Plano para linhas de comboio atrasado para 2023

Plano Ferroviário Nacional apenas será apresentado e proposto à Assembleia da República no próximo ano. Pedro Nuno Santos procura máximo de consenso para estratégia de longo prazo.

Apenas em 2023 é que Portugal vai conhecer o primeiro Plano Ferroviário Nacional (PFN) da sua história. A apresentação do documento foi atrasada para o próximo ano, segundo informação divulgada ao ECO pelo ministério das Infraestruturas e Habitação. O gabinete de Pedro Nuno Santos procura o máximo de consenso possível para a estratégia de longo prazo para a rede das linhas de comboio de Portugal.

“Contamos poder entregar o PFN na Assembleia da República durante o ano de 2023, já com a respetiva avaliação ambiental estratégica. A partir daí, dependerá da agenda parlamentar”, indica fonte oficial do gabinete de Pedro Nuno Santos em resposta a questões enviadas por correio eletrónico.

Quando o PFN foi lançado, em abril de 2021, a expectativa era que o documento fosse submetido a votação no Parlamento até ao final do segundo trimestre deste ano. Mas os atrasos na elaboração do plano deram-se logo à partida.

As sessões regionais organizadas nas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) apenas decorreram na segunda quinzena de julho — quando estavam inicialmente previstas para o período entre abril e junho.

Também foi apenas em julho que foi oficialmente criado o grupo de trabalho para elaborar o plano ferroviário, com um prazo de 12 meses, “prorrogável por uma vez, por um período máximo de 12 meses”.

A redação da versão inicial do PFN ainda “está em curso”, segundo o ministério das Infraestruturas, com base nos contributos de entidades e da sociedade civil. Quando o plano foi lançado, o calendário apontava esta etapa para o período entre julho e outubro.

Devido ao atual atraso, apenas nas próximas semanas será iniciada a discussão pública do documento. Este momento estava inicialmente previsto para o último trimestre de 2021.

Ainda no primeiro calendário, o PFN seria avaliado em Conselho de Ministros no primeiro trimestre deste ano. Tal não irá acontecer.

O gabinete de Pedro Nuno Santos alega que “não houve um impacto direto” na elaboração do documento o chumbo da primeira proposta de Orçamento do Estado para 2022, no final de outubro de 2021, e de o novo Governo apenas ter tomado seis meses depois, em março.

Premissas do plano

Colocar o comboio em todas as capitais de distrito, reduzir o tempo de viagem entre Lisboa e Porto e melhorar as ligações da rede ferroviária a portos e aeroportos são as três principais premissas do Plano Ferroviário Nacional. Assim como há o Plano Rodoviário Nacional para definir a rede de estradas, passará a haver um documento para hierarquizar as linhas de comboio.

Na sessão de lançamento do PFN, ficou o desafio para construir uma nova linha de comboio que ligasse os distritos de Porto, Vila Real e Bragança, além de um novo troço entre Aveiro e Mangualde, com passagem por Viseu. Em 2022, Bragança, Vila Real e Viseu são os três distritos sem serviço sobre carris.

Do desafio lançado pelo Governo surgiu, por exemplo, a proposta para construir a Linha de Trás-os-Montes, ligando o aeroporto de Francisco Sá Carneiro (Porto) a Zamora. Desse modo, a viagem de Porto para Madrid demoraria três horas de comboio, no valor máximo de 4,15 mil milhões de euros — o estudo foi atualizado, entretanto, e Porto pode ficar a 2h45 de comboio de Madrid.

Este foi um dos 318 contributos que o grupo de trabalho do PFN, liderado por Frederico Francisco (do Ministério das Infraestruturas), recebeu entre 18 de abril e 30 de setembro de 2021. Também fazem parte da equipa dirigentes do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, Infraestruturas de Portugal, CP, Direção-Geral do Território e Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias.

