Biden assina decreto para proteger dados dos europeus nos EUA

Casa Branca dá passo para evitar interrupção dos fluxos de dados pessoais de cidadãos europeus para os EUA, dando corpo a um acordo alcançado em março com a Comissão Europeia.

O Presidente dos EUA assinou um decreto que transpõe para a lei norte-americana o acordado com a Comissão Europeia em matéria de fluxos de dados pessoais entre os dois lados do Atlântico.

Na prática, o documento tenta limitar a capacidade das secretas americanas de acederem à informação privada de cidadãos europeus, depois de um acordo de princípio alcançado em março por Washington e Bruxelas.

“A ordem executiva introduz novas salvaguardas vinculativas para responder a todos os pontos levantados pelo Tribunal de Justiça da União Europeia, limitando o acesso à informação europeia pelos serviços de inteligência dos EUA”, indica uma nota informativa da Comissão Europeia.

O problema surgiu em julho de 2020, quando a Justiça europeia suscitou dúvidas quanto à transferência de dados pessoais de cidadãos europeus para os EUA. As questões levantadas pelo tribunal afetam o cerne de modelos de negócio de empresas como o Facebook, que chegou a ameaçar ter de interromper os serviços na Europa se não for adotado um “novo enquadramento transatlântico de transferência de dados”.

Além das salvaguardas referidas, o decreto executivo do Presidente Joe Biden constitui um novo tribunal de proteção de dados no seio do Departamento de Justiça, ao qual os cidadãos vão poder recorrer contra a forma como as secretas usam os seus dados pessoais. As decisões serão independentes e vinculativas.

Depois deste passo do lado americano, a Comissão Europeia diz que vai propor, de seguida, uma decisão que viabilize a adoção deste procedimento do lado da União Europeia.

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Gasoduto ibérico. Macron “está na fase do não. Esperemos que volte à fase do sim”, diz Costa

França voltou esta semana a rejeitar a construção do gasoduto ibérico. Costa recorda que infraestrutura não serviria apenas para transportar gás para a Europa, mas também hidrogénio.

O primeiro-ministro voltou a defender a construção de gasoduto ibérico com ligações a França, considerando ser “uma infraestrutura do futuro” tendo em conta que não serviria apenas para transportar gás para a Europa, mas serviria, também, para enviar hidrogénio, no futuro.

Aos jornalistas, esta sexta-feira, em Praga, António Costa considera que o tema em torno da construção desta interconexão, que voltou a ser rejeitada por Emmanuel Macron esta semana, é “crónico no quadro da União Europeia” e que do lado de França a posição, nos últimos anos, tem “sempre intermediado” com “sins”. “Agora está na fase do não. Esperemos, rapidamente, que volte à fase do sim”, admitiu.

 

“Compreendemos as preocupações de França tem suscitado relativamente à necessidade de preservarmos os valores ambientais”, explicou António Costa, durante uma conferência de imprensa após a primeira reunião da Comunidade Política Europeia, acrescentando, porém, que “o grande desafio é encontrarmos um bom equilíbrio entre preservar aquilo que são os valores ambientais e as necessidade de abastecimento de energia em toda a Europa“.

“Hoje o quadro que temos pela frente é diferente do que tínhamos em 2019”, disse, relembrando o ano em que os reguladores em Espanha rejeitaram a construção do gasoduto ibérico por não ter “viabilidade económica”. “Desde logo porque grande parte dos países no centro da Europa, como a Alemanha, que se forneciam na Rússia, hoje deixaram de o poder fazer e precisam de novas fontes de energia e novas rota de abastecimento”, argumentou.

Questionado sobre se irá desistir de insistir sobre o tema junto do presidente francês, o governante português rejeitou a hipótese, relembrando que o presidente Macron que disse “não” é o mesmo presidente Macron que, em 2018, assinou em Lisboa uma declaração que previa quer o incremento das interconexões elétricas, quer o incremento das interconexões gasíferas”, disse, referindo-se à Cimeira das Interligações celebrada na capital portuguesa em 2018, com a participação de Costa, Macron e do chefe de Governo espanhol, Pedro Sánchez.

