Greve na IP levou à supressão de 72% dos comboios até às 18h
Entre as 00:00 e as 18:00 estavam programados 982 comboios e foram efetuados 275, dos quais 14 de longo curso, 63 regionais, 138 urbanos de Lisboa e 60 urbanos do Porto.
A CP suprimiu 707 dos 982 comboios programadas entre as 00:00 e as 18:00 desta quinta-feira, devido à greve dos trabalhadores do controlo ferroviário, da Infraestruturas de Portugal (IP), disse à agência Lusa fonte oficial da empresa. Ou seja, ficaram por realizar 72% dos comboios programados.
De acordo com o balanço feito pela CP – Comboios de Portugal à Lusa, entre as 00:00 e as 18:00 estavam programados 982 comboios e foram efetuados 275, dos quais 14 de longo curso, 63 regionais, 138 urbanos de Lisboa e 60 urbanos do Porto.
Este é o segundo dia de greve convocada pela Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário (Aprofer).
O primeiro dia de greve destes trabalhadores da IP realizou-se na terça-feira, tendo levado a CP a suprimir 903 das 1.274 ligações programadas entre as 00:00 e as 22:00, isto é, foram cancelados 70,9% dos comboios previstos.
A CP já tinha informado que previa “fortes perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, em todos os serviços” durante os dois dias da greve.
Aviso idêntico tinha igualmente sido feito pela Fertagus.
A IP – Infraestruturas de Portugal, empresa gestora da rede ferroviária, informou na sua página da internet que durante a greve garantiria “a abertura de 30% do seu canal ferroviário para o serviço Urbanos – Lisboa e Porto, e 25% para as restantes circulações, nos termos dos serviços mínimos acordados” com a Aprofer.
A greve abrange os cerca de 300 trabalhadores do Comando e Controlo Ferroviário da IP, que regulam a pontualidade e a segurança de 100% das circulações ferroviárias e que estão concentrados nas estações de Braço de Prata, Contumil e Setúbal, ou seja, nos centros de comando operacionais (CCO) de Lisboa, do Porto e de Setúbal.
Segundo o presidente da Aprofer, Adriano Filipe, na base do conflito laboral está a reivindicação de um sistema de formação profissional próprio para os centros de comando operacionais, de um sistema de avaliação e desempenho específico para estas funções e de uma atualização nas remunerações.
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