Procura de consenso

O plano que Portugal vai traçar para o caminho-de-ferro no médio e longo prazo também irá definir quais são as linhas nacionais, regionais e metropolitanas, assegurar o transporte de mercadorias e ainda garantir a ligação ferroviária com Espanha.

Apesar de o atual Governo contar com a maioria absoluta do Partido Socialista, o ministério de Pedro Nuno Santos pretende uma aprovação alargada na Assembleia da República. “O objetivo é que haja um consenso o mais alargado possível, de forma a estabilizar a estrutura que orientará o desenvolvimento da rede ferroviária ao longo de vários ciclos políticos”.

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5 coisas que vão marcar o dia

Esta sexta-feira é o último dia que os partidos têm para apresentar propostas de alteração ao Orçamento de Estado. É também o dia da audição a Fernando Medina e a Ana Mendes Godinho.

Será um dia ocupado para Fernando Medina, ministro das Finanças, que se desdobra em intervenções e uma audição. O foco está no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) com o prazo para apresentar propostas a terminar esta sexta-feira às 18h. O INE divulga a atividade turística em março e em França e Espanha é conhecida a taxa de inflação de abril.

Medina e Mendes Godinho concluem audições do OE2022

Esta sexta-feira a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, será ouvida pelos deputados no âmbito da fase de especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), às 9h. De tarde, às 15h, é a vez do ministro das Finanças, Fernando Medina, que na nota explicativa prévia à audição antecipa estar otimista sobre uma melhoria do rating este ano. Estas duas audições concluem as duas semanas em que o Parlamento esteve a ouvir ministros e outras entidades sobre a proposta de Orçamento.

Acaba prazo para submeter alterações ao OE2022

Também esta sexta-feira, às 18h, termina o prazo para os partidos submeterem propostas de alteração ao Orçamento para 2022. O grupo parlamentar do PSD apresentou as suas propostas esta quinta-feira. Hoje é a vez do grupo parlamentar do PS, que articula com o Ministério das Finanças o que quer mudar na proposta original — ainda para mais agora com a maioria absoluta, sem precisar dos votos de outros partidos –, apresentar as suas propostas. Até esta quinta-feira já tinham sido entregues mais de 600 propostas.

Holofotes mediáticos sobre Medina e Centeno

O ex-ministro das Finanças e atual governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, e o atual ministro das Finanças, Fernando Medina, terão várias intervenções ao longo do dia. Centeno fará uma intervenção no Fórum Banca logo às 9h10. Mais tarde, ao almoço, estará no International Club of Portugal. Já Medina falará no Fórum Banca às 12h45 e, antes disso, estará no “Invest EU Day, Booster for Investments for a Green, Digital and Fair Economy”, um evento do Banco Europeu de Investimento (BEI) e da Representação da Comissão Europeia em Portugal, ao lado do ex-secretário de Estado das Finanças e atual vice-presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix.

Como evoluiu o turismo em março?

A resposta é dada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira com a divulgação dos dados mais completos da atividade turística em março. Na estimativa rápida, o gabinete de estatística adiantava que o setor tinha mantido o dinamismo, crescendo 464,1% e 543,2% em termos de número de hóspedes e de dormidas, respetivamente, em termos homólogos. “Os níveis atingidos em março de 2022 foram, no entanto, inferiores aos observados antes da pandemia, com reduções de 15,3% nos hóspedes e 12,7% nas dormidas face a março de 2019”, notava o INE.

Inflação vista à lupa

Neste dia serão também divulgados mais dados sobre a evolução dos preços na Zona Euro. No caso de França e de Espanha, será divulgada a estimativa final do Índice de Preços no Consumidor de abril. No caso espanhol também é divulgado o IHPC, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, o qual é utilizado pelo Eurostat para comparações europeias. Os analistas estarão atentos à evolução da inflação em duas das maiores economias da Zona Euro, depois de na Grécia a taxa ter chegado aos dois dígitos.

