Walk Talks. Coaching ou mentoria? Saiba as diferenças para obter o que necessita

  • Trabalho
  • 16 Abril 2022

João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, falam-nos do que separa a atividade de coaching da de mentoria. Junte-se a esta caminhada semanal.

Coaching ou mentoria? São atividades semelhantes, separadas por uma linha ténue, mas que faz toda a diferença para alcançar os objetivos que pretende atingir.

Pelos Caminhos de Santiago, João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, explicam o que separa as duas atividades e deixam ainda um conselho: na hora de decidir escolha um coach ou mentor com quem sinta empatia para o ajudar nessa caminhada.

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

http://videos.sapo.pt/IqujgzpeM8ZM2bGcOuvH

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OE2022 tem 300 milhões para restos de bancos falidos

  • ECO
  • 16 Abril 2022

Proposta de OE2022 prevê uma despesa de 294 milhões de euros para restos de bancos falidos, pertencentes ao ex-Banif e ao BPN.

A proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) prevê uma despesa de 300 milhões de euros para ajudar restos de bancos privados falidos, pertencentes ao ex-Banif e ao Banco Português de Negócios (BPN), avança o Dinheiro Vivo.

Na proposta que foi chumbada em outubro pelo Parlamento, as Finanças previam gastos de 295 milhões de euros com sete sociedades financeiras — quatro delas ligadas ao Banif e três ao BPN. Na nova versão, apresentada na passada quarta-feira, essa despesa cai para 294 milhões de euros, uma vez que um desses veículos — Banif SA (despesa de um milhão de euros) — deixa de constar.

No universo Banif, está prevista uma despesa total de 177 milhões de euros em 2022, enquanto para a Oitante estão previstos 146,6 milhões de euros. Por sua vez, para a Banif Imobiliária estão dedicados 28,7 milhões de euros e para a WIL – Projetos Turísticos sobram 1,7 milhões de euros. No caso do BPN, o OE2022 prevê 33 milhões de euros para a Parparticipadas, 67,5 milhões de euros para a Parvalorem e 16,4 milhões de euros para a Parups.

Este montante é superior aos 209 milhões que o Novobanco quer pedir ao Fundo de Resolução, mas que Fernando Medina garante que não serão dados. E é ainda superior aos 210 milhões de euros previstos para o alívio do IRS (despesa fiscal) deste ano.

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Portugueses temem “caos” com possível vitória de Marine Le Pen

  • Lusa
  • 16 Abril 2022

Partidários de Emmanuel Macron estão "preocupados" com a situação e outros pensam não votar na segunda volta.

Os franco-portugueses em França temem que “o caos” se instale no país caso Marine Le Pen ganhe as eleições presidenciais, havendo partidários de Emmanuel Macron que estão “preocupados” com a situação e outros pensam não votar na segunda volta.

“O caos de Marine Le Pen é como uma prenda de Natal. O embrulho é muito lindo, mas não sabemos o que está lá dentro. Só que isto não é uma prenda, não é Natal e não se pode voltar atrás numa eleição quando nos apercebemos que não era aquilo que queríamos”, disse Paulo Marques, autarca da cidade de Aulnay-sous-Bois que presidiu ao comité de portugueses que apoiou a candidata Valérie Pécresse na primeira volta das eleições.

Para o autarca franco-português, a derrota da sua candidata “não foi fácil”, mas agora que Macron vai defrontar Marine Le Pen na segunda volta das eleições presidenciais francesas, Paulo Marques considera que os eleitores de direita vão, “com sentido de responsabilidade”, manter a vontade de Pécresse que pediu aos seus apoiantes para não votarem na extrema-direita. No entanto, isso não chegará para Emmanuel Macron ganhar.

“Não pode haver muitos votos de Valérie Pécresse porque ela não fez 5%. Se ele conseguir 2%, ou seja, um milhão e tal de eleitores, é muito pouco e é por isso que Emmanuel Macron está a tentar conquistar os votos de Marine Le Pen e, por sua vez, ela quer os votos de Jean-Luc Mélenchon”, explicou.

Tendo conseguido 28% dos votos nas urnas na primeira volta, Emmanuel Macron tenta agora conquistar terreno, acelerando a campanha eleitoral e percorrendo a França para explicar o seu programa, mas resta pouco tempo para a votação final.

“Foi um resultado bom, no sentido que teve mais votos do que em 2017, mas não podemos ficar satisfeitos porque temos visto a insatisfação das pessoas e muitos votos de protesto. Os eleitores são seduzidos por promessas ilusórias e é complicado combater as falsas ideias. Estou muito preocupada”, alertou Rosa André, franco-portuguesa e conselheira municipal em Saint-Germain-en-Laye pelo partido República em Marche que apoia o Presidente.

Vítor Costa, que integrou a Convenção pelo Clima que estabeleceu prioridades cidadãs para o ambiente em França, chegou a concorrer às eleições municipais em Yvonne, na Borgonha, pelos Verdes, mas votou Jean-Luc Mélenchon nas presidenciais, declarando que não vai votar na segunda volta.

