O mundo “encantado” da vida online: tempos de (grandes) mudanças

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  • 11 Maio 2022

Inês Ferrari Careto, associada da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, explica os novos regulamentos da Comissão Europeia com vista à criação de um espaço digital mais seguro.

Hoje em dia conseguimos fazer praticamente tudo online: lemos notícias, pagamos faturas, celebramos contratos, compramos roupa, mercearias e até medicamentos, e aderimos aos mais variados serviços. A distância entre as pessoas foi-se encurtando com as redes sociais, e até temos direito a um pódio permanente onde discursar e dar opiniões a todo o mundo sobre o que quisermos – que maravilha!

Enquanto grande adepta das novas tecnologias e do boom digital dos últimos anos (cresci com ele), sou consciente dos perigos que a maravilha de termos todas estas possibilidades na ponta dos dedos pode trazer.

Associada da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados

São cada vez mais os temas com que é preciso ter atenção: fraude em diversas modalidades, venda de bens e serviços ilegais, fake news, violência cibernética e limites à liberdade de expressão. E a verdade é que podemos todos ser potenciais vítimas de qualquer um destes comportamentos, por muito bem que os tenhamos identificados.

Foi com estas preocupações em mente que a Comissão Europeia (CE) apresentou, no final de 2020, propostas para dois regulamentos com vista à criação de um espaço digital mais seguro, à proteção dos direitos fundamentais dos utilizadores e ao estabelecimento de condições para promover a inovação, o crescimento e a concorrência – o Digital Markets Act (DMA) e o Digital Services Act (DSA).

Depois de vários meses de discussão (e muita especulação) – embora tenha sido um processo relativamente rápido – foram finalmente alcançados os acordos políticos entre os Estados-Membros e o Parlamento Europeu sobre estas propostas.

"Estamos a entrar num mundo cada vez mais regulado? Talvez. Será um ónus extremamente (e nalguns casos demasiado) elevado para as empresas do setor digital? Sem dúvida alguma. Mas é também um passo importante em termos de consciencialização e mitigação dos riscos cibernéticos, e de proteção dos utilizadores (incluindo menores), para que todos possamos desfrutar de uma internet mais segura.”

Inês Ferrari Careto

Associada, Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados

Focando-nos no DSA, este regulamento vem criar um quadro de responsabilização dos intermediários de serviços digitais – aqueles que ligam consumidores a bens, serviços e conteúdos digitais –, dos serviços de hosting e das plataformas online, com vista a proteger os utilizadores.

O DSA vem, por um lado, estabelecer obrigações no que respeita à identificação e eventual remoção de conteúdos ilícitos, e, por outro, impor medidas que tornarão a experiência do utilizador mais segura, menos intrusiva e com uma maior consciencialização dos riscos ligados ao mundo online por parte dos prestadores destes serviços.

As medidas previstas incluem (i) obrigações de aplicação justa e transparente dos termos e condições, incluindo a prestação de informações sobre políticas de moderação de conteúdos; (ii) a adoção de mecanismos de sinalização de conteúdos ilegais; (iii) o dever de suspensão temporária de utilizadores que forneçam frequentemente conteúdos manifestamente ilegais e, bem assim, de informar as autoridades competentes em caso de suspeita de uma infração penal grave; (iv) mecanismos de verificação de vendedores em marketplaces; e (v) regras relativamente à transparência na publicidade.

O regulamento irá prever ainda regras mais rígidas para as plataformas de muito grande dimensão, e também – e esta é uma novidade face à proposta da CE -, os motores de busca de muito grande dimensão, ou seja, os que alcancem mais de 10% dos 450 milhões de consumidores na EU.

Estas regras incluem, por exemplo, obrigações de avaliação e adoção de medidas de mitigação de riscos sistémicos identificados (conteúdos ilegais, saúde mental, discriminação, liberdade de expressão, violência baseada no género e dirigida a menores, etc.).

Em comparação com a proposta inicial, o acordo político contém algumas alterações particularmente interessantes. É o caso das obrigações relacionadas com os sistemas de recomendação, que preveem a possibilidade de o utilizador optar por recomendações não baseadas em profiling, e a proibição de publicidade direcionada a menores, ou que tenha por base informação sensível, como orientação sexual, religião, etnia, etc.

