Há mais 21 casos de Monkeypox em Portugal que sobem para 297

Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos. Os casos identificados se mantêm "em acompanhamento clínico" e que estão "estáveis".

Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou esta sexta-feira mais 21 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal. Isto significa que já existem no país 297 casos confirmados.

“A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve“, acrescenta a entidade liderada por Graças Freitas em nota publicada no site.

Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, precisa a DGS, acrescentando que os casos identificados se mantêm “em acompanhamento clínico” e que estão “estáveis”.

O vírus Monkeypox é uma doença geralmente transmitida pelo toque ou mordida de animais selvagens infetados na África Ocidental e Central, podendo também transmitir-se através do contacto com uma pessoa infetada ou materiais contaminados. Os sintomas incluem “lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço”.

A informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está “a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional”, explica a DGS na mesma nota que publicou no site, acrescentando que “continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias”.

A DGS tem pedido que indivíduos que apresentem erupção cutânea, lesões ulcerativas, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem procurar aconselhamento clínico. Mas, “ao dirigirem-se a uma unidade de saúde, deverão cobrir as lesões cutâneas”, alerta a DGS.

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Costa Silva garante que Banco de Fomento “vai ser um sucesso” apesar das “dores de parto”

  • Lusa
  • 20 Junho 2022

O Banco de Fomento "vai ser um sucesso, são as dores de parto, digamos, do nascimento”, disse o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva,

O ministro da Economia garantiu esta segunda-feira que o Banco de Fomento “vai ser um sucesso” e disse que o arranque está a sofrer das “dores de parto”, devido às interrupções causadas pela pandemia e pela crise política.

O Banco de Fomento “vai ser um sucesso, são as dores de parto, digamos, do nascimento”, afirmou o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, que participou num debate moderado pelo jornalista Anselmo Crespo, no âmbito da CNN Portugal Summit, juntamente com o presidente da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, a presidente executiva da Altice Portugal, Ana Figueiredo, e o economista António Nogueira Leite.

O Banco Português de Fomento foi criado em 2020 com o objetivo de promover a modernização das empresas e o desenvolvimento económico do país, mas ainda não tem presidente do Conselho de Administração.

Costa Silva lembrou que o arranque da instituição foi marcado por interrupções causadas pela pandemia de Covid-19 e pela crise política motivada pela queda do Governo.

“Somos também um país de muitos treinadores de bancada, […] Mas vamos descobrir a solução e ela vai funcionar”, garantiu o ministro.

Somos também um país de muitos treinadores de bancada, […] Mas vamos descobrir a solução e ela vai funcionar.

António Costa Silva

Ministro da Economia

Na semana passada, o Conselho de Ministros aprovou um diploma que equipara as regras de recrutamento dos administradores do Banco de Fomento ao regime geral das instituições de crédito, afastando as normas previstas no estatuto do gestor público.

Segundo explicou o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas, o anterior regime previa que eram aplicáveis as regras relativas ao estatuto do gestor público, que agora são “afastadas” para que os administradores do Banco de Fomento “possam estar nas mesmas condições concorrenciais” no recrutamento relativamente às outras entidades com que se equipara “quer no setor público, quer no setor privado”.

Em 12 de maio, o ministro da Economia, António Costa Silva, afirmou que a escolha do chairman do Banco de Fomento é “uma questão vital”, anunciando que o Governo estava a discutir libertar as restrições impostas à contratação.

Em julho de 2021, o Governo anunciou a suspensão da nomeação de Vítor Fernandes para a presidência do Conselho de Administração (chairman) do Banco do Fomento para evitar “controvérsia” na instituição, disse o então ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

O ex-administrador do Novo Banco terá sido mencionado em documentos do Ministério Público (MP) referentes à operação Cartão Vermelho, na qual o presidente da Promovalor e ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira é arguido.

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Bruno Ferrão lidera equipa de serviços e nearshore da Neotalent

Com mais de 20 anos de experiência na indústria tecnológica, o novo responsável desempenhou anteriormente funções na gestão de serviços e no desenvolvimento de negócio na Altran, Inetum e Axians.

Bruno Ferrão é o novo diretor da unidade de services & nearshore para os mercados nacional e internacional da Neotalent, empresa do Grupo Novabase especializada em encontrar o melhor talento tecnológico e em prestar os serviços de Tecnologias de Informação (TI) adequados aos desafios e necessidades de negócio das empresas.

