Medina sublinha impacto das medidas do crédito na evolução da procura

Bancos defendem diploma, mas querem ver os detalhes finais. Medidas serão publicadas “nas próximas semanas”. Ministro das Finanças destaca impacto na procura agregada.

O ministro das Finanças considera que as medidas para o crédito da casa – que deverão ser publicadas nas “próximas semanas – irão transmitir segurança às famílias, e enfatizou a importância que terão na procura agregada no próximo ano, que vai registar um “abrandamento com significado”.

“Quanto mais rapidamente tivermos estes mecanismos a funcionar, quanto mais rapidamente conseguirmos transmitir e assegurar tranquilidade às famílias e organizar uma rede de proteção, é não só importante do ponto de vista da relação dos bancos com os seus clientes e do seu funcionamento, mas transcende essa relação, tem a ver com o equilíbrio da evolução da procura agregada”, afirmou Fernando Medina na Money Conference, organizada pelo Diário de Notícias, Dinheiro Vivo e TSF.

Face ao “abrandamento com significado” no consumo que se projeta no próximo ano, Medina disse que é importante assegurar uma taxa de crescimento positiva tendo em conta que 2023 será “um ano de muito elevada utilização da capacidade produtiva do país”.

“Se assim o conseguirmos, iremos assegurar o mercado de emprego, (…) e ao assegurar, do ponto de vista financeiro, o Estado, asseguraremos a dívida e asseguraremos um círculo virtuoso”, destacou o ministro no encerramento da conferência.

Nesse sentido, Medina deu uma palavra de reconhecimento aos bancos, que são novamente um ativo – como foram na pandemia. “Portugal tem hoje um sistema sólido, robusto, que está a servir os portugueses, isso é mérito de tantos e tantos que trabalharam. É um ativo que o país dispõe”, disse. “Houve momentos em que era a principal dor de momento quando o ministro das Finanças se deitava e quando acordava também. É um ativo que temos de saber mobilizar”, disse.

Num painel anterior, os responsáveis dos principais bancos defenderam as medidas para o crédito da casa que o Governo acabou de criar, mas esperam pelos detalhes.

A preocupação do Governo “não é só legítima como indispensável”, disse Miguel Maya, que levantou dúvidas sobre como as medidas serão concretizadas no diploma. O líder do BCP voltou a falar em incentivos errados que o diploma pode trazer. E deu um exemplo de um cliente que se endividou muitíssimo junto do crédito ao consumo noutro banco. “Por que razão é o banco com crédito à habitação que o vai ter de suportar?”, questionou. “Há detalhes que é muito importante afinar”, disse.

Maya sublinhou que os bancos “não querem ficar com as casas” das famílias, mas lamentou que se coloque o “ónus” nos bancos que financiam a economia.

Por seu turno, o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, adiantou que o impacto da subida dos juros será menor junto das famílias que compraram casa há mais tempo, pois têm uma prestação da casa mais baixa.

“Onde poderá haver um problema maior é nas compras mais recentes e por mais jovens”, destacou. Em relação aos mais jovens, Macedo também disse que são os que têm mais possibilidades no mercado de trabalho pois são mais qualificados. “Teremos de ver se precisam de ser apoiados e cá estaremos”.

Tal como Miguel Maya, Paulo Macedo também questionou o facto de ter de ser os bancos a contactarem os clientes. “É discutível se não devia ser ao contrário”.

O CEO do Banco Montepio, Pedro Leitão, disse que “não deixará de dar apoio nem mais, nem a menos um cliente pelo facto de termos algum esclarecimento adicional” sobre o diploma.

Também Miguel Belo, administrador do Santander, considerou ser uma “medida importante”, reforçando uma medida que está em vigor desde 2012 e que os bancos têm vindo “a aplicar de uma forma permanente, sempre que se justifique”.

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Relação mantém absolvição de Rui Moreira no caso Selminho

  • Lusa
  • 10 Novembro 2022

O Tribunal da Relação do Porto julgou improcedente o recurso interposto pelo Ministério Público na sequência da absolvição do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, no caso Selminho.