Quanto à estrutura, é certo para António Costa que esta “tem que ser preparada desde o início para o hidrogénio verde” combustível que integra uma “realidade nova relativamente aquela que estava em cima da mesa em 2019”. “Devemos vocacionar a infraestrutura para aquilo que serão as infraestruturas do futuro, mas permitindo também as energias de transição como o gás natural“, frisou.

Estados-membros mais alinhados na fixação de preço do gás

Esta sexta-feira foi o último dia da cimeira que reuniu os líderes europeus em Praga, na Republica Checa, para debater a escalada da crise energética e um novo apoio financeiro e militar à Ucrânia.

Em cima da mesa, está a possibilidade de os Estados-membros fixarem um preço máximo no gás importado e distribuído por pipeline. A medida, apresentada inicialmente pela presidente da Comissão Europeia, no início do mês, não encontrou consenso junto dos restantes 27 países do bloco europeu, o que impediu que fosse integrada no mais recente pacote de medidas aprovadas pelo executivo comunitário com vista a combater a escalada de preços na energia.

No entanto, segundo António Costa, após a reunião em Praga, “o que começou por ser uma medida com forte rejeição, já recolhe uma maioria”. Portugal foi um dos 15 países europeus que assinou uma carta conjunta enviada à Comissão Europeia a reclamar um teto para o preço do gás importado, e esta sexta-feira, “um dos países mais renitentes, já aceita a medida”, indicou Costa, não especificando, no entanto, que Estado terá mudado de posição. Certo é que a Alemanha e os Países Baixos foram os dois países que se opuseram fortemente à fixação de um preço do gás importado.

Subscrita por 15 Estados-membros — Bélgica, Itália, Espanha, Portugal, Polónia, Grécia, Malta, Lituânia, Letónia, Eslovénia, Croácia, Roménia, França, Bulgária e a Eslováquia — os ministros responsáveis pela Energia dos Estados-membros subscritores, pedem ao executivo comunitário que apresente uma proposta para limitar o preço do gás natural.

De acordo com países signatários, “este limite é a prioridade e pode ser complementado com propostas para reforçar a supervisão financeira do mercado do gás e desenvolver parâmetros de referência alternativos para a fixação de preços do gás na Europa”.

Fontes europeias indicaram que o executivo comunitário deverá efetivamente apresentar em breve uma proposta com vista a um limite “dinâmico” para o preço do gás, com várias opções, e que deverá abordar a ideia de uma plataforma de aquisição conjunta de gás, solução defendida há muito por um leque alargado de países, entre os quais Portugal.

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Plataforma de criptomoedas Binance roubada em 103 milhões após ataque informático

  • Lusa
  • 7 Outubro 2022

Os hackers conseguiram retirar um total de dois milhões de BNB, a criptomoeda emitida pela Binance, ou seja, cerca de 580 milhões de dólares. Mas só conseguiram explorar uma fração deste total.

A Binance, uma das maiores plataformas de criptomoedas do mundo, revelou esta sexta-feira que foi atacada por piratas informáticos, tendo a grandeza do roubo rondado os 100 milhões dólares (103 milhões de euros).

De acordo com a Binance, os piratas informáticos (hackers) conseguiram retirar um total de dois milhões de BNB, a criptomoeda emitida pela Binance, ou seja, cerca de 580 milhões de dólares, mas os hackers só conseguiram explorar uma fração deste total, já que a maior parte foi de imediato bloqueada.

O presidente executivo (CEO) da Binance, Changpeng Zhao, mais conhecido pelo pseudónimo “CZ”, disse ao canal de televisão CNBC que “conseguiram limitar os danos a cerca de 100 milhões de dólares”. No início do dia, “CZ” tentou tranquilizar a comunidade de utilizadores garantindo no Twitter: “O problema agora está sob controlo”.

“Os seus fundos estão seguros. Pedimos desculpas pelo inconveniente e forneceremos mais atualizações em conformidade”, acrescentou o responsável. Entretanto, num post no site Reddit, a Binance também esclareceu que, do valor total que realmente foi roubado, cerca de sete milhões de dólares foram congelados.

