Juiz leva a julgamento 37 arguidos da indústria do ouro por fraude de 7,3 milhões

  • Lusa
  • 17 Maio 2022

Os arguidos, 30 pessoas singulares e sete sociedades, vão responder “pela prática de crimes de associação criminosa, de fraude fiscal qualificada, de branqueamento de capitais".

O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto decidiu levar a julgamento 37 arguidos do ramo da indústria e comercialização do ouro, por fraude fiscal de sete milhões e 300 mil euros e por branqueamento, foi anunciado esta terça-feira.

Em nota publicada na página da internet, a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP) refere que o TIC do Porto pronunciou (decidiu levar a julgamento) 37 arguidos (30 pessoas singulares e sete sociedades) nos exatos termos constantes da acusação do Ministério Público (MP), deduzida em 17 de dezembro de 2020.

Segundo a PGR, os arguidos são “todos profissionais do ramo da indústria e comercialização de artefactos de ouro” e vão responder em julgamento “pela prática de crimes de associação criminosa, de fraude fiscal qualificada, de branqueamento de capitais e, ainda, por múltiplas contraordenações fiscais”.

O MP considerou “fortemente indiciado que, em execução de um plano congeminado em 2013, os arguidos engendraram um esquema que permitiu que artefactos em ouro seguissem um circuito comercial totalmente dissimulado”.

Terceiros/fabricantes adquiriam matéria-prima (metal precioso), o qual poderia até ter origem clandestina, produziam artefactos, que entregavam aos marcadores (através de intermediários) para a aposição da marca destes e posterior apresentação na contrastaria”, sustenta a acusação.

O esquema, segundo o MP, prosseguia com “a recolha (através dos mesmos intermediários) dos artefactos já marcados e contrastados junto dos marcadores, a troco de um pagamento pecuniário”. O produto era, posteriormente, vendido “clandestinamente, ao arrepio do pagamento de quaisquer impostos, em especial sobre o Rendimento e Valor Acrescentado (IVA), originando enormes vantagens patrimoniais”.

“Para tanto, os arguidos não emitiriam faturas, guias de remessa, notas de encomenda e os pagamentos seriam feitos em dinheiro vivo. E assim agiram ao longo de vários anos, auferindo avultados benefícios económicos, cuja perda a favor do Estado o Ministério Público também requereu, em valor superior a sete milhões e 300 mil euros”, refere a PGRP. A decisão instrutória do TIC do Porto foi proferida em 6 de maio.

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Governo espanhol aprova licença menstrual paga de três dias

  • ECO
  • 17 Maio 2022

Governo espanhol quer avançar com licença menstrual e mudanças à lei do aborto. Medidas terão de passar pelo Parlamento.

O Conselho de Ministros espanhol aprovou esta terça-feira a proposta de reforma da lei do aborto, que inclui medidas como uma baixa por doença incapacitante devido a dores menstruais (de três a cinco dias), licença pré-natal remunerada a partir da 39ª semana e educação sexual obrigatória.

A chamada de licença menstrual, que é destinada às mulheres que sofram de dores graves e incapacitantes devido à menstruação, será assumida na totalidade pela Segurança Social desde o início, segundo adianta o El País (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

A nova lei do aborto vem também possibilitar interrupções da gravidez a partir dos 16 anos sem ser necessária a autorização dos pais. O projeto de lei ainda terá de passar no Parlamento, pelo que falta algum tempo até ser aprovado e entrar em vigor.

De fora deste pacote legislativo, cuja discussão entre ministérios demorou vários dias, ficaram medidas como a redução do IVA nos produtos de higiene, como por exemplo pensos higiénicos e tampões, que tinha sido prometida pelo Governo espanhol.

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Cobrança coerciva de dívidas de impostos aumentou 2,4% em 2021 para 899,5 milhões

  • Lusa
  • 17 Maio 2022

A receita do Estado decorrente da cobrança coerciva atingiu o valor de 899,5 milhões de euros no ano passado, mais 21,1 milhões que no ano anterior.

O valor da cobrança coerciva de dívidas fiscais ascendeu a 899,5 milhões de euros em 2021, tendo aumentado em 2,4% face ao ano anterior, segundo a Conta Geral do Estado de 2021 divulgada esta terça-feira. “No ano de 2021, foi registado em receita do Estado decorrente da cobrança coerciva o valor de 899,5 milhões de euros, verificando-se um acréscimo de 21,1 milhões de euros (+2,4%) face ao ano anterior”, refere o documento divulgado pela Direção-Geral o Orçamento.

Os impostos com maior volume de dívidas fiscais pagas coercivamente foram o IRS (com 253,1 milhões de euros), o IVA (236,9 milhões de euros), seguindo-se o IRC (com 144 milhões de euros) e as taxas, multas e outras penalidades (89,1 milhões de euros).

Os dados da CGE revelam que em todas estas situações se registou um acréscimo da cobrança coerciva face aos valores de 2020. Porém, o maior aumento homólogo ocorreu no pagamento de juros de mora: foram 62,8 milhões de euros em 2021, o que traduz uma subida de 52,5% face aos 41 milhões de euros contabilizados um ano antes.

