Macron diz que “comunidade política europeia” é “complemento” à adesão à UE

  • Lusa
  • 19 Maio 2022

Esta "comunidade não é uma alternativa ao processo de adesão, mas um complemento", que "permite uma estruturação mais forte da relação política, energética e de investimento", explica Macron.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, explicou esta quinta-feira que a “comunidade política europeia” que tem vindo a defender representa “um complemento” e não “uma alternativa” ao processo de adesão à União Europeia (UE).

Falando no Palácio do Eliseu, ao receber a Presidente moldava, Maia Sandu, o chefe de Estado francês recordou que este formato visa “criar um novo quadro para estruturar a cooperação, reunindo nações europeias democráticas que aderem ao conjunto de valores [europeus] e que podem ou não aspirar a aderir à UE”.

“Esta comunidade não é uma alternativa ao processo de adesão, mas um complemento que, independentemente dele, permite uma estruturação mais forte da relação política, energética e de investimento com vários países que desejam aderir”, acrescentou.

Macron apresentou este projeto em 9 de maio, Dia da Europa, perante o Parlamento Europeu em Estrasburgo (França), durante o debate sobre o lançamento do processo de adesão da Ucrânia, que está em guerra com a Rússia. O Presidente francês explicou que levaria “décadas” para a Ucrânia aderir à UE e sugeriu que Kiev entretanto deveria fazer parte de uma “comunidade política europeia” que poderia também incluir o Reino Unido, que deixou o bloco comunitário em 2020, ou a Moldova.

Dirigindo-se a Maia Sandu, que recebeu pela terceira vez, Emmanuel Macron disse esperar que “as próximas semanas” permitam à UE “dar uma resposta clara à Moldova, que a merece, dada a sua situação geopolítica, de segurança e humanitária”.

“A agressão inaceitável da Rússia à Ucrânia constitui uma ameaça à estabilidade de toda a região e em particular à Moldova” porque “os recentes incidentes na região da Transnístria mostram que uma propagação do conflito” não pode “ser excluída”, salientou o chefe de Estado francês.

Por sua vez, a Presidente moldava saudou a “iniciativa” da Presidência francesa de criar uma “comunidade política europeia”, que, segundo ela, permitiria à Moldova “acelerar” a sua adesão ao bloco dos 27. “A Moldova é um país com uma história europeia e terá sem dúvida um futuro europeu”, continuou a representante, sublinhando a “determinação” de Chisinau em tornar-se um Estado-membro da UE.

Compreendemos que a adesão à UE é um processo longo e complexo, que requer muito esforço e trabalho árduo. Não estamos à procura de um atalho neste caminho. Estamos preparados para fazer esforços, para trabalhar”, assegurou. A Moldova solicitou a adesão à UE a 3 de março, tal como a Geórgia, e poucos dias após a Ucrânia (28 de fevereiro).

Esta antiga república soviética de cerca de 2,6 milhões de habitantes, um dos países mais pobres da Europa, foi particularmente afetada pela invasão russa da Ucrânia, com a qual partilha uma fronteira. Cerca de 450.000 refugiados ucranianos atravessaram o seu território e dezenas de milhares deles, metade dos quais crianças, ficaram para trás, de acordo com Maia Sandu.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, defendeu esta quarta-feira a criação de uma “comunidade geopolítica europeia” e a alteração dos processos de adesão à UE, de modo a permitir uma “integração progressiva” dos países candidatos.

O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, denunciou esta quinta um “tratamento de segunda classe” por “determinadas capitais” relativamente à candidatura ucraniana à adesão à UE. Horas antes, o chanceler alemão, Olaf Scholz, num discurso no parlamento alemão, mostrou-se contrário a dar à Ucrânia um “atalho” para a adesão à UE. O Presidente lituano, Gitanas Nauseda, já tinha afirmado que a proposta de Macron refletia uma falta de vontade de integrar rapidamente a Ucrânia na UE.

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MDS junta no Porto corretores de seguros que valem 40 mil milhões por ano

  • ECO Seguros
  • 19 Maio 2022

A conferência da rede Brokerslink vai reunir 300 seguradores, corretores e gestores de risco de 60 países de cinco continentes. Gestores de topo vão analisar risco e propor caminhos para os enfrentar.

A cidade do Porto vai receber na conferência anual da Brokerslink, empresa de corretagem independente fundada pela multinacional portuguesa MDS e que já está em 125 países, juntando 300 gestores de topo do setor segurador mundial para debater o futuro da atividade.