Estamos a entrar num mundo cada vez mais regulado? Talvez. Será um ónus extremamente (e nalguns casos demasiado) elevado para as empresas do setor digital? Sem dúvida alguma. Mas é também um passo importante em termos de consciencialização e mitigação dos riscos cibernéticos, e de proteção dos utilizadores (incluindo menores), para que todos possamos desfrutar de uma internet mais segura.

Falta agora esperar para ver o real impacto destas novas regras, que irão entrar em vigor até janeiro de 2024, e implementar atempadamente as adaptações necessárias.

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Preço do gás cai 2% apesar de corte do fluxo na Ucrânia

Ucrânia suspendeu passagem de gás natural da Rússia para a Europa através de Sokhranivka. Futuros do gás natural começaram o dia em alta, mas já inverteram a tendência.

A Ucrânia decidiu suspender o fluxo de gás natural via Sokhranivka a partir desta quarta-feira, um dos dois principais pontos de passagem do gás natural da Rússia para a Europa através da Ucrânia.

A entidade ucraniana que gere o gasoduto indicou através de um comunicado que os carregamentos russos através da central de Novopskov, uma área controlada por separatistas apoiados por Moscovo, vão ser cortados. Os preços de referência do gás na Europa arrancaram o dia a subir, mas entretanto estão a cair quase 2%, para 97,4 euros por megawatt-hora (MWh).

Segundo Kiev, a central recebe cerca de um terço do gás russo que passa pela Ucrânia em direção à Europa Ocidental, apesar de Moscovo afirmar que a quantidade de gás que passa no gasoduto é superior à que foi referida por Kiev.

Trata-se da primeira medida que pode afetar o fornecimento de gás natural russo, desde que começou a invasão da Rússia, no passado dia 24 de fevereiro e pode vir a forçar Moscovo a transferir os fluxos de gás destinados aos clientes europeus.

Antes de ter tomado esta decisão, Kiev já tinha avisado a Rússia de que as ações das tropas russas na região de Luhansk, no leste da Ucrânia levariam a esta interrupção. “A Ucrânia não é responsável pela passagem de gás através dos territórios ocupados pela Rússia e a Gazprom foi devidamente informada sobre isso”, disse a empresa estatal de energia ucraniana Naftogaz, num comunicado publicado no seu site.

Por sua vez, um porta-voz da Gazprom confirmou que a empresa tinha sido notificada pela Ucrânia sobre esta interrupção, mas que não tinha recebido até ao momento nenhuma confirmação.

Apesar da guerra, a Rússia tem enviado gás natural normalmente através da Ucrânia, embora se estime que o fluxo de embarques deva cair cerca de 18% esta quarta-feira devido à suspensão do fluxo em Sokhranivka. Os futuros de gás natural na Europa estava a subir quase 7% antes desta interrupção, mas seguem agora a desvalorizar 1,92% para 96,9 euros por MWh.

Evolução dos futuros do gás TTF na Europa:

Fonte: Barchart

No ano passado, a Rússia deu resposta a cerca de 40% da procura por gás natural por parte da União Europeia, sendo que cerca de um terço dessa quantidade foi enviado através da Ucrânia, segundo a Bloomberg.

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Presidente do BCE admite subida de juros no verão

Christine Lagarde sinaliza que o início da subida das taxas de juro deve começar "semanas" depois do fim do programa de compra de ativos, no início do próximo trimestre.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) admitiu que a subida das taxas de juro na Zona Euro pode ter início “semanas” depois do fim do programa de compra de ativos, sinalizando, assim, que o primeiro aumento em mais de uma década pode acontecer já na reunião de política monetária de 21 de julho.

“O primeiro aumento das taxas (…) acontecerá algum tempo após o fim das compras líquidas de ativos”, disse Christine Lagarde esta quarta-feira, citada pela Bloomberg (acesso pago). “Ainda não definimos ao certo a noção de ‘algum tempo’, mas deixei muito claro que isso pode significar um período de apenas algumas semanas“, acrescentou, defendendo uma normalização “gradual” da política monetária.

A expressão “apenas algumas semanas” sinaliza que a presidente do BCE admite uma subida dos juros na reunião de política monetária de 21 de julho. Caso não aproveite essa oportunidade, o conselho de governadores do BCE — que reúne a comissão executiva e os 19 governadores dos bancos centrais dos países da Zona Euro — só poderá subir os juros a 8 de setembro, data da próxima reunião de política monetária, de acordo com o calendário do banco central.