“Na primeira volta, votei Jean-Luc Melénchon porque é o que me pareceu ter melhores ideias para as pensões e também para a ecologia. Era a pessoa de esquerda com maior probabilidade de chegar à segunda volta. Agora não vou votar, não me interessa nem um nem outro. Para o ambiente qualquer um dos dois é o pior que podia acontecer”, declarou.

Tal como Vítor Costa, tanto o campo de Emmanuel Macron como Marine Le Pen temem que haja uma grande abstenção na segunda volta, o que vai perturbar as sondagens que dão atualmente vantagem ao Presidente, com cerca de 53,5% dos votos. Vítor Costa chegou mesmo a ser convidado para concorrer às legislativas que se realizam em junho, mas diz não estar de acordo com os ecologistas.

“Acho que eles acabam por fazer mal à causa ambiental porque são ideias muito radicais. São contra a caça, eu sei que as leis da caça têm de ter uma evolução, mas eu próprio sou caçador ocasional e não se pode proibir, deve haver um debate”, defendeu.

O debate nacional centra-se agora no poder de compra, com o custo de vida dos franceses a aumentar diariamente impulsionado pelo aumento dos preços da energia. Um tema que acaba por esconder a extremização política no programa de Marine Le Pen.

Marine Le Pen quer retirar da Constituição os direitos humanos de todos nós, a igualdade. Os autarcas portugueses em França seriam proscritos por Marine Le Pen por darmos relevância às nossas origens portuguesas”, sublinhou Paulo Marques, que lidera a associação CÍVICA, que agrupa todos os eleitos locais de origem portuguesa em França.

Até dia 24 de abril, os dois candidatos estão na estrada para convencer os franceses indecisos e, no dia 20 de abril, vão protagonizar o único debate desta segunda volta das eleições, um dos momentos fulcrais desta segunda volta. “Tivemos uma campanha encurtada pelos eventos internacionais, o Presidente não pode fazer campanha na primeira volta e isso impediu que ele tivesse uma boa comunicação com os eleitores. Quero vê-lo agora combativo, como ele é sempre, no debate e quero que ele explique as suas medidas aos franceses”, concluiu Rosa André.

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Portugal com 59.434 infeções e 145 mortes na semana de 05 a 11 de abril

  • Lusa
  • 16 Abril 2022

Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, o número de casos confirmados de infeção desceu 2.528 em relação à semana anterior.

Portugal registou, na semana de 05 a 11 de abril, 59.434 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, 145 mortes associadas à covid-19 e um aumento de doentes internados, indicou esta sexta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, o número de casos confirmados de infeção desceu 2.528 em relação à semana anterior, registando-se também uma redução de sete mortes na comparação entre os dois períodos.

Quanto à ocupação hospitalar em Portugal continental por covid-19, em que a DGS passou a divulgar às sextas-feiras os dados dos internamentos referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório, o boletim indica que, na passada segunda-feira 11 de abril, estavam internadas 1.172 pessoas, mais 62 do que no mesmo dia da semana anterior, das quais 60 doentes em unidades de cuidados intensivos, valor sem alterações.

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Boris Johnson proibido de entrar na Rússia

Nas últimas horas houve relatos de vários ataques em várias cidades ucranianas. Primeiro-ministro da Ucrânia visita Washington na próxima semana.

A invasão da Rússia à Ucrânia, há mais de 50 dias, já provocou a morte de cerca 2.500 a 3.000 soldados ucranianos, disse o Presidente Volodymyr Zelenskyy, em declarações à CNN, dão ainda conta de cerca de 10 mil soldados feridos até ao momento.

Esta noite, de sexta-feira para sábado, houve ataques aéreos em três zonas da Ucrânia, de acordo com relatórios que estão a ser divulgados. Acredita-se que o primeiro tenha sido em Alexandria, Kirovograd, no centro da Ucrânia, por volta das 22h30, com um míssil a atingir um aeródromo militar, disse o autarca. Seguiu-se Luhansk, com os bombardeamentos a provocarem um morto e três feridos, e um terceiro ataque em Poltava, no centro da Ucrânia.

Entretanto, o Ministério de Defesa da Rússia afirmou que as tropas russas destruíram edifícios de produção de uma fábrica de veículos blindados em Kiev usando armas de longo alcance de alta precisão, informou a agência de notícias Interfax.

Nas primeiras horas da manhã deste sábado foram ouvidas explosões em Kiev e Lviv, avança a imprensa ucraniano, ao mesmo tempo que se ouviram as sirenes que alertam para ataques aéreos. A explosão mais recente na capital ucraniana aconteceu na zona de Darnytskyi, no sudeste de Kiev, de acordo com o autarca da cidade, citado pela Sky News. O número de feridos ainda está a ser confirmado.

O primeiro-ministro ucraniano vai visitar Washington na próxima semana, avança a Reuters. Denys Shmyhal vai visitar a capital dos Estados Unidos juntamente com altos funcionários e participará de reuniões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Tempo inteiro, Lisboa, 892€ e sem alojamento. Afinal, que tipo de trabalho é que Portugal tem para os ucranianos?

