Empresas podem ficar sem acesso a matérias-primas devido a greve nos portos

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2022

A greve nos portos deixa 8 navios de matérias-primas para alimentação animal com atrasos nas descarga. Sindicato acusa as administrações de “ausência total de disponibilidade” para diálogo.

A Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais (IACA) avisou esta quinta-feira que a greve nos portos poderá deixar as empresas sem acesso a matérias-primas, o que pode levar a roturas de stocks para a pecuária.

Face aos mais de 10 dias de greve anunciados, a IACA estima que as empresas ficarão sem acesso a matérias-primas que garantam a continuidade da produção”, notou em comunicado a associação, sublinhando que pode mesmo verificar-se uma rotura nos stocks a disponibilizar aos produtores pecuários.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP) convocou uma greve de vários dias, que começa esta quinta e se prolonga até 30 de janeiro e abrange os portos do continente, Madeira e Açores. O sindicato acusa as administrações portuárias de “ausência total de disponibilidade” para dialogar sobre a proposta de revisão salarial para 2023, tendo o SNTAP feito “vários pedidos de reunião” que ficaram sem resposta, “nomeadamente por parte das administrações de Sines e de Lisboa”.

De acordo com a IACA, a greve nos portos deixa oito navios de matérias-primas para alimentação animal com atrasos nas descargas, podendo os custos adicionais para as importadoras ascender a dois milhões de euros até janeiro, agravando o preço dos alimentos. A sobre-estadia dos barcos pode levar os custos das empresas importadoras a ultrapassar um milhão de euros até ao final do mês, valor que pode duplicar em janeiro.

Neste sentido, a IACA está preocupada com a repercussão destes custos no preço das matérias-primas para a produção de rações de animais. A associação referiu que, em Portugal, as empresas produtoras de alimentos compostos para animais têm uma dependência de matérias-primas importadas de 80% e uma capacidade de armazenamento de cerca de cinco dias.

“Prevê-se que um dos portos mais afetados seja o da Trafaria, por onde passam as principais matérias-primas usadas na produção de rações para animais”, referiu, sublinhando que cerca de 60% do milho e 50% da soja utilizada na produção de rações entra em Portugal através do porto da Trafaria.

Citado no mesmo documento, o secretário-geral da IACA, Jaime Piçarra, lamentou que não tenham sido previstos serviços mínimos, apesar das preocupações enviadas ao executivo. Para a IACA, “a inação do Estado” pode criar problemas a esta indústria, bem como colocar em causa a disponibilidade de carne, leite e ovos.

“As empresas já estão tão sobrecarregadas de custos inflacionados que, naturalmente, vão repercutir este novo custo na cadeia de valor, situação que, inevitavelmente, vai chegar ao consumidor”, disse Jaime Piçarra, acrescentando que o setor não prevê “o melhor para o início do ano”.

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Incidente com voo da TAAG causado por avaria no aeroporto de Lisboa

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2022

O incidente com o voo DT650, da TAAG operado pela HiFly, esteve ligado "a uma avaria do cais do aeroporto de Lisboa”, de acordo com o relatório pedido pela empresa angolana.

A transportadora aérea angolana TAAG informou esta quinta-feira que a causa do incidente com o voo DT650, na segunda-feira passada, no itinerário Luanda-Lisboa, não esteve relacionada com a aeronave, mas com uma avaria do cais do aeroporto de Lisboa.

De acordo com uma nota, a TAAG avança que o voo foi operado pela companhia Hifly, ao serviço da TAAG, tendo-se registado e divulgado através das redes sociais uma situação de sobreaquecimento da cabine e ‘blackout’ de iluminação.

A companhia aérea angolana sublinha que na qualidade de cliente solicitou “de forma imediata um relatório ao prestador de serviço Hifly, tendo sido aberta uma investigação que incluiu entrevistas aos tripulantes e engenheiros, bem como, a verificação minuciosa dos equipamentos”.

“O resultado do relatório entretanto recebido, é claro ao afirmar que a causa do incidente não esteve relacionada com a aeronave, nem com a ação do pessoal navegante”, realçou a nota. O documento revelou que “a causa-raiz desta situação está ligada a uma avaria do cais do aeroporto de Lisboa”.

