Bulgária aprova pela primeira vez envio de ajuda militar à Ucrânia

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2022

O envio de apoio às forças ucranianas foi aprovada com 148 votos a favor (em 240), mas teve forte oposição de grupos socialistas e pró-russos.

O Parlamento búlgaro aprovou esta sexta-feira o envio de ajuda militar à Ucrânia, pela primeira vez desde o início da invasão russa, tendo os deputados acordado também uma lista de armamento. O envio de apoio às forças ucranianas, que procuram expulsar do seu território as tropas de Moscovo, foi aprovada com 148 votos a favor (em 240), mas teve forte oposição de grupos socialistas e pró-russos.

A lista de armas é confidencial, mas fontes governamentais indicaram que serão enviadas em particular armas ligeiras e munições. Segundo o jornal Dnevnik, uma resolução previamente aprovada pelo Parlamento deu aos deputados um período de um mês para elaborarem a lista, tendo em conta as capacidades militares da Bulgária.

O ministro da Defesa, Dimitar Stoyanov, disse que o país não se pode dar ao luxo de enviar sistemas de defesa aérea russos e caças Su-25, dos quais Kiev necessita. “A minha opinião sobre isto tem sido conservadora, porque tenho de garantir as capacidades de defesa da Bulgária”, disse Stoyanov, sublinhando que a ajuda vai ao encontro das “prioridades ucranianas”.

A Bulgária é um dos poucos países da União Europeia que ainda não enviou ajuda militar à Ucrânia porque o Partido Socialista, um aliado do anterior governo de coligação, bloqueou a possibilidade em maio. Embora a Bulgária não tenha enviado armas, os seus fornecedores exportaram para o país armamento em grande quantidade. Em agosto, Sófia aprovou acordos de exportação de armas no valor de mais de 500 milhões de euros.

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De Porto a Ermesinde há comboio a vapor para o Natal

Iniciativa da câmara de Valongo em parceria com a CP segue-se à exibição de um comboio no Natal de 2021 na estação central do Porto. Viagens arrancam dia 17 de dezembro.

O comboio a vapor vai ser posto em marcha em tempo de Natal. A partir de 17 de dezembro, a locomotiva a vapor 0186, a mesma que faz o comboio histórico do Douro durante o verão, vai rebocar cinco carruagens entre as estações de Porto-São Bento e de Ermesinde. A iniciativa resulta de uma parceria entre a CP e a câmara de Valongo.

A iniciativa vai decorrer nos dias 17, 18, 22 e 30 de dezembro e nos dias 7 e 8 de janeiro. Por cada dia estão previstas duas circulações em cada sentido.

Dias 17 e 18 de dezembro e dias 7 e 8 de janeiro, há partidas de Porto-São Bento pelas 15h03 e 19h55, com chegada a Ermesinde pelas 15h29 e 20h21, respetivamente; no sentido contrário, a viagem começará em Ermesinde pelas 16h40 e 21h25, com chegada prevista a São Bento pelas 17h18 e 22h09, respetivamente.

Dias 22 e 30 de dezembro, há partidas de Porto-São Bento pelas 15h08 e 20h08, com chegada a Ermesinde pelas 15h47 e 20h35, respetivamente; no sentido contrário, a viagem começará em Ermesinde pelas 16h40 e 21h53, com chegada prevista a São Bento pelas 17h16 e 22h15, respetivamente.

Cada bilhete vai custar 10 euros para adultos e 5 euros para crianças. Além de uma viagem de ida no comboio a vapor, o ingresso também vai permitir aos passageiros circularem todo o dia na rede de comboios suburbanos do Grande Porto da CP: Linha de Aveiro. Linha de Braga, Linha do Marco de Canaveses e Linha de Guimarães.

Locomotiva 186 da CP é usada no comboio histórico do Douro durante o verão.

Os ingressos poderão ser comprados em qualquer bilheteira da CP a partir deste sábado e apenas haverá 250 lugares por cada circulação – recomenda-se a compra antecipada de bilhete.

