Century 21 Portugal e Manpower juntam-se para capacitar profissionais do imobiliário

Os profissionais interessados irão adquirir diferentes competências através de um programa de formação com a Manpower e, posteriormente, poderão integrar a equipa da Century 21 Portugal.

A Manpower e a rede imobiliária Century 21 Portugal decidiram iniciar uma parceria com o objetivo de potenciar a integração de profissionais que queiram começar uma carreira no setor imobiliário. Depois de um programa de formação com a Manpower, com a duração de um ano, os profissionais irão adquirir diferentes competências e poderão passar a integrar qualquer equipa da rede Century 21 Portugal.

“O imobiliário continua a ser um dos principais dinamizadores do mercado de trabalho em Portugal. Não obstante, é também uma das áreas onde a escassez de talento é mais acentuada, já que exige profissionais com um skill set cada vez mais apurado, que combina experiência na função, com competências comportamentais — como a colaboração ou a negociação — e competências técnicas específicas ao mercado imobiliário”, refere Vítor Antunes, managing director da Manpower Portugal, citado em comunicado.

“É perante este contexto de escassez de talento que surge esta parceria. Uma Academia de Talento Imobiliário que permitirá aos profissionais desenvolver conhecimento de negócio, atuação no terreno e um conjunto de skills consideradas críticas para esta função. Acreditamos que este projeto, e a capacidade de desenvolvimento de potencial humano da Manpower, potenciado pelo know-how da Century 21 neste setor, serão elementos diferenciadores no mercado de trabalho”, conclui.

A formação irá focar-se em competências técnicas, como conhecimentos de gestão e do mercado imobiliário, e ainda em capacidades comportamentais como negociação, comunicação e relação com o cliente. No programa, a capacidade de recrutamento e desenvolvimento do capital humano da Manpower conjuga-se com o conhecimento de mercado da rede imobiliária e com a formação técnica proporcionada pela Universidade Century 21, otimizando o potencial de sucesso dos profissionais que abraçam este projeto.

“A marca Century 21 é a maior rede imobiliária do mundo e um dos seus principais fatores de diferenciação sempre foi o foco, e o investimento, na formação e metodologias de trabalho, para assegurar que os seus consultores imobiliários estão capacitados para prestar os mais elevados níveis de serviço a quem precisa de vender, comprar, arrendar ou investir no mercado imobiliário”, diz Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal.

“Neste contexto, já tínhamos criado a Universidade Century 21, com certificação DGERT, que faculta programas completos de formação técnica e especializada sobre as diversas vertentes do mercado imobiliário, bem como a acreditação, por parte do Banco de Portugal, para formação de intermediação de crédito imobiliário. A parceria estabelecida agora com a Manpower permite criar novas sinergias muito relevantes, nomeadamente, para a atração de talento para incorporação nas nossas equipas e para suportar o desenvolvimento sustentável da nossa rede de franchisados, tendo em conta a ambiciosa estratégia de expansão da Century 21 Portugal”, acrescenta o líder da imobiliária em Portugal.

As candidaturas para todos os que quiserem desenvolver as suas competências profissionais no setor imobiliário devem ser realizadas neste link.

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Carlos Peixoto reforça equipa da Caiado Guerreiro

A contratação de Carlos Peixoto visa ampliar as áreas de contencioso e “criminalidade de colarinho branco” da Caiado Guerreiro, apostando no know-how especializado.

A Caiado Guerreiro reforçou a sua equipa com a contratação do advogado Carlos Peixoto. Segundo o comunicado do escritório, esta é uma colaboração que “mantém a aposta no know-how especializado” e é dirigido às “necessidades estratégicas dos clientes nacionais e internacionais”.

O ex-deputado da Assembleia da República e ex-presidente da comissão política da distrital do PSD/Guarda é reconhecido pela sua experiência e pelo trabalho desenvolvido em diversas áreas do direito, com enfoque no contencioso civil e penal.

“O conhecimento e a experiência do Carlos Peixoto vai consolidar a nossa já reconhecida capacidade multidisciplinar, reforçando áreas ligadas ao contencioso e ao direito criminal, white collar crime, porque queremos acompanhar os nossos clientes naqueles que são os desafios do dia a dia e que fazem a diferença nas suas vidas e nos seus negócios, também em momentos mais difíceis”, sublinhou João Caiado Guerreiro, managing partner.

