Alfândega da Fé investe 1,5 milhões de euros na zona industrial para atrair mais empresas

  • Lusa e ECO
  • 28 Junho 2022

Alfândega da Fé investe 1,5 milhões de euros na zona industrial para atrair novos investimentos e expandir negócios, como o dos frutos secos, uma das principais indústrias do concelho transmontano.

A Câmara Municipal de Alfândega da Fé vai investir investir 1,5 milhões de euros em trabalhos de ampliação e requalificação da zona industrial com o objetivo de atrair novos investimentos e expandir negócios. Entretanto, a autarquia já assinou o auto de consignação que, dentro de um ano, vai oferecer melhores condições de acesso e criar “22 ou 23 novos lotes”.

O investimento de 1,5 milhões de euros é financiado pelo programa Operacional Norte 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento regional (FEDER), e vai servir para “requalificar a zona industrial existente, nomeadamente uma primeira ampliação feita há uns anos, mas que não ficou concluída por falta de infraestruturas”, referiu o presidente da Câmara Municipal da Alfândega da Fé, Eduardo Tavares.

“Vai permitir darmos melhores condições a alguns empresários do nosso concelho e a outros que se queiram instalar. Alfândega ficará com uma capacidade que supera os 50 lotes”, resumiu Eduardo Tavares. “Através da intervenção a efetuar, vai ser possível expandir as infraestruturas existentes e melhorar as acessibilidades, para desta forma, converter a zona industrial de Alfândega da Fé num espaço atrativo para a instalação de novas empresas e captação de investimentos. Além de ser mais competitivo para o setor empresarial local”, lê-se no site da autarquia.

A obra será feita por duas fases, com o prazo de um ano, e vai permitir instalar as infraestruturas necessárias em dez lotes, alguns já entregues, e criar mais 13 lotes, segundo o autarca.

Na zona industrial deste concelho do distrito de Bragança estão instaladas pequenas empresas, oficinas, empresas de transformação, agroindustriais e ligadas aos frutos secos.

Um dos propósitos do município é criar condições para investimentos complementares às atividades desta área, que permitam “uma ampliação e fortalecimento deste setor com empresas já instaladas e que precisam de aumentar a sua área”, nomeadamente na produção de amêndoa. “E, claro, também diversificar um pouco a oferta com outras atividades no nosso concelho, atrair também novas indústrias. Há alguns pedidos, algumas vontades, alguns contactos feitos e é essa a nossa expectativa”, indicou o edil.

A dinamização do setor empresarial e da economia local é uma das prioridades do executivo. Nesse sentido, a autarquia “tem vindo a trabalhar e a desenvolver ações para incentivar o surgimento de novos negócios, fomentar a criação de emprego” assim como atrair investimento e capital humano. Criou, por isso, incentivos à instalação de empresas na zona industrial, como é o caso da redução ou isenção de taxas municipais de licenciamento e a baixa do preço de venda de lotes, que pode atingir os 100% caso sejam criados 20 ou mais postos de trabalho fixos.

Segundo Eduardo Tavares, “Alfândega da Fé é, desde há muito tempo, o concelho que tem uma das mais importantes indústrias neste setor, a empresa Amendouro, que captou também há uns anos uma empresa espanhola nesta área”.

Por se tratar de “um setor que tem sido reabilitado em termos de produção, tem havido uma grande reconversão das áreas no concelho e na região, as produções têm vindo a aumentar nos últimos anos e há efetivamente aqui uma necessidade de, não só aumentar a capacidade instalada destas empresas, mas também oferecer outros serviços complementares, como o descasque e a secagem da amêndoa”.

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Lisboa avança 2% impulsionada pelo setor energético

Bolsa encerrou com todas as cotadas em terreno positivo, numa sessão em que as cotadas da energia brilharam. GreenVolt disparou mais de 4% e foi a estrela.

A bolsa de Lisboa encerrou esta terça-feira pintada de verde, em linha com o desempenho do resto da Europa. A contribuir para esta tendência de ganhos estiveram, sobretudo, os títulos do setor energético, com destaque para a GreenVolt, que disparou mais de 4%.