O Tribunal da Relação do Porto julgou improcedente o recurso interposto pelo Ministério Público e mantém a absolvição do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, no caso Selminho, revela a decisão a que a Lusa teve acesso.

Rui Moreira foi julgado pelo crime de prevaricação, acusado de favorecer a imobiliária da família (Selminho), da qual era sócio, em prejuízo do município do Porto, no litígio judicial que opunha a autarquia à imobiliária, que pretendia construir um edifício de apartamentos num terreno na Calçada da Arrábida.

No recurso apresentado, o Ministério Público (MP) reiterou que Rui Moreira quis beneficiar a imobiliária Selminho, insistindo na condenação do autarca e na perda do atual mandato.

Na decisão datada de quarta-feira, os juízes do Tribunal da Relação do Porto concordaram em “julgar improcedente o recurso interposto pelo Ministério Público”.

“Não obstante o arguido estar impedido de outorgar a aludida procuração por haver um eventual conflito de interesses, uma vez que tinha ligações pessoais/familiares à autora Selminho, já não resultou provado que o arguido tivesse tomado qualquer decisão sobre o destinos da ação que corria termos no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto ou que a transação judicial e o compromisso arbitral tivessem ocorrido por determinação e segundo as instruções do arguido”, lê-se no documento.

Os juízes acrescentam ainda que tais factos não preenchem “o crime de prevaricação”.

Para o tribunal de primeira instância, não ficou provada a “intervenção direta [de Rui Moreira], ou por interposta pessoa”, que visasse a “condução ou instrução” do processo, por parte do presidente da câmara junto dos funcionários municipais, que, acredita o tribunal, agiram sempre na “salvaguarda dos interesses do município”.

Para o Tribunal de São João Novo, “a única intervenção” de Rui Moreira no processo foi ter passado, em 28 de novembro de 2013, poucas semanas após tomar posse, uma procuração com poderes especiais ao advogado Pedro Neves de Sousa, depois de aconselhado pelo então seu chefe de gabinete, Azeredo Lopes.

A procuração forense serviu para o advogado representar a autarquia na audiência prévia de 10 de janeiro de 2014, no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto, onde começou a ser negociado o acordo com a imobiliária, que tinha avançado com uma ação judicial neste tribunal contra o município.

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Situação de seca desagravou-se em outubro, em área e intensidade

  • Lusa
  • 10 Novembro 2022

No final de outubro, 61,9% do território estava em situação de seca fraca, mês com temperaturas altas e muita chuva.

A situação de seca meteorológica desagravou-se em Portugal continental durante o mês de outubro, com menos área afetada e menor intensidade, segundo o último boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

No final de outubro, 61,9% do território estava em situação de seca fraca (34,3%), moderada (17,9%) e severa (9,7%), enquanto no final de setembro, a situação de seca se espalhava por todo o país. Em situação normal estava 29,1% do território e 9% em chuva fraca.

De acordo com o boletim, disponível no ‘site’ do IPMA, no final do mês passado já não havia seca meteorológica na região noroeste e em grande parte da região do centro, “após nove a 10 meses nessa situação”.

A seca meteorológica mantém-se no interior norte (distritos de Bragança e Vila Real) e parte da região centro (a sul de Coimbra), que estão na classe de seca fraca. O Alentejo e o Algarve também continuam em seca meteorológica, mas com diminuição da sua intensidade, estando agora na classe de seca moderada.

Mantém-se ainda classe de seca severa numa faixa interior do Baixo Alentejo e sotavento Algarvio, explicita o boletim.

De acordo com o IPMA, o mês de outubro em Portugal continental classificou-se como muito quente em relação à temperatura do ar e chuvoso em relação à precipitação. Outubro foi considerado um mês muito quente e chuvoso.

O valor médio da temperatura média do ar foi de 18,73 graus Celsius, 2,53°C superior ao valor normal, tornando-se o quinto outubro mais quente dos últimos 92 anos.

A precipitação total do mês foi de 121,2 mm, que corresponde a 123% do valor normal.

