Seis mil reclamam 1.600 milhões: os números dos lesados do BPP

  • ECO
  • 13 Maio 2022

Hoje ainda há 6.000 lesados do BPP, que reclamam 1.600 milhões ao banco falido. Problema: só há 700 milhões em ativos.

Cerca de 6.000 credores do BPP têm a receber quase 1.600 milhões de euros no âmbito do processo de liquidação do banco fundado por João Rendeiro, encontrado morto na prisão esta sexta-feira numa prisão da África do Sul.

O fim do BPP foi decidido em 2010 e ainda hoje há milhares de lesados que procuram ser ressarcidos pela comissão liquidatária, através dos ativos que ainda restam.

A associação de lesados, em nota citada pela agência Lusa, defendeu já que a morte do ex-banqueiro “não altera os processos em curso da Privado Clientes, onde, entre outros, encontra-se o pedido de destituição da Comissão Liquidatária, que arrasta o processo há mais de dez anos, sem dar justificações e com gastos milionários”.

De acordo com as últimas contas, dos 1.600 milhões de euros de créditos que já foram reconhecidos, 450 milhões são créditos garantidos (do Estado), 950 milhões de euros de créditos comuns e 200 milhões de euros de créditos subordinados.

O problema: os ativos líquidos do banco valiam apenas 700 milhões de euros, o que é insuficiente para responder a todos os lesados. Assim, contas feitas, o banco que se encontra em fase de liquidação apresenta uma situação líquida negativa de 900 milhões de euros. É esta a parte em relação à qual não há património para cobrir as responsabilidades.

“Isto resulta na impossibilidade de satisfação integral de todos os créditos comuns reconhecidos”, admitiu a comissão liquidatária do BPP, tendo avisado que só pode pagar aos credores comuns quando pagar na totalidade as dívidas ao Estado.

Segundo a comissão responsável pela liquidação do banco, já foram pagos 200 milhões a credores comuns através do Fundo de Garantia de Depósitos e do Sistema de Indemnização aos Investidores.

O Estado também já recebeu uma parte. Dos 450 milhões, a comissão já pagou 305 milhões diretamente e outros 100 milhões resultantes da afetação de outros ativos do BPP e de terceiros. Fundo de Garantia de Depósitos e do Sistema de Indemnização aos Investidores também já receberam.

A Associação Privado Clientes adiantou que 10% dos 3.000 clientes do “retorno absoluto” – um produto em que o banco garantia capital e remuneração, como se fosse um depósito — ainda não receberam todo o valor investido, e aguardam o pagamento da parte da massa falida. Além destes, depositantes acima dos 100 mil euros e clientes que investiram em fundos de investimento e hedge funds também tinham dinheiro a haver.

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Reino Unido cria lei para evitar fraudes financeiras

  • Servimedia
  • 13 Maio 2022

O parlamento britânico criou uma nova lei - Lei dos Serviços e Mercados Financeiros - com o objetivo de assegurar a segurança durante o processo de levantamento e depósito de dinheiro.

Esta semana, o parlamento britânico anunciou um novo projeto de lei, denominado Lei dos Serviços e Mercados Financeiros, que inclui planos para assegurar o acesso contínuo a facilidades de levantamento e depósito em dinheiro, bem como para ajudar as vítimas de esquemas financeiros, noticia a Servimedia.

No anúncio, o governo britânico considera que o numerário continua a ser um método de pagamento importante para milhões de pessoas em todo o Reino Unido, particularmente para grupos mais vulneráveis a fraudes financeiras, e o governo está empenhado em preservá-lo através de uma infraestrutura de numerário no país que seja sustentável a longo prazo.

“Sabemos que o acesso a dinheiro continua a ser vital para muitas pessoas, especialmente para os grupos vulneráveis. Prometemos protegê-lo e, através deste projeto de lei, estamos a cumprir essa promessa”, afirmou John Glen, secretário do Tesouro para a Economia.

A nova legislação, que procura manter e reforçar a posição do Reino Unido como líder mundial em serviços financeiros pós-Brexit, também vai permitir ao Payment Systems Regulator (PSR) exigir aos bancos o reembolso das perdas de dinheiro decorrentes de esquemas de pagamento autorizados, no valor de centenas de milhões de euros por ano.

