Há assistentes operacionais que ficam de fora do aumento extra, alerta Frente Comum

O Governo apenas abrange a categoria de assistente operacional no salto complementar, deixando de fora outros trabalhadores da carreira. Sebastião Santana acusa o Governo de recuar.

assistentes operacionais que não vão ser abrangidos pelo salto nas posições remuneratórias, de duas posições para os que têm mais de 30 anos de serviço e uma para dos que têm mais de 15 anos, denuncia a Frente Comum. Em causa está o facto de o aumento apenas abranger a categoria de assistente operacional, deixando de fora os encarregados operacionais e gerais. Entre os assistentes técnicos, também são excluídos os coordenadores técnicos.

“Deste encontro sai mais do mesmo: o Governo senta-se à mesa e a evolução afinal foi um recuo”, começa por dizer Sebastião Santana à saída da reunião com a equipa do Ministério da Presidência. Isto já que o Executivo “continua a insistir que a solução é mexer em duas categorias de duas carreiras”, deixando de fora encarregados operacionais e coordenadores técnicos.

No caso dos assistentes operacionais, o Governo propôs subidas faseadas consoante a antiguidade, começando em 2023 para aqueles com 35 ou mais anos de serviço, que vão subir duas posições remuneratórias. Já em 2024, a subida de dois níveis ocorre para os profissionais entre 30 e 34 anos. A isto acresce o aumento já previsto para todos de, pelo menos, 52 euros, o que leva a uma subida salarial de pelo menos 156 euros para os assistentes operacionais com mais anos de serviço.

Segue-se em 2025 a subida de uma posição remuneratória para os assistentes operacionais que têm entre 22 e 29 anos de serviço, e em 2026 os que têm 15 a 21 anos de serviço sobem uma posição. Estarão abrangidos por esta medida um total de 115 mil trabalhadores.

No entanto, nestas apenas está abrangida a categoria de assistente operacional, deixando de fora os encarregados operacionais e encarregados operacionais gerais. Nesta posição estão na sua maioria trabalhadores mais velhos, como sinaliza a Frente Comum, e inclui por exemplo funcionários das autarquias, das oficinas de manutenção mecânica e auxiliares de ação médica.

O mesmo acontece para os técnicos superiores, onde apenas é abrangida a categoria e não a carreira, deixando de fora os coordenadores técnicos. Estes trabalhadores apenas vão ter o aumento de pelo menos 52 euros previsto para os funcionários públicos das carreiras gerais.

Sebastião Santana diz assim que a proposta é uma “mão cheia de coisa nenhuma”, criticando também o facto da valorização da antiguidade apenas abranger os que têm mais de 35 anos de serviço no próximo ano, quando a proposta inicial se focava naqueles com mais de 30 anos (que apenas vão ter o aumento adicional em 2024).

O dirigente sindical classifica a proposta manifestamente insuficiente, referindo também que os trabalhadores que terão um aumento de em média 3,6% vão ter “aumento insuficiente e ridículo face à inflação que temos”.

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Enfermeiros garantem contagem de todo o tempo para efeitos de progressão

  • Lusa
  • 9 Novembro 2022

O Sindicato dos Enfermeiros destacou que o acordo alcançado com o Governo sobre a progressão nas carreiras permite "valorizações salariais que acompanham a taxa de inflação", entre os 10% e os 15%.

Os dois primeiros sindicatos de enfermeiros a reunirem-se esta quarta-feira com o Ministério da Saúde saíram satisfeitos com o acordo conseguido, sobre contagem de todo o tempo de serviço para efeitos de progressão de carreira, seja qual for o vínculo.

Em declarações à agência Lusa, tanto o Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE) como o Sindicato dos Enfermeiros (SE) consideraram os resultados das reuniões desta quarta-feira como “um primeiro passo”.

Emanuel Boieiro, presidente do SNE, disse que o dia de hoje foi positivo para os enfermeiros, explicando que “houve uma aproximação do Governo” e que “algumas das situações foram respondidas”.

“Claro que nem todas as propostas foram consideradas. A retroatividade a 1 de janeiro de 2018 não foi possível, só chegaram até 1 de janeiro de 2022, mas de qualquer maneira vai ser pago, garantidamente este ano, pelo menos foi essa a informação que nos foi transmitida”, afirmou.

O responsável disse ainda que “a questão das injustiças relacionadas com as categorias de enfermeiro especialista, enfermeiro gestor e a questão da progressão também [será respondida], pois os pontos remanescentes vão ser considerados em progressões futuras”.

O presidente do SNE ressalvou que “nem tudo ficou resolvido” e que o sindicato já está “a trabalhar no futuro e na revisão da carreira e da tabela salarial”.

“Se nós queremos captar, atrair e reter os melhores no Serviço Nacional de Saúde, neste caso os melhores enfermeiros, aqueles que são mais qualificados, aqueles que mais apostam na sua profissão,(…) e evitar a saída deles para o setor privado e para a emigração, tem de haver claramente uma revisão da carreira e da tabela salarial, porque as coisas não podem continuar como estão”, insistiu.