Carlos Peixoto tem desenvolvido o seu trabalho no distrito da Guarda – com escritórios em Seia e em Gouveia – e considera que esta é uma “colaboração pensada, com objetivos bem definidos, conciliando o conhecimento técnico, a experiência e a eficácia na resposta aos clientes, que são o nosso foco principal”. Para o advogado, “a Caiado Guerreiro é uma sociedade consolidada, com elevadas competências, e onde o trabalho desenvolvido é realizado com competência”.

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Hungria só apoia embargo do petróleo russo com mais ajudas da UE

  • Lusa
  • 11 Maio 2022

Hungria condiciona o seu apoio à proposta da Comissão Europeia de embargar as importações de petróleo russo a novas ajudas financeiras por parte de Bruxelas.

A Hungria condicionou esta quarta-feira o seu apoio à proposta da Comissão Europeia de embargar as importações de petróleo russo a novas ajudas financeiras por parte de Bruxelas.

O Governo húngaro do ultranacionalista Viktor Orbán espera que Bruxelas lhe ofereça “um programa de modernização das infraestruturas de abastecimento de energia que custa muitos milhares de euros”, avançou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Péter Szijjártó.

“Não queremos apenas refinarias e oleodutos, esperamos ter também propostas sobre o futuro da Hungria”, acrescentou o chefe da diplomacia húngara, numa mensagem de vídeo divulgada na rede social Facebook.

O ministro sublinhou que Budapeste só apoiará as sanções europeias ao petróleo russo se a Comissão Europeia propuser soluções para modernizar as infraestruturas que garantem o fornecimento de energia, mas reconheceu ser muito difícil atingir esse objetivo.

Szijjártó afirmou que, para já, não vê “nenhuma proposta [da União Europeia] que permita gerir as consequências do embargo na economia húngara”, altamente dependente dos fluxos de petróleo e gás da Rússia, que chegam através de oleodutos e gasodutos.

Por isso, a Hungria, que não tem acesso ao mar, só estará disposta a apoiar um embargo energético à Rússia se essa medida se aplicar apenas ao combustível “transportado por via marítima e não afetar o transporte por oleodutos”.

Tanto a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, como o chefe de Estado francês Emmanuel Macron, cujo país detém atualmente a presidência semestral do Conselho da União Europeia (UE), intensificaram as conversas com Orbán nos últimos dias para tentar chegar a um acordo que ultrapasse as reticências mostradas pela Hungria relativamente ao sexto pacote de sanções contra Moscovo na sequência da invasão da Ucrânia.

O pacote, proposto na quarta-feira passada, inclui um bloqueio das importações de petróleo da Rússia com início no máximo nos próximos oito meses. A proposta prevê, no entanto, prazos mais longos para a Hungria e a Eslováquia, países mais dependentes da energia russa A Hungria importa 65% do petróleo que consome e 85% do gás da Rússia.

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Nas notícias lá fora: Allianz, Ryanair e gás

Ryanair planeia encerrar centro de reparações em Sevilha após investimento superior a 30 milhões de euros. Espanha realiza Conselho de Ministros para aprovar limite do preço do gás.

Colapso de fundos já passa fatura de quase seis mil milhões à Allianz. Ryanair deve encerrar fábrica de reparação em Sevilha. Stablecoin TerraUSD enfrenta instabilidade.

Bloomberg

Colapso de hedge funds passa fatura de 5,9 mil milhões à Allianz

A seguradora Allianz vai pôr de parte mais 1,9 mil milhões de euros para lidar com o choque provocado pelo colapso dos fundos Structured Alpha em março de 2020. A fatura total sobe assim para 5,6 mil milhões de euros, depois de a Allianz ter anunciado um custo de 3,7 mil milhões de euros com uma primeira leva de acordos que assinou com os investidores lesados.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado).

Bloomberg

TerraUSD afunda para 40 cêntimos de dólar à espera de plano de recuperação

A stablecoin TerraUSD, cujo valor devia estar indexado ao dólar, colapsou para os 40 cêntimos de dólar nesta quarta-feira. Por sua vez, a Luna, uma criptomoeda que faz parte do mecanismo de indexação da TerraUSD, desvalorizou 84% nas últimas 24h. Era suposto que cada unidade de TerraUSD valesse um dólar, mas a stablecoin tem assistido a grande volatilidade nos últimos dias. O valor de mercado da stablecoin é agora de 6,5 mil milhões de dólares.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado).

