Programas de seguros internacionais de património e responsabilidades

  • BRANDS' ECOSEGUROS
  • 4 Julho 2022

Estes programa talvez não sejam sempre a melhor solução para uma empresa multinacional a operar em Portugal, explica Francisco Leitão, CEO da Amplitude Seguros.

Existindo um elevado conhecimento técnico do corretor local, uma forte articulação com o risk manager da empresa mãe e com a gestão local, apólices locais independentes podem resultar em importantes vantagens, sem comprometer a política gestão risco global definida pela multinacional.

Novas empresas internacionais a operar em Portugal ou empresas portuguesas adquiridas por multinacionais optam cada vez mais, através de negociações centralizadas e exclusivas da sua casa mãe e dos respetivos brokers master, por incluir os riscos em Portugal nas apólices master no país de origem, em regime DIC/DIL. Ou seja, assegurando a diferença de limites e condições nestas apólices, mas não prescindindo de apólices locais emitidas em Portugal, através dos escritórios da seguradora em Portugal, caso existam ou via seguradora da respetiva network.

Francisco Leitão, CEO da Amplitude Seguros.

Esta é uma tendência dos últimos anos que no contexto atual, pode não se revelar a estratégia mais assertiva. A questão que se coloca é que estes programas são negociados pela empresa no país onde esta possui os headquarters através do broker master, com definição dos capitais globais na apólice master, capitais que funcionam em excesso. E pela definição de capitais por geografia, num contexto de hard market europeu, ao nível dos prémios de risco em seguros de património e responsabilidades decorrentes da necessidade de transferência de risco para resseguro, devido aos elevados volumes de capital em risco. Constata-se que estas soluções estruturadas de programas internacionais, em determinadas situações, podem não ser a melhor opção para as empresas.

"Apólices locais independentes podem resultar em importantes vantagens, sem comprometer a política gestão risco global definida pela multinacional.”

Francisco Leitão

CEO Amplitude Seguros

O mercado segurador português possui bons clausulados, em alguns casos, como são exemplo os seguros de património. Existem inclusivamente soluções de estrutura de clausulado all risks, este facto conjugado com capitais seguros na geografia, local de risco Portugal que não ultrapassem a capacidade de cobertura do risco a 100% por uma seguradora portuguesa ou que não exceda o tratado de resseguro da seguradora em Portugal, resulta que uma apólice negociada e contratada em Portugal pode ter um pricing mais económico, em alguns casos com diferencial de taxas significativamente inferiores.

Este facto, acrescido do tema do nível de transferência de risco, traduzido nas franquias em que num programa internacional, com emissão de apólice local, são tendencialmente mais elevadas, pode resultar que uma apólice totalmente negociada e subscrita em Portugal através de um broker local, desde que assegurada uma estreita colaboração com o risk manager global da empresa e com a gestão local na avaliação dos riscos, nível de transferência de riscos a implementar de acordo com as diretrizes da casa mãe, materializada nas coberturas e/ou derrogação de eventuais exclusões, pode resultar numa alternativa credível, sólida e robusta aos programas multinacionais tradicionais, inclusivamente defendendo melhor os interesses das multinacionais.

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Projeto para porto de Portimão receber navios de maior dimensão tem parecer favorável com condições

  • Lusa
  • 4 Julho 2022

APA deu parecer “favorável” para que porto de Portimão possa receber navios de cruzeiro de maior dimensão. Projeto fica “condicionado” à realização prévia de levantamento arqueológico subaquático.

“Declaro como positivo que haja uma declaração de impacto ambiental favorável, ainda que condicionada”, afirmou o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve. José Apolinário reagia, assim, durante uma conferência de imprensa, ao parecer “favorável” que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) deu para que o porto de Portimão possa receber navios de cruzeiro de maior dimensão. O projeto fica, contudo, “condicionado” à realização prévia de um levantamento arqueológico subaquático.

José Apolinário sublinhou que a decisão “permite avançar para uma nova fase”: articular com os municípios de Portimão e de Lagoa, e com a Administração dos Porto de Sines e do Algarve “o procedimento de financiamento” relativo à pesquisa arqueológica subaquática indicado como “condição prévia”.

Quando concretizado, o projeto de “aprofundamento e alargamento do canal navegação do Porto de Portimão” irá permitir receber na embocadura do rio Arade navios até aos 272 metros de comprimento – atualmente recebe navios até 210 metros -, passando a profundidade da dragagem dos atuais oito metros para os 10 metros, a bacia de rotação dos 355 metros para os 500 metros, permitindo a duplicação da capacidade de receção de passageiros e turistas de navios de cruzeiro na região.

