Moção de censura ao Governo chumbada no Parlamento

Moção de censura do Chega trouxe a debate as falhas na saúde e as medidas do Governo para lidar com o aumento do custo de vida, mas acabou chumbada.

O Governo enfrentou esta quarta-feira a primeira moção de censura, mas esta acabou chumbada. O documento apresentado pelo Chega serviu para o primeiro-ministro se tentar defender-se, na Assembleia da República, relativamente aos problemas nos serviços de saúde.

A moção de censura apontou ainda o dedo à subida do preço dos combustíveis e à “completa falta de articulação no seio do Governo e desautorização e fragilização extrema de alguns ministros”, sobretudo depois do mal-estar gerado pelo despacho relativo ao futuro do aeroporto de Lisboa.

A moção acabou chumbada com os votos a favor do Chega, a abstenção do PSD e Iniciativa Liberal e os votos contra do PS, PCP, Bloco de Esquerda e dos deputados únicos do PAN e do Livre.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presidente da Segurança Social nega corte no número de subsídios de educação especial

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

A presidente do Instituto da Segurança Social diz que se registou um aumento de 20% nos processos pagos em comparação com o ano passado.

A presidente do Instituto da Segurança Social (ISS), Catarina Marcelino, negou hoje que haja menos crianças apoiadas com o subsídio de educação especial, garantindo que houve um aumento de 20% nos processos pagos em comparação com o ano passado.

A ser ouvida na Comissão de Segurança Social e Inclusão, na Assembleia da República, a presidente do ISS afirmou haver “um equívoco” em relação a notícias sobre a atribuição do subsídio de educação especial, uma prestação paga para assegurar a compensação de encargos relativos a apoio a crianças e jovens com deficiência, garantindo que “não houve cortes”.

Em meados de junho, vários órgãos de comunicação social noticiaram que um em cada quatro subsídios de educação especial tinha sido cortado entre janeiro e abril e que as famílias estariam a ser confrontadas com cortes indiscriminados, numa altura em que famílias e terapeutas organizaram um protesto frente à segurança social de Vila Nova de Gaia.

Segundo a presidente do ISS, trata-se de uma prestação que não é paga de forma mensal, mas sim com a apresentação da fatura pelo pagamento dos apoios, e que pode ser paga em várias parcelas consoante as faturas dão entrada nos serviços da segurança social.

Catarina Marcelino explicou que o reconhecimento do direito ao subsídio carece de uma declaração médica comprovativa da natureza da deficiência, sendo que quando há insuficiente justificação da necessidade do apoio, o ISS envia o pedido para ser avaliado por equipas multidisciplinares de avaliação médico-pedagógica.

De acordo com a responsável, no atual ano letivo 2021/2022 já entraram na segurança social 32 mil requerimentos, dos quais 22 mil até ao mês de outubro, “um incremento de 14% face ao ano letivo anterior, em que entraram 28 mil requerimentos”.

Adiantou que todos os processos foram enviados para as outras entidades responsáveis, a Direção-geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEST), estabelecimentos do ensino profissional e equipas de intervenção precoce, para respetiva análise, tendo recebido de volta até hoje 20 mil processos devidamente analisados.

“Destes 20 mil processos recebidos, a segurança social procedeu ao diferimento de 17 mil apoios, ou seja, 85% dos apoios que vieram informados destas entidades têm direito ao subsídio”, salientou.

Acrescentou que após o deferimento, o pagamento do subsídio é feito assim que é apresentada a fatura pelo pagamento dos serviços feito pelas famílias, “o que muitas vezes só acontece muito tempo depois da notificação do deferimento”.