“Com esta iniciativa, as famílias com menos recursos poderão ter a experiência do comboio a vapor e podemos atrair para este meio de transporte pessoas que habitualmente não andam de comboio”, assinala ao Local Online a vice-presidente da CP, Isabel Ribeiro.

A bordo, haverá animação de um grupo de teatro local e a distribuição de doces típicos da região.

Para que este comboio possa circular foi necessário pedir uma autorização especial junto da Infraestruturas de Portugal, dado que o troço entre Porto e Ermesinde é um dos mais congestionados da rede ferroviária nacional. Além disso, a locomotiva a vapor não está dotada de sistemas de segurança modernos, o que obriga a cuidados redobrados.

A circulação do comboio do Natal é uma evolução da exibição da locomotiva a vapor 0186, que decorreu no Natal de 2021, nas estações de São Bento e de Campanhã. Também no último Natal, na estação de Lisboa-Rossio, foi mostrada uma das automotoras que fez a estreia da eletrificação da Linha de Sintra, na década de 1960.

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Secretário-geral da NATO teme que conflito na Ucrânia alastre para guerra global

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2022

É importante evitar um conflito “que envolva mais países da Europa e se torne numa guerra travada na Europa", disse o secretário-geral da aliança.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, alertou esta sexta-feira, em declarações aos ‘media’ noruegueses, que os combates na Ucrânia podem sair do controlo e o atual conflito transformar-se numa guerra entre a Rússia e a NATO. “Se as coisas correrem mal, podem correr terrivelmente mal”, referiu o líder da Aliança Atlântica em declarações à estação norueguesa NRK.

“É uma guerra terrível na Ucrânia. É também uma guerra que se pode tornar numa guerra total, que alastra para uma grande guerra entre a NATO e a Rússia”, acrescentou, garantindo que o Ocidente está a trabalhar “todos os dias” para evitar esse cenário. O ex-primeiro-ministro da Noruega salientou também na entrevista que é importante evitar um conflito “que envolva mais países da Europa e se torne numa guerra travada na Europa.”

O Kremlin tem acusado repetidamente os aliados da NATO de se tornarem efetivamente uma parte do conflito, fornecendo armas à Ucrânia, treinando as suas tropas e apoiando a inteligência militar para atacar as forças russas. Em declarações vistas como um aumento das tensões entre a Rússia e o Ocidente, o Presidente russo Vladimir Putin sugeriu que Moscovo pode pensar em utilizar um ataque preventivo, descrevendo este como um conceito dos EUA.

Putin defendeu esta sexta que será necessário um acordo “no final” do conflito na Ucrânia, mas disse ter dúvidas sobre a confiança que Moscovo poderá depositar nos seus interlocutores. “No final teremos de chegar a um acordo. Já disse várias vezes que estamos prontos para essas negociações, estamos abertos, mas isso obriga-nos a pensar com quem estamos a lidar”, realçou Putin, à margem de uma cimeira regional no Quirguistão.

Vladimir Putin reagia a comentários recentes da ex-chanceler alemã Angela Merkel, que disse que o acordo de Minsk de 2014, entre Moscovo e Kiev, assinado sob a égide da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), deu à Ucrânia tempo para se fortalecer e enfrentar um conflito armado com a Rússia.

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Vice-presidente grega do Parlamento Europeu foi detida

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Dezembro 2022

A detenção ocorre na sequência de uma investigação sobre corrupção que envolve o Qatar, anfitrião do Mundial 2022, depois de outros quatro suspeitos terem sido detidos no início desta sexta-feira.

A vice-presidente do Parlamento Europeu e eurodeputada grega socialista, Eva Kaili, foi detida esta sexta-feira à noite, em Bruxelas, na sequência de uma investigação sobre alegada corrupção que envolve o Qatar, país anfitrião do Mundial 2022, avança a agência noticiosa France-Presse.

No início desta sexta-feira, outros quatro suspeitos já haviam sido detidos para serem interrogados pela polícia belga, sendo Eva Kaili companheira de um deles, segundo uma fonte próxima do caso adiantou à AFP. O procurador federal da Bélgica anunciou as primeiras detenções depois de terem sido encontrados 600 mil euros em dinheiro durante as 16 buscas realizadas em Bruxelas, uma das quais ao apartamento da eurodeputada.