O PSI somou 1,94%, para 6.172,51 pontos, num dia em que o índice de referência europeu, Stoxx 600, valorizou 0,23%, para 416,04 pontos. Em Lisboa, todas as cotadas encerraram em terreno positivo, à exceção dos CTT, cujas ações se mantiveram inalteradas.

A contribuir para este desempenho do índice nacional estiveram as cotadas do setor energético, com destaque para a GreenVolt, que disparou 4,26%, para 7,34 euros, representando a maior subida desta sessão. A EDP avançou 3,42%, para 4,633 euros, e a EDP Renováveis cresceu 1,37%, para 22,93 euros.

A Galp Energia ganhou 2,92%, para 11,795 euros, no dia em que o preço do barril de petróleo está a valorizar cerca de 1,5% nos mercados internacionais.

Ainda nas subidas, destaque para o BCP, que avançou 0,88%, para 0,1726 euros, e para o setor do retalho, com a Sonae a avançar 2,09%, para 1,175 euros, e a Jerónimo Martins a valorizar 1,85%, para 20,34 euros.

As papeleiras também se destacaram esta terça-feira, com a Semapa a crescer 2,11%, para 13,54 euros; a Navigator a avançar 0,67%, para 3,898 euros; e a Altri a subir 1,17%, para 6,5 euros.

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Santos Silva vê na economia azul potencial grande motor de desenvolvimento

"Não conseguimos tornar mais verde a nossa economia (...) se não prestarmos atenção aos oceanos. Ao mesmo tempo, a economia azul não será sustentável se não for verde”, sublinhou Santos Silva.

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, dirigiu-se a empresários, trabalhadores e associações para deixar uma mensagem: uma economia azul sustentável pode tornar-se “um dos grandes motores do nosso desenvolvimento”.

Santos Silva dirigiu-se a empresários, trabalhadores e associações, num discurso no Fórum de Investimento Sustentável que decorre paralelamente à Conferência dos Oceanos, para deixar a mensagem de que a economia azul sustentável está entre as grandes oportunidades de criação de riqueza, emprego e desenvolvimento económico. Apontou o turismo, alimentação, transportes e energia como áreas que podem beneficiar de uma exploração sustentável do oceano.

Na ótica de Santos Silva, é necessário preservar o oceano, avançar com instrumentos legais de governação do oceano, já que uma parcela muito relevante não está coberta por qualquer jurisdição, mas também promover o conhecimento e inovação em torno.

Outra mensagem que Santos Silva quis deixar foi a existência de uma “ligação íntima entre a economia verde e a azul”: “não conseguimos tornar mais verde a nossa economia, acelerando a transição energética e ecológica se não prestarmos atenção aos oceanos. Ao mesmo tempo, a economia azul não será sustentável se não for verde”.

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Tabelas do IRS ajustadas para evitar que pensões até 1.108 euros subam de escalão com aumento extra

  • Lusa e ECO
  • 28 Junho 2022

As tabelas de retenção na fonte sobre as pensões vão ter um novo ajustamento a partir de julho para acomodar aumento extra de até dez euros nas pensões até 1.108 euros, evitando uma subida de escalão.

As tabelas de retenção na fonte do IRS sobre as pensões vão ter um novo ajustamento a partir de julho para acomodar o aumento extra de até dez euros que abrange os pensionistas que recebem até 1.108 euros, evitando que estes subam de escalão.

A alteração às tabelas de retenção na fonte sobre as pensões consta de um despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, agora publicado em Diário da República, determinando que estas substituem a partir de 1 de julho de 2022 as que atualmente vigoram.

Num comunicado, o Ministério das Finanças acrescenta que as novas tabelas para os pensionistas entram em vigor esta terça-feira: “Todos os escalões das tabelas de retenção na fonte até 2,5 vezes o indexante dos apoios sociais (IAS) foram atualizados em dez euros. Esta atualização tem como objetivo evitar que os pensionistas com pensões até 1.108 euros subam de escalão de descontos, apenas por causa do aumento extraordinário de pensões.”