“Este estava inoperante e incapaz de assegurar a alimentação de energia da aeronave, entretanto posicionada em terra para o procedimento de desembarque e instruída para desativar motores”, destacou a TAAG.

A empresa esclareceu também que foi necessário solicitar a intervenção da ANA, entidade responsável pela gestão do aeroporto de Lisboa, para trabalhos de reparação, período no qual se registou o sobreaquecimento de cabine devido à falta de energia.

Apenas após a realização dos trabalhos de manutenção é que foi possível iniciar o desembarque de passageiros. Durante este processo os passageiros foram informados sobre a ocorrência e tranquilizados relativamente à sua segurança a bordo”, referiu a nota.

“Reiterar, que a TAAG lamenta o transtorno causado aos passageiros e clientes do referido voo, e que estamos em comunicação permanente com as autoridades no sentido de avaliar medidas adicionais e planos de contingência futuros”, acrescentou a empresa.

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CEO do SNS admite fecho de “algumas maternidades”

Fernando Araújo admite replicar exemplo do Norte de criação de urgências especializadas no centro do país para melhorar atendimento aos pacientes.

O líder do Serviço Nacional de Saúde (SNS) admite o encerramento de “algumas maternidades”. No dia em que arrancou o plano de contingência para as urgências destas unidades de saúde, Fernando Araújo reconhece que é necessário mudar o sistema e replicar o exemplo do norte do país, com a criação de urgências especializadas.

“Poderão ser encerradas maternidades. Estamos a analisar os planos. Não é fácil quando vamos a maternidades do interior e tomar decisões desse tipo. Cada região tem o seu cenário. No início do próximo ano teremos de tomar decisões em algum sentido“, referiu o líder do SNS em entrevista à RTP1.

Fernando Araújo também defendeu que é necessário “replicar as urgências especializadas no centro do país, como acontece no norte”, citando exemplos de capitais europeias onde este modelo já existe. “Nem todos os hospitais têm de fazer tudo. Deve haver concentração de urgências especializadas. Mais vale ter menos, e prestar melhores cuidados, do que estar a dispersar”, acrescentou.

O líder do SNS admitiu ainda a revisão do despacho relativo ao pagamento das horas extraordinárias, que deixará de vigorar depois de 31 de janeiro. “O objetivo não é pagar melhor as horas extraordinárias mas tornar o ordenado base mais relevante, conforme a complexidade das tarefas”, nota Fernando Araújo. O diploma está a ser preparado com o Ministério das Finanças e poderá entrar em vigor em fevereiro.

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Miguel Azevedo promovido no Citi

O banqueiro português está há 12 no Citi, e foi acumulando sucessivamente responsabilidades na área da banca de investimento. Agora, passa a chairman executivo dos mercados emergentes dentro da EMEA.

Miguel Azevedo, até agora head of investment banking do ‘Citi’ para o Médio Oriente e África, foi promovido à função de ‘chairman’ dos mercados emergentes do banco de investimento americano dentro do chamado espaço EMEA (Europe, Middle East and Africa), o que lhe permitirá também liderar negócios em países como África do Sul, Israel, Turquia e Cazaquistão. Com esta promoção, Miguel Azevedo acumula novos mercados aos que já tinha e passa a estar exclusivamente dedicado à assessoria financeira nos ‘deals’ daqueles países.

O banqueiro português está há 12 anos no Citigroup, como sublinha uma nota interna do banco de investimento americano, primeiro com a responsabilidade de Portugal e África na área da banca de investimento (excluindo África do Sul), depois, desde há cinco anos, passou a liderar também os mercados do Médio Oriente e agora passa a uma função nova — e criada precisamente para esta promoção — com a designação de EM EMEA, ou seja, chairman de Emerging Markets da região na área de investment banking.

A promoção resulta dos resultados obtidos pelo banqueiro. Ainda recentemente, segundo a revista The Economist, o Citigroup liderou o ranking de operações de colocação de empresas em bolsa na Europa, Médio Oriente e África (EMEA) em 2022. Esta área de negócio do banco norte-americano é liderada precisamente por Miguel Azevedo.