As autoridades não revelaram as identidades dos suspeitos nem o nome do país envolvido na investigação ao alegado lóbi ilegal para influenciar decisões políticas, dizendo apenas que se trata de um “Estado do Golfo”. No entanto, uma fonte próxima do caso confirmou a notícia avançada pelo jornal belga Le Soir de que a investigação se concentra em suspeitas de tentativas do Qatar para corromper um socialista italiano que foi membro do Parlamento Europeu entre 2004 e 2019.

O jornal grego I Kathimerini noticia ainda que Eva Kaili, eurodeputada dos Socialistas & Democratas pelo PASOK, foi expulsa do partido de centro-esquerda grego. “Na sequência dos últimos desenvolvimentos e da investigação das autoridades belgas sobre a corrupção de funcionários europeus, a eurodeputada do PASOK Eva Kaili foi expulsa do partido por decisão do presidente Nikos Androulakis,” anunciou o partido.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h26)

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“Mais greves seriam muito prejudiciais para a companhia e para o país”, diz CEO da TAP

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2022

“A única forma de sairmos dos acordos de emergência é negociando um novo acordo coletivo de trabalho”, disse Christine Ourmières-Widener.

A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, admitiu esta sexta-feira que mais greves de tripulantes “seriam muito prejudiciais para a companhia e para o país” e reiterou a disponibilidade da empresa para negociar com o sindicato.

Estamos disponíveis para todas as discussões possíveis com o SNPVAC [Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil], nós respeitamos a liberdade para fazer greve, […] mas também queremos sentar-nos à mesa das negociações, para evitar o mais possível novas ações, porque isso seria muito prejudicial para a companhia, para o país e também pensando em todos os contribuintes portugueses que têm investido na companhia”, afirmou a responsável, em declarações aos jornalistas, no aeroporto de Lisboa, para um balanço da greve de dois dias de tripulantes de cabine da TAP, que termina esta sexta.

Ourmières-Widener reiterou que a companhia já tinha concordado com nove das 14 exigências apresentadas pelo sindicato, uma das quais relativamente às ajustas de custo, mas lembrou que “não é possível achar que o acordo de emergência vai desaparecer”.

A empresa assinou acordos de emergência com todos os sindicatos representativos dos trabalhadores, que permitiram implementar um plano de reestruturação, que está em curso, que incluiu despedimentos e cortes salariais, por exemplo.

“Estamos a voar este ano o que era suposto, talvez, voarmos em 2023, e isso são boas notícias para a companhia, para o país e para o turismo português, mas este crescimento foi antecipado no acordo de emergência, portanto não é novo”, apontou a presidente executiva. Christine Oumières-Widener disse que há algumas exigências do sindicato que “não seriam consistentes com a necessidade aumentar a produtividade ou podiam colidir com o acordo de emergência”.

A única forma de sairmos dos acordos de emergência é negociando um novo acordo coletivo de trabalho”, que não é possível sem um novo acordo de empresa, vincou a responsável, admitindo que poderá chegar-se a uma solução transitória. A presidente executiva disse que ainda não estão definidas datas para voltar às negociações com o SNPVAC, que acusa a TAP de ter sido quem as abandonou.

Estamos prontos, se não esta semana, na próxima, não é um problema, estamos disponíveis”, reiterou Ourmières-Widener.

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Business Roundtable Portugal preocupada com implementação de Simplex ambiental

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2022

A associação propõe a criação de mecanismos de reporte de situações concretas, a acompanhar de forma regular e sistemática pela Secretaria de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa.

A Associação Business Roundtable Portugal (BRP) saudou esta sexta-feira a reforma e simplificação do licenciamento ambiental, aprovada pelo Governo esta semana, mas mostrou-se preocupada com a “implementação efetiva do novo quadro legal”, segundo um comunicado.

A entidade saudou “a iniciativa do Governo em aprovar o Simplex Ambiental, na medida em que permitirá reduzir os elevados custos de contexto que recaem sobre os agentes económicos neste âmbito” que “travam o investimento nacional, logo a criação de riqueza de que o país tanto necessita”.

