Taxa de desemprego recua para 5,9% em julho

A taxa de desemprego caiu para 5,9% em julho, um recuo de 0,1 pontos percentuais face ao registado em junho. População desempregada recuou para 306,2 mil pessoas.

A taxa de desemprego em Portugal recuou ligeiramente em julho, para 5,9%, de acordo com os dados provisórios divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se de uma queda de 0,1 pontos percentuais (p.p.) face ao registado no mês anterior e uma melhoria de 0,7 p.p. na comparação homóloga.

Numa nota informativa divulgada anteriormente, o INE indicava que a taxa de desemprego tinha avançado 0,1 pontos em junho face a maio, para 6,1%. Agora, o instituto refere que a taxa de desemprego em junho terá sido de 6%, uma estabilização face ao mês anterior.

Quanto a julho, o INE adianta que o desemprego em Portugal recuou para 5,9%, isto é, um “valor inferior ao do mês precedente em 0,1 pontos percentuais (p.p.) e ao de julho do ano anterior em 0,7 p.p., tendo permanecido inalterada em relação a três meses antes”.

Neste contexto, a população desempregada recuou 1,1% em julho face a junho para 306,2 mil pessoas (menos 3,5 mil pessoas desempregadas). Relativamente a igual período de 2021, há uma queda de 10,2% (menos 34,8 mil pessoas desempregadas).

Evolução da população desempregada e taxa de desemprego em Portugal

Fonte: INE

Quanto à população empregada, foi estimada em 4.876,2 mil pessoas, isto é, um decréscimo de 0,1% face a junho (menos 3,6 mil pessoas empregadas), bem como face aos três meses anteriores. Não obstante, a população empregada registou um aumento de 0,9% comparativamente com igual período do ano passado.

Já a população ativa recuou 0,1% face ao mês anterior (menos sete mil pessoas), mas aumentou 0,1% face a igual período de 2021 para 5.182,5 mil pessoas. O INE explica estes valores com a redução da população empregada, bem como da população desempregada.

Em contrapartida, a população inativa aumentou 0,3% em julho face ao mês anterior e subiu 0,1% face aos três meses anteriores, mas encolheu 1% face a igual período de 2021, estando estimada em 2.478 mil pessoas. O gabinete de estatísticas explica esta tendência essencialmente devido ao “acréscimo do número de outros inativos, os que nem estão disponíveis, nem procuram emprego (8,5 mil; 0,4%) e do número de inativos à procura de emprego, mas não disponíveis para trabalhar (4,3 mil; 11,8%)”, adianta a nota.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h56)

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Taxas Euribor voltam a subir e a atingir máximos

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

As taxas Euribor voltaram a atingir máximos esta quarta-feira, prolongando uma subida que parece não dar tréguas às famílias com crédito à habitação.

As taxas Euribor subiram a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira, atingindo novos máximos.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, subiu para 1,203%, mais 0,010 pontos do que na véspera. A média da Euribor a seis meses em agosto subiu para 0,837%, contra 0,466% em julho e 0,162% em junho. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • O prazo a três meses registou, pela 11.ª sessão consecutiva, novo máximo, nos 0,654%, mais 0,034 pontos que os 0,620% de terça-feira. Esta taxa entrou em terreno positivo em 14 de julho, pela primeira vez desde abril de 2015. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu para 0,395% em agosto, contra 0,037% em julho e -0,239% em junho.
  • Relativamente ao prazo de 12 meses, a Euribor subiu 0,020 pontos para 1,778%, contra os 1,758% de terça-feira. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou para 1,249% em agosto, após médias de 0,992% em julho e de 0,852% em junho.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na reunião de política monetária realizada em 21 de julho, o BCE aumentou em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação. O BCE indicou também que nas próximas reuniões continuará a subir as taxas de juro. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Sérvulo integra missão da Organização Europeia de Direito Público em Kiev

O sócio fundador da Sérvulo & Associados, Sérvulo Correia, integrou uma missão da Organização Europeia de Direito Público, em Kiev, para planear a consolidação do Estado de Direito na Ucrânia.

O sócio fundador da Sérvulo & Associados e catedrático jubilado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa., Sérvulo Correia, integrou uma missão da Organização Europeia de Direito Público (“EPLO”), presidida pelo professor Spyridon Flogaïtis, da Faculdade de Direito da Universidade de Atenas e Doutor honoris causa pela Universidade de Lisboa.

A “EPLO” é uma organização internacional e entre os seus Estados Membros figuram Portugal e a Ucrânia. O seu objeto principal é a promoção em todo o mundo dos valores europeus através do direito público e a prestação de apoio às instituições democráticas na Europa e no mundo.