O boletim indica também que houve um aumento significativo em quase todo o território da percentagem de água no solo, em particular na região Noroeste, no litoral Centro e nalguns locais da Beira Baixa.

“No interior Norte e no Alentejo e Algarve ainda se encontram muito locais com valores inferiores a 20%”, indica.

O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.

De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.

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Palácio de Belém sem iluminação de Natal para reduzir consumo de energia

  • Lusa
  • 10 Novembro 2022

O chefe de Estado decidiu adotar medidas de poupança de energia face à situação do mercado energético e os aumentos de custos para as famílias e empresas.

O Palácio de Belém não terá neste ano iluminação de Natal, anunciou a Presidência da República, como parte de um conjunto de medidas de poupança de energia devido ao aumento de custos e por motivos climáticos.

De acordo com uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, “decidiu uma série de medidas de poupança de energia nos serviços da Presidência da República, que incluem a redução da iluminação noturna para os mínimos exigidos por razões de segurança”.

“Neste contexto, não haverá este ano a habitual iluminação de Natal nos Palácios de Belém e da Cidadela de Cascais, nem outras simbólicas iluminações especiais”, acrescenta-se na mesma nota, intitulada “redução de consumo de energia na Presidência da República”.

Segundo a Presidência da República, o chefe de Estado decidiu adotar medidas de poupança de energia “tendo em conta a atual situação no mercado energético, tendo como consequência aumentos de custos muito elevados quer para as famílias, quer para as empresas, que impõem redução de consumos, também por razões climáticas”.

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Encruzilhada da indústria resolve-se com tecnologia amiga do ambiente

Redução das emissões permitirá acelerar digitalização e eficiência operacional das empresas, defende especialista da Accenture para a área da indústria e engenharia.

Responsável por 37% do consumo de energia e por 30% das emissões de dióxido de carbono em 2019, a indústria mundial vive numa encruzilhada: precisa de investir na sua transformação digital e, ao mesmo tempo, poupar nas emissões, tornar-se mais competitiva e conseguir aumentar as suas margens de negócio. Não há uma solução única para todas as áreas industriais, mas é possível cumprir o objetivo, defendeu José Luís Costales, especialista da Accenture para a área da indústria e engenharia.

“A indústria vive duas crises em paralelo: a crise climática e a crise de risco, nos contratos de fornecimento de energia. É necessário um plano agressivo de descarbonização”, sentenciou o especialista, durante uma apresentação na conferência Fábrica 2030, organizada pelo ECO, que decorreu esta quinta-feira na Alfândega do Porto.

Antes de mais, detalhou, é necessário estabelecer a seguinte base de trabalho: definir uma estratégia e um caminho para alcançar os objetivos; apresentar um novo modelo operacional; estabelecer plataformas de colaboração e de dados; criar ferramentas para monitorização e programas de controlo; e ainda olhar para referências internacionais.

José Luís Costales, especialista da Accenture para a área da indústria e engenharia.

Segue-se a fase de execução, a verdadeira transformação digital. Isto passa por preparar toda a cadeira de valor, desenvolver o novo modelo operacional; introduzir novos equipamentos e requalificar as equipas. Por fim, a nível operacional, também é preciso promover a padronização e digitalização de toda a fábrica e acelerar a introdução de novas tecnologias, como a inteligência artificial, operações autónomas e remotas. E, se for preciso, trocar o gás pelo hidrogénio.

No meio de toda a transformação, há vários desafios. Em alguns setores, há tecnologias que ainda não existem; além disso, a colaboração entre diferentes elementos é fundamental para criar plataformas comuns e partilhadas.

A indústria vive duas crises em paralelo: a crise climática e a crise de risco, nos contratos de fornecimento de energia. É necessário um plano agressivo de descarbonização

José Luís Costales

Especialista da Accenture para a área da indústria e engenharia

O processo de descarbonização industrial não se limita ao interior da fábrica. Na produção de energia, é necessário duplicar ou mesmo duplicar a capacidade instalada, introduzir novas soluções de armazenamento da energia e ainda apostar em diferentes soluções para vários perfis de risco.