Os piratas informáticos atacaram a ponte de cadeia cruzada do BSC Token Hub. Uma ponte é um serviço que permite a um utilizador transferir tokens criptográficos de um blockchain para outro. Depois da suspensão da rede da ponte de cadeia cruzada, a atividade na BNB Chain está por agora normalizada.

Os ataques dos piratas informáticos contra pontes entre cadeias têm-se multiplicado nos últimos meses.

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Agricultor interrompe greve de fome após visita de secretário de Estado adjunto de António Costa

  • Lusa
  • 7 Outubro 2022

Face ao "compromisso pessoal" do secretário de Estado e à "garantia de possibilidade de mediação" poder avançar, Luís Dias decidiu interromper a greve de fome.

O agricultor Luís Dias revelou esta sexta-feira que interrompeu uma greve da fome que durava há 30 dias após o secretário de Estado do primeiro-ministro prometer empenho em resolver o diferendo com o Ministério da Agricultura.

Na mensagem publicada no Twitter, Luís Dias refere que o secretário de Estado adjunto, Miguel Alves, se encontrou com ele e com Maria José Santos na tenda onde passara os últimos 30 dias em greve de fome, prometendo-lhe, com o conhecimento do primeiro-ministro, António Costa, que se empenhará pessoalmente em desbloquear a situação, tendo marcado uma reunião para a próxima segunda-feira.

Face ao “compromisso pessoal” do secretário de Estado e à “garantia de possibilidade de mediação” poder avançar, Luís Dias afirma que ele e Maria José Santos ficaram “sensibilizados com a visita” do governante e com a “promessa de celeridade de procedimentos”, pelo que, em “nome da esperança”, decidiu interromper a greve de fome iniciada em 08 de setembro.

Na mensagem no Twitter, o agricultor diz acreditar que se alcance uma “solução mediada” para o diferendo, ou seja, encontrar “uma solução que permita reerguer” a Quinta das Amoras, onde ele e Maria José Santos empenharam todos os seus recursos, em parceria com o Estado, que financiou o projeto de desenvolvimento agrícola.

“Tudo o que queremos é voltar à normalidade e, se possível, à quinta, contribuindo para o desenvolvimento da nossa região”, salienta Luís Dias, agradecendo todo o “apoio e carinho” que recebeu das pessoas que, ao longo desta sua “infeliz saga”, o visitaram e assinaram uma petição ao Governo em defesa da solução mediada para o problema.

A petição, que juntou mais de 6.000 assinaturas pedia ao primeiro-ministro que promova uma reunião com os agricultores em greve de fome, concretizando o processo de mediação pela Provedoria de Justiça. No documento, os peticionários afirmavam que seguiam “com preocupação” a greve de fome promovida pelo agricultor Luís Dias, junto à porta da residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, em Lisboa, onde se encontrava numa tenda.

Desde que iniciou a greve de fome, o agricultor Luís Dias foi duas vezes hospitalizado, a última das quais na passada quinta-feira, tendo regressado ao protesto no jardim junto à residência oficial de António Costa. O proprietário agrícola já tinha estado em greve de fome em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa, um protesto que durou cerca de 30 dias e terminou a 06 de junho de 2021, após receber a visita de apoiantes e de falar com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Na altura, o agricultor, de 49 anos, disse que se encontrava em greve “contra a indiferença destrutiva do Estado”, que alega ter prejudicado o seu projeto agrícola, declarando: “A mediação que queremos, é que deem razão seja a quem for, mas que aconteça em tempo útil, porque o tempo útil está a esgotar-se. São oito anos e uma quinta tem plantas que foram morrendo porque o tempo passa e se as coisas não são feitas, as coisas desaparecem e o investimento todo desaparece”.

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Áustria apresenta queixa no Tribunal Europeu pela classificação “verde” da energia nuclear

  • Lusa
  • 7 Outubro 2022

A nova classificação europeia de investimentos "sustentáveis" inclui centrais nucleares com licença de construção antes de 2045 e centrais de gás que emitem menos de 270 gramas de dióxido e carbono.

