Situação financeira das famílias afunda para níveis da crise de 2008

Há 14 anos que as famílias não se encontravam numa situação financeira em que os seus rendimentos não fossem suficientes para colmatar as despesas. Além disso, a poupança está em mínimos históricos.

No espaço de dois anos, as famílias passaram de uma situação em que os seus rendimentos eram suficientes para acomodar as suas despesas para uma situação de aflição financeira. É preciso recuar até 2008, período marcado pela crise financeira do subprime.

Se no primeiro trimestre e 2021 a média das famílias detinha uma capacidade de financiamento equivalente a 6,6% do PIB, no terceiro trimestre deste ano passaram a viver num estado de necessidade de financiamento equivalente a 0,2% do PIB, segundo revela esta sexta-feira o INE.

Há seis trimestres consecutivos que as famílias registam uma redução constante da sua capacidade financeira para fazer face às despesas familiares.

Fonte: INE. PIB = Produto Interno Bruto.

Segundo o INE, a capacidade financeira das famílias reduziu-se progressivamente desde o segundo trimestre de 2021, “na sequência da diminuição continuada da poupança bruta”, que foi “consequência do aumento de 2% do consumo privado, superior ao crescimento de 1% do rendimento disponível”, refere o comunicado do INE.

Os dados do INE mostram uma clara delapidação das poupanças das famílias nos últimos dois anos, com a poupança bruta a cair 59% entre o março de 2021 e setembro deste ano.

A queda vertiginosa da poupança bruta das famílias neste período provocou um rombo na taxa de poupança, que passou de um valor equivalente a 13,43% do rendimento disponível bruto (RDB) das famílias no final do primeiro trimestre de 2021 para 5,12% em setembro.

Atualmente, a taxa de poupança das famílias não está somente abaixo do valor até então recorde de 5,15% registado no segundo trimestre de 2018 mas no valor mais baixo desde pelo menos 1999 – período máximo da série do INE.

Fonte: INE. RDB = Rendimento Disponível Bruto.

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Primeiro metro chinês já chegou às oficinas do Porto

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2022

O primeiro de 18 novos veículos encomendados à empresa chinesa CRRC Tangshan já chegou às oficinas da Metro do Porto em Matosinhos. O longo percurso envolveu viagens por terra e por mar.

A Metro do Porto anunciou esta sexta-feira que o primeiro de 18 novos veículos encomendados à empresa chinesa CRRC Tangshan já chegou às oficinas da transportadora em Guifões, Matosinhos, após uma viagem por mar e terra desde a Ásia.

“Após um longo percurso, que envolveu viagens por terra e por mar, desde a China até Matosinhos, passando pelo porto de Tarragona, na Catalunha, e mesmo em cima do Natal, o primeiro dos 18 novos veículos CT [abreviatura de CRRC Tram] do Metro do Porto deu finalmente entrada no Parque de Material e Oficinas (PMO) em Guifões”, pode ler-se num comunicado emitido estasexta-feira pela transportadora.

De acordo com a Metro do Porto, o veículo “será agora sujeito a um conjunto de operações preparatórias e uma longa e exaustiva bateria de testes antes de entrar em circulação na rede”.

A entrega do primeiro veículo encomendado à CRRC Tangshan no último trimestre do ano já estava prevista no Plano de Atividades e Orçamento (PAO) da Metro do Porto para 2022. “As restantes 17 composições chegarão faseadamente ao longo do ano de 2023, oferecendo assim um reforço importante à frota do Metro, que passará das atuais 102 para 120 composições“, pode ler-se no comunicado da empresa presidida por Tiago Braga.

Os 18 novos veículos contratados à CRRC Tangshan representam um investimento de 49,6 milhões de euros.

Segundo fonte oficial da Metro do Porto adiantou à Lusa, os novos veículos têm uma velocidade máxima de circulação de 80 km/h e capacidade para 244 passageiros, dos quais 64 sentados. Os novos veículos CT possuem sete portas duplas de cada lado, algo que, segundo a Metro, constitui “um grande avanço” face às seis portas do Eurotram (o primeiro veículo a chegar ao Porto em Maio de 2001) e as quatro portas de cada lado do Tram-train (que opera desde 2010 nas Linhas Vermelha e Verde).

As novas composições “destacam-se por um design moderno em que o cinzento predomina”, assinalando-se também “formas aerodinâmicas” e a acessibilidade, associada às sete portas laterais.