De acordo com a revista britânica, o banco arrecadou cerca de 2,5 mil milhões de dólares para empresas e investidores nesta região. O Citi coordenou, por exemplo, as vendas de ações em bolsa (IPO) da Dubai Electricity and Water Authority, avaliada em 5,6 mil milhões de euros, e da Borouge, uma empresa dos Emirados Árabes Unidos, avaliada em 1,9 mil milhões. A instituição financeira é seguida pelo HSBC, que angariou aproximadamente 2,4 mil milhões de dólares e que surge pela primeira vez no top 10, no espaço de uma década.

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REN celebra contrato de financiamento de 300 milhões com BEI

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2022

O contrato tem em vista financiar o investimento destinado a aumentar, reforçar e modernizar a rede de transmissão de energia elétrica.

A REN celebrou um contrato de financiamento, de 12 anos, com o Banco Europeu de Investimento (BEI), no valor de 300 milhões de euros, para aumentar e modernizar a rede de transmissão de energia elétrica, foi comunicado ao mercado.

“Na presente data, a REN celebrou um contrato de financiamento de longo prazo (12 anos), no montante de 300.000.000,00 euros, com o Banco Europeu de Investimento”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Este contrato tem em vista financiar o investimento destinado a aumentar, reforçar e modernizar a rede de transmissão de energia elétrica. Por outro lado, pretende integrar nesta rede fontes de energia renovável.

Na sessão desta quinta-feira da bolsa, as ações da REN – Redes Energéticas Nacionais recuaram 0,20% para 2,54 euros.

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+M

This is Pacifica lança workshops de design para crianças

  • + M
  • 22 Dezembro 2022

"Queremos inspirar as novas gerações a expressarem criativamente as suas experiências e descobertas a partir da prática do design", diz o estúdio, que ganhou este ano um leão de ouro em Cannes.

Influenciar pais e filhos, adultos e crianças, a usarem a criatividade como forma de expressão e uma ferramenta de resolução de desafios. É este o objetivo da This is Pacifica, estúdio de design baseado em Matosinhos, que está a lançar o Prática of Pacifica, um projeto de workshops desenhados para crianças.

“Queremos inspirar as novas gerações a expressarem criativamente as suas experiências e descobertas a partir da prática do design“, diz o estúdio, que com o projeto CO2AT ganhou este ano um leão de ouro no Festival de Criatividade de Cannes e também o grande prémio nos Prémios à Eficácia.

“A forma mais natural e intuitiva das crianças interagirem, com o mundo e com os outros, são os jogos e as brincadeiras. Este projeto pretende influenciar novas gerações, num período de crescimento e desenvolvimento físico e mental rápido e intenso, a expressarem visualmente as suas experiências e descobertas a partir da prática de design”, explica Filipe Mesquita, fundador e diretor criativo do estúdio.

O objetivo não é ocupar os tempos livres das crianças, mas promover o uso de design thinking como resposta a diferentes desafios, prossegue a This is Pacifica, que faz este projeto em parceria com Benedita Castro Henriques, que já trabalhou em escolas no Reino Unido, no CLIP Oporto International School e Colégio Efanor.

“Nestes workshops, a criança terá a possibilidade de aprender a usufruir do momento presente libertando ansiedades, desenvolver estratégias de regulação emocional, gerindo a frustração com animo para lidar com as dificuldades, construindo assim pensamento livre, autoconhecimento, expressão emocional e equilíbrio”, afirma, citada em comunicado, Benedita Castro Henriques.

O primeiro workshop, para crianças dos 6 aos 12 anos, está marcado para dia 14 de janeiro e tem como tema A Geometria das Emoções.

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Portugal continuará a apoiar Kiev até que recupere a soberania total, diz MNE

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2022

“Portugal é um dos países cuja população mais apoia, acima dos 90%, de forma consistente, a crise de refugiados da Ucrânia", disse Gomes Cravinho.

