Presidente ucraniano desafia Putin para combate a dois num ringue, “se ele for homem”
Volodymyr Zelensky abordou, em entrevista à televisão pública francesa LCI, a possibilidade da guerra acabar com a morte de Putin: "Quando uma pessoa morre, todas as instituições param."
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, desafiou hoje o homólogo russo, Vladimir Putin, para “combate a dois” no ringue, “se ele for um homem”, numa entrevista à televisão francesa.
“Um homem, se é um homem de verdade, quando quer enviar uma mensagem a alguém ou se quer bater-lhe, fá-lo sem recorrer aos serviços de um intermediário. Se eu tivesse tal mensagem para enviar a Putin, fá-lo-ia sozinho“, disse Zelensky numa entrevista transmitida na televisão pública francesa LCI, citado pela Europa Press.
O líder ucraniano disse que estava pronto para combater a dois com Putin, num combate “a começar amanhã”, adiantando que esse encontro “seria a última cimeira do Presidente Putin” Zelensky respondia assim às noticias sobre uma ordem de Putin dada ao presidente da região russa da Chéchenia, Ramzan Kadyrov, para matar o chefe de Estado ucraniano, pouco depois da invasão russa da Ucrânia a 24 de fevereiro.
O presidente da Ucrânia abordou também a possibilidade da guerra acabar com a morte de Putin: “Quando uma pessoa morre, todas as instituições param.”
Para Zelensky, a estratégia de Putin é comparável à da Alemanha nazi. “A Rússia não iniciou uma nova forma de guerra. Está a fazer o que o regime fascista de Hitler fez”, disse, referindo-se ao bombardeamento pela Rússia de infraestruturas civis para provocar o pânico entre a população ucraniana.
Quanto às ameaças da Rússia sobre a utilização de armas nucleares, Volodymyr Zelensky salientou que são “um sinal de fraqueza”, “desordem mental” e “problemas médicos”, referindo que “só os doentes, absolutamente doentes, poderiam dar tal passo”.
O chefe de Estado da Ucrânia referiu-se ainda aos mais de dois milhões de ucranianos, muitos deles crianças, que foram deportados para a Rússia desde o inicio da guerra. “Temos números impressionantes. Estamos a falar de 50.000 a 200.000 crianças, das quais conhecemos os detalhes: nomes, datas de nascimento e assim por diante”, disse, adiantando que “muitos são hoje reféns”.
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