“Atravessamos um dos momentos mais desafiantes do setor. Por um lado, em matéria de retenção e escassez de talento, por outro, pela adoção de novos modelos de colaboração, tecnologias emergentes e serviços especializados, que tragam mais valor e capacidade de inovação às organizações”, comenta Bruno Fernão, em comunicado.

Sobre o reposicionamento da Neotalent, o novo responsável afirma que “é, sem qualquer dúvida, uma oportunidade de impulsionar e desenvolver a estratégia de diversificação da oferta Neotalent, traduzindo-se por isso num desafio muito estimulante e que prestigia todo o trabalho que tem sido feito a partir de Portugal, para o mundo”.

Com mais de 20 anos de experiência na indústria tecnológica, o novo responsável da Neotalent desempenhou anteriormente funções na gestão de serviços e no desenvolvimento de negócio em empresas como a Altran, a Inetum, e a Axians, tendo nos últimos anos liderado vários desafios no desenvolvimento e entrega de uma oferta especializada de managed services nas áreas de suporte e desenvolvimento aplicacional, bem como de infraestruturas, em diferentes organizações nacionais e internacionais.

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PIB e consumo individual per capita em Portugal abaixo da média da UE em 2021

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Junho 2022

No ano passado, Portugal registou um consumo individual real per capita 17% abaixo da média comunitária, uma tendência que se verificou também no Produto Interno Bruto (PIB).

Em Portugal, o consumo individual real (AIC, na sigla em inglês) per capita, um indicador que avalia o bem-estar material das famílias, ficou 17% abaixo da média da União Europeia (UE) no ano de 2021, representando um agravamento de dois pontos percentuais face a 2020, segundo os dados publicados esta segunda-feira pelo Eurostat.

Este indicador, apurado através das estimativas preliminares sobre paridades de poder de compra para 2021, oscilou entre 63% e 146% da média da UE nos 27 Estados-membros. Tal como em 2020, nove países registaram um AIC per capita superior à média comunitária, com o valor mais alto a registar-se novamente no Luxemburgo (46% acima da média).

Consumo individual real per capita em 2021. Fonte: Eurostat

A Dinamarca ficou 21% acima da média dos 27, logo seguida pela Alemanha (20% acima), os Países Baixos (17% acima) e a Bélgica e a Áustria (ambas 15% acima). Na França, Suécia e Finlândia os níveis de consumo individual real per capita situaram-se entre 11% a 13% acima da média comunitária no ano passado.

Por outro lado, o AIC per capita em 2021 ficou até 25% abaixo da média da UE em treze Estados-membros, enquanto outros cinco registaram níveis de 25% ou mais abaixo da média. Neste último grupo de países surgem a Eslováquia, Letónia, Hungria e Croácia, que se situaram entre 27% e 30% abaixo da média, enquanto a Bulgária aparece no fundo da tabela, com um AIC per capita 37% inferior à média.

O PIB per capita em 2021 também registou diferenças substanciais entre os Estados-membros do bloco comunitário, variando entre 55% da média da UE na Bulgária e 277% no Luxemburgo. De acordo com o gabinete de estatísticas, o valor elevado verificado no Luxemburgo “deve-se em parte à grande percentagem de trabalhadores transfronteiriços no emprego total do país” que, “embora contribuam para o PIB, não são considerados como parte da população residente que é usada para calcular o PIB per capita“.

Índices de volume de AIC e PIB per capita em 2021. Fonte: Eurostat

Entre os dez países da UE que registaram um PIB per capita acima da média comunitária destaca-se, além do Luxemburgo, a Irlanda, cujo elevado nível “pode ser parcialmente explicado pela presença de grandes empresas multinacionais detentoras de propriedade intelectual”, nota o Eurostat. O fabrico por contrato associado a estes ativos contribui para o PIB, enquanto uma grande parte do rendimento ganho com esta produção é devolvida aos proprietários finais das empresas no estrangeiro.

Já o valor do PIB per capita registado em Portugal em 2021 foi de 74% da média da União Europeia, de acordo com os dados do gabinete de estatísticas europeu.

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UE recebeu mais de 12 mil pedidos de asilo de refugiados ucranianos em março

A invasão russa da Ucrânia fez disparar o número de pedidos de asilo na União Europeia. No final de maio já existiam mais de um milhão de ucranianos com proteção temporária na Polónia.