A Áustria apresentou esta sexta-feira uma queixa no Tribunal de Justiça da União Europeia pela classificação “verde” da energia nuclear e gás natural aprovada pela União Europeia (UE), informou o jornal Kurier na edição online. O processo foi apresentado a poucos dias antes de terminar o prazo legal, na segunda-feira, cumprindo-se assim uma ameaça repetida pela ministra austríaca da Energia e Ambiente, a ambientalista Leonore Gewessler.

Segundo o jornal, o processo baseia-se num relatório de peritos internacionais que afirmam que a energia atómica não é sustentável. A Áustria considera também que o regulamento apresentado pela Comissão Europeia é juridicamente incorreto, uma vez que – argumenta – a Comissão não tem competência para decisões políticas de tão grande alcance.

Finalmente, são também citadas falhas processuais, uma vez que os Estados da UE teriam tido muito pouco tempo para avaliar as medidas. A nova classificação europeia de investimentos considerados “sustentáveis” inclui centrais nucleares com licença de construção antes de 2045 e centrais de gás que emitem menos de 270 gramas de dióxido de carbono por quilowatt hora até 2031, ou menos de 100 gramas ao longo de toda a sua vida útil.

O objetivo foi etiquetar as atividades consideradas genuinamente verdes para facilitar a canalização de investimentos para fins sustentáveis em setores como a energia, a agricultura, os transportes ou a indústria, mas na prática não obriga nem proíbe o investimento nas mesmas. Enquanto a França e alguns países nórdicos apoiaram a classificação, que entrará em vigor no primeiro dia de janeiro de 2023, outros, como a Áustria, Dinamarca, Espanha e Luxemburgo, opuseram-se.

Leonore Gewessler acusou repetidamente a classificação de ser uma “lavagem verde” da energia atómica e do gás natural, que na sua opinião “são prejudiciais para o clima e destroem o futuro” dos mais jovens. A Áustria tem uma lei constitucional que proíbe o uso da energia nuclear depois de um referendo em 1978 ter rejeitado a abertura de uma central nuclear já construída, e é um dos países com os mais fortes sentimentos antinucleares.

A posição de Leonore Gewessler, dos Verdes, tem sido apoiada pelo Partido Popular Austríaco (ÖVP), conservador e seu parceiro no atual governo de coligação.

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BCE pressiona bancos e pede cautela com pagamento de bónus a gestores

Esta pressão acontece numa altura em que vários bancos da Zona Euro reviram em alta as suas previsões apesar do aumento da inflação e das taxas de juro.

O Banco Central Europeu (BCE) pediu cautela aos bancos no que diz respeito ao pagamento de bónus aos gestores. De acordo com a Bloomberg, o supervisor bancário está a aumentar a pressão sobre algumas entidades, face à deterioração do contexto macroeconómico.

A instituição liderada por Christine Lagarde pediu recentemente à banca moderação no pagamento de salários e na distribuição de dividendos, dado os receios de que a crise energética possa desencadear uma onda de incumprimentos nos próximos meses. Esta pressão por parte do BCE acontece numa altura em que vários bancos da Zona Euro, como o italiano UniCredit e os alemães Commerzbank e Deutsche Bank reviram em alta as suas previsões apesar do aumento da inflação e das taxas de juro.

Há “uma certa relutância por parte dos bancos em envolverem-se seriamente em discussões de supervisão”, disse recentemente Andrea Enria, presidente do Conselho de Supervisão do BCE. A Europa está a enfrentar “um choque macroeconómico completo e persistente”, que exige que os supervisores “exerçam extrema cautela”, acrescentou.

O BCE já demonstrou nos últimos anos que está disposto a intervir na política de remuneração, tanto dos executivos como dos acionistas dos bancos, se considerar que os planos de remuneração são excessivos num contexto de elevado risco económico. Durante a pandemia, a instituição pediu cautela e vetou mesmo a distribuição de dividendos e programas de recompra de ações.