Catarina Marcelino revelou que neste ano letivo já foram pagos 9.300 pedidos, no valor global de 13,1 milhões de euros, enquanto no período homólogo, até junho, “haviam sido pagos 7.600 pedidos, num montante de 9,1 milhões de euros”. “no mesmo período, e um aumento de 40% do valor paEstamos a falar de um aumento de 20% no número de processos pagos este ano face ao ano anterior, go a título de subsídio de educação especial”, disse a presidente do ISS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Organizações ambientalistas prometem ações jurídicas contra classificação de nuclear e gás como ‘energias verdes’

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

Greenpeace garantiu que irá analisar medidas jurídicas contra a Comissão sobre a inclusão do gás fóssil e da energia nuclear na lista de investimentos sustentáveis da União Europeia.

As organizações ambientalistas internacionais Greenpeace e WWF prometeram ações contra a inclusão do gás natural e da energia nuclear na lista de investimentos sustentáveis da UE, após os eurodeputados não terem, esta quarta-feira, conseguido vetar a medida.

Em comunicado, a Greenpeace anunciou que tomará medidas jurídicas contra a Comissão Europeia sobre a inclusão do gás fóssil e da energia nuclear na lista de investimentos sustentáveis da União Europeia (UE), a taxonomia, após o Parlamento Europeu não ter conseguido reunir votos suficientes para bloquear o controverso plano da Comissão.

Antes da ação judicial poder ter lugar, a Greenpeace apresentará um pedido formal de revisão interna da taxonomia à Comissão Europeia e, se o resultado foi negativo, apresentará uma queixa junto do Tribunal de Justiça da UE.

Por seu lado, a WWF anunciou que, em conjunto com outras organizações ambientalistas, irá “explorar todas as vias potenciais de ação futura para pôr termo a esta lavagem verde e proteger a credibilidade de toda a taxonomia da UE”.

O Parlamento Europeu validou esta quarta-feira a classificação do nuclear e do gás como fontes de energia economicamente sustentáveis do ponto de vista ambiental, ao rejeitar uma moção que se opunha à polémica proposta da Comissão Europeia.

Para a proposta do executivo comunitário ser vetada, a moção precisava de reunir 353 votos na votação realizada no hemiciclo de Estrasburgo, França, mas teve apenas 278 votos a favor (328 contra e 33 abstenções), pelo que o ato delegado sobre a taxonomia (sistema de classificação para investimentos ‘verdes’) deverá entrar em vigor a partir de 1 de janeiro do próximo ano, caso o Conselho (Estados-membros) também não levante objeções até à próxima segunda-feira.

Em março passado, a Comissão Europeia propôs um regulamento delegado denominado “taxonomia climática da UE” para incluir atividades específicas nos domínios da energia nuclear e do gás, sob determinadas condições, na lista de atividades económicas sustentáveis do ponto de vista ambiental.

Uma vez que a Comissão Europeia considera que o investimento privado em atividades relacionadas com o gás e a energia nuclear tem um papel a desempenhar na transição ecológica, propôs a classificação de determinadas atividades nestes domínios como atividades de transição que contribuem para atenuar as alterações climáticas, podendo assim beneficiar de fundos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preço dos combustíveis desce em maio, enquanto petróleo sobe

O preço médio de venda ao público do gasóleo e da gasolina em Portugal contrariam a tendência ascendente verificada no mercado internacional de petróleo e derivados durante o mês de maio.

Os preços de venda ao público (PVP) médio do gasóleo e da gasolina em Portugal, contrariaram o comportamento do barril de petróleo e seus derivados nos mercados internacionais, ao registarem, em maio, descidas de 4% e 1%, respetivamente, face ao mês anterior.

De acordo com o boletim de mercado de combustíveis e GPL divulgado, esta quarta-feira, pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), o PVP da gasolina simples 95 passou de 2,020 euros por litro em abril, para 2 euros por litro em maio, enquanto o gasóleo desceu de 1,980 euros para 1,893 euros por litro.