Há também situações em que o valor caiu face a 2020, com a CGE a assinalar que se observa “um decréscimo significativo na recuperação de dívidas relativas aos outros impostos diretos, de cerca de 49,1 milhões de euros (-59,8%), essencialmente devido ao decréscimo na contribuição extraordinária sobre o setor energético”.

O documento lembra que, devido à pandemia de covid-19, o Governo decidiu suspender os processos de execução fiscal em curso ou que viessem a ser instaurados pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) entre 1 de janeiro e 31 de março de 2021.

“Assim, durante aquele período, ficou a AT impedida de praticar atos coercivos, assim como constituir garantias, nomeadamente penhores, nos termos do artigo 195º do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), bem como de compensar os créditos do executado resultantes de reembolso, revisão oficiosa, reclamação ou impugnação judicial de qualquer ato tributário nas suas dívidas cobradas pela administração tributária, nos termos do artigo 89º do CPPT”, é referido.

Relativamente à prescrição de dívidas fiscais, o seu valor reduziu-se em 2021 para 6,4 milhões de euros, o que traduz uma quebra e 75% face aos 25,4 milhões de euros de 2020 – que já era o montante mais baixo desde 2005. Recorde-se que a prescrição de dívidas acontece, regra geral, oito anos após o ano em que se produziu o facto gerador da obrigação de imposto, “ressalvadas que sejam as causas de suspensão e interrupção do prazo legal”.

Antes da prescrição e depois de esgotada a possibilidade da prática de atos executivos tendentes à cobrança de dívidas – por falta de bens penhoráveis ao executado –, os valores em falta são declarados em falhas, considerando-se prescritos quando se esgota o prazo legal de cobrança.

Relativamente à evolução da carteira de dívida, a CGE revela que a receita por cobrar pela AT (depois de passado o prazo de cobrança voluntária) ascendeu, no final de 2021, a 23.261,1 milhões de euros, aumentando em 1.233 milhões de eros (5,6%) face ao ano anterior.

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Altice recebe dez milhões de euros por ano da Nowo

  • Lusa
  • 17 Maio 2022

Administrador financeiro da Altice International diz que a empresa recebe cerca de dez milhões de euros por ano da Nowo. É este o valor em causa se o acordo com a operadora da MásMóvil terminar.

O administrador financeiro da Altice International afirmou esta terça-feira que a receita da Altice Portugal resultante do acordo de operador móvel virtual (MVNO) com a Nowo, da MásMóvil, é de cerca de 10 milhões de euros por ano.

Malo Corbin falava na conferência telefónica com os analistas a propósito dos resultados do primeiro trimestre da Altice International, onde se incluem os da Altice Portugal.

Questionado sobre o acordo de MVNO com a MásMóvil, o administrador financeiro (CFO) afirmou: “A receita que fazemos nesse contrato é inferior a 10 milhões de euros por ano.”

Portanto, “é isso que está em jogo para nós com a MásMóvil”, sublinhou, caso o contrato de MVNO termine.

Malo Corbin sublinhou que antes de terminar o acordo MVNO haverá “um período de transição”, porque a MásMóvil precisa de implantar a rede.

Sobre os novos entrantes no mercado [MásMóvil e Digi], o gestor, que também é co-CEO da Altice Europe, salientou que “há menos espaço” para os novos concorrentes.

“Portugal é muito convergente e para terem sucesso terão que adicionar à oferta móvel a oferta fixa”, apontou, destacando que a MásMóvil tem o investimento no cabo, que é “menos de um milhão de casas” num país com mais de seis milhões de casas com fibra.

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MCoutinho acelera vendas até 264 milhões com entrada em Lisboa e nova imagem

Chegada a Lisboa contribui para subida de 19% na faturação do grupo de distribuição automóvel sediado em Marco de Canaveses, que passa a ter mais de mil funcionários e nova identidade corporativa.

O Grupo MCoutinho encerrou o ano de 2021 com um volume de negócios de 264 milhões de euros, o que representou um crescimento de 19% em relação ao ano anterior. Segundo os dados adiantados ao ECO, o grupo de distribuição automóvel sediado em Marco de Canaveses integra atualmente um total de 1.035 colaboradores.

O reforço da faturação acontece na sequência da compra da totalidade do capital das empresas de comércio automóvel FXP (inclui também a Louresfor) e Lisboa Oriente, concretizada em novembro, numa operação avaliada em cerca de 5,5 milhões de euros e que assinalou a chegada à zona de Lisboa e a projeção da distribuição a nível nacional.

A representar agora um portefólio global de 20 marcas, o grupo nortenho fundado em 1956 passou a ter implantação geográfica nos distritos de Bragança, Vila Real, Porto, Aveiro, Coimbra, Viseu, Leiria e Lisboa, suportando a atividade em 60 pontos de venda de viaturas novas, 18 oficinas, 8 pontos de venda de viaturas usadas, 14 centros de colisão e ainda dois centros logísticos de peças (Lisboa e Porto).