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Zurich negoceia com Viridium venda de carteira alemã do ramo Vida

  • ECO Seguros
  • 12 Maio 2022

Especialista na consolidação e gestão de carteiras do ramo Vida, o grupo Viridium é controlado pela Cinven desde 2018, quando acedeu a financiamento para adquirir ativos da Generali na Alemanha.

A Viridium, entidade alemã especialista na consolidação e gestão de carteiras do ramo Vida, está em fase adiantada de negociações para adquirir um pacote de apólices do grupo Zurich, cujo valor é estimado em 20 mil milhões de euros, noticiou a Bloomberg.

Depois da venda de uma carteira (em Itália) à portuguesa GamaLife, a seguradora suíça já havia sinalizado que pretendia desfazer-se de outros blocos. Há cerca de dois meses, Mario Greco referiu-se aos ativos para venda (na Alemanha) e, na altura, o CEO do grupo Zurich disse tratar-se de volume de responsabilidades bastante mais elevado do que o pacote de 180 mil apólices que a antiga GNB Vida (GamaLife) comprou em Itália, por 128 milhões de euros.

Agora, fontes da agência Bloomberg referem que as discussões com o grupo Viridium não significam garantia de que seja alcançado um acordo para a transação envolvendo ativos estimados em 20 mil milhões, mas também não excluem possibilidade de que seja anunciado nos próximos dias. Além da Viridium, que compra seguradoras de Vida e carteiras fechadas para as gerir com “mais eficiência”, a Athora e a Frankfurter Leben são referidas como potenciais interessadas na aquisição do back book que a Zurich tem para venda na Alemanha.

Anteriormente designada Heidelberger Leben, a entidade alemã foi redenominada Viridium depois de, em 2018, ter sido adquirida por um fundo da Cinven, sociedade gestora de fundos de pensões e capital privado. Esta transação proporcionou financiamento (através de um fundo da Cinven) para o grupo Viridium comprar 90% da Generali Lebensversicherung AG, entidade com 4 milhões de apólices Vida e ativos geridos estimados em 40 mil milhões de euros.

Este entendimento também iniciou uma parceria entre o Viridium Group e a Generali Deutschland.

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Conheça as competências financeiras que faltam aos portugueses adultos

  • ECO Seguros
  • 12 Maio 2022

Gerir rendimento, prevenir burlas e fraudes, conhecer características de seguros que previnem riscos, planear poupança e reforma, direitos e responsabilidades são as áreas para melhorar literacia.

Depois de diálogo (e estudos) envolvendo instituições, organizações e demais partes interessadas no assunto, um Grupo de Peritos de governos da União Europeia – incluindo membros da Rede Internacional de Educação Financeira (INFE) da Organização de Cooperação Económica para o Desenvolvimento (OCDE) -, elaborou o quadro conjunto UE/OCDE-INFE em matéria de competências financeiras para adultos, um trabalho que também envolveu os supervisões financeiros portugueses.

O Referencial de Literacia Financeira para Adultos, noticiado por ECOseguros em janeiro (aquando da publicação da versão em inglês), tem agora edição (oficial) em língua portuguesa. O documento da Comissão Europeia e da OCDE “estabelece as competências relevantes (…) para a tomada de decisões financeiras informadas e adequadas, essenciais ao bem-estar financeiro,” da população adulta portuguesa, informou a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

A fim de facilitar a “consulta e a utilização do quadro por parte dos decisores políticos e dos profissionais”, o referencial esquematiza competências em categorias e ilustra a forma como os utilizadores (do quadro) podem selecionar e distinguir entre competências «essenciais», mais «avançadas» ou ainda as «especializadas». Organizando-se por categorias de competências (3), nomeadamente conhecimentos/compreensão, aptidões/comportamento e confiança/motivação e atitudes (dos adultos) em matéria financeira, o relatório tem estrutura temática, reunindo 4 “Áreas de conteúdo”: Dinheiro e transações; Planeamento e gestão das finanças; Risco e recompensa; Panorama financeiro.