“Estão doravante criadas as decisões ambientais e de justificação do projeto para fazer do Porto de Portimão, no rio Arade, um dos portos de referência do turismo de cruzeiros”, realçou José Apolinário, acrescentando tratar-se de “uma boa notícia para o turismo, para o uso sustentável do oceano e para a economia do mar na região do Algarve”.

O presidente da CCDR do Algarve indicou que tem agora “três tarefas e ambições”: defender a alocação do necessário financiamento que, até à segunda metade de 2024, permita realizar os trabalhos prévios de pesquisa dos achados arqueológicos subaquáticos; defender o financiamento da descarbonização do Porto Urbano de Portimão, de modo a que as embarcações quando paradas possam utilizar fontes de energia renovável (até final de 2024); e dinamizar e reforçar as ligações marítimas de navios de cruzeiros e de passageiros entre Portugal e a Andaluzia (ligações Cadiz-Sevilha-Portimão-Lisboa) e na bacia de acesso ao Mediterrâneo.

José Apolinário alertou para o facto de não haver ainda decisões finais e afirmou que várias estimativas indicam que a pesquisa arqueológica subaquática pode custar cerca de três milhões de euros, a descarbonização e requalificação ambiental 12 milhões e as obras de dragagem outros 12 milhões.

No parecer emitido, a APA afirma que, “na globalidade se considera que o conjunto de condições estabelecidas no presente documento irão contribuir para a minimização dos principais impactes negativos identificados, admitindo-se que os impactes residuais não serão de molde a inviabilizar o projeto”.

Em 2018, a ministra do Mar da altura, Ana Paula Vitorino, anunciou em reposta aos deputados, durante uma audiência parlamentar na Comissão de Agricultura e Mar, que a intervenção de 17,5 milhões de euros no Porto de Portimão, de forma a poder receber navios até 272 metros de cumprimento, deveria estar concluída até 2020.

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Galp Energia e GreenVolt puxam por Lisboa

Lisboa terminou a sessão desta segunda-feira ligeiramente acima da linha de água. Galp Energia e GreenVolt puxaram pelo PSI, mas perdas do BCP e família EDP travaram ganhos mais expressivos.

Lisboa terminou a sessão desta segunda-feira ligeiramente acima da linha de água, num dia misto nas bolsas europeias e que as bolsas norte-americanas estão encerradas. A puxar pelo desempenho do índice de referência nacional esteve a Galp Energia e a GreenVolt.

Pela Europa, o Stoxx 600 valorizou 0,61%, enquanto o britânico FTSE 100 somou 1,03% e o francês CAC-40 subiu 0,54%. Em contrapartida, o alemão DAX cedeu 0,14% e o espanhol IBEX-35 desvalorizou 1,11%. Por cá, o PSI terminou ligeiramente acima da linha de água, ao subir 0,04% para 6.054,210 pontos, impulsionado pelo setor energético.

O desempenho da Galp Energia destacou-se no índice de referência nacional, com a petrolífera a subir 2,58%, para 10,935 euros, beneficiando da subida das cotações do petróleo nos mercados internacionais. O barril de Brent, referência para as importações nacionais, avança 1,84% para 113,68 dólares.

Nota positiva ainda para os títulos da GreenVolt, que subiram 3,30% para 7,82 euros, naquele que é o último dia do período para a subscrição de ações do aumento de capital da empresa, iniciado em 20 de junho. Na informação enviada aos mercados no início do mês passado, era referido que o preço das novas ações é de 5,62 euros e que os acionistas e investidores têm direitos preferenciais de subscrição. Ao mesmo tempo, a REN valorizou 0,35% para 2,90 euros por ação.

Em destaque estiveram ainda as cotadas ligadas ao setor da pasta e do papel. A Semapa avançou 1,93%, a Altri ganhou 2,31% e a Navigator valorizou 1,64%.

Em contraciclo e a pesar no índice de referência nacional esteve a família EDP e o BCP. No grupo EDP, a subsidiária EDP Renováveis cedeu 2,48% para 23,22 euros, enquanto a “casa mãe” recuou 0,93% para 4,59 euros. Já os títulos do banco liderado por Miguel Maya cederam 3,09% para 15,68 cêntimos.

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BCE quer travar lucros extraordinários dos bancos com empréstimos baratos

  • ECO
  • 4 Julho 2022

Bancos poderão ganhar até 24 mil milhões de euros com os empréstimos baratos que o BCE concedeu na pandemia. Banco central quer impedir lucros extraordinários e prepara medidas.