No final de contas, advertiu José Luís Costales, as oportunidades estão por aí: há financiamento comunitário e “vento a favor” para promover transformações com escala no mercado. E a eletrificação das pequenas indústrias poderá poupar cerca de 40% das emissões de dióxido de carbono até 2050.

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Wall Street com ganhos de até 7% à boleia da inflação. É o maior rali em dois anos

  • ECO
  • 10 Novembro 2022

As principais bolsas europeias encerraram com ganhos entre 1,2% e 3,6%. Em Lisboa, o PSI valorizou 0,8%, graças ao impulso da Greenvolt e da EDP Renováveis.

Depois de um início de sessão em queda, as bolsas europeias ganharam terreno e fecharam com ganhos entre 1,2% e 3,6%. Em Lisboa, o PSI registou um avanço menos expressivo, de 0,80%, mas destaca-se o desempenho do setor das renováveis: a Greenvolt valorizou 5,67% e a EDP Renováveis subiu 5,46%.

Nos EUA, a taxa de inflação desacelerou para 7,7% em outubro, em resultado do abrandamento das subidas de preços da energia e alimentação. A leitura é melhor do que as estimativas dos analistas (apontavam para 7,9%) e compara com os 8,2% do mês anterior. Estes dados, conhecidos esta quinta-feira, acabaram por animar os mercados, levando Wall Street aos ganhos.

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Pleo despede 15% da equipa global. “Ninguém em Portugal foi afetado”

Depois de rápido crescimento, fintech dinamarquesa opera restruturação que vai levar à saída de até 150 pessoas. Portugal, onde está desde julho, não é afetado.

A fintech dinamarquesa Pleo vai cortar 15% do seu número de colaboradores, decisão que passa pela saída de até 150 colaboradores. Portugal, mercado onde a companhia entrou em julho, não deverá ser afetado por esta reestruturação, garante fonte oficial da fintech à Pessoas. No verão, a empresa tinha 70 pessoas na equipa portuguesa.

Depois de crescer ao ritmo de 100 pessoas todos os meses no último ano, até cerca de 1.000 colaboradores e presença em 16 mercados, a dinamarquesa Pleo travou.

“O mundo mudou e o nosso próximo capítulo será diferente. Não estamos já a operar sob um mandato de ‘crescer primeiro’, mas numa realidade de ‘crescer com foco e eficiência’. O foco nos diversos mercados que servimos e em impulsionar a eficiência é tudo o que fazemos. O que nos trouxe até aqui não é o que nos levará até lá”, diz Jeppe Rindom, cofundador e CEO da fintech, numa publicação no blogue da companhia.

“Estabelecemos as nossas prioridades e definimos a nossa estratégia para o próximo ano. Infelizmente, vai impactar 15% dos nossos colaboradores, cerca de 150 dos nossos colegas terão de nos deixar”, anunciou o gestor.

Portugal não é afetado pela reestruturação, diz empresa

Portugal não deverá ser impactado por esta reestruturação ao nível de saídas de pessoas. “Ninguém da equipa em Portugal foi afetada pela reestruturação e o nosso produto está a funcionar como de habitual para os clientes portugueses”, garante fonte oficial da empresa quando contactada pela Pessoas.

Em julho, a fintech dinamarquesa, que propõe facilitar às PME e micro empresas o registo de despesas, entrou no mercado português. Na época, a equipa Pleo em Lisboa era composta por 70 pessoas e os planos eram, até ao final do ano, atingir mais de 100 colaboradores no hub instalado num edifício de oito pisos na Avenida da Liberdade.

Ninguém da equipa em Portugal foi afetada pela reestruturação e o nosso produto está a funcionar como de habitual para os clientes portugueses.