Perante uma taxa de inflação recorde — quase quatro vezes superior à meta de 2% do BCE — os ‘colegas’ de Lagarde no banco central estão a pressionar cada vez mais para um aumento dos juros na próxima reunião, a 21 de julho. Embora os bancos centrais dos Estados Unidos e Inglaterra estejam mais avançados no aperto das suas políticas monetárias, o BCE não aumenta os custos dos empréstimos desde 2011, diz a agência de notícias.

Porém, também há quem argumente que uma subida neste período de incerteza seja contraproducente, levando a economia europeia para uma recessão indesejável. É o caso de Fabio Panetta, membro da comissão executiva do BCE, que defende uma subida de juros depois de julho, quando já conhecer a evolução do PIB no segundo trimestre, tendo em conta o impacto da guerra. O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, também recomendou “calma e ponderação”. Centeno concretizou que “é desejável” que o BCE suba os juros para normalizar a política monetária, mas advertiu que tal “só” deve acontecer “quando for seguro fazê-lo”.

Neste momento, os mercados financeiros antecipam aumentos de 25 pontos base nos juros nas decisões de julho e setembro e um novo aumento até ao final do ano. As estimativas apontam ainda para um pico de 1,5% nas taxas de depósito daqui a cerca de dois anos.

As bolsas europeias aceleraram com a notícia. O PSI soma 0,51%, mas os ganhos nas principais praças europeias chegam a superar 2% no caso da bolsa francesa.

(Notícia atualizada às 10h21 com mais informação)

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Parque de viaturas do Estado com 1% de elétricos em 2021

  • ECO
  • 11 Maio 2022

PVE conta com 925 novos veículos em 2021, dos quais 1% são elétricos e 0,6% são híbridos. Associação ambientalista defende que Estado deve ser exemplo mas diz que o mesmo não é capaz de liderar.

O parque de viaturas do Estado (PVE) contou com 925 novos veículos em 2021, dos quais nove são elétricos e seis híbridos, o correspondente a novas entradas na ordem dos 1% e 0,6%, respetivamente, avança o Público (acesso pago). Segundo dados do relatório da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP), entraram menos 411 veículos na frota do Governo face a 2020, uma descida de 1,6%.

A 31 de dezembro de 2021, o PVE contava com 26.561 veículos, mas a maioria dos novos veículos não se encontra sujeito a critérios ambientais, pelo que o gabinete da ministra da Presidência sugere que as contas sejam feitas de forma diferente. Das 925 novas entradas, 75% correspondem a veículos especiais isentos de normas ambientais, segundo despacho de 2019.

Dos restantes 226 veículos, já sujeitos a critérios ambientais, nove são elétricos e seis híbridos, o que representa 5% e 1%, respetivamente, num universo de 184 veículos de serviços e 42 de representação (sendo 10% elétricos). Para a associação ambientalista Zero, o Estado deve ser exemplo de boas práticas na aquisição de aluguer de veículos, mas o mesmo “não é capaz de liderar esta transição”.

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Sexta vaga da Covid em Portugal começa “a desenhar-se”

  • Lusa
  • 11 Maio 2022

A eliminação do uso de máscara aumentou as infeções em Portugal, que atingiu um índice de transmissibilidade de 1,17 e que poderá registar 6.ª vaga de Covid-19, indica relatório do IST.

A eliminação do uso de máscara aumentou as infeções em Portugal, que atingiu um índice de transmissibilidade (Rt) de 1,17 e que poderá registar uma sexta vaga de Covid-19, indica um relatório do Instituto Superior Técnico sobre a pandemia.

“A possibilidade de uma sexta vaga está a desenhar-se de forma muito intensa”, avança o relatório do grupo de trabalho do Instituto Superior Técnico (IST) que acompanha a evolução da Covid-19 em Portugal e a que a Lusa teve acesso.

Segundo esta avaliação de risco da pandemia elaborada por Henrique Oliveira, Pedro Amaral, José Rui Figueira e Ana Serro, que compõem este grupo de trabalho coordenado pelo presidente do IST, Rogério Colaço, “a atual situação é de aumento do perigo pandémico face ao anterior relatório” de 19 de abril.

De acordo com o documento, a eliminação do uso de máscaras “parece ter tido um efeito muito acentuado na subida de casos atual”, uma medida que os especialistas do IST consideram ter sido “acertada” nas escolas, mas que está a provocar um “excesso de contágios” em ambiente laboral.