A associação disse que a “adequação da legislação é um bom ponto de partida”, mas considerou “que o maior desafio será a sua aplicação prática, pelo que será fundamental garantir a sua correta execução para libertar os agentes económicos do peso burocrático excessivo que os licenciamentos acarretam”.

“Concordamos que os excessos burocráticos não defendem o planeta, nem o ambiente, e penalizam a sociedade, já que impedem a criação de riqueza de que tanto necessitamos para reduzir a pobreza”, garantiu a organização, destacando que o “atual enquadramento jurídico nacional caracteriza-se por muitas exigências administrativas desproporcionadas, duplicações de deveres de comunicação às entidades públicas e procedimentos muito complexos”.

De acordo com a associação, além disso, “os prazos legais para a tramitação administrativa não são cumpridos habitualmente, pois podem ser suspensos por diversas vezes ao longo do curso dos processos” e são “com frequência” ultrapassados “pela entidade com competência decisória”.

A associação destacou vários pontos positivos desta reforma e simplificação ambiental, apontando “as alterações com vista ao funcionamento efetivo do deferimento tácito, por mecanismo de certificação eletrónica e sem custos, passando o prazo para formação de deferimento tácito a ser contado desde a apresentação do pedido pelo promotor”, bem como “a existência de um único pedido de elementos/esclarecimentos complementares, sendo que o prazo de decisão não é suspenso se o promotor responder no prazo de 10 dias”.

A organização elogiou ainda a possibilidade de eliminar “a necessidade de realizar Avaliação de Impacte Ambiental ou análise ‘caso-a-caso’, incluindo para alterações/ampliações de projetos industriais, substituição de equipamentos, produção de energia (em certas situações)” e acabar com “a duplicação de avaliações ambientais (estratégica e de impacte), procedimentos, autorizações ou pareceres”.

Por fim, a associação elogia, entre as medidas aprovadas, que sejam evitadas “duplicações de licenciamento de emissões” e a eliminação da “renovação da licença ambiental, salvo em casos específicos”. “A Associação BRP aponta, pela negativa, que o diploma não tenha tornado obrigatórias as conferências procedimentais nas situações em que várias entidades administrativas se tenham que pronunciar no licenciamento”, referindo que “criar uma solução mais ampla e ambiciosa, e não apenas no âmbito do licenciamento ambiental, poderá significar o protelamento, ‘sine die’, de uma solução que podia ser testada num âmbito mais circunscrito”.

“Reiteramos a nossa grande preocupação com a implementação efetiva do novo quadro legal, pelo que propomos que sejam criados mecanismos de reporte de situações concretas, a acompanhar de forma regular e sistemática pela Secretaria de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa”, sublinhou.

O Conselho de Ministros aprovou na quarta-feira o início da reforma e simplificação dos licenciamentos ambientais, eliminando autorizações, procedimentos e licenças. “O Conselho de Ministros aprovou hoje [quarta-feira], em redação final, o decreto-lei que inicia a reforma e simplificação dos licenciamentos em matéria ambiental, através da eliminação de licenças, autorizações, atos e procedimentos redundantes”, indicou, em comunicado.

Com este diploma, o executivo pretende simplificar a atividade das empresas e incentivar o investimento, reduzindo os encargos administrativos e os custos. Ainda assim, conforme ressalvou, tal acontecerá sem prejuízo do cumprimento das regras de proteção ambiental.

A associação BRP é “constituída por empresas e grupos empresariais com atividade económica relevante em Portugal”, indicou, incluindo grupos como a EDP, o BPI, a Sonae e a Salvador Caetano, entre os seus 42 associados fundadores.

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Águas de Coimbra propõe aumento de 2,7% no tarifário para 2023

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2022

Para um cliente que tenha um consumo de 5 metros cúbicos por mês, a fatura passa de 16,23 para 16,64 euros e, para um consumo de dez metros cúbicos por mês, passa de 26,88 para 27,65 euros.

A empresa municipal Águas de Coimbra propõe um aumento de tarifário de 2,7%, com exceção da tarifa social que se mantém inalterada, refere a proposta que será discutida na reunião da Câmara de Coimbra na segunda-feira.