“Desta forma, as pensões que serão pagas a partir de julho já deverão refletir o aumento
de dez euros, garantindo a efetiva melhoria do rendimento líquido disponível, conforme
previsto no Orçamento do Estado para 2022, que entra também hoje [terça-feira, 28 de julho] em vigor”, acrescenta o gabinete do ministro Fernando Medina.

Fonte: Diário da República

A atualização extraordinária das pensões, num valor até dez euros por pensionista, prevista no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), começa a ser paga a partir de julho, com retroativos a janeiro.

As novas tabelas de retenção do IRS que começam a ser aplicadas a partir de julho no Continente contemplam uma subida de dez euros nos primeiros patamares de rendimento a partir do qual o imposto começa a ser retido mensalmente.

Nas tabelas ainda em vigor, os pensionistas começavam a pagar mensalmente IRS caso a sua pensão superasse os 710 euros mensais, e, a partir de julho, a retenção começa a ser feita a partir dos 720 euros mensais.

Os seis patamares seguintes de rendimento mensal de pensões têm também uma subida de dez euros.

Relativamente aos retroativos que serão pagos em julho, com a entrada em vigor do OE2022 o despacho determina, tal como a lei orçamental já previa, que estes “são objeto de retenção na fonte autónoma, não podendo, para efeitos de cálculo do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) a reter, ser adicionados às pensões dos meses em que são pagos ou colocados à disposição”.

“Para efeitos do disposto no número anterior, a taxa de retenção a aplicar aos retroativos é a que corresponder ao valor das pensões referentes ao mês em que aqueles são pagos ou colocados à disposição”, precisa o despacho de António Mendonça Mendes.

Estas mesmas regras são aplicadas à Região Autónoma os Açores, segundo um despacho também agora publicado.

Em 24 de fevereiro deste ano, tinham já sido publicadas novas tabelas de retenção na fonte do IRS com o objetivo de salvaguardar que a atualização regular das pensões pudesse levar a uma subida na taxa de retenção do IRS e fazer com que, no final do mês, o pensionista recebesse menos dinheiro.

(Notícia atualizada às 16h47 com comunicado do Governo)

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GPA estabelece parceria com escritório de Cabo Verde

A firma de advogados cabo-verdiana DHA - D. Hopffer Almada & Associados é a nova parceira da GPA - Gouveia Pereira, Costa Freitas & Associados.

A GPA – Gouveia Pereira, Costa Freitas & Associados estabeleceu um acordo de parceria com a sociedade de advogados cabo-verdiana DHA – D. Hopffer Almada & Associados. Entre os objetivos está a maximização e otimização da capacidade de prestar serviços jurídicos aos clientes de ambas as partes em qualquer uma das duas jurisdições e de angariar novos clientes.

“Esta parceria tem como objetivo principal a prestação conjunta de serviços e assessoria jurídica em Cabo Verde, em áreas de atuação estratégica como o investimento externo, imobiliário, societário e bancário, e a possibilidade de a DHA poder oferecer assessoria jurídica aos seus clientes em Portugal”, referem em comunicado.

Para Sofia Gouveia Pereira, sócia gerente da GPA, este acordo “insere-se na estratégia de parcerias que a GPA Network tem vindo a estabelecer no continente africano e permite dar uma resposta mais ágil às exigências de investidores estrangeiros, mitigando barreiras culturais, linguísticas e jurídicas muitas vezes associadas às transações internacionais”.

A GPA Network conta, neste momento, com parcerias em países como Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

Já David Hopffer Almada, sócio gerente da DHA, considera que esta parceria “representa um avanço importante na estratégia de expansão e alargamento do âmbito da sua prestação de serviços, tendo em conta a extensa Diáspora cabo-verdiana no continente europeu, que poderá ter uma assistência jurídica mais ágil, e o crescente interesse que Cabo Verde vem despertando, enquanto destino de investimentos, particularmente no setor turístico-imobiliário”.

A DHA – D. Hopffer Almada & Associados é uma sociedade de advogados estabelecida em Cabo Verde desde 1996, localizada na Cidade da Praia, Ilha de Santiago, contando também com uma delegação na Ilha do Sal, e mantêm parcerias com escritórios em vários países.