Em julho, a CRRC Tangshan concluiu o fabrico da primeira de 18 novas composições encomendadas pela Metro do Porto, que já passaram por um período de testes antes de chegarem a Portugal. O contrato assinado em janeiro de 2020 inclui serviços de manutenção durante cinco anos, referiu a CRRC Tangshan.

Fundada em 1881, a CRRC Tangshan é uma empresa chinesa com larga tradição na produção de comboios, comboios de alta velocidade e veículos de metro. É o maior fabricante mundial de material circulante ferroviário, com sede em Pequim e empregando mais de 180 mil trabalhadores.

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Preço grossista da eletricidade 87% abaixo da média em vésperas do Natal

O preço médio diário de dia 23 de dezembro ficou 87% abaixo da média dos 11 meses anteriores.

Os preços do mercado diário ibérico da eletricidade, onde os comercializadores e grandes consumidores compram eletricidade aos produtores, estão em valores muito baixos comparativamente à média verificada até novembro: o preço médio diário de dia 23 de dezembro ficou 87% abaixo da média dos 11 meses anteriores.

De acordo com o OMIE, o operador que gere o mercado diário de eletricidade a nível ibérico, o preço médio para o dia 23 de dezembro atingiu os 22,34 euros por megawatt-hora (MWh), um valor inédito este ano. De janeiro a novembro, a média dos preços diários fixou-se nos 174,52 euros por MWh.

Para a véspera de Natal, o preço médio diário negociado em Portugal situa-se nos 31,43 euros por MWh, ligeiramente acima do verificado no dia anterior, mas ainda assim num patamar baixo em comparação com a média de janeiro a novembro.

Estes preços não se refletem diretamente na fatura da luz que é paga pelos consumidores domésticos, pois normalmente os preços destes contratos são fixados por um ano e não estão portanto tão linearmente sujeitos às flutuações no mercado. No entanto, para as empresas, estas podem ser boas notícias, uma vez que os preços são muitas vezes indexados aos do mercado grossista.

A ajudar ao alívio estão os preços do gás, que influenciam os da eletricidade, uma vez que o gás é usado nas centrais térmicas para produzir eletricidade.

Pelas 10h14 desta quarta-feira, os futuros do TTF para entrega em janeiro estavam a descer 7,56%, para 84,90 euros/MWh, sendo que nos últimos cinco dias, acumulam já uma queda superior a 26%. De acordo com a Bloomberg, os futuros de referência para a Europa caem pelo sexto dia consecutivo e caminham para a maior queda semanal desde setembro. No mercado ibérico de gás, o Mibgás, o preço está nos 71,05 euros, o nível mais baixo desde o dia 21 de novembro deste ano.

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UE retém 22 mil milhões de euros em fundos de coesão destinados à Hungria

  • ECO
  • 23 Dezembro 2022

Executivo comunitário vai reter 22 mil milhões de fundos de coesão da Hungria até que o país resolva dúvidas relativas à independência do poder judicial, liberdade académica e direitos LGBTQI.

O executivo da União Europeia (EU) vai congelar 22 mil milhões de euros de fundos de coesão destinados à Hungria até que o país resolva questões relacionadas com fraude e corrupção. Este é um duro golpe para o Governo nacionalista do primeiro-ministro Viktor Orban.

A Comissão Europeia (CE) concluiu que a Hungria não preenche as condições necessárias para receber fundos regionais, aplicados geralmente para reforçar a coesão económica e social dos países europeus, e ajudar a colmatar o hiato entre os países mais pobres e mais ricos da União Europeia. Os fundos, que correspondem a uma fatia das verbas do novo quadro comunitário de apoio, ou seja, referentes ao período de 2021 a 2027, ficarão retidos até o Governo cumprir as condições relativas à independência do poder judicial, liberdade académica, direitos LGBTQI e ao sistema de asilo.

Enquanto as condições de atribuição não forem preenchidas, a Comissão não pode reembolsar as despesas relacionadas com os pedidos de pagamento introduzidos pela Hungria”, disse o porta-voz da CE, Stefan De Keersmaecker, em comunicado. A decisão foi tomada na quinta-feira quando a Comissão e Budapeste assinaram o Acordo de Parceria, o documento estratégico para a programação dos investimentos dos vários fundos a que um país pode aceder, assim como os 11 programas operacionais no âmbito da Política de Coesão. A título comparativo, Portugal assinou o seu Acordo de Parceria a 14 de julho deste e recebeu luz verde de Bruxelas para todos os programas operacionais a semana passada. No entanto, Budapeste poderá usar desde já 1,5% do seu quadro comunitário que será pago a título de pré-financiamento.