Gerir orçamento e rendimento, conhecer e lidar com dinheiro e realizar pagamentos, identificar burlas e fraudes, planear poupança e reforma, conhecer seguros, ter noção de risco e recompensa e conhecer direitos e responsabilidades, meios digitais de pagamento e seguros digitais, ser resiliente e ter atitudes alinhadas com preocupações ambientais (comprar produtos com rótulos de sustentabilidade e escolher investimento sustentável), são alguns (entre centenas) dos objetivos vertidos no referencial de educação financeira.

O relatório é dirigido aos governos e organizações privadas (sociedade civil e empresas), servindo de orientação para ações que capacitem os adultos portugueses em assuntos financeiros. Segundo pode ler-se no documento: o quadro UE/OCDE-INFE de competências financeiras “é colocado à disposição das autoridades públicas, dos organismos privados e da sociedade civil para adoção voluntária na UE.”

Lembrando que resultados de inquéritos anteriores da OCDE/INFE sobre a literacia financeira de adultos evidenciaram grande heterogeneidade dos níveis de literacia financeira, não só entre os países, mas sobretudo dentro dos mesmos, o designado quadro “não pretende ser um programa curricular, mas antes uma base conceptual para construir uma série de políticas e medidas de educação financeira,” direcionados para grupos alvo ou segmentos sociais específicos.

Além de se considerar útil no apoio ao desenvolvimento de políticas e iniciativas nacionais em matéria de educação financeira; facilitar a avaliação dos níveis existentes e das iniciativas que visam promover literacia financeira, a ferramenta servirá como base para desenvolvimento de indicadores que ajudem a avaliar a eficácia das iniciativas nacionais, acrescenta a publicação que junta um breve glossário, definindo, entre outros termos, “criptoactivos, resiliência financeira, assinatura eletrónica, dados pessoais e branqueamento ecológico.”

Por fim, assumindo que a finalização do quadro UE/OCDE-INFE de competências financeiras de adultos “é apenas o início,” o relatório adianta que, em 2022, os serviços da Comissão e a OCDE, em cooperação com os Estados-Membros, “começarão a trabalhar no quadro de competências financeiras para crianças e jovens (com menos de 18 anos),” prevendo-se que esteja concluído até 2023.

O quadro referencial UE/OCDE-INFE em português pode ser visto aqui.

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Swiss Re com prejuízo trimestral por causa da pandemia e guerra na Ucrânia

  • ECO Seguros
  • 12 Maio 2022

Custos com sinistros de Covid-19 na conta do resseguro de Vida e Saúde e uma provisão que ultrapassa 280 milhões, a antecipar impacto da guerra iniciada pela Rússia, pesaram no trimestre.

A Swiss Re, companhia que compete com a Munich Re pela liderança do mercado global de resseguro, registou resultado líquido negativo de 248 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2022, consequência da continuação da pandemia, da elevada volatilidade no mercado financeiro (que pressionou a rendibilidade de investimentos para 0,7%) e, ainda, por reservas (provisão de 283 milhões) que já inscreveu nas contas para danos da guerra na Ucrânia.

O prejuízo apresentado compara com lucros de 333 milhões em idêntico período de 2021. No entanto, a companhia afirma que continuou a crescer em prémios adquiridos e receitas de comissões, aumentando-os em 4% (em variação anual), alcançando 10,6 mil milhões de dólares no trimestre reportado.

“O primeiro trimestre acabou por ser um desafio”. A invasão militar russa na Ucrânia “surgiu como um choque (…). Embora a situação permaneça altamente incerta, e mesmo não acreditando que tenhamos uma exposição de grande magnitude, decidimos adotar abordagem proactiva e cautelosa constituindo reservas para potenciais impactos da guerra,” justifica Christian Mumenthaler, Chief Executive Officer (CEO), citado no comunicado da resseguradora.

Segundo detalha o documento da companhia suíça, os números do primeiro trimestre (1ºT) refletem o peso de 501 milhões em despesa com sinistros Covid-19, que penalizaram o resultado da unidade L&H Re (resseguro de Vida e Saúde), a qual contabilizou resultado líquido negativo de 230 milhões.