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Conversas de Praia 2T #3: Sustentabilidade – opção ou missão

  • ECO + WYgroup
  • 28 Junho 2022

Na terceira conversa do ciclo "Conversas de Praia", discutem-se práticas de sustentabilidade nas empresas. Será hoje uma opção ou uma missão?

Será que as organizações já incorporaram as práticas de sustentabilidade nos seus modelos de negócio ou ainda estamos na fase da utilização da buzz word? Será este um tema opcional para as empresas ou uma missão? Que compromissos estão a ser traçados?

Maria João Vaz, Managing Partner na Stravillia Sustainability Hub, Pedro Arrais, Head of Investor Relations no Grupo Mota-Engil, Ricardo Valente, Vereador do Pelouro da Economia, Emprego e Empreendedorismo da Câmara Municipal do Porto, e Filipa Montalvão, Partner da White, são os protagonistas da terceira conversa, e mostram o lado prático da sustentabilidade nas suas organizações. Assista aqui.

As Conversas de Praia, uma iniciativa promovida pelo WYgroup em parceria com o ECO, que já vai na segunda temporada, pretendem abordar temas transversais da atualidade, que vão desde sustentabilidade, educação, passando pelo marketing de conteúdo. Poderá acompanhar as Conversas todas as terças-feiras, às 11h, no Facebook do ECO, até 12 de julho. Descubra o tema da próxima neste calendário.

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Operação Marquês: Juíza da Relação declara-se impedida de apreciar recurso de Sócrates

  • Lusa
  • 28 Junho 2022

A juíza desembargadora declarou-se impedida de analisar um recurso da defesa de Sócrates no Tribunal da Relação, por ter participado em decisões anteriores ligadas ao processo Operação Marquês.

A juíza desembargadora Margarida Vieira de Almeida declarou-se impedida de analisar um recurso da defesa do ex-primeiro-ministro José Sócrates no Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), por ter participado em decisões anteriores ligadas ao processo Operação Marquês.

A informação foi avançada esta terça-feira à tarde pelo Expresso e confirmada à Lusa pelo advogado do antigo governante. Segundo Pedro Delille, a juíza “reconheceu que está impedida” de participar na análise do recurso, na sequência de uma questão suscitada pela defesa a alertar para o impedimento.

“Entendemos que a recusa de uma só juíza [Margarida Vieira de Almeida] depois de terem começado a reunir-se sobre o processo contamina todo o coletivo [de juízes]. Basta um juiz estar impedido ou ser suspeito para todo o coletivo ficar comprometido”, disse Pedro Delille à Lusa, notando, porém, que as outras duas juízas do coletivo – Maria José Caçador e Maria do Rosário Martins – “entenderam que não havia motivo de recusa”.

O advogado de José Sócrates criticou também o facto de não ter sido feito um novo sorteio logo quando esta questão do impedimento foi levantada pela defesa, explicando que “se tivessem feito um novo sorteio, já estava decidido [o recurso]”.

O acórdão do TRL sobre este recurso, relativo à decisão instrutória do processo Operação Marquês – proferida pelo juiz Ivo Rosa -, chegou a constar da pauta de decisões do tribunal no passado dia 09, mas acabou por ser retirado da tabela, sabendo-se agora que tal se deveu ao impedimento manifestado pela juíza Margarida Vieira de Almeida.

Fonte da Relação de Lisboa confirmou ainda que “o processo com o incidente de recusa [da desembargadora Margarida Vieira de Almeida] seguiu hoje para o Supremo Tribunal de Justiça”.

De acordo com o portal Citius, o processo no Supremo Tribunal de Justiça já foi distribuído ao juiz conselheiro relator Cid Geraldo, da 5.ª Secção – Penal.

A declaração de impedimento da magistrada resultou da nova redação do artigo 40.º do Código de Processo Penal (CPP), incluída no pacote de medidas anticorrupção aprovado na Assembleia da República no final da anterior legislatura, que prevê que um juiz não possa intervir no julgamento, recurso ou pedido de revisão de um processo no qual tenha tido algum tipo de participação na fase de inquérito ou dirigido a fase de instrução.

Entretanto, o Governo já apresentou à Assembleia da República uma proposta para alterar a chamada lei dos impedimentos, mas até o novo texto ser aprovado e publicado em Diário da República mantém-se em vigor a atual lei.