Questionado sobre o que o acordo desta quarta-feira sobre progressão nas carreiras representa em termos de acréscimo salarial para os enfermeiros, o dirigente sindical explicou que se trata de “valorizações salariais que acompanham a taxa de inflação”, entre os 10% e os 15%.

“Houve aqui uma correção dessa injustiça, nomeadamente para os colegas que têm contrato individual de trabalho, que não tinham regras iguais aos que tinham contrato de trabalho em funções públicas”, acrescentou.

Também Pedro Costa, presidente do SE, disse à Lusa que a reunião desta quarta-feira foi “um marco importante” no avanço que se pretendia para “garantir a valorização a todos os profissionais”.

Com as garantias conseguidas esta quarta-feira, o Sindicato dos Enfermeiros saúda o facto de a contagem do tempo em sede de avaliação de desempenho para efeitos de progressão remuneratória passar a ser aplicada a todos os enfermeiros, independentemente do vínculo e de anteriores alterações de categoria profissional.

“Não vamos ter mais uma desvalorização dos mais qualificados, ou com maior diferenciação técnica. Efetivamente, o Governo vai fazer um esforço de mais de 70 milhões de euros para que essa diferenciação seja valorizada e que os enfermeiros não percam a questão dos pontos quando transitam para uma categoria superior”, explicou Pedro Costa.

“Ainda há muito pela frente para fazer. Percebemos que há muito a fazer, mas não se podia avançar com mais nada senão se valorizasse toda a gente. Com a negociação conseguimos que estes cerca de 72 milhões sejam pagos até final deste ano. Vai ser esforço adicional, pago de uma vez”, disse o dirigente sindical.

Segundo Pedro Costa, o ministro da Saúde garantiu que a avaliação de desempenho vai ser contabilizada por inteiro, para todos os enfermeiros, com contratos individuais de trabalho, ou com contratos de trabalho em funções públicas.

O dirigente sindical deu o exemplo de enfermeiros com mais de 20 anos de profissão que nunca progrediram e sublinhou que, este acordo, vai permitir que estes enfermeiros “possam subir escalões, uns 200 euros e outros 400 euros”.

“Assim começa a haver uma diferenciação de enfermeiros com 20 anos [para] que não ganhem o mesmo que enfermeiros que iniciam funções hoje. A valorização só acontece se houver diferenciação”, frisou Pedro Costa.

“Numa altura em (…) que há uma escassez muito intensa no SNS a nível de recursos humanos, (…) que já acontece em áreas metropolitanas como Lisboa, onde há uma oferta muito grande a nível de privados, (…) temos de ter profissionais motivados e, para isso, temos de os valorizar”, disse.

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Greve na Autoeuropa avança na próxima semana. Operários exigem aumentos

Comissão de Trabalhadores está mandatada para greve de duas horas por turno na próxima semana mas ainda vai tentar voltar à mesa das negociações com a administração da fábrica do grupo VW.

A Autoeuropa prepara-se para a segunda greve da sua história. Os operários da fábrica do grupo Volkswagen em Portugal mandataram a Comissão de Trabalhadores para marcar paralisações parciais na quinta e sexta-feira da próxima semana. A decisão foi tomada nos plenários dos últimos dois dias. Os funcionários exigem aumentos salariais extraordinários.

Tendo em conta a “intransigência por parte da direção da Autoeuropa”, a Comissão de Trabalhadores propõe greves de duas horas por turno, que inclui “todos os trabalhadores que estejam a laborar em outros turnos:

  • 17 de novembro – entre as 15h20 e as 17h20
  • 18 de novembro – entre as 23h40 e 1h40
  • 18 de novembro – entre as 7 horas e as 9 horas
  • 18 de novembro – entre as 15h20 e as 17h20

Além do pré-aviso de greve, foi aprovada uma moção que mandata a comissão de trabalhadores a “voltar à mesa das negociações e fechar um aumento salarial que reponha o poder de compra dos trabalhadores”. A intenção é fechar o acordo “até ao final de novembro”.

Administração e trabalhadores estão em sentidos diferentes na luta contra a inflação: a direção da fábrica, liderada por Thomas Hegel Gunther, quer pagar bónus únicos de 400 euros. Os operários defendem antecipação de aumentos de 5% com efeitos retroativos a julho e uma nova atualização dos salários em janeiro de 2023, que conjugue os dados da inflação e o acordo laboral, assinado no início de abril. Assim, se a taxa de inflação em 2022 for de 8%, os trabalhadores querem uma atualização no início do ano de 2% relativos ao acordo e mais 1% que reflete a inflação.

O pré-aviso de greve surge numa altura em que a Autoeuropa está a produzir um único modelo, o SUV T-Roc, e se prepara para registar o segundo melhor ano de produção de sempre. Em 2022, a fábrica de Palmela poderá fabricar mais de 230 mil unidades, segundo a Comissão de Trabalhadores. “Todos os trabalhadores são os grandes obreiros desses resultados e como tal merecem ser reconhecidos”, sinalizam os representantes dos 5.100 operários.

Em 2021, a Autoeuropa representou 1,5% do PIB português e contribuiu com 5% das exportações nacionais. É a maior fábrica de automóveis em Portugal.