Os presidentes executivos e quadros de topo que estarão em Portugal são responsáveis por prémios de seguro superiores a 40 mil milhões de dólares, ou seja, o equivalente a cerca de 20% do PIB português. Os participantes representam seguradores, corretores e gestores de risco de 60 países de cinco continentes.

A MDS como anfitriã da iniciativa, decidiu realizar a conferência nos próximos dias 26 e 27 no Porto, depois em nos anos anteriores ter passado por cidades e países como Hong Kong, Lisboa, Miami, Singapura, Veneza, Nova Iorque, Amsterdão, Marraquexe e Bordéus. Os temas em debate incluem a competição geopolítica e os seus riscos, o papel da tecnologia na transformação dos modelos de negócio, o desenvolvimento de negócios sustentáveis ou a gestão de risco.

Entre os oradores estão Andreas Berger, CEO da Swiss Re Corporate Solutions, Bernardo Pires de Lima, professor da Universidade Nova de Lisboa, Cara Brown, underwriting manager da Chubb, José Manuel Fonseca, fundador e Chairman da Brokerlink, Laurent Freixe, Laurent Freixe, vice-presidente executivo e CEO para a América Latina da Nestlé, Martin Thormählenm CTO da Munich Re, Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal, e Tim Marshall, jornalista, autor e broadcaster, especialista em Assuntos Externos e Diplomacia internacional.

José Manuel Fonseca, também CEO Global do MDS Group, afirma: “O mundo está em mudança acelerada. A corrida global aos recursos naturais, o embate entre sistemas políticos, as alterações climáticas, a digitalização da sociedade, a cibersegurança, a saúde e envelhecimento das populações ou os riscos emergentes são alguns dos temas que marcam a vida das pessoas, das empresas e dos Estados, e aos quais estamos muito atentos na Brokerslink”.

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Cresap dá luz verde a Diogo Alarcão para o regulador dos seguros

Ex-presidente da Mercer Portugal teve parecer adequado da Cresap para a administração da ASF. Alarcão ainda terá de ir a audição no Parlamento antes de ser designado pelo Conselho de Ministros.

IBS Career Forum no ISCTE - 06FEV19
Diogo Alarcão, ex-CEO da Mercer PortugalHugo Amaral/ECO

Diogo Alarcão já tem parecer favorável da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap) para o conselho de administração da Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Antes de ser nomeado para o regulador dos seguros pelo Conselho de Ministros, o ex-presidente da Mercer Portugal ainda terá de depor perante a Comissão de Orçamento e Finanças do Parlamento. A audição parlamentar é obrigatória no que diz respeito a nomeações para as entidades reguladoras, mas a avaliação dos deputados não é vinculativa para a decisão final do Governo.

Alarcão irá substituir o vice-presidente Filipe Serrano, cujo mandato terminou já em 2017, mas irá desempenhar as funções de vogal ao lado do ex-ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral. O cargo de vice-presidente deixará de existir. Margarida Corrêa de Aguiar lidera o regulador do setor segurador desde 2019.

A Cresap deu parecer adequado a Diogo Alarcão, antigo presidente da consultora de recursos humanos Mercer (onde desempenhou várias funções desde 2006). Contactada pelo ECO, a Cresap recusou fazer comentários por causa do sigilo do processo.

Antes da Mercer Portugal, Diogo Alarcão foi assessor do Presidente da Agência Portuguesa para o Investimento (2003-2006) e diretor da Direção de Investimento Internacional do ICEP (1996-2003). É licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa e concluiu um mestrado em Administração Comunitária no Colégio da Europa, Bélgica. Foi na Comissão Europeia onde iniciou a sua carreira profissional.

Medina com muitas vagas para preencher

Com a nomeação de Alarcão para a ASF, o ministro das Finanças, Fernando Medina, resolve um “buraco” que estava por tapar num dos reguladores financeiros, mas há mais questões em cima da mesa no que diz respeito a nomeações para outros reguladores financeiros e também para o IGCP.

Desde logo tem de substituir o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), depois de Gabriel Bernardino ter pedido a renúncia do cargo devido a problemas de saúde. O conselho de administração do regulador do mercado ainda tem mais duas vagas por preencher: o cargo de vice-presidente continua vazio, depois da saída de Filomena Oliveira em 2019; e ainda há outro lugar de administrador por ocupar.

No Banco de Portugal, um dos lugares de vice-presidente continua à espera de uma nomeação após a saída de Elisa Ferreira para a Comissão Europeia em 2019, enquanto o mandato do vice-presidente Máximos dos Santos terminou em junho de 2021. Em setembro terminam os mandatos de outros dois administradores: Luís Laginha de Sousa e Ana Paula Serra.