Há mais de 22 mil vagas para os refugiados vindos da Ucrânia. A maioria é a tempo inteiro e fica em Lisboa, Porto e Braga. O salário médio é 891,92 euros, mas há funções que chegam aos 4.000 euros.

Logo nos primeiros dias da invasão russa à Ucrânia, o Governo português abriu uma plataforma para que as empresas pudessem disponibilizar ofertas de emprego aos cidadãos ucranianos que estão a chegar a Portugal para se refugiar do conflito. Ao todo, o Instituto do Emprego e Formação Profissionais (IEFP) conta com mais de 22 mil ofertas de trabalho nas mais variadas áreas de atividade, sendo que a grande maioria é a tempo inteiro e em Lisboa, seguindo-se o Porto e Braga. O salário médio mensal é 891,92 euros, mas há funções que chegam aos 4.000 euros por mês, segundo os dados disponibilizados pelo IEFP e analisados pela Pessoas.

Na semana passada, segundo apurou o ECO junto de uma fonte da Segurança Social, já tinham sido celebrados 359 contratos de trabalho com refugiados vindos da Ucrânia, um número que vai continuar a crescer, já que são mais de 28 mil os ucranianos que chegaram a Portugal e fizeram um pedido de proteção temporária ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Para já, a plataforma do Governo conta com 22.651 vagas (dados consultados a 14 de abril). Além de agregar as ofertas, o IEFP diz que também fará “o mapeamento das competências dos trabalhadores ucranianos acolhidos, dos locais de acolhimento/residência e das ofertas de emprego disponíveis, e entrará em contacto para apresentar os candidatos, caso exista ajustamento ao perfil pretendido” pelas empresas.

Mas, afinal, que tipo de emprego é que os refugiados ucranianos encontram quando chegam a Portugal? Qual o regime laboral ou as condições de alojamento? E que salários se estão a pagar? Quais as funções e as regiões com mais ofertas? Com base nas tabelas do IEFP, a Pessoas fez um retrato do emprego que Portugal está a oferecer aos ucranianos.

Regime de tempo inteiro, sem alojamento incluído

Entre as 22.651 vagas disponibilizadas na plataforma do IEFP, apenas 326 dizem respeito a vínculo de regime de tempo parcial. As restantes ofertas são em regime de tempo inteiro.

Outro dado que é possível de analisar na tabela disponibilizada pelo IEFP é a possibilidade de a vaga ter alojamento incluído. No entanto, entre as ofertas, a maioria não conta com este benefício.

Em Belmonte, distrito de Castelo Branco, as seis vagas (cinco para programador de software e uma para analista de sistema) contam com alojamento, e o mesmo acontece com as três ofertas publicadas em Terras de Bouro, no distrito de Braga (para empregado de mesa, cozinheiro e empregado de bar).

Também em Albufeira e em Grândola uma parte significativa das ofertas de emprego dispõe de estadia.

Para facilitar a tarefa de procura de alojamento foi criada uma plataforma que pretende ligar pessoas a precisar de ajuda e organizações que podem realmente ajudar. Chama-se “We Help Ukraine” e está acessível através do linkwww.wehelpukraine.org“. É uma espécie de Airbnb para encontrar — e disponibilizar — residência, mas também é possível procurar ofertas de trabalho e até medicamentos.

Lisboa tem mais de três mil vagas

Apesar de existirem vagas um pouco por todo o país, há concelhos onde a oferta é maior. É o caso do de Lisboa, que conta com 3.415 vagas, mais do dobro do que em qualquer outro concelho do país. A média salarial mensal destas oportunidades é de 1.152,18 euros.

Lisboa foi precisamente o distrito onde a pesquisa de casa para arrendar a partir da Ucrânia mais aumentou durante os dois primeiros meses deste ano, segundo um estudo elaborado pelo portal imobiliário Idealista. Mais de metade das pesquisas (52%) foi realizada com Lisboa em mente. Segue-se o Porto (15%), Faro (13%), Madeira (6%), Setúbal (5%), Leiria (2%) e Coimbra (2%). Com apenas 1% das pesquisas realizadas encontram-se o distrito de Aveiro e a ilha de São Miguel, nos Açores.

Mas ainda no pódio dos concelhos com maior número de ofertas de trabalho está o Porto, com 1.221 oportunidades e uma média mensal de remuneração que se situa nos 972,18 euros, e — também no norte do país — Braga, que dispõe de 591 vagas e regista uma média salarial de 946,62 euros.

É de destacar também a quantidade de ofertas localizadas em Sintra (538 vagas), Albufeira (486 vagas), Cascais (407 vagas) e Oeiras (363).

Na ponta oposta, com apenas uma vaga, estão os concelhos de Alvaiázere (Leiria), Alvito (Beja), Chamusca (Santarém), Ferreira do Alentejo (Beja), Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda), Gavião (Portalegre), Sátão (Viseu) e Vila Viçosa (Évora). Destes, apenas a vaga em Sátão, para trabalhador de limpeza manual, oferece mais do que o salário mínimo nacional (SMN), situando-se a oferta nos 1.000 euros, com alojamento para o profissional contratado.