O negócio P&C Re (resseguros de não Vida) encerrou o trimestre com resultado de 85 milhões dólares (a comparar com 481 milhões um ano antes). Neste segmento de negócio, a companhia absorveu 449 milhões de gastos relativos a catástrofes (316 milhões no 1ºT de 2021), um impacto explicado sobretudo pelos danos das tempestades na Europa e as cheias na Austrália. Quanto à evolução operacional, o volume de prémios em P&C (tratados de resseguro) cresceu 15% na campanha de renovações (em abril) e o rácio combinado ficou nos 99,3% (ou 96,9% em termos normalizados)

Por fim, a divisão de Corporate Solutions, onde contabilizou perdas líquidas de 81 milhões de dólares (sob efeito da volatilidade em investimentos financeiros, mas também das perdas “modestas” da exposição à Rússia). O rácio combinado no negócio de riscos empresariais ficou calculado em 95,2%.

Sobre a provisão relativa à guerra na Europa, 154 milhões são reserva para o negócio P&C Re e os restantes 129 milhões destinam-se a prevenir impacto do conflito na unidade de negócio Corporate Solutions Re.

Apesar desses “ventos contrários (…), continuamos focados em cumprir os nossos objetivos financeiros para este ano,” acrescentou ainda o CEO da Swiss Re. Em termos da posição de capital, a companhia situa o rácio de solvência (a 1 de abril) no intervalo 200-250%, medido pelo critério SST (Swiss Solvency Test) adotado pelo grupo.

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Wall Street em queda com receio de inflação prolongada

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Maio 2022

Receios com inflação elevada por mais tempo do que o previsto continuam a marcar a negociação nos principais índices bolsistas dos Estados Unidos. Setor tecnológico acabou por ter as menores perdas.

Wall Street encerrou a sessão desta quinta-feira em queda, com os investidores preocupados com a possibilidade de a inflação permanecer elevada por mais tempo do que o esperado, o que pode levar a Reserva Federal dos EUA a subir as taxas de juro de forma cada vez mais agressiva.

O industrial Dow Jones recuou 0,28%, para 31.745,36 pontos, e o S&P 500 perdeu 0,09%, para 3.931,48 pontos, ficando novamente abaixo do patamar dos 4.000 pontos. O tecnológico Nasdaq, que na abertura da sessão liderava as perdas, acabou o dia a avançar 0,12%, para 11.371,23 pontos. As cotadas que prosperaram na altura de taxas de juro baixas no período da pandemia tiveram as perdas mais pesadas.

As sessões dos últimos dias têm assistido a uma negociação inconstante, invertendo frequentemente as perdas iniciais ou as vendas no encerramento. “Estas oscilações selvagens de mais de 2% para cima ou para baixo são extremamente raras, e mostram uma psique de investidor muito frágil para que essa quantidade de volatilidade aconteça num período de tempo tão curto”, disse Ryan Detrick, da LPL Financial em Charlotte, Carolina do Norte, citado pela Reuters.

A negociação desta quinta-feira foi também afetada pelos resultados do relatório do Índice de Preços no Produtor, que sugerem que o crescimento dos preços atingiu o seu auge em março. Contudo, os dados da inflação, divulgados na quarta-feira, apontam para um período mais prolongado de preços elevados, apesar de o Índice de Preços no Consumidor (IPC) em abril ter desacelerado para 8,3%.

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Covid-19: Segunda dose de reforço para pessoas com mais de 80 anos começa na próxima semana

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Maio 2022

Residentes em lares vão receber segunda dose de reforço da vacina contra a Covid-19 a partir de 16 de maio. Pessoas a partir dos 80 anos começam a ser vacinadas durante a próxima semana.