Financial Times

Bancos internacionais já dão lucro na China

Todos os bancos globais de investimento presentes na China, com exceção de um, registaram lucros em 2021, após Pequim ter dado luz verde para que assumissem o controlo total das suas operações, expandindo assim a sua influência no setor financeiro da segunda maior economia do mundo. O Morgan Stanley, o primeiro banco de Wall Street a criar uma parceria de investimento na China, acumulou um lucro de 4,5 milhões de dólares em 2021, após uma perda acumulada de 38 milhões de dólares nos três anos anteriores.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado).

El Confidencial

Ryanair planeia encerrar centro de reparações em Sevilha

A Ryanair está a planear encerrar o centro de manutenção e reparações que tem em Sevilha, inaugurado em dezembro de 2021, depois de lá ter investido mais de 30 milhões de euros. Na origem da decisão estará um conflito entre a Ryanair e a direção da empresa SIAM (Spanish International Aircraft Maintenance), subcontratada para gerir este centro, na sequência de vários problemas na relação com os sindicatos. A primeira greve foi marcada em março e desde então as tensões não se aliviaram.

Leia a notícia completa no El Confidencial (acesso pago/conteúdo em espanhol).

Cinco Días

Espanha aprova esta sexta-feira limite ao preço do gás

O Governo espanhol deve realizar esta sexta-feira um Conselho de Ministros extraordinário para aprovar o mecanismo de limitação do preço do gás para a produção de eletricidade, revelou uma porta-voz do Executivo espanhol. Tem sido feito um “árduo processo de negociação”, como disse o primeiro-ministro Pedro Sánchez. “Estamos a trabalhar intensamente com os nossos colegas portugueses”, acrescentou.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre/conteúdo em espanhol).

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Networkme fecha parceria com NOS. Espera ajudar 80 mil universitários

A startup portuguesa que ajuda jovens a descobrirem qual carreira seguir e empresas a recrutarem talento jovem, pretende alcançar os 80 mil universitários até ao final do ano.

A Networkme, plataforma que ajuda jovens a descobrirem qual carreira seguir e empresas a recrutarem talento jovem, acaba de anunciar uma nova parceria com a NOS, para ajudar a empresa a estar mais próxima do talento jovem. Atualmente com uma base de 13.000 alunos na plataforma, a startup pretende chegar aos 80.000 estudantes universitários portugueses a encontrar o seu primeiro emprego até ao final do ano.

“Nem sempre a formação académica é suficiente para ajudar os futuros profissionais a definirem os seus planos de carreira e a ingressar o talento no mercado de trabalho. Com a nossa plataforma queremos diminuir este gap ajudando os jovens a planearem o seu percurso profissional e as empresas parceiras a atraírem o talento que procuram”, afirma Felipe Vieira, cofundador & CEO da Networkme, em comunicado.

O grupo de telecomunicações e aposta agora na plataforma da Networkme, como forma de promover o seu programa de estágios, o NOS Alfa. Carolina Hortega Alves, talent acquisition & employer branding na NOS, diz que a parceria com a Networkme “é uma alavanca de aproximação ao talento jovem, num registo mais próximo, informal e de construção conjunta”.

A estratégia da Networkme passa pela parceria com empresas competitivas e cobiçadas do mercado de trabalho, contando já com 50 empresas parceiras, como é caso da Sonae, The Navigator Caompany, Moneris, Askblue, Calzedonia e, mais recentemente, a NOS.

A startup portuguesa lançou a plataforma em setembro de 2021 e, desde então, tem visto a sua comunidade de estudantes crescer 25% por mês até aos atuais 13 mil. Prevendo um aumento de 10% no crescimento mensal, projeta chegar à meta de 80 mil estudantes até dezembro de 2022.

Disponível online para todos os estudantes ou recém-formados, a plataforma portuguesa permite que os utilizadores, para além de acederem a oportunidades exclusivas, possam ainda realizar desafios que apresentem situações reais, propostas por profissionais de empresas parceiras e que retratam situações comuns no dia a dia de cada função. Até à data, foram realizados quase 6.000 destes desafios.