José Sócrates foi acusado no processo Operação Marquês pelo Ministério Público, em 2017, de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 09 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibar José Sócrates de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos.

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Kerry: “Conseguimos fazer melhor” na transição climática

O enviado especial do Presidente dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, falou no Fórum de Investimento Sustentável na Economia Azul, um evento paralelo à Conferência dos Oceanos.

O enviado especial do Presidente dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, falou no Fórum de Investimento Sustentável na Economia Azul, um evento paralelo à Conferência dos Oceanos, que decorreu esta terça-feira, em Lisboa. Kerry afirmou-se frustrado porque “conseguimos fazer melhor”, referindo-se aos esforços de transição climática. “Estamos só a fazer negócios como de costume, porque é mais fácil para muita gente”, acusou. Ao mesmo tempo, salientou as “grandes oportunidades” que estão à espera do setor privado, que podem tornar indivíduos “mais ricos que Jeff Bezos”, afirmando que este é necessário para que os objetivos climáticos sejam atingidos.

Com os olhos postos nos objetivos climáticos que foram definidos até 2030, e no objetivo de não haver quaisquer emissões poluentes em 2050, “precisamos do setor privado. Temos de ser criativos”, defende o enviado norte-americano. “Não há forma de os governos financiarem isto [a transição energética] sozinhos”, disse.

“Se é um investidor, empresário, não está sozinho. Tem um apoio sem precedentes, e uma grande oportunidade pela frente”, defendeu Kerry, acreditando que agora, o necessário é avançar com métodos de financiamento inovadores e escaláveis, com produtos de seguro que ajudam a reduzir o risco das novas oportunidades. Para Kerry, quem descobrir o segredo para o armazenamento de energia em larga escala, por exemplo, será o mais rico que o atua terceiro homem mais rico do mundo, e que já esteve em primeiro lugar, o norte-americano Jeff Bezos.

Invasão da Ucrânia é condenável, mas “não é desculpa” para descuidar clima

John Kerry havia já condenado, esta terça-feira ao intervir na Conferência dos Oceanos, a ofensiva da Rússia na Ucrânia, mas sublinhou que a guerra não é desculpa para descuidar a defesa do ambiente.

O enviado de Joe Biden fez em Lisboa “um apelo urgente” para a Rússia facilitar a distribuição de ajuda humanitária, permitir a retirada segura de mulheres e crianças e retirar “imediatamente as suas forças da Ucrânia”.

“Mas não podemos usar essa desculpa”, da guerra, para a comunidade internacional desviar a atenção da luta contra as alterações climáticas, porque “o ambiente e o clima não param por causa de uma invasão. Vidas estão em jogo”, afirmou.

“O oceano toca todos os aspetos das nossas vidas, do que respiramos ao que comemos”, declarou John Kerry, que na sua intervenção detalhou depois alguns dos impactos negativos da pesca ilegal e dos plásticos nos oceanos e iniciativas que os Estados Unidos lideram na defesa dos oceanos.

(Notícia atualizada com as declarações no Fórum de Investimento Sustentável na Economia Azul, às 17:24)

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Restrições a nível da oferta de energia podem fazer mais pressão sobre preços, alerta ACER

  • Lusa
  • 28 Junho 2022

A Agência de Cooperação dos Reguladores da Energia assinalou que, no que toca à energia, as medidas do lado da oferta ou as restrições do lado da oferta receberam demasiado foco nos últimos anos.

A implementação de restrições do lado da oferta da energia pode exercer uma pressão ascendente muito significativa sobre os preços, alertou esta terça-feira o diretor da Agência de Cooperação dos Reguladores da Energia (ACER), no Fórum BCE, em Sintra.

Numa intervenção num painel sobre a volatilidade dos preços da energia e as fontes energéticas na Europa, Christian Zinglersen assinalou que, no que toca à energia, as medidas do lado da oferta ou as restrições do lado da oferta receberam demasiado foco nos últimos cinco, seis ou sete anos.

“Esse foco nas restrições do lado da oferta traz riscos. Isso foi bem evidente, na minha opinião, nas últimas perspetivas económicas do Fundo Monetário Internacional” (FMI), disse.