Salário médio nacional de 891,92 euros

No que toca aos salários oferecidos, a média mensal situa-se nos 891,92 euros, 186,92 euros acima do atual SMN, fixado nos 705 euros. O valor mais alto é 4.000 euros. Em causa está uma vaga em Lisboa para recrutar um especialista em publicidade e marketing, e que ainda oferece alojamento.

Com a mesma remuneração mensal — mas sem opção de residência — existem duas outras vagas registadas no portal do IEFP. Uma delas é para contratar um especialista de redes informáticas, em Lisboa, e outra para recrutar um programador de software, em Matosinhos. Seguem-se quatro vagas com um salário de 3.700 euros por mês, todas na área tecnológica.

Ainda entre as ofertas com as remunerações mais elevadas, é de destacar cinco vagas para programador de software — com um salário de 3.571,42 euros — e que podem ser desempenhadas em trabalho remoto. E só há mais sete vagas, para a mesma função, com este benefício de total flexibilidade geográfica. Todas oferecem um salário superior a 950 euros.

O valor mais baixo pago é de 300 euros, para trabalhador de limpeza em escritórios, hotéis e outros estabelecimentos em regime de tempo parcial — em Bragança e também em Mafra — e para uma vaga no mesmo regime para ajudante familiar no Porto.

É de salientar ainda que, entre as oportunidades para regime de part time, há cerca de 50 — para as mais diversas áreas e concelhos do país — que oferecem um salário mensal de 700 euros, apenas cinco euros inferior ao mínimo assegurado para remunerar um trabalhador que cumpra as oito horas diárias.

Precisamente neste patamar, nos 705 euros, começam os salários das vagas que se referem a funções para serem desempenhadas a tempo inteiro. E há mais de 3.000 oportunidades que oferecem exatamente a remuneração mínima mensal estipulada pelo Governo português.

Vagas para setor tech têm os salários mais altos

No que toca às funções procuradas pelas empresas, a lista do IEFP oferece uma enorme variedade. Existem várias vagas na área da restauração e do turismo, nomeadamente na zona sul do país, mas também no setor agrícola ou para trabalhos mais técnicos e especializados como serralheiros de moldes ou pintores à pistola e envernizadores.

Contudo, a indústria tecnológica também oferece um grande número de vagas e, regra geral, é aí que estão os salários mais elevados, a par das engenharias, medicina e ofertas para chef de cozinha.

Refugiados têm acesso a contrato emprego-inserção

Além de poderem concorrer a esta ofertas de emprego, os refugiados, nomeadamente os ucranianos, que se inscrevam IEFP como desempregados também podem beneficiar do contrato emprego-inserção. Este contrato permite que desempregados façam trabalho socialmente necessário, recebendo mais dinheiro além do subsídio de desemprego, enquanto procuram por um contrato de trabalho.

Atualmente o apoio contrato emprego-inserção destina-se a desempregados beneficiários de subsídio de desemprego ou de subsídio social de desemprego. Ao aderirem a esta medida, passam a beneficiar de uma bolsa mensal complementar no valor de 20% do IAS (438,81 euros em 2022), despesas de transporte, subsídio de alimentação e seguro de trabalho. Durante pelo menos quatro dias de cada mês, podem dedicar-se à procura ativa por trabalho.

Uma alteração à portaria que regulamenta este apoio publicada na semana passada em Diário da República determina que passam a estar abrangidos também os beneficiários de proteção temporária ou refugiados, nomeadamente os ucranianos.

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Twitter ativa “poison pill” para se proteger da OPA de Elon musk

Dono da Tesla propôs pagar prémio de 54% pelas ações da rede social, numa operação hostil avaliada em 43 mil milhões de dólares. Rede social já tomou medidas para se proteger.

O Twitter adotou esta sexta-feira um plano de direitos dos acionistas com o objetivo de se proteger da Oferta Pública de Aquisição (OPA) que Elon Musk lançou esta semana sobre a empresa, avança a Reuters e a Bloomberg. Este plano, conhecido como “pílula venenosa”, expira a 14 de abril de 2023.

Este tipo de plano é acionado quando alguém compra parte da empresa sem aviso prévio e tem como objetivo tornar a empresa menos atrativa, desencorajando alguma tentativa hostil de aquisição, explica a Bloomberg. Isto dá aos acionistas o direito de comprar ações adicionais da empresa com um desconto, diluindo, assim, a participação acionista da parte hostil — neste caso, de Elon Musk.

“O Plano de Direitos não impede que o Conselho [de Administração] se envolva com as partes ou aceite uma proposta de aquisição se acreditar que é do melhor interesse do Twitter e dos seus acionistas”, afirma a empresa esta sexta-feira, citada pela Bloomberg. Estes planos são comuns entre empresas sob o fogo de investidores ativistas ou em situações hostis de aquisição.