“Estamos a defender as vítimas de esquemas financeiros, que podem ter um impacto devastador, e a assegurar que o regulador possa agir para que os bancos reembolsem as pessoas que perderam dinheiro sem culpa”, concluiu Glen.

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Prémio Autarquia do Ano regressa com cerimónia presencial

  • ECO + Lisbon Awards Group
  • 13 Maio 2022

No dia 8 de junho, serão conhecidas as Autarquias do Ano em 11 categorias e subcatgorias, naquela que é a 3ª edição do Prémio Autarquia do Ano.

A 3ª Edição do Prémio que destaca as Autarquias mais inovadoras está de volta com uma Cerimónia Final de Entrega de Prémios presencial, no próximo dia 8 de junho, após duas edições de enorme sucesso em formato virtual.

Dividido em 11 categorias, e suas subcategorias totalmente distintas entre si, apenas um Município e uma Freguesia poderão ser premiados em cada uma das subcategorias com o título de Autarquia do Ano.

Do Apoio Social à Economia, passado pela Mobilidade e pelo Turismo, são diversas as categorias e subcategorias que espelham as principais áreas de ativação das autarquias locais.

O grupo de jurados deste Prémio é constituído por personalidades da sociedade civil, que se distinguiram pelo seu percurso cívico, académico e profissional, sem qualquer conotação política ou partidária, distinguido assim o que de melhor se faz no poder local em Portugal, em parceria com o Jornal ECO.

Na edição de 2021, foram rececionadas 50 inscrições, para um total de 10 categorias e mais de 25 subcategorias, sendo demonstrativo da enorme vontade dos municípios e freguesias apresentarem as boas práticas existentes por todo o território português.

Ainda sobre a última edição, entre diversos vencedores, destaca-se a Câmara Municipal de Mação, vencedora do Grande Prémio, com o projeto “Mação, um concelho amigo do idoso” e a Câmara Municipal de Boticas, vencedora do Grande Prémio Originalidade com o projeto “Recordar é viver”.

A cerimónia deste ano dará a conhecer os vencedores no dia 8 de junho, com local a designar. As inscrições estão abertas até 20 de maio, a partir deste site.

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Governo britânico avalia cortes na função pública para combater inflação

  • Lusa
  • 13 Maio 2022

A medida pretende acabar com o fim da “duplicação” de funções e pode ser aplicada parcialmente com um “congelamento no recrutamento”, explicou Jacob Rees-Mogg.

O Governo britânico anunciou esta sexta-feira estar a avaliar cortar dezenas de milhares de empregos na função pública para gerar economias que possam ser usadas para combater o aumento do custo de vida.

“Trata-se de voltar ao serviço público que tínhamos em 2016”, justificou o secretário de Estado para o ‘Brexit’ e eficiência do Governo, Jacob Rees-Mogg, em declarações à estação Sky News, referindo que foram contratados mais de 91.000 funcionários públicos para lidar com o ‘Brexit’ (processo da saída britânica da União Europeia) e depois com a pandemia de covid-19.

A medida, acrescentou, pretende acabar com o fim da “duplicação” de funções e pode ser aplicada parcialmente com um “congelamento no recrutamento” para substituir milhares de funcionários que deixam a função pública todos os anos, seja para o setor privado ou por aposentação.

De acordo com a comunicação social britânica, o primeiro-ministro, Boris Johnson, pediu aos ministros num conselho ministerial realizado na quinta-feira para que apresentassem um plano dentro de um mês para reduzir o tamanho dos respetivos ministérios para os níveis de 2016. “Precisamos de reduzir o custo do Governo para reduzir o custo de vida”, defendeu o primeiro-ministro, em declarações ao jornal Daily Mail.

A medida, que afetaria 20% da força de trabalho atual, poderá representar uma redução na ordem dos 3.500 milhões de libras por ano (cerca de 4.100 milhões de euros), o que poderá financiar cortes de impostos.

O Reino Unido enfrenta atualmente uma crise do aumento do custo de vida devido aos efeitos da pandemia na economia, do aumento dos preços da energia e da guerra na Ucrânia, tendo o Banco de Inglaterra previsto que a inflação, atualmente nos 7%, chegue aos 10%.

O Governo está sob pressão da oposição para tomar medidas imediatas para ajudar as pessoas mais vulneráveis, nomeadamente através de um imposto extraordinário sobre os lucros das petrolíferas que têm tirado benefícios com o aumento dos preços dos hidrocarbonetos. Embora tenha inicialmente rejeitado esta hipótese, Boris Johnson indicou na quinta-feira que vai examinar essa opção.