Para mais informações, clique aqui.

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A necessidade de enfrentar o ciber risco

  • ECO + EY
  • 11 Maio 2022

Luís Avilez, Manager EY Portugal, Cybersecurity, Consulting Services, fala das crescentes ameaças no ciberespaço e da importância de uma resposta adequada por parte das organizações.

A evolução da digitalização na sociedade a par da popularização do trabalho remoto criou uma maior exposição das organizações aos ciber riscos. Esta maior exposição não tem sido acompanhada pelos investimentos necessários na cibersegurança, criando condições favoráveis à proliferação de ataques de atores cada vez mais sofisticados.

De acordo com dados do relatório EY Global Information Security Survey 2021 (GISS), mais de um terço (36%) dos inquiridos nas organizações espera sofrer um grande ataque, que poderia ter sido evitado através de um maior investimento em segurança e 77% dos inquiridos constataram um aumento no número de ataques disruptivos.

Luís Avilez, Manager EY Portugal, Cybersecurity, Consulting Services.

As ameaças no ciberespaço estão a evoluir

De acordo com informação da ENISA (European Union Agency for Cybersecurity), a motivação dos atacantes continua a ser maioritariamente o retorno financeiro, com um foco na disrupção das organizações, que é acompanhado pela evolução da complexidade e maior especialização.

O Ransomware, exemplo paradigmático, tornou-se um ataque comum e um modelo de negócio eficaz para os agentes maliciosos. Este tipo de ataque tem vindo a evoluir para além das organizações e a atingir os seus clientes e parceiros, com o objetivo de maximizar o impacto e assim exigir maiores resgates, tendo mesmo duplicado o valor médio, de acordo com a informação da ENISA.

Uma outra tendência que se tem vindo a verificar, e que é visível nas notícias mais recentes, é o aumento dos ataques que têm por alvo os serviços essenciais: energia (eletricidade, petróleo e gás), transportes (aéreo, ferroviário, marítimo, rodoviário), bancário, infraestruturas do mercado financeiro, saúde (instalações de prestação de cuidados de saúde), fornecimento e distribuição de água potável e infraestruturas digitais.

A resposta das organizações é em muitos casos insuficiente

A tendência de agravamento e de sofisticação dos ataques é um fator que explica que apenas 9% inquiridos no GISS, em comparação com 20% no ano anterior, se consideram confiantes sobre as medidas de mitigação que possam proteger a sua organização de grandes ciber ataques. Por outro lado, os investimentos na segurança continuam aquém das necessidades, com 4 em 10 inquiridos (39%) a indicar que o orçamento em cibersegurança não permite gerir os novos desafios e a tomar medidas extraordinárias.

A falta de orçamento para as necessidades atuais em cibersegurança é um dos fatores que têm levado os CISOs (Chief Information Security Officers) a desistir de algumas atividades estratégicas e a repensar requisitos em cibersegurança.

A regulamentação continua a ser um fator dinamizador na cibersegurança

Face ao ritmo de evolução dos riscos, as autoridades vêm ao longo dos anos a publicar maior regulamentação para a cibersegurança e continuidade de negócio, criando exigências a nível geral e setorial e mecanismos de fiscalização.

As organizações que operam a nível da cibersegurança veem por isso a proliferação de requisitos (SWIFT CSP, DSP2, TIBER EU, Decreto lei n.º 65/2021, e outros), que, por um lado servem de fator dinamizador da cibersegurança, mas que, por outro, criam desafios difíceis de ultrapassar.

As organizações devem atuar na segurança e na resiliência

As organizações que pretendem responder às necessidades atuais devem atuar na maturidade das suas funções de cibersegurança capacitando-se em processos eficazes e pessoas qualificadas, apoiadas em tecnologia sólida, garantindo a colaboração entre cibersegurança e ciber resiliência.

Uma organização com um programa de resiliência eficaz mantém um estado de prontidão para os eventos de cibersegurança, sendo capaz de atuar de forma adequada na prevenção, durante a ocorrência e após um incidente.

"Para que as organizações se mantenham resilientes, é recomendável a aplicação de abordagens integrais. As organizações que pretendam atuar sobre a resiliência devem fazê-lo analisando, em primeiro lugar, o seu estado atual e identificando os gaps face ao estado pretendido.”