(Notícia atualizada às 12h56 com mais informação)

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Bruxelas quer ajustamento orçamental à medida dos países e sanções mais pesadas

A Comissão Europeia defende um regime sancionatório mais pesado para países que não cumpram regras orçamentais, onde se inclui a suspensão do pagamento de fundos da União Europeia.

A Comissão Europeia apresentou esta quarta-feira as orientações para a revisão das regras orçamentais da União Europeia. A correção dos desequilíbrios das contas públicas vai assentar num plano a quatro anos, cuja vigilância será feita com base num indicador único de despesa primária. Bruxelas quer também um regime sancionário reforçado.

A pedra angular no novo quadro de governação económica da União Europeia proposto pela Comissão serão os planos estruturais orçamentais de médio prazo, que reúnem a política fiscal, de reformas e os compromissos de investimento de cada Estado-membro. As novas diretrizes sobre a governação económica da UE assentam também numa maior responsabilização dos Estados no processo de correção de desequilíbrios.

Os limites de 3% do PIB para o défice e de 60% para a dívida pública acordados no Tratado de Maastricht mantém-se inalterados. O Comissário da Economia, Paolo Gentiloni sublinhou na conferência de imprensa que a proposta da Comissão é “inspirada” por aquele tratado e que o objetivo é “pôr o crescimento e a estabilidade orçamental no mesmo nível, com resultados nas duas dimensões”.

A Comissão indicará recomendações específicas por país, que serão conhecidas no âmbito do Semestre Europeu e servirão de referência para o ajustamento. Caberá aos Estados-membros propor um plano de médio prazo, a quatro anos, com metas orçamentais, bem como os investimentos públicos prioritários e as reformas que, em conjunto, permitirão uma redução gradual e sustentada da dívida, mantendo “um crescimento inclusivo”.

Os orçamentos anuais terão de cumprir a trajetória acordada, garantindo que a dívida começará a convergir para níveis prudentes dentro do horizonte do plano. Os Estados-membros poderão solicitar períodos de ajustamento mais longos, justificados pela aplicação de reformas ou a realização de investimentos. O plano e as metas orçamentais terão de ser aprovadas pelo Conselho Europeu, após parecer positivo da Comissão.

O acompanhamento do plano pela Comissão será mais flexível e baseado nos riscos específicos de cada Estado, adaptando o ritmo de correção do endividamento excessivo aos níveis de dívida pública de forma a evitar uma consolidação orçamental agressiva logo no início do plano que ponha em causa o crescimento e tenha um efeito pró-cíclico.

A Comissão Europeia defende também uma revisão do Procedimento por Desequilíbrios Macroecómicos, com o objetivo de identificar mais cedo potenciais riscos, prevenir a emergência de desequilíbrios graves e corrigir os existentes. As políticas consideradas necessárias seriam incluídas no plano de médio prazo.

O acompanhamento do plano pela Comissão será mais flexível e baseado nos riscos específicos de cada Estado, adaptando o ritmo de correção do endividamento excessivo aos níveis de dívida pública de forma a evitar uma consolidação orçamental agressiva logo no início do plano que ponha em causa o crescimento e tenha um efeito pró-cíclico.

A necessidade de manter défices abaixo de 3% do PIB mantém-se, no entanto. Mas a proposta deixa cair a regra de que o rácio da dívida pública tem de baixar em 1/20 por ano, que Gentiloni considerou “irrealista”. A prioridade passa a ser uma redução “gradual e realista”.

A alteração representa uma mudança face ao acelerado ajustamento imposto durante a crise da dívida soberana e que empurrou países como Portugal para uma grave recessão. O comissário da Economia considerou que o desempenho da economia não esteve “ligado diretamente às regras”, mas concedeu que elas restringiram a capacidade de investimento público do bloco após a crise financeira.

A Comissão propõe também que seja usado um único indicador operacional, ancorado na sustentabilidade da dívida, que serviria de base para definir a trajetória de ajuste orçamental e realizar a supervisão anual, o que permitirá “simplificar significativamente o quadro fiscal e aumentar a transparência”.

O indicador proposto é a despesa pública primária, excluindo medidas de receita extraordinárias, despesas com juros e despesas cíclicas com apoios a desemprego, que terá de garantir uma trajetória de sustentabilidade da dívida. Este “indicador de vigilância único”, permitiria o funcionamento de estabilizadores automáticos, incluindo flutuações de receitas e despesas fora do controle direto do governo”, sustenta a Comissão.

Os governos terão de entregar relatórios anuais a dar conta do progresso realizado. O Executivo da UE quer também um enquadramento sancionatório mais robusto. “Estamos também a implementar instrumentos de aplicação da UE mais rigorosos para garantir a sua execução. O Procedimento de Défice Excessivo (PDE) seria mantido, enquanto o PDE baseado na dívida seria reforçado. Seria ativado quando um Estado-membro com uma dívida superior a 60% do PIB se desviasse da trajetória de despesas acordada”, explica a Comissão no comunicado divulgado esta quarta-feira.

“O uso de sanções financeiras seria mais eficaz com um corte maior nos valores. Também haveria sanções reputacionais mais fortes”, sustenta Bruxelas. Na prática, a Comissão quer aplicar o mesmo espírito da condicionalidade macroeconómica que existe para os fundos estruturais e para o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, permitindo que o financiamento da UE seja suspenso quando os Estados-membros não tenham adotado medidas eficazes para corrigir o défice excessivo.