O Banco Central Europeu (BCE) quer impedir que os bancos obtenham lucros extraordinários com os empréstimos baratos que concedeu na pandemia, assim que começar a subir as taxas de juro já este mês, de acordo com o Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

Ao abrigo das TLTRO (Operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas), o BCE concedeu 2,2 biliões de euros em empréstimos aos bancos para evitar um choque de crédito quando a crise pandémica atingiu a Europa. Mas agora, com o banco central a dar início à subida das taxas para controlar a inflação, os bancos na Zona Euro preparam-se para ganhar até 24 mil milhões de euros com estes empréstimos baratos, de acordo com os analistas.

O conselho de governadores do BCE está a discutir como poderá reduzir a margem extra que centenas de bancos poderão ganhar se estes empréstimos forem depositados no banco central, adiantaram três fontes próximas do assunto ao jornal britânico. Uma das fontes disse que seria inaceitável o BCE garantir lucros aos bancos enquanto as famílias e as empresas estão a pagar mais pelos seus empréstimos e os próprios bancos estão a pagar bónus aos trabalhadores e a pagar dividendos aos acionistas.

O BCE deverá subir a taxa de depósito para -0,25% na reunião de 21 de julho e já sinalizou que a subida prevista para setembro poderá ser maior, o que traria esta taxa para valores positivos pela primeira vez numa década.

Uma opção poderá passar pela mudança das condições dos empréstimos para reduzir a probabilidade de os bancos obterem ganhos automáticos com a subida dos juros, disse umas das fontes citadas pelo Financial Times.

O Morgan Stanley estima que os bancos poderão ganhar entre 4 mil milhões e 24 mil milhões de lucros extraordinários se depositarem estes empréstimos baratos concedidos pelo BCE… no banco central, dependendo do ritmo de subida das taxas de juro nos próximos meses.

O BCE iniciou este esquema em setembro de 2019. Inicialmente, estes empréstimos foram disponibilizados com a taxa de depósito do BCE de -0,5%. Mas, com a pandemia, o BCE cortou a taxa para -1%, pagando mais aos bancos no sentido de fazer chegar liquidez à economia.

Entretanto, em junho, o BCE reajustou a taxa dos TLTRO de novo para a sua taxa de depósito no mês passado (-0,5%). Contudo, a taxa dos empréstimos é calculada com base na média ao longo da sua vida útil de três anos. Ou seja, com a perspetiva de subida dos juros pelo BCE nos próximos meses, a taxa média de depósito ao longo do atual programa TLTRO será inferior à nova taxa de depósito, permitindo aos bancos obterem lucros extraordinários se depositarem os empréstimos TLTRO em Frankfurt.

Foi neste cenário que a Moody’s reconheceu no mês passado que muitos bancos vão adiar os reembolsos dos empréstimos TLTRO: “Os bancos europeus vão manter as TLTRO durante o tempo que conseguirem porque é dinheiro grátis”.

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SATA prevê saída de 150 trabalhadores até final de 2023 através de rescisões

  • Lusa
  • 4 Julho 2022

O grupo de aviação prevê poupanças de 70 milhões de euros até 2025, através da “reestruturação da frota” e da “eficiência operacional”.

Cerca de 100 trabalhadores já saíram da companhia aérea açoriana SATA desde que foi lançado o primeiro programa de rescisões, em 2020, anunciou esta segunda-feira o presidente da empresa, adiantando que outros 50 funcionários deverão sair até final de 2023.

O número foi revelado por Luís Rodrigues durante uma apresentação aos jornalistas do Plano de Reestruturação da SATA, que decorreu na sede da companhia de aviação, em Ponta Delgada. “Nós negociámos saídas até à data de cerca de 100 pessoas e ainda vão sair mais 50 até ao final de 2023”, declarou.

O primeiro programa de rescisões negociadas para saídas por mútuo acordo, pré-reformas e reformas antecipadas foi lançado no final de 2020. Luís Rodrigues reforçou que a reestruturação do grupo não prevê despedimentos coletivos e destacou que a administração está em “contacto permanente com os sindicatos”.

“Neste momento, está a decorrer uma nova vaga interna de acordos de rescisão, pré-reformas, reformas antecipadas e saídas por mútuo acordo. A adesão tem sido interessante. Nesse tema, acho que não vai haver problema algum”, assinalou, enaltecendo a “paz social” no interior da empresa. O presidente da companhia açoriana especificou que as rescisões têm sido “transversais”, não afetando nenhuma área ou serviço do grupo em particular.

“As rescisões têm uma particularidade: têm de ser feitas de acordo com a operação e de acordo com a chefia. Se houver alguma área em que as pessoas queiram ir embora e isso crie problema operacionais, não pode ser”, salientou.