Depois da expansão do negócio para a capital, a MCoutinho acaba de iniciar um processo de rebranding, que irá ser implementado até ao final deste ano e cujo plano de renovação se estende a todos os suportes de comunicação e às diversas instalações e concessões do grupo fundado por Manuel Moreira Coutinho.

Inalterada desde 2004, a nova identidade corporativa é apresentada como “mais moderna e minimalista” e assenta em quatro eixos estratégicos: eletrificação, inovação, mobilidade e sustentabilidade.

“A nova imagem do Grupo MCoutinho reflete a ambição que temos para a centralidade do cliente no desenvolvimento da nossa oferta de serviços, num contexto em que a transição digital e a eletrificação constituem a base da mudança. A recente expansão da rede de concessionários à capital, o foco na inovação e na sustentabilidade entre os eixos estratégicos do grupo, acentuam a oportunidade e o simbolismo da transformação que estamos a incutir à nossa marca”, descreve o diretor de comunicação, Francisco Cabral.

Esta nova etapa da marca vai ser celebrada a 28 de maio num evento em que promete “uma experiência única” aos clientes e parceiros. No último sábado deste mês, em toda a rede de concessionários do grupo, entre as 9h e as 19h, “os amantes da mobilidade terão acesso a vantagens comerciais exclusivas, à realização de test drives eletrizantes e sorteio de prémios para todos os participantes”.

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Londres quer alterar de modo unilateral Protocolo do Brexit para a Irlanda do Norte

  • Lusa
  • 17 Maio 2022

A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica anunciou que o Reino Unido irá introduzir uma lei nas próximas semanas para fazer alterações ao protocolo da Irlanda do Norte.

O Governo britânico anunciou esta terça-feira que pretende introduzir legislação “nas próximas semanas” para anular unilateralmente aspetos do Protocolo para a Irlanda do Norte negociado como parte do ‘Brexit’, mas continuará a discutir a sua reforma com a União Europeia.

“Venho anunciar a nossa intenção de introduzir uma lei nas próximas semanas para fazer alterações ao protocolo da Irlanda do Norte“, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica e negociadora-chefe, Liz Truss, na Câmara dos Comuns. A chefe da diplomacia britânica ressalvou, no entanto, que a “preferência” de Londres continua a ser “uma solução negociada com a União Europeia (UE)”.

“Não se trata de desmantelar o protocolo”, referiu a ministra, sustentando que o projeto de lei proposto é consistente com as obrigações do Reino Unido ao abrigo do direito internacional. “A nossa preferência continua a ser uma solução negociada com a UE, e em paralelo com a introdução da legislação, continuamos abertos a novas discussões, se conseguirmos alcançar o mesmo resultado através de um acordo negociado”, disse Truss.

Segundo Liz Truss, a atual implementação do protocolo coloca o chamado Acordo de Paz de Sexta-feira Santa, assinado na Páscoa de 1998 e que pôs fim a décadas de conflito armado no Ulster (nome atribuído à Irlanda do Norte), “sob pressão”. Truss convidou o vice-presidente da Comissão Europeia, Maroš Šefčovič, para um encontro o mais rapidamente possível para procurar um acordo sobre as alterações necessárias ao texto aprovado em 2020.

O acordo que rege o estatuto pós-‘Brexit’ da Irlanda do Norte está a causar uma paralisia política na província se até lá não for alcançado um acordo com a UE. O Partido Democrata Unionista (DUP), que perdeu a posição de partido maioritário na Assembleia para o rival Sinn Féin, recusa formar a coligação necessária para viabilizar um Governo enquanto não forem feitas alterações aos acordos pós-‘Brexit’.

Os unionistas discordam do Protocolo da Irlanda do Norte, a solução encontrada durante o processo de saída do Reino Unido da UE (conhecido por ‘Brexit’) para evitar uma fronteira física na Irlanda do Norte. A província britânica ficou com um estatuto especial, dentro da união aduaneira britânica, mas associada ao mercado único europeu e sujeita a regras da UE, com controlos aduaneiros e burocracia adicional para a entrada de mercadorias que chegam do Reino Unido.

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Servihabitat gere nove mil ativos imobiliários do Kutxabank

  • Servimedia
  • 17 Maio 2022

A Servihabitat expandiu a sua carteira de gestão ao incorporar os nove mil ativos imobiliários do Kutxabank, avaliados em mais de 1,1 mil milhões de euros.

A Servihabitat começou, esta semana, a gerir os nove mil ativos imobiliários do Kutxabank depois de o banco ter decidido atribuí-los à empresa no início de agosto de 2021, noticia a Servimedia.

Desta forma, a Servihabitat aumentou a sua carteira sob gestão com um valor de 1.100 milhões de euros. Metade do valor da carteira é terreno, enquanto o resto é dividido entre bens residenciais e comerciais.

“Estes tipos de prémios são o resultado do nosso compromisso de nos tornarmos um prestador de serviços que garante a oferta de um serviço de qualidade com um valor diferencial”, explicou Iheb Nafaa, CEO da Servihabitat.