“A sua eliminação em contexto laboral e a não recomendação de teletrabalho quando este é possível, provoca um excesso de contágios que, segundo os nossos modelos, está a contribuir fortemente para a subida presente” de infeções, sublinha ainda o relatório do IST.

O uso generalizado de máscaras deixou de ser obrigatório a partir de 22 de abril, com exceção dos estabelecimentos de saúde, incluindo farmácias comunitárias, assim como nos lares de idosos, serviços de apoio domiciliário, unidades de cuidados continuados e transportes coletivos de passageiros.

O grupo de trabalho do Técnico considera também que os dados existentes indicam que as novas linhagens da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 podem estar a contribuir para o aumento do número de casos.

Face à “tendência de agravamento significativo” da pandemia em Portugal, os especialistas admitem que a recente subida de casos positivos de SARS-CoV-2 “provavelmente contribuirá” para o aumento da mortalidade nos próximos 30 dias.

O pico deste indicador na recente vaga da Ómicron foi registado em 6 de fevereiro e os óbitos diários em média a sete dias passaram de 20,9 para os atuais 20,3.

De acordo com o relatório do IST, a incidência média a sete dias aumentou de 8.763 para 14.267 casos desde 19 de abril, o que se deve “à retirada abrupta do uso de máscara em quase todos os contextos e à nova linhagem BA.5 da variante Ómicron que começa a instalar-se” no país.

Com dados de 9 de maio, o grupo de trabalho adianta que o Indicador de Avaliação da Pandemia (IAP) do Instituto Superior Técnico e da Ordem dos Médicos está agora nos 83,8 pontos, com tendência de subida e acima do “nível de alarme”.

O IAP combina a incidência, a transmissibilidade, a letalidade e a hospitalização em enfermaria e em cuidados intensivos, apresentando dois limiares: o nível de alarme, quando atinge os 80 pontos, e o nível crítico, quando chega aos 100 pontos.

“Aconselhamos o reforço da monitorização e passar a mensagem de que o perigo pandémico ainda não terminou”, destaca ainda o relatório, que acrescenta que a “monitorização dos números da pandemia deve ser feita de forma rigorosa e transparente até a declaração de fim da pandemia” pela Organização Mundial da Saúde.

“Para efeitos de análise, previsão e de comunicação, o facto de a Direção-Geral da Saúde apresentar os dados dos internamentos à sexta-feira com dados relativos à segunda-feira anterior constitui um défice de informação devida ao público e à comunidade médica e científica que evita a prevenção e a tomada de medidas por parte dos serviços”, alerta ainda o relatório.

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Apple termina produção de iPod ao fim de mais de 20 anos

  • Lusa
  • 11 Maio 2022

A gigante tecnológica Apple vai deixar de produzir o leitor de música portátil iPod, lançado em 2001, mas que perdeu popularidade com o desenvolvimento de novos dispositivos.

A gigante tecnológica Apple vai deixar de produzir o leitor de música portátil iPod. Lançado em 2001, perdeu popularidade com o desenvolvimento de novos dispositivos, anunciou a empresa.

A Apple adiantou que os iPod Touch, cujo modelo mais recente foi lançado em 2019, vão continuar disponíveis até acabarem as reservas, de acordo com um comunicado da empresa, divulgado na terça-feira.

Durante mais de duas décadas, “o iPod atraiu utilizadores de todo o mundo pela possibilidade de levar música para onde quer que vão”, mas atualmente esta função está presente noutros produtos da empresa, escreveu.

Últimos iPods tinham sido lançados em 2019Apple

O primeiro leitor digital de música da Apple permitiu levar música “a centenas de milhões de utilizadores”, com “impacto na indústria musical” e também “redefiniu a forma como a música é descoberta, ouvida e partilhada”, disse o vice-presidente do departamento de marketing, Greg Joswiak.

A ideia revolucionária por trás desta invenção foi a ligação do dispositivo a uma loja de música online, a iTunes Store, que transformou a Apple num fornecedor de conteúdos multimédia.

“O espírito do iPod continua vivo” em todos os outros produtos da Apple que permitem a reprodução e a partilha de música, frisou Joswiak.

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Orçamentos para obras com prazos cada vez mais curtos devido à incerteza

  • Lusa
  • 11 Maio 2022

Empresas de construção a dar orçamentos com prazos cada vez mais curtos devido à escalada dos preços e falta de mão de obra qualificada, mas empresas têm ultrapassado constrangimentos, diz associação.