“O uso de sanções financeiras seria mais eficaz com um corte maior nos valores. Também haveria sanções reputacionais mais fortes”, sustenta Bruxelas. Na prática, a Comissão quer aplicar o mesmo espírito da condicionalidade macroeconómica que existe para os fundos estruturais e para o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, permitindo que o financiamento da UE seja suspenso quando os Estados-membros não tenham adotado medidas eficazes para corrigir o défice excessivo.

É ainda proposta a criação de um novo instrumento para garantir a implementação dos compromissos de reformas e investimento com vista a acelerar o crescimento e melhorar a dinâmica de redução da dívida. Caso estes compromissos não sejam respeitados, a Comissão defende a possibilidade de o plano de ajustamento do Estado-membro ser revisto no sentido de o tornar mais exigente.

“As orientações procuram assegurar que o quadro seja mais simples, mais transparente e eficaz, com maior apropriação nacional e melhor aplicação, ao mesmo tempo que permite a reforma e o investimento e reduz os elevados rácios da dívida pública de forma realista, gradual e sustentada”, afirma o Executivo da UE no comunicado. “O quadro reformado deve ajudar a construir a economia verde, digital e resiliente do futuro, garantindo ao mesmo tempo a sustentabilidade das finanças públicas”, acrescenta.

A proposta agora apresentada terá de ser aprovada pelos Estados-membros, que a Comissão quer que aconteça antes dos procedimentos orçamentais para 2024. A adoção das novas regras obrigará à aprovação de nova legislação comunitária.

(notícia atualizada às 13h00)

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Assembleia Municipal de Caminha discute caso que envolve secretário de Estado de Costa

  • Lusa
  • 9 Novembro 2022

Assembleia Municipal de Caminha vai discutir o contrato para construção do pavilhão multiúsos que envolve o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves.

A Assembleia Municipal de Caminha reúne, a 17 deste mês, para discutir o contrato para construção do pavilhão multiúsos que o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, celebrou enquanto presidente da Câmara, foi esta quarta-feira divulgado.

Segundo fonte camarária contactada pela agência Lusa, a sessão extraordinária do órgão deliberativo daquele concelho do distrito de Viana do Castelo foi requerida pela coligação “O Concelho em Primeiro” (PSD/CDS-PP/Aliança/PPM).

Em causa está um contrato-promessa de arrendamento para fins não habitacionais, aprovado em 2020, que previa a construção de um Centro de Exposições Transfronteiriço (CET) na quinta do Corgo, em Vilarelho. Mas o projeto foi inviabilizado pelos herdeiros dos terrenos que recorreram aos tribunais por não concordarem com o valor de venda proposto.

De acordo com aquele contrato, quando o CET estivesse construído e a câmara outorgasse a licença de utilização, a autarquia comprometia-se a arrendar o espaço, durante 25 anos. Findo aquele prazo, o município podia exercer o poder de preferência de aquisição.

O acordo previa que os 300 mil euros avançados pelo executivo municipal, então liderado por Miguel Alves, ficavam por conta das rendas do 25.º ano.

No início deste mês, em reunião camarária, o atual presidente da Câmara, Rui Lages, adiantou que o promotor mantém o interesse na construção do CET e de um Centro de Ciência e Tecnologia, agora na zona empresarial de Vilar de Mouros e Argela, onde “procedeu à aquisição de 33 terrenos na zona empresarial de Vilar de Mouros e Argela, perfazendo, neste momento, 103.411.25 metros quadrados de área”.

Segundo Rui Lages, o promotor “colocou à disposição da Câmara Municipal a outorga de garantia de boa execução do contrato, mediante prestação de seguro-caução ou garantia autónoma à primeira solicitação iguais ao valor do adiantamento e/ou hipoteca a ser realizada sobre aqueles terrenos”.

O autarca adiantou que “o promotor já deu entrada na autarquia com um Pedido de Informação Prévia (PIP) para aferir da possibilidade de construção dos equipamentos naquela localização situada entre a Argela e Vilar de Mouros, onde o Plano Diretor Municipal (PDM) prevê uma zona industrial”.

Segundo Rui Lages, “neste momento, já foi feita uma avaliação preliminar”, tendo o documento sido remetido para “colher pareceres junto das entidades que têm tutela sobre o território”.

Miguel Alves está a ser investigado pelo Ministério Público por aquele contrato-promessa que celebrou quando era presidente da Câmara de Caminha. PSD e Chega já entregaram pedidos de audição urgente do governante no parlamento.

No domingo, em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF, Miguel Alves mostrou-se seguro da legalidade do processo e explicou o porquê de não se ter pronunciado antes publicamente sobre esta polémica. “E a minha primeira pronúncia não foi aqui, foi junto da PGR, através de carta, onde juntei a minha disponibilidade para prestar o meu esclarecimento a qualquer momento sobre o inquérito que foi aberto a propósito desta situação”, explicou o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro. Mais, referiu o governante: “Agora, estou aqui para que todos possam compreender a minha opção, uma opção legal, transparente e que defende o interesse público em Caminha e, também, no país”.