Luís Avilez

Manager EY Portugal, Cybersecurity, Consulting Services

Na prevenção e antecipação de incidentes e interrupções de serviço, é capaz de limitar ou conter o impacto dos mesmos. Tem implementado um modelo de governo sólido e consegue identificar corretamente o seu contexto para gerir adequadamente o risco, os ativos e os terceiros. Aplica os controlos apropriados para proteger os seus ativos.

Na ocorrência de um incidente, é eficaz na deteção, resposta e recuperação. Aplica as medidas apropriadas para detetar a ocorrência de eventos de cibersegurança e toma as ações mais adequadas para conter os impactos. Tem uma gestão de incidentes e de crise sólidas e uma comunicação eficaz. Tem mecanismos de recuperação que permitem restaurar quaisquer recursos ou serviços que tenham sido afetados, minimizando os impactos dos incidentes.

Após um incidente, tem a capacidade de analisar o evento de cibersegurança e tirar partido das lições aprendidas para endereçar as fragilidades detetadas e dotar-se de maior resiliência para o futuro.

Para que as organizações se mantenham resilientes, é recomendável a aplicação de abordagens integrais. As organizações que pretendam atuar sobre a resiliência devem fazê-lo analisando, em primeiro lugar, o seu estado atual e identificando os gaps face ao estado pretendido. Devem depois estabelecer prioridades que lhes permitam realizar um plano de iniciativas realista e com metas bem definidas.

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Taxa de desemprego recua para 5,9% no primeiro trimestre

A taxa de desemprego em Portugal recuou para 5,9% no primeiro trimestre, encolhendo em 0,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior, segundo o INE.

O mercado de trabalho continua a recuperar em Portugal. A taxa de desemprego recuou para 5,9% no primeiro trimestre deste ano, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se de um valor inferior em 0,4 pontos percentuais ao registado no trimestre anterior e uma queda de 1,2 pontos percentuais comparando com igual período de 2021.

“A taxa de desemprego foi estimada em 5,9%, valor inferior em 0,4 pontos percentuais ao do 4.º trimestre de 2021 e em 1,2 pontos percentuais ao do 1.º trimestre do mesmo ano”, sinaliza o INE, na nota informativa publicada esta quarta-feira, assinalando que a evolução “mais acentuada” teve a taxa de desemprego de jovens (16 a 24 anos), “estimada em 20,6%”, ainda que tenha registado um valor “inferior em 2,8 pontos percentuais ao do trimestre anterior e em 3,5 pontos percentuais ao do trimestre homólogo”.

Segundo os dados divulgados esta quarta-feira, entre janeiro e março deste ano, a população desempregada diminuiu 6,7%, face ao trimestre anterior, para 308,4 mil pessoas (menos 22,2 mil pessoas desempregadas). Relativamente a igual período de 2021, há uma queda de 14,3% (menos 51,7 mil pessoas desempregadas).

Fonte: INEFonte: Instituto Nacional de Estatística

Quanto à população empregada, foi estimada em 4.900,9 mil pessoas, isto é, uma subida de 0,4% face ao quarto trimestre de 2021, bem como um aumento de 4,7% face ao período homólogo. O gabinete de estatísticas nota ainda que a proporção da população empregada que “trabalhou sempre ou quase sempre a partir de casa”, ou seja, em teletrabalho, situou-se nos 10,4% (510,2 mil pessoas), isto é, a segunda menor taxa desde que este indicador começou a ser monitorizado, na sequência da pandemia, e é apenas ultrapassado pelo valor registado no último trimestre de 2021.

Contas feitas, a população ativa manteve-se “praticamente inalterada” face ao trimestre anterior, mas aumentou 3,3% face a igual período de 2021 para 5.209,3 mil pessoas. O INE explica estes valores com a taxa de atividade da população em idade ativa (dos 16 aos 89 anos), que no primeiro trimestre se fixou nos 59,9%, isto é, mais 0,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior e uma subida de 1,9 pontos percentuais em relação ao período homólogo.

