.

Citada na nota, a vice-reitora para as Relações Internacionais, Maria Joana Carvalho, salienta que os projetos, agora aprovados, refletem “todo o trabalho desenvolvido pela U.Porto no sentido de reforçar o seu processo de internacionalização e a sua visibilidade na Europa e no mundo, contribuindo igualmente para a disseminação da excelência promovida pelo próprio Programa Erasmus+”.

Maria Joana Carvalho acrescenta ainda que, além de permitirem “fortalecer as relações de cooperação estabelecidas com centenas de Instituições de Ensino Superior”, estes projetos representam uma oportunidade, em particular para os técnicos e docentes da instituição, “obterem formação no estrangeiro, partilharem boas práticas e experiências”.

A universidade viu ainda aprovada a candidatura a 15 Programas Intensivos Mistos (BIPs) que vão permitir a implementação de, pelo menos, 300 mobilidades mistas, isto é, os participante podem realizar parte da mobilidade online e, outra parte, presencialmente no Porto.

Também financiados através do programa Erasmus+, os BIPs representam uma nova colaboração e a criação de “programas inovadores e especializados” em todas as áreas de estudo, conclui a instituição.

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