As pessoas a partir dos 80 anos e as residentes em lares vão receber uma segunda dose de reforço da vacina contra a Covid-19, informou esta quinta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS). Nos lares, a vacinação tem início na segunda-feira, dia 16 de maio, enquanto as pessoas com 80 ou mais anos começam a ser vacinadas durante a próxima semana nos centros de vacinação ou nos centros de saúde.

Em comunicado, a DGS detalha que, tal como aconteceu noutras fases da vacinação, “as pessoas com mais de 80 anos serão convocadas por agendamento local, através de SMS ou chamada telefónica“.

A decisão de vacinar esta faixa etária e os residentes de lares com a segunda dose de reforço partiu de uma recomendação da Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19 (CTVC), que afirma que o objetivo é melhorar a proteção da população mais vulnerável face ao atual aumento da incidência de casos de SARS-CoV-2 no país.

“A população elegível é de cerca de 750 mil pessoas, que devem ser vacinadas com um intervalo mínimo de quatro meses após a última dose ou após um diagnóstico de infeção por SARS-CoV-2, ou seja, este reforço abrange também as pessoas que recuperaram da infeção”, lê-se ainda na nota do organismo de saúde.

Na semana passada, a ministra da Saúde, Marta Temido, já tinha anunciado que a administração da quarta dose da vacina contra a Covid-19 estava a ser equacionada para as pessoas entre 60 e 80 anos.

A DGS anunciou ainda que os jovens entre os 12 e os 15 anos com condições de imunossupressão receberão uma dose adicional da vacina contra a Covid-19, na sequência de parecer favorável da CTVC.

(Notícia atualizada às 20h50)

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Corretagem e mediação de seguros impulsionam M&A ibéricas no 1ºT

  • ECO Seguros
  • 12 Maio 2022

Entre operações de consolidação ibérica na corretagem e distribuição, destacam-se transações MDS-Segurtime, Liberty Seguros-Bankinter, MedVida-CNP Partners e a da americana Acrisure com a Summa.

Companhias portuguesas e internacionais, sobretudo a área de corretagem e distribuição de seguros, destacaram-se na Europa durante o primeiro trimestre de 2022 em movimentos de consolidação da indústria seguradora.

Embora assinalando ligeiro abrandamento no volume de M&A (fusões e aquisições) face ao 1ºT de 2021 (106 operações contra 117), o número de transações cresceu em comparação com o trimestre precedente (4ºT 2022), sendo que o total de operações é notoriamente superior à do 1º trimestre de 2020 (76 transações), quando a pandemia global começou, explica análise da FTI Consulting, companhia que presta serviços de aconselhamento na gestão de risco organizacional, regulatório, operacional, transacional e reputacional.

De acordo com o barómetro europeu divulgado pela FTI Consulting (“European Insurance M&A Barometer- Q1 2022”), no período de janeiro a março (106 operações), o volume superou os 101 negócios do último trimestre de 2021, comprovando “continuação de forte apetite e atividade de fusões e aquisições em todo o mercado europeu de seguros”. A compra de pequenas empresas como parte de estratégias de consolidação constituíram a maioria das transações no continente.

Acompanhando a atividade de fusões e aquisições, a consultora realça que Reino Unido e a Irlanda continuaram a liderar o mercado europeu de fusões e aquisições no setor dos seguros, enquanto o mercado ibérico, Itália e os países escandinavos registaram “um pico na atividade de M&A no trimestre, alimentado pela consolidação dos corretores”.

A região ibérica (Espanha e Portugal), com oito operações de consolidação na indústria seguradora (sete das quais protagonizadas por entidades de corretagem e serviços), mostrou primeiro trimestre mais forte este ano (comparativamente com uma operação no 1ºT de 2021 e três no 1ºT 2020. Além de outras operações de menor dimensão ou potencial, a análise destaca a transação MDS-Segurtime, parceria Liberty Seguros-Bankinter, a operação MedVida-CNP Partners e a da norte-americana Acrisure com corretora espanhola Summa.