O chefe da diplomacia portuguesa, João Gomes Cravinho, garantiu esta quinta-feiraque Portugal continuará a apoiar e a solidarizar-se com a Ucrânia até que as autoridades de Kiev recuperem a totalidade da soberania do país, invadido pela Rússia.

Cravinho falava à agência Lusa no final da assinatura de um Memorando de Entendimento entre os ministérios dos Negócios Estrangeiros de Portugal e da Polónia sobre ajuda humanitária e assistência à Ucrânia, no valor de 30 milhões de euros, destinado a apoiar o orçamento polaco para acudir aos cerca de 3,5 milhões de refugiados ucranianos em solo polaco.

“Portugal continuará a apoiar e a solidarizar-se com a Ucrânia até que as autoridades de Kiev recuperem totalmente a soberania territorial”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros português, salientando que Portugal tem atuado em quatro vertentes no apoio ao conflito desencadeado pela invasão russa, a 24 de fevereiro.

“Temos a vertente política, com os apoios institucionais e formais nas organizações internacionais; o militar, já enviámos centenas de toneladas em equipamento militar; o financeiro, no valor de 250 milhões de euros, anunciados durante a visita do primeiro-ministro [português, António Costa] a Kiev; e o humanitário, pois já acolhemos mais de 55 mil refugiados ucranianos”, sublinhou Cravinho.

O chefe da diplomacia lembrou, nesse contexto, o prosseguimento do esforço humanitário com o voo que chega hoje a Lisboa com 170 refugiados ucranianos a bordo e que, algumas horas depois, parte para a Moldova com 15 toneladas de bens de primeira necessidade, como aquecedores, geradores, produtos de higiene, entre outros, para depois serem transportados por camiões humanitários até Kiev, onde serão distribuídos pela população em função das necessidades identificadas.

Portugal é um dos países cuja população mais apoia, acima dos 90%, de forma consistente, a crise de refugiados da Ucrânia. Ao darmos todos este apoio, estamos a demonstrar isso mesmo, a solidariedade da população portuguesa”, sublinhou.

O memorando de entendimento foi assinado pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros português, Francisco André, e pela embaixadora da Polónia em Lisboa, Joanna Pilecka, que, também à Lusa, agradeceu o esforço de Portugal no apoio às autoridades polacas.

São dois países longe um do outro, mas próximos na solidariedade e no apoio humanitário na trágica invasão russa da Ucrânia. [Os 30 milhões de euros] são uma oferta generosa à Polónia que, para nós, tem três dimensões: o apoio aos 3,5 milhões de refugiados ucranianos na Polónia, o apoio a todo o suporte logístico da ajuda à Ucrânia e também como doador”, frisou a diplomata polaca.

“Mas o que gostaria de sublinhar é que, para nós, Polónia, onde 77% da população apoia os refugiados desta tragédia no nosso vizinho, este gesto de Portugal não tem só um valor simbólico, mas também a determinação em ajudar. Quero deixar aqui a gratidão do meu país”, acrescentou.

Também em declarações à Lusa, o encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Lisboa, Volodymyr Kazlov, mostrou “gratidão” ao apoio que Portugal tem dado “à invasão russa”, salientando o número “elevado” de refugiados ucranianos, cerca de 55 mil.

Kazlov sublinhou esperar que a guerra acabe com a vitória da Ucrânia em 2023 e saudou o facto de Portugal e a Polónia serem “amigos” do país, sublinhando esperar que, no próximo ano também, o país possa tornar-se membro da União Europeia (UE).

“Gostaria de agradecer a todo o povo português toda a ajuda nesta situação difícil. Muitos portugueses entregam muitos bens na embaixada [da Ucrânia em Lisboa], até geradores, pois sabem da situação energética dramática que se vive na Ucrânia. Por isso, o memorando de entendimento testemunha a nossa amizade com os dois países e espero que, em 2023, quando ganharmos a guerra, possamos dar um impulso ainda maior a essa amizade”, afirmou.