Em reação a esta decisão, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán apelou, nesta quinta-feira, para que o Parlamento Europeu fosse abolido.

Este revés surge depois a Hungria ter conseguido desbloquear a aprovação do seu Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o único que faltava aprovar. Essa vitória foi conseguida depois de Orbán ter retirado o seu veto e permitido a aprovação de um apoio de 18 mil milhões de euros para a Ucrânia. Ainda assim, ficou decidido congelar 5,8 mi milhões de euros em subvenções até que o Governo de extrema-direita e eurocético de Viktor Orbán cumprisse as 17 condições relacionadas com o sistema judicial e com os elevados níveis de corrupção.

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Fisco avisa emigrantes fora da UE para aderirem ao ViaCTT ou nomearem representante

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2022

A adesão ao sistema de notificações eletrónicas para pessoas com NIF português, mas que residem fora da UE ou do Espaço Económico Europeu está disponível desde 1 de julho no Portal das Finanças.

O Fisco alerta os contribuintes portugueses que residem fora da União Europeia, Islândia, Noruega e Liechtenstein que têm de aderir às notificações eletrónicas (ViaCTT) ou de nomear um representante fiscal, caso tenham uma relação tributária com Portugal.

A adesão ao sistema de notificações eletrónicas para as pessoas com NIF português, mas que residem fora da UE ou do Espaço Económico Europeu está disponível desde 1 de julho no Portal das Finanças, com as regras em vigor a determinarem que aquela adesão (ao ViaCTT) permite a estes contribuintes ficarem dispensados da nomeação de um representante fiscal.

Os contribuintes residentes no Reino Unido puderam aderir ao sistema de notificações e citações eletrónicas no Portal das Finanças durante o segundo semestre de 2022, sendo-lhes dada a possibilidade de, em alternativa, designarem um representante fiscal, o que pode ser feito até 31 de dezembro de 2022 sem qualquer penalidade.

Em resposta à Lusa, fonte oficial da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) afirmou ter previsto “o envio de mensagens de alerta aos contribuintes residentes em país terceiro” a informar sobre a “necessidade de designarem representante fiscal ou, em alternativa, aderirem às ‘notificações eletrónicas’, sempre que estejam abrangidos pelo regime da obrigatoriedade”.

De acordo com as regras em vigor, apenas são obrigados a continuar a ter representante fiscal os residentes em país terceiro que tenham uma relação jurídica tributária com a AT e que optem por não aderir às notificações eletrónicas, sendo que se considera que existe essa relação quando a pessoa é proprietária de veículo ou de um imóvel registado em território português, celebra um contrato de trabalho para atividade em território português ou exerce uma atividade por conta própria em território português.

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Presidente da República promulga diploma sobre uso de ‘bodycams’ pelos polícias

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2022

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou o diploma que estabelece as regras de utilização das câmaras portáteis de uso individual nos uniformes dos elementos da PSP e GNR, também conhecidas por 'bodycams'.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou esta sexta-feira o diploma que estabelece as regras de utilização das câmaras portáteis de uso individual nos uniformes dos elementos da PSP e da GNR, também conhecidas por ‘bodycams’.

A medida sobre as ‘bodycams’, aprovada em Conselho de Ministros em 7 de dezembro, está inscrita na lei de programação de investimento das forças de segurança, nomeadamente na valorização e investimento dos equipamentos de proteção individual, e tem um valor superior a 15 milhões de euros.

Segundo o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o uso das ‘bodycams’ pela Polícia de Segurança Pública e pela Guarda Nacional Republicana pressupõe a “transparência no uso legítimo da força por parte das forças policiais”, com vista a reforçar a confiança nas forças de segurança, mas ainda para garantir “maior proteção relativamente a atos que atentem contra agentes da autoridade e, simultaneamente, dar proteção aos cidadãos”.

A regulamentação aprovada define que os polícias só podem usar ‘bodycams‘ quando está em causa “a ocorrência de ilícito criminal, situação de perigo, emergência ou alteração da ordem pública” e as gravações “não carecem de consentimento dos envolvidos”.