Durante a apresentação, Luís Rodrigues avançou com “cinco pilares” para garantir a “sobrevivência e o desenvolvimento” da SATA: a “otimização da rede”, a “reestruturação da frota”, a “eficiência operacional”, a “negociação com fornecedores” e a “agilização do trabalho”.

O grupo de aviação prevê poupanças de 70 milhões de euros até 2025, através da “reestruturação da frota” e da “eficiência operacional”, implementando “programas de eficiência” para “otimizar o planeamento” e “reduzir o consumo de combustível em terra”.

A SATA vai ainda “reestruturar” o catering a bordo, reduzir os “custos de distribuição” (com o “fim das comissões pagas a operadores turísticos”) e “otimizar os serviços partilhados”, procedendo à “digitalização dos processos”. Para atingir aquela poupança, a SATA pretende ainda negociar com os fornecedores os contratos do ‘handling’, dos “custos com estadias”, da manutenção das aeronaves (aumentando a “utilização de recursos internos”) e do serviço de ‘leasing’.

A companhia quer proceder à “redução temporária da remuneração”, “reestruturar as subsidiárias” nos Estados Unidos e Canadá e renegociar os acordos laborais para “melhorar a produtividade e diminuir a contratação sazonal”. Luís Rodrigues realçou ainda que de janeiro a junho de 2022 se registou o “melhor primeiro semestre de sempre” da SATA em termos de receita e que os resultados operacionais da companhia estão “em linha com o Plano de Reestruturação”.

O presidente da companhia reforçou que o Plano de Reestruturação prevê a obtenção de resultados positivos em 2023. Em 14 de junho foi anunciado que a SATA teve em 2021 um resultado antes de juros e impostos positivo e um resultado líquido negativo de –57,4 milhões de euros, uma melhoria de mais de 30 milhões face a 2020.

Em comunicado, a companhia revelou que o “resultado líquido consolidado melhorou em mais de 30 milhões de euros” no ano passado, comparativamente a 2020 (quando o prejuízo se fixou em 88 milhões), continuando, contudo, em “terreno negativo” no valor de -57,4 milhões de euros.

A Comissão Europeia aprovou, em 07 de junho, uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais.

As dificuldades financeiras da SATA perduram desde pelo menos 2014, altura em que a companhia aérea detida na totalidade pelo Governo Regional dos Açores começou a registar prejuízos, agravados pelos efeitos da pandemia de covid-19, que teve um enorme impacto no setor da aviação.

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Brussels Airlines cancela cerca de 700 voos em julho e agosto para evitar greves

  • Lusa
  • 4 Julho 2022

Num primeiro momento estava previsto o cancelamento de 148 voos durante o mês de julho, mas afinal serão anulados 675 voos durante os dois meses de verão.

A companhia Brussels Airlines vai cancelar cerca de 700 voos entre julho e agosto para reduzir a carga de trabalho dos seus funcionários e evitar novas greves como a que teve lugar no final de junho.

Os cancelamentos equivalem a 6% dos voos programados para essa temporada e a Brussels Airlines estima perder cerca de 10 milhões de euros com a decisão, mas segundo os ‘media’ locais esse número é idêntico ao da primeira estimativa dos prejuízos causados pela greve de pilotos e pessoal de cabine durante três dias em junho.

Segundo a agência Europa Press, num primeiro momento estava previsto o cancelamento de 148 voos durante o mês de julho, mas afinal serão anulados 675 voos durante os dois meses de verão, por pressão dos sindicatos, tendo a companhia assegurado que não pode assumir mais cancelamentos.

Após ter sido anunciada a decisão, os sindicatos e a empresa retomam os contactos para encontrar soluções a curto prazo para a “sobrecarga” de trabalho denunciada por pilotos e tripulantes e deixarão as negociações sobre medidas a um prazo mais longo para o final do verão.

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Montenegro ainda não foi contactado para reunião sobre novo aeroporto

  • Lusa
  • 4 Julho 2022

“Estamos com Governo há sete anos incapaz de resolver esse problema. Não vamos criar a expectativa que ele se vai resolver em sete dias”, disso o líder da oposição.

O líder do PSD disse esta segunda-feira que não foi contactado pelo Governo para abordar o futuro aeroporto de Lisboa e que tal não tem de ocorrer com pressa, garantindo que o partido quer falar a uma só voz.

“Dentro do PSD não é como dentro do Governo. Nós queremos falar todos a uma só voz. Queremos articular posições, queremos coordenar posições e, portanto, eu tenho de falar com os meus companheiros de partido, com aqueles que me acompanham nos órgãos nacionais e depois, atempadamente, falaremos também com o Governo”, afirmou aos jornalistas Luís Montenegro, em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, a sua primeira deslocação enquanto presidente do partido em exercício de funções.