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Europeus fiéis ao dinheiro. Portugueses são dos que mais estão a deixar as moedas e notas

  • Diana Rodrigues
  • 22 Dezembro 2022

Em Portugal, a relação com o dinheiro está a mudar. A utilização de dinheiro físico diminuiu mais nos países do sul da Europa, mesmo quando os portugueses são os que têm menos acesso a cartões.

Em Portugal, o uso de notas e moedas diminuiu, mas é o país da zona euro onde os cidadãos têm menos acesso a cartões de pagamento (débito e crédito). Segundo o estudo SPACE, realizado pelo Banco Central Europeu (BCE), e que investiga os comportamentos financeiros na zona euro de dois em dois anos, junto dos residentes da União Monetária, o uso de dinheiro físico reduziu. É uma tendência na maioria dos países da zona euro, mas especialmente prevalente nos países do sul da Europa: Portugal, Grécia, Espanha e Chipre.

Mas os europeus ainda gostam de dinheiro físico. Para 60% dos cidadãos europeus, a possibilidade de segurar o seu dinheiro nas mãos ainda é importante. O que é valorizado, na utilização de notas e moedas, é a proteção da privacidade e o rápido processamento dos pagamentos. Além disso, os adeptos do dinheiro acreditam que a sua utilização os torna mais conscientes dos hábitos de despesa. Face a possíveis crises energéticas e falhas de energia, a discussão sobre notas e moedas versus pagamentos digitais torna-se relevante.

Numerário mantém-se importante nos pontos de venda

Nos 19 países da zona euro, os pagamentos são feitos, em geral, com notas e moedas. Mas, mesmo assim, a percentagem de pagamentos em numerário em todas as transações caiu para 59% em 2022. Três anos antes, a quota era de 72%, seis anos antes 79%.

Medidos em termos de volume de negócios, os pagamentos com cartão estão, pela primeira vez, a ultrapassar os pagamentos em dinheiro. De acordo com os dados do BCE, 46% das vendas nas lojas foram pagas por cartão e 43% em dinheiro físico. As diferenças na proporção de pagamentos em moedas e notas deve-se ao facto de pequenos montantes serem mais frequentemente pagos em dinheiro, enquanto grandes montantes são mais suscetíveis de serem pagos por cartão de débito ou de crédito.

Os resultados do inquérito ilustram uma tendência contínua para menos pagamentos físicos nos pontos de venda. Mas os consumidores estão também a fazer compras online com cada vez mais frequência. A percentagem de pagamentos de comércio eletrónico em todos os pagamentos subiu para 17% em 2022. Três anos antes, era de 6%. Em termos de volume de negócios, a quota até cresceu de 14% para 28%.

Pandemia alterou comportamentos

A pandemia acelerou o declínio dos pagamentos com dinheiro físico. Um em cada três inquiridos disse que pagava ‘um pouco menos’ ou ‘muito menos’ com moedas e notas do que antes da pandemia. 54% não mudaram comportamentos de pagamento, enquanto 14% pagaram em dinheiro com mais frequência. A maioria das pessoas considera o pagamento eletrónico mais conveniente (58%).

A opção dinheiro físico é importante para a maioria

A maioria dos europeus não quer passar sem notas e moedas. Para 60% dos consumidores da zona euro, estes elementos são ‘muito importantes’ ou ‘bastante importantes’. Alemães e austríacos estão no topo da lista dos fãs do dinheiro físico.

Dinheiro cripto é procurado em Portugal – mas dificilmente como meio de pagamento

Uma pequena proporção de europeus aventurou-se nas cripto. 4% dos inquiridos disseram que detinham este meio de pagamento. Portugal está entre os países que reportaram a combinação mais elevada de cripto aplicada ao investimento e pagamento: Itália (30%), Eslovénia (28%), Grécia, Bélgica, Portugal, Áustria e Chipre (todos com 26%) e Espanha (25%).

O BCE coordenou a recolha de dados em 17 países da zona euro. Todos, exceto a Alemanha e os Países Baixos. O Deutsche Bundesbank (2022) e o De Nederlandsche Bank e a Associação Neerlandesa de Pagamentos (2022) recolheram os seus próprios dados.