No IGCP, a agência que gere a dívida pública, o mandato da atual equipa terminou no início do ano e Cristina Casalinho está de saída.

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Pré-avisos de greve aumentam 85% até abril para 270

  • Lusa
  • 19 Maio 2022

De janeiro a abril deste ano entraram assim mais 124 avisos prévios de greve face ao registado no período homólogo.

O número de pré-avisos de greve comunicados ao Ministério do Trabalho até abril aumentou 85% face ao mesmo período de 2021, totalizando 270, segundo dados publicados pela Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT).

De janeiro a abril deste ano entraram assim mais 124 avisos prévios de greve face ao registado no período homólogo, quando foram entregues 146 pré-avisos. Os dados da DGERT, que se referem aos pré-avisos comunicados no âmbito do Código do Trabalho, mostram que, do total de 270 pedidos entregues até abril, 206 ocorreram no setor privado e 64 no setor empresarial do Estado.

Os dados correspondem aos pré-avisos comunicados, mas podem não corresponder às greves efetivamente realizadas, já que algumas podem ter sido suspensas.

Tendo em conta apenas o mês de abril, foram comunicados 73 pré-avisos de greve, um aumento de 70% face ao mesmo mês de 2021. A maioria dos pré-avisos em abril (54) ocorreram fora do setor empresarial do Estado e em 40% do total foram decretados serviços mínimos.

Os setores mais afetados em abril foram os “Transportes e Armazenagem” e a “Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória”, ambos com 21% do total de pré-avisos.

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Elétricos usados já se vendem “mais rapidamente” do que todos os outros automóveis online

Elétricos usados já se vendem online a um ritmo mais acelerado do que todos os restantes automóveis, mas a escassez de stock limita o número de vendas e faz subir o preço.

Os automóveis elétricos usados em Portugal já se vendem “mais rapidamente do que todas as outras motorizações”, de acordo com o último relatório do Observatório Indicata.

Em abril, as vendas online de veículos elétricos aos consumidores aumentaram 138% em termos homólogos, um valor que, ainda assim, ficou 33% abaixo do registado em março, em parte devido à “escassez do stock de qualidade adequado”.

Os níveis de stocks de usados online em Portugal foram 9,2% mais baixos no início de maio, face ao mês anterior, devido à elevada rotação e subsequente escassez. Em comparação com o início de maio de 2021, a redução já chega aos 25,5%.

O relatório aponta também para uma quebra de 5% nas vendas gerais de automóveis usados referentes a abril, face a março, e uma redução de 27,2% face a abril de 2021. O relatório justifica esta queda com a continuação de uma procura “forte” prejudicada pela “fraca oferta”, resultando numa dificuldade em obter vendas.

Com as restrições da oferta automóvel aliadas à “forte” procura, o preço médio dos automóveis usados tem vindo a aumentar, tendo já subido 0,8 pontos percentuais (pp) em termos mensais, estando agora 7,5 pp mais elevados do que no início do ano.

Preço médio de venda dos automóveis usados (base = janeiro de 2021):

Fonte: Indicata

Vendas caem 9% até abril

Na generalidade dos 13 mercados sob análise (Reino Unido, França, Espanha, Portugal, Itália, Áustria, Alemanha, Bélgica, Países Baixos, Suécia, Dinamarca, Polónia e Turquia), as vendas online de usados em abril foram 7,9% inferiores às de março, e 14,8% mais baixas em termos homólogos.

Além disso, analisando as vendas acumuladas nos primeiros quatro meses do ano, a venda de automóveis caiu 9% face ao mesmo período do ano passado, mas apenas 4,4% face aos níveis pré-pandemia de 2019.

Já a venda específica de elétricos, na generalidade dos mercados, segue a tendência do mercado nacional, visto que, em abril de 2022, as vendas cresceram 50% em termos homólogos. Ainda assim, devido às restrições de fornecimento, a venda geral de elétricos usados em abril permaneceu 38% abaixo dos níveis de março deste ano.

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Têxteis pedem apoio a bancos e clientes para acumular stocks

Arrastada do “just in time” para o “just in case” na gestão de stocks, indústria portuguesa do têxtil e do vestuário enche armazéns para assegurar matérias-primas e o abastecimento às marcas.

O grupo Têxtil Manuel Gonçalves (TMG) é um dos maiores e mais antigos do setor em Portugal, com receitas anuais a rondar os 150 milhões de euros e cerca de 1.400 funcionários. Fundado em 1937, o grupo sediado em Vila Nova de Famalicão já atravessou e superou muitas crises. Na atual, descrita pelos analistas como uma “tempestade perfeita”, se o disparo dos custos energéticos é “um tema de sobrevivência” e que tem de suportar; para lidar com a escassez e a subida do preço das matérias-primas e de outros materiais está a “jogar pelo seguro”.