Adiantando que não foi contactado para qualquer reunião visando debater o futuro aeroporto do país, o dirigente do PSD explicou que “não ocorreu, nem tem de ocorrer com essa pressa”. “Estamos com Governo há sete anos incapaz de resolver esse problema. Não vamos criar a expectativa que ele se vai resolver em sete dias”, declarou.

Afirmando que o partido está muito sereno “relativamente àquilo que o país precisa do ponto de vista estratégico”, Luís Montenegro esclareceu que o PSD está a instalar os órgãos nacionais que foram eleitos no domingo, no 40.º Congresso do PSD.

“E como tive ocasião de dizer no Congresso Nacional do PSD, transmitiremos ao Governo em primeira mão a nossa posição, e também a metodologia e os requisitos que poderemos vir a reputar como fundamentais, essenciais mesmo, para que possa haver um processo de diálogo”, explicou.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro António Costa determinou a revogação do despacho que aponta os concelhos do Montijo e Alcochete, como localizações para a nova solução aeroportuária da região de Lisboa, desautorizando o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, que no dia anterior apresentou esta proposta.

A solução apontada passa por avançar com o projeto de um novo aeroporto no Montijo complementar ao Aeroporto Humberto Delgado, para estar operacional no final de 2026, sendo os dois para encerrar quando o aeroporto no Campo de Tiro Alcochete estiver concluído, previsivelmente em 2035.

Quanto à regionalização, questionado com o facto de o anúncio de não apoiar um referendo à regionalização em 2024 ter apanhado de surpresa alguns autarcas e se vai manter a mesma posição, Montenegro respondeu: “Não está à espera de que eu vá dizer na segunda-feira uma coisa diferente do que disse no domingo”.

“Defendemos que é completamente inoportuno fazer o referendo nesta legislatura. Se o Governo entender fazê-lo, fará. Mas numa altura em que o Governo tem um processo de descentralização em curso que não agrada a ninguém, o Governo não consegue descentralizar competências para os municípios e para as associações [comunidades] intermunicipais que seriam as mais simples de descentralizar, acha que tem credibilidade para dizer ao país que consegue fazer um processo de descentralização através da criação de regiões administrativas se nem naquilo que é quase básico consegue fazer?”, perguntou.

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Stoneweg amplia administração financeira e de investimento

  • Servimedia
  • 4 Julho 2022

O grupo de investimento imobiliário Stoneweg expandiu o seu Conselho de Administração com três novos diretores e ainda criou duas novas direções nas áreas de finanças e investimento.

O Stoneweg, grupo de investimento imobiliário com sede em Genebra, decidiu expandir o seu Conselho de Administração com a nomeação de três novos diretores, noticia a Servimedia.

São Simona Terranova, fundadora da MT Finance, uma empresa de consultoria em regulação e gestão de risco, é uma das novas diretoras do grupo. Anteriormente, foi diretora na PWC e, mais tarde, sócia da Deloitte, o que se traduz em mais de 20 anos de experiência em auditoria e num vasto conhecimento da comunidade financeira suíça e europeia.

O segundo dos novos diretores é Clarence Peter, um advogado e sócio principal da Kellerhals Carrard, que aconselha várias empresas nacionais e internacionais sobre direito societário e comercial.

Por fim, o terceiro e último novo diretor da Stoneweg é Yvar Mentha, sócio da BRP (Bizzozero & Partners), uma empresa suíça de consultoria reguladora transfronteiriça. Antes de se juntar ao BRP, trabalhou durante mais de 20 anos em vários cargos superiores num grande banco privado sediado em Genebra. É um perito reconhecido no campo institucional na Suíça.

Para além das novas adições ao Conselho de Administração, Stoneweg também criou duas novas direções – Finanças e Investimento-, que serão chefiadas por Yvan Mermod (CFO) e Rafael Cerezo (CIO), respetivamente.

Yvan Mermod terá a sua sede em Genebra, onde vai supervisionar as atividades contabilísticas e financeiras do grupo, bem como os aspetos de conformidade regulamentar. Com mais de 25 anos de experiência, foi anteriormente sócio da KPMG Suíça, onde supervisionou o setor de gestão de investimentos para a Suíça francófona.

O novo CFO de Stoneweg mostrou-se agradecido por se juntar “a uma empresa extremamente dinâmica, com uma equipa talentosa e motivada e uma vasta gama de atividades/estratégias com grande potencial de crescimento. Estou ansioso por trabalhar com o resto da equipa de gestão enquanto embarcarmos na próxima fase da viagem do grupo”.