“A captação e gravação de imagens e sons apenas pode ocorrer em caso de intervenção, nomeadamente quando esteja em causa a ocorrência de ilícito criminal, situação de perigo, emergência ou alteração da ordem pública, devendo o início da gravação ser precedido de aviso claramente percetível, sempre que a natureza do serviço e as circunstâncias o permitam”, precisou o Ministério da Administração Interna quando foram aprovadas as regras.

A lei define também que “a captação e gravação de imagens é obrigatória quando ocorra o uso da força pública sobre qualquer cidadão ou o recurso a quaisquer meios coercivos, sendo proibida a gravação permanente ou indiscriminada de factos que não tenham relevância probatória, devendo, em todas as circunstâncias, ser respeitada a dignidade dos cidadãos e preservados os direitos pessoais, designadamente o direito à imagem e à palavra”.

O Ministério tutelado por José Luís Carneiro esclarece que “a gravação deve ser ininterrupta até à conclusão do incidente”, devendo o elemento policial indicar, “se possível, a natureza da ocorrência que motivou a gravação e as testemunhas presentes no local da gravação”.

As imagens “apenas podem ser acedidas” no âmbito de processos de natureza criminal e disciplinar contra agente das forças de segurança e para inspecionar as circunstâncias da intervenção policial.

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Rádio Comercial fecha o ano a liderar

A Bauer Media regista 29,2% de AAV, um reach semanal de 54% e um share de audiência de 39,3%. O Grupo Renascença Multimedia fecha o ano com uma AAV de 26,8%, um reach também de 54% e um share de 32,7%

A Rádio Comercial fecha o ano como a estação mais ouvida do país, com uma audiência acumulada de véspera (AAV) de 19,7% e um reach semanal de 40,4%. Na segunda posição, com 18,6% de AAV e 39,5% de reach semanal a RFM. Em relação à vaga anterior do Bareme Rádio, estudo de audiências elaborado pela Marktest, a Comercial perdeu 1,3 pontos percentuais (pp) de AAV e 1,1 pp de reach. A estação do grupo Renascença Multimédia, por seu turno, registou uma quebra de 0,7 pp na AAV e de 0,3 pp no reach.

O share de audiência é nesta quinta vaga, cuja recolha de dados foi de 1 de setembro a 11 de dezembro, 25,9% na Rádio Comercial e de 23,5% na RFM, o que traduz uma quebra de 2,6 pp no caso da Comercial e uma subida de 0,8 pp no caso da RFM.

A M80, tal como a Comercial do grupo Bauer Media Audio Portugal, fecha o ano com uma AAV de 7,6% e a Rádio Renascença com 6,5%. Na quinta posição a Cidade FM, com 4,8%, seguida pela Antena 1, com 4,5% de AAV. A Mega Hits regista agora uma AAV de 3,7%, mais uma décida do que a TSF, que fecha o ano com 3,6%. A Rádio Observador é a 10% estação mais ouvida, com 1%.

Smooth FM e Rádio Nova Era registam na última vaga uma AAV de 0,8%, a Rádio Meo Sudoeste de 0,5% e, com 0,3% de AAV, a Antena 2 encerra o ranking das estações que nesta última vaga do estudo de 2022 receberam o número mínimo de 30 referências na amostra.

Por grupos, a Bauer Media regista 29,2% de AAV, um reach semanal de 54% e um share de audiência de 39,3%. O Grupo Renascença Multimédia fecha o ano com uma AAV de 26,8%, um reach também de 54% e um share de audiência de 32,7%.

A AAV de rádio passou de 61,2% para 60,9% da vaga de setembro para a de dezembro. O reach semanal, no entanto, subiu de 83,4% para 84,2%.

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Banco de Fomento já está a pagar subsídios das linhas Covid

Banco de Fomento começou a pagar a componente não reembolsável das linhas covid às empresas que não despediram trabalhadores. Para já só às empresas exportadoras da indústria e turismo.

Quando o Governo lançou as linhas de crédito Covid para ajudar as empresas a lidar com os impactos da pandemia, foi decidido que seria possível a conversão de até 20% do crédito concedido em subsídio a fundo perdido. Mas, só agora, o Banco de Fomento começou a pagar essa regalia às empresas que cumprirem os requisitos necessários para ter direito à mesma. E só para a “Linha de Apoio à Economia Covid-19: Empresas Exportadoras da Indústria e do Turismo”. As restantes linhas ainda terão de esperar.