O responsável acrescentou que com a visão “de um servicer multicliente e com capacidade de gestão dedicada aos clientes, a empresa tem sustentado, nos últimos anos, uma estrutura especializada única com uma poderosa equipa multidisciplinar que lhe permite continuar a ser uma referência no setor”.

O processo de migração vai envolver a transferência de mais de um milhão de documentos ligados a bens imobiliários e o contrato em vigor tem a duração de cinco anos.

Para a gestão desta carteira, concentrada principalmente na Andaluzia e no País Basco, a Servihabitat está apoiada por uma extensa rede de colaboradores de dois mil APIs, a sua própria equipa de vendas no território, mais de seis mil pontos de financiamento e um website que atinge dez milhões de visitas por ano.

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Encargos com PPP aumentaram para 1.542 milhões em 2021, mas ficam abaixo do orçamentado

  • Lusa
  • 17 Maio 2022

Quando comparado o ano de 2021 com o anterior os encargos do Estado com os contratos de PPP registaram um aumento de 4,7%.

Os encargos do Estado com as Parcerias Público-Privadas (PPP) aumentaram para 1.542,1 milhões de euros em 2021, 0,3% abaixo do estimado no Orçamento do Estado, mas 4,7% acima do executado no ano anterior.

Os dados constam da Conta Geral do Estado (CGE) 2021, entregue hoje no parlamento, que detalha que os encargos das Administrações Públicas com os contratos de PPP ascenderam a 1.542,1 milhões de euros, situando-se 0,3% (ou 5,2 milhões de euros) abaixo do montante estimado no relatório do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

Quando comparado o ano de 2021 com o anterior, no entanto, os encargos do Estado com os contratos de PPP registaram um aumento de 4,7% (ou 68,6 milhões de euros). Segundo a CGE 2021, o desvio em 2021 face ao valor orçamentado resulta de um conjunto de fatores, registando-se uma inferior execução dos encargos nos setores rodoviário e de saúde, mitigado parcialmente por uma menor execução nas receitas do setor rodoviário.

No que toca ao setor da saúde, regista-se uma execução inferior em 35,5 milhões de euros (-12,8%) face ao previsto no OE2021, um desvio que se deve essencialmente às diminuições registadas nos pagamentos contratuais dos hospitais de Cascais e de Loures (22 milhões de euros), a não ocorrência de pagamentos de reconciliação nos hospitais de Loures e Vila Franca de Xira (22,2 milhões de euros); e, em sentido inverso, os pagamentos de reconciliação e de protocolos (não orçamentados) efetuados à Entidades Gestoras do Estabelecimento (EGEst) do Hospital de Braga, no valor de 9,6 milhões de euros.

No que respeita ao setor rodoviário, o nível de encargos líquidos foi superior ao valor estimado no OE2021 em 31,7 milhões de euros (2,6%), refletindo o menor montante de receitas (em 51,3 milhões de euros, execução orçamental de 86%) com, em sentido contrário, o menor valor de encargos brutos (em 19,6 milhões de euros, execução orçamental de 99%).

Relativamente à diminuição das receitas, “deveu-se às alterações legislativas referentes à introdução de novos descontos de portagem (com impacto quantificado em 36,8 milhões de euros) e a uma recuperação do tráfego rodoviário mais lenta do que o esperado em face da continuação da pandemia de covid-19”, refere.

A CGE 2021 detalha ainda que no que se refere aos encargos brutos, a evolução deveu-se sobretudo a dois efeitos que atuam em sentidos opostos: por um lado, a um menor montante de encargos efetivamente suportados com a realização de grandes reparações de pavimento face ao valor previsto no OE2021 e, por outro lado, a um volume de encargos superior ao orçamentado.

No entanto, quanto aos demais setores com parcerias integradas no ferroviário, aeroportuário e oceanário, a execução orçamental de despesa líquida conjunta ficou 1,6 milhões de euros abaixo face ao previsto.

Quando comparado o ano de 2021 com o anterior, o aumento decorreu essencialmente do incremento dos encargos verificado no setor rodoviário, de 139,8 milhões de euros, parcialmente mitigado por uma redução dos encargos com o setor da saúde (de 76,8 milhões de euros).

A CGE detalha que em comparação com o universo de parcerias reportadas durante o ano de 2020, verificou-se em 2021 a inclusão do contrato de concessão relativo à exploração do Oceanário no conjunto de parcerias reportadas.

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Presidente do Siresp propõe “transição” para 5G. Rede “está em fim de vida”

Sandra Perdigão Neves quer um Siresp mais moderno, assente em 4G e 5G, que permita utilização de "smart glasses" por polícias e bombeiros e transmissão de vídeo em tempo real.

A presidente do Conselho de Administração do Siresp, que foi exonerada do cargo este ano mas impugnou a decisão, entende que a rede de comunicações de emergência do Estado “está em fim de vida” e defende uma “transição” para 4G e 5G. A posição faz parte de uma mensagem que acompanha o relatório e contas de 2021, disponibilizado na segunda-feira.