Esta quarta-feira, Elon Musk lançou uma OPA para adquirir 100% das ações do Twitter, dias depois de ter anunciado a aquisição de uma posição de 9,2% na empresa, tornando-se, assim, no maior acionista da empresa. O homem mais rico do mundo propôs pagar 54,20 dólares por cada título, em dinheiro, o que representa um prémio de 54% em relação preço das ações em 28 de janeiro.

Uma mensagem que acompanha a oferta lança alguma luz sobre as intenções do norte-americano. “Como indiquei no fim de semana, acredito que a companhia deve ser privada e passar por alterações que têm de ser feitas. Depois de pensar nisto nos últimos dias, decidi que quero adquirir a empresa e tirá-la da bolsa”, escreve Musk, referindo que o preço de 5,40 dólares por ação é a sua “melhor oferta”.

Na mensagem, Musk diz ainda que a OPA tem “um preço alto” e vaticina que “os acionistas vão amá-la”. “Se o negócio não funcionar, tendo em conta que eu não tenho confiança na gestão nem acredito que consiga conduzir às alterações necessárias [com a empresa] na bolsa, então terei de reconsiderar a minha posição como acionista”, remata.

Nesse mesmo dia, o Twitter reagiu, afirmando “ter recebido a oferta não solicitada e não vinculativa de Elon Musk” e adiantando que o Conselho de Administração iria “examinar com atenção a oferta para determinar a linha de conduta que considera melhor servir os interesses da empresa e de todos os acionistas“.

Musk diz-se um fundamentalista da liberdade de expressão. Já enquanto maior acionista do Twitter, o empreendedor promoveu uma sondagem na plataforma para aferir, em linhas gerais, se os utilizadores consideravam que o Twitter era favorável à liberdade de expressão. Outra das bandeiras do multimilionário é a proposta para que seja criado um botão que permita editar as mensagens depois de publicadas.

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Macron e Le Pen criticam salário do CEO da Stellantis

Português Carlos Tavares ia receber um salário de 19 milhões de euros, que foi entretanto chumbado pelos acionistas. Macron e Le Pen não poupam nas críticas.

Os acionistas da Stellantis rejeitaram esta quarta-feira o pacote salarial de 19 milhões de euros do CEO Carlos Tavares, assim como a remuneração de outros gestores. Durante a campanha para as eleições presidenciais, tanto Emmanuel Macron com Marine Le Pen não pouparam nas críticas, defendendo que a União Europeia (UE) deve impor um certo controlo nos salários pagos a gestores de topo.

Macron classificou o pacote salarial do português Carlos Tavares como “chocante e excessivo”, defendendo que a UE deve avançar com uma “luta” para garantir que os níveis salariais dos executivos não são abusivos, avança o Financial Times (conteúdo em inglês, acesso pago).

“Em algum momento, temos que estabelecer tetos e trazer uma estrutura de governança a nível europeu que torne as coisas aceitáveis, caso contrário, a certa altura, a sociedade explodirá”, disse o Presidente francês, em declarações à rádio Franceinfo. “As pessoas não podem estar a lutar com o alto custo de vida e ver esse tipo de quantias”.

A adversária, Marine Le Pen, afirmou o mesmo. “Claro que é chocante”, disse Le Pen, em declarações à BFM TV. “É ainda mais chocante quando são chefes de empresas que tiveram problemas. Isso acontece bastante”.

A Stellantis está sediada na Holanda, o que significa que o Governo francês tem pouca influência sobre as regras para a sua gestão, apesar de o banco de investimento estatal Bpifrance, o quarto maior acionista da fabricante de automóveis, ter votado contra o plano de pagamentos.

“A Stellantis recorda que, sob a liderança de Carlos Tavares, em menos de oito anos, o Groupe PSA passou de uma situação de quase falência a empresa líder do setor à escala mundial“, referiu a empresa, em comunicado, justificando os 19,1 milhões de euros propostos para o salário de Carlos Tavares.

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Do cabrito às amêndoas, a Páscoa vai ficar mais cara

Os produtos típicos consumidos na Páscoa não escapam à escalada de preços. Do cabrito ao bacalhau e até às amêndoas, os aumentos oscilam entre os 3,75% e os 15%. Supers apostam em promoções.

Este ano, a Páscoa volta a ser celebrada no habitual convívio alargado a toda a família, ainda que devam ser mantidas as regras adquiridas no âmbito da pandemia. Contudo, a pressão inflacionista que se faz sentir, agravada pela invasão russa à Ucrânia, está a refletir-se no preço dos produtos típicos consumidos nesta época festiva. Do cabrito ao borrego, passando pelo bacalhau e até às amêndoas, os aumentos oscilam entre os 3,75% e os 15% face ao ano passado. Para tentar mitigar os efeitos para o consumidor, as cadeias de supermercados apostam nas promoções.