Por outro lado, a população inativa recuou 0,5% face ao trimestre anterior, bem como encolheu 3,4% face ao período homólogo. Está estimada em 3.593,1 mil pessoas.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h52)

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INE confirma que inflação em Portugal acelerou para 7,2% em abril

Variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor atingiu o valor mais elevado desde março de 1993. Preços dos produtos energéticos estão em máximos de maio de 1985.

A taxa de inflação homóloga em Portugal acelerou para 7,2% em abril, o valor mais elevado desde março de 1993 e um aumento de 1,9 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que confirmam as estimativas anteriores.

“É o segundo mês consecutivo em que é ultrapassado o valor mais elevado registado em Portugal desde o início da série, em 1996”, afirma o INE. O aumento foi influenciado pelos produtos energéticos e alimentares não transformados.

Evolução do índice harmonizado:

Fonte: INEINE

Os dados indicam que o indicador de inflação subjacente (excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) continuou a acelerar em abril, passando de uma variação homóloga de 3,8% em março para 5%, “superior à taxa correspondente para a área do Euro que se fixou em 3,9%”.

O INE afirma que, olhando para os vários Estados-membros, “Portugal apresenta um perfil ascendente muito pronunciado nos últimos meses, situando-se acima da média da área do Euro desde janeiro de 2022. Em abril, esta diferença aumentou para 1,4 p.p.”.

A taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos foi de 26,7%, o “valor mais alto desde maio de 1985”, aponta o INE. Enquanto isso, o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma variação de 9,4% (5,8% em março).

Comparando com março, o IPC teve uma variação de 2,2% (em março, a variação mensal foi 2,5%). “A variação média nos últimos 12 meses foi 2,8% (2,2% no mês anterior)”, refere o gabinete de estatísticas.

Já o índice harmonizado de preços no consumidor fixou-se em 7,4%, também em linha com a anterior estimativa do INE. É o “novo valor mais elevado registado desde o início da série do IHPC, em 1996”, diz o INE.

Estes dados permitem ainda perceber a evolução das rendas em abril. A variação homóloga das rendas de habitação por metro quadrado foi 2,4% em abril, acima dos 2,2% observados no mês anterior. O valor médio das rendas por metro quadrado registou uma variação mensal de 0,3% (0,2% no mês anterior), sendo que as regiões com a variação mensal positiva mais elevada foram os Açores e Lisboa com taxas de 0,6% e 0,3%, respetivamente.

(Notícia atualizada às 11h52 com mais informação)

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Football Leaks: Sessão com declarações de Rui Pinto adiada por pedido de afastamento da procuradora

  • Lusa
  • 11 Maio 2022

A sessão de sexta-feira do julgamento do processo Football Leaks, para a qual estava previsto que Rui Pinto prestasse declarações, foi adiada devido ao pedido de afastamento da procuradora do MP.

A sessão de sexta-feira do julgamento do processo Football Leaks, para a qual estava previsto que Rui Pinto prestasse declarações, foi adiada devido ao pedido de afastamento da procuradora do Ministério Público pelo arguido Aníbal Pinto.

A informação foi avançada ao fim da noite de terça-feira pelo jornal Expresso e confirmada esta quarta-feira à agência Lusa por fonte ligada ao processo, que adiantou ter também sido adiada a audiência que estava agendada para dia 16 (segunda-feira), no Juízo Central Criminal de Lisboa, onde o julgamento decorre já desde setembro de 2020.

Em causa está um e-mail apresentado ao tribunal pela inspetora da Polícia Judiciária (PJ) Aida Freitas na última sessão, em 22 de abril, no qual o inspetor coordenador da investigação do processo ‘Football Leaks’, José Amador, convocava os colegas que seriam ouvidos em audiência para uma reunião com a procuradora Marta Viegas, que tem representado o Ministério Público na fase de julgamento.

Como consequência, o advogado Aníbal Pinto, igualmente arguido neste processo pelo crime de tentativa de extorsão, apresentou um incidente de recusa da magistrada, algo que terá agora de ser apreciado.

Rui Pinto, de 33 anos, responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 7 de agosto de 2020, “devido à sua colaboração” com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.

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Com Governo de maioria “não há necessidade de discutir fora da Concertação Social”, defende CTP

A Concertação Social volta a reunir para discutir agenda do trabalho digno e acordo de rendimentos. Patrões querem discutir medidas, sindicatos consideram pacote insuficiente.