O documento, consultado pela agência Lusa, dá nota de que este aumento acompanha a atualização de 2,7% dos preços do abastecimento e saneamento “em alta” por parte da Águas do Centro Litoral (AdCL), que irá fazer um aumento na mesma percentagem para 2023, recordando ainda o momento de inflação e de aumento de custos de energia que afetam também esta empresa municipal.

Caso não fosse feito qualquer aumento do tarifário e tendo previsto gastos na ordem de 30 milhões de euros para 2023, a Águas de Coimbra iria ter um resultado operacional negativo de 167 mil euros, salienta a empresa municipal, na proposta que será discutida e votada pelo executivo liderado pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Volt/RIR/Aliança).

Face a essa perspetiva, “afigura-se absolutamente necessário proceder a um ajuste tarifário para o ano de 2023”, defende a empresa municipal presidida por Alfeu Sá Marques, que propõe um aumento de 2,7% para todas as tarifas, quer no serviço de abastecimento de água, quer no serviço de saneamento de águas residuais.

Segundo a proposta consultada pela Lusa, a atualização do tarifário, para um cliente que tenha um consumo de cinco metros cúbicos por mês, a fatura passa de 16,23 euros para 16,64 euros e, para um cliente com um consumo de dez metros cúbicos por mês, passa de 26,88 euros para 27,65 euros.

A Águas de Coimbra salienta que este aumento de tarifário deverá levar a empresa a ter um resultado positivo de 883 mil euros em 2023, ao invés dos 167 mil euros negativos projetos sem atualização. No documento, a empresa municipal realça ainda que esta proposta pressupõe que o caudal de efluente não ultrapasse um volume orçamentado de 12,5 milhões de metros cúbicos por ano (cujo tratamento é pago à Águas do Centro Litoral).

Caso tal não se verifique, “será colocada nessa data a hipótese de nova atualização tarifária, que permita uma revisão orçamental, com reforço da rubrica de gastos de recolha e tratamento de efluentes”. De recordar que em 2021, foi também aprovado um aumento de cerca de 10% na taxa variável do tratamento das águas residuais da empresa municipal, ao mesmo tempo que se manteve o preço das restantes componentes da fatura.

O tarifário para 2022 foi na altura aprovado com os seis votos a favor da coligação Juntos Somos Coimbra e cinco contra (quatro do PS e um da CDU).

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Trabalhadores das indústrias conserveiras em greve na segunda-feira

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2022

A greve abrange cerca de 4.000 trabalhadores de conserveiras localizadas em Matosinhos, Figueira da Foz, Peniche e Olhão.

Os trabalhadores das indústrias de conservas de peixe vão estar na segunda-feira em greve convocada pela Federação dos Trabalhadores da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT). A coordenadora da FESAHT, Maria das Dores Gomes, afirmou à agência Lusa que a greve abrange cerca de 4.000 trabalhadores de conserveiras localizadas em Matosinhos, Figueira da Foz, Peniche e Olhão.

Segundo a mesma fonte, a greve visa reivindicar por aumentos salariais, que não houve em 2022. “O seu salário [a rondar o salário mínimo nacional] tem de ser revisto, porque os trabalhadores trabalharam mais durante a pandemia para fazer face ao aumento do consumo e as empresas aumentaram as vendas”, justificou.

A coordenadora da FESAHT explicou que, durante este ano, as indústrias conserveiras rejeitaram a proposta de aumentos salariais, exigindo em contrapartida aos trabalhadores a cederem a aceitar o trabalho por turnos no Contrato Coletivo de Trabalho, o que foi recusado já que a maioria dos trabalhadores são mulheres.

Em comunicado, a FESAHT alertou que os salários no setor são “muito baixos” e os horários “instáveis e desregulados, não assegurando a conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar dos trabalhadores”.

Por falta de contratação de mais trabalhadores, em algumas unidades, “os ritmos de trabalho são cada vez mais intensos e põem em causa a saúde dos trabalhadores e a qualidade do serviço”. No comunicado, é exigido a valorização geral dos salários na contratação coletiva, o combate à precariedade e a negação do aumento dos ritmos de trabalho e a desregulação de horários, com a redução do horário semanal de trabalho para as 35 horas.