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia veio juntar-se à subida de preços da energia e à seca, provocando uma escalada do custo de vários produtos. E o aumento dos preços está a chegar à carne utilizada em vários pratos típicos consumidos pelos portugueses nesta altura. “O preço do cabrito e do borrego, em relação ao ano anterior, tem aproximadamente um aumento de 10%”, sinaliza Marinela Lourenço, presidente da Associação dos Comerciantes de Carne do Concelho de Lisboa e Outros, em declarações ao ECO, acrescentando que os aumentos são ainda mais significativos noutros produtos consumidos no dia-a-dia dos portugueses como o frango, cujo preço disparou 60% face a igual período do ano anterior, bem como o novilho e o porco, que registam aumentos na ordem dos 30% a 35%, respetivamente.

Este cenário é igualmente traçado pela Elipec – Agrupamento de Produtores de Carne do Alentejo, que comercializa mais de 10 mil vacas, 14 mil ovelhas e cinco mil cabras de 120 produtores. “A carne mais consumida na Páscoa é a carne de cabrito e de borrego, que têm nesta época, e no Natal, o grande pico de procura”, começa por explicar fonte oficial da Elipec, adiantando que face à Páscoa do ano passado, o preço destas carnes “subiu cerca de 15%”.

Os rendimentos dos portugueses estão a ser fortemente afetados pelo disparo da inflação, que atingiu 5,32% em março. Ainda assim, este agrupamento de produtores descarta, para já, que a escala dos preços vá provocar diminuição da procura por parte dos consumidores, pelo que sinaliza que “irá vender às grandes superfícies o número de animais que sempre vendeu nesta época”. “A inflação existe, os preços serão superiores na prateleira do supermercado, mas não será tão mais caro que as pessoas deixem de comprar“, garante fonte oficial da Elipec, ao ECO.

Estes aumentos para o consumidor final foram implementados para mitigar a escalada de preços dos custos de produção, contudo, o agrupamento de produtores de carne do Alentejo sublinha que estas subidas “não cobrem o aumento muito grande nos custos dos fatores de produção”, nomeadamente no que toca às rações para os animais, dado que estas são feitas a partir de cereais “que Portugal importa maioritariamente da Ucrânia”. Entretanto, o Governo anunciou na segunda-feira um pacote com 18 medidas, tendo em vista mitigar o impacto do aumento dos preços, que inclui a redução temporária do IVA das rações.

Além do cabrito ou do borrego, o bacalhau é também um dos produtos mais consumidos pelos portugueses nesta época festiva. Por ano, “os portugueses comem cerca de 20% de todo o bacalhau que é pescado no mundo e consumem cerca de 7kg/per capita de bacalhau anualmente”, sendo que só o Natal representa 29% deste consumo, estimando-se que “só na noite da Consoada sejam consumidas entre 4 mil e 5 mil toneladas de bacalhau”, sinaliza Johnny Thomassen, diretor para Portugal do Conselho Norueguês dos Produtos do Mar (NSC), uma organização que agrega os países exportadores de peixe da Noruega, incluído o bacalhau da Noruega, acrescentando que “o segundo pico de consumo regista-se na Páscoa”.

E se já no final do ano passado houve um aumento entre 15% a 20% no preço de venda do bacalhau, refletindo a escalada dos custos industriais, as perspetivas para este ano apontam para um agravamento. “Se tudo o resto aumenta, o bacalhau não consegue ser uma exceção. O aumento dos custos de produção e de transporte, sobretudo devido ao acréscimo do preço dos combustíveis utilizado pelos barcos de pesca e pelos meios de logística e transporte, tornam o aumento inevitável”, sintetiza Johnny Thomassen, em declarações ao ECO, não adiantando, no entanto, estimativas concretas para este aumento.

A escalada do preço do bacalhau é também um dos exemplos dados pelo grupo DIA, dono dos supermercados Minipreço, que sublinha que este é “um exemplo de um artigo com elevado índice de consumo”, cujo preço tem vindo a aumentar nos últimos meses, pelo que sinaliza que “o aumento que hoje se verifica já é uma consequência de uma conjuntura que afetou este artigo em especial”, explica Helena Guedes, diretora comercial da DIA Portugal ao ECO. Neste contexto, o diretor para Portugal do NSC antecipa que a escalada de preços do bacalhau possa levar a “uma ligeira descida das vendas comparativamente a anos anteriores”, estimando que a queda de vendas nesta Páscoa do bacalhau da Noruega se situe “entre os entre 5 e 10%”, sobretudo pela “diminuição das promoções de bacalhau”.

Além do típico cabrito, borrego, leitão ou bacalhau, a Páscoa é também sinónimo de maior consumo de doces, como os folares, os ovos de chocolate e as amêndoas e a escala de preços também aqui já se faz sentir. Ao ECO, Francisco Bastos, administrador da Arcádia, admite que a empresa foi forçada “repercutir uma parte deste aumento de custos no preço final do consumidor”, exemplificando que os preços das amêndoas vendidos pela Arcádia “aumentaram em média 5%”, ao passo que “os produtos de chocolate cerca de 3,5%”, face ao preço praticado na Páscoa de 2021.