No documento, Sandra Perdigão Neves é perentória: “A rede atual da Siresp está em fim de vida, pelo que a evolução é necessária. A operadora de comunicações Siresp deve fazer uma transição para LTE 4G/5G de tal modo que não tenha interrupção do serviço de comunicações críticas”, escreve a gestora, que assina como presidente.

Sandra Perdigão Neves explica, na mesma mensagem, que “para dar resposta” à utilização da rede de emergência, é necessário evoluir para “sistemas de banda larga que apresentam capacidade, velocidade e priorização do tráfego de dados ajustadas às atuais necessidades”.

“As baixas latências, os altos débitos, a melhoria e flexibilidade na gestão da eficiência do espetro, a simplificação das arquiteturas e a melhoria da mobilidade são argumentos muito fortes para que as redes de comunicações críticas adotem” estas novas tecnologias, refere a presidente.

A rede atual da Siresp está em fim de vida, pelo que a evolução é necessária.

Sandra Perdigão Neves

Presidente do Conselho de Administração do Siresp (exonerada)

É de recordar que a gestora se viu envolvida numa polémica em abril. Depois de o Expresso noticiar que escrevera uma carta à então ministra Francisca Van Dunem acusando o Ministério da Administração Interna de favorecer a Motorola num concurso, Sandra Perdigão Neves foi afastada e substituída no cargo pelo brigadeiro-general Paulo Viegas Nunes.

Mas a responsável não se conformou e impugnou juridicamente a convocatória urgente da assembleia geral onde tinha sido tomada essa decisão.

Em 1 de abril, o Expresso escrevia que o novo presidente ainda não se tinha apresentado nas instalações, ao contrário de Sandra Perdigão Neves, que continuava a comparecer. O semanário avançava também que, três dias depois da ação judicial, terão sido roubados dois computadores da sua casa.

O Siresp do futuro

No relatório do exercício do ano passado, Sandra Perdigão Neves dá mais argumentos para uma modernização da rede Siresp.

“Se num operador de comunicações comercial existe tolerância de alguns segundos para estabelecimento de chamada ou para a não existência de cobertura e rede, ou ainda para um equipamento não ser resistente e avariar sem causa aparente, já num sistema de comunicações críticas a expectativa é que o estabelecimento de chamada seja imediato, com garantia de cobertura de rede, com georreferenciação das pessoas e equipamentos e espera-se que os equipamentos resistam em ambientes e utilizações hostis”, escreve a responsável.

Contudo, ao contrário do Siresp, as três maiores operadoras comerciais já lançaram redes móveis 5G — Meo, Nos e Vodafone — e continuam a expandir a rede, por estarem sujeitas a obrigações de cobertura apertadas até meio da década. Outros players estrangeiros, como a Digi, planeiam iniciar a construção da sua própria rede em junho, noticiou o ECO.

Sandra Perdigão Neves vai mais além e aponta para a necessidade de que a rede de comunicações de emergência garanta o “acesso em tempo real a vídeo (transmissão e arquivo), quer permanente como no caso da videovigilância, quer transmissão ao vivo dos eventos (policiais, teatro de operações, incêndios, entre outros) para os centros de comando”.

Além disso, é necessário que a rede permita “a utilização de realidade aumentada, como smart glasses para polícias e bombeiros” e a “utilização de drones”, bem como o “acesso em tempo real a centro de dados, articulação e aplicação de inteligência artificial na informação de contextualização” e “ligação permanente com centros de monitorização inteligentes de análise de informação” com base em sensores, “como temperatura ou batimentos cardíacos, e que podem impactar em número de vidas”, avisa.

Apesar das dificuldades financeiras da empresa, que voltou a registar prejuízos superiores a dois milhões de euros em 2021, “a transição da Siresp abre oportunidades de colaboração em áreas que até agora não eram possíveis”, diz Sandra Perdigão Neves.

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Siresp esperava lucros em 2021, mas perdeu 2,25 milhões de euros

Empresa que gere rede de emergência do Estado previa lucrar 1,34 milhões de euros em 2021, mas fechou o ano com perdas de 2,25 milhões. Deloitte avisa que dinheiro para 2022 não chega.

A empresa pública que gere o Siresp registou prejuízos superiores a 2,25 milhões de euros em 2021. O resultado líquido representa um ligeiro agravamento face aos dois milhões que tinha perdido em 2020, mas a diferença face ao orçamentado atingiu proporções bastante mais significativas. A Deloitte avisa que o dinheiro pode não chegar para as despesas este ano e lembra que ainda não se conhece o futuro do Siresp a partir de 2023.

Já em 2020, o Siresp esperava lucros de 170 mil euros, mas acabou por perder pouco mais de dois milhões. Para o ano passado, porém, a empresa esperava lucros de 1,34 milhões de euros, o que, em comparação com as perdas obtidas no final da execução, representa uma diferença de quase 3,6 milhões, mostra o relatório e contas de 2021, disponibilizado na segunda-feira.