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EUA anunciam novo pacote de ajuda à Ucrânia para reforçar defesas antiaéreas

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2022

O pacote inclui munições e defesas antiaéreas do inventário do Pentágono, disse John Kirby.

Os Estados Unidos anunciaram esta sexta-feira mais 275 milhões de dólares (cerca de 260 milhões de euros) em ajuda militar à Ucrânia, com o objetivo de reforçar as suas defesas antiaéreas. O pacote inclui munições e defesas antiaéreas do inventário do Pentágono, disse John Kirby, porta-voz da Casa Branca.

Com este anúncio, os EUA forneceram cerca de 18 mil milhões de euros em assistência de segurança à Ucrânia desde que o Presidente Joe Biden chegou à Casa Branca, em janeiro de 2021.

A Rússia intensificou os ataques aéreos contra as infraestruturas responsáveis pelo fornecimento de energia à Ucrânia nas últimas semanas, aumentando o receio de que os cidadãos ucranianos fiquem sem eletricidade e aquecimento durante o inverno.

A NATO acusa o Presidente russo, Vladimir Putin, de tentar usar o inverno como uma “arma de guerra”.

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Regulador recomenda redução do investimento em serviços energéticos na Madeira

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2022

Empresa de Eletricidade da Madeira apresentou um plano de 65,1 milhões, mas a ERSE diz que montante deve ser reduzido para “valores em linha com a média anual dos últimos períodos regulatórios".

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) recomendou esta sexta-feira à Empresa de Eletricidade da Madeira que reduza o investimento de 65,1 milhões de euros, proposto para 2022-2024 no plano de transporte e distribuição em alta e média tensão no arquipélago.

A ERSE esclarece, em comunicado, ter emitido um parecer no qual alerta para o “significativo aumento do investimento proposto para o atual período regulatório”, entre 2022 e 2024, em comparação com os períodos anteriores, bem como para a “falta de informação” que permita comprovar a sua efetiva necessidade.

A entidade reguladora recomenda, por isso, que o operador de redes elétricas da Região Autónoma da Madeira “promova uma redução do montante de investimento” apresentado na proposta inicial de Plano de Desenvolvimento e de Investimento na Rede de Transporte e Distribuição em Alta Tensão e Média Tensão (PDIRTD-RAM 2021), que abarca o período entre 2022 e 2024.

A Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM), detida a 100% pelo Governo Regional (PSD/CDS-PP), apresentou um plano orçado em 65,1 milhões de euros, mas a ERSE considera que este montante deve ser reduzido para “valores em linha com a média anual dos últimos dois períodos regulatórios”, incluindo apenas “aqueles projetos de investimento que considere estritamente necessários e que possam ser efetivamente concretizados no horizonte do Plano”.

No período 2015-2017 o PDIRTD estipulou investimentos na ordem dos 38,6 milhões de euros, ao passo que no período 2018-2020 a verba subiu para 45,6 milhões de euros. “Tendo em atenção a data de emissão deste parecer [09 de dezembro], a ERSE recomenda que a revisão do investimento incida apenas sobre os investimentos a realizar no período 2023-2025”, refere o comunicado.

A entidade reguladora adianta que qualquer investimento que seja proposto deve ser “devidamente fundamentado” com informação que permita comprovar a sua mais-valia para o cumprimento dos objetivos que se propõe atingir. No entanto, reconhece ser importante dotar as redes do arquipélago da Madeira das condições necessárias para responder ao atual contexto de transição energética, tendo em conta os objetivos de descarbonização do setor energético e consequente maior reforço da eletrificação da sociedade e da eficiência energética.

“Deve ser dada especial atenção ao processo de seleção dos projetos de investimento a incluir nas propostas de PDIRTD, com o objetivo de evitar a inclusão de projetos, cujo prazo de concretização é ainda incerto, resultando numa sobreorçamentação do investimento a aprovar, com impacto direto nos encargos a suportar pelos consumidores”, refere.