Para o responsável da ACER, as medidas do lado da oferta, se forem restritivas, “podem exercer uma pressão ascendente muito significativa sobre os preços e, portanto, serem inerentemente inflacionistas”. “Esta não é uma mensagem super popular para enviar”, admitiu.

O BCE voltou a realizar em Sintra, no distrito de Lisboa, o seu fórum anual, este ano dedicado aos desafios para a política monetária num mundo em rápida mudança. Após dois anos realizada por meios telemáticos devido à pandemia, a ‘cimeira’ de três dias regressa a Sintra de forma presencial, conforme anos anteriores. O tema deste ano foi alterado para refletir os recentes desenvolvimentos globais e a ‘cimeira’ está a debater os desafios que a economia da zona euro enfrenta atualmente.

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Bruxelas pede “mais ambição” na gestão da água e prevenção de incêndios na nova PAC

  • Lusa
  • 28 Junho 2022

As recomendações de Bruxelas indicam que o plano português deve “ter maior ambição" na gestão da água e fertilizantes, emissões de amoníaco e prevenção contra os incêndios.

A Comissão Europeia quer que Portugal mostre “mais ambição” no cumprimento das metas ecológicas e ambientais, nomeadamente na gestão da água e prevenção de incêndios, no seu Plano Estratégico Nacional para a nova Política Agrícola Comum (PAC).

As recomendações de Bruxelas encontram-se na carta enviada pelos serviços do executivo comunitário – num total de 340 observações – e onde se lê que o plano português deve, nomeadamente, “ter maior ambição, especialmente em relação à gestão da água (quantidade e qualidade), eficiência na utilização de fertilizantes, emissões de amoníaco, gestão sustentável das florestas e prevenção de incêndios”.

Bruxelas “solicita a Portugal que reveja o seu plano em conformidade”, permitindo uma “maior ambição ambiental” e convida Lisboa a “demonstrar melhor a maior ambição da ‘arquitetura verde’ planeada no que respeita aos objetivos ambientais e climáticos, usando elementos quantitativos e qualitativos como afetação financeira e indicadores.

Numa altura em que o país enfrenta uma situação de seca severa, o executivo comunitário quer ainda que Portugal “se esforce para aumentar o potencial de poupança de água e concentrar-se na redução efetiva da utilização da água em áreas de maior pressão hídrica”.

O Plano Estratégico Nacional, como os dos outros 26 Estados-membros, é elaborado em resposta a dez objetivos definidos pela Comissão Europeia para a nova PAC 2023-2027, incluindo a garantia de um rendimento justo aos agricultores, o aumento da competitividade, uma melhor posição dos agricultores na cadeia alimentar, a luta contra as alterações climáticas e a proteção do ambiente.

A carta foi enviada este mês, depois de analisado o plano já submetido, que terá de ser revisto em colaboração com Bruxelas, devendo o processo estar concluído a tempo de ser aplicado em 01 de janeiro de 2023.

Em 18 de junho, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, disse, em Bruxelas, que estão praticamente fechadas as negociações com a Comissão Europeia sobre o Plano, no âmbito da nova PAC.

“Neste momento estamos em condições de podermos dar o nosso plano estratégico como fechado e garantir a estabilidade aos nossos agricultores, que é essencial”, respondeu, questionada pela Lusa.

A ministra salientou haver “ainda duas questões em aberto” estado a ser realizado “trabalho técnico muito intenso” em torno do Plano.

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Morreu Leonardo Del Vecchio, acionista de referência na Generali SpA

  • ECO Seguros
  • 28 Junho 2022

Acionista de referência em entidades do setor financeiro, como Mediobanca, Unicredit e o grupo segurador Generali, o industrial italiano deixa vasta fortuna a 5 filhos herdeiros.

Leonardo Del Vecchio, industrial e terceiro maior investidor individual na estrutura acionista da Assicurazioni Generali, morreu. Fundador da Luxottica em 1961, o multimilionário era Chairman do grupo EssilorLuxottica, formado em 2018 por fusão dos dois fabricantes de lentes oftálmicas e óculos de moda e uso desportivo. A companhia anunciou com tristeza, dia 27 de junho, o falecimento do empresário.