Face a isto, a empresa explica no documento que o “desvio é justificado pela baixa faturação ocorrida no ano de 2021″, assim como “pela falta de qualquer compensação” associada à “implementação das soluções de redundância da transmissão e de reforço da autonomia da energia elétrica durante o primeiro semestre de 2021, cujos gastos ascenderam naquele período a 1,24 milhões de euros”.

Siresp aguarda contrato com Estado

O relatório e contas de 2021 mostra que as vendas e serviços prestados pelo Siresp ascenderam a 23,1 milhões de euros. É menos 22,5% do que o inscrito no Plano de Atividades e Orçamento de 2021.

Neste caso, a empresa diz que o desvio “é consequência direta” de “não ter ocorrido a faturação adicional que se previa, para as despesas gerais de funcionamento durante o segundo semestre de 2021, bem como para as ações complementares de gestão e manutenção da rede previstas para o mesmo período, que a empresa prosseguiu embora não tenha sido ressarcida dos gastos incorridos”.

Além disso, as receitas foram penalizadas por “não ter ocorrido a faturação das receitas para os investimentos no valor de 4,17 milhões de euros, no âmbito da contratualização dos serviços prestados ao Estado”.

Em detalhe, o Siresp indica no relatório que, ao abrigo do contrato de prestação do serviço que vigorou entre 2006 e 30 de junho de 2021, os pagamentos do Estado à empresa até essa data “decorreram sem atrasos”. Depois, a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna pagou uma “indemnização compensatória” de 11 milhões de euros (8,94 milhões mais IVA) “pelo cumprimento das obrigações de interesse e serviço público até à entrada em vigor do contrato de serviço público de gestão, operação, manutenção e modernização do Siresp”.

Esta verba correspondeu a compromissos assumidos pela empresa no segundo semestre de 2021 “ao abrigo de três contratos que celebrou para a aquisição de serviços essenciais à continuidade da operação da rede Siresp após 30 de junho de 2021”, lê-se no documento. Mas a organização estima em 3,1 milhões de euros “outros encargos” registados nesse mesmo semestre “com o funcionamento e com ações complementares de gestão e manutenção das infraestruturas”.

Sobre esta despesa adicional, a empresa acredita que terá direito a “compensação financeira” quando for assinado um novo “contrato de prestação de serviço público” com o Estado. Embora o Siresp tenha apresentado uma primeira proposta em maio de 2021, que foi “posteriormente alterada”, esse contrato “ainda não foi celebrado e o Estado não efetuou qualquer outro pagamento para financiar os compromissos financeiros que a empresa tem assumido”, aponta a operadora, notando que, por causa disso, ficou “impedida de receber receitas relativas a despesas de atividade” após 30 de junho.

Do lado das despesas, o Siresp pagou aos fornecedores externos quase 19 milhões de euros em 2021, menos do que previa. Já os gastos com o pessoal também ficaram abaixo do que era esperado.

O Siresp voltou a ter prejuízos superiores a dois milhões de euros em 2021NUNO ANDRÉ FERREIRA/LUSA

É de recordar que o futuro do Siresp voltou à agenda mediática no primeiro semestre do ano passado, quando o então presidente executivo da Altice, Alexandre Fonseca, disse numa entrevista que a rede ia “acabar” a 30 de junho desse ano, por não ter sido assinado qualquer contrato com a Altice, principal fornecedora, até então.

A polémica instalou-se e o Ministério da Administração Interna, então tutelado por Eduardo Cabrita, chegou a um acordo com os privados para esticar o contrato até ao final de 2022, período no qual é suposto ser criada uma entidade para agregar as várias redes do Estado e lançado um concurso público internacional.

Não se sabe em que fase está esse processo, que não é mencionado no relatório. O ECO também tem questionado o ministério da tutela, mas não recebeu informação até ao momento.

Além de tudo isto, o relatório e contas do Siresp menciona três pedidos de reposição do equilíbrio financeiro em curso, feitos ao Governo, tendo “o direito a receber uma verba que ascende ao valor global de 2,9 milhões de euros, podendo ser superior”. O montante está a ser “devidamente apurado, tendo em conta toda a informação entretanto disponível”, refere a empresa.

Deloitte diz que dinheiro não chega

No parecer ao relatório do Siresp, a Deloitte, que atua como revisor oficial de contas, repete alguns dos avisos que já tinha feito no ano passado e alerta que o dinheiro pode não chegar para as despesas em 2022.

Em primeiro lugar, a consultora insiste que continua a não existir um “suporte contratual” que justifique a decisão do Governo de estender até 2027 a vida útil dos equipamentos de redundância adquiridos em 2018, depois dos incêndios, que permite à empresa a amortização dos mesmos até essa data e que acabou por reduzir os prejuízos de 2020 em 80%. Esse despacho do Executivo foi proferido depois de o Tribunal de Contas não ter dado luz verde a esse investimento, apesar de o Siresp já o ter realizado. A Deloitte nota também que o Conselho de Administração do Siresp refere que esse ativos “poderão estar em imparidade”, mas não é possível saber quanto.

Em relação às contas em concreto, a Deloitte avisa que “os resultados transitados e o resultado líquido negativo do exercício findo naquela data encontram-se sobreavaliados em, aproximadamente, 286 mil euros”, devido a problema que remonta a 2014.