Rafael Cerezo terá a sua sede em Madrid e vai ser responsável pelo desenvolvimento das estratégias de investimento do grupo. Cerezo iniciou a sua carreira no Barclays Plc e, depois, trabalhou durante mais de 15 anos na M&G Investments. Trabalhou em Londres como investidor sénior e gestor de fundos dentro da equipa de reestruturação e situações especiais da M&G e, mais recentemente, como co-diretor do negócio.

Para Rafael Cerezo, o compromisso da empresa é importante e acredita que “o investimento imobiliário, tal como concebido por Stoneweg, abre novas oportunidades num setor que muitas vezes carece de imaginação. Para mim é uma oportunidade de me juntar a uma empresa que oferece aos investidores oportunidades únicas e soluções inovadoras”.

Estas nomeações coincidem com um forte período de crescimento para a Stoneweg desde a sua criação em 2015, e a chegada destes profissionais ao negócio é um marco importante na abordagem dos ambiciosos planos de crescimento da empresa.

“Temos a sorte de ter desfrutado de um crescimento anual impressionante desde o lançamento de Stoneweg em 2015. Isto deve-se principalmente à qualidade das nossas equipas, a todos os níveis. O reforço do nosso Conselho de Administração e o recrutamento de líderes seniores é fulcral para a nossa concentração na atração e retenção das melhores pessoas, permitindo-nos consolidar as nossas bases fortes e assegurar que estamos a proporcionar um crescimento sustentável nos próximos anos”, concluiu Jaume Sabater, CEO da Stoneweg.

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Tailandesa Minor transforma antigo mosteiro em hotel de luxo no Alentejo

Anantara Hotels, Resorts & Spas, pertencente à Minor Hotels, vai transformar o antigo mosteiro de Vila Viçosa num hotel de luxo. Unidade hoteleiras abre portas em 2024.

A tailandesa Anantara, pertencente ao Grupo Minor Hotels, fechou mais uma aquisição em território nacional. Através de uma parceria com o grupo português Investaureum, a empresa comprou um antigo mosteiro em Vila Viçosa, no Alentejo, e vai transformá-lo num hotel de cinco estrelas com mais de 50 quartos. Sem ser revelado o valor do investimento, sabe-se que o Anantara Royal Vila Viçosa Resort abre portas em 2024.

Localizado no centro de Vila Viçosa, conhecida como a “Princesa do Alentejo”, o novo resort terá 50 quartos, dez suítes, 16 residências, uma piscina exterior e interior, três restaurantes, um bar e uma adega, diz a Anantara, em comunicado enviado esta segunda-feira. Será ainda criado o Anantara Spa, com uma sala de fitness, e três salas de conferência.

Este projeto resulta de uma parceria estratégica entre os portugueses da Investaureum e a tailandesa Anantara, que “vai trazer a sua experiência de luxo a esta propriedade, contribuindo também para o desenvolvimento económico da região” de Vila Viçosa. O Anantara Royal Vila Viçosa Resort está atualmente em fase de reabilitação e construção e irá abrir portas em 2024.

Ramón Aragonés, diretor-executivo da NH HOTELS, parte integrante da Minor Hotels, empresa-mãe de Anantara, comenta que esta nova unidade vai dar “continuidade à expansão da marca Anantara na Europa e em Portugal”. É o segundo hotel da marca em território nacional, depois de um no Algarve. A Anantara estreou-se na Europa em 2017 com a abertura do Anantara Vilamoura Algarve Resort.

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Hoopers fecha ronda de meio milhão para desenvolver comunidade de jogadores e fãs de basquetebol

Este investimento vai permitir aumentar a equipa, dar sequência ao desenvolvimento da plataforma tecnológica e expandir as operações para outro mercado.

A startup portuguesa Hoopers, plataforma de comunidade que conecta jogadores, fãs e entusiastas de basquetebol, através de campos, conteúdos, experiências e NFTs, levantou uma ronda de investimento de meio milhão de euros com a Sport Horizon Holding, fundo de investimento europeu especializado na indústria de SportsTech, e a Portugal Ventures. A ronda conta também com a participação de business angels, como Niko Klansek, investidor na Niftify e partner do fundo de web3 Kenmare, e de Ricardo Carvalho, investidor em Sports Tech e Inovação Social. Este investimento vai permitir aumentar a equipa, dar sequência ao desenvolvimento da plataforma tecnológica e expandir as operações para outro mercado.

“Este investimento é um voto de confiança no trabalho que temos desenvolvido até aqui, mas sobretudo no potencial da criação e afirmação de uma plataforma global de comunidade que combine basquetebol, arte urbana e hip-hop, através da fusão entre o mundo físico e o digital. Queremos aproveitar a enorme base instalada neste desporto, o potencial da Web3 e explorar oportunidades de expansão para outros mercados”, explica André Costa, CEO da Hoopers, citado em comunicado.