Esta desvalorização no preço dos combustíveis não se verificou no mercado internacional, uma vez que, de acordo com os dados do regulador, em maio, o preço do gasóleo e da gasolina no mercado North West Europe (NWE, na sigla em inglês) aumentaram face a abril refletindo, também, o aumento do preço do barril de petróleo. O aumentou mais acentuado verificou-se na cotação da gasolina, que subiu 21,6%, seguindo-se o jet fuel (+7%), o gasóleo (+2,8%) e o GPL Auto (+0,4%).

Já as cotações dos gases de petróleo liquefeito (butano e propano), na Europa, aumentaram, em maio, 4,7% e 0,4%, tendo o butano negociado, em média, 13,48% acima do propano. O aumento também se verificou no preço spot do WTI e o barril do Brent que aumentaram, ambos, 7,4%, para um valor médio de 109,51 dólares e 13,05 dólares, respetivamente, isto quando comparado com o barril negociado em abril.

O motivo prende-se com o sexto pacote de sanções da União Europeia que visa avançar com um embargo a produtos derivados de petróleo com origem russa, com a exceção das importações através de parte do oleoduto de Druhzba com destino à Hungria, República Checa e Eslováquia. Até ao final deste ano, a ambição é cortar por completo as as importações de petróleo e derivados com origem russa.

Hipermercados continuam a ser mais baratos para abastecer

Tal como no mês anterior, a ERSE conclui que os hipermercados continuam a apresentar as ofertas mais competitivas, tanto para o gasóleo como para a gasolina simples 95.

Segundo o boletim, a gasolina esteve 1,2% abaixo dos operadores do segmento low cost e 5,7% inferiores aos dos postos de abastecimento que operam sob a insígnia de uma companhia petrolífera, representando uma diferença de 9,3 cêntimos por litro (cent/l). No gasóleo, os hipermercados apresentaram, em maio, preços médios de cerca de 8,9 cent/l abaixo do PVP médio nacional enquanto o preço da oferta low cost esteve 0,4% acima do preço dos hipermercados.

Quanto à localidade Bragança, Beja e Faro foram os distritos onde a gasolina e gasóleo estiveram mais caros. Em sentido contrário, Castelo Branco e Braga são os distritos que apresentam combustíveis rodoviários mais baratos em Portugal Continental.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Libra esterlina cai face ao dólar para mínimo desde março de 2020

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

A moeda britânica estava a perder em relação à moeda americana devido às crescentes preocupações sobre uma crise económica global e também à fraqueza da economia britânica.

A libra esterlina caiu para o nível mais baixo face ao dólar em mais de dois anos, tendo sido negociada abaixo de 1,19 dólares, um mínimo desde março de 2020, quando o Reino Unido entrou em confinamento para conter a pandemia.

A moeda britânica estava a perder em relação à moeda americana, disseram os analistas, devido às crescentes preocupações sobre uma crise económica global devido ao aumento dos preços da energia e também à fraqueza da economia britânica.

A libra tocou 1,189 dólares na terça-feira, o valor mais baixo desde março de 2020, enquanto esta quarta-feira estava a ser negociada a 1,197 dólares.

A inflação anual no Reino Unido subiu para 9,1%, mas o Banco de Inglaterra advertiu que poderia atingir 11% até ao final do ano se a economia estagnar.

Os analistas também salientaram que existem preocupações em todo o mundo acerca de uma recessão nos EUA e na Europa, mas salientaram que a crise política no Reino Unido, na sequência das demissões na terça-feira de dois ministros (Rishi Sunak nas Finanças e Sajid Javid na Saúde) não pareceu ter impacto na libra.

Em junho, o Banco de Inglaterra aumentou as taxas de juro de 1% para 1,25%, o nível mais elevado em 13 anos, para combater a subida da inflação provocada pelo aumento dos preços da energia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxas Euribor caem a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

Euribor a seis meses recuou para 0,226%, enquanto no prazo de três meses caiu para -0,152%. Euribor a 12 meses cai para 0,839%.