O anúncio de hoje de cortes na função pública surge também no meio de um braço de ferro entre o Governo e os sindicatos sobre o teletrabalho, com Rees-Mogg determinado em fazer os trabalhadores a regressar aos escritórios. Segundo o Daily Telegraph, um estudo interno concluiu que até 75% dos funcionários continuavam a trabalhar remotamente, apesar de as restrições impostas no âmbito da pandemia terem sido completamente levantadas em fevereiro.

Porém, os sindicatos querem maior flexibilidade para a função pública, alegando que a produtividade não foi afetada, e alertam para o risco de estes cortes afetarem serviços como a emissão de passaportes, controlo de fronteiras e saúde. “Estes cortes parecem mais uma continuação das ‘guerras de cultura’ do Governo contra a função pública, ou pior ainda, cortes de empregos apressados e mal pensados que não vão resultar num Governo mais económico”, afirmou hoje o secretário-geral do sindicato FDA, Dave Penman.

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Huawei Enterprise Day apresenta últimas tendências tecnológicas

  • Servimedia
  • 13 Maio 2022

O Huawei Enterprise Day apresentou as tendências tecnológicas para empresas aos seus sócios e parceiros mais destacados em Espanha. Impulsionar a digitalização no mercado foi o objetivo do evento.

A marca tecnológica Huawei aproveitou o Huawei Enterprise Day para mostrar as novidades em tecnologia e serviços para empresas aos seus parceiros e sócios mais importantes em Espanha, noticia a Servimedia.

A empresa analisou as últimas tendências da indústria e apresentou exemplos e histórias de sucesso do seu portfólio de soluções em áreas chave para a indústria, tais como a conectividade através de wifi-6, bem como os últimos desenvolvimentos em serviços de cloud e no campo dos centros de dados.

Além disso, pela primeira vez, a unidade de consumo da empresa também esteve representada no Huawei Enterprise Day a apresentar os últimos desenvolvimentos em tablets e computadores para empresas e negócios.

O evento foi aberto por Jack Heliang, diretor geral da Huawei Espanha que, no seu discurso sob o lema “Um novo valor Juntos”, destacou o compromisso da Huawei com as empresas e as sociedades espanholas e ainda realçou o esforço que têm feito para investir em inovação.

“Durante as mais de duas décadas em que temos trabalhado em Espanha, temos sido claros quanto à importância de ir sempre mais longe na promoção das tecnologias e serviços que oferecemos”, disse o responsável.

Ainda neste sentido, José Antonio Cano, diretor de investigação do IDG, explicou os desafios que o mercado espanhol enfrentará em 2022 e salientou que o local de trabalho e a experiência do empregado são elementos centrais da transformação digital, bem como a cloud, que o responsável afirmou ser “a pista” da digitalização.

Por sua vez, Gonzalo Erro, chefe de Cibersegurança da Huawei Espanha, revelou que a segurança integrada nos processos E2E, o sólido historial em cibersegurança, a relação de confiança estabelecida com os clientes e parceiros baseada na transparência, bem como o facto de ter passado nos testes mais exigentes são os fatores que impulsionaram a “liderança” da Huawei para ser um parceiro de confiança no setor.

O evento também contou com apresentações da equipa da Huawei Solutions, que mostrou as últimas inovações e soluções da Huawei no Campus Inteligente, Data Center, Wide Area Network e serviços de Cloud, entre outros.

Houve, ainda, espaço para a análise da indústria e da sua resiliência, onde foi explicado como impulsionar as inovações nas redes IP, como a potência computacional impulsionou a inovação tecnológica em soluções de centros de dados, e como o armazenamento de dados e a virtualização avançaram a inovação tecnológica na indústria do armazenamento.

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Crédito Agrícola quer ter menos de 60 caixas em cinco anos

  • Lusa
  • 13 Maio 2022

O grupo, dirigido por Licínio Pina, quer fazer a fusão de 19 caixas em cinco anos, passando a menos de 60 caixas. Mas esta fusão não implicará necessariamente fecho de balcões.

O presidente do Crédito Agrícola disse esta sexta-feira que o grupo quer fazer a fusão de 19 caixas em cinco anos, passando a menos de 60 caixas, um processo que deveria ter acontecido mas cuja complexidade e pandemia fez atrasar.