Em Kiev, a missão da “EPLO” entabulará conversações com os membros do seu departamento naquela cidade com o fito de identificar e iniciar o planeamento dos meios como poderá prestar apoio técnico à consolidação do Estado de Direito na Ucrânia e à promoção da observância do Direito Humanitário no decurso da guerra iniciada pela invasão do território ucraniano

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INE revê crescimento em alta. Afinal, PIB não caiu no segundo trimestre

Números do crescimento da economia foram revistos em alta: afinal, a economia escapou à contração no segundo trimestre, tendo estagnado em relação ao trimestre anterior, indica INE.

Afinal, a economia portuguesa não contraiu no segundo trimestre do ano, como apontou inicialmente o Instituto Nacional de Estatística (INE), que acabou de rever em alta o crescimento económico de Portugal entre os meses de abril e junho.

Depois de avançar inicialmente com uma contração de 0,2% em cadeia, o INE indica agora que o PIB registou uma variação nula no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior. Portugal escapa à queda, mas estagna.

O crescimento em termos homólogos também foi revisto em alta: passou dos 6,9% calculados inicialmente para 7,1%, com a taxa de variação a melhorar igualmente 0,2 pontos percentuais face aos primeiros números divulgados pelo INE.

Fonte: INE

Apesar da revisão em alta, a evolução registada no segundo trimestre mostra uma travagem em relação ao desempenho registado no primeiro trimestre, em que a economia acelerou mais de 11% em termos homólogos.

Ainda que a guerra da Rússia na Ucrânia e a alta dos preços da energia possam ter feito mossa na economia, o gabinete de estatísticas faz questão de esclarecer que a desaceleração do PIB tambémreflete em parte um efeito de base, dado que no primeiro trimestre de 2021 estiveram em vigor várias medidas de combate à pandemia que condicionaram a atividade económica“.

O INE explica que a procura interna deu um menor contributo para a subida do PIB neste período, “verificando-se um crescimento menos acentuado do consumo privado e do investimento”. Já a procura externa líquida reforçou a sua importância, “em resultado da aceleração mais acentuada das Exportações de Bens e Serviços que a das Importações de Bens e Serviços”, acrescenta.

A economia conseguiu tirar partido da alta dos preços nos negócios com os outros países. Pagou mais pelas compras que fez ao exterior, porém vendeu mais caro aquilo que exportou, sobretudo nas componentes de serviços (onde se inclui o turismo, um dos motores da economia), o que determinou “uma perda menos intensa dos termos de troca que no trimestre anterior”.

“O efeito da evolução dos termos de troca conjugado com o comportamento positivo em volume resultaram numa melhoria do Saldo Externo de Bens e Serviços em termos nominais, situando-se em -2,2% do PIB (-3,6% do PIB no 1.º trimestre)”, aponta.

Em relação ao mercado de trabalho, o INE adianta que o emprego (medido em número de indivíduos e ajustado de sazonalidade) para o conjunto dos ramos de atividade da economia aumentou 1,8% em termos homólogos (4,4% no trimestre anterior), enquanto o emprego remunerado registou uma variação de 2,8% (4,6% no trimestre anterior).

(Notícia atualizada às 11h44)

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Julho com mais turistas e dormidas que em 2019

Hóspedes portugueses levaram número de turistas a superar números pré-pandemia em julho. Visitantes estrangeiros foram os mesmos do que em 2019.

Julho de 2022 teve mais turistas e dormidas do que no mesmo mês de 2019. A atividade turística em Portugal voltou a superar os números pré-pandemia no último mês, segundo números divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em julho, houve um total de 3.029.146 hóspedes, mais 6,3% do que em julho de 2019. Registaram-se 8.628.350 dormidas, crescimento de 4,8% face a igual período de 2019.

As dormidas em hotéis e nos espaços de turismo em espaço rural e de habitação também aumentaram face a 2019, em 4,6% e 35,7%, respetivamente. Os estabelecimentos de alojamento local tiveram um recuo de 0,8%.

Fonte: INE

Os turistas portugueses foram os que mais contribuíram para que o número de hóspedes superasse os números de 2019: o mercado interno cresceu 15,8%. As dormidas dos turistas estrangeiros cresceram 2,1%.

Algarve é exceção na subida

Praticamente todas as regiões de Portugal tiveram mais turistas a dormirem em julho face a 2019. O Algarve foi a única exceção, com uma descida de 4,5%: ainda assim, foi a região que concentrou a maioria das dormidas (33,1%).

O maior aumento no número de dormidas verificou-se nas regiões da Madeira (+21%), Norte (+14,9%) e Centro (+10,6%).

Fonte: INE

Também foi na Madeira que os turistas ficaram mais tempo a dormir, com uma média de 4,92 noites, embora abaixo das 5,27 noites de julho de 2019. A média nacional de julho de 2022 foi de 2,85 noites, ligeiramente abaixo das 2,89 noites de julho de 2019.