O diretor financeiro do TMG Group, Vítor Fernandes, relata a necessidade de “ter mais stock e mais cedo, para não sofrer uma disrupção” no abastecimento. Algo que exige um reforço do fundo de maneio. “Isto não se faz sozinho. A banca tem de perceber o momento, que a solução passa necessariamente por aqui e que nesta fase tem de abrir mais a torneia do que fechar. Porque se fechar causa um impacto que é crítico”, argumenta o administrador executivo do grupo de Vila Nova de Famalicão, que soma quase 213 mil metros quadrados de área industrial e exporta 90% da produção.

Estamos a jogar pelo seguro para ter mais stock e mais cedo, para não sofrer uma disrupção. Isto não se faz sozinho. A banca tem de perceber o momento, que a solução passa necessariamente por aqui e que nesta fase tem de abrir mais a torneia do que fechar.

Vítor Fernandes

Diretor financeiro do TMG Group

Esta tem sido também a estratégia seguida pela Tintex, dedicada à tecelagem e tinturaria, que emprega 140 pessoas e tem vindo a aumentar os stocks de fio em Vila Nova de Cerveira. “Até antes destas disrupções era fácil comprar algodão de boa qualidade. Agora é mais difícil e temos de nos antecipar e segurar compras. É obrigatório, senão não temos hipótese de responder rápido”, indica ao ECO o presidente executivo, Ricardo Silva.

Além da “banca [que] é essencial e tem de perceber” esta nova necessidade da indústria em resposta ao atual contexto, como está a mitigar esse impacto? “Tento fazer com que os clientes, como as marcas, assumam a encomenda, assumam o compromisso de usar. Se assim for é muito mais fácil negociar porque está tudo certo. E a parte financeira, em si, toma menos pressão. Uma coisa é o risco de não saber que vou consumir; outra coisa é o risco financeiro, só do impacto do uso do stock. Esse é mais controlável”, responde o gestor da empresa do Alto Minho, que faturou 12 milhões de euros em 2021.

Tento fazer com que os clientes assumam a encomenda, assumam o compromisso de usar. (…) Uma coisa é o risco de não saber que vou consumir; outra é o risco financeiro, só do impacto do uso do stock. Esse é mais controlável.

Ricardo Silva

CEO da Tintex

No entanto, adverte Ricardo Silva, num momento em que os custos das matérias-primas estão num pico, assume que apenas faz stocks de alguns materiais específicos e que acha que não vão subir mais nem descer muito de preço. “Por exemplo, algodão puro e duro não ‘stocko’. Nem pensar. É encomenda a encomenda. Um ou outro compro antecipadamente porque sei que vou consumir num espaço de tempo e porque tenho o compromisso das marcas. E às vezes estão lá três meses, às vezes seis meses. Mas porque sei que está o preço fechado e o negócio vai andar”, esclarece o porta-voz da Tintex.

Raul Magalhães
Raul Magalhães, presidente da APLOG – Associação Portuguesa de Logística

Raul Magalhães, que é presidente da APLOG – Associação Portuguesa de Logística, em representação da Sonae, descreve uma “mudança radical ao nível dos stocks”, com as empresas a terem de “trabalhar com cada vez mais” e também de melhorar essa gestão para tentarem ter reduzir ao máximo esse custo. “Abandonámos o ‘just in time’ e passámos a ter o ‘just in case’. Isto poderá fazer a diferença entre marcas e entre países”, decretou.

Durante uma conferência com o tema “Têxtil do Futuro – Desafios para o Crescimento Sustentável”, organizada por esta associação do ramo logístico no World of Wine (WoW), em Vila Nova de Gaia, Raul Magalhães advertiu ainda que a produção tem de “começar a internalizar que a subida dos custos da energia, dos transportes e das matérias-primas veio para ficar” e que “tem de olhar para ela não como episódica, mas estrutural”.

Desagregar-se ou sobreviver “como sempre”

Em Barcelos, dedicada apenas à confeção e “como o negócio está hoje”, para a Pedrosa & Rodrigues os stocks não são um tema, pois não tem um único quilo que não esteja já vendido — é apenas uma questão de utilização racional de recursos e de compras bem feitas. Em declarações ao ECO, o administrador, Miguel Rodrigues, salvaguarda, porém, que se ou quando o setor do vestuário entrar num Make to Order (MTO) reativo, com as encomendas a virem diretamente dos pontos de consumo para as fábricas, aí os stocks vão ter preponderância também para as confeções. “Como depois se dispersa esse risco e a liability associada aos stocks, isso está em discussão”, nota.