Num painel de debate em que participaram os presidentes dos principais bancos portugueses no Fórum Banca, em Lisboa, questionado sobre fusões de bancos, Licínio Pina disse que o grupo financeiro que dirige não olha para fusões e aquisições externas e que está focado na sua melhoria interna e que aí irá fazer a fusão de 19 caixas (aquelas com menor ativo) com outras caixas.

Segundo o gestor, das atuais 75 Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, 19 concentram mais de 70% do ativo e outras 19 detêm apenas 9% do ativo, o que põe em causa a sua sustentabilidade, considerando que nestas terá de haver fusão com caixas da sua proximidade.

“Não tenho dúvida que nessas 19 tem de haver fusão“, disse, considerando que isso é fundamental para desde logo terem capacidade de dar resposta às novas regras que se impõem na banca, caso dos objetivos ESG (sigla em inglês relativa a objetivos ambientais, sociais e de governação).

Licínio Pina disse que a fusão das caixas já era para ter sido executada, mas que a complexidade do processo e os dois anos de crise pandémica em que foram suspensas reuniões e assembleias-gerais fizeram atrasar.

À margem do Fórum Banca (organizado pelo Jornal Económico e a consultora PWC), Licínio Pina disse à Lusa que o objetivo é que este processo esteja terminado num prazo de cinco anos e que para isso será importante rever o regime jurídico para tornar o processo menos complexo. A fusão de caixas não implicará necessariamente fecho de balcões.

O grupo Crédito Agrícola é composto por 75 Caixas de Crédito Agrícola Mútuo e Caixa Central que, em conjunto, detêm cerca de 624 agências (a maior rede de um banco em Portugal). Tem ainda atividade nas áreas seguradora, de gestão de ativos e capital de risco.

Em 2021, o grupo Crédito Agrícola teve lucros de 158,8 milhões de euros, mais 82,9% face a 2020. Licínio Pina tomou posse em abril como presidente da Caixa Central do Crédito Agrícola, no seu quarto mandato à frente do banco.

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Regime fiscal para residentes não habituais “está em avaliação”, diz Medina. Acompanhe aqui

Na última audição da fase de especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), o ministro das Finanças, Fernando Medina, foi questionado pelos deputados sobre inflação, salários e energia.

O ministro das Finanças foi o último ministro a ser ouvido pelos deputados nesta ronda de audições da fase de especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022). Fernando Medina esteve esta sexta-feira de tarde a ser questionado no Parlamento, com o foco em temas como a aceleração da inflação, o elevado endividamento do país — é o “calcanhar de Aquiles”, disse ao ECO –, o rumo da política monetária e a perda de poder de compra dos portugueses. Na nota explicativa enviada aos deputados antes da audição, Medina tinha sinalizado que está otimista quanto à evolução do rating de Portugal este ano.

Releia aqui a audição do ministro das Finanças:

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Nasdaq sobe quase 3%, mas não escapa à sexta semana consecutiva de perdas

Índices norte-americanos aceleram neste final de semana e o Nasdaq chega a recuperar 2,6%. Um ganho que não chega para eliminar a queda de quase 6% nesta semana.

As bolsas norte-americanas respiram de alívio esta sexta-feira, depois de uma semana que atirou o Nasdaq para uma queda superior a 25% face à cotação no início do ano. Os investidores ficaram mais otimistas depois de o presidente da Fed ter descartado, novamente, uma subida de juros de 75 pontos base. Mas o sentimento continua frágil.

Enquanto o S&P 500 sobe 1,28%, o industrial Dow Jones ganha 0,74%. É mesmo o Nasdaq o que brilha mais, ao disparar 2,68%, uma subida que, ainda assim, não chega para recuperar da queda acumulada de quase 6% nas cinco sessões da semana, a sexta consecutiva de perdas avultadas.

A pressão vendedora agravou-se na quarta-feira, depois de uma leitura da inflação dos EUA que mostrou uma desaceleração em abril face a março, mas que, ainda assim, uma taxa superior ao que era esperado pelos investidores.

Nas ações, obrigações e até criptomoedas, as quedas dos últimos dias ficarão na memória. E segundo alguns analistas, podem não ficar por aqui.