Mobilizadas as dotações de financiamento necessárias, o Banco Português de Fomento informa estar hoje [sexta-feira] a executar as transferências relativas às subvenções não reembolsáveis das empresas, no âmbito das medidas da “Linha de Apoio à Economia Covid-19: Empresas Exportadoras da Indústria e do Turismo”, anunciou a entidade agora liderada por Celeste Hagatong em comunicado enviado às redações.

Esta é a linha mais significativa e já representa cerca de 87% do valor máximo das subvenções a atribuir, ou seja, 206,8 milhões de euros de um valor máximo de 238,7 milhões, segundo o Banco de Fomento.

A expectativa é a de começar a pagar, “muito em breve”, as subvenções das “Linha de Apoio à Economia Covid-19: Empresas de Montagem de Eventos” e “Linha de Apoio à Economia Covid-19: Médias e Grandes Empresas do Turismo”.

O problema foi denunciado, no final de outubro, por Luís Marques Mendes no seu espaço de comentário semanal na SIC. Na altura, o ECO questionou o Banco de Fomento sobre o problema, já que foi a entidade que operacionalizou todas as linhas de crédito durante a pandemia, mas a instituição descartou qualquer responsabilidade sobre a matéria, explicando que esperava a indicação do Executivo de qual seria a fonte de financiamento para converter em subvenção até 20% do valor do crédito. A possibilidade seriam fundos europeus (ou reembolsos de fundos europeus), “matéria que não é da responsabilidade do Banco Português de Fomento”, como explicou na altura fonte oficial do banco.

“Os fundos, que se dirigem às empresas exportadoras da indústria e do turismo, que manifestamente evidenciam cumprir os critérios de manutenção de postos de trabalho, verificados aquando da contratação da operação, estão a ser transferidos hoje [sexta-feira] para os bancos”, detalha o BPF em comunicado. “Posteriormente, os bancos terão de ajustar os planos de reembolso dos financiamentos, para que as empresas beneficiem da conversão de parte dos planos de dívida em valor não reembolsável”, acrescenta a mesma nota enviada às redações.

O Banco de Fomento, na qualidade de entidade gestora das linhas, deve confirmar a documentação recebida e a respetiva elegibilidade das empresas, para, “assim que rececionadas as necessárias dotações orçamentais afetas ao financiamento do mecanismo de conversão, proceder à transferência das verbas”, explica o banco.

Segundo as regras definidas nas linhas Covid, as empresas poderiam ter “uma parte do empréstimo convertida em subvenção não reembolsável, tendo como limite 20% do valor do financiamento” desde que mantivessem “a totalidade dos postos de trabalho face aos verificados na última folha de remuneração entregue à Segurança Social com detalhe de todos os trabalhadores antes da data da contratação da operação com a banca, durante pelo menos 12 meses a contar da data de contratação”.

Caso não mantivessem todos os empregos, então, a taxa máxima de conversão do empréstimo em subvenção a fundo perdido seria “reduzida na proporção correspondente à redução dos postos de trabalho”. Mas se a não manutenção de postos de trabalho fosse superior a 30%, então, este benefício não se colocava.

Além disso, para ver parte do apoio ser convertido num subsídio a fundo perdido, a empresa teria de ter a situação fiscal e contributiva regularizada e respeitar os montantes máximos de auxílio por beneficiário de acordo com as regras definidas por Bruxelas. Isto é, o valor não reembolsável não poderia ser superior a 800 mil euros e a 120 mil euros por empresa ativa no setor das pescas e da aquicultura ou 100 mil euros por empresa ativa na produção primária de produtos agrícolas.

As regras explicavam, ainda, que caberia às empresas manifestar o interesse junto do banco para que parte do crédito fosse convertido em subvenção, “devendo facultar os elementos para futura verificação da condição relativa à manutenção dos postos de trabalho” e preencher uma declaração.

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Via Verde ganha concurso de 16 milhões de euros nos Países Baixos

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2022

As empresas da Brisa Via Verde e A-to-Be ganharam o concurso internacional de 16 milhões de euros para gerir a cobrança de portagens eletrónicas na autoestrada A24 que serve a zona de Roterdão.

As empresas da Brisa Via Verde e A-to-Be ganharam o concurso internacional de 16 milhões de euros para gerir a cobrança de portagens eletrónicas na autoestrada A24 que serve a zona de Roterdão, nos Países Baixos.