Os planos para o hub português eram ambiciosos. “Será um hub importante para as equipas de vendas. Será um ecossistema de Academia em que teremos pessoas que começam a sua carreira aqui em Lisboa, que cobrem diferentes mercados, incluindo o português, e a ideia é que fiquem cerca de 1,5 anos connosco e depois podem dar continuidade às suas carreiras em outros escritórios, em outros mercados, Madrid, etc. Lisboa será o segundo maior escritório fora da Dinamarca, a nossa sede. Temos muitas expectativas para Portugal”, adiantava Álvaro Dexeus, head of southern europe da Pleo, em entrevista em julho à Pessoas.

Apesar dos sinais de arrefecimento do mercado de capitais já ter motivado na época decisões de abrandamento de empresas tech, em julho a visão ainda era de expansão e crescimento. No ano anterior, a Pleo tinha levantado 350 milhões de dólares – dos quais 200 milhões em dezembro – elevando para 4,7 mil milhões de dólares a avaliação da startup unicórnio. Foi uma das maiores da série C em toda a Europa e alimentou os planos de expansão para Portugal, mas não só. Em dezembro, os objetivos passavam por abrir em mais 14 mercados, a começar por Áustria, Finlândia, Holanda e França.

E o objetivo era continuar a crescer e não havia sinais de corte de pessoas. “Há muitos planos para o Sul da Europa e não vamos abrandar. Mas estamos atentos e a trabalhar porque temos de estar cientes do que se está a passar no mercado, mas neste momento, não nos está a afetar. Não fizemos nenhum lay-off e nenhum está no nosso horizonte”, garantia no verão Álvaro Dexeus.

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“Doutorados têm de contribuir para a economia”, avisa Elvira Fortunato

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino superior vai apostar na colocação de mais bolsas de doutoramento em ambiente não académico a partir do próximo ano.

O Governo vai apostar mais nas bolsas de doutoramento em empresas ou em serviços públicos a partir de 2023, afirmou a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior na conferência Fábrica 2030, organizada pelo ECO, que decorreu esta quinta-feira na Alfândega do Porto. Os “doutorados têm de contribuir para a economia”, sublinhou Elvira Fortunato.

Uma medida em que vamos apostar a partir do ano que vem que é colocar mais bolsas de doutoramento em ambiente não académico. Estes doutorados, altamente qualificados, têm de ser ativos do ponto de vista económico nas empresas. Não podemos estar a formar em circuito fechado”, afirmou a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, numa conversa pré-gravada e transmitida na conferência.

“Estamos a formar, estamos a doutorar, mas eles têm também de sair. Não podem ficar no interior, dentro das universidades e dos centros de investigação. Eles têm de contribuir para a economia. É para isso que estamos a investir“, acrescentou Elvira Fortunato.

De forma a garantir o emprego, o ministério vai também reforçar os concursos institucionais para os centros de investigação, já que nestes existe “um comprometimento das instituições em ficar com as pessoas”.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior alertou que se as empresas não mantiverem investimento em I&D estarão a “matar as próximas décadas”. A governante considera que as empresas e as universidades estão hoje menos de costas voltadas, mas “ainda faz falta uma aproximação maior entre as universidades e a indústria. Não estamos ainda no pleno, contudo estamos melhor do que estávamos há uns anos a esta parte”.

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Câmara da Guarda quer atrair mais empresas e fixar população

  • ECO e Lusa
  • 10 Novembro 2022

Câmara Municipal da Guarda quer afirmar-se como capital de distrito, atraindo mais investimento, empresas e população. Oposição critica "falta de visão ao longo deste mandato.

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, o independente Sérgio Costa, disse esta quinta-feira que está a trabalhar para afirmar a cidade como uma “verdadeira capital” de distrito e onde exista “uma grande qualidade de vida”, atraindo mais empresas, investimento e população.

“Nós [executivo municipal] queremos que a Guarda seja considerada, cada vez mais, como uma capital de distrito, uma capital, uma verdadeira capital, onde as pessoas se sintam bem, onde tenhamos uma grande qualidade de vida”, disse à agência Lusa Sérgio Costa, que tomou posse há um ano, depois de encabeçar a candidatura pelo movimento independente Pela Guarda (PG), que conquistou a autarquia ao PSD.

