Sabe tudo o que precisa sobre seguros de vida?

  • Servimedia
  • 30 Agosto 2022

A Getlife, uma companhia de seguros, reuniu algumas informações que os consumidores devem ter em conta antes de subscreverem a apólice de um seguro de vida. Conheça-as aqui.

A companhia de seguros Getlife divulgou, esta terça-feira, nove dicas que os consumidores devem ter em conta antes de fazerem um seguro de vida. A sua oferta é “o seguro de vida mais moderno, flexível e competitivo do mercado”, que pode ser subscrito “de forma simples, muito rápida e 100% online” como parte do seu objetivo de “mudar a indústria de seguros de vida na Europa”, noticia a Servimedia.

O objetivo da Getlife é que “todos possam ter acesso a apólices de seguro de vida eticamente concebidas, de fácil compreensão, que sejam adaptadas à vida das pessoas que protegem”.

Os dados oficiais da Unespa mostram que todos os anos existem cerca de 70 mil famílias em Espanha que equilibram a sua situação financeira graças à proteção financeira oferecida pelo seguro de vida em caso de morte ou invalidez permanente. No total, cerca de 20 milhões de pessoas em Espanha estão cobertas por seguros de vida.

No entanto, há uma parte da população que tem dificuldade de acesso a este produto. A idade, profissão e saúde dos segurados são alguns dos fatores que são analisados pelos sistemas tradicionais de avaliação de riscos utilizados pelas seguradoras tradicionais. Isto significa que uma pessoa pode ser considerada como um perfil de risco e rejeitada pela maioria das seguradoras ou que os prémios a serem pagos para ser protegida são muito elevados.

No entanto, para a Getlife, a idade já não é uma barreira para fazer um seguro de vida, uma vez que desenvolveu um método de contratação “com uma apólice de seguro flexível, sem permanência, que se adapta à idade da pessoa que a faz e com a qual, a partir de 5 euros por mês, os utilizadores podem segurar 150 mil euros de indemnização”. Para os idosos, a Getlife tem “um seguro específico com cobertura até aos 74 anos, desde 8 euros por mês”.

Quanto à compensação que os beneficiários receberiam em caso de morte ou invalidez, a empresa desenvolveu uma calculadora com a qual, respondendo a algumas perguntas, se pode descobrir o valor do prémio.

Do mesmo modo, a cobertura é um ponto “essencial” do seguro. É habitual que seja por morte ou incapacidade permanente absoluta. Mas pode também incluir alguns serviços adicionais que devem ser tidos em conta, pois podem aumentar o prémio e podem não ser necessários.

Para subscrever uma apólice de seguro, determinar quem serão os beneficiários é um dos primeiros passos a dar. Neste caso, a Getlife desenvolveu uma apólice de seguro de vida que lhe permite gerir convenientemente, 100% online e em qualquer altura este tipo de alterações sem aumentar o valor a pagar.

A Getlife acredita que não basta que o seguro esteja ligado à hipoteca oferecida pelos bancos, pelo que as apólices de seguro de vida que oferecem podem significar uma poupança média de até 10700 euros no total em hipotecas de 30 anos, entre 30 mil e 120 mil euros.

Do mesmo modo, para trabalhadores de risco como bombeiros, polícias ou guardas civis ou pessoas que têm hábitos que podem aumentar o prémio, como ciclistas ou motociclistas, a seguradora lançou apólices de seguro de vida específicas que se adaptam às necessidades do segurado, com o mesmo sistema de contratação 100% online e a mesma flexibilidade ao modificar as condições contratadas.

A saúde do segurado é o principal fator que as seguradoras tradicionais analisam na sua avaliação do risco. Isto significa que muitos cidadãos com doenças crónicas, que não são limitativas, são rejeitados e não podem aceder à proteção do seguro de vida. Por este motivo, a seguradora concebeu um sistema de avaliação de riscos que, através da tecnologia de “grandes dados”, inclui outros fatores na análise, tais como os hábitos de vida dos segurados.

Assim, a Getlife cobre até 700 doenças e “abre a porta a quem sofre de asma, diabetes ou hipertensão, entre muitas outras, para receber a proteção do seguro de vida sem a necessidade de pagar apólices abusivas“.

Do mesmo modo, a extensão ou redução do capital segurado “devem ser flexibilidades que uma apólice de seguro de vida deve oferecer para que seja realmente um serviço duradouro”. Por este motivo, a Getlife oferece “uma apólice de seguro cujo prémio é pago mensalmente e que permite gerir e modificar as condições online e a qualquer momento, a fim de “adaptar a cobertura às necessidades do cliente a qualquer momento”.

Finalmente, para o cancelamento da apólice, foi concebida uma apólice de seguro sem permanência, que o segurado pode cancelar a qualquer momento.

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Nova SBE recebe 1.700 novos estudantes de mestrado no campus de Carcavelos

São esperados cerca de 1.700 novos alunos, dos quais 68% estrangeiros. Durante cinco dias, os estudantes têm a oportunidade de explorar a escola, a comunidade e o seu propósito.

Os novos alunos dos mestrados de Análise de Negócio, Desenvolvimento Internacional & Políticas Públicas, Economia, Empreendedorismo de impacto & Inovação, Finanças e Gestão já começaram a chegar ao campus da Nova SBE, em Carcavelos, no âmbito da semana de receção, a Discovery Week. A iniciativa, que decorre até 2 de setembro, sexta-feira, acolhe este ano cerca de 1.700 estudantes.