Ingleses e espanhóis superam 2019

Nos mercados internacionais, o número de turistas do Reino Unido e de Espanha foi superior em 1% e 2,3%, respetivamente, face a julho de 2019. São os dois países que têm mais hóspedes em Portugal.

O terceiro maior mercado, a Alemanha, está 4,7% abaixo dos números de julho de 2019.

Em sentido contrário, o crescimento de 35,9% colocou os Estados Unidos como o terceiro mercado com mais turistas em Portugal no último mês.

Os dados das taxas de ocupação, proveitos e rendimento por quarto serão divulgados em 14 de setembro.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h40 com mais informação)

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Nova barragem pode resolver problema de abastecimento água, diz autarca de Celorico da Beira

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

Presidente da Câmara de Celorico da Beira defende a construção da barragem da Cabeça Alta para solucionar o problema do abastecimento de água, no concelho por causa da seca.

O presidente da Câmara de Celorico da Beira, Carlos Ascensão, disse, esta quarta-feira, que a construção da barragem da Cabeça Alta, naquele município, é uma “questão velha”, que resolveria o problema do abastecimento de água no concelho.

“No caso de Celorico da Beira, [a construção da barragem] já é uma questão velha, que já vem do tempo do engenheiro Faria de Almeida, que foi retomada pelo presidente [de Câmara] seguinte, doutor Júlio Santos, e nós, obviamente, também estamos atentos”, declarou o autarca de Celorico da Beira, Carlos Ascensão.

Carlos Ascensão falava à agência Lusa sobre o assunto, após o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, ter defendido, na segunda-feira, o retomar do processo de construção de uma barragem no concelho de Celorico da Beira, para evitar descargas no rio Mondego a partir da barragem do Caldeirão.

“Estivemos muitos anos parados na necessária revisão do planeamento estratégico das reservas de água do nosso país. É mais do que tempo para voltar a colocar em cima da mesa, 40 anos depois, a barragem da Cabeça Alta, em Celorico da Beira, para abastecimento de água àquele concelho e a parte do concelho de Fornos de Algodres”, disse o autarca, na apresentação das “Medidas de Contenção Fundamentais para a Moderação dos Consumos de Água no concelho da Guarda”.

Segundo Sérgio Costa, a construção da barragem evitaria “a necessidade das descargas no rio Mondego a partir da barragem do Caldeirão [que abastece a cidade e o concelho da Guarda], para enchimento dos açudes que abastecem aquelas populações, tal como teve de acontecer há poucas semanas; o que levou a que a barragem do Caldeirão entrasse na fase crítica”. O autarca da Guarda referiu mesmo que “há muitos técnicos da área e não só que defendem que esta barragem já devia estar construída há muitos anos. E é tempo de retomarmos esta necessidade”.

O autarca de Celorico da Beira considerou que a opinião de Sérgio Costa “legitima mais” a posição do seu município. Carlos Ascensão concorda que a construção de uma barragem na ribeira da Cabeça Alta, no concelho, resolveria o problema do abastecimento de água em Celorico da Beira e no vizinho concelho de Fornos de Algodres, que está “muito dependente do rio Mondego”. A ribeira da Cabeça Alta “tem um curso normalmente abundante” de água e a zona de confluência de Prados, Rapa e Cadafaz “é um ponto excelente” para se fazer uma barragem.

O responsável lembrou que, devido à seca, algumas localidades do seu concelho já estão a ser abastecidas pelos bombeiros; o que justifica a criação de novos “pontos de armazenamento de água” no território.

A construção da barragem da Cabeça Alta permitiria “diminuir a pressão sobre a barragem do Caldeirão” e serviria para abastecer não só o seu concelho, como também os vizinhos municípios de Fornos de Algodres e de Gouveia, apontou.

O presidente da autarquia de Celorico da Beira referiu ainda que, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o município sinalizou a construção da referida barragem, “porque é uma questão que já se justificava antes [da seca] e que hoje se justifica muito mais”.

A seca prolongada no continente está a afetar as culturas, levou a cortes no uso da água e obrigou aldeias a serem abastecidas com autotanques. Desde outubro de 2021 até agosto choveu praticamente metade do que seria o normal, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O IPMA colocava no final de julho 55,2% do continente em situação de seca severa e 44,8 em situação de seca extrema. Não havia nenhum local continental que estivesse em situação normal, em seca fraca ou mesmo em seca moderada.

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Too Good To Go une-se à Ironhack para financiar bolsas de estudo em tecnologia

Esta iniciativa pretende oferecer uma bolsa 100% financiada e descontos de 25% ou 50% em qualquer curso em tecnologia na Ironhack. As candidaturas estão abertas até 4 de setembro.