Já os “aumentos que estão a chegar de todos os lados” — desde o gás e eletricidade aos fios e fibras, passando pela mão-de-obra –, sublinha, “são de tal ordem que já toda a gente na cadeia está a abdicar de margens e só não está a querer prejuízo — mas não sei se não será uma opção”. “Está a ser integrado no preço e a ser passado às marcas. Resulta num primeiro momento em perda de competitividade. Trabalhamos num segmento muito alto, tenho alguns clientes em que isso não é muito importante, mas todos gostam de descontos. Há sempre pressão sobre o preço”, descreve o empresário minhoto, filho dos fundadores Sabina Pedrosa e Casimiro Rodrigues.

Os aumentos que estão a chegar de todos os lados. São de tal ordem que já toda a gente na cadeia está a abdicar de margens e só não está a querer prejuízo – mas não sei se não será uma opção.

Miguel Rodrigues

Administrador da Pedrosa & Rodrigues

Miguel Rodrigues, que emprega uma centena de pessoas e fatura 16 milhões de euros por ano nesta empresa criada em 1982, lembra que a maior parte das marcas de vestuário “ainda não fez os ajustes aos consumidores”. O facto de, nos últimos dias, a Primark ter já assumido que vai aumentar os preços, acabará por “arrastar as outras marcas”. E confidencia que os seus próprios clientes, em posicionamentos mais elevados, lhe dizem que não querem ser os primeiros a subir, isto é, estão à espera que as insígnias concorrentes avancem.

Miguel Rodrigues, administrador da Pedrosa & Rodrigues (à esquerda) e Vítor Fernandes, CFO do TMG Group (à direita)

“Quando chegar ao consumidor vamos estar a degradar o poder de compra, a criar inflação. Mas não estou a ver saída. Haverá algum equilíbrio [nos preços] em algum momento, mas não sei como, quando e porquê. E quem resta no fim. Um dos nossos principais fornecedores de tinturaria tem faturas [de energia] multiplicadas por cinco num ano. Há limites. Se isto perdura e se as tinturarias se tornam inviáveis, sem tinturarias não há confeção, não há produto e a cadeia desagrega-se. O setor em Portugal está a ser mantido com a faca nos dentes”, alerta o administrador da Pedrosa & Rodrigues.

Ora, quem conhece bem a indústria portuguesa do têxtil e do vestuário, como poucos, é Paulo Vaz. O antigo diretor-geral de uma das principais associações setoriais (ATP) recorda como o têxtil tem vivido “permanentemente sob pressão” nas últimas décadas. E atesta que “não há setor mais resiliente que este, sempre capaz de encontrar caminho para sobreviver”.

“É sempre a questão de sobrevivência. Estamos agora perante um cocktail de desafios, nunca tivemos tanto com que nos preocupar. Passei 30 anos no setor, vi acontecerem muitas coisas. Quase sempre se vaticinava que ia terminar, que íamos ser substituídos por outra coisa qualquer — por serviços, por setores mais tecnológicos. E aqui estamos”, conclui o atual administrador da Associação Empresarial de Portugal (AEP).

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Líder parlamentar do PSD espera que todos os deputados respeitem voto contra o OE 2022

  • Lusa
  • 19 Maio 2022

"O PSD definiu um sentido de voto, esperemos que todos os deputados respeitem esse sentido de voto", disse Paulo Mota Pinto, líder parlamentar social-democrata.

O líder parlamentar do PSD disse esta quinta-feira esperar que “todos os deputados” respeitem o sentido de voto contra que o partido definiu para o Orçamento do Estado, admitindo que a bancada possa acompanhar muitas das propostas do PSD-Madeira.

No final da reunião da bancada do PSD, Paulo Mota Pinto disse ter-se tratado de “uma reunião de trabalho de preparação do debate e votação na especialidade do Orçamento”, que começa na segunda-feira e se estenderá por toda a semana. “Estivemos a analisar o conjunto e temas sobre que incidem as nossas propostas, também propostas de outros partidos, critérios políticos de votação das propostas”, explicou.

Questionado se foi abordada a reunião dos três deputados do PSD-Madeira com o Governo sobre o Orçamento – o PSD não foi convidado -, o líder parlamentar respondeu negativamente. “Em relação às propostas que foram apresentadas pelos deputados da Madeira, vamos analisá-las segundo o seu mérito intrínseco, a sua substância, não vamos votar contra ou abster-nos só por não serem subscritas por todo o grupo parlamentar, podemos acompanhar muitas delas”, disse.