“Queremos liderar um movimento entre as grandes business schools do mundo, no sentido de desenvolver a investigação e preparar o talento capaz de operacionalizar a transição que o mundo precisa. Não queremos apenas um futuro mais sustentável para os nossos alunos, queremos alunos que definam o caminho para esse mundo mais sustentável. E esses alunos implicam business schools diferentes: mais interdisciplinares, mais humanistas, mais inovadoras”, refere Daniel Traça, dean da Nova SBE.

“Os acontecimentos dos últimos anos, com uma pandemia mundial, a guerra, as ondas de calor e tantos outros, demonstram a urgência desta transição. A Nova SBE não quer apenas liderar a transição. Quer que Carcavelos seja o espaço onde começa um grande movimento”, acrescenta, citado em comunicado.

São esperados cerca de 1.700 novos alunos, dos quais 68% são estrangeiros. Durante esta semana, os estudantes têm a oportunidade de explorar a escola, a comunidade e o seu propósito, através de palestras e sessões práticas nos últimos dois dias da Discovery Week, 1 e 2 de setembro, que serão destinados à participarão nas Conferências do Estoril.

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Na saída de Marta Temido, partidos exigem reformas no SNS

Ministra da Saúde de saída do Governo com coro de críticas da esquerda à direita e partidos a exigirem transformações profundas no Serviço Nacional de Saúde.

A ministra da Saúde apresentou a demissão na madrugada desta terça-feira, “por entender que deixou de ter condições para se manter no cargo”. O primeiro-ministro já aceitou o pedido, e, da esquerda à direita, os partidos reagem à decisão, depois dos comentários de figuras do setor.

Marta Temido “deu muito ao país” e ficará “na memória de todos”, diz PS

Em reação à demissão da ministra da Saúde, do lado do PS, Porfírio Silva agradece a Marta Temido pelo “excelente trabalho” executado, nomeadamente durante “anos da pandemia”, em “que a pudémos ver todos os dias, todas as horas” como uma “trabalhadora essencial”.

“Sabemos como foi duro para cada um de nós e sabemos como terá sido duro, mas cumpriu”, disse o deputado socialista, acrescentando que Marta Temido ficará também “na memória de todos” por ter pertencido aos “governos do Partido Socialista que inverteram o ciclo de investimento do SNS”. “Temos hoje mais, muito mais profissionais no SNS, temos hoje muito mais investimento e a Dra. Marta Temido esteve lá”, enalteceu Porfírio Silva, em declarações transmitidas pela RTP3.

“Obrigada, Dra. Marta Temido”, disse o deputado socialista, referindo que a governante demissionária “deu muito ao país”. Questionado sobre quem irá suceder a Marta Temido, o socialista remeteu os esclarecimentos para o primeiro-ministro.

PSD acusa Temido de ter posto “ideologia à frente da saúde dos portugueses”

À direita, o vice-presidente do PSD diz que o pedido de demissão de Marta Temido “peca por tardio” e que a ministra “está longe de ficar na boa memória dos portugueses”, mas que, “infelizmente, as suas políticas terão impacto no curto, no médio e no longo prazo”.

Em declarações transmitidas pela RTP3, Miguel Pinto Luz acusa o Governo socialista de desenvolver uma “política de saúde em que o custo cresceu”, mas que a “qualidade do serviço diminuiu”, com “urgências fechadas, consultas, exames e operações adiadas e com profissionais a debandarem do SNS”. “O Governo pela mão de Marta Temido, mas sempre com a concordância do senhor primeiro-ministro, criou um caos nas urgências de obstétrica numa situação absolutamente vergonhosa”, acrescentou.

O vice-presidente dos sociais-democratas acusa a ministra de não ter sabido “dialogar com médicos e enfermeiros” e de ter posto “as suas convicções pessoais” e a sua “ideologia à frente do que era mais importante, a saúde dos portugueses”.

Questionado sobre o sucessor de Marta Temido, Miguel Pinto Luz sinaliza que “o timing e a escolha do tempo caberá ao primeiro-ministro, mas avisa que “para o PSD é urgente que se mude a politica de saúde em Portugal”, e sublinha que o partido “está disponível” para “contribuir com uma visão do SNS para 30 anos”.

Chega desafia Costa a assumir pasta da Saúde

O Chega considera que a demissão de Marta Temido “era uma situação absolutamente evitável, não fosse a degradação permanente, consecutiva, a que o Chega chamou a atenção, dos serviços de saúde, dos cuidados de saúde e da situação política da própria ministra da Saúde”. André Ventura entende também que a saída “é o símbolo e o desgaste de uma maioria absoluta. A teimosia do primeiro-ministro em manter a ministra e a linha, mesmo quando os serviços não estavam a responder”.

Sobre o perfil da nova pessoa na pasta, o partido entende que o futuro ministro “tem de ter experiência na área da saúde, tem de ser capaz de ouvir os profissionais de saúde e não estar em guerrilha com os profissionais de saúde. Não pode ter cegueira ideológica”.

No entanto, como o Governo admite que a sucessão “não será rápida”, o Chega desafia Antónia Costa a assumir temporariamente a pasta da Saúde “tal como fez com os Assuntos Europeus na constituição do atual Governo. André Ventura afasta que o secretário de Estado António Lacerda Sales assuma o lugar e entende mesmo que este deveria “colocar o lugar à disposição”.

Iniciativa liberal exige “reforma profunda do sistema”

A par do PSD, também a Iniciativa Liberal (IL) sublinha que será importante perceber se a saída de Marta Temido representa ou não uma mudança de políticas na área da Saúde. “Ficamos sem saber se se demite uma ministra ou se se acaba uma política”, aponta o partido liderado por João Cotrim Figueiredo, em comunicado.