Em 31 de outubro, em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro afirmou manter a confiança política em Miguel Alves.

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Lojas com História vão ter medidas de discriminação positiva

Mapa do Comércio, Serviços e Restauração vai estar em pleno funcionamento em 2023. Base de dados será alimentada por informação detida pelas entidades públicas competentes.

O Governo vai desenvolver novas medidas destinadas a promover as Lojas com História, designadamente “através de ações promocionais, bem como de discriminação positiva destes estabelecimentos em medidas de âmbito mais alargado”, avançou ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia.

Na nota explicativa da proposta de Orçamento do Estado para 2023, publicada em antecipação da ida de António Costa Silva esta quarta-feira ao Parlamento, o ministro da Economia escreve que, “após ter sido “dinamizado, com sucesso, o Programa Comércio com História, o Governo irá agora desenvolver novas medidas destinadas a promover estes estabelecimentos e o inventário nacional, quer através de ações de divulgação, quer por intermédio de discriminações positivas que melhor correspondam ao objetivo de preservar e projetar estes operadores“.

“As medidas no âmbito das Lojas com História visam salvaguardar e fortalecer os estabelecimentos com história, que constituem um marco relevante do património cultural e imaterial do nosso país”, recorda ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia, sublinhando que as medidas estão a ser delineadas “no contexto da definição de uma Agenda para a Competitividade do Comércio”, tal como foi assumido no Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade, assinado no início e outubro.

O conjunto das Lojas com História — que recebem essa classificação após reconhecimento pelos respetivos municípios de serem estabelecimentos de interesse histórico e cultural ou social – está agregado numa plataforma de informação que pode ser consultada através desta ligação. “Constitui um elemento agregador de conhecimento e divulgação do comércio com história a nível nacional e um instrumento de suporte ao desenvolvimento de políticas públicas de preservação e de promoção das lojas com história, modernizando o respetivo enquadramento”, explica fonte oficial.

Em 2017 foi aprovado o Regime de Reconhecimento e Proteção de Estabelecimentos e Entidades de Interesse Histórico com o objetivo de proteger as lojas da liberalização das rendas e estabeleceu que os contratos têm proteção legal por cinco ou dez anos dependendo do regime de arrendamento em que se encontram. As Lojas com História estão isentas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e as despesas de conservação e manutenção são consideradas a 110% no apuramento do lucro tributável.

Outro exemplo de discriminação positiva é protegê-las contra o risco de despejo, sobretudo num contexto de aumento exponencial das rendas. O Parlamento já discutiu a 20 de outubro o projeto de lei apresentado pelo Partido Socialista para garantir a manutenção da proteção das lojas com história que tenham transitado para o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU) até 31 de dezembro de 2027, isto porque era necessário proteger estes estabelecimentos contra despejos por mais cinco anos, porque a norma em vigor não foi prorrogada no OE 2022.

Presentemente, há 345 lojas com história, que variam desde 99 restaurantes, 22 ourivesarias e duas floristas.

Veja alguns exemplos:

Mapa do Comércio, Serviços e Restauração concluído em 2023

Ao nível do comércio, o Executivo tem também inscrito na proposta de OE2023 a conclusão no próximo ano do Mapa do Comércio, Serviços e Restauração. “Uma medida importante para a caracterização e acompanhamento do setor, enquanto instrumento de apoio à definição de políticas públicas e à tomada de decisões de investimento pelos operadores económicos” e que é, há muito, reclamada pelas estruturas associativas representativas destes setores de atividade.

Este mapa consiste numa base de dados georreferenciada, disponível online, com informação sobre os estabelecimentos comerciais e de serviços existentes no território nacional. O Governo quer que esteja “em pleno funcionamento em 2023, através da integral interconexão com as diversas entidades públicas detentoras de informação nesta matéria”.

Não se pretendendo onerar os operadores económicos com a obrigação de registos dos seus estabelecimentos, esta base de dados será alimentada por informação detida pelas entidades públicas competentes designadamente pelo Instituto dos Registos e do Notariado e da Autoridade Tributária e Aduaneira”, explica ao ECO fonte oficial do gabinete de António costa Silva.

“Estão em curso o desenvolvimento da plataforma que alojará o Mapa, bem como os procedimentos necessários para a obtenção da informação que o alimentará”, acrescenta a mesma fonte.

O Mapa do Comércio, Serviços e Restauração permitirá também “à Administração Pública monitorizar, avaliar e definir políticas públicas para o setor do comércio e serviços e, simultaneamente, aos empresários, avaliar e identificar oportunidades de negócio”, conclui fonte oficial.

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Cruz Vilaça Advogados estabelece acordo com escritório brasileiro

A Cruz Vilaça Advogados celebrou um acordo de colaboração com o escritório brasileiro Carneiros e Dipp. Mariana Tavares será a advogada que ficará à frente do projeto na CVA.

A Cruz Vilaça Advogados (CVA) celebrou um acordo de colaboração com o escritório brasileiro Carneiros e Dipp. O objetivo é disponibilizar aos clientes um serviço jurídico nas mais variadas áreas do direto nas respetivas jurisdições – Brasil, Portugal/União Europeia. Mariana Tavares será a advogada que ficará à frente do projeto na CVA.