A Too Good To Go decidiu aliar-se à Ironhack para potenciar a entrada de novos alunos no ensino tecnológico. As duas entidades vão levar a cabo o lançamento de uma centena de bolsas de estudo, em todos os cursos na escola tecnológica, no valor de 160.000 euros. Uma das bolsas será totalmente financiada, enquanto as restantes terão um desconto entre 25% e 50%. As candidaturas estão abertas até 4 de setembro.

“Enquanto empresa e aplicação digital, é também extremamente relevante para a Too Good To Go ajudar a fomentar uma consciência generalizada, face ao enorme potencial que a digitalização e a inovação tecnológica tem, em adicionar valor e contribuir para um modelo de sociedade mais sustentável. A inovação tecnológica é cada vez mais transversal a todas as áreas e modelos de negócio, e como tal acreditamos no potencial das formações da Ironhack para quem queira melhorar as suas competências digitais. E ajudar todos os que queiram apostar nestas áreas a ter acesso a formação de qualidade”, explica Nuno Plácido, country manager da Too Good To Go Portugal, em comunicado.

As bolsas de estudo lançadas pela Ironhack, em conjunto com a Too Good To Go, app, representam um desconto de 25% ou 50% do valor total em qualquer curso disponível (Web Development, Data Analytics, Cibersecurity e UX/UI Design). Há, ainda, uma bolsa no valor de 7.500 euros, que cobre a totalidade das despesas.

Os cursos podem ser realizados em nove ou 24 semanas, de forma online ou presencial no campus de Lisboa, não sendo exigida experiência prévia na área a nenhum aluno.

“Ao longo do tempo, temos vindo a procurar criar cada vez mais opções de acesso ao ensino tecnológico, bem como associar-nos a entidades que têm impacto no planeta. A Too Good To Go é, sem dúvida, uma referência neste sentido e, por isso, esta parceria orgulha-nos muito. O nosso objetivo mantém-se: criar uma geração de profissionais capacitados para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, através de uma metodologia de ensino prática e intensiva”, afirma Catarina Costa, responsável pelo campus de Lisboa da Ironhack Portugal.

Os candidatos terão de realizar um teste de raciocínio lógico e, caso ultrapassem o desafio, irão ter uma entrevista pessoal para explicar aquilo que pretendem retirar da sua experiência na escola. Os vencedores das bolsas serão anunciados dia 21 de setembro.

Candidaturas e mais informações aqui.

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Taxa de inflação na Zona Euro acelera para 9,1% em agosto

A variação homóloga do índice de preços harmonizado na Zona Euro terá atingido 9,1% em agosto, o que representa uma ligeira aceleração face aos 8,9% registados em julho.

A taxa de inflação homóloga na Zona Euro terá atingido 9,1% em agosto, segundo os dados provisórios divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat. Trata-se de uma aceleração face aos 8,9% registados no mês passado. A confirmarem-se as estimativas, será o terceiro mês consecutivo em que a inflação em Portugal fica acima da média da Zona Euro, depois de a ter ultrapassado em junho.

O encarecimento dos preços dos produtos energéticos (+38,3%) foi o fator que mais contribuiu para a aceleração da taxa de inflação na região. Ainda assim, a subida foi menor face a julho (39,6%). Segue-se a alimentação, álcool e tabaco (10,6% em agosto contra 9,8% em julho), os os bens industriais não energéticos (5%) e os serviços (3,8%).

Com uma taxa de inflação de 9,4% em agosto, Portugal teve a nona menor subida de preços, embora tenha ficado acima da média da Zona Euro.

Neste contexto, França foi o país da Zona Euro que registou a menor subida de preços, com um taxa de inflação de 6,5% em agosto, seguida por Malta (7,1%), Finlândia (7,6%), Luxemburgo (8,6%) e Alemanha (8,8%).

No polo oposto, e com a maior subida de preços, está a Estónia, Letónia e Lituânia, que terão registado uma taxa de inflação acima dos 20% em agosto face a igual período do ano passado. De notar, que os dois primeiros países fazem fronteira com a Rússia, do qual dependem, por exemplo, para o fornecimento de gás.

Já no que toca à variação em cadeia, isto é, entre julho e agosto, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Chipre, Letónia, Luxemburgo, Áustria, Eslovénia e Finlândia foram os países a registarem uma desaceleração nas taxas de inflação.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h04)

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Desafio 2030: o projeto que une IES e PME pelo conhecimento

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  • 31 Agosto 2022

O "Desafio 2030" é o projeto da fundação AEP, que visa promover a transferência de conhecimento entre Instituições de Ensino Superior (IES) e PME.

A Fundação AEP está a promover o “Desafio 2030”, um projeto que pretende fomentar a colaboração e a transferência de conhecimento entre as entidades que compõem o Sistema Científico e Tecnológico Nacional, nomeadamente IES, e as PME através da ativação de ações estratégicas.