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TAP fez 82 dos 119 voos previstos para o segundo dia de greve até às 17h

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Dezembro 2022

Transportadora fez balanço do segundo dia da greve dos tripulantes: já operou os 82 voos previstos de um total de 119.

Do total de 119 voos programados para esta sexta-feira, a TAP operou os 82 voos previstos até às 17 horas, segundo o mais recente balanço doa segundo dia de greve dos tripulantes de cabina da companhia aérea portuguesa. Até ao final do dia, prevê efetuar a totalidade dos voos programados para hoje, para 36 destinos, incluindo todos os de serviços mínimos.

A TAP está a operar com serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral e pelos seus parceiros, na sequência da greve convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) para os dias 8 e 9 de dezembro. Segundo a transportadora, já se realizaram 19 dos 30 voos que estavam previstos nos serviços mínimos para esta sexta-feira, tendo sido cancelado “apenas um voo para a Praia, mas devido a falta de passageiros”, como já havia anunciado na quinta-feira.

No primeiro dia de greve, a companhia aérea portuguesa fez todos os 148 voos previstos, 64 dos quais de serviços mínimos.

Em comunicado, a TAP esclarece que “não tem nesta altura menos 20 aviões do que tinha em 2019, como alega o SNPVAC, mas sim menos nove aeronaves ao serviço (105 vs 96)“. Quanto ao número de tripulantes por aeronave, “a companhia cumpre os requisitos legais e do fabricante, estando em linha com os concorrentes comparáveis”, aponta.

Afirmando que “lamenta profundamente esta situação, que prejudica os clientes, a companhia e o país”, a TAP garante que “continua, como sempre, disponível para negociar com o SNPVAC, bem como com todos os sindicatos”. A este propósito, salienta que “aceitou nove das 14 propostas do sindicato e pediu que a sua assembleia geral fosse antecipada para evitar o impacto na operação da companhia”.

Para mitigar o impacto da greve, a TAP já tinha cancelado 360 voos para esta quinta e sexta-feira e tinha também dado a possibilidade aos clientes de alterarem as marcações sem custos.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h38)

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Obras em curso no Porto “afetadas” por atrasos na entrega de materiais

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2022

Câmara do Porto diz que todas as empreitadas em curso na cidade têm sido "de algum modo afetadas" por atrasos na entrega de materiais, tais como caixilharias, vidros ou madeiras.

“Todas as empreitadas acabam por ser de algum modo afetadas, ainda que umas sejam mais do que outras, dependendo da maior ou menor quantidade de produtos a incluir ou da sua especificidade”, afirmou a Câmara do Porto, não especificando, no entanto, quais as obras que estão a sofrer impactos.

De acordo com a página da empresa municipal GO Porto, responsável pela gestão das grandes obras públicas no Porto, estão em curso 27 empreitadas, entre as quais se destacam a requalificação da Escola Alexandre Herculano, a requalificação da Escola Básica do Falcão, a beneficiação da Piscina Armando Pimentel, assim como várias requalificações de ruas, estabilização de taludes e beneficiação de pavimentos.

Segundo a autarquia, os maiores atrasos na entrega de materiais de construção verificam-se sobretudo nas empreitadas que incluem “materiais importados”, como, caixilharias, vidros, madeiras ou equipamentos mecânicos e elétricos.

Nestes casos, acrescenta o município, o mais frequente é optar-se por “materiais substitutos, cujo prazo de entrega seja mais célere”, mas não sendo possível, a solução passa por “assumir um prazo mais alargado para a execução dos trabalhos”.

A prorrogação do prazo para finalizar a empreitada “cria um efeito em cadeia“, sublinha a autarquia, lembrando que tal exige que “a mão-de-obra especializada prolongue a sua afetação aos projetos em causa e, quanto mais tempo estiver afeta a uma obra, mais tarde estarão disponíveis para outros projetos”.

Na segunda-feira, a Câmara Municipal do Porto adiantou à Lusa que a obra de requalificação da Escola Secundária Alexandre Herculano foi prorrogada até ao final do ano devido a atrasos na entrega de materiais, garantindo, no entanto, que mantém a reabertura do equipamento para abril de 2023.

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