Considerado o segundo homem mais rico de Itália, o industrial tinha 87 anos. Através da Delfin S.a.r.l., holding pessoal, Del Vecchio era maior acionista individual do grupo financeiro Mediobanca e influente investidor da Generali SpA, detendo participação relevante (inferior a 10%) na seguradora que é terceira entre os maiores grupos europeus do setor, atrás das concorrentes Allianz e AXA.

Na Generali, Del Vecchio e outros minoritários formaram em 2021 um pacto parassocial criticando a liderança de Philippe Donnet (CEO), nomeadamente a estratégia de crescimento e aquisições, que consideravam pouco ambiciosa.

Além das participações na banca (Mediobanca e Unicredit) e seguros (Generali), a fortuna de Del Vecchio estende-se ao imobiliário (Covivio S.A.) e inclui bens patrimoniais espalhados por vários países.

De origem humilde e desde muito cedo ligado à indústria dos óculos, criou e liderou a Luxottica (fabricante dos óculos Ray-Ban e de outras marcas), grupo que expandiu além das fronteiras. Conservando liderança da empresa que fundou, detinha ainda 62% do grupo Luxottica através da sua holding pessoal. Com o seu desaparecimento, os herdeiros ficam com 32% do capital da EssilorLuxottica.

Nos últimos 50 anos, o grupo italiano cresceu através de aquisições por todo mundo. Nas últimas 3 décadas estabeleceu acordos de licenciamento para fabricar acessórios de moda (óculos) com mais de uma dúzia de marcas de luxo, entre as quais Armani, Prada, Versace, Bulgari, Chanel, Tiffany, Burberry, Michael Kors, Donna Karan e D&G, Ralph Lauren e Valentino.

A EssilorLuxottica é atualmente líder global no setor de lentes oftálmicas e óculos de moda. Empregando globalmente cerca de 180 mil pessoas, o grupo fechou 2021 com faturação proforma de 21,5 mil milhões euros.

Condecorado Cavaliere del Lavoro (título atribuído em 1986 pelo Presidente de Itália), o industrial também criou uma instituição de apoio a causas sociais e iniciativas não lucrativas (Leonardo Del Vecchio Foundation). Deixa marca em Itália como homem de negócios, além de património pessoal e imobiliário estimado em mais de 25 mil milhões de dólares aos cinco filhos herdeiros.

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Volkswagen antecipa menos problemas com chips no segundo semestre

"A fazer mais dinheiro do que nunca", gigante automóvel alemão pretende ultrapassar a Tesla nas vendas de veículos elétricos a partir de 2025.

O grupo Volkswagen (VW) já vê a luz ao fundo do túnel em relação à crise dos semicondutores. Para o segundo semestre antecipam-se menos problemas com o fornecimento de chips para as fábricas de automóveis do gigante automóvel alemão, adiantou o presidente executivo, Herbert Diess.

“Estamos a aumentar a nossa produção de carros, não só na Alemanha como em toda a China”, referiu o executivo num encontro com trabalhadores, citado pelo jornal alemão Handelsblatt.

A “fazer mais dinheiro do que nunca”, nas palavras do próprio, o grupo automóvel alemão assinala que os constrangimentos em componentes eletrónicos que persistiram nos últimos meses estão finalmente a aliviar.

Mesmo assim, o grupo VW vai ter algumas cautelas no aumento da produção, por conta dos impactos da guerra na Ucrânia e dos receios relativos a uma crise económica. “Não vamos atingir a capacidade total de produção de forma cega”, referiu Herbert Diess.

A fabricante pretende ainda, a partir de 2025, ultrapassar a Tesla em termos de produção de carros elétricos. “A Tesla está a enfraquecer”, antecipou o líder do grupo Volkswagen, perante o cenário em que a fabricante norte-americana está a construir novas fábricas em perto de Berlim e em Austin (Estados Unidos).

O grupo Volkswagen mostrou-se ainda preparado para enfrentar a proibição da venda de carros novos exclusivamente a gasóleo e a gasolina a partir de 2035 na União Europeia.

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