Os pedidos de asilo na União Europeia (UE) dispararam com a guerra na Ucrânia. O número de pessoas que requisitou proteção internacional pela primeira vez aumentou 35% em março face ao mês anterior, o que se deve em grande parte ao aumento de pedidos por parte de refugiados ucranianos, que totalizaram os 12 mil.

“Em março de 2022, 73.850 requerentes de asilo pela primeira vez (cidadãos não pertencentes à UE) solicitaram proteção internacional nos Estados-membros da UE”, adianta o Eurostat esta segunda-feira, pela ocasião do Dia Mundial do Refugiado. Isto representa um aumento de 115% em relação a março de 2021 (34.310) e de 35% em relação a fevereiro de 2022 (54.565).

Este aumento reflete a subida no número de requerentes ucranianos pela primeira vez (de 2.370 em fevereiro para 12.875 em março; +443%) devido à agressão militar da Rússia à Ucrânia.

Com o aumento das fugas da Ucrânia, após a invasão russa, os ucranianos tornaram-se no maior grupo de requerentes de asilo em março (12.875 requerentes de asilo pela primeira vez), seguidos pelos afegãos (7.770), sírios (7.320), venezuelanos (4.705) e colombianos (3.565).

Segundo os dados do Eurostat, é na Polónia que se regista o maior número de ucranianos que beneficiam de proteção temporária na UE (1.142.375 ucranianos com proteção temporária no final de maio de 2022).

Já olhando para o total de pedidos de asilo, é a Alemanha que concentra o maior número de requerentes. Foram 14.135 os que fizeram o pedido pela primeira vez na Alemanha, em março, o que corresponde a 19% de todos os pedidos iniciais na UE. Espanha foi o segundo país com mais pedidos (11.130, 15%), à frente de França (10.240, 14%), Itália (6.035, 8%), Áustria (4.295, 6%) e Roménia (4.270, 6%). “Estes seis Estados-membros, em conjunto, representam mais de dois terços (68%) de todos os requerentes de primeira viagem na UE”, destaca o Eurostat.

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Abreu Advogados assessora idealista na compra da Smiling Cloud Lda

A equipa da Abreu Advogados que assessorou o marketplace imobiliário, idealista, na aquisição da Smiling Cloud Lda foi coordenada pelo sócio António Pina.

A Abreu Advogados assessorou o marketplace imobiliário, idealista, na aquisição da Smiling Cloud Lda, uma das proptech de referência na gestão de soluções imobiliárias em Portugal, que desenvolve e explora o software HCPro.

“O idealista é o principal marketplace imobiliário do sul da Europa, líder em Portugal, Espanha e Itália. Esta aquisição faz parte da sua estratégia de crescimento e expansão tecnológica, resultando num maior desenvolvimento e especialização dos seus serviços“, refere o escritório.

A equipa da Abreu Advogados que assessorou esta operação foi coordenada pelo sócio António Pina e contou com a participação de uma equipa multidisciplinar composta pelos sócios Alexandra Courela e Ricardo Henriques; pelas sócias contratadas Mafalda Teixeira de Abreu, Patrícia Perestrelo e Sónia Gemas Donário; pela advogada principal Joana Maldonado Reis; e pelo associado sénior José Maria Alves Pereira.

Do lado do idealista, a equipa jurídica responsável por esta operação foi coordenada por Andrea Viale e Claudia Ferrer.

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Cientistas de Coimbra criam dispositivo inovador para produzir energia a partir das ondas

  • Lusa
  • 20 Junho 2022

O dispositivo que converte em energia elétrica a energia das ondas do mar, denominado REEFS, resultou de oito anos de investigação.

Uma equipa de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) criou um dispositivo inovador para converter a energia das ondas do mar em energia elétrica, uma invenção já protegida por uma patente internacional, anunciou esta segunda-feira a instituição.

O novo dispositivo, denominado REEFS, acrónimo inglês de Renewable Electric Energy From Sea (energia elétrica a partir do mar), resultou de oito anos de uma investigação desenvolvida no Laboratório de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Em comunicado enviado à agência Lusa, a UC explicou que o novo conversor de energia das ondas “é um dispositivo costeiro modular que fica totalmente submerso, invisível à superfície do mar”.