A Concertação Social reúne esta quarta-feira com a agenda do trabalho digno e o acordo de rendimentos na ordem de trabalhos. Os parceiros sociais não sabem ao certo o que esperar, mas defendem que é uma oportunidade para discutir medidas que tinham sido deixadas de fora no ano passado, aquando as negociações para o Orçamento que acabou por ser chumbado. Com o Governo de maioria absoluta, “não há necessidade de discutir fora da Concertação Social orçamentos”, defende o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP).

“Hoje vamos ter que calendarizar todas as reuniões, não sei o que vai ser apresentado sobre a Agenda do Trabalho Digno”, admitiu Francisco Calheiros, à entrada da reunião. O responsável da CTP recorda que no ano passado medidas deste pacote “nem sequer vieram à Concertação”, o que na altura chegou a levar à suspensão da Concertação por parte dos patrões. Agora, esta “é a primeira reunião com o Governo, tirando aquela com as Finanças para apresentação do OE, espero que desta vez seja diferente”, sinaliza.

Calheiros aponta que agora “temos Governo de maioria absoluta”, pelo que “não há necessidade de discutir fora da Concertação Social orçamentos”. Além disso, “temos fundos com movimentos que nunca tivemos, é uma oportunidade única para dar força à Concertação Social”.

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) também assume esta visão, defendendo que as medidas da agenda do trabalho digno “não regressam porque nunca foram aqui discutidas, vamos discuti-las mas pensamos que o acordo que Governo tentou fazer foi noutro contexto político, do OE que foi recusado”.

“Tinha sentido voltar a discutir toda a agenda”, reitera João Vieira Lopes. A CCP diz que vai tentar perceber “qual é a abertura do Governo para discutir”, mas considera que a discussão “devia ser mais alargada”. “Estamos em desacordo com um conjunto de aspetos dessas medidas, pensamos que vão dificultar a vida as empresas, ainda pior na situação que vivemos hoje em dia”, explica. Em causa estão medidas como o aumento do valor das horas extraordinárias e das indemnizações por cessação dos contratos a termo.

Do lado dos sindicatos, o sentimento é de expectativa, sendo que a CGTP considera as medidas insuficientes. “Há medidas aqui que foram introduzidas e são positivas, mas muito insuficiente para necessidade que tínhamos, nomeadamente a revogação da caducidade da contratação coletiva”, aponta Isabel Camarinha, também à entrada da reunião.

A dirigente sindical aponta que neste momento “não existe” a valorização das carreiras e profissões, apontando que “a efetivação da contratação coletiva pode alterar isto”. Além disso, reitera que as normas em relação à precariedade “são insuficientes”, salientando que há também um conjunto de matérias em relação a despedimentos que “não resolvem problemas estruturais no mercado de trabalho”.

Já Mário Mourão, da UGT, salienta que ainda não têm as “propostas que Governo vai fazer”. “É com alguma expectativa que vamos ver o que o Governo apresenta”, diz, recordando que “a UGT já apresentou os contributos na agenda do trabalho digno e reposição de direitos que se foram perdendo com a troika”.

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Caso PPP: Ministério Público quer que sejam confiscados 3,3 mil milhões de euros a empresas e administradores

Segundo a acusação do caso das PPP, as concessionárias e os seus respetivos administradores devem ser condenados a pagar o lucro em excesso que obtiveram.

O Ministério Público (MP) pretende que sejam confiscados 3,3 mil milhões de euros às empresas concessionárias e subconcessionárias de 10 Parcerias Público-Privadas (PPP) rodoviárias, bem como aos administrados que assinaram contratos com o Estado, avançou a CNN Portugal. Entre os administradores destacados está Gonçalo Moura Martins, presidente executivo da Mota-Engil.

Desta forma, segundo a acusação do caso das PPP, as concessionárias e os seus respetivos administradores devem ser condenados a pagar o lucro em excesso que obtiveram, pelo prejuízo provocado ao Estado em renegociações que violaram os códigos de contratos públicos “conscientes de que tal beneficiaria em exclusivo” as suas empresas, refere a CNN.

Neste processo das PPP foram constituídos arguidos dois antigos secretários de Estado do governo, Carlos Costa Pina e Paulo Campos, e um ex-diretor da área de concessões da empresa Estradas de Portugal, Rui Manteigas. Sobre os arguidos recaem suspeitas de crimes relacionados com a negociação de contratos das autoestradas SCUT.