Já sobre o que fará caso estes deputados votem de forma diferente da bancada a proposta orçamental do Governo, Mota Pinto não quis adiantar se poderá haver uma participação ao Conselho de Jurisdição Nacional do partido, como aconteceu por várias vezes no passado em situações semelhantes. “Quanto ao sentido de voto no Orçamento, o PSD definiu um sentido de voto, esperemos que todos os deputados respeitem esse sentido de voto, neste momento não posso dizer mais nada”, afirmou.

Na quarta-feira, a Rádio Renascença noticiou que o líder do PSD-Madeira e presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, revelou que o executivo do PS aceitou duas reivindicações dos deputados eleitos por este círculo, uma relativa a um ‘acerto’ no imposto sobre o rum que é produzido na Madeira e outra para dar andamento ao processo de inscrição de empresas no Centro de Negócios.

Miguel Albuquerque admitiu que a aceitação dessas propostas poderia fazer alterar o sentido de voto na votação final global do Orçamento do Estado, marcada para dia 27. “Vamos ver como votam, mas eram assuntos de interesse nacional que tinham de ficar resolvidos”, respondeu Miguel Albuquerque à Renascença.

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Governo pode contar com militares caso houvesse nova task force Covid

  • Lusa
  • 19 Maio 2022

Henrique Gouveia e Melo disse que o Ministério da Saúde tem "conhecimento suficiente e estruturas", mas se for necessária uma novas task force da vacinação podem contar com os militares.

O chefe de Estado-Maior da Armada disse esta quinta-feira que se fosse necessário reunir novamente uma ‘task force’ para a gestão do combate à covid-19 em Portugal o Governo poderia contar “naturalmente” com os militares.

Questionado pelos jornalistas sobre a eventual reativação de uma task force semelhante à que coordenou, na altura para a vacinação, Henrique Gouveia e Melo respondeu: “Essa pergunta tem de fazer ao Ministério da Saúde (…). Se houver a necessidade de fazer uma task force e essa task force tiver que contar com os militares, naturalmente, contará com os militares”.

O almirante, que falava aos jornalistas a bordo de um navio da Marinha que participou na operação de devolução ao mar de uma tartaruga marinha, reabilitada pelo Porto d’Abrigo do Zoomarine, considerou, no entanto, que o Ministério da Saúde está organizado no sentido de gerir o combate à pandemia de covid-19. “Eu julgo que depois de todo o processo que aconteceu, já há conhecimento suficiente e estruturas, que entretanto foram criadas no Ministério da Saúde, para o Ministério da Saúde fazer esse trabalho de forma capaz e eficiente”, referiu.

Frisando não poder falar em nome das Forças Armadas, o antigo coordenador nacional da task force para o plano de vacinação contra a covid-19 disse ter a “certeza absoluta” que se aquelas forças fossem novamente chamadas, não recusariam a tarefa. “Eu não posso falar pelas Forças Armadas (…) mas tenho a certeza absoluta que se as Forças Armadas fossem outra vez chamadas a desempenhar um papel, nós estamos cá para proteger a população portuguesa. Nós não nos poderíamos recusar e faríamos com todo o gosto o papel anterior”, declarou.

Questionado sobre o que acha da estratégia que o Governo está a seguir no combate à covid-19, numa altura em que os casos estão a aumentar em Portugal, o chefe de Estado-Maior da Armada escusou-se a comentar. “Eu não tenho que comentar a estratégia, eu era um operacional da vacinação, a estratégia era do poder político. Não faço comentários à estratégia. Quando me pediram para fazer a vacinação, estabeleci uma estratégia local e operacional para fazer o mais rapidamente possível o processo de vacinação e foi isso que conseguimos”, referiu.

No entanto, Gouveia e Melo aproveitou a ocasião para transmitir uma “palavra de tranquilidade”, uma vez que é preciso viver com esta “nova realidade”, que não desaparecerá tão cedo e com a qual a população tem de se habituar a viver. “Todas as mortes que ocorrem com esta doença são trágicas, todos estes problemas de flutuação, de carga dos nossos serviços de saúde, as consequências que têm para as outras coisas são más, mas é a realidade”, concluiu.

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Táxis com bandeirada mais curta a partir de 1 de junho

Novas tarifas reduzem metros e segundos por cada fração, independentemente das tarifas. Transporte de bagagem e de animais domésticos mantém preços na primeira revisão de tabela desde 2013.