Aumentar a produtividade e a competitividade das PME e, ainda, solucionar os desafios que as empresas nacionais enfrentam no domínio da transferência de conhecimento e inovação são alguns dos principais objetivos desta iniciativa, que também conta com apoio do COMPETE 2020 e o alto patrocínio do Presidente da República.

Em entrevista ao ECO, Luís Miguel Ribeiro, presidente da Fundação AEP, explicou qual a importância desta transferência de conhecimento para as empresas e ainda revelou as mudanças que espera que o “Desafio 2030” traga no que diz respeito a oportunidades para as PME.

Como surgiu a ideia do “Desafio 2030”?

O Projeto Desafio 2030 – Transferência de Conhecimento e Tecnologia nasce da necessidade de dinamizar a circulação e a valorização do conhecimento para reforçar a exploração do potencial económico daí resultante. É preciso aumentar o impacto económico do conhecimento gerado pelo SCTN – Sistema Científico e Tecnológico Nacional, sempre assinalado como baixo nos sucessivos relatórios do European Innovation Scoreboard.

Com o apoio do COMPETE 2020, o alto patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República, e a parceria estratégica do BEM — Banco Empresas Montepio, o Desafio 2030 pretende incentivar a colaboração e a transferência de conhecimento entre o SCTN – Sistema Científico e Tecnológico Nacional e as empresas, através da implementação de ações estratégicas para fazer face aos desafios da inovação colaborativa.

O grau de partilha do conhecimento produzido nas nossas universidades, e nas diversas entidades que integram o sistema científico e tecnológico com as empresas, foi o ponto de partida para uma reflexão que nos permita pensar que caminhos devemos seguir para que este conhecimento chegue de forma efetiva às empresas, mas acima de tudo traga inovação ao tecido empresarial nacional.

Em que consiste, em concreto, este projeto?

No âmbito do projeto, que teve a duração de 24 meses e intervenção nas regiões do Norte, Centro e Alentejo, destacamos a realização de um estudo sobre as boas práticas internacionais de transferência de conhecimento e tecnologia e a performance do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, um estudo da performance competitiva e de inovação das empresas portuguesas face ao contexto internacional, que pretendiam aferir o estado atual dos intervenientes no ecossistema da inovação.

Paralelamente, foi construído um catálogo digital pesquisável com as principais entidades que integram o SCTN. Este catálogo contém as suas especialidades, bem como os dados principais de contacto. E foram, também, identificados dez casos de boas-práticas de colaboração entre o SCTN e PME em torno de atividades de inovação que estão disponíveis no site do Projeto.

Gostava, ainda, de destacar o Manual de Inovação Aberta. Se estivéssemos a fazer uma análise de matriz BCG, seria o nosso produto estrela. Foi o que exigiu mais investimento da nossa parte e de todas as partes envolvidas. Constituímos focus groups, testamos o manual junto de dez empresas e publicamos um documento que pretende ser uma resposta ao desafio da cocriação.

Quais são os seus principais objetivos?

Um dos principais desafios é alcançar uma trajetória de crescimento mais forte e sustentável, que terá de ser assente em múltiplos fatores, como a AEP sublinha no seu mais recente estudo “Do pré ao pós pandemia: Os novos desafios”. Nessa trajetória, um dos principais caminhos é precisamente o caminho da inovação, pela capacidade significativa que esta tem de gerar maior valor acrescentado, maior produtividade e competitividade para o tecido empresarial.

Apesar da melhoria já registada, em Portugal o rácio de I&D global no PIB situa-se, ainda, cerca de 30% abaixo da média europeia e no caso do I&D empresarial este diferencial agrava-se para 40%. Por isso, é tão importante promover a colaboração e a transferência de conhecimento entre as entidades do SCTN e as empresas nacionais, através da ativação de ações estratégicas.

O Desafio 2030 é um excelente exemplo dessa promoção, porque tem exatamente esse grande objetivo: o de fomentar o apoio à transferência e à partilha de conhecimento e tecnologia entre PME e entidades do SCTN, por forma a aproximar a colaboração entre os “dois mundos”, com linguagens por vezes distintas, mas com ambições complementares.

O “Desafio 2030” visa promover o diálogo e a colaboração entre as Instituições do Ensino Superior (IES) e as PME. Mas de que forma o vai fazer? Que ferramentas vai utilizar para isso?

Este Projeto insere-se numa lógica de continuidade. É um contributo para o fortalecimento da ligação entre os diferentes interlocutores, Academia e Empresas. Pretende ir um bocadinho mais longe, apoiando a implementação de um modelo de inovação aberta que, apesar de já ter alguns anos, apresenta ainda dificuldades de adesão.

Também a Fundação quer ser um modelo de inovação colaborativa e, por isso, criou, no âmbito deste Projeto, um Conselho Estratégico para o qual convidou várias entidades e empresas intervenientes nesta área para que, em conjunto, fosse possível mais rapidamente e melhor chegar a bom porto.

