Situação de seca severa e extrema em Portugal piorou em junho
Ministério da Agricultura alerta que todo o território continental se encontra em situação de seca extrema ou severa, situação que irá afetar a atividade agrícola nos próximos meses.
A situação de seca severa e extrema em Portugal continental agravou-se durante o mês de junho.
Num despacho publicado, esta segunda-feira, em Diário da República, o Ministério da Agricultura informa que com base nos “dados registados no âmbito da monitorização agrometeorológica e hidrológica relativos ao presente ano hidrológico, a situação de seca em Portugal continental, após uma ligeira melhoria nos meses de março e abril, voltou a apresentar um agravamento significativo nos meses de maio e junho de 2022 com consequentes impactos negativos na atividade agrícola”.
A avaliação, feita com base no índice PDSI – Palmer Drought Severity Index revela que em maio agravou-se a intensidade de seca quando comparado com meses anteriores, com cerca de 97,1 % do território na classe de seca severa e 1,4 % na classe de seca extrema, situação que sofreu um agravamento na primeira quinzena de junho “com a totalidade do território continental em situação de seca severa ou extrema”.
A causa deste agravamento, explica o despacho, prende-se com o “défice de precipitação acumulada acentuado”, 408 milímetros inferior à normal em 15 de junho, e ainda “o valor médio da temperatura média do ar muito superior ao valor ao normal”, dados que coincidem com a informação recolhida pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e partilhada com o ECO/Capital Verde.
“Desde o final do ano de 2021 tem-se verificado uma descida no volume armazenado em grande parte das bacias hidrográficas, sendo de realçar que todo este ano hidrológico se caracteriza por registar armazenamentos totais inferiores à média, devido à ocorrência de reduzidas afluências às albufeiras, resultantes de precipitações pouco significativas ou nulas durante o ano hidrológico e ao volume consumido para os diversos consumos”, lê-se ainda no despacho.
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