As taxas Euribor desceram esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, recuou hoje, pela quinta sessão consecutiva, para 0,226%, menos 0,008 pontos, contra 0,291% em 17 de junho, um máximo desde setembro de 2014.

A média da Euribor a seis meses subiu de -0,144% em maio para 0,162% em junho.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

No mesmo sentido, no prazo de três meses, a Euribor baixou esta quarta-feira, ao ser fixada em -0,152%, menos 0,007 pontos e contra o -0,145%, um novo máximo desde fevereiro de 2016 verificado em 05 de julho.

A média da Euribor a três meses, a única que está em terreno negativo, subiu de -0,386% em maio para -0,239% em junho.

A Euribor a 12 meses também caiu hoje, ao ser fixada em 0,839%, menos 0,100 pontos e contra 1,124% em 17 de junho, um máximo desde agosto de 2012.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,287% em maio para 0,852% em junho.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses entraram em terreno negativo em 21 de abril de 2015, 6 de novembro de 2015 e 5 de fevereiro de 2016, respetivamente.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parlamento Europeu aprova classificação do gás e energia nuclear como verdes

Alguns projetos de gás e energia nuclear vão passar a poder ser considerados verdes, de acordo com as linhas guia europeias.

O Parlamento Europeu votou esta quarta-feira a favor de classificar alguns projetos de gás natural e energia nuclear como verdes, ou seja, integrá-las na taxonomia europeia que lista os investimentos considerados alinhados com a transição energética e objetivos climáticos do bloco, avança o The New York Times.

Este resultado significa que alguns projetos nas áreas do gás ou de energia nuclear serão um alvo admissível para os investidores que se posicionem como respeitadores dos princípios ambientais, sociais e de governança, ou ESG, na sigla em inglês.

Esta proposta da Comissão Europeia teve luz verde em Estrasburgo, em França, através da não- aprovação de uma moção que se opunha à iniciativa de Bruxelas. Para a proposta do executivo comunitário ser vetada, a moção precisava de reunir 353 votos, mas teve apenas 278 votos a favor, abaixo dos 328 contra, registando-se ainda 33 abstenções.

De acordo com a Bloomberg, a regulação estará em vigor já no início do próximo ano, a não ser que o Conselho Europeu (Estados membros) levante objeções até à próxima segunda-feira, informa a Lusa.

De acordo com o NYT, tanto dentro do Parlamento como fora do edifício soaram protestos na altura da aprovação. Esta iniciativa não é consensual, sobretudo no que diz respeito ao gás natural.

O Institutional Investors Group on Climate Change (IIGCC), um grupo de investidores que gere um total de 50 biliões de dólares e inclui pesos pesados como o Blackrock, criticou a inclusão desta fonte de energia na taxonomia, mas não da energia nuclear, uma vez que têm impactos ambientais distintos.

Os ambientalistas apelaram ao chumbo da proposta. A portuguesa Zero, em comunicado, afirma que “é urgente reorientarmos o financiamento privado para garantirmos a independência energética da União Europeia”, respeitando a estratégia Repower EU, que ” exigirá, entre outros aspetos, uma enorme quantidade de investimentos para expandir os sistemas de energia renovável em todo o continente”.

A mesma associação indica que o gás natural traduz-se na emissão, aquando da sua queima, de grandes quantidades de gases com efeito de estufa nocivos para o clima, bem como ao longo de toda a cadeia de extração e transporte, nomeadamente metano.

No que diz respeito ao nuclear, a principal crítica é que “não oferece nenhuma solução de curto ou médio prazo para enfrentar tanto a atual crise energética quanto a crise climática”, já que as centrais nucleares levam 10 a 19 anos desde o respetivo planeamento até à data da operação. Ao mesmo tempo, consideram que não é uma energia neutra do ponto de vista ambiental tendo em conta os resíduos nucleares radioativos, e apontam que o risco de acidentes catastróficos permanece. No que toca à independência energética, a Zero ressalva que 20% do urânio da União Europeia é importado da Rússia.