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Banco de Portugal apresenta proposta de cooperação para a cibersegurança

  • Lusa
  • 7 Outubro 2022

A instituição “apresentou à indústria uma proposta de iniciativa de partilha de informação e cooperação entre instituições financeiras, para o fortalecimento do setor" na cibersegurança.

O Banco de Portugal (BdP) apresentou à indústria financeira uma proposta de cooperação para a cibersegurança, durante uma reunião no âmbito do Fórum com a Indústria para a Cibersegurança e Resiliência Operacional (FICRO), segundo um comunicado.

“No passado dia 03 de outubro, o Banco de Portugal promoveu a realização da terceira reunião plenária do Fórum com a Indústria para a Cibersegurança e Resiliência Operacional (FICRO)”, referiu a instituição, recordando que “o FICRO é uma estrutura consultiva do Banco de Portugal que reúne representantes do setor bancário, do principal prestador de serviços de pagamento nacional e da autoridade nacional de cibersegurança, com o objetivo de reforçar a resiliência operacional do sistema financeiro português”.

Nesta reunião, o BdP fez “um balanço da implementação do TIBER-PT, o quadro de referência para testes de cibersegurança avançados aprovado em maio, tendo destacado o facto de ter sido iniciado o primeiro teste sob este quadro de referência”. Além disso, a instituição “apresentou à indústria uma proposta de iniciativa de partilha de informação e cooperação entre instituições financeiras, para o fortalecimento do setor no que diz respeito à cibersegurança”.

De acordo com o comunicado, “os membros do FICRO foram ainda convidados a ouvir e partilhar as suas reflexões sobre o impacto no setor bancário de outras iniciativas legais e regulamentares em curso em matéria de cibersegurança”.

“A cibersegurança e resiliência operacional continuam a ser um pilar fundamental do plano estratégico do Banco de Portugal, no âmbito da proteção do sistema bancário, e este Fórum tem sido essencial para atingir esse objetivo”, afirmou a Administradora do Banco de Portugal Ana Paula Serra, na abertura dessa sessão.

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Estado procura financiamento de 1.000 milhões em obrigações do Tesouro

Na próxima semana, o IGCP irá realizar dois leilões obrigações do Tesouro a 3 e a 9 anos para angariar até mil milhões de euros. O custo a pagar na maturidade mais longa deverá ficar acima dos 3%.

O IGCP anunciou que, na próxima semana, dia 12, irá realizar dois leilões das linhas de obrigações do Tesouro com maturidade em outubro de 2025 (OT 2,875% 15out 2025) e em outubro de 2031 (OT 0,3% 17out 2031), com vista a angariar entre 750 milhões e 1000 milhões de euros.

Esta será a primeira emissão de obrigações do Tesouro realizada pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida de Portugal (IGCP) desde que Miguel Martin assumiu a liderança da entidade a 1 de setembro.

De acordo com as yields que as duas linhas estão a cotar atualmente, o Estado deverá contar com um custo de financiamento de cerca de 2,2% na emissão com a maturidade mais curta (3 anos) e com um custo acima dos 3,1% na maturidade mais longa (9 anos).

A última vez que o Estado se financiou no mercado obrigacionista foi a 14 de setembro, tendo pago 2,75% por 780 milhões de euros numa emissão a 10 anos e 1,78% por 470 milhões de euros numa emissão a 4 anos.

Para a semana seguinte à realização destes dois leilões está agendado para 17 de outubro o reembolso de 8,4 mil milhões de euros de uma obrigação do Tesouro emitida há 7 anos (OT 2,20% Out 2022), que chegará à maturidade.

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Conselho de curadores do Instituto +Liberdade propõe Cecília Meireles, Carlos Guimarães Pinto e Fernando Alexandre para direcção não executiva

O conselho de curadores vai também propor que André Pinção Lucas ocupe definitivamente o cargo até ao final do mandato em curso, em 2023.

