Mais de 60% do financiamento da Sonae já tem “enquadramento sustentável”
No último ano, o grupo liderado por Cláudia Azevedo refinanciou mais de 900 milhões de euros, com spreads associados a “metas ambiciosas” em indicadores ambientais, sociais e de corporate governance.
A Sonae anunciou esta sexta-feira ter completado “um conjunto muito significativo” de operações de financiamento indexadas ao desempenho em indicadores ambientais, sociais e de corporate governance (ESG na sigla inglesa), fazendo com que o grupo tenha atualmente contratualizadas operações de financiamento com enquadramento sustentável, Green ou ESG Linked de mais de mil milhões de euros.
Segundo o grupo liderado por Cláudia Azevedo, este valor representa agora mais de 60% das linhas de financiamento de médio e longo prazo das empresas consolidadas integralmente pela Sonae, entre linhas utilizadas e disponíveis, tendo assim atingido a meta que tinha fixado. No caso da holding, particulariza, a percentagem é já de 92% e na MC (retalho alimentar) de 56%.
“Só nos últimos 12 meses refinanciámos mais de 900 milhões de euros, com spreads associados a metas ambiciosas para indicadores ESG. Isto só é possível porque na Sonae estamos empenhados em crescer com responsabilidade e não hesitamos em assumir compromissos financeiros que dependem do nosso impacto nas pessoas, nas comunidades e no planeta”, destaca o diretor financeiro, João Dolores.
Só nos últimos 12 meses refinanciámos mais de 900 milhões de euros, com spreads associados a metas ambiciosas para indicadores ESG [Environmental, Social & Governance].
Em comunicado enviado às redações, o conglomerado nortenho, que no mês passado apresentou uma nova identidade corporativa, sublinha que estas operações financeiras “demonstram o reconhecimento da estratégia de desenvolvimento sustentável do grupo por um conjunto muito alargado de instituições bancárias nacionais e internacionais”.
Os acordos celebrados “reforçam a posição de liquidez, aumentam a maturidade média da dívida e reduzem os custos de financiamento”, estando os spreads destas operações indexados ao desempenho das empresas do universo Sonae na promoção da presença de mulheres em cargos de liderança, à redução das emissões de CO2 e ao aumento da taxa de reciclagem dos resíduos gerados nos centros comerciais.
A Sonae, que vai transformar o campus da Maia num laboratório de inovação sustentável, foi selecionada em janeiro para integrar o Bloomberg 2022 Gender-Equality Index (GEI), que inclui na edição deste ano um total de 418 empresas de meia centena de setores — o financeiro, tecnológico e das utilities são os mais representados — e provenientes de 45 países.
Desde que a filha de Belmiro de Azevedo ascendeu à presidência executiva em 2019, deixando a Sonae Capital e sucedendo a Paulo Azevedo e Ângelo Paupério na chefia da holding, o grupo tem vindo a reforçar a liderança e a fazer crescer (por via orgânica e aquisições) os vários negócios que explora no retalho, telecomunicações, imobiliário, tecnologias ou gestão de investimentos, dentro e fora do país. Os dados mais recentes, relativos aos últimos 12 meses acabados em setembro de 2021, mostram um volume de negócios consolidado de 6,9 mil milhões de euros.
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