Num comunicado, divulgado esta sexta-feira, a Via Verde precisa que o concurso internacional ganho prevê a cobrança de portagens 100% eletrónicas e a sua proposta está assente em tecnologia nacional desenvolvida pela empresa de tecnologia A-to-Be.

“O serviço da Via Verde e a A-to-Be, na primeira internacionalização conjunta das duas empresas, é baseado na experiência e na tecnologia desenvolvida em Portugal e usada pelos clientes da empresa há mais de 30 anos”, refere o comunicado.

O contrato prevê dois anos de implementação e cinco anos de operação, podendo ser prolongado por mais dois períodos opcionais de dois anos cada, num valor total de 16 milhões de euros.

A Via Verde afirma que o acordo inclui vários requisitos ESG (Environment, Social and Governance), como políticas de carbono zero e a inclusão na força de trabalho de pessoas portadoras de deficiência ou de baixos recursos.

Segundo a Via Verde, a A24 liga duas das principais autoestradas na área de Roterdão, a A15 e a A20, sendo que Roterdão tem um dos maiores portos do mundo que recebe mercadorias de todos os continentes que depois são distribuídos pela Europa inteira por rodovia e ferrovia.

Marta Sousa Uva, presidente da Comissão Executiva da A-to-Be, citada no comunicado refere que “a solução MoveBeyond Tolling BackOffice que vai ser aplicada neste projeto foi totalmente desenvolvida em Portugal, encontrando-se também implementada e testada em vários clientes nos EUA”.

A Via Verde vai gerir o serviço de pagamento de portagens e a relação com os clientes finais.

Neste concurso, as empresas portuguesas da Brisa, foram selecionadas numa short-list de cinco empresas que incluía empresas concorrentes da Alemanha e da França.

A autoestrada A24 na zona de Roterdão será a terceira autoestrada neerlandesa a contar um sistema de portagens eletrónicas.

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Dona do Facebook vai pagar mais de 680 milhões de euros devido ao escândalo da Cambridge Analytica

Com o pagamento de mais de 680 milhões de euros, a Meta quer pôr fim ao escândalo com a Cambridge Analytica. Em causa está o acesso a dados pessoais dos utilizadores do Facebook sem a sua permissão.

A dona do Facebook, a Meta, vai pagar 725 milhões de dólares (quase 683 milhões de euros), para travar uma ação e não ir a julgamento nos Estados Unidos, avança a Reuters. Em causa está o escândalo que envolveu a consultora britânica Cambridge Analytica, agora extinta, e o seu acesso a dados pessoais sem autorização.

A defesa considerou que este foi um dos “maiores” acordos alcançados numa ação coletiva de privacidade de dados nos EUA e o maior montante pago pela dona do Facebook. “Este acordo histórico proporcionará um alívio significativo”, sublinharam os advogados Derek Loeser e Lesley Weaver

Este processo decorre desde 2018, quando o roubo de dados pessoais foi tornado público pela imprensa. A Cambridge Analytica é acusada de ter acedido e explorado os dados pessoais de 87 milhões de utilizadores do Facebook, sem o consentimento destes, aos quais a rede social Facebook deu acesso, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, favorecendo a campanha de Donald Trump.

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Iberdrola reduz fatura da eletricidade em média 15% em 2023

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2022

O diretor-geral da energética espanhola em Portugal garante que 2023 será "um ano sem percalços na fatura das famílias", anunciando que a fatura de eletricidade dos clientes vai descer, em média, 15%.

A Iberdrola informou esta sexta-feira que a fatura de eletricidade dos clientes vai descer, em média, 15% em 2023, referindo que esta redução “aplica-se às componentes de energia e custos de acesso“.

Excetua-se “naturalmente impostos, taxas e outros valores definidos pelo Estado”, acrescenta a Iberdrola, em comunicado.

Tendo em conta a “volatilidade do custo de aquisição de energia, a recente proposta de revisão das Tarifas de Acesso às Redes para 2023 e a aposta contínua da empresa no desenvolvimento de infraestruturas de produção de energias verdes, a Iberdrola tem condições para garantir estabilidade e previsibilidade aos consumidores neste contexto de inflação e de incerteza geopolítica na Europa“, afirma a empresa.

A Iberdrola “manterá também todos os descontos associados a contratos já em vigor”.