Por fim, a Deloitte aponta para a “incerteza material relacionada com a continuidade das operações”. A consultora toma nota dos 11 milhões de euros (incluindo IVA) transferidos pelo Governo para fazer face às despesas do segundo semestre de 2021 e refere uma transferência de 16,95 milhões de euros, mais IVA, “para fazer face às despesas de gestão, operação, manutenção, ampliação e correto funcionamento da rede Siresp e respetivos equipamentos no ano de 2022”.

“Contudo, considerando a estrutura de custos da entidade, aquele montante não deverá ser suficiente para cobrir os custos do exercício”, avisa a Deloitte de seguida.

De acordo com a consultora, a administração do Siresp “tem vindo a analisar com a tutela alternativas para o financiamento das operações da entidade até final do exercício de 2022 e para a atividade da entidade após 31 de dezembro de 2022”. “Contudo, até esta data [22 de março de 2022], não existe ainda uma decisão da tutela quanto a estas situações. Desta forma, existe uma incerteza material relacionada com a continuidade das operações. O Conselho de Administração considera, contudo, que o Estado, enquanto acionista, tomará as decisões que assegurem a prestação daqueles serviços, consequentemente, a continuidade das operações”, indica a Deloitte.

“A nossa conclusão não é modificada com respeito a esta matéria”, conclui a consultora no parecer às contas do Siresp.

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Wall Street recupera com índices a subir mais de 1%

O setor tecnológico tem sido dos mais penalizados nas últimas sessões, mas recupera esta terça-feira. O índice Nasdaq arranca a sessão a subir 2%.

As bolsas norte-americanas recuperam esta terça-feira, depois de várias sessões em que os índices afundaram com os receios de que se esteja a formar uma recessão no horizonte. Os investidores aproveitam para comprar ações mais baratas, dando valorizações superiores a 1% aos índices em Wall Street.

O tecnológico Nasdaq, que tinha sido o mais penalizado, arrancou a sessão a subir 2,04%, para 11.900,58 pontos, enquanto o S&P 500 ganha 1,54%, para 4.069,84 pontos. Já o industrial Dow Jones avança 1,38%, para 32.669,45 pontos.

A animar o sentimento em Wall Street estão também dados animadores das vendas no retalho e uma série de previsões fortes, sendo que o otimismo é ainda impulsionado pelas esperanças de um alívio da aplicação de medidas duras às empresas de tecnologia e de contenção da Covid-19 na China.

As cotadas do setor tecnológico destacam-se na recuperação neste arranque de sessão, depois de fortes perdas na segunda-feira. A Apple ganha 2,30%, para 148,89 dólares; a Microsoft sobe 1,89%, para 266,43 dólares; e a Amazon valoriza 2,80%, para 2.278,21 dólares.

Nos ganhos destacam-se também as ações da banca, nomeadamente depois de ser conhecido que a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, adicionou uma participação de quase 3 mil milhões de dólares no Citigroup no primeiro trimestre. O Citi dispara 5,79%, para 50,21 dólares.

Outras cotadas do setor valorizam também, como é o caso do JP Morgan, que ganha 3,23% para os 122,08 dólares, e do Bank of America, que sobe 3,16% para os 35,91 dólares.

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NFT: “O que existe é uma ausência de normas”, diz Susana A. Duarte, advogada principal da Abreu

Susana A. Duarte e Isabel Pinheiro Torres, advogadas principais da Abreu Advogados, e Ilda Marcelino, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, são as participantes da talk da Advocatus Summit.

Para falar sobre o tema “Criptoativos: da fiscalidade à regulação”, Susana A. Duarte, advogada principal da Abreu Advogados, Ilda Marcelino, responsável pela Unidade de Transformação Digital da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e Isabel Pinheiro Torres, advogada principal da Abreu Advogados juntaram-se na talk da 5.ª edição da Advocatus Summit Lisboa.

Isabel Pinheiro Torres começou por sublinhar que este é um “hot topic” e que atualmente existem variados tipos de criptoativos, como os NFT. “Estima-se que até 2025 seja um negócio que valerá 40 mil milhões de euros”, referiu.

No segmento dos NFT, Ilda Marcelino explicou em que consiste o projeto Artentik da Santa Casa da Misericórdia. Um projeto que pretende vender obras de arte que fazem parte do espólio da Santa Casa em forma de NFT. “Vimos isto como uma oportunidade de puder monetizar um espólio que temos e que não é monetizável de outra forma. Uma oportunidade de trazer o nosso museu e a igreja de São Roque para a rua”, contou.

Susana A. Duarte sublinhou que Portugal tem sido vendido como um paraíso fiscal para os criptoativos no exterior. “Não existe uma opção do legislador no sentido de prever um regime fiscal mais favorável para os criptoativos. O que existe é uma ausência de normas e isto na área das pessoas singulares, porque nas pessoas coletivas as normas do Código do IRC são muito mais abrangentes de forma a abarcar todo o tipo de rendimento”, explicou.