Para Dario Montagnese, managing partner da Sport Horizon Holding, “o investimento na Hoopers representa a entrada da Sport Horizon no mercado português”. “Acreditamos neste projeto desde a primeira abordagem com a equipa, em quem depositamos grande confiança. Estamos convencidos de que depois dos excelentes resultados alcançados num mercado relativamente pequeno, como é o caso de Portugal, a Hoopers tem potencial para escalar globalmente.”

As expectativas de Teresa Fiúza, vice-presidente da Portugal Ventures, também são elevadas. “Este investimento na Hoopers, não é apenas numa plataforma digital, mas sim numa comunidade que liga o desporto às indústrias criativas. Através do basquetebol, da música hip-hop e da arte urbana, estamos confiantes que vamos conseguir tornar a sociedade mais inclusiva e participativa em áreas fundamentais para o enriquecimento do ser humano”, afirma.

Incubada na Startup Lisboa e na Startup Braga, a Hoopers prepara-se para continuar a anunciar novos projetos de recuperação de campos desportivos com intervenções de arte urbana e novos produtos, assim como lançar o seu projeto de NFTs focado na comunidade.

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ANA prepara “chatbot” para ajuda automática aos passageiros nos aeroportos

Gestora de aeroportos, incluindo o de Lisboa, encontra-se a desenvolver uma aplicação móvel para tratamento automatizado dos problemas dos passageiros e envio de informação.

A ANA, gestora de vários aeroportos portugueses, incluindo o de Lisboa, está a desenvolver um “chatbot” para ajudar os passageiros no esclarecimento de dúvidas ou resolução de problemas. A empresa espera que esta “aplicação informática para telemóveis” seja capaz de dar informações e direcionar as pessoas para os canais apropriados, consoante a questão.

A medida faz parte do plano de contingência preparado em conjunto com o Governo para dar resposta “ao aumento exponencial do desembarque de passageiros no período do verão”, avançou o Ministério da Administração Interna num comunicado.

“No plano tecnológico: a ANA encontra-se a desenvolver um ‘chatbot’ – aplicação informática para telemóveis – para informação e auxílio dos passageiros, com vista a um melhor direcionamento dos mesmos para o canal apropriado”, lê-se na nota divulgada esta segunda-feira.

“Chatbot” é o nome dado a aplicações que recorrem a métodos de inteligência artificial – uns mais do que outros – que permitem o tratamento automatizado de pedidos ou questões colocadas pelas pessoas. O recurso a “chatbots” é uma tendência crescente nos serviços de apoio ao cliente, mas pode gerar frustração por não permitir o contacto imediato com uma pessoa real.

A ANA acredita que um “chatbot” também pode ajudar no auxílio aos passageiros nos aeroportos portugueses, sendo uma de duas medidas ainda em fase de implementação. A outra é “desenvolver sinalética que permitirá melhorar e simplificar os diversos canais dedicados ao fluxo de passageiros”.

A par destas, o Ministério da Administração Interna dá conta do reforço de meios humanos nos aeroportos, incluindo inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP). Além disso, está a ser alargado o recurso às portas tecnológicas de controlo eletrónico de passageiros.

Estas medidas surgem numa altura em que a retoma dos voos após a Covid-19 está a gerar caos nos aeroportos ao nível internacional, incluindo em Portugal, sobretudo no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Neste fim de semana, foram cancelados dezenas de voos, deixando em terra milhares de pessoas e provocando longas filas e demoras, à medida que os passageiros procuravam solução para os respetivos constrangimentos.

Para esta segunda-feira, a ANA prevê o cancelamento de 29 voos de e para o aeroporto de Lisboa, entre 15 partidas e 14 chegadas.

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Lufthansa Group reforça voos do Porto para Zurique e Genebra. Câmara “agradece” aposta

Companhia aérea Swiss, do Lufthansa Group, reforça oferta para este verão, com mais dez voos para Zurique e mais quatro para Genebra. A Câmara do Porto considera uma grande aposta na cidade.

Durante os meses de julho e agosto, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, vai ter disponível mais dez voos semanais diretos para Zurique e mais quatro para Genebra operados pela companhia aérea Swiss International Air Lines (Swiss), que pertence ao Lufthansa Group. Esta aposta na cidade vem responder aos apelos do município face ao “desinvestimento” da TAP e à necessidade de “atrair outras companhias aéreas” para a região. “Em breve, vamos apresentar ao Governo algumas soluções que encontrámos, já que não se consegue ter as ligações asseguradas pela companhia aérea portuguesa TAP“, anunciou a vereadora com o Pelouro do Turismo e da Internacionalização da Câmara do Porto, Catarina Santos Cunha.