Segundo o edil, “se se conseguir afirmar tudo isto, o restante vem a seguir”. Até porque, justificou: “As pessoas, as que cá estão, gostam de cá viver, e falarão sempre bem da sua cidade”. Ao mesmo tempo, o município quer dar condições para que as empresas se possam fixar, especificou o autarca, considerando que “todo o tipo de investimento é bem-vindo à Guarda”.

“E esta é a grande aposta. Queremos que as pessoas se fixem na Guarda e que outras pessoas possam vir viver para a Guarda. Afirmar a Guarda como capital de distrito, como a capital da Comunidade Intermunicipal [das Beiras e Serra da Estrela] e criar as condições para melhorar a qualidade de vida dos que cá estão e atrair mais pessoas do exterior”, declarou.

Todo o tipo de investimento é bem-vindo à Guarda.

Sérgio Costa

Presidente da Câmara Municipal da Guarda

O autarca independente assumiu, contudo, que é um trabalho que “vai demorar anos” e que há “um grande trabalho a fazer para que isto seja possível num futuro próximo”. Mas faz um balanço “francamente positivo” do trabalho realizado no primeiro ano do mandato e garantiu que a equipa que lidera está a fazer “paulatinamente” o que propôs no programa eleitoral.

“Temos tido um trabalho incessante ao longo deste ano, de reorganização dos serviços, com a nova lei orgânica e com os concursos da chefia de divisão, que estão a decorrer, para que, no mais curto espaço de tempo, essa reestruturação possa ser estabilizada e continuarmos, assim, na senda da nossa governação”, disse.

Ao longo do primeiro ano de mandato, “já muita coisa foi feita”. Apontou, como exemplo, o trabalho realizado ao nível da economia social, com a atribuição de meio milhão de euros para 14 instituições sociais executarem os projetos para se candidatarem a fundos comunitários destinados à criação de novas valências ou à realização de investimentos.

Nunca, na Câmara da Guarda tinham sido aprovados tantos projetos em tão pouco tempo”, sublinhou, prevendo que sejam apoiados pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e criados mais de 200 postos de trabalho.

O município também adquiriu um edifício no centro histórico para instalação de um centro tecnológico, que abrirá em breve, com condições para que as empresas do setor se fixem no território.

Na área da saúde, para além da constituição do Conselho Consultivo da Saúde Local, foi celebrado um protocolo com a administração da Unidade Local de Saúde para custear até 150 mil euros o projeto de execução do Centro de Investigação Nacional do Envelhecimento.

Por outro lado, o responsável lembrou que concretizou o processo de transferência de competências para as Juntas de Freguesia. “Fomos a primeira Câmara da região e das primeiras do país a fazer este processo, e com sucesso. Com um sucesso tal que foi aprovado por unanimidade na Assembleia Municipal e que nos leva a transferir mais de um milhão de euros anualmente para as Juntas de Freguesia”, referiu.

O executivo da Câmara Municipal da Guarda é composto por três eleitos do PG (Sérgio Costa, Amélia Fernandes e Diana Monteiro), três do PSD (Carlos Chaves Monteiro, Lucília Monteiro e Vítor Amaral) e um do PS (Luís Couto).

Oposição diz que “falta visão” e “dimensão de política”

Os dois partidos que estão na oposição na Câmara Municipal da Guarda consideraram, por seu lado, que “falta visão” e “existe uma clara falta de dimensão de política nas várias áreas” do executivo liderado pelo independente Sérgio Costa.

O vereador socialista Luís Couto referiu à Lusa que “há, da parte da vereação da oposição, um desconhecimento da estratégia que o executivo pretende implementar, desconhece-se o pensamento, as ações que se pretendem promover para assegurar o bom futuro deste concelho”. Além disso, continuou, “existe uma clara falta de dimensão de política nas várias áreas, da habitação, do espaço urbano, da inovação, da digitalização”.