Nos estudos realizados e apresentados, fazemos várias propostas e sugestões que convidamos todos a consultar. É este o papel da Fundação, dar contributos para a melhoria da sociedade. Saliento o Ciclo Virtuoso para a Colaboração que, assente no paradigma gestão-inovação-produtividade, nos parece decisivo para assegurar níveis de crescimento económico elevados e sustentáveis.

Através do Manual de Inovação Aberta, instrumento que pretende incentivar o desenvolvimento de uma cultura de inovação, as partes envolvidas podem seguir o percurso para a inovação aberta, que passa pela reflexão estratégica até a operacionalização do projeto. É uma ferramenta que esperamos possa ser acolhida e aplicada por todos. Está disponível no site do Projeto.

Qual a importância da transferência de conhecimento e da inovação dentro das PME?

A transferência de tecnologia e de conhecimento apresenta-se como uma estratégia de crescimento fundamental para a inovação e para o incremento sustentável do tecido económico. As empresas desempenham um papel determinante no processo de criação de valor do conhecimento gerado pelo SCTN, em linha com o modelo de inovação aberta que defendemos.

É de relevar o crescimento da despesa em atividades de I&D nas empresas entre 2018 e 2019: a despesa de investigação e desenvolvimento das empresas atingiu 1569 milhões de euros em 2019, representado 10% de crescimento. É um aumento muito expressivo e ilustrativo da importância que as empresas atribuem à inovação.

Num dos estudos que já referi, é apresentado um exercício que compara a percentagem de PME que introduziram inovações no mercado com a percentagem de PME inovadoras que colaboram com outras entidades e que demonstra uma correlação positiva entre estes indicadores, sugerindo que a colaboração entre entidades tem um efeito positivo na inovação empresarial, contribuindo assim para um aumento no volume de negócios médio por PME.

Apesar destas evidências, e sobretudo por causa delas, as empresas devem cada vez mais apostar na inserção de doutorados e de quadros altamente qualificados e na renovação tecnológica, por forma a melhor incorporar o conhecimento no valor acrescentado dos seus produtos e serviços e, assim, aumentar a sua capacidade de inovação, a sua produtividade e competitividade no mercado global e fortemente concorrencial.

Qual o papel da Fundação AEP neste projeto?

A Fundação AEP pretende dar uma resposta às múltiplas necessidades do setor empresarial, sendo que a inovação colaborativa é claramente uma delas. A estratégia da Fundação AEP passa por desenvolver programas de apoio ao desenvolvimento sustentável, contribuindo para a melhoria do ecossistema empresarial.

Relativamente a este Projeto, sabemos que já existe muito trabalho, bem feito, por muitos atores do ecossistema da inovação, no qual se incluem as empresas. A questão é que este tema encerra uma enorme complexidade, na medida em que possui uma forte componente social e humana. Deve, por isso, ser encarado como um processo aberto e contínuo. Há diferenças culturais e estratégicas entre a academia e as empresas que devem, naturalmente, ser respeitadas. O papel da Fundação é contribuir para o alinhar destas diferenças, tendo sempre em vista um objetivo comum: o crescimento da competitividade nacional.

Para o futuro, o que se espera que o “Desafio 2030” possa mudar dentro do mercado?

No âmbito do Projeto é proposta a criação de um programa que designamos por Horizonte Portugal, já que os seus objetivos estarão alinhados com o Horizonte Europa. Trata-se de criar uma linha de financiamento de apoio às instituições científicas que promovam a criação de consórcios com empresas para o desenvolvimento de soluções para desafios socioeconómicos. A existência de um fundo público para o desenvolvimento de atividades de inovação colaborativa entre entidades seria um grande incentivo à prática da Inovação aberta.

A implementação, entre outros, do eixo de Inovação e Conhecimento proposto no âmbito do Portugal 2030 e das agendas de investigação e de inovação do PRR, ambos os programas orientados para a criação de valor económico e social, parece-nos ser o caminho para atingirmos a ambiciosa meta que aponta para que a despesa total em I&D seja 3% do PIB em 2030. Só uma ação articulada e colaborante entre todas as partes pode contribuir para a convergência de Portugal com a Europa até 2030.

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Rendas das casas vão aumentar 5,43% em janeiro

Os senhorios que quiserem vão poder atualizar as rendas dos inquilinos em 5,43%. Segundo a lei, o valor que conta é a média da inflação de agosto, sem habitação, que foi divulgada hoje pelo INE.

Confirma-se. Milhares de inquilinos vão pagar mais pela renda da casa no próximo ano. Depois do congelamento do valor das rendas em 2021 (porque a inflação em 2020 foi negativa) e do aumento de apenas 0,43% este ano, o valor das rendas vai disparar em janeiro.