O sucesso desta parceria passa pela definição de um método. Este visa o intercâmbio entre os nossos profissionais e a articulação entre os clientes, assim como entre entidades de interesse para temas relevantes para ambos os países, sempre tendo em vista princípios de leal cooperação, interesse mútuo, e ética que nos regem”, notou José Luís Cruz Vilaça.

Segundo o comunicado o escritório, esta colaboração será ampla, abrangente e centrada no acompanhamento jurídico de clientes. Pretendem também ter uma componente académica de aprofundamento de temas relevantes para o direito que beneficie o relacionamento entre as duas jurisdições e que possa ser um “alerta para os meios políticos, institucionais e de comunicação social de ambos os países e da UE”.

“Estamos muito felizes com esta parceria. Os dois escritórios compartilham dos mesmos valores éticos e profissionais, o que sem dúvida fará com que possamos avançar em conjunto em busca de interesses mútuos”, sublinhou Rafael Carneiro, sócio fundador do Carneiros e Dipp Advogados.

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+M

Continente junta youtuber infantil Luccas Neto e Popota na campanha de Natal

  • + M
  • 9 Novembro 2022

A campanha marca presença em TV rádio, imprensa, outdoor, loja e em meios digitais.

Arranca hoje a campanha de Natal do Continente, que este ano junta o youtuber infantil brasileiro Luccas Neto à Popota.

O Natal é sempre uma época especial para o Continente e para a qual trabalhamos ao longo de vários meses. Queremos continuar a surpreender os nossos clientes com as campanhas de Natal, celebrando a magia e o entusiasmo natural desta altura, e que são sempre vividos com maior intensidade pelas crianças. Queremos continuar a estar ao lado das famílias, respondendo aos desejos dos clientes e ser a loja de eleição para brinquedos para todas as famílias”, diz citado em comunicado Tiago Simões, diretor de marketing da MC.

Na campanha de Natal deste ano, sempre um dos momentos altos em termos de comunicação da insígnia, os brinquedos, juntamente com a Popota, dão as boas-vindas ao boneco do Luccas Neto, que ganha vida nesta campanha. Começa então a “aventura musical pelos corredores da loja ao som da música original cantada pela Popota e pelo youtuber brasileiro porque No Continente já é Natal”.

A campanha é assinada pela Fuel e produzida pela Perfect Storm, com realização de Ivo Sousa. A animação 3D esteve a cargo da Glimpse. Com planeamento de meios da Arena Media, No Continente já é Natal marca presença em TV rádio, imprensa, outdoor, loja e em meios digitais.

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Economia pondera dar mais autonomia às equipas no estrangeiro do Turismo de Portugal

Governo está a ponderar converter estas equipas em serviços descentralizados do Turismo de Portugal, integrados nas respetivas representações diplomáticas.

A rede de delegados do turismo no estrangeiro, que atualmente cobre 25 mercados, tem de ser otimizada. A constatação é do ministro da Economia, que está a ponderar converter estas equipas em serviços descentralizados do Turismo de Portugal, integrados nas respetivas representações diplomáticas.

Na nota explicativa da proposta de Orçamento do Estado para 2023, António Costa Silva — que é ouvido esta quarta-feira no Parlamento, sublinha que “a rede dos delegados do turismo no estrangeiro necessitará de ser otimizada, privilegiando-se uma maior articulação e dependência funcional com as áreas de negócio do Turismo de Portugal”.

Portugal tem 17 equipas do Turismo de Portugal que atuam em 25 mercados emissores de turismo, considerados prioritários ou relevantes para a promoção turística externa. A sua função é levar a cabo atividades promocionais institucionais e “apoiar a internacionalização das empresas portuguesas, desenvolvendo a sua ação de prospeção e de implementação de ações próprias, ou em coordenação com as Agências Regionais de Promoção Turística”, como se pode ler no site do Turismo de Portugal.

As equipas do Turismo de Portugal estão presentes nos mercados alemão (que coordena Suíça e Áustria), belga (coordena ​​Países Baixos), brasileiro, canadiano, chinês, dinamarquês (que coordena Suécia e desenvolve ações na Noruega e Finlândia), espanhol, norte-americano, francês (que desenvolve ações no Luxemburgo), indiano, irlandês, italiano, japonês (que desenvolve ações na Coreia do Sul), polaco, britânico, checo e russo.

O ECO questionou o Ministério sobre o significado desta otimização. Fonte oficial explicou que passa pela necessidade de as equipas do Turismo de Portugal estrangeiro terem mais flexibilidade e autonomia.

“No Plano Reativar o Turismo| Construir o Futuro 2027”, lançado por uma Resolução do Conselho de Ministro em 2021, estavam previstas “iniciativas relacionadas com a internacionalização da oferta nacional e a capacitação do trade internacional que exigem Equipas de Turismo no estrangeiro com muito maior flexibilidade, agilidade e autonomia na sua intervenção, sendo por isso necessário convertê-las em serviços descentralizados do Turismo de Portugal, I. P., integrados nas respetivas representações diplomáticas”, disse fonte oficial da Horta Seca. “Essa ponderação está em curso”, acrescentou.