O conselho de curadores decidiu convidar Cecília Meireles, Carlos Guimarães Pinto e Fernando Alexandre para a direção do Instituto +Liberdade, onde irão ocupar cargos não executivos, caso a proposta seja aprovada na Assembleia Geral de 12 de outubro, em Lisboa. O conselho de curadores vai também propor que André Pinção Lucas, que assumiu a direção executiva de forma interina em dezembro de 2021, após saída de Carlos Guimarães Pinto, ocupe definitivamente o cargo até ao final do mandato em curso, em 2023.

“A entrada da Cecília Meireles e do Fernando Alexandre na equipa e o regresso do Carlos Guimarães Pinto, desta vez para um cargo não executivo, reforçam a capacidade do Instituto para cumprir a sua missão e continuar a crescer de forma consistente”, afirma Carlos Moreira da Silva, presidente do conselho de curadores do Instituto +Liberdade, citado em comunicado.

A ser aprovada a proposta, este será o regresso de Carlos Guimarães Pinto a uma casa que bem conhece. Cofundador e antigo diretor executivo do Instituto +Liberdade, o deputado da Iniciativa Liberal tinha deixado, em dezembro do ano passado, a direção executiva do instituto para ser candidato às legislativas deste ano.

Cecília Meireles, nova head da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e com um MBA em Gestão pela Escola de Gestão do Porto, foi secretária de Estado do Turismo durante o XIX Governo Constitucional.

Fernando Alexandre é professor associado da Universidade do Minho. Foi consultor de entidades públicas e privadas, como a Fundação Francisco Manuel dos Santos, Tribunal de Contas ou a Microsoft Portugal. Foi também secretário de Estado adjunto de Anabela Miranda Rodrigues, ministra da Administração Interna do XIX Governo Constitucional, entre 2013 e 2015.

André Pinção Lucas foi consultor estratégico na McKinsey & Company e liderou diferentes áreas na Sonae e na The Navigator Company, tendo ainda coliderado uma startup tecnológica. Faz parte da direção do +Liberdade desde a sua criação, tendo sido o criador do projeto +Factos.

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Da “obsessão pelo défice” à “voracidade fiscal”. Oposição chumba OE2023

Ainda não há muitos detalhes sobre a proposta orçamental, mas os partidos da oposição contestam as linhas gerais do documento e o cenário macroeconómico previsto pelo Governo para o próximo ano.

A proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) só vai ser entregue na Assembleia da República na próxima segunda-feira, 10 de outubro, mas as linhas gerais do documento e o cenário macroeconómico em que assenta já mereceram o chumbo dos partidos da oposição.

Esta sexta-feira, os partidos com representação parlamentar reuniram-se no Parlamento com o ministro das Finanças, Fernando Medina, e a ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, que confirmaram a estimativa de um abrandamento do crescimento da economia para 1,3% e uma inflação de 4%, com a dívida pública a cair de 115% para 110,8% do PIB no próximo ano.

Joaquim Miranda Sarmento (PSD) criticou a “voracidade e asfixia fiscal” do Executivo socialista, que deteta este ano por não “devolver às famílias e às empresas” o acréscimo de receita fiscal nos cofres do Estado, por via do disparo da inflação. E encara como “ilusório” o crescimento de 1,3%, por resultar do comparativo com uma fase de pandemia e de uma recuperação no consumo privado que voltará a ter uma “retração significativa”.

Um dia depois de ter apresentado oito prioridades para o Orçamento do próximo ano, o líder parlamentar social-democrata promete apresentar, em sede de especialidade, um conjunto adicional de medidas. Reclamando para o partido a “marca identitária” da responsabilidade orçamental, concorda que é preciso continuar a consolidar as contas públicas, mas espera para ver como é que o Governo o fará, frisando que entre 2016 e 2019 “desceu por fatores conjunturais”, como o valor das taxas de juro, os dividendos do Banco de Portugal e o aumento da receita fiscal.