Além disso, os liberais sinalizam que é “fundamental perceber os motivos invocados pela ministra no momento da demissão”. “Que condições deixaram de existir esta madrugada? Que dado novo ou evolução recente levaram a esta decisão que, em face do estado de degradação do sistema de saúde ou mesmo dos casos particularmente trágicos que todas as semanas se sucedem, já poderia ter acontecido há meses?”, questiona o partido.

Nesse contexto, a IL insta o primeiro-ministro a dar “explicações ao país” com “clareza”, nomeadamente no que respeita às “orientações políticas” que vai dar ao novo titular da pasta. “Só uma reforma profunda do sistema”, baseada “na concorrência entre prestadores e na liberdade de escolha dos doentes, poderá dar aos portugueses cuidados de saúde com a qualidade e celeridade que merecem”, conclui o partido.

Mais do que um novo nome, BE pede nova política

O Bloco de Esquerda aproveitou a saída de Marta Temido para recordar que há um contexto de “falta de capacidade do SNS” e uma “falta crescente de cuidados de saúde. É uma situação que não é nova e que tem vindo a degradar-se rapidamente”, salientou Catarina Martins. A coordenadora do partido lembrou também a “enorme divergência” entre o BE e o PS na área da Saúde.

“Neste momento desejamos que não se continuem a adiar as decisões fundamentais para que SNS funcione e garanta o acesso à saúde de toda a população nas melhores condições. O Governo tem vindo a adiar sistematicamente todas as condições para o SNS trabalhar. Não tem feito investimentos no SNS e tem perdido profissionais a cada dia que passa. Essa é a situação que tem de ser travada já”, exigiu Catarina Martins, em declarações difundidas pela RTP3.

A coordenadora do BE destacou ainda que “a passividade de um Governo cuja política de saúde não é definida apenas pela ministra da Saúde mas sim por todo o Governo — e bem sabemos como decisões quotidianas do SNS são tomadas no Ministério das Finanças – esse Governo tem assistido, de braços cruzados à degradação do SNS. Não tem de ser assim”.

Sobre a substituição de Marta Temido, Catarina Martins considerou que “uma linha de continuidade da saúde é um desastre. Mudar a ministra sem mudar a política não vale de nada“, concluiu.

“SNS não se reforça com política de privatização”, defende PCP

Do lado do PCP, Ana Paula Santos assinala que “mais do que os rostos do Governo”, o fundamental “é uma mudança de políticas”, de forma a “fortalecer o SNS”. “Perante a situação em que se encontra o SNS, o que se exige ao Governo é a resposta para saber se vai tomar as medidas que são necessárias para fortalecer o SNS“, afirmou a líder parlamentar dos comunistas, em declarações transmitidas pela RTP3, dando como exemplo “a necessidade de reforço ao nível dos profissionais” de saúde, bem como melhorar a “capacidade “de assegurar os serviços”.

Segundo os comunistas são necessárias “medidas para salvar o SNS”, que passam pela valorização das carreiras, bem como ao nível dos salários trabalhadores e de um “reforço do investimento”. “O SNS não se reforça numa lógica e com uma opção política de privatização, mas com a valorização dos trabalhadores”, avisa a deputada.

“Não trata da mudança do titular da pasta, mas sim das políticas públicas, diz PAN

A par do PCP, também o PAN sinaliza que mais do que uma mudança na pasta da Saúde, são necessárias mudanças nas políticas públicas nesta área. “Nessa medida, mesmo com esta demissão, aquilo que nos preocupa é se vamos ter uma continuidade das politicas, nomeadamente de desinvestimento sucessivo do SNS e de falta de valorização dos seus profissionais”, afirmou Inês Sousa Real, em declarações à RTP3.

Nesse sentido, a líder do PAN pede ao Governo que se sente “à mesa com as ordens profissionais e sindicatos e que daqui saia uma consequente valorização dos profissionais com a exclusividade dos médicos, a valorização das carreiras e com a resolução de um problema que se acaba por agudizar no verão que é a contratação [médicos] tarefeiros ao invés da contratação de pessoal”, especificou. Nesse sentido, Inês Sousa Real espera que o sucessor/a de Marta Temido “tenha capacidade de diálogo e investimento no SNS”.

“Nem tudo se resolve com mais orçamento”, diz Rui Tavares

Pela voz do Livre, Rui Tavares considera que é preciso ter “consciência” de que as falhas no Serviço Nacional de Saúde não são uma situação que “tenha que ver com uma pessoa em particular ou com a substituição de uma pessoa por outra”, mas “com problemas estruturais que o SNS está a enfrentar que são muito graves e que precisam de uma ação decisiva por parte do Governo que não tem acontecido”.

“Há até o risco de se olhar para este pedido de demissão aceite pelo primeiro-ministro como uma espécie de de desistência de se resolver estes problemas quando aquilo que precisamos é de um grito de alerta”, avisa o deputado único, em declarações à RTP3, acrescentando que “sistemas muito complexos como é o do SNS podem entrar numa situação de crise depois de num declínio muito acentuado”.

Nesse contexto, Rui Tavares sublinha que o SNS “é um pilar essencial do Portugal democrático”, pelo que defende que é necessário recuperar os laços de confiança com os profissionais de saúde em termos de carreiras“, mas também ao nível dos salários, bem como encontrar estratégias para captar profissionais de saúde que optaram por emigrar. Por isso, o Livre insta o Executivo a adotar o programa Regressar Saúde. “Nem tudo se resolve com mais orçamento”, diz Rui Tavares, sinalizando que o sucessor de Marta Temido “precisa de ter respaldo político do primeiro-ministro”, bem como do ministro das Finanças.