Estas alterações resultam da reflexão que o setor do Turismo “vive numa encruzilhada de novos desafios” e que Portugal, se quer “manter uma posição de liderança internacional no setor, tem de conseguir responder aos mesmos”.

“As questões da sustentabilidade, da digitalização, da inclusão, do mercado de trabalho e outras, são críticas para o turismo do futuro e Portugal está a preparar-se em todas essas frentes, sendo fundamental que consiga comunicar de forma ágil e assertiva esse novo posicionamento junto dos seus stakeholders internacionais institucionais e privados”, sublinha, por outro lado, fonte oficial do Ministério da Economia.

O turismo está a recuperar do período de pandemia, mas ainda não conseguiu retomar o fulgor de 2019. Entre janeiro e setembro houve um aumento de 113% nas dormidas em alojamentos turísticos em Portugal (+27,3% nos residentes e +222,3% nos não residentes). No entanto, face ao período pré-pandémico, as dormidas caíram 2,4% devido à “diminuição das dormidas de não residentes (-7%)” e dado que as dormidas de residentes cresceram 8%, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

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1s1 Energy completa ronda de investimento de 2,15 milhões e acelera projeto de hidrogénio verde em Portugal

A fabricante portuguesa de sistemas de eletrólise de água para hidrogénio verde completou uma ronda de investimento 2,15 milhões de dólares. Faber e CSN Inova são os principais investidores.

A fabricante portuguesa de sistemas de eletrólise de água para a produção de hidrogénio verde completou uma ronda de investimento 2,15 milhões de dólares (cerca de 2,49 milhões de euros). De acordo com a nota divulgada esta quarta-feira, a Faber e CSN Inova são os principais investidores, com a participação da Asiri LLC, Gibson Lane GmbH, Aquarius Capital, e Ecoa Capital.

O financiamento, informa a nota, vai permitir à 1s1 Energy Portugal completar as fases de planeamento do Hy2Tech, o primeiro projeto de hidrogénio em solo português a ganhar o selo de Projeto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI), tal como o ECO/Capital Verde avançou em julho. O projeto selecionado, e avaliado em 63 milhões de euros, prevê estabelecer operações de investigação e desenvolvimento (I&D) e o fabrico de 300 megawatts/ano de eletrolisadores em Portugal, permitindo criar 86 postos de trabalho.

“Estamos muito entusiasmados por nos juntarmos à 1s1 Energy neste ponto de inflexão e ajudar a lançar as bases para a execução do projeto IPCEI e desenvolvimento futuro” cita o comunicado as declarações do partner da Faber, Carlos Esteban. Segundo o responsável, “a solução única da 1s1Energy vai acelerar a utilização e produção economicamente viável de hidrogénio verde, que é fundamental para descarbonizar sectores difíceis de descarbonizar, como a indústria pesada e o transporte pesado, incluindo a navegação marítima”.

Fundada por experientes químicos, engenheiros e empresários, a 1s1 Energy está a desenvolver eletrolisadores para a produção rentável de hidrogénio verde. Ao ECO/Capital Verde, o responsável pela subsidiária portuguesa, Thiago Figueiredo, explicou que a empresa pretende inovar do ponto de vista da engenharia dos materiais, ao recorrer à utilização usar materiais mais baratos, com maior durabilidade e que permitam um desempenho superior, para diminuir o custo de produção. A empresa também esta a trabalhar em inovações no design e no processo produtivo dos seus módulos. A tecnologia da 1s1 Energy procura viabilizar o custo de produção de hidrogénio verde abaixo de 2 euros por quilograma.

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Câmara de Arcos de Valdevez aprova orçamento de mais de 32 milhões de euros para 2023

  • ECO e Lusa
  • 9 Novembro 2022

Município de Arcos de Valdevez aprova, em reunião do executivo, o orçamento e as grandes opções do plano de investimentos e atividades para o ano 2023, num valor superior a 32 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez aprovou o orçamento para 2023, num valor superior a 32 milhões de euros, com a abstenção do PS, que justificou, esta quarta-feira, o sentido de voto com as dificuldades previstas para o próximo ano.

Em comunicado enviado às redações, a autarquia de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, anunciou que o orçamento e grandes opções do plano para 2023 “serão reforçados em mais de 1,1 milhões de euros” face a este ano, “assumindo um investimento na ordem dos 21,7 milhões de euros”.

Para o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves, “este orçamento é mais uma etapa na consolidação da estratégia de desenvolvimento sustentável para Arcos de Valdevez”.

“Há uma clara preponderância do investimento nas funções sociais, com um valor superior a 11,1 milhões de euros, seguindo-se as funções económicas, com cerca de 6,9 milhões de euros, a parceria com as Juntas de Freguesia com mais de 2,25 milhões de euros, e as funções gerais com mais de 1,4 milhões de euros”, destaca a nota.

Este orçamento é mais uma etapa na consolidação da estratégia de desenvolvimento sustentável para Arcos de Valdevez.

João Manuel Esteves

Presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez

A autarquia destaca também que, “num ano que se perspetiva difícil, o município vai reforçar o apoio às famílias, instituições e economia e o investimento municipal”.