(Notícia atualizada às 16h11 com mais informação sobre a moção)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Controlauto da Brisa compra concorrente nortenha Globaltest

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

Empresa de inspeção técnica de automóveis liderada por Eduardo Ramos passa a controlar os cinco centros da Globaltest instalados em Barcelos, Famalicão, Gaia e Oliveira de Azeméis.

A empresa de inspeção técnica de automóveis Controlauto, do grupo Brisa, anunciou hoje ter chegado a acordo para a aquisição da congénere Globaltest, que opera na região norte do país, por um valor não divulgado.

“Esta operação faz parte dos planos de crescimento da Controlauto e também do grupo Brisa”, refere a empresa em comunicado.

Segundo salienta, “a rede de centros de inspeção Controlauto será mais abrangente do ponto de vista geográfico, designadamente no norte do país, onde a Globaltest opera cinco centros de inspeção automóvel, com uma experiência de quase 30 anos”.

Ainda de acordo com a empresa, “a operação foi comunicada nos termos legais à Autoridade da Concorrência, aguardando a sua aprovação para a conclusão do negócio”.

Citado no comunicado, o presidente do conselho de administração da Controlauto, Eduardo Ramos, afirma que “a aquisição da Globaltest é relevante para a consolidação da liderança da Controlauto e do seu compromisso com a segurança rodoviária dos automobilistas portugueses”.

Constituída em 1993, a Controlauto presta serviços de inspeção técnica a veículos automóveis ligeiros e pesados em Portugal.

Com a operação agora anunciada, a empresa diz “aumenta[r] a capacidade de acesso dos portugueses a um serviço de inspeção automóvel de elevada qualidade, com impacto na segurança rodoviária e na redução da pegada de carbono do tráfego automóvel”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

DCIAP faz buscas na Douro Azul de Mário Ferreira

Em causa estarão indícios de alegada fraude fiscal e branqueamento no negócio da compra e venda do navio Atlântida.

O DCIAP realizou esta quarta-feira buscas na Douro Azul, empresa de Mário Ferreira, avançam o Expresso e a RTP. Porém, contactada pelo ECO, a Procuradoria-Geral da República ainda não confirmou as diligências.

Em causa estarão indícios de alegada fraude fiscal e branqueamento no negócio da compra e venda do navio Atlântida. Este processo, que envolve a empresa que se dedica ao negócio dos cruzeiros no Douro, está a ser conduzido pelo DCIAP e também pela Autoridade Tributária. As autoridades estarão a investigar suspeitas de eventual fraude fiscal na venda do ‘Atlântida’ por 17 milhões de euros a uma firma norueguesa.

O advogado de Mário Ferreira, Nuno Bizarro, diz que estão a colaborar com as autoridades e confirma as buscas: “Não posso confirmar mais porque está em segredo de Justiça”.

Numa publicação no Facebook, a propósito da manchete de hoje do Correio da Manhã, Mário Ferreira disse que “o Correio da Manhã uma vez mais lança um ataque feroz”, relembrando que “o meu ‘amigo’ Paulo Fernandes, em maio de 2020, prometeu-me que me destruiria a vida caso eu avançasse com a compra da Media Capital. Eles sabem que não estou acusado de nada, não sou arguido em nenhum processo”, diz.

Paralelamente, na passada sexta-feira, o Banco Português de Fomento anunciou que tinha aprovado as candidaturas de 12 empresas, entre as quais a Pluris Investments, do empresário Mário Ferreira, ao Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) no valor de quase 77 milhões de euros. Segundo o jornal “Público”, Mário Ferreira vai ficar com 40 milhões de euros para um “aumento de capital da empresa de navios turísticos Mystic Cruises”. Ao jornal, o empresário garantiu que se trata apenas de um empréstimo.

O empresário Mário Ferreira é um dos acionistas do ECO.