Andar de táxi vai ficar mais caro a partir de 1 de junho. As viagens neste meio de transporte vão custar, em média, mais 8,05%, na primeira mexida das tarifas desde janeiro de 2013. Mas olhando em rigor para as novas tabelas, as subidas são mais expressivas.

Comecemos pela bandeirada, isto é, o preço mínimo que cada passageiro paga por uma viagem neste meio de transporte. Na nova tarifa, cada deslocação continuará a custar pelo menos três euros e 25 cêntimos – para serviços entre as 6 e as 21 horas nos dias úteis (tarifa diurna) – ou três euros e 90 cêntimos – para os restantes horários (tarifa noturna). Veja aqui as novas tarifas de táxis

No entanto, em vez dos 1800 (tarifa diurna) ou 1440 metros (tarifa noturna), a viagem mínima passará a corresponder a 1390 metros ou 1112 metros, respetivamente. Ou seja, a bandeirada sofre um agravamento de 29,5% em comparação com as distâncias anteriores.

Contactado pelo ECO, o presidente da Federação Portuguesa de Táxi, Carlos Ramos, justificou a diminuição da bandeirada. “Grande parte dos serviços que prestamos nas cidades são de 1200 metros, ou seja, não há mexida nos preços. Num TVDE, a tarifa mínima é de 3,25 euros e não tem um único metro incluído”, alega o dirigente.

Frações mais caras

Também foram reduzidas as frações de metros e de segundos. Apesar de continuarem a custar 10 cêntimos cada uma, agora valem menos metros (de 212 para 196, na tarifa diurna) e menos tempo (de 24 para 22,36, na tarifa diurna).

Com a mudança nas frações, o custo por quilómetro aumentou 8,5% (para 51 cêntimos, na tarifa diurna) e a tarifa por hora subiu 8,8% (para 16,10 euros). A mesma proporção de agravamento de preços verifica-se nas viagens com tarifa três e cinco, que são aplicadas nas deslocações para lá da área a que os táxis estão afetos.

Menos expressiva foi a subida na tarifa de serviço de táxi à hora. Neste caso o aumento é de 7,8% para uma viagem de uma hora (9 euros) e de 7,6% para serviços de 30 minutos (4,5 euros). A tarifa seis aplica-se apenas para uma deslocação previamente acordada entre passageiro e motorista para serviços como casamentos, batizados, funerais e “outros eventos sociais e culturais”.

Sem alteração ficaram os suplementos de transporte de bagagem na mala dos carros e de animais domésticos (1,60 euros, para cada um). Se chamar um táxi por telefone ou por uma aplicação digital continuará a ter a taxa de 80 cêntimos somada ao preço da viagem.

Efeitos mínimos

Os preços dos táxis vão mudar pela primeira vez em mais de nove anos. A última alteração às tarifas tinha ocorrido em janeiro de 2013. A nova tabela, contudo, “apenas mitiga os prejuízos que temos sofrido nos últimos anos”, defende o dirigente da FPT.

Carlos Ramos volta a defender que o setor deveria ter “acesso temporário” ao regime do gasóleo profissional, uma “medida justíssima” para o transporte público de passageiros. Neste regime, as empresas de transporte pesado de mercadorias têm direito ao reembolso parcial do Imposto sobre Produtos Petrolíferos.

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Paulo Campos Costa eleito presidente da Fundação Luso-Brasileira

Profissional esteve 20 anos em cargos executivos na EDP, onde desempenhou funções de diretor global de marca, marketing e comunicação do Grupo, nos últimos dois como administrador da EDP em Espanha.

A Fundação Luso Brasileira elegeu um novo conselho de administração, com Paulo Campos Costa a assumir o cargo de presidente a partir de maio de 2022. O novo presidente da organização é CEO da IROI, empresa de consultoria e gestão fundada pelo próprio no início deste ano.

“É uma honra e um privilégio presidir a esta Fundação e uma enorme responsabilidade. A Língua Portuguesa interliga muitos continentes, países, personalidades, instituições e negócios, e por essa razão acredito que a Fundação deve recuperar relações antigas e impulsionar novas parcerias”, afirma o novo presidente.

“Entre Portugal e o Brasil não podem existir entraves, temos de construir pontes que unam a nossa rica e diversificada cultura”, acrescenta Paulo Campos Costa, em comunicado.

Antes de fundar a IROI, o profissional esteve 20 anos em cargos executivos na EDP, onde desempenhou funções de diretor global de marca, marketing e comunicação do Grupo, coordenando as áreas de Portugal, Espanha, Estados Unidos e Brasil. Mais tarde ocupou o cargo de administrador da EDP Comercial na EDP Brasil, em simultâneo com o cargo de diretor global de comunicação.