À margem da apresentação do reforço de voos pela Swiss, no Jardim Botânico do Porto, a vereadora com o Pelouro do Turismo e da Internacionalização explicou que o documento, a apresentar ao Governo, resulta de um grupo de trabalho constituído com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) “no sentido de se encontrar outra forma de atrair companhias aéreas”.

Por isso mesmo, o anúncio de mais 14 voos diretos, a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, da parte da companhia aérea suíça Swiss, surge como uma lufada de ar fresco para Catarina Santos Cunha. O município tem travado uma “luta” para conseguir posicionar a cidade e atrair mais companhias aéreas, sobretudo desde o “desinvestimento” da TAP na infraestrutura localizada no concelho da Maia. A vereadora acredita que é só uma questão de tempo até muitas mais companhias aéreas seguirem o exemplo da Swiss para alavancar a região.

Em breve, vamos apresentar ao Governo algumas soluções que encontrámos, já que não se consegue ter as ligações asseguradas pela companhia aérea portuguesa TAP.

Catarina Santos Cunha

Vereadora da Câmara do Porto com o Pelouro do Turismo e da Internacionalização

Para a vereadora do município do Porto, este reforço “só demonstra que a cidade e a região se estão a posicionar cada vez melhor“. Mais, reiterou: “É um reconhecimento de como temos crescido face ao resto do país, mesmo em termos de turismo. Faz parte da estratégia que estamos a desenvolver e que será brevemente comunicada na procura de um turismo mais bem posicionado, com a preocupação na internacionalização, nas visitas de negócios”, por exemplo.

“O mercado da Suíça interessa. Além disso, esta companhia aérea tem ligações internacionais para outros destinos do mundo que são relevantes para nós”, afirmou a vereadora do município do Porto, lembrando que o Aeroporto Francisco Sá Carneiro foi recentemente distinguido pelo Airport Council International com o prémio de ‘Best European Airport 2022’.

Entre as razões para esta aposta da Swiss no Porto estão, segundo o o diretor-geral de vendas em Portugal, Thomas Ahlers, o facto de “ser uma cidade mais segura, politicamente estável comparada com outros locais do mundo, com muito potencial, além de as pessoas serem simpáticas e amigáveis”.

“Além dos serviços existentes de manhã, meio-dia e noite do Porto para Zurique, a Swiss disponibiliza um voo matinal do Porto quatro vezes por semana desde 1 de julho. O voo LX2069 sai do Porto às 03:05 e chega a Zurique às 06:30, dando aos passageiros um ótimo acesso a uma vasta rede de voos de ligação atraentes do hub Swiss”, anunciou o diretor-geral de vendas Portugal, durante a sessão de apresentação.

“A Swiss está a oferecer 70% mais voos a partir do Porto do que em 2019, antes da pandemia, até seis frequências diárias. No total, a companhia aérea está a operar um número recorde de nove voos diários das cinco cidades portuguesas de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Ponta Delgada para a Suíça no horário de Verão”, sublinhou ainda o diretor-geral de vendas Portugal. Interpelado pelos jornalistas se este reforço vai continuar no inverno, Thomas Ahlers respondeu: “Ainda não temos novidades e detalhes sobre o inverno; apenas este anúncio para o verão”.

A diretora geral do Lufthansa Group para a Europa Ocidental, Júlia Hillenbrand, destacou, por sua vez, “a sustentabilidade como pedra angular do programa de transformação da Swiss”, com “80% menos ruído a ser emitido pelas aeronaves modernas na descolagem em comparação com as construídas há 60 anos”.

“Os voos para Genebra estão disponíveis a partir de 78 euros para um voo de ida e volta. A tarifa mais barata para um voo de ida e volta para Zurique é de 99 euros”, divulga a companhia aérea suíça.

Também presente no evento, Leslie Bent, representante do turismo da Suíça em Portugal, adiantou que houve um aumento de portugueses a viajar para aquele país à procura de destinos de natureza. E aproveitou a oportunidade para referir que o “país não é só neve, tem muito mais do que isso para oferecer. Viajar para a Suíça é mágico, tem imensos museus para visitar, entre muitas outras atrações. Além dos famosos queijos e chocolates”.

“Com uma das frotas de aeronaves mais avançadas e eficientes em termos de carbono da Europa, a Swiss é uma companhia aérea de primeira linha que oferece voos diretos a partir de Zurique e Genebra para manter a Suíça ligada à Europa e ao mundo”, informa a companhia aérea. Faz parte do Lufthansa Group e é também membro da Star Alliance, a maior rede mundial de companhias aéreas.

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