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Gasóleo deve descer seis cêntimos, mas gasolina sobe três na próxima semana

O litro de gasolina simples 95 deverá passar a custar 1,945 cêntimos e o de gasóleo simples descerá para 1,780 euros na próxima segunda-feira. Mas estes valores ainda podem sofrer ajustamentos.

Na próxima semana, a maior parte dos automobilistas vai ter uma boa surpresa. As cotações do petróleo ditam uma descida significativa do preço do gasóleo, o combustível utilizado por 77% dos portugueses. Tudo aponta para que a descida seja de seis cêntimos. Já quem tem veículos a gasolina vai voltar a pagar mais na hora de encher o depósito. Cerca de três cêntimos, apurou o ECO junto de fonte do setor.

Tendo em conta os valores médios praticados nas bombas esta segunda-feira, isso significa que o litro de gasolina simples 95 deverá passar a custar 1,945 cêntimos e o de gasóleo simples descerá para 1,780 euros. Mas estes valores ainda podem sofrer um ajustamento, tendo em conta o fecho das cotações do brent esta sexta-feira e do mercado cambial.

Há ainda que ter em conta o mecanismo semanal que ajusta o valor do ISP para compensar o agravamento da receita de IVA. A redução dos preços que ditará a aplicação da fórmula de cálculo criada em março só será conhecida esta tarde, depois de o Ministério das Finanças apresentar as contas que visam garantir a neutralidade fiscal desta medida. Ou seja, que os cofres do Estado não ganham nem perdem na sequência da aplicação desta medida que pretende mitigar o efeito do aumento dos preços na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia.

Esta fórmula até poderia implicar um agravamento do litro do gasóleo, porque a redução via cotações internacionais implica uma perda de receita fiscal de IVA, mas o Executivo em todas as semanas em que houve descidas de preços optou por não mexer nos preços. Caso estes valores se vierem a verificar, é preciso recuar a 28 de fevereiro para encontrar uma semana em que o litro de gasóleo estivesse mais barato (1,675 euros por litro)

As preocupações com a oferta de matéria-prima, a tensão geopolítica na Europa e os impactos da inflação determinaram uma semana de forte volatilidade nos preços do “ouro negro”. Os investidores continuam à espera da entrada em vigor do sexto pacote europeu de sanções contra a Rússia, que deverá determinar o embargo total das importações de produtos petrolíferos, o que contribui para o agravamento das cotações do petróleo por receios de escassez da matéria-prima. O pacote de sanções ainda tem de ser aprovado por todos os Estados-membros e a votação foi adiada porque a Hungria se opõe a este embargo, apesar de ter garantido, à semelhança da Eslováquia de um período de transição mais longo, devido à forte de dependência.

Brent com grande volatilidade

Esta semana, o desempenho do preço dos combustíveis é também influenciado pelo efeito cambial, já que ao longo da semana se registou uma nova derrapagem do euro face ao dólar, o que torna mais caros os produtos refinados, cujo pricing é feito em dólares, para os consumidores europeus. Além disso, as importações de gasolina dos Estados Unidos têm pressionado os preços em alta em antecipação da driving season que deverá começar em três semanas já o gasóleo beneficia de uma menor procura com o aumento das temperaturas na Europa, reduzindo a procura deste combustível para aquecimento.

No início do mês entrou em vigor um desconto adicional do ISP de 14,2 cêntimos por litro de gasóleo e 15,5 por litro de gasolina mas estes valores só voltarão a ser revistos no próximo mês.

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Proposta do PSD de subir salários 4% é “cega”, diz PS

O líder parlamentar do PS diz que a proposta do PSD para aumentar os salários da função pública em 4% este ano é "cega" e "contraria o programa eleitoral" do partido. PS vai alargar IRS Jovem.

O PS não se considera “obrigado” a aprovar a proposta do PSD de aumentar os salários da função pública em 4%, como defendem os social-democratas, argumentando que tal resulta de uma promessa eleitoral dos socialistas. Em reação à proposta, o líder parlamentar do PS diz que tem uma “lógica cega”. Nas mais de 40 propostas de alteração apresentadas pelos socialistas não consta nenhuma alteração à política de rendimentos do Governo, o qual tem rejeitado reagir já à elevada inflação pela via dos salários.