Presidente da República informado da demissão de Marta Temido

Marcelo Rebelo de Sousa confirmou que foi informado da demissão de Marta Temido. “O Presidente da República foi informado pelo Primeiro-Ministro, no início do dia de hoje [terça-feira, dia 30 de agosto], da intenção da Ministra da Saúde, Marta Temido, de cessar as suas funções, posição essa que aceitava”, lê-se numa nota publicada na página da Presidência.

O Presidente da República “aguarda a formalização do pedido de exoneração, bem como da proposta de nomeação de novo titular, nos termos do artigo 133.º, alínea h), da Constituição”, conclui a nota publicada nesta terça-feira de manhã.

(Notícia atualizada às 13h06 com declarações do Chega)

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Avaliação bancária das casas sobe há 11 meses e atinge novo recorde

Valor das casas atribuído pelos bancos nos pedidos de crédito para compra de habitação subiu pelo 11.º mês seguido em julho, atingindo novo recorde nos 1.417 euros por metro quadrado.

O valor das casas calculado pelos bancos na hora de conceder empréstimos para a aquisição de habitação está a subir ininterruptamente há 11 meses, tendo aumentado dez euros em julho para 1.417 euros por metro quadrado, o registo mais elevado desde janeiro de 2011, quando começa a série do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O valor médio da avaliação bancária tem como base inquéritos aos bancos no âmbito da concessão de crédito à habitação às famílias.

É preciso recuar ao início da pandemia, em março de 2020, para observar a última descida na avaliação bancárias das casas, sendo que em agosto do ano passado registou uma variação nula. Desde então tem vindo sempre a subir, num sinal de forte confiança das instituições financeiras nos empréstimos para a compra de habitação, apesar do novo contexto de turbulência de alta inflação, guerra na Ucrânia, aperto dos juros do Banco Central Europeu (BCE) e ameaça de uma recessão.

Com estes valores, uma casa com 100 metros quadrados estará avaliada pelos bancos em 141.700 euros em termos médios nacionais (e por referência), importando salientar que há diferenças de valores de região para região e por tipologia de habitação.

O valor atribuído pelos bancos tem acompanhado a trajetória de valorização das casas nas transações nos últimos anos — geralmente, a avaliação dos bancos é feita acima do preço a que as habitações são efetivamente vendidas. A subida dos custos das matérias-primas, nomeadamente para construção e obras nas casas, também poderá ajudar a explicar esta evolução.

O INE adianta que houve uma descida de 6% no número de avaliações bancárias consideradas, que ascenderam a cerca de 29 mil no mês passado.

Avaliação bancária das casas não para de subir

Fonte: INE

Açores lideram subidas, Lisboa e Algarve com casas mais caras

Todas as regiões registaram subidas na avaliação bancária média dos bancos, com a Região Autónoma dos Açores a ter o aumento mais expressivo em relação ao mês anterior, com uma subida de 20 euros para 1.050 euros por metro quadrado.

A Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve são as regiões com as avaliações mais altas, tendo subido 13 euros para 1.883 euros/metro quadrado e 13 euros para 1.908 euros/metro quadrado, respetivamente.

Na Madeira a subida foi de 11 euros para 1.371 euros metro quadrado, enquanto Norte (+4 euros para 1.204 euros), Centro (+3 euros para 987 euros) e Alentejo (+2 euros para 956 euros) tiveram os aumentos mais moderados.

Por tipologia de habitação, a avaliação média bancária das moradias no país subiu 7 euros para 1.129 euros por metro quadrado, e os apartamentos aumentaram 12 euros para 1.575 euros por metro quadrado.

(Notícia atualizada às 11h27)

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Fogo em Seia mobiliza 164 operacionais e nove meios aéreos

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

Incêndio em Seia, na zona da Serra da Estrela, mobiliza 164 operacionais e nove meios aéreos.

Um total de 164 operacionais, apoiados por 35 viaturas e nove meios aéreos, combatiam, esta terça-feira, um incêndio que lavra numa zona de difíceis acessos em Loriga, na Serra da Estrela, no concelho de Seia, segundo a proteção civil.

De acordo com uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda, o alerta para o incêndio, que atinge uma zona de mato, foi dado pelas 22:05 de segunda-feira.

A fonte adiantou à agência Lusa, pelas 09:30, que o incêndio “continua ativo”, mas os trabalhos de combate às chamas “estão a decorrer favoravelmente”. O fogo progride numa zona de difíceis acessos.

Segundo o CDOS da Guarda, “foram mobilizados vários meios aéreos para auxiliarem os meios apeados que estão no terreno”.

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Euribor não dão tréguas. Taxas voltam a subir e atingem novos máximos

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

Taxas Euribor subiram esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira, atingindo novos máximos, depois de a taxa a três meses ter superado 1% pela primeira vez em mais de dez anos.

As taxas Euribor subiram esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira, atingindo novos máximos, depois de, na sessão anterior, a taxa a seis meses ter ultrapassado 1% pela primeira vez em mais de uma década.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, subiu para 1,193%, mais 0,116 pontos do que na véspera. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,162% em junho para 0,466% em julho. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
  • O prazo a três meses registou, pela décima sessão consecutiva, novo máximo, nos 0,620%, mais 0,038 pontos que os 0,582% de segunda-feira. Esta taxa entrou em terreno positivo em 14 de julho, pela primeira vez desde abril de 2015. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de -0,239% em junho para 0,037% em julho.
  • Relativamente ao prazo de 12 meses, a Euribor subiu 0,146 pontos para 1,758%, contra os 1,612% de segunda-feira. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,852% em junho para 0,992% em julho.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na reunião de política monetária realizada em 21 de julho, o BCE aumentou em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação. O BCE indicou também que nas próximas reuniões continuará a subir as taxas de juro. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Petróleo cai 2% e negoceia abaixo dos 103 dólares por barril

Matéria-prima elimina parte da subida de segunda-feira, com o Brent a regressar a um patamar abaixo dos 103 dólares por barril. Investidores estão apreensivos com perspetivas sobre oferta e procura.

