Berlim rejeita dívida comum da UE para financiar reconstrução da Ucrânia
"A Alemanha rejeita um fundo adicional sobre o modelo do mecanismo NextGenerationEU", disse o ministro das Finanças alemão, travando a ideia da Comissão de emitir nova dívida.
Berlim rejeita uma nova dívida comum europeia segundo o modelo do plano de recuperação pós-covid-19 para financiar a reconstrução da Ucrânia, disse esta sexta-feira o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner.
A Comissão Europeia (CE) disse esta semana que estava a considerar um novo empréstimo conjunto da UE a Kiev. “A Alemanha rejeita um fundo adicional sobre o modelo do mecanismo NextGenerationEU” lançado no contexto da pandemia, disse Lindner numa conferência de imprensa depois de uma reunião do G7 sobre a ajuda à Ucrânia. “Esta foi uma oportunidade única“, com fundos que “ainda não foram totalmente utilizados”, acrescentou.
O Governo alemão não apoia uma tal proposta, declarou Lindner, contrapondo que Berlim favorece mecanismos mais tradicionais de “apoio financeiro a países terceiros” já experimentados e testados pela UE, disse. Este projeto, mencionado em meados de maio pela CE, consiste num instrumento financeiro apoiado pelo orçamento europeu, que permitiria a concessão de empréstimos e subvenções à Ucrânia.
Estes empréstimos e subvenções à Ucrânia seriam condicionados por reformas nos domínios do Estado de direito e da luta contra a corrupção, e por investimentos alinhados com os objetivos europeus em matéria digital e climática.
A Comissão afirmou que o mecanismo se basearia “na experiência da UE com o Mecanismo de Recuperação e Resiliência”, o principal instrumento do plano de recuperação europeu para apoiar os países da UE na crise da covid-19, financiado de forma sem precedentes por uma dívida comum.
No entanto, a ideia de uma nova dívida comum está a ser rejeitada pelos denominados países “frugais” do Norte. Historicamente contra qualquer ideia de dívida comum, a Alemanha, então liderada por Angela Merkel, surpreendeu os comentadores por estar na origem, com a França, deste mecanismo para responder ao impacto da pandemia.
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