A Iniciativa Liberal considera “excessivamente otimistas” as previsões do cenário macroeconómico do Governo para o próximo ano, com a deputada Carla Castro a advertir para “a necessidade de perceber os riscos orçamentais deste crescimento económico”. “Tem estado a ser baseado no crescimento do consumo das famílias e nós sabemos que aquilo que é esperado é uma retração, é um desacelerar do consumo das famílias”, resumiu, citada pela Lusa.

o presidente do Chega disse que a previsão de 4% para a inflação “merece as maiores reservas” e ter recebido a garantia dos ministros de que não haverá alterações no IVA em 2023. “O Governo não vai mexer no IVA, nem nos combustíveis, e vamos ter basicamente a mesma estrutura que temos, o que constitui um sinal muito negativo da proposta orçamental. Isto significa que os bens alimentares vão continuar com a mesma taxa de IVA, que os combustíveis vão continuar com as mesas taxas de impostos. Isto é muito negativo para a economia”, criticou André Ventura.

Esquerda contesta “brilharetes” em período de crise

À esquerda, o PCP acusa o Governo de “obsessão pelas contas certas, pelo défice, em vez de promover a valorização de rendimentos e dos serviços públicos e o investimento na produção nacional”. Pela voz da líder da bancada, Paula Santos, os comunistas insistem que “neste momento, face ao contexto económico e social, é essencial proceder à recuperação e valorização dos salários e das pensões, ao controlo e a fixação de preços de bens essenciais, à tributação dos lucros dos grupos económicos e reforço de serviços públicos, designadamente na saúde e educação.

“O essencial numa economia é o rendimento das famílias. E um Governo que aceita a perda de poder de compra, o empobrecimento generalizado face a esta inflação galopante está a ajudar a que essa tempestade perfeita se forme”, declarou, por outro lado, o bloquista Pedro Filipe Soares, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

Rui Tavares (Livre) cita também o “mau hábito em períodos de crise de tentar fazer um brilharete com o que é a vida das pessoas e tentar sempre superar a meta do défice e ir para um défice menor do que foi apresentado, como maneira de acalmar os mercados internacionais, mas por cima da vida das pessoas”. “O Livre considera que isso seria um enorme, um trágico erro neste exercício orçamental que está a decorrer”, acrescentou.

Também o PAN considera “excessivamente otimistas” as projeções do Governo de crescimento para 2023, criticando ainda a linha conservadora que segue na política fiscal. “Está desalinhado com a necessidade de se darem respostas reais às famílias e às pequenas e médias empresas no imediato”, completou Inês Sousa Real, acusando os socialistas de pretenderem “fazer um brilharete” com as contas certas “à custa das famílias e de uma asfixia fiscal e inflacionária”.

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Tempo de espera no aeroporto de Lisboa baixou uma hora entre maio e setembro

  • Lusa
  • 7 Outubro 2022

O plano de contingência que esteve em vigor nos postos de fronteira aérea dos aeroportos nacionais entre junho e setembro para fazer face ao aumento de passageiros.

O tempo máximo de espera no aeroporto de Lisboa baixou uma hora entre maio e setembro, passando de uma hora e 50 minutos para 50 minutos nos quatros meses de aplicação do plano de contingência, anunciou esta sexta-feira o SEF. O balanço do plano de contingência que esteve em vigor nos postos de fronteira aérea dos aeroportos nacionais entre junho e setembro para fazer face ao aumento de passageiros no período do verão foi feito no Ministério da Administração Interna (MAI), em Lisboa.

O diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Fernando Silva, esclareceu que os tempos de espera são registados pela ANA – Aeroportos de Portugal. Fernando Silva disse também que o tempo de espera que serviu de modelo e é registado pela ANA “é o tempo máximo de espera que um passageiro em cada dia espera no controlo de fronteira”.

Em maio deste ano, o tempo máximo que um passageiro esperava no aeroporto de Lisboa era de uma hora e 50 minutos e foi possível reduzir entre junho e setembro para 50 minutos”, precisou, sublinhando que o resultado está “em linha com os melhores resultados que se registam na Europa”.

Entre junho e setembro, o SEF controlou 7,2 milhões de passageiros nas chegadas e partidas, sendo a maioria do Reino Unido, Portugal, Brasil e Irlanda. O plano de contingência do SEF para os aeroportos portugueses durante os meses de verão incluiu um conjunto de medidas que começaram a ser aplicadas em junho e entraram gradualmente em vigor até ao início de julho.