Depois de uma subida superior a 4% na segunda-feira, os preços do petróleo caíam na manhã desta terça-feira, à medida que os investidores vão pesando na balança os receios em torno do impacto da inflação na procura, mas também as preocupações com a oferta.

Pelas 10h30 em Lisboa, os futuros do Brent aliviavam 2,06%, para 102,94 dólares, no rescaldo da escalada de 4,06% registada na sessão anterior. Enquanto isso, o norte-americano WTI desvalorizava 1,55%, para 95,47 dólares, na sequência e uma subida de 4,24% na segunda.

Evolução do preço do Brent

A campanha de subida agressiva de juros para controlar a inflação tem pesado no sentimento dos investidores, que temem que uma recessão trave a procura por petróleo. Mas os traders temem também um corte na produção por parte do cartel liderado pela Arábia Saudita, que tem reunião marcada para 5 de setembro.

Ainda assim, de acordo com a Reuters, esse eventual corte pode coincidir com a entrada no mercado de nova oferta por parte do Irão, caso consiga fechar o acordo nuclear com o ocidente, o que poderia amparar uma eventual redução na oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+).

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Governo quer travar inspeção obrigatória para quem regresse ao mercado regulado do gás

  • Capital Verde
  • 30 Agosto 2022

Segundo a CNN Portugal, uma inspeção extraordinária do gás para os consumidores que queiram regressar ao mercado regulado poderá ter um custo de 50 euros.

O Governo deverá estar a preparar uma clarificação à lei para que os consumidores de gás que queiram mudar para a tarifa regulada não tenham de pedir uma inspeção extraordinária. De acordo com a notícia avançada pela CNN Portugal, esta segunda-feira, esta clarificação será conhecida em breve e surge na sequência do anúncio de que, perante o aumento das tarifas do gás, os consumidores possam regressar ao mercado regulado.

Na legislação que está em vigor é explicado que as instalações de gás e a instalação dos aparelhos a gás devem ser sujeitas a inspeção extraordinária em várias situações. No entanto, existem exceções, sendo uma delas ter de existir uma declaração de inspeção válida que aprove a instalação e que permita validar que não ocorreu a substituição de qualquer dos aparelhos a gás e dos sistemas de ventilação e exaustão dos mesmos. Na ausência desta declaração de inspeção válida, quem quiser regressar à tarifa regulada teria de solicitar uma inspeção extraordinária, inspeção que tem um custo na ordem dos 50 euros, refere o canal televisivo.

Segundo a CNN Portugal, o Executivo de António Costa terá tido em conta esta condições, estando, atualmente, a preparar uma alteração à lei de forma a que esta inspeção não seja necessária no momento que passe a ser possível mudar para a tarifa regulada, tal como foi anunciado pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, na semana passada.

Nos últimos dias, várias comercializadoras de gás têm avançado com anúncios de aumentos na tarifa mensal. A mais recente, foi a Goldenergy que, esta segunda-feira, anunciou um aumento de 10 euros mensais a partir de outubro.

Esta comercializadora avança com a informação depois de a Galp ter comunicado que “irá proceder a um aumento dos preços do gás em outubro”. Antes, já a EDP Comercial havia informado que as respetivas faturas do gás natural para os clientes residenciais vão encarecer, em média, 30 euros, durante o último trimestre do ano.

 

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Grupo Dia renova modelo de liderança. Martín Tolcachir é promovido a CEO global

O novo CEO irá trabalhar lado a lado com Stephan DuCharme que, após concluir a fase de redirecionamento da empresa, continuará a exercer as suas funções de administração, de caráter não executivo.

O conselho de administração do Grupo Dia, sob iniciativa do seu presidente Stephan Du Charme, aprovou a nomeação de Martín Tolcachir, até agora CEO da Dia Argentina, como o novo CEO global do Grupo Dia. Tolcachir assumirá a estratégia da empresa a nível global e liderará a execução da estratégia de aceleração para o crescimento em todos os países onde opera.

“Enfrento este novo desafio com enorme responsabilidade e entusiasmo, determinados a fazer com que a soma do trabalho de todos nós que compomos a Dia reforce o nosso foco no cliente e a estratégia de aceleração para o crescimento da nossa empresa. Para tal, continuaremos a apostar na proximidade, sem esquecer os valores que dão sentido à Dia, o seu forte compromisso social e o nosso firme compromisso com os franqueados ​​e fornecedores locais, bem como a digitalização e o comércio eletrónico como alavancas de reforço da proximidade”, afirma Martín Tolcachir.

“Como CEO global do Grupo Dia, estou empenhado em manter viva a nossa ambição de liderar a loja de bairro onde quer que operemos e ao alcance de todos. Tenho a certeza de contar com a melhor equipa de profissionais e a certeza de estarmos apoiados na paixão dos nossos colaboradores, franqueados e fornecedores, bem como no compromisso dos nossos clientes em continuar a construir o novo Dia que sonhamos ser”, acrescenta, citado em comunicado.