O BCE quer assegurar que os consumidores continuarão a ter a liberdade de escolher se preferem pagar com dinheiro ou cartão. O membro do Conselho Executivo responsável, Fabio Panetta, afirmou, de acordo com o comunicado do BCE, que “existe uma forte procura tanto de numerário como de opções de pagamento digital.

O empenho do BCE em numerário e o trabalho na introdução de um euro digital deverá ajudar a garantir que as pessoas na zona euro tenham sempre uma escolha“.

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BPF invoca interesse público do programa Consolidar em resposta à providência cautelar

  • ECO e Lusa
  • 22 Dezembro 2022

Considerando que “a demora na contratação e execução do Programa Consolidar foi entendimento do Conselho de Administração do BPF avançar com a apresentação de resolução fundamentada".

O Banco Português de Fomento anunciou esta sexta-feira que apresentou uma resolução fundamentada em processo de providência cautelar para permitir a contratualização dos financiamentos ao abrigo do programa Consolidar, justificando estar em causa o interesse público nacional. Esta é a resposta da instituição agora liderada por Celeste Hagaton depois de Programa Consolidar ter sido suspenso devido a uma providência cautelar interposta por uma das capitais de risco excluídas, a Menlo Capital, tal como o ECO avançou em primeira mão.

“No contexto do Programa Consolidar, o Banco Português de Fomento (BPF) confirma ter sido interposta uma providência cautelar de suspensão da eficácia de ato e que avançou com a apresentação de resolução fundamentada, para permitir a contratualização dos financiamentos ao abrigo do Programa”, indicou o BPF, em comunicado.

O anúncio da decisão já surge depois de findo o prazo decretado pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra que dava dez dias ao banco para se pronunciar. Um prazo que terminou a 17 de dezembro.

O BPF revela que “não estando em causa apenas o interesse do BPF, mas o interesse público nacional quanto ao cumprimento” das metas definidas no acordo operacional do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), também o Ministério da Economia e do Mar “acompanha o entendimento do Banco Português de Fomento, considerando que não deverá haver lugar ao diferimento da execução das decisões tomadas pelo BPF enquanto sociedade gestora do Fundo de Capitalização e Resiliência, por forma a não prejudicar gravemente o interesse público”.

O banco destaca que o PRR português assenta no cumprimento de marcos e metas acordados previamente entre Portugal e a Comissão Europeia, alertando que “o não cumprimento de alguns destes marcos e metas, poderá significar, para o nosso país, a perda ou redução do acesso ao restante montante do PRR”.

“É o caso do Programa Consolidar, que deverá ter a sua dotação totalmente comprometida com os intermediários financeiros até ao final de 2023 e investida nas empresas beneficiárias até ao final de 2025, prazo este que é particularmente ambicioso em face da prática habitual do setor do capital de risco, e que, por falta de tempo, poderá gorar a aplicação da totalidade dos fundos contratados”, adverte.

O BPF explica que, considerando que “a demora na contratação e execução do Programa Consolidar terá certamente efeitos negativos nas empresas potencialmente beneficiárias dos fundos a alocar”, foi entendimento do Conselho de Administração do BPF avançar com a apresentação de resolução fundamentada.

No âmbito do programa Consolidar foram aprovadas 14 candidaturas no valor total de 500 milhões de euros, tendo sido enviada, às respetivas Sociedades Gestoras de Capital de Risco uma minuta final para contratação após negociações prévias e recolha de contributos de melhoria, aguardando-se as primeiras assinaturas, nos próximos dias.

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Avião com 176 refugiados ucranianos chegou a Lisboa

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2022

A chegada dos refugiados decorre da iniciativa "Check-In Esperança", fruto de uma parceria entre a associação “Ukrainian Refugees UAPT” e a empresa Leroy Merlin.

Um voo humanitário com 176 refugiados ucranianos chegou esta quinta-feira a Lisboa cerca das 17:00 proveniente da Moldova, um avião da companhia aérea ucraniana de baixo custo “Sky Up Airlines”. O avião aterrou em Lisboa pouco antes das 17:00 e uma hora depois os passageiros já tinham desembarcado no aeroporto militar de Figo Maduro.