Nos últimos dois anos, Paulo Campos Costa foi administrador da EDP em Espanha e, de 2014 até recentemente, foi também administrador da Fundação EDP e vice-presidente da Fundação Luso-Brasileira, que está ao serviço das empresas e de todos os agentes que promovem a aproximação económica, empresarial e cultural, em particular, entre Portugal e o Brasil mas, também, entre estes dois países e restantes membros da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa.

Com 250 milhões de falantes de português, é cada vez mais visível o crescimento da lusofonia a nível global, estimando-se alcançar os 325 milhões até 2050.

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8 empresas espanholas entre as 50 mais sustentáveis do mundo

  • Europa Press
  • 19 Maio 2022

A Atlántica, a Telefónica, a Caixabank, a Iberdrola, a Acciona, a Enagás, a Ferrovial e a Siemens Gamesa estão entre as 50 empresas mais sustentáveis do mundo. O prémio foi atribuído pelo SEAL.

oito empresas espanholas – Atlántica, Telefónica, Caixabank, Iberdrola, Acciona, Enagás, Ferrovial e Siemens Gamesa – que conseguiram um lugar entre as 50 empresas mais sustentáveis do mundo nos Sustainability, Environmental Achievement & Leadership Business Sustainability Awards (SEAL) de 2021, noticia a Europa Press.

Todas as empresas destacadas foram galardoadas na categoria “Prémio Impacto Organizacional”, que reconhece o desempenho global da sustentabilidade empresarial.

Neste caso, a metodologia de escolha dos vencedores deste prémio dá 69% do peso da decisão à parte ambiental, de acordo com a origem da organização, mas também incorpora a parte social e de governação, o que garante que os vencedores do prémio SEAL tenham um desempenho holístico em matéria de ESG.

Além de oferecer financiamento para investigação e campanhas de impacto ambiental, a SEAL é uma organização ambiental que pretende, através deste tipo de prémios, recompensar a liderança ambiental para a sustentabilidade empresarial e o jornalismo ambiental.

Dentro das 50 empresas vencedoras estão, ainda, grandes multinacionais como a Colgate-Palmolive, a General Motors, a Koninklije Philips NV, a SAP, a Unilever, a Volvo, entre outras.

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PSI escapa às perdas na Europa e sobe mais de 1%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Maio 2022

A praça de Lisboa contrariou o dia de perdas na Europa, impulsionada pela Altri, o BCP e a EDP Renováveis, que subiram mais de 4%.

O principal índice da bolsa portuguesa fechou a sessão desta quinta-feira a subir 1,31%, para 5.904,72 pontos, contrariando as perdas das praças europeias e do outro lado do Atlântico. Os ganhos do PSI foram impulsionados, sobretudo, pela Altri, o BCP e a EDP Renováveis, que avançaram mais de 4%.

Olhando para as congéneres do Velho Continente, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, caiu 1,5%, tal como o francês CAC 40. O espanhol IBEX cedeu 1,3%, o alemão DAX encolheu 1,1% e o britânico FTSE 100 deslizou 2%.

Numa altura em que os investidores receiam uma recessão económica, devido à escalada da taxa de inflação e, consequentemente, à normalização da política monetária pelos bancos centrais, um terço das cotadas do PSI caiu, com as outras 10 a registarem avanços.

A Altri liderou os ganhos esta quinta-feira, tendo avançado 4,79%, para os 5,36 euros por ação. Seguem-se o Banco Comercial Português e a EDP Renováveis, que encerraram a subir, respetivamente, 4,55% e 4,47%.

Também acima da linha de água e com ganhos expressivos, destacam-se mais cotadas do setor energético, como a Greenvolt e a EDP: enquanto a subsidiária da Altri avançou 2,36%, a empresa liderada Miguel Stilwell d’Andrade acelerou 2,57%. Acima dos 2% ficou ainda a Mota Engil.

A subir menos de 1%, mas ainda assim no “verde”, ficaram a Sonae, a Semapa, a REN e a Jerónimo Martins.

A impedir maiores ganhos do PSI está a Galp, a cotada mais penalizada da sessão desta quinta-feira. A petrolífera fechou com uma desvalorização de 1,46%, para os 10,77 euros por ação.

No “vermelho” ficaram ainda a Corticeira Amorim, que perdeu 1%, e os CTT, que recuaram 0,95%, para 3,65 euros. Com menores perdas, a Navigator e a NOS deslizaram 0,39% e 0,10%, respetivamente.

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