A atualização anual não é obrigatória, depende da vontade dos senhorios, mas caso queiram vão poder fazer aumentos de 5,43% a partir de 1 de janeiro.

As rendas são atualizadas anualmente em função da inflação. A regra, prevista no Código Civil, é que o coeficiente de atualização anual de renda dos diversos tipos de arrendamento é o que resulta da totalidade da variação do índice de preços no consumidor, sem habitação, correspondente aos últimos 12 meses, tendo por referência os valores de agosto.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou esta quarta-feira que a inflação que conta para a atualização das rendas é de 5,43%. O valor definitivo de agosto será confirmado no próximo dia 12 de setembro (normalmente é igual ao valor divulgado na estimativa preliminar) e será depois publicado em Diário da República até 30 de outubro.

Esta atualização é uma má notícia para milhares de inquilinos que arrendam casa, num ano em que o orçamento dos portugueses está a ser bastante fustigado pelo aumento generalizado de preços, dos combustíveis à alimentação.

Os números do Censos de 2021 mostram que em Portugal existem 922.921 contratos de arrendamento, sendo que cerca de 200 mil são rendas antigas de pessoas idosas e com baixos rendimentos. As chamadas “rendas antigas” — anteriores a 1990 (no caso do arrendamento habitacional) ou as anteriores a 1995 (no caso do arrendamento comercial) — têm regras diferentes de atualização.

Mas, para a esmagadora maioria dos inquilinos, a lei determina aumentos já a partir de janeiro. Ainda segundo os dados do Censos 2021, cerca de 40% dos alojamentos no país pagam rendas de 200 a 399,99 euros e 21% paga rendas entre os 400 e os 649,99 euros. Apenas 2,2% dos inquilinos têm rendas superiores a 1.000 euros.

Perante o aumento acentuado de rendas previsto para janeiro, as associações dos inquilinos já pediram ao Governo uma mudança da lei para travar subidas tão bruscas. Pedem uma solução semelhante à de Espanha, onde o governo de Pedro Sánchez determinou que em 2023 o aumento das rendas só pode ser de 2%, independentemente do valor da inflação.

Sobre este tema, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, já veio dizer que “a regulação de rendas não é errada, por definição”, mas, no momento atual, podia ter o efeito contrário de “minguar o mercado de arrendamento, havendo alternativas no mercado com taxas de rendimento superior”. Neste sentido, o ministro considera que “não é a solução mágica” para resolver o problema das rendas altas.

Os proprietários não estão convencidos que o Governo vá ficar de braços cruzados. Um Inquérito da Associação Lisbonense dos Proprietários (ALP) publicado esta semana mostra que 34% dos inquiridos temem a possibilidade de um congelamento administrativo das rendas por cauda da inflação.

No Parlamento, os partidos também vão tentar fazer aprovar leis para amenizar o impacto dos aumentos. O PS excluiu um travão geral às rendas, mas admite aprovar apoios direcionados às famílias mais castigas pelos aumentos. Já o Bloco sugeriu que o aumento em 2023 fosse igual ao deste ano, de 0,43%.

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Inflação em Portugal recua para 9% em agosto

Taxa de inflação desacelerou de 9,1% em julho para 9% em agosto, adianta o INE. Menor pressão dos preços da energia ajuda a explicar evolução.

A taxa de inflação em Portugal desacelerou muito ligeiramente em agosto, recuando 0,1 pontos percentuais para 9%, em termos anuais, mas continua em níveis nunca registados nas últimas três décadas. Foi a primeira desaceleração em quase um ano e deveu-se, sobretudo, à moderação da subida dos preços da energia nas últimas semanas, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Estima-se que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos se situe em 24,0% (taxa inferior em 7,2 pontos percentuais face ao mês precedente)”, adianta o gabinete de estatísticas esta quarta-feira. Agosto ficou marcado por uma baixa dos preços dos combustíveis em relação aos meses mais recentes (perante a queda da cotação do petróleo e derivados nos mercados internacionais), enquanto entrou em vigor o mecanismo ibérico que ajudou a conter os preços da eletricidade.

Por seu turno, os preços produtos alimentares não transformados intensificaram a subida este mês, passando de uma taxa de inflação de 13,2% para 15,4%.

O INE revela que a inflação subjacente – que exclui os preços da alimentação e energia, por serem mais voláteis – subiu para uma taxa de 6,5%, face aos 6,2% registados em julho.

Em relação ao mês anterior, o índice de preços no consumidor — calculado pelo INE com base nos preços do que consumimos no dia, com alimentos, roupa, habitação — registou um valor negativo pela primeira vez em quase um ano: caiu 0,3% em agosto, após a variação nula no mês anterior.