À luz da notícia das buscas, o Grupo Mystic Invest/Douro Azul, do empresário Mário Ferreira, manifestou “tranquilidade e total disponibilidade” para esclarecer as autoridades e facultar o “pleno acesso” à documentação e a uma auditoria interna sobre o negócio do navio Atlântida.

Num comunicado, o grupo empresarial “confirma a realização de buscas às suas instalações no Porto pela Autoridade Tributária e Aduaneira e pelo DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal], no âmbito das dinâmicas de denúncia da Dra. Ana Gomes sobre a aquisição do navio Atlântida e a concretização de uma solução para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo”.

“Depois de meses de reiteradas suspeitas, denúncias e afins nos media e nas redes sociais da Dra. Ana Gomes (…), na sequência da compra do Grupo Media Capital, há finalmente uma oportunidade para o esclarecimento total das autoridades, com pleno acesso à documentação existente e a uma auditoria interna realizada aos processos em causa”, lê-se no comunicado.

A nota salienta que, “depois das campanhas negras”, o Grupo Mystic Invest/Douro Azul está “totalmente disponível para esclarecer tudo” junto das autoridades.

“A auditoria realizada no quadro do rigor e exigência que norteiam as atividades das empresas do grupo comprometidas com o desenvolvimento regional e nacional, com a criação de emprego e com a valorização de ativos, certamente contribuirá para o cabal esclarecimento da campanha negra que alguns insistem em promover em relação a quem gera riqueza e desenvolvimento para o país”, sublinha o grupo empresarial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Duas novas demissões no Governo britânico aumentam pressão sobre Boris Johnson

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

O secretário de Estado das Crianças e da Família e uma assistente do Secretário de Estado dos Transportes são as mais recentes demissões do Governo britânico.

Mais dois membros do Governo britânico anunciaram esta quarta-feira a sua demissão, um dia depois das saídas dos ministros da Saúde e das Finanças, aumentando a pressão sobre o primeiro-ministro conservador, Boris Johnson, envolvido numa onda de escândalos.

O secretário de Estado das Crianças e da Família, Will Quince, disse não ter “escolha” depois de ter repetido “de boa fé” aos meios de comunicação social elementos fornecidos pelos serviços do primeiro-ministro “que se revelaram imprecisos”.

Por sua vez, Laura Trott renunciou ao cargo de assistente do Secretário de Estado dos Transportes, julgando que a confiança no Executivo liderado por Boris Johnson estava “perdida”.

Ao todo, nas últimas 24 horas demitiram-se 12 membros do Governo, segundo a estação pública britânica BBC, a maioria deputados que eram conselheiros e assistentes.

No entanto, Boris Johnson parece determinado em lutar pela sobrevivência e anunciou rapidamente uma remodelação, com o ministro da Educação, Nadhim Zahawi, a passar para a pasta das Finanças, e Steve Barclay, chefe de gabinete, para a Saúde.

Além do debate semanal no Parlamento, ao fim da manhã desta quarta-feira, Boris Johnson vai ser questionado hoje à tarde pelos presidentes das principais comissões parlamentares, incluindo alguns dos críticos mais vocais dentro do Partido Conservador.

A mais recente crise foi causada pela admissão de Johnson de que cometeu um “erro” ao nomear Chris Pincher para o Governo em fevereiro como responsável pela disciplina parlamentar.

Pincher demitiu-se na semana passada após ter sido acusado de ter apalpado dois homens.

Na terça-feira, depois de alegar o contrário, Downing Street reconheceu que o primeiro-ministro tinha sido informado já em 2019 de antigas acusações contra Pincher, mas que teria esquecido o assunto.

Horas depois, no final do dia, os ministros da Saúde, Sajid Javid, e das Finanças, Rishi Sunak, anunciaram a demissão com poucos minutos de intervalo, cansados dos repetidos escândalos que abalam o Governo há meses, seguidos por outros membros menos graduados da equipa governativa.