O novo CEO irá trabalhar lado a lado com Stephan DuCharme que, após concluir a fase de redirecionamento da empresa, manter-se-á estreitamente ligado à Dia e continuará a exercer as suas funções de presidente do conselho de administração, de caráter não executivo.

Com esta nova estrutura de liderança corporativa, ao separar as funções de presidente e de CEO, o Grupo Dia procura acelerar o seu crescimento sustentável e rentável, concentrando-se no desenvolvimento das suas prioridades estratégicas e mantendo uma relação cada vez mais próxima com todos os seus grupos de interesse.

“Concentrámo-nos em oferecer uma proposta de valor diferenciada relativamente à nossa concorrência, um novo conceito de loja, a revisão do nosso sortido e a aceleração do desenvolvimento da nossa marca própria. Mas, acima de tudo, cimentámos as bases de uma nova liderança e uma sólida equipa de direção. Este plano estratégico já é uma realidade como prova a ascensão de Martín Tolcachir”, afirma Stephan DuCharme.

“Estou profundamente orgulhoso de dar por concluída a fase de redireção da empresa graças à grande equipa com que hoje contamos. Confio plenamente na capacidade de Martín para liderar este grupo de profissionais, apoiando-se no seu conhecimento da nossa empresa e da nossa cultura, na sua experiência anterior como CEO da Dia Argentina e outras multinacionais, assim como, na sua capacidade de enfrentar desafios como o da inflação.”

Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade de Buenos Aires e com um MBA pela IMD Business School, o novo CEO global do Grupo Dia tem mais de 20 anos de experiência no setor da distribuição e grande consumo, em empresas como Carrefour ou Eletrolux.

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Russa Gazprom vai fazer novos cortes no fornecimento de gás a França

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

A redução de fornecimento por parte da Gazprom para França já acontece há vários meses, tendo chegado apenas aos 1,5 Terawatts por hora no último mês, de acordo com a Engie.

A empresa russa Gazprom vai proceder a novos cortes nas suas entregas de gás à francesa Engie devido a um desacordo sobre a execução dos contratos, anunciou esta terça-feira a principal fornecedora de gás em França.

Os fornecimentos de gás russo à Engie diminuíram consideravelmente desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro, caindo recentemente para apenas 1,5 Terawatt-hora (TWh), disse a empresa francesa em comunicado, citado pela agência AFP. Este valor deve ser visto no contexto de “fornecimentos anuais totais na Europa de mais de 400 TWh”, acrescentou a Engie, na qual o Estado francês detém quase 24%.

O grupo afirmou já ter posto em prática medidas para poder fornecer os seus clientes mesmo no caso de uma interrupção nos fluxos da Gazprom. “A Engie já tinha assegurado os volumes necessários para assegurar o abastecimento dos seus clientes e para as suas próprias necessidades”, disse a empresa.

Na quinta-feira passada, as reservas de gás da França excederam o limite de 90% de enchimento para o inverno, de acordo com a plataforma do Inventário Europeu de Armazenamento de Gás Agregado (AGSI), e estão no bom caminho para cumprir a meta de 100% até novembro, segundo a AFP.

O porta-voz do Governo, Olivier Véran, confirmou esta terça-feira na rádio Franceinfo que o objectivo será alcançado “até ao fim do verão”, mas avisou que isto não significa que a França terá gás suficiente para passar o inverno se os russos o cortarem e se o consumo for elevado.

No final de julho, a Engie disse ter reduzido significativamente a sua “exposição financeira e física ao gás russo”, que já representava apenas cerca de 4% dos seus aprovisionamentos.

“Está completamente dentro da margem de flexibilidade das nossas carteiras, por isso não estamos nada preocupados”, disse a presidente executiva da Engie, Catherine MacGregor.

Desde o início da guerra na Ucrânia, a Rússia tem reagido às sanções dos países ocidentais com cortes nos fornecimentos de gás, alegando problemas técnicos ou alterações contratuais relativamente ao pagamento na moeda russa, o rublo.

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Marca de cosméticos brasileira abre fábrica em Matosinhos ainda este ano

Marca de cosméticos capilares brasileira abre fábrica em Matosinhos, onde já tem um centro logístico que distribui produtos para outros países europeus.

A empresa brasileira Prime Pro Extreme vai investir 300 mil euros em equipamento para produção de produtos de tratamento capilar profissional, na nova fábrica que vai abrir este ano, em Matosinhos, em data ainda a anunciar, avançou ao Local Online/ECO o fundador e CEO da empresa. Vítor Visat afirmou ainda que, durante este ano de 2022, a empresa, que distribui produtos por 52 países, já faturou 400 mil euros.

A decisão de abrir a primeira fábrica de cosméticos, em Matosinhos, surge na sequência de “toda a atividade da empresa na Europa já se desenvolver, há alguns anos, a partir do centro logístico com 750 metros quadrados“, instalado nesta cidade do distrito do Porto. Ao longo destes anos, Vítor Visat já investiu um milhão de euros na infraestrutura e na contratação de profissionais. Por enquanto, a sede administrativa e fabril está localizada no Brasil.

É neste espaço de Matosinhos que a marca também dispõe de uma academia de formação técnica para distribuidores e cabeleireiros da Europa, além de realizar eventos oficiais da marca. “Temos uma academia para ensinar o cabeleireiro a aperfeiçoar as técnicas”, resume o CEO da marca que já foi cabeleireiro durante duas décadas.

Produzimos, anualmente, 20 toneladas de cosméticos e do mais inovador em tratamento capilar profissional que existe.