Realizada fora da península ibérica, os números da Europa incluem ainda, a transação GamaLife-Grupo Zurich, marcando a entrada da seguradora portuguesa do ramo Vida no mercado italiano.

O barómetro da FT Consulting admite ainda que o abrandamento de transações relativamente ao início de 2021 se relacione com volatilidade geral do mercado e pressão nas condições de financiamento em resultado da crise provocada pelo ataque militar da Rússia à Ucrânia.

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Máscara deixa de ser obrigatória nos transportes públicos em França

  • ECO
  • 12 Maio 2022

A partir da próxima segunda-feira, o uso de máscara vai deixar de ser obrigatório nos transportes públicos em França, anunciou o ministro da Saúde francês, Olivier Véran.

O uso de máscara vai deixar de ser obrigatório nos transportes públicos em França, a partir da próxima segunda-feira, anunciou o ministro da Saúde francês, Olivier Véran, após o Conselho de Ministros.

“A partir de segunda-feira, 16 de maio, o uso de máscara deixa de ser obrigatório em todos os transportes públicos do nosso país”, afirmou Olivier Véran, na quarta-feira, sublinhando que “uso de máscara continua a ser “recomendado”, citado pela RFI (acesso livre).

Neste contexto, o uso de máscara deixa de ser obrigatório no metro, comboios, autocarros, táxis ou TVDE e aviões em França. Recorde-se que na também na quarta-feira, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) informaram que vão deixar de recomendar o uso de máscara nos aeroportos e voos na Europa. Medida entra em vigor também na segunda-feira.

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Tagus Insurance alia-se à espanhola Divina para seguro de bicicletas

  • ECO Seguros
  • 12 Maio 2022

O Segurabici dá resposta a quem usa bicicleta na cidade ou em desporto e é produto de uma parceria da mediadora com a Divina Seguros. A base são 22,9 euros por ano. Danos próprios podem ser incluídos.

Catarina Galhardo explica que a Tagus Insurance adaptou a Portugal o produto que a parceira Divina Seguros desenvolveu em Espanha.

A Tagus Insurance acaba de lançar o Segurabici Portugal, produto que vem ao encontro de “cada vez maior número de utilizadores de veículos ligados à mobilidade urbana, mas também a um cada vez maior número de utilizadores de Bicicletas como desporto”, refere Catarina Galhardo, product manager deste seguro, acrescentando ser este um produto já a funcionar em Espanha e que levou “as adaptações necessárias ao nosso mercado”. Terá na Dekra a gestora de sinistros que poderão ser participados no próprio site do produto.

O seguro está desenhado para simulação e emissão online através do site segurabici.pt, e tem três patamares de coberturas. A base é o Segurabici Plus a um preço fixo de 22,90 euros por ano e que tem como principais coberturas a Responsabilidade Civil, Acidentes Pessoais e Assistência em Viagem realizada pelo ACP. A esta base pode adicionada a Segurabici Roubo, que acresce a cobertura de Roubo à modalidade Segurabici Plus e, num último patamar haverá o Segurabici Todo Risco, que acresce a cobertura de Danos Próprios à modalidade Segurabici Roubo.

No final do processo de emissão o cliente tem logo disponível toda a documentação da apólice. O primeiro pagamento pode ser feito por MBWay, Cartão Bancário ou por débito directo. Para além das opções de seguro disponibilizadas no site para emissão online, a Tagus Insurance tem outras opções como seguro para frotas de aluguer de bicicletas, trotinetes ou segways e ainda o Segurabici Familiar ou o Multibicicleta, para um segurado com mais de uma bicicleta.

A Tagus Insurance afirma-se como uma mediadora independente, embora com maioria do capital do grupo Villas Boas. Está a ser agência de subscrição da Divina Seguros e a introduzir e comercializar os produtos desta seguradora no mercado nacional e tem um acordo com a BMS Iberia para desenvolver um negócio conjunto em Portugal.

A gestora Catarina Galhardo salienta que os clientes, para além dos meios tradicionais, têm ainda hipótese de contactar a mediadora por Whastapp para esclarecimento de dúvidas.