As empresas de construção estão a dar orçamentos com validade cada vez mais curta devido às incertezas geradas pela escalada dos preços das matérias-primas, energia e materiais e às disrupções das cadeias logísticas, avançou a associação setorial.

“Perante os atuais níveis de incerteza, é necessário reconhecer que a orçamentação é uma tarefa muito complexa, porque as empresas são confrontadas diariamente com oscilações de preços, escassez de produtos ou prazos de fornecimento anormalmente longos, pelo que se verifica uma tendência de encurtamento dos prazos de validade dos orçamentos”, afirmou o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) em declarações à agência Lusa.

Segundo Manuel Reis Campos, “a este problema acresce, ainda, a falta de mão de obra qualificada, identificando-se a necessidade de 80 mil trabalhadores no setor, pelo que é inevitável que esta conjuntura tenha reflexos na atividade do setor e, consequentemente, afete a capacidade das empresas para assegurar os seus custos operacionais e manter os preços orçamentados”.

“Em bom rigor, com os níveis de incerteza que enfrentamos já é difícil orçamentar para o momento atual, quanto mais indicar prazos de validade mais longos”, enfatizou, referindo que “esta é uma realidade que é transversal à generalidade do setor e não exclusiva para alguns segmentos”.

De acordo com o presidente da AICCPN, que lidera também a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), os atuais problemas ao nível de orçamentação “têm, sobretudo, na sua base a anómala subida dos preços das matérias-primas, da energia e dos materiais de construção e as disrupções das cadeias globais de produção e logística”.

“Estamos perante subidas sem precedentes, com os preços dos combustíveis a manterem-se em máximos históricos e materiais essenciais para o setor, como o aço em varão para betão e o alumínio, registam crescimentos, no final de março, na bolsa de metais de Londres, de 47% e 58%, respetivamente, em termos homólogos”, salienta.

Segundo precisa o dirigente associativo, se for antes considerada a variação face ao final do terceiro trimestre de 2020, estes aumentos são na ordem dos 103% e 102%, respetivamente.

Manuel Reis Campos apontou ainda à Lusa as dificuldades criadas à atividade das empresas pelos atuais “problemas nos abastecimentos dos produtos que dependem das cadeias globais de produção e distribuição”.

Ainda assim, diz, e “sem prejuízo de alguns atrasos e problemas operacionais, de uma forma geral, as empresas têm conseguido ultrapassar os constrangimentos e as situações de paragem de obras são pontuais e de conhecimento público”.

Relativamente à criação, defendida pelo líder da AICCOPN, de um fundo para cobrir “aumentos significativos” nos custos de produção das obras públicas, sob pena de poderem vir a ficar “desertos” muitos concursos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Reis Campos afirma ser “uma questão que está a ser articulada com o Governo e que depende, também, do Orçamento do Estado que está em discussão”.

“É uma das medidas que integra o pacote de soluções pragmáticas que foi apresentado ao novo executivo e é essencial para assegurar o regular funcionamento do mercado e salvaguardar os contratos em curso e a celebrar no âmbito do ambicioso plano de investimentos que é imprescindível executar ao longo dos próximos anos”, sustentou.

De acordo com uma estimativa divulgada na terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os custos de construção de habitação nova dispararam 11,6% em março em termos homólogos, mais 3,0 pontos percentuais do que no mês anterior, traduzindo sobretudo a subida dos preços dos materiais.

Segundo o Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) do INE, o preço dos materiais e o custo da mão de obra apresentaram, respetivamente, subidas de 15,3% e de 6,4% face ao período homólogo (10,3% e 6,3% em fevereiro), destacando-se o aumento do preço dos aços, produtos cerâmicos, gasóleo, vidros, aglomerados e ladrilhos de cortiça e madeiras e derivados de madeira, “todos com crescimentos homólogos acima dos 20%”.

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Bison Bank avança com despedimento de 14 trabalhadores

Bison Bank, antigo banco de investimento do Banif, avançou com um despedimento coletivo de 14 trabalhadores, mais de 20% dos quadros. Desde 2018 que acumula prejuízos de 35 milhões de euros.

O Bison Bank avançou com um despedimento coletivo que abrangeu 14 trabalhadores, representando mais de 20% do quadro de pessoal da instituição, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO.