Vítor Visat

CEO da Prime Pro Extreme

Mas foi, em 2011, nos Estados Unidos da América (EUA) que o negócio começou, com 60 mil euros de capitais próprios. Desde linhas de alisamento progressivo até champôs e máscaras para o cabelo, muitos são os artigos produzidos pela empresa, alguns deles com recurso a matérias-primas de Angola — como óleos essenciais –, assim como açaí e guaraná do Brasil. A empresa brasileira aposta ainda na vertente sustentável dos produtos, muitos dos quais são provenientes da floresta amazónica, e “em propostas diferenciadoras, como a máscara de hidratação de alto impacto com partículas de ouro“, adianta Vítor Visat.

Produzimos, anualmente, 20 toneladas de cosméticos e do mais inovador em tratamento capilar profissional que existe”, nota o empresário que, entretanto, já abriu em janeiro deste ano um escritório em Barcelona, Espanha. No horizonte da empresa está a ainda expansão para o mercado espanhol.

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Oito polémicas que marcaram o percurso de Marta Temido no Governo

Do desmentido sobre a PPP de Braga aos telefonemas a diretores hospitalares, recorde 8 polémicas que marcaram o percurso de Marta Temido como ministra da Saúde. Pediu a demissão durante a madrugada.

A ministra da Saúde, Marta Temido, pediu a demissão a António Costa durante a madrugadaTIAGO PETINGA/LUSA

A notícia foi conhecida durante a madrugada e promete marcar este dia de terça-feira: a ministra da Saúde, Marta Temido, que estava no cargo desde 2018 e tutelou a pasta da Saúde durante a pandemia, pediu ao primeiro-ministro para sair do Governo, por entender que “deixou de ter condições para se manter no cargo”. António Costa aceitou a demissão.

Em comunicado, o Ministério da Saúde não dá mais detalhes sobre o que precipitou a opção, embora a decisão tenha sido tomada depois de ser tornado público que uma grávida morreu enquanto estava a ser transferida para outro hospital por falta de vagas no Hospital de Santa Maria. A saída da ministra acontece num momento de fortes constrangimentos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e depois de ter estado envolvida em várias polémicas no setor ao longo dos últimos anos.

Se a ministra demissionária chegou a ser vista como uma figura de relevo dentro do Partido Socialista, e até uma das possíveis sucessoras, tendo chegado a receber o cartão de militante pelas mãos de António Costa no Congresso do PS em Portimão no ano passado, os sucessivos casos que abalaram o Serviço Nacional de Saúde nos últimos meses culminaram agora na sua saída de cena.

Do desmentido sobre a PPP de Braga aos telefonemas a diretores hospitalares, recorde oito polémicas que marcaram os mandatos de Marta Temido.

Fim da PPP no Hospital de Braga

Em dezembro de 2018, a ministra da Saúde garantia que a parceria público-privada (PPP) do Hospital de Braga iria terminar por “indisponibilidade definitiva” do gestor privado, o grupo José de Mello, em prolongar o atual contrato.

“O contrato atual do Hospital de Braga termina em agosto de 2019 e o parceiro público suscitou ao parceiro privado a possibilidade, na pendência da organização do processo de um novo concurso para uma nova PPP [parceria público-privada], se prolongar o atual contrato”, disse Marta Temido, a 12 de dezembro de 2018, no final de uma audição na comissão parlamentar de Saúde. “Tanto quanto é do conhecimento, houve já uma indisponibilidade definitiva do parceiro privado para continuar a operar”, acrescentou ainda Marta Temido.

Horas depois, Marta Temido foi desmentida pelo próprio grupo José de Mello que se dizia “desde o primeiro momento disponível para o prolongamento do Contrato de Gestão da PPP do Hospital de Braga, dentro do atual modelo contratual, desde que esclarecidas as condições de execução do contrato e de sustentabilidade financeira da parceria”.

Negociar com enfermeiros seria “privilegiar o criminoso”

Poucos dias depois do caso da PPP de Braga, surgiu uma nova polémica. Numa altura em que os enfermeiros estavam em greve, a sucessora de Adalberto Campos Fernandes assegurava, em entrevista à TSF/ Diário de Notícias, que não iria negociar com os enfermeiros que estavam em greve, considerando que isso seria “privilegiar o criminoso”.

“Nem sequer isso [negociar com os sindicatos em greve] seria correto para com as estruturas que decidiram dar-nos o benefício de continuar à mesa e a negociar connosco, portanto isso estaria a privilegiar, digo eu, o criminoso, o infrator”, disse Marta Temido, a 16 de dezembro de 2018.

As palavras suscitaram incómodo dentro da classe dos enfermeiros e forçaram Marta Temido a fazer um pedido de desculpas, através de um telefonema dirigido à bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, sublinhando que não tinha intenção de chamar “criminosos” aos profissionais de saúde.

É preciso “enterrar os mortos e tratar dos vivos”

Em entrevista ao programa “Grande Entrevista”, da RTP, Marta Temido respaldou-se numa frase proferida por Marquês de Pombal, aquando do terramoto que abalou a cidade de Lisboa em 1755, para responder a uma questão sobre o facto de a penalização do erro médico ter ficado de fora da Lei de Bases da Saúde.

“Quando há problemas dessa tipologia aquilo que nos preocupa a todos é que (…) peço desculpa pela expressão… enterrar os mortos e tratar dos vivos. Não será feliz [a expressão] mas muitas das coisas que acontecem na vida do nosso Serviço Nacional de Saúde não são felizes”, afirmou Marta Temido, a 25 de dezembro de 2019.