O PSD chegou agora à politica de rendimentos e por isso tem uma lógica cega de aumento de rendimento, contrariando o seu próprio programa eleitoral“, afirmou Eurico Brilhante Dias, na conferência de imprensa desta sexta-feira em que apresentou as propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), sinalizando que votará contra a proposta do maior partido da oposição.

O líder parlamentar do PS repetiu os argumentos do Governo, referindo que a massa salarial da função pública vai crescer 3,6%, “já perto de 4%”, graças à atualização de 0,9%, às progressões e às promoções, além das novas contratações. Além disso, sublinhou o desagravamento fiscal do IRS para argumentar que os portugueses vão ter maior rendimento disponível.

“A abordagem [do PS] combina aumentos de salários com aumentos originados pela progressão nas carreiras da função pública, com uma política fiscal em sede de IRS de melhoria da progressividade”, resumiu, defendendo um “aumento contínuo e gradual” dos rendimentos dos portugueses.

Ainda assim, Eurico Brilhante Dias reconheceu que “a inflação é o pior inimigo do rendimento do trabalho e pensões” e que, por isso, os esforços do Governos estão no controlo dos preços, dando o exemplo do mecanismo ibérico aprovado esta sexta-feira. “Temos usado os recursos para controlar preços, para ajudar os mais carenciados e para promover políticas públicas que promovem a igualdade de oportunidades”, disse, admitindo no final que “se não formos eficazes no controlo da inflação, outros elementos serão penalizadoras das famílias portugueses”.

Porém, a expectativa do socialista é que no segundo semestre se comece a sentir um “decréscimo da inflação do ponto de vista homólogo”, acreditando que este será um “fenómeno temporário”. E se não for, há medidas adicionais? “Perante a incerteza, podem ser ponderadas novas medidas mas acredito que estas respondem ao efeito inflacionista que sentimos“, respondeu Eurico Brilhante Dias.

Apesar do sinal de rejeição desta proposta do PSD, o grupo parlamentar do PS disse estar “muito disponível” para continuar a discutir as propostas apresentadas pelo PAN e pelo Livre — os dois partidos que se abstiveram na votação na generalidade –, sublinhando ainda o diálogo que há com a Iniciativa Liberal e o PSD Madeira. E este processo “inclui o PCP e o Bloco, não há exceções”, realçou Brilhante Dias.

PS apresenta mais de 40 propostas: congela propinas e alarga IRS Jovem

O Partido Socialista vai entregar esta sexta-feira mais de 40 propostas de alteração ao OE2022, de onde se destaca o congelamento do valor das propinas em todo o Ensino Superior e o alargamento do IRS Jovem para os doutoramentos terminados até aos 30 anos (em vez dos 28 anos estipulados na proposta do Governo), o que significa que este benefício fiscal poderá ser gozado até aos 35 anos (5 anos de duração) para quem conclua aos 30 anos.

O grupo parlamentar do PS diz que as medidas têm como foco os mais jovens, incluindo a alteração em que se cria uma comparticipação das despesas em transportes públicos para estudantes bolseiros deslocados a aplicar-se no ano letivo de 2023/2024 e a possibilidade de se consignar parte do IRS a associações juvenis.

O líder parlamentar do PS garantiu que as “propostas no seu conjunto são orçamentalmente neutrais”, com a exceção da extensão do IRS Jovem e da comparticipação, deixando o cálculo do impacto para o Governo.

O líder parlamentar revelou ainda que há propostas que visam o “combate ao planeamento fiscal agressivo”, nomeadamente em impostos como o IRS, IMT e Imposto do Selo. “As propostas procuram no essencial eliminar algumas das possibilidades de diminuição de imposto e que eram possíveis usando um conjunto de combinação, em particular usando fundos de investimento e sociedades de investimento e empresas em paraísos fiscais”, explicou Eurico Brilhante Dias.

Por fim, o PS avança com uma proposta para prorrogar até 2023 a emissão de novas licenças na Zona Franca da Madeira. “Em linha com aquela a aprovação concedida pela Comissão Europeia, procede-se à prorrogação, por dois anos (até final de 2023) da data-limite para a emissão de licenças para operar na Zona Franca da Madeira ao abrigo do regime fiscal consagrado no artigo 36.º-A do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF)”, explica o partido.

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Já foram assinados 2.542 contratos de trabalho com refugiados ucranianos em Portugal

Secretária de Estado adiantou que foi possível disponibilizar "4.400 lugares em ATL e 6.300 lugares em creche" para as crianças ucranianas.