Contactado pelo ECO, fonte oficial do antigo banco de investimento do Banif não comenta o processo, dizendo apenas que já tinha anunciado no mês passado que estava a analisar um “conjunto de medidas com vista a melhorar a eficiência económica e financeira da instituição”, e que passavam também pela “reavaliação e requalificação das suas pessoas”. Na altura, contudo, não confirmava planos de saídas.

Em 31 de dezembro de 2021, o Bison Bank empregava 63 colaboradores, de acordo com o relatório e contas do ano passado, pelo que ficará a contar com uma equipa com menos de meia centena após a concretização deste despedimento. Nos últimos meses Lijun Yang (presidente), Evert Drok e Francisco Oliveira apresentaram a demissão da administração do banco.

Desde que foi comprado à Oitante, em 2018, o banco de investimento tem somado prejuízos atrás de prejuízos. Inicialmente, o grupo de Hong Kong tencionava chegar aos lucros logo em 2020, mas o break-even ainda continua por ser atingido, isto depois de ter fechado 2021 com prejuízos de 10,6 milhões de euros.

Há cerca de um mês, o Bison Bank anunciou que recebeu autorização do Banco de Portugal para operar no mercado dos criptoativos, através da empresa Bison Digital Asset, num esforço para diversificar as áreas de negócio e aumentar as receitas.

O Bison Bank, que tem um modelo de negócio assente em comissões de banco depositário e vistos gold, é detido pela Bison Capital Financial, que, por sua vez, é detido pela Bison Capital Holding Company Limited, com sede em Hong Kong.

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Marcelo teme que acórdão dos metadados obrigue a rever Constituição

  • ECO
  • 11 Maio 2022

Marcelo Rebelo de Sousa não descarta possibilidade de se ter de rever a Constituição no âmbito da lei dos metadados, não prevendo sucesso na reclamação da PGR à decisão do Tribunal Constitucional.

O Presidente da República vê a situação criada pela decisão do Tribunal Constitucional de declarar as normas da “lei dos metadados” inconstitucionais como “uma chatice”, e teme que o acórdão obrigue a rever a Constituição, noticia o Público. Em causa está a conservação dos dados de tráfego e localização das comunicações efetuadas pelos cidadãos por um ano.

Uma revisão constitucional implica obter dois terços dos votos necessários para a sua aprovação, ou seja, obriga a uma negociação com outros partidos. Em alternativa, o Governo admite a possibilidade de questionar diretamente o Tribunal Constitucional quanto a uma solução legal que permita a utilização dos dados para efeitos de investigação criminal e segurança nacional.

Marcelo Rebelo de Sousa não prevê o sucesso da arguição da Procuradoria-Geral da República ao acórdão do Tribunal Constitucional, embora as preocupações de Lucília Gago reflitam a possibilidade de reabertura de todos os processos-crime onde tenham sido usados metadados enquanto prova.

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EDP prevê contratar mais de 1.700 profissionais ao longo do ano

A elétrica prevê contratar mais de 1.700 pessoas, aumentando as admissões realizadas em 2021. Questionada sobre o número de vagas nacionais, a EDP diz não discriminar esta estimativa por geografias.

Presente em 28 mercados, contando com mais de 12 mil colaboradores a nível global e mais de cinco mil pessoas a operar em Portugal, a EDP tem planos ambiciosos ao nível do recrutamento. Ao longo deste ano, a elétrica prevê contratar mais de 1.700 pessoas, aumentando em cerca de uma centena as admissões realizadas em 2021, sabe a Pessoas. Questionada sobre o número de vagas alocadas a Portugal, a companhia diz não discriminar essa estimativa por geografias. Atualmente, há 22 oportunidades de trabalho publicadas para o mercado português.

“Em 2021, a estratégia de atratividade da EDP gerou cerca de 55 mil candidaturas nos diferentes mercados da EDP, resultando em cerca de 1.600 admissões e 650 estágios, na sua maioria, com processos de recrutamento totalmente digitais”, avança fonte oficial da empresa.

Este ano, a meta é ultrapassar estes números, alcançando as 1.700 admissões no conjunto de mercados onde a EDP opera. A dimensão da companhia e a multidisciplinaridade das suas áreas de atuação faz com que a elétrica continue a recrutar de forma variada e nas mais diversas áreas.

