Portugal cada vez mais longe da autossuficiência em cereais
Atualmente, os níveis de aprovisionamento estão nos 10%, menos de metade do nível registado em 2018. A meta passava por chegar aos 40% em 2023.
A dependência de Portugal face ao exterior no que toca à autossuficiência de cereais tem vindo a agravar-se e a estratégia desenhada pelo Governo não tem invertido a situação, pelo contrário. De acordo com o Público, a taxa de aprovisionamento de trigo em Portugal é de 6,3%, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), e a de milho é de 23,7%. A maioria dos cereais consumidos em território nacional vem de importações.
Também esta sexta-feira, o Expresso avançou que Portugal está longe das metas a que se propôs para 2023 na Estratégia Nacional para a Produção de Cereais aprovada em 2018, na qual se preconiza uma autossuficiência de 50%, o que correspondia a 80% no arroz, 50% no milho e 20% noutros cereais. Neste momento, os níveis de aprovisionamento estão nos 10%, menos de metade do nível registado em 2018.
Este é o resultado de três choques: em primeiro lugar a pandemia, em segundo a seca e em terceiro a guerra na Ucrânia. Além desses fenómenos, de acordo com o Público, os produtores de cereais atribuem a culpa à Política Agrícola Comum (PAC) que liberalizou a produção agrícola desde 2005. “Cultivou-se o que o mercado pediu e agora estamos num beco sem saída”, diz Francisco Palma, presidente da Associação de Agricultores do Baixo Alentejo (AABA).
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Portugal cada vez mais longe da autossuficiência em cereais
{{ noCommentsLabel }}