Um ano após a tomada de posse, o vereador Carlos Chaves Monteiro (PSD), num depoimento por escrito enviado à Lusa, fez o balanço do trabalho feito por Sérgio Costa e, sobre o grau de independência dos membros do movimento, disse que é “frágil e quase ilusória”. Lembrou que “muitos deles são antigos militantes do PSD” e o líder, agora presidente, “foi corresponsável pela direção política e executiva do município ao longo de dois mandatos”.

Estamos sem rumo e atolados num amorfismo confrangedor. A esperança num futuro melhor tem, agora, pés de barro, podendo esboroar-se num curto espaço de tempo”, afirmou. Para o PSD, Sérgio Costa “não tem discernimento para aproveitar o que de bom que veio de trás e para o concretizar”.

“Com este executivo, no ano de 2022, pouco ou nada aconteceu além dos berros de retórica política de vitimização, de um presidente coitadinho que ‘chegou agora’ e que responsabilidade nenhuma tem sobre a obra do passado”, criticou.

“Passado um ano, cremos ser tempo de, de uma forma clara e sustentada, todos os que formamos o concelho da Guarda e o queremos afirmar, conhecermos como se propõe este executivo cumprir aquilo que prometeu aos munícipes”, referiu, por sua vez, o vereador socialista Luís Couto.

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Euribor inverte tendência e cai a três, seis e 12 meses

  • Lusa
  • 10 Novembro 2022

A taxa Euribor mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação desceu esta quinta-feira para 2,319%. Nos prazos a três e a 12 meses, a Euribor caiu para 1,798% e 2,886%, respetivamente.

As taxas Euribor inverteram esta quinta-feira a tendência das últimas sessões e desceram a três, seis e 12 meses face a quarta-feira.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, desceu esta quinta-feira, para 2,319%, menos 0,014 pontos e depois de ter subido em seis sessões consecutivas e em 9 de novembro para 2,333%, um novo máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a Euribor baixou esta quinta-feira, ao ser fixada em 2,886%, menos 0,012 pontos, contra 2,874% em 9 de novembro, um novo máximo desde janeiro de 2009, e também depois de seis sessões consecutivas a subir. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.
  • A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também recuou esta quinta-feira, ao ser fixada em 1,798%, menos 0,004 pontos, contra 1,802% em 9 de novembro, um novo máximo desde março de 2009, e 15 sessões consecutivas a subir. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 1,011% em setembro para 1,428% em outubro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia aumentar as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 8 de setembro em 75 pontos base. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Novobanco tem IPO na mira. Concorrência sem interesse no banco

“Queremos ter os destinos nas nossas mãos. Se é um IPO ou outra situação, não sei”, afirmou o administrador do Novobanco Luís Ribeiro. Os outros bancos ouviram, mas estão focados em si próprios.

O próximo capítulo do Novobanco deverá passar pela bolsa, já admitiu o CEO, Mark Bourke. O administrador Luís Ribeiro sublinhou que o banco quer “ter os destinos nas suas mãos”. “Se é um IPO ou outra situação, não sei”, referiu na Money Conference, organizada pelo Diário de Notícias, Dinheiro Vivo e TSF.

Na mesma conferência estavam responsáveis do BCP, BPI e Santander, que ouviram as declarações de Luís Ribeiro, mas disseram que os bancos que gerem estão focados em desenvolver o negócio que já têm.

“A preocupação é fazer do BCP um banco mais eficiente no serviço aos portugueses”, disse Miguel Maya. Mesmo com uma noiva [o Novobanco] “engalanada”? “Eu já sou casado”, respondeu o líder do BCP, soltando risos da plateia.

“Estamos focados em nós próprios”, acrescentou depois o presidente do BPI, João Pedro Oliveira e Costa.

No Santander, o foco é o mesmo. “Não está no nosso horizonte [comprar o Novobanco]. Estamos completamente focados no desenvolvimento em Portugal”, afirmou o administrador Miguel Belo.

O administrador do Novobanco disse que não sabia se o futuro do Novobanco é um IPO ou não, mas argumentou depois que o mercado português já tem um elevado grau de concentração para observar movimentos de consolidação.