Em 2021, a estratégia de atratividade da EDP gerou cerca de 55 mil candidaturas nos diferentes mercados da EDP, resultando em cerca de 1.600 admissões e 650 estágios, na sua maioria, com processos de recrutamento totalmente digitais

Fonte oficial da EDP

“Entre essas áreas estão, por exemplo, as profissões STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática) e a área digital, que nos ajudam a preparar, já hoje, um futuro melhor”, detalha a mesma fonte oficial da empresa.

Mas, mais do que áreas de formação ou backgrounds académicos, a EDP procura “pessoas ambiciosas, motivadas, entusiastas com o futuro e que pretendam desenvolver-se numa empresa reconhecida como ‘employer of first choice‘”. Acima de tudo, “pessoas que ajudem a contribuir para a transformação que estamos a viver e que, como nós, pretendem mudar, já hoje, o amanhã”.

Consulte as vagas disponíveis aqui.

Atuais oportunidades no mercado nacional

Atualmente, a EDP tem publicadas 22 vagas para o mercado nacional no seu site (de acordo com a informação consultada a 10 de maio de 2022). A maioria destina-se a Lisboa, mas há também oportunidades para o Porto, Beja, Santarém e Évora.

No que toca às funções procuradas, a elétrica procura desde data scientists e business analysts a técnicos de mecânica e técnicos de eletricidade ou especialistas de laboratório e em gestão de clientes.

Há, ainda, vagas para os programas de trainee da companhia, que abrangem as áreas de gestão, comunicação, recursos humanos, IT e engenharia, bem com cursos ao nível do 12.º ano nas áreas de eletricidade, civil e florestal.

Assumindo-se como uma “organização global, ágil e eficiente, com uma abordagem centrada nas pessoas e na atração, desenvolvimento e retenção das competências necessárias para enfrentar os desafios do futuro”, a EDP está focada em proporcionar aos seus colaboradores uma experiência flexível. Desde outubro que, em Portugal, começou o seu plano de regresso ao escritório, implementando, contudo, um regime híbrido que prevê dois dias por semana de trabalho remoto.

Conheça em detalhe as vagas disponíveis para o mercado português através deste link.

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Ucrânia suspende fluxo de gás russo para a Europa via Sokhranivka

  • ECO
  • 11 Maio 2022

A Ucrânia anunciou a interrupção do fluxo de gás russo para a Europa via Sokhranivka, alegando não conseguir operar um hub crítico numa região controlada por separatistas.

A Ucrânia suspendeu o fluxo de gás natural para a Europa através de um ponto que entrega ao continente quase um terço deste combustível com origem na Rússia. Em causa está a rota de Sokhranivka.

O operador do sistema de gás na Ucrânia a alegar motivos de “força maior”, concretamente por não conseguir operar o hub de Novopskov, uma área controlada por separatistas apoiados por Moscovo.

Esta quarta-feira, continua a batalha pela Ilha Zmiinyi (também conhecida como Ilha da Serpente), no Mar Negro, com a Ucrânia a atacar as defesas da Rússia e a reabastecer os seus navios com drones.

Ao mesmo tempo, Sloviansk, no leste da Ucrânia, foi atacada por mísseis nas últimas horas, segundo o autarca desta cidade que é o principal objetivo das forças russas que tentam avançar para o sul na região de Donetsk.

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Fundição portuguesa fatura 536 milhões e assegura 5 mil empregos

Mais de 90% da produção das seis dezenas de fundições é exportada sobretudo para o automóvel. Oportunidades na ferrovia e tecnologia balanceiam custo da energia e falta de qualificação da mão-de-obra.

Há perto de 60 fundições a operar atualmente em Portugal, maioritariamente pequenas e médias empresas (PME), que asseguram diretamente mais de cinco mil postos de trabalho e que exportam mais de 90% da produção, com destaque para os mercados da Alemanha, França e Itália. Implantada sobretudo nos distritos de Aveiro, Porto e Braga — perto de 80% das fábricas estão neste território –, estas indústrias faturaram cerca de 536 milhões de euros em 2021.

Este é o retrato do setor traçado pela Associação Portuguesa de Fundição, que organiza esta quarta-feira na Torre da Oliva, em São João da Madeira, o XIX congresso nacional com o tema “Fundição: Futuro e Desafios” para debater os problemas desta indústria, partilhar conhecimento técnico e “recolher informação estratégica capaz de acrescentar valor à resposta das fundições portuguesas a novas necessidades do mercado”.