Francisco Bastos explica que estes aumentos foram reflexo da escalada “dos custos de transporte e o aumento do custo da mão-de-obra”, bem como das matérias-primas, dado que o miolo de amêndoa, açúcar e chocolate sofreram aumentos de cerca de 13%, 18% e 17%, respetivamente. No entanto, o administrador da Arcádia assegura que a empresa está otimista uma vez que “nos últimos dois anos esta será a primeira Páscoa que se poderá celebrar com menos restrições relativamente à pandemia”. Nesse sentido, e apesar dos aumentos dos preços, a Arcádia espera um aumento das vendas face aos anos anteriores.

Supermercados apostam nas promoções e no take away

Os supermercados ouvidos pelo ECO admitem que “a escalada dos preços das matérias-primas e dos custos energéticos está a colocar uma maior pressão sobre os preços finais praticados”, mas asseguram que estão a trabalhar para minimizar o impacto para o cliente final. Por isso, e como é habitual nesta altura, para esta Páscoa os retalhistas estão a reforçar as ações promocionais dirigidas a produtos mais consumidos nesta época festiva.

É o caso do Continente que tem desde 8 de março até domingo, 17 de abril, a decorrer a “Feira da Páscoa do Continente”, sendo que “40% da oferta corresponde a produtos de doçaria”, explica fonte oficial da Sonae MC, ao ECO. Entre as promoções, a marca da empresa liderada por Cláudia Azevedo destaca 11 variedades de folares, cujos preços oscilam entre entre 1,99 euros e 6,79 euros, os “os tradicionais ninhos da Páscoa” que estão disponíveis em três sabores diferentes e custam 7,50 euros cada, bem como oito variedades distintas do pão de ló do Continente.

Além disso, os supermercados Continente tiveram ainda um serviço de encomendas especiais para a Páscoa, cujas encomendas terminaram no domingo, bem como um “menu completo para 6 pessoas — que inclui entrada, prato de peixe, prato de carne e sobremesa” –, por cerca 11,99 por pessoa.

À semelhança do Continente, também o Lidl aposta na doçaria, bem como em algumas entradas e pratos típicos. “Dada a aproximação da época, as gamas Deluxe e Favorina já se encontram disponíveis em todas as nossas lojas, através de uma oferta completa, com mais de 240 produtos”, adianta fonte oficial do Lidl, explicando que a gama Favorina abrange 60 produtos que vão desde “desde chocolates, amêndoas e outros doces“, ao passo que a gama Deluxe abrange 140 produtos “desde entradas, pratos principais a sobremesa”, como é o caso do Salmão em Massa Folhada ou do borrego. Apesar de não adiantar valores relativos ao volume de negócios, a cadeia de supermercados de origem alemã assegura que a procura destas duas gamas por parte dos clientes “mantém-se semelhante ao ano passado”, pelo que espera que “o consumo dos portugueses para esta Páscoa esteja alinhado com o mesmo período festivo do ano anterior”.

Também o grupo DIA afirma que vai seguir “a mesma dinâmica promocional de 2021”, mantendo, por isso, as promoções habituais neste altura. Assim para esta época, estas ações promocionais vão incidir “nos doces típicos mais consumidos neste período, como sejam os chocolates e outras doçarias” e prolongam-se “até ao final de abril”, aponta a diretora de marketing do grupo que detém as lojas Minipreço, ao ECO. Além disso, a cadeia espanhola vai também apostar no serviço take away, sendo que vai ter “pela primeira vez nesta Páscoa, uma oferta de leitão assado”, dado que este é um produto “muito procurado e consumido em algumas regiões do país”.

Também os supermercados Pingo Doce apostaram em “promoções específicas dos produtos desta época festiva”, bem como numa “ementa especial de Páscoa” criada pela equipa de chefs e cozinheiros, que inclui entradas, pratos e sobremesa, e cujas encomendas terminaram na sexta-feira. Entre as novidades para este ano constava “o creme de cebola caramelizada enriquecida com cubos de queijo de cabra, a vitela estufada com amêndoa torrada ou o cheesecake de chocolate branco e maracujá”, segundo explicou fonte oficial da Jerónimo Martins, ao ECO.

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Emissões poluentes em Portugal baixam 10% em 2020

  • Lusa
  • 15 Abril 2022

Os "58 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente" emitidos em 2020 representam uma redução de 9,5% face a 2019, diz a associação ZERO.

As emissões poluentes em Portugal baixaram 10% em 2020 face ao ano anterior, adiantou a associação ambientalista ZERO, que admite os efeitos da pandemia no resultado positivo, mas defende serem também efeito de medidas estruturantes que quer ver alargadas.

Em comunicado, a ZERO refere que os “58 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente” emitidos em 2020 representam uma redução de cerca de 10% (9,5%) em relação a 2019, de 32,9% em relação a 2005, e de 1,6% em relação a 1990, definido como ano base do Protocolo de Quioto e do Acordo de Paris.

“O valor total das emissões considerando a componente florestas totalizou 51 milhões de toneladas de CO2 equivalente (CO2e), o que representa uma redução de 8,9% face ao ano anterior, uma redução de 32,9% face a 2005 e uma diminuição de 15% face a 2019, sendo o valor mais baixo de emissões líquidas de Portugal desde 1990”, adianta o comunicado.