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Portugal paga mais para emitir 750 milhões a 8 anos

Numa altura em que os juros estão a subir, o IGCP foi esta quarta-feira aos mercados financeiros para emitir dívida pública a oito anos. Juro é mais elevado do que emissões anteriores a 9 ou 10 anos.

A agência que gere a dívida pública emitiu 750 milhões de euros de obrigações com uma maturidade de oito anos a um juro de 1,767%, acima dos 1,008% que registou a emissão a 9 anos em fevereiro, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pela Reuters.

Apesar da subida do juro, a procura por dívida portuguesa aumentou face a esse leilão de fevereiro, com as ofertas dos investidores a superarem em 1,86 vezes a oferta do IGCP, o que compara com 1,27 vezes em fevereiro.

Não há uma emissão a oito anos recente que seja comparável com esta, daí a comparação com a emissão a 9 anos. A 9 de fevereiro, Portugal obteve 706 milhões de euros em Obrigações do Tesouro com maturidade em outubro de 2031 (nove anos), pelas quais pagou um juro de 1,008%, o que compara com o juro de 0,127% do anterior leilão comparável a nove anos realizado em julho de 2021.

O juro pedido pelos investidores no leilão desta quarta-feira é também superior aos 1,154% que tinham exigido em março quando o IGCP foi ao mercado emitir 500 milhões de euros com maturidade de 12 anos, superior aos 0,841% do leilão anterior comparável.

A 10 anos, que é a maturidade de referência para as dívidas soberanos, o juro pedido na última emissão sindicada realizada no início de abril foi de 1,7%, ligeiramente abaixo do valor agora exigido a oito anos.

Esta evolução resulta da aceleração da taxa de inflação na Zona Euro para máximos históricos e a expectável normalização da política monetária nos próximos meses, com o fim do programa de compra de ativos e o eventual arranque da subida dos juros em julho ou em setembro.

A agência que gere a dívida pública portuguesa conseguiu captar o montante máximo pretendido de 750 milhões de euros, tal como anunciado. Na semana passada, o IGCP anunciou que ia realizar um leilão esta quarta-feira para emitir Obrigações do Tesouro (OT) com uma maturidade de oito anos (18 de outubro de 2030), com um montante indicativo entre 500 a 750 milhões de euros.

No mercado secundário, a yield da dívida portuguesa a oito anos está a negociar nos 1,8%, mas na passada sexta-feira atingiu 2%, um máximo de 2017.

“A yield obtida foi de 1,767% e é para já a mais alta quando comparada com todos os leilões feitos este ano em dívida com maturidades mais longas”, comenta Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, em reação aos resultados do leilão, explicando que “a subida que estamos a assistir no prémio de risco de Portugal não é um caso isolado e está diretamente associado aos fatores disruptivos que estamos a viver atualmente“.

“A guerra na Ucrânia, bem como os confinamentos na China, acabam por não deixar normalizar os problemas que temos tido nas cadeias de abastecimento, elevando ainda mais a inflação e ao mesmo tempo, aumentando a pressão sobre os bancos centrais”, recorda, admitindo que a retira dos estímulos e a subida dos juros “acabam por penalizar mais os países mais endividados”. Daí que o diferencial dos países da periferia face à Alemanha tenha aumentado.

Para o diretor de investimento do Banco Carregosa “se os bancos centrais têm um desafio ao ter de subir taxas e adotar medidas, que não coloquem em causa o crescimento das economias, os governos irão ter outro com a subida do custo para emitir divida e o impacto que o mesmo terá nas finanças nacionais”.

Perante a subida dos juros nos mercados, a presidente do IGCP, Cristina Casalinho, reforçou a mensagem de confiança que tem vindo a transmitir desde que a inflação começou a acelerar. “Estamos preparados para a subida de taxas de juro, visto nos últimos anos se ter procedido ao aumento da maturidade média da emissão de obrigações de médio e longo prazo, de modo a beneficiar de taxas de juro baixas durante o período de tempo o mais longo possível“, explicou a gestora da dívida recentemente ao ECO.

(Notícia atualizada às 11h37 com o comentário do analista Filipe Silva)

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