Os refugiados são sobretudo mulheres e crianças, alguns chegados hoje mesmo à Moldava provenientes de Kiev. A chegada dos refugiados decorre da iniciativa “Check-In Esperança”, fruto de uma parceria entre a associação “Ukrainian Refugees UAPT” e a empresa Leroy Merlin.

De acordo com a organização, o avião partirá para a Moldova dentro de algumas horas com 15 toneladas de bens como aquecedores, geradores e produtos de higiene, para depois serem transportados por camiões humanitários até Kiev e serem distribuídos a populações necessitadas. A associação disse em comunicado que este é o sexto voo que já realizou.

As duas entidades, a associação e a empresa, no mesmo comunicado, garantem que vão assegurar o acompanhamento de longo prazo aos refugiados recém-chegados. A “Ukrainian Refugees UAPT” foi fundada em fevereiro de 2022 e é uma organização sem fins lucrativos, sediada em Portugal, que presta apoio a refugiados da guerra na Ucrânia, decorrente da invasão russa.

A guerra na Ucrânia causou pelo menos 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões de refugiados em países europeus, pelo que as Nações Unidas classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

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Qatargate: Eva Kaili fica mais um mês em prisão preventiva

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2022

“A câmara do conselho estendeu a prisão preventiva de E. K. [Eva Kaili] por um mês”, indicou o tribunal belga.

A eurodeputada socialista grega Eva Kaili, acusada de estar envolvida num esquema de corrupção ligado ao Parlamento Europeu que abrange o Qatar, vai continuar em prisão preventiva, determinou esta quinta-feira um tribunal de primeira instância belga.

“A câmara do conselho estendeu a prisão preventiva de E. K. [Eva Kaili] por um mês”, destacou a procuradoria belga em comunicado, divulgado horas depois da audiência realizada no tribunal em Bruxelas.

Os advogados de Eva Kaili podem recorrer desta decisão, noticiou a agência France-Presse (AFP). A defesa da eurodeputada socialista grega tinha pedido esta quinta ao tribunal a sua libertação com pulseira eletrónica.

Pedimos que Kaili seja colocada sob vigilância eletrónica com pulseira, [até porque] participa ativamente na investigação e rejeita qualquer ato de corrupção”, explicou o advogado.

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Moreira diz que decisão sobre ponte rodoviária sobre o Douro é “técnica”

Rui Moreira diz que a decisão sobre a ponte sobre o rio Douro é técnica e não política, assegurando: "Não nos podemos sobrepor à posição de um júri independente".

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, assegurou, esta quinta-feira, que a decisão sobre a ponte D. António Francisco dos Santos sobre o rio Douro é técnica e não política. “Não nos podemos sobrepor à posição de um júri independente“, afirmou o autarca, adiantando que a avaliação do júri só deverá ser conhecida no início de janeiro de 2023.

À margem de um almoço de Natal com os homólogos de Matosinhos e Vila Nova de Gaia, Luísa Salgueiro e Eduardo Vítor Rodrigues, respetivamente, Rui Moreira afirmou que só “depois de o júri fazer a avaliação das propostas [é que] os presidentes da câmara de Gaia e do Porto olharão para o relatório do júri e determinarão o futuro, não ignorando que é necessário compatibilizar essa travessia com a alta velocidade“.

Para Rui Moreira, a decisão está nas mãos do júri independente. “A escolha sobre qual é o melhor projeto não nos cabe a nós, mas sim a um júri. Depois tem de se analisar a questão do preço e se o preço que esse consórcio atribuiu está dentro dos parâmetros que nós definimos”, explicou.

Admitindo desconhecer as propostas e os respetivos valores que o júri tem em mãos, Moreira considera que, neste momento, está tudo em aberto, referindo que as duas travessias da ponte podem ser em dois tabuleiros ou não, contemplando a linha de alta velocidade no tabuleiro superior e a rodovia no inferior. “Podem ser duas pontes: uma ponte à cota baixa – travessia tradicional – e outra à cota alta para alta velocidade“, notou, reiterando que “as duas travessias devem ser compatibilizadas” e que “a alta velocidade não deixará de pesar nas decisões que forem tomadas“.