As más notícias para as famílias poderão não ficar por aqui. Rendas, portagens e uma série de outros serviços vão ser atualizados no início do próximo ano com base na inflação registada este ano. Por exemplo, para as rendas, os dados apurados até agosto vão determinar um agravamento de 5,43% a 1 de janeiro. Os dados finais da inflação em agosto serão divulgados pelo INE a 12 de setembro.

Inflação acima da média da Zona Euro

Quanto ao índice harmonizado de preços no consumidor — que serve para comparar com os outros países — manteve-se nos 9,4% este mês, acima da média da Zona Euro (acelerou para 9,1%, segundo o Eurostat).

A alta inflação tem sido uma enorme dor de cabeça para as famílias no último ano. Primeiro foram os efeitos do fim da pandemia a desencadear uma aceleração dos preços, depois veio a guerra da Rússia na Ucrânia que intensificou as pressões inflacionistas, nomeadamente por via do aumento dos custos com energia, aumentando dramaticamente o custo de vida e levando os governos a lançarem medidas para mitigar o impacto nos orçamentos familiares.

Para travar a escalada dos preços, o Banco Central Europeu (BCE) já começou a apertar as condições financeiras na região, através do aumento das taxas de juro. Subiu-as em julho em 50 pontos base, mas terá de aumentar mais para assegurar a estabilidade dos preços na região.

O conselho de governadores volta a reunir-se na próxima semana e deverá anunciar um novo aumento de 50 pontos base ou superior. Os responsáveis do BCE admitem mesmo que a economia pode deslizar para uma recessão, o que seria um “mal menor” tendo em conta as consequências que o prolongamento da alta inflação poderia ter na Zona Euro.

(Notícia atualizada às 10h17)

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Nas notícias lá fora: Vodafone, Snapchat e Taiwan

Consumidores espanhóis vão ter aumentos de preços nas telecomunicações em 2023. Snapchat a despedir perante recuo no mercado da publicidade digital. Taiwan contra-ataca se houver invasão pela China.

Vodafone anuncia subidas de preços em Espanha para 2023. Grupo que manda no Snapchat vai despedir um quinto dos trabalhadores. Êxodo de marcas ocidentais deixa vazio na Rússia, que está a ser preenchido por marcas chinesas. Conheça algumas das notícias que marcam a atualidade internacional.

Expansión

Vodafone vai subir preços em Espanha com inflação

Enquanto as operadoras resistem a anunciar subidas de preços em Portugal, o cenário é diferente do outro lado da fronteira. Um dia depois de ter sido revelado que o Índice de Preços no Consumidor em Espanha desacelerou para 10,3% em agosto, em termos homólogos, a Vodafone Espanha confirma que vai aumentar os preços em linha com a inflação a partir de 2023.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso pago/conteúdo em espanhol).

Reuters

Taiwan promete “contra-atacar” em caso de invasão chinesa

Se a China invadir Taiwan, como a Rússia invadiu a Ucrânia, a região promete exercer o direito à autodefesa e a “contra-atacar”, numa altura em que as tensões entre Pequim e a ilha estão a ferver, depois de a visita a Taipei da líder do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi, ter desencadeado exercícios militares pelo exército popular. A garantia foi deixada por um responsável militar taiwanês. A China reclama Taiwan como parte do seu território.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

Financial Times

Snapchat vai despedir 20% dos trabalhadores

A dona da rede social Snapchat tenciona despedir um quinto dos cerca de 6.500 trabalhadores que emprega, avança o Financial Times, que cita uma fonte com conhecimento da decisão. Com sede em Los Angeles, a Snap expandiu rapidamente o número de trabalhadores nos primeiros dois anos de pandemia, à medida que os confinamentos puxaram pelo número de horas passadas nestas plataformas. Mas a conjuntura mudou. As receitas com publicidade digital estão a encolher, dificultando a vida à empresa fundada por Evan Spiegel.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

Bloomberg

Marcas chinesas preenchem vazio deixado pelo ocidente na Rússia

A invasão da Ucrânia pela Rússia mobilizou as principais marcas ocidentais a fecharem portas no país liderado por Vladimir Putin, tanto pelo efeito das sanções como pelo receio de danos reputacionais. A saída deixou um vazio que está a ser preenchido pela China. Marcas chinesas de automóveis, televisões e smartphones estão a substituir os automóveis alemães e as importações a partir da Coreia do Sul, noticia a Bloomberg.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

El Economista

Reino Unido estima 200 mil milhões em “lucros caídos do céu”

O Governo britânico calcula que as empresas de eletricidade venham a obter cerca de 170 mil milhões de libras (perto de 200 mil milhões de euros) em “lucros caídos do céu” nos próximos anos. O montante diz respeito a benefícios relacionados com o atual contexto da crise energética, numa altura em que o Reino Unido abre a porta à imposição de um novo imposto extraordinário sobre estes proveitos, de forma a financiar medidas de ajuda financeira às famílias.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre/conteúdo em espanhol).

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