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Candidaturas a apoio para suinicultura e leite já estão abertas

  • Lusa
  • 12 Maio 2022

A linha de tesouraria, de 8,5 milhões, destina-se a apoiar as empresas do setor da produção suinícola e os produtores de leite de vaca a fazer face aos encargos resultantes da queda de preços.

As candidaturas à linha de tesouraria, com uma dotação de 8,5 milhões de euros, para apoiar as empresas da produção suinícola e os produtores de leite de vaca já estão abertas, anunciou o Banco Português de Fomento (BPF).

“Estão abertas as candidaturas à linha de tesouraria, destinada a apoiar as empresas do setor da produção suinícola e os produtores de leite de vaca a fazer face aos encargos de tesouraria resultantes da queda de preços da carne de suíno e do leite, a par de elevados custos de produção decorrentes do impacto da crise económica provocada pela covid-19, agravadas pelo contexto da seca extrema em todo o território nacional e potencialmente reforçados pela incerteza no mercado europeu”, anunciou, em comunicado, o BPF.

A linha em causa tem 8,5 milhões de euros de dotação global e destina-se às micro, pequenas e médias empresas do território nacional. O prazo de vigência desta linha é até ao final do ano, podendo ser alargado pela respetiva entidade gestora.

Os candidatos têm que ser detentores de uma exploração com título para o exercício da atividade pecuária das espécies bovinas ou suínas, que tenha apresentado a última declaração obrigatória de existências, no caso dos porcos, ou feito entregas de leite de vaca cru, nos 12 meses anteriores ao pedido de crédito.

“As operações de crédito a celebrar no âmbito da presente linha de apoio destinam-se ao financiamento de necessidades de tesouraria, através de empréstimos de curto e médio prazo (até três anos, após a contratação) e beneficiam de uma garantia autónoma à primeira solicitação prestada pela Agrogarante – Sociedade de Garantia Mútua, destinada a garantir até 75% do capital em dívida a cada momento”, precisou.

Por sua vez, as garantias emitidas por esta sociedade beneficiam de uma contragarantia de 80% do Fundo de Contragarantia Mútuo, que é gerido pelo BPF.

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Costa avisa que quatro concursos do PRR vão abrir até junho

Primeiro-ministro disse aos "desatentos" que, entre maio e junho, vão estar abertos quatro concursos públicos de iniciativas previstas no PRR. Um deles, aliás, já abriu.

O primeiro-ministro chamou a atenção do setor privado para quatro concursos públicos enquadrados no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que se vão realizar até junho. Um deles, para a Rede Nacional de Test Beds, já está em curso e aceita candidaturas até 17 de junho.

“Chamo a atenção das pessoas, porque as pessoas por vezes andam desatentas, entre maio e junho, vão estar abertos quatro concursos muito importantes dirigidos ao setor privado”, disse António Costa esta quinta-feira, num discurso de encerramento do congresso anual da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).

Além do concurso da Rede Nacional de Test Beds, o chefe do Governo apontou para a abertura iminente do concurso das Aceleradoras de Comércio Digital, da internacionalização através do comércio eletrónico e os Digital Innovation Hubs. Iniciativas inseridas no PRR, explicou.

“Incompreensível” que só mil tenham aderido ao IRS Jovem

Na mesma ocasião, o primeiro-ministro também considerou “incompreensível” que só mil pessoas tenham aderido ao “mecanismo” do IRS Jovem, que isenta de IRS uma parte dos rendimentos dos jovens que entram no mercado de trabalho. A isenção vai sendo progressivamente menor a cada ano.

Para resolver o problema, António Costa lembrou que o Orçamento do Estado para 2022 vai tornar automática a adesão ao IRS Jovem. Aumentando assim o rendimento disponível, o governante acrescentou que é uma medida que também beneficia as empresas, dado que estas “só serão competitivas na venda dos seus produtos se forem competitivas na contratação”.

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