Entre as medidas constou um reforço de 200 inspetores e de 168 agentes da PSP e várias soluções tecnológicas e operacionais.

O diretor do SEF avançou também que, em quatro meses, 610 pessoas foram impedidas de entrada no país, 158 foram detidas nos postos de fronteira, sendo a maioria por utilização de documentação falsa ou sem visto de entrada, e feitos 211 pedidos de asilo, números que aumentaram face aos anos anteriores.

Também presente na cerimónia, o presidente do Conselho de Administração da ANA, José Luís Arnaut, fez um balanço positivo do plano, sublinhado que as dificuldades surgiram porque existiu um fluxo de turismo superior ao espetável, mas que foram ultrapassadas.

“O esforço do SEF e da PSP permitiram que, com o preenchimento desde cedo e até tarde das cabines e do sistema das boxes existentes, a infraestrutura corresponde aos fluxos”, disse, apelando para que se comece a pensar no verão de 2023.

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Sitel Group inaugura primeiro MAXHub em Atenas

Estes empower centers, como lhes chama a o Sitel Group, estão pensados para promover o bem-estar dos colaboradores. Portuguesa Benedita Miranda lidera este mercado.

O Sitel Group expandiu o seu negócio até à Grécia, com a inauguração oficial do seu primeiro MAXHub, em Atenas. Com um investimento de cerca de seis milhões de euros, este MAXHub posiciona a Grécia como um mercado importante para o Sitel Group, que pretende que este venha a ser um dos maiores fornecedores de produtos e soluções de experiência do cliente. Estes empower centers, como lhes chama a o Sitel Group, estão ainda pensados para promover o bem-estar dos colaboradores. Portuguesa Benedita Miranda lidera este mercado enquanto general manager Sitel Portugal, Espanha, Itália e Grécia.

“A decisão estratégica da Sitel entrar no mercado grego é fundamental para o grupo, melhora a nossa presença e garante a escalabilidade do hub de idiomas, em 50%. A partir deste site oferecemos suporte a 24 idiomas, incluindo inglês, grego, alemão, dinamarquês, norueguês entre outras línguas”, refere Benedita Miranda, general manager Sitel Portugal, Espanha, Itália e Grécia, em comunicado.

O Sitel MAXhub de Atenas, que iniciou a sua operação em junho de 2021 com cerca de 30 funcionários, conta agora com 700 colaboradores para dar apoio a países europeus como a Alemanha, França, Itália, Holanda, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Espanha e muitos outros, incluindo a Grécia, cobrindo um portefólio de clientes nos setores de turismo, financeiro, retalho, automóvel, saúde e outras indústrias. A empresa de customer experience pretende chegar aos 1.500 colaboradores, até ao final de 2023.

“Implementámos, na Grécia, o modelo de negócio multilingue da Sitel, que é já um caso de sucesso, com o novo conceito de MAXHub. Max Hubs, são escritórios flagship – que não só refletem o fato de que a empresa se está a transformar e a trazer inovação na sua adaptação ao novo modelo de trabalho híbrido, mas também garante o bem-estar dos nossos colaboradores. Nestes centros, os colaboradores podem aprender, conectar-se, partilhar e ter novas experiências, graças a um conjunto de serviços e instalações que lhes são disponibilizados (como, por exemplo, ginásio, babysitting, etc). Estes empower centers, cuja designação vem de ‘My Associate Experience’ (MAX), para além de permitirem prestar aos clientes serviços de customer experience de forma otimizada, também permitem à Sitel ser uma empresa ainda mais centrada nas pessoas, contribuindo para a sua formação e bem-estar”, esclarece a responsável.

A inauguração oficial do MAXHub de Atenas contou com a presença de representantes do governo grego e Embaixadas, clientes e parceiros, que tiveram a oportunidade de fazer um tour pelas instalações e conhecer melhor a estratégia da empresa para este investimento no mercado grego.

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