Segundo a advogada principal da Abreu Advogados, este mercado evoluiu a uma velocidade difícil para o legislador acompanhar. Já Isabel Pinheiro Torres considerou que a legislação existente tem respondido às necessidades dos clientes e que o regulador tem sido recetivo.

A conversa entre os três convidados já está disponível. Veja aqui o vídeo.

Até dia 24 de maio, será lançado no site da Advocatus e ECO, diariamente, dois novos painéis.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou com o patrocínio de Abreu Advogados, AVM Advogados, CMS Portugal, Cuatrecasas, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Sérvulo & Associados, SRS Advogados, TELLES, Vieira de Almeida, e ainda a Moneris.

Conheça aqui o programa da Advocatus Summit

Painel 1 – Entrevista “Crescimento da economia e competitividade para o Portugal do pós pandemia”

  • Com Pedro Raposo, sócio administrador e responsável de Corporate na PRA, entrevistado por Filipa Ambrósio de Sousa, diretora executiva da Advocatus. Vídeo aqui.

Painel 2 – “Agribusiness em Portugal: tendências e perspetivas de investimento”

  • Com Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP, e Alexandra Martins, sócia da Serra Lopes, Cortes Martins, moderado por André Veríssimo, redator principal do ECO. Vídeo aqui.

Painel 3 – “Financiamento sustentável: novos desenvolvimentos”

  • Com Ana Sá Couto, administradora do Banco Empresas Montepio, e Claire Bright, fundadora do Centro de Conhecimento NOVA Business, Human Rights and the Environment, da NOVA School of Law, moderado por Raquel Azevedo, sócia de Mercado de Capitais, Bancário e Financeiro da PLMJ. Vídeo aqui.

Painel 4 – Criptoativos: da fiscalidade à regulação”

  • Com Susana A. Duarte, advogada principal da Abreu Advogados, Ilda Marcelino, responsável pela Unidade de Transformação Digital da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, moderado por Isabel Pinheiro Torres, advogada principal da Abreu Advogados.

Painel 5 – “As Novas Formas de Trabalho nas sociedades de advogados”

18 de maio

  • Com António Vicente Marques, managing partner da AVM, e Francisco Goes Pinheiro, advogado coordenador da AVM, moderado por Frederico Pedreira, jornalista da Advocatus/ECO.

Painel 6 – “Cibersegurança e ciber-resiliência no novo normal”

18 de maio

  • Com Nuno Teodoro, Cyber Security and Privacy Officer da Huawei, e Pedro Miguel Machado, Data Protection Officer do Grupo Ageas Portugal, moderado por Joana Mota Agostinho, sócia co-coordenadora da área de PI-TMT da Cuatrecasas.

Painel 7 – “Desafios da nova Lei de Bases do Clima”

19 de maio

  • Com Bernardo Cunha Ferreira, associado coordenador de Energia & Alterações Climáticas da CMS Portugal, e João Wengorovius Meneses, Secretary General da BCSD, moderado por Maria Figueiredo, of counsel da CMS Portugal.

Painel 8 – “As Indústrias Criativas, os NFTs e as Criptomoedas”.

19 de maio

  • Com Armando Serapicos, manager da Moneris, Pauline Foessel, fundadora e diretora da Artpool, e Rui Ferraz, Diretor Comercial | Innovarisk Underwriting, moderado por Flávio Nunes, editor do ECO.

Painel 9 – ESG: Taxonomia e os Atos Delegados do Clima”

20 de maio

  • Com Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Ação Climática, e Francisco Gomes da Silva, diretor geral na CELPA, moderado por Assunção Cristas, of counsel da VdA.

Painel 10 – Entrevista “Licenciamento urbanístico – necessariamente uma dor de cabeça?”

20 de maio

  • Com Rui Ribeiro Lima, advogado sénior da Morais Leitão, entrevistado por Mónica Silvares, editora do ECO.

Painel 11 – “Controle externo e riscos na gestão de fundos europeus”

23 de maio

  • Com Fernando Alexandre, professor de Economia na Universidade do Minho, Ricardo Figueiredo, empresário, Presidente e CEO da FEPSA, moderado por João Pinho de Almeida, consultor na TELLES.

Painel 12 – “Imobiliário: as novas tendências de investimento”

23 de maio

  • Com Neuza Pereira de Campos, sócia da SRS, Leonardo Peres, managing director da M7 Real Estate, e Nuno Nunes, Head of Capital Markets, Senior Director da CBRE.

Painel 13 – Whistleblowing: novas obrigações das empresas”

24 de maio

  • Com Susana Figueiredo, Procuradora da República e docente no CEJ, e Carlos Martins Ferreira, Diretor Jurídico do Grupo Jerónimo Martins, moderado por Catarina Veiga Ribeiro, of counsel da Miranda.

Painel 14 – “A emergência dos ativos digitais”

24 de maio

  • Com Pedro Borges, Co-Founder & CEO da CriptoLoja, e Pedro Melo, Co-Founder & CEO da Altcry, moderado por Verónica Fernández, sócia de Financeiro e Governance da Sérvulo.

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