Da Infraestruturas de Portugal disseram que as duas travessias devem ser compatibilizadas. Pode ser a mesma ponte ou não.

Rui Moreira

Presidente da Câmara Municipal do Porto

Na realidade, elucidou o autarca da Invicta, “o júri recebeu seis ou sete propostas [submetidas no âmbito do concurso de construção e conceção da ponte] e está a fazer a avaliação técnica” das mesmas.

“Da Infraestruturas de Portugal disseram que as duas travessias devem ser compatibilizadas. Pode ser a mesma ponte ou não”, sublinhou o autarca da Invicta. “Nós lançámos um concurso. Temos recursos das câmaras de Gaia e Porto para realizar esta ponte. Agora, não conhecendo as propostas, não nos podemos neste momento pronunciar”, apontou Moreira.

Ainda assim, o autarca do Porto acredita que o júri deverá, durante os primeiros dias de janeiro, enviar um relatório preliminar das propostas. Só nessa altura, os municípios do Porto e de Vila Nova de Gaia analisam se alguma delas é “exequível“.

O concurso público para a “Empreitada de Conceção-Construção da Ponte D. António Francisco dos Santos e Acessos” foi lançado a 25 de junho de 2021, pelo preço base de 38,5 milhões de euros.

A Metro do Porto diz que as obras estarão concluídas em final de 2024. A linha Rosa estará a funcionar em janeiro de 2025.

Rui Moreira

Presidente da Câmara Municipal do Porto

Já no que diz respeito à linha do metro, Rui Moreira espera que “não haja derrapagens” no cronograma das obras da linha Rosa, admitindo que “esta é uma obra que causa grande impacto na cidade“. Segundo o autarca, a Metro foi “sensível” às preocupações da câmara. “A Metro do Porto diz que as obras estarão concluídas em final de 2024. A linha Rosa estará a funcionar em janeiro de 2025“.

Recorde-se que o edil portuense manifestou a sua preocupação com “o impacto profundamente negativo gerado pela empreitada de construção da nova linha do metro”, num ofício enviado a 10 de novembro ao presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto.

Questionado pelos jornalistas sobre a futura ponte do metro, que integra o projeto da linha Rubi, o autarca do município portuense respondeu que a situação é, neste momento, “clara” e que tanto Porto como Gaia estão “mais tranquilos relativamente ao impacto da inserção daquela infraestrutura na malha urbana“.

Já a propósito do projeto da Estrada da Circunvalação –- que no âmbito da descentralização pode passar para a responsabilidade das autarquias –, Rui Moreira assegurou haver total acordo entre os quatro municípios envolvidos, ou seja, Porto, Maia, Matosinhos e Gondomar. “Quando houver recursos, do Portugal 2030 por exemplo, podem ter a certeza que o master plan da Circunvalação está feito, sufragado pelos quatro municípios e visto pela Área Metropolitana do Porto”.

O projeto desta estrada, que é propriedade da Infraestruturas de Portugal, ronda “os 25 a 30 milhões de euros”, segundo o autarca do município portuense. “Dificilmente faremos alguma coisa na dimensão que queremos com menos do que 25 a 30 milhões de euros, e fazendo isto pelo barato, não estamos a falar de modos de transporte”, realçou.

Para Moreira, este é um projeto com um “impacto muito significativo”, mas, ainda assim, o edil diz que todos os autarcas entendem que “as prioridades são outras” no âmbito da descentralização.

Já em setembro deste ano, a Câmara do Porto manifestou-se preocupada que a descentralização imponha a municipalização da Circunvalação que une os concelhos do Porto, Maia, Matosinhos e Gondomar. Em causa estão os custos inerentes. O vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Pedro Baganha, lamentou, na ocasião, que “a Infraestruturas de Portugal, que tem a propriedade e tutela daquela estrada, tenha proposto um envelope financeiro para a transferência daquela estrada para os municípios que não é, nem de longe nem de perto, compaginável com o investimento necessário para a transformação da Circunvalação”.

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