Num texto publicado esta quarta-feira no jornal Daily Telegraph, o ex-secretário de Estado para o ‘Brexit’ (processo de saída do Reino Unido da União Europeia) David Frost, que também se demitiu em dezembro, avisou que se Boris Johnson continuar “corre o risco de arrastar o partido e o Governo com ele”.

Consideravelmente enfraquecido pelo escândalo das “festas” em Downing Street durante a pandemia de Covid-19 e uma série de escândalos sexuais no Partido Conservador, Boris Johnson sobreviveu a uma moção de censura interna no início de junho.

O contexto económico também é particularmente delicado, com a inflação no nível mais alto em 40 anos, 9,1% em maio, e uma crescente agitação social.

De acordo com uma sondagem do Instituto YouGov, divulgada na noite de terça-feira, 69% dos eleitores britânicos acreditam que Boris Johnson deveria demitir-se.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ANA diz que responsabilidade por cancelamentos é das companhias aéreas e não do aeroporto

O presidente executivo da concessionária dos aeroportos diz que ranking que colocou Humberto Delgado em último é uma "montagem coxa realizada por uma empresa comercial".

O presidente da ANA justifica os constrangimentos no aeroporto com as dificuldades dos diferentes agentes que nele atuam, face à rápida recuperação do tráfego aéreo. Garante que a concessionária cumpre quase na íntegra os níveis de serviço e que situação no controlo de fronteiras está “normalizada”. Os cancelamentos são, sobretudo, responsabilidade das companhias aéreas, defende.

“Portugal é o país que lidera a recuperação de tráfego na Europa”, garante Thierry Ligonnière. Essa é também uma razão porque os aeroportos estão a enfrentar constrangimentos. “Passámos da situação em que todos os aviões estavam no chão, em 2020, para uma situação de retoma do tráfego muito dinâmica. Em alguns aeroportos estamos acima de 2019 e portanto esta evolução muito rápida do tráfego, acima das previsões do setor, acabou por surpreender uma parte dos atores do transporte aéreo”.

O CEO da ANA reconheceu que existiram “problemas graves com alguns subsistemas, um deles é o controlo de fronteiras, do SEF”. Mas salientou que “o trabalho que foi feito com o ministério e a direção nacional do SEF produziu resultados muito tangíveis durante as últimas semanas”. “Há uma melhoria notável no tempo de espera no controlo de fronteira desde 18 de junho. A situação está normalizada”, garantiu.

Defende, por isso, que os cancelamentos que têm existido no Humberto Delgado são responsabilidade sobretudo das companhias aéreas. “As dificuldades que temos observado no aeroporto de Lisboa, elas não têm a ver com a natureza da infraestrutura, ou seja com a questão do controlo de fronteiras ou o número de postos instalados”, afirmou o responsável. Os cancelamentos que temos visto agora, a resposta é mais do lado das companhias áreas, porque os cancelamentos são decididos pelas companhias aéreas“, acrescentou.

Thierry Ligonnière afirmou que a ANA está a cumprir os níveis de serviço, nomeadamente no controlo de segurança ou na entrega das bagagens (que tem intervenção também dos handlers). Só ficou abaixo na disponibilidade de tapetes rolantes, que foi de cerca de 96% em vez dos 98% a que está obrigada.

O responsável foi também muito crítico do ranking que considerou o Humberto Delgado como o pior aeroporto da Europa. “É uma montagem coxa realizada por uma empresa comercial que se alimenta de indemnizações reclamadas às companhias aéreas”, afirmou. Thierry Ligonnière considerou que a classificação feita pela AirHelp usa “fontes obscuras”, “sem indicação da amostragem ou discrição da metodologia”, que usa critérios ponderados de “forma arbitrária”. Salientou ainda que os aeroportos portugueses venceram vários prémios nos últimos anos, com o Sá Carneiro a ser já este ano considerado o melhor da Europa pela ACI, uma “entidade credível e independente”.