“O município vai continuar com uma política de incentivos económicos e fiscais amiga das empresas, das famílias, dos jovens e das pessoas desfavorecidas, através da isenção e redução de impostos e taxas e do lançamento de programas e apoios municipais. Serão reforçados os apoios à atividade das Juntas de Freguesia, associações e instituições, e será intensificado o relacionamento com as nossas comunidades de emigrantes e imigrantes”, acrescenta.

Na nota, a autarquia, cujo executivo é composto por cinco elementos do PSD e dois do PS, adiantou ainda que “será reforçado o investimento municipal na educação, na habitação, na cultura, desporto e lazer, urbanismo e mobilidade sustentável”. Assim como na rede de infraestruturas básicas, na coesão territorial e segurança, e no desenvolvimento rural, turístico e empresarial.

Em declarações à agência Lusa, o vereador do PS, João Braga Simões, referiu que a abstenção do partido visa “garantir a agilidade da Câmara face às dificuldades previstas para 2023”. Mais, justificou o vereador socialista: “Não votamos contra apenas por votar contra. Abstivemo-nos porque é um orçamento importante, é um ano difícil, é importante que a Câmara e o concelho tenham estabilidade orçamental que permita enfrentar os desafios do próximo ano”.

João Braga Simões adiantou que, apesar da abstenção, a bancada socialista “não passou um cheque em branco” ao executivo municipal de maioria social-democrata. Os dois vereadores do PS apresentaram, “na declaração de voto, propostas de escrutínio da execução do plano, que foram acolhidas pelo executivo municipal”.

“Demos este sinal de liberdade a quem governa mas, em contrapartida, pedimos um acrescento de escrutínio e transparência em 2023. Pedimos que em uma das reuniões mensais, fechada ao público, a autarquia apresente todos os procedimentos administrativos simplificados”, frisou o vereador. “Tudo o que seja matéria do exercício do executivo municipal, que não tem obrigatoriamente de ser apresentado em reunião camarária, passe a integrar a listagem da ordem de trabalhos, para informação dos vereadores dos procedimentos orçamentais do período do mês anterior”, especificou.

O PS pediu ainda “que cada proposta viesse identificada com o pelouro ou serviço camarário responsável pela sua execução e que a rubrica orçamental viesse expressamente discriminada em cada um dos pontos”. E deixou um recado: “Acima de tudo, vamos permanecer vigilantes em relação à execução do orçamento, mesmo em relação a matérias que não caibam ao órgão câmara escrutinar”.

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Dona do Facebook vai despedir mais de 11 mil pessoas

Despesas crescentes e um mercado publicitário fraco estão na origem da decisão de Zuckerberg.

Mark Zuckerberg oficializou esta quarta-feira os despedimentos na Meta. A dona do Facebook, Instagram e WhatsApp vai reduzir o número de trabalhadores em 13%, o equivalente a mais de 11 mil pessoas. Despesas crescentes e um mercado publicitário fraco estão na origem da decisão.

“Hoje estou a partilhar uma das mais difíceis mudanças já feitas na história da Meta. Decidi reduzir o tamanho da nossa equipa em 13% e ver partir mais de 11 mil dos nossos talentosos empregados”, anunciou o CEO da empresa numa mensagem aos funcionários, divulgada pela CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

“Não apenas o comércio online voltou às tendências anteriores, mas a desaceleração macroeconómica, o aumento da concorrência e a perda de força dos anúncios publicitários fizeram com que a nossa receita fosse muito menor do que esperava”, justificou.

Leia na íntegra a mensagem de Mark Zuckerberg aos colaboradores (conteúdo em inglês e de acesso livre)

A tecnológica deverá transferir recursos para “áreas de crescimento de alta prioridade”, como é caso da inteligência artificial e do metaverso.

Como parte do pacote de indemnização aos funcionários abrangidos pelo despedimento coletivo, a Meta assegurou que vai pagar 16 semanas de salário base mais duas semanas adicionais por cada ano de serviço. Além disso, a empresa vai assegurar o seguro de saúde durante seis meses.

Tecnológicas a reduzir

Este despedimento coletivo — que afetará, sobretudo, as equipas de recrutamento e de negócio — será o primeiro nos 18 anos de história da Meta. Segue-se a milhares de cortes de postos de trabalho noutras grandes empresas de tecnologia, incluindo o Twitter e a Microsoft e será um dos maiores na indústria tech este ano.

No início desta semana, o The Wall Street Journal já tinha avançado que a Meta se preparava para anunciar um despedimento em massa. O corte de pessoal, motivado pelas despesas crescentes e pelo contexto mercado publicitário, pretende contribuir para a intenção de reduzir os custos em, pelo menos, 10% nos próximos meses.

A tecnológica anunciou ainda que planeia congelar as contratações até ao primeiro trimestre de 2023. Os trabalhadores da Meta já estavam avisados também para cancelarem as viagens não essenciais.

A Pessoas/ECO tentou saber junto da empresa que eventual impacto esta decisão poderia ter no mercado português, mas fonte oficial remeteu para a mensagem do fundador da empresa aos colaboradores.

(Notícia atualizada às 12h22)

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