De acordo com a elétrica, “para um agregado familiar com duas pessoas e um consumo médio de 1.900 kWh, a revisão de valores corresponderá a uma descida média de cinco euros/mês” (antes de taxas, impostos e outros custos).

“Com os preços em vigor a partir de 01 de janeiro de 2023, a Iberdrola oferece aos seus clientes um caminho para navegar com segurança a instabilidade que domina o mercado energético”, afirma Rui Afonso, diretor-geral da Iberdrola Clientes Portugal, citado no comunicado.

Esta medida “devolve ao mercado liberalizado a força e a competitividade que se espera dele e que beneficia os consumidores. A par do investimento prioritário da Iberdrola na transição energética e na descarbonização da economia, não descuramos as necessidades imediatas dos consumidores“, acrescenta.

“Entendidos os fatores que contribuem para o atual cenário energético e os constrangimentos que se impõem às empresas comercializadoras, podemos garantir um ano sem percalços na fatura das famílias“, remata Rui Afonso.

A Iberdrola salienta que “durante este período de inflação e de incerteza nos mercados, tal como durante o período de pandemia”, a empresa “protegeu emprego, continuou a contratar e manteve os seus planos de investimento em Portugal” e também aumentou “as compras a fornecedores para garantir postos de trabalho e aumentar a atividade de empresas parceiras”.

 

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Há 221 centros de saúde abertos na véspera de Natal. Saiba quais

De norte a sul do país, haverá 221 centros de saúde abertos na véspera de Natal e 180 no dia de Natal. Saiba quais e os respetivos horários de funcionamento.

Na véspera de Natal (24 de dezembro), 221 centros de saúde vão estar a funcionar de norte a sul do país, ao passo que no dia de Natal (25 de dezembro) esse número cai para 180, anunciou esta sexta-feira o Ministério da Saúde. Objetivo é reduzir habitual “pico” de procura no outono/inverno e reduzir a procura nas urgências em casos de “doença aguda não emergente”.

Esta medida insere-se na decisão tomada pelo Executivo no final de novembro, que visa alargar e adaptar os horários de funcionamentos dos centros de saúde nos dias úteis e ao fim de semana. Neste contexto, “os dias 24 e 25 de dezembro não serão exceção, com 221 unidades abertas na véspera de Natal e 180 no dia de Natal”, denota a tutela liderada por Manuel Pizarro, em comunicado.

Os respetivos locais com horário de funcionamento alargado podem ser consultados na área dedicada ao Plano de Inverno no Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que pode consultar aqui, clicando na Administração Regional de Saúde abrangida pelo respetivo centro de saúde. Importa, no entanto, sublinhar que a véspera de Natal e o Natal calham a um fim de semana, pelo que deve ter em conta os horários para esses dias.

O objetivo é responder a “situações de doença aguda não emergente” e “evitar milhares de idas às urgências hospitalares”. O Ministério da Saúde realça ainda que este sistema permitiu realizar 16.362 consultas em centros de saúde a utentes que “precisaram de resposta no próprio dia” no fim de semana passado. Já no fim de semana de 10 e 11 de dezembro, foram realizadas 6.971 consultas para doença aguda e no anterior, de 3 e 4 de dezembro, 16.536. “No total, os cuidados de saúde primários asseguraram, nestes quatro fins de semana, mais de 66 mil consultas”, acrescenta o Ministério da Saúde.

Para esta época festiva foi ainda delineado um plano de reorganização das urgências de Obstétrica/Ginecológica, que implica o encerramento de alguns serviços para assegurar o funcionamento de outros, bem como a partilha de recursos. Pode consultar esse plano aqui. A ideia é agregar serviços de forma a garantir que as pessoas saibam onde procurar cuidados.

O Ministério da Saúde reforça ainda a “importância de ligar em primeiro lugar” para a linha SNS 24 para “uma triagem e encaminhamento adequado de cada situação, para uma resposta mais célere e também para o melhor planeamento da atividade do SNS”.

Ao mesmo tempo, está ainda em curso a operacionalização da “Via Verde ACeS” nos serviços de urgência, tendo em vista permitir que os utentes triados como não urgentes – ou seja, pulseira branca, azul ou verde – sejam encaminhados dos hospitais para os centros de saúde, com data e hora previamente definidas, sendo atendidos, no máximo, em 24 horas. Este protocolo está já a funcionar em 27 agrupamentos de centro de saúde.

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