A solução para o novo aeroporto também foi abordada, com José Luís Arnault, chairman da concessionária, a dizer que “não cabe à ANA tomar opções sobre decisões aeroportuárias. É ao Governo. Não há nenhuma decisão. Não vamos entrar nesse debate. Vamos colaborar para que a decisão tomada seja a melhor para o país. Há um sentido de urgência grande”. “Estamos disponíveis para investir o mais rapidamente possível na expansão da capacidade aeroportuária na região de Lisboa”, disse, por sua vez, o CEO da ANA.

O presidente do conselho de administração da ANA, José Luís Arnault, e o CEO, Thierry Ligonnière, estão a ser ouvidos esta manhã na Comissão de Economia, Obras. Públicas, Planeamento e Habitação do Parlamento, a pedido do PSD.

A solicitação surgiu na sequência da divulgação de um ranking mundial dos aeroportos, elaborado pelo site alemão AirHelp, que se dedica à defesa dos passageiros aéreos, onde o Humberto Delgado surge na última posição em 132 aeroportos. O Sá Carneiro, no Porto, é o oitavo pior.

Nos últimos dias têm sido frequentes os cancelamentos no aeroporto de Lisboa. Entre sábado e terça-feira a ANA contabilizava cerca de 160 cancelamentos. Um cenário que não é exclusivo de Portugal e está a acontecer um pouco por toda a Europa.

Os constrangimentos têm sido justificados com as dificuldades operacionais sentidas por companhias áreas, empresas de handling e serviços de emigração devido à falta de pessoal, numa altura em que o tráfego aéreo está muito perto e em alguns casos mesmo acima dos níveis de 2019. Segundo cálculos da Oxford Economics, citados pelo Financial Times, em setembro de 2021 havia menos 2,3 milhões de trabalhadores na indústria da aviação do que no início da pandemia.

A exigência do trabalho, o salário pago e a concorrência de outros setores como a restauração e o turismo têm dificultado a contratação de pessoal. A sobrecarga sobre os que estão empregados no setor tem sido pretexto para greves em vários países europeus, que também provocam atrasos e cancelamentos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Atualizar pensões em Espanha pode custar 13 mil milhões com inflação

A inflação em Espanha pode levar a encargos adicionais de 13 mil milhões de euros com as pensões indexadas ao IPC, mas estimativas vão até aos 1.800 milhões extra por cada ponto adicional na inflação.

Com a inflação espanhola a ultrapassar os 10% em junho, um recorde desde os anos 80, a Autoridade Independente para a Responsabilidade Fiscal (AIReF) espanhola veio alertar para a despesa adicional com a atualização das pensões em 2023: quase 13 mil milhões de euros, avançou esta quarta-feira o El Economista.

O acelerar do Índice de Preços no Consumidor, especialmente em maio e junho, pode ter causado um desvio de cerca de 3.500 milhões de euros na fatura extra para manter o poder de compra dos pensionistas em Espanha no ano que vem, à luz das previsões daquele organismo. Estão em causa cerca de nove milhões de pessoas.

O valor avançado pela AIReF é, contudo, uma previsão otimista. Segundo o jornal, o Banco de Espanha estima que a despesa extra com a atualização das pensões possa atingir 1.800 milhões de euros por cada ponto percentual extra na taxa de inflação, enquanto a AIReF aponta para 1.500 milhões de euros.

É um tema que também está na ordem do dia em Portugal. Em junho, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estimou que o ajuste das pensões e reformas pode refletir uma “subida histórica”, porventura, superior a 10% nas pensões dos portugueses, com encargos para o Estado no valor de dois mil milhões de euros, ou mais. Este aumento seria o equivalente a ter mais um mês de pensões ou reformas com base nos valores deste ano, esclareceu o Chefe de Estado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.