A frase suscitou uma onda de reações nas redes sociais e chegou a ser comentada por Adolfo Mesquita Nunes, na altura deputado do CDS-PP. “A maioria das frases infelizes de um político tem um contexto, uma lógica. A afirmação da ministra da saúde sobre o erro médico também a tem, como tinha o ‘piegas’ ou o suposto ‘emigrem’ de passos. Serão frases evitáveis? Com certeza. Mas mais evitável é a indignação seletiva”, escreveu, numa publicação no Twitter.

Temido pede médicos “mais resilientes”

Depois de, em 2020 e 2021, Marta Temido ter ganhado popularidade na gestão da resposta à pandemia, e de ter, por diversas vezes, sublinhado a importância dos profissionais de saúde no combate à Covid-19, as declarações da ministra numa audição na Comissão Parlamentar de Saúde, em novembro de 2021, vieram agitar as águas.

Questionada sobre o motivo pelo qual os médicos não se fixam no SNS, Marta Temido respondeu: “É bom que todos nós, como sociedade, pensemos nas expectativas e na seleção destes profissionais, porque, por ventura, outros aspetos como a resiliência são tão importantes como as competências técnicas. Estas são profissões, de facto, que exigem uma grande capacidade de resistência, de enfrentar a pressão e o desgaste e temos que investir nisso.”

As declarações da ministra foram fortemente criticadas pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM): “É uma imperdoável ofensa que os médicos portugueses exaustos por centenas de horas extraordinárias não mais perdoarão”, escreveu em comunicado. Também o Presidente da República veio defender os médicos, referindo que, “se há característica que os profissionais de saúde demonstraram, além da devoção e competência, é a resiliência”.

Face a esta polémica, Marta Temido pediu desculpa, explicando que “não disse em momento nenhum que é preciso recrutar profissionais [de saúde] mais resilientes. Disse que é necessário que todos façamos um investimento em mais resiliência, sobretudo quem trabalha em áreas tão exigentes como a da saúde.”

Aborto como critério para os médicos de família

Já em maio deste ano, o Público noticiava que um grupo de trabalho criado para rever o modelo de organização e funcionamento das Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo B preparava-se para apresentar uma proposta que, na prática, penalizava os médicos de família que realizassem interrupções voluntárias da gravidez (IVG).

O caso não envolvia diretamente Marta Temido, mas forçou a governante a intervir. Em comunicado, a ministra informou que o grupo de trabalho decidira deixar cair aquele critério, referindo que os indicadores “suscetíveis de leituras indesejáveis”. E ainda antes disso, questionada pelos deputados no Parlamento, a governante sinalizou que “a IVG para as mulheres que a fizeram é profundamente penalizadora para a saúde física e mental. Podemos discordar, ou concordar, mas não considerar isto é hipócrita.”

Marta Temido chegou a ser apontada como uma das possíveis sucessoras de António CostaTIAGO PETINGA/LUSA

Ministra “não perde a fé em melhorar as coisas” na saúde

Numa altura em que vários hospitais são obrigados a suspender os serviços de urgência obstétrica por falta de profissionais de saúde para assegurar as escalas, Marta Temido desdobrava-se em declarações, assegurando que o Governo está empenhado em resolver os problemas nas urgências, mas sublinhando que há problemas que “só se resolvem com soluções estruturais” que demoram tempo.

“Neste momento, aquilo que tínhamos programado realizar, temos conseguido”, disse Marta Temido, a 22 de julho, à margem da visita à obra do Novo Hospital Central do Alentejo. A ministra assegurou que já eram esperadas “contingências durante o verão” e que ultimamente estas carências têm tido “maior visibilidade”, mas até salvaguardou que este não é um problema exclusivo de Portugal.

“Os sistemas de saúde têm problemas, a vida tem problemas. A questão é: como é que nos posicionamos em relação aos problemas? Há uns que baixam os braços, outros dizem que não há nada a fazer e que está tudo mal e há uns que fazem, como nós estamos a fazer”. Não podemos perder a fé de que vamos melhorar as coisas”, resumiu Marta Temido.

Temido terá telefonado a diretores de serviços hospitalares a pedir cancelamentos de férias

Com a crise nas urgências sem solução à vista, o Governo desdobra-se em medidas para responder ao problema, que foram desde a criação de uma Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Bloco de Partos, à criação de um regime de remuneração excecional nestes serviços ou até à criação de um motor de busca com os horários das urgências.

Além disso, a ministra da Saúde terá ligado a diretores de serviço de diversos hospitais do Serviço Nacional de Saúde sugerindo que cancelassem as férias de alguns trabalhadores, de forma a assegurar as escalas, segundo revelou o Observador.

Esta situação foi confirmada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que em comunicado intitulado “Assim não vai lá, Sr.ª Doutora”, acusa a ministra de “fazer telefonemas a diretores de serviço a questioná-los por não terem suspendido as férias dos médicos em resposta à falta de recursos agravada por abandonos em massa do SNS ou substituir diretores clínicos na esperança que sejam tirados coelhos da cartola”.

Falhas no SNS devem-se a decisões “nos anos 80”

Já na semana passada, Marta Temido atribuiu os constrangimentos atuais no SNS a decisões tomadas “há várias décadas, nos anos 80”.

“O facto de termos um número de médicos em determinadas especialidades que é insuficiente para a rede de prestação de cuidados de saúde que hoje temos — insuficiente e, em termos etários, desadequado daquilo que precisamos de garantir — não é o resultado de uma escolha de hoje, ontem ou do ano passado. É o resultado de uma escolha que foi feita há várias décadas, nos anos 80, quando o acesso aos cursos de medicina estava altamente limitado, o que levou a que tivéssemos agora o reflexo dessa escolha”, justificou Marta Temido, em conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros, a 25 de agosto.

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