Luís Ribeiro enfatizou ainda que “a situação da pandemia e guerra veio mostrar a importância de ter bancos portugueses”.

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Lidl contribui com sete mil milhões em três anos para a economia

Mais de metade da riqueza gerada resulta de impacto direto da cadeia alimentar. Postos de trabalho indiretos cresceram 7% ao ano, entre 2019 e 2021.

Em três anos o Lidl gerou mais de sete mil milhões de euros para Portugal. Só em 2021 a cadeia de supermercados contribuiu para a riqueza nacional com 2.610 milhões de euros — valor que representa 1,2% do PIB nacional desse ano — e para a manutenção de 60 mil postos de trabalho, de acordo com a segunda edição do Estudo de Impacto Socioeconómico, realizado pela consultora KPMG, para o retalhista alimentar, apresentado esta quinta-feira. Este ano, a cadeia prevê investir cerca de 200 milhões de euros.

“Os resultados deste estudo refletem o impacto crescente do Lidl na economia nacional e são consequência de um compromisso sério com Portugal, com os nossos colaboradores e clientes, assim como com os produtores e fornecedores nacionais. É com orgulho que os apresentamos e que nos reafirmamos como uma mais-valia para sociedade e economia em que nos inserimos. Continuaremos a trabalhar com a premissa de oferecer a máxima qualidade ao melhor preço e a investir igualmente em relações sólidas e duradouras com todos os nossos stakeholders“, diz Bruno Pereira, administrador do Lidl Portugal, citado em comunicado.

Entre 2019 e 2021, o retalhista contribuiu para a geração de sete mil milhões de euros para Portugal, dos quais 2.610 milhões de euros só em 2021. Deste impacto económico total do Lidl nesse ano, mais de metade (58%) corresponde à contribuição direta da empresa através do pagamento a fornecedores, de salários e impostos, 17% ao impacto indireto e 25% ao induzido. “Por cada euro gasto pelo Lidl foram gerados 1,73 euros na economia portuguesa”, destaca o estudo.

Estudo do seu Impacto Socioeconómico em Portugal 2019-2021. Realizado pela consultora KPMG, para o Lidl.

 

Criação de emprego aumenta 7% ao ano

A ação da cadeia também se refletiu ao nível da criação de emprego. Em três anos, o número de trabalhadores do Lidl subiu 11%, para 8.200 em 2021, quer ao nível de criação de postos de trabalho indiretos, assinalando um aumento médio de 7% ao ano.

“Só em 2021, por cada posto de trabalho gerado pelo Lidl, foram criados adicionalmente 7,3 novos postos de trabalho, resultando em quase 60 mil postos de trabalho criados de forma direta e indireta”, destaca o estudo da KPMG.

Estudo do seu Impacto Socioeconómico em Portugal 2019-2021. Realizado pela consultora KPMG, para o Lidl.

 

O setor agrícola (+29%), alimentar (+21%) e construção de edifícios (+11%) foram os setores onde o impacto do retalhista em termos de geração de riqueza mais se fez sentir, com igual impacto ao nível da criação de emprego com 41%, 13% e 7%, respetivamente.

A primeira edição do estudo, divulgada em junho de 2019, analisava cinco anos da atuação do Lidl em Portugal, e apontava um impacto de mais de nove mil milhões de euros para a economia portuguesa e a criação de mais de 46 mil postos de trabalho. Só em 2019, de forma direta e indireta, a cadeia alemã tinha contribuído com 2,12 milhões de euros para a riqueza nacional, ou seja 1% para o PIB. Deste valor, 56% resulta de impacto direto da cadeia da alimentar.

Atualmente, com uma rede de 270 lojas e quatro entrepostos em 2022, o Lidl emprega mais de nove mil colaboradores — no ano passado eram 8.200 — tendo previsto um investimento total de cerca de 200 milhões de euros, dos quais 125 milhões se destinam à intervenção nas lojas.

Recentemente, a companhia anunciou um investimento de 8,4 milhões de euros em aumentos salariais para 2023, dos quais 93% se destinam a colaboradores de lojas e entrepostos.

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