A mais recente atualização dos refugiados ucranianos que encontraram emprego em Portugal dá conta de que já foram assinados 2.542 contratos de trabalho assinados com cidadãos ucranianos, segundo avançou a secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes.

O último balanço, de 27 de abril, indicava que 1.400 refugiados ucranianos já tinham contrato de trabalho em Portugal. Agora, os dados mais atualizados indicam que há “2.542 contratos de trabalho assinados com cidadãos ucranianos refugiados em Portugal”, segundo revelou a secretária de Estado esta sexta-feira, na audição no âmbito do Orçamento do Estado.

Desta forma, celebraram-se aproximadamente mil contratos em duas semanas. Nesse balanço, no final de abril, a ministra do Trabalho tinha também sinalizado que existiam cerca de 29 mil ofertas de trabalho espalhadas pelo país para estes cidadãos.

A secretária de Estado da Inclusão, questionada pelos deputados sobre o apoio que tem sido dado aos refugiados ucranianos, disse não ter números em concreto sobre o acolhimento de crianças, mas “com a portaria de alargamento das vagas tivemos capacidade para 4.400 lugares em ATL e 6.300 lugares em creche”.

Ana Sofia Antunes destaca que estas medidas têm uma “natureza transitória”, tendo em conta a situação que se vive atualmente com a invasão russa da Ucrânia.

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Maersk abre hub no Porto. Quer ter até 150 colaboradores até 2023

Situado no Porto Office Park, na zona da Boavista, o novo hub tech da Maersk ocupa um andar, com 850 metros quadrados.

A Maersk vai abrir na próxima segunda-feira o seu hub tecnológico no Porto, oito meses depois de ter comprado a startup portuguesa HUUB. O hub do gigante logístico dinamarquês arranca com 50 colaboradores e quer triplicar equipa num ano. Até 2023 quer ter 150 colaboradores. Valor de investimento não foi divulgado.

“É um enorme orgulho ver uma empresa como a Maersk escolher a nossa cidade e o nosso país para implementar um polo tecnológico, mais ainda sabendo que a aquisição da HUUB foi a grande impulsionadora deste movimento. Sempre sentimos o especial talento desta cidade e da sua academia. Temos agora a responsabilidade de atrair e reter esse talento para os grandes objetivos que temos pela frente”, diz Tiago Paiva, ex-CEO da HUUB e agora líder de um dos principais produtos de ecommerce da Maersk, citado em comunicado.

O espaço abre com 50 colaboradores, mas “empresa tem o objetivo de triplicar esse número até 2023.”

Situado no Porto Office Park, na zona da Boavista, o espaço ocupa um andar, com 850 metros quadrados. “O espaço está desenhado para ser compatível com as melhores práticas tecnológicas e de um regime híbrido”, refere fonte oficial à Pessoas. “Não há obrigatoriedade de presença no escritório”, clarifica quando questionado sobre os moldes do modelo de organização do trabalho.

Adaptado aos novos modelos de trabalho, o hub privilegia open spaces, funciona em regime de hot desk, tendo ainda anfiteatros, cabines para espaços de maior foco e salas de reuniões “equipadas com tecnologia multicâmara e áudio permitindo várias pessoas numa sala a interagir e perfeitamente visíveis para quem está, por exemplo, nos Estados Unidos”, descreve a mesma fonte.

No arranque acomoda a equipa da HUUB, startup comprada pela Maersk em setembro do ano passado, numa altura em que empresa de logística estava a investir no comércio online, através de várias aquisições.

Na época, a empresa dinamarquesa já tinha referido o objetivo de “tornar Portugal um hub tecnológico estratégico, para atrair talento nacional e competir com várias outras empresas que instalaram as suas divisões tech no nosso país.”

Objetivo que agora se concretiza com a inauguração deste hub “cuja plataforma (de comércio eletrónico) a nível global será em grande medida desenvolvida no tech hub do Porto”.

Gigante mundial de logística e transporte de mercadorias, só no último trimestre, a Maersk apresentou receitas na ordem dos 19,3 mil milhões de dólares, um crescimento de 55% em relação ao trimestre homólogo e que levou a empresa a rever em alta o seu EBITDA para este ano, de 24 mil milhões para 30 mil milhões de dólares.

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