A estrutura liderada por Filipe Villas-Boas, em representação do grupo SLM – Schmidt Light Metal, diz que o setor enfrenta vários desafios, dando o exemplo dos custos de energia – está pressionada pelo preço e pelo peso que o gás natural e a eletricidade têm nas operações –, da qualificação da mão-de-obra, da escassez no fornecimento de chips que continua a afetar a produção no ramo automóvel, ou do aproveitamento das areias provenientes dos processos de moldação (cerca de 80 mil toneladas anuais) como matérias-primas para outras fileiras, como as indústrias cimenteiras, dos betões asfálticos, dos barros ou dos materiais de construção.

Filipe Villas-Boas, presidente da Associação Portuguesa de Fundição

Por outro lado, vê oportunidades como o investimento público na ferrovia — “área em que temos experiência e onde queremos reforçar as competências e a capacidade instalada”, sublinha Villas-Boas –, na “evolução técnica e tecnológica” das fábricas portuguesas e na “interação crescente” entre empresas e instituições de ensino superior e de investigação e desenvolvimento (I&D). Na apresentação do plano estratégico desenhado em 2018 pela Católica Porto Business School, esta associação sediada no Porto lamentava que a fundição fosse uma “atividade subestimada, com campeões ignorados, escondidos”.

O subsetor que mais contribui para as exportações é o dos não-ferrosos, em que sobressaem as ligas de cobre e a fabricação de peças em ligas de alumínio quase exclusivamente destinadas à indústria automóvel. Valeu 325 milhões no ano passado. Acima dos 210 milhões de vendas ao exterior que representou o dos ferrosos (produção em ferro fundido e em aço), que, ainda assim, continua a ter uma quota exportadora relevante no panorama da fundição nacional.


A organização do congresso, que conta com uma intervenção de Miguel Fonseca, administrador da EDP Comercial, e será encerrado por Beatriz Freitas, presidente executiva do Banco Português de Fomento, espera a participação de cerca de 180 congressistas, entre empresários, gestores e técnicos das áreas de engenharia, I&D e inovação das empresas. Assim como a presença de representantes das suas clientes, de instituições de ensino superior e do sistema científico e tecnológico.

A indústria de fundição nacional é atualmente constituída por empresas de alta tecnologia, ligadas sobretudo ao fornecimento do setor automóvel, mas também à construção civil, indústria metalomecânica, cerâmica, mineira e de remoção de terras, elétrica e eletrónica, naval, de máquinas agrícolas e industriais, ferroviária, eólica, indústria aeronáutica e aeroespacial.

Distribuição por área de aplicaçãoAPF

Este foi um dos setores ouvidos há duas semanas pelo novo ministro da Economia, António Costa Silva, que andou pelo Norte do país a falar com associações representativas de várias outras indústrias, como metalurgia e metalomecânica, indústria automóvel, setor elétrico, cortiça, indústria extrativa, moldes, calçado, cerâmica e conservas de peixe. Numa nota enviada na altura às redações, o gabinete ministerial referiu que o governante “encontrou agentes motivados, mas apreensivos com o atual contexto económico”.

O programa do congresso agendado para quarta-feira inclui quatro painéis ao longo do dia, em que vão ser abordados temas relacionados com a economia circular, a digitalização, a tecnologia ou os mercados. Entre os vários participantes especialistas, nacionais e estrangeiros, a APF destaca a presença de Fynn-Willem Lohe, secretário-geral do Comité de Associações Europeias de Fundição (CAEF), organismo que congrega associações de 22 países europeus.

Indústria de fundição

A referência aos custos energéticos e à economia circular como fatores críticos para a competitividade e sustentabilidade do setor já era feita no Plano Estratégico para a Indústria Portuguesa de Fundição, há quase quatro anos. Em comunicado, Filipe Villas-Boas reconhece, porém, que as boas práticas que a generalidade das fundições portuguesas adotou em matéria de economia circular está ainda longe de satisfazer completamente os agentes do setor.

“Todas as possibilidades de incorporação deste tipo de materiais foram já testadas em diversos projetos, alguns deles com significativa importância e promovidos pela própria APF em conjunto com associados. No entanto, tais resíduos continuam a ser depositados em aterro, na esmagadora maioria dos casos, no âmbito de projetos de recuperação paisagística”, desabafa o empresário.

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