A ZERO destaca ainda a variação “muito positiva” em termos setoriais, sendo a agricultura a exceção, o único setor com aumento de emissões em 2020 face a 2019.

“O setor das florestas tem apresentado uma grande variabilidade em Portugal. As florestas atuam habitualmente como sumidouro, retirando carbono da atmosfera como aconteceu em 2020, num valor de quase 7 milhões de toneladas de CO2 e, por contraste com o ano de 2017, onde os incêndios conduziram a floresta a atuar de forma substancial como emissor líquido. Estamos, porém, ainda longe do objetivo de sequestro de carbono entre 11 e 13 milhões de toneladas por ano a atingir num cenário de neutralidade climática”, lê-se no comunicado.

Para a ZERO, “é evidente que esta enorme redução dos níveis de emissão foi um reflexo da significativa diminuição de atividade induzida pelas medidas de prevenção e emergência no âmbito da resposta nacional à pandemia”.

“Porém, a tendência de redução desde 2017, incluindo a retirada de produção das centrais térmicas a carvão fortemente poluidoras que começou a ter lugar no ano de 2020 e os investimentos em renováveis podem assegurar uma tendência de redução ao longo dos próximos anos”, defende a associação ambientalista.

A ZERO considera “absolutamente decisivas” nos próximos anos as medidas no setor dos transportes e da eficiência energética dos edifícios para “Portugal conseguir antecipar a neutralidade climática e assegurar uma maior independência energética em linha com a resposta à crise pandémica e às consequências da guerra na Ucrânia”.

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BE acusa Governo de impor “quebra” de salários ao recusar atualizar à inflação

  • Lusa
  • 15 Abril 2022

"Quando o Governo se recusa a atualizar os salários à inflação o que está a dizer é que vamos ter uma quebra real dos salários em Portugal", disse Catarina Martins.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, acusou esta sexta-feira o Governo de “impor uma quebra real dos salários” em Portugal ao recusar atualizá-los à taxa de inflação.

“Quando o Governo se recusa a atualizar os salários à inflação o que está a dizer é que vamos ter uma quebra real dos salários em Portugal e que quer controlar o ciclo da inflação, não pelo controlo dos preços especulativos que estão a criar este ciclo de inflação, mas sim pela quebra dos rendimentos do trabalho”, afirmou a bloquista, no Porto, à margem da apresentação do Desobedoc 2022 – Mostra de Cinema Insubmisso.

Para Catarina Martins são, uma vez mais, os trabalhadores a pagar uma crise que não provocaram. O ciclo da inflação não tem nada a ver com os salários, mas sim com os combustíveis, referiu. E, acrescentou, a única forma de o travar é controlar preços e limitar margens, porque “há quem esteja a ganhar muito com este ciclo de inflação e com a especulação que faz dos preços”.

“Atualizar os salários, pelo contrário, não tem nenhum problema do ponto de vista da inflação porque nem sequer aumenta a procura, é só prevenir que os salários não percam poder de compra”, sustentou.

O ministro das Finanças entregou na quarta-feira no Parlamento a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) que mantém a economia numa rota de recuperação, ao mesmo tempo que procura mitigar os impactos da escalada de preços devido à guerra na Ucrânia. A proposta de OE2022 vai ser debatida na generalidade na Assembleia da República a 28 e 29 de abril, estando a votação final global marcada para 27 de maio.

Questionada ainda sobre uma notícia do Público desta sexta-feira, a dar conta que o ex-ministro da Finanças João Leão vai gerir um projeto no Iscte – Instituto Universitário de Lisboa financiado pelo Orçamento do Estado que ajudou a preparar, Catarina Martins recusou fazer comentários. “Sobre essa matéria não tenho qualquer comentário a fazer”, disse.

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Governo prevê aumento de 8.100 funcionários públicos este ano

  • ECO
  • 15 Abril 2022

É uma subida de 1,1% que, embora represente um abrandamento, significa um novo máximo de pessoal desde 2011.

O Governo prevê contratar mais 8.100 funcionários públicos este ano, um aumento de 1,1% face ao final do ano passado, avança o Dinheiro Vivo. Apesar disso, este crescimento é o mais baixo desde 2017. Ainda assim, haverá um novo máximo de trabalhadores do Estado: mais de 740 mil.

De acordo com o Relatório da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), apresentado esta semana, O Governo espera ter um total de 741.600 funcionários públicos até ao final do ano, contra os 733.495 que estavam registados no último trimestre de 2021. É uma subida de 1,1% que, embora represente um abrandamento, significa um novo máximo de pessoal desde 2011. Haverá mais 1,9% de funcionários públicos do que em 2011.

O relatório detalha ainda as áreas que serão reforçadas: escolas, Serviço Nacional de Saúde e Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) receberão o maior número de trabalhadores. O processo de descentralização de competências do Estado também deverá levar a reforços de pessoal na Administração Local, que no ano passado foi responsável por 27% do aumento de pessoal nas administrações públicas.

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