“É apoiado em pilares e o resto do fundo do mar fica livre para todo o tipo de processos marinhos”, afirmou, citado na nota, o líder do projeto, José Lopes de Almeida.

O investigador acrescentou, por outro lado, que o dispositivo “procura utilizar tecnologias que já existem, nomeadamente as turbinas de ultrabaixa queda [que operam em pequenas alturas, geralmente abaixo dos cinco metros], que são aplicadas nos aproveitamentos mini-hídricos e que recentemente se tornaram competitivas em termos comerciais”.

De acordo com José Lopes de Almeida, “é possível migrar essa tecnologia para o mar e aplicá-la precisamente para aproveitar os desníveis criados pelas ondas, que na costa ocidental apresentam frequentemente alturas de um a cinco metros”.

O cientista observou ainda que o REEFS, quando em operação, transforma “o movimento alternado das ondas do mar num fluxo de água contínuo” no seu interior.

“Esse fluxo, criado entre a crista e a cava das ondas, pode ser usado para acionar as referidas turbinas mini-hídricas de ultrabaixa queda”, frisou, argumentando que o dispositivo “representa um salto tecnológico considerável”, pois deixa de ser necessário desenvolver uma tecnologia de raiz, podendo adaptar-se uma tecnologia hidroelétrica já existente.

Além disso, sustentou a UC, “esta tecnologia contribui para mitigar a erosão costeira, uma vez que pode funcionar como um recife artificial, induzindo a rebentação precoce das ondas para assim retirar, logo à partida, alguma da sua energia antes que atinjam a linha de costa”.

José Lopes de Almeida considerou ainda que a investigação nesta área “assume hoje particular relevância”, tendo em conta a conjuntura internacional causada pela guerra na Ucrânia.

“A situação atual chama a atenção para a extraordinária vulnerabilidade da Europa em relação à sua dependência energética. Por exemplo, no caso de Portugal, o país importa ainda hoje cerca de 2/3 dos seus recursos energéticos. Portanto, olhar para os recursos endógenos marinhos e procurar utilizá-los, criando valor para a economia, é um desiderato que se impõe, particularmente em Portugal, porque é um país que tem uma linha de costa bastante extensa relativamente à sua área territorial”, sublinhou o cientista.

Para que esta nova solução tecnológica possa chegar ao mercado, “ainda são necessários novos estudos e testes”, avisou, no entanto, o coordenador do projeto.

“O conceito está provado. Demonstrámos em laboratório a transformação de toda a cadeia – desde a onda até à produção de energia elétrica. Contudo, para chegar à fase comercial, o dispositivo tem de ser otimizado e testado a escalas sucessivamente maiores até instalarmos um projeto piloto no mar, só depois é que poderemos passar à fase de comercialização da tecnologia”, considerou.

Com esse objetivo, a equipa de investigadores da FCTUC – que integra, para além de José Lopes de Almeida, Fernando Seabra Santos, Aldina Santiago, Maria Constança Rigueiro e Daniel Oliveira – está a concorrer a financiamentos (com o apoio da UC Business, o Gabinete de Apoio de Transferência de Tecnologia da Universidade de Coimbra) – “que permitam efetuar uma instalação no mar, na costa portuguesa”.

Segundo a nota, este passo será “muito importante para testar, em condições reais, a performance do dispositivo e avaliar todas as condicionantes que poderão advir da sua instalação em ambiente marinho”.

A estimativa dos cientistas é a de que o dispositivo, quando estiver apto a ser instalado no mar, “evoluirá em competitividade, como ocorreu com a energia eólica”.

“Do ponto de vista concorrencial, tem um potencial comparável ao da energia eólica, embora o mercado não seja tão abrangente, com a vantagem de não ter impacto paisagístico, proporcionar maior previsibilidade na produção e se localizar no litoral, onde usualmente se concentra a maior parte da atividade económica”, referiu José Lopes de Almeida.

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Governo quer atrair multinacionais que pretendem sair da China

Ministro da Economia lembrou que guerra na Ucrânia está a fragmentar o mercado mundial e que há muitas multinacionais a relocalizarem as suas fábricas para fora da Ásia.

A confrontação entre os EUA e a Rússia e China “está a fragmentar o mercado mundial” e isso abre oportunidades para Portugal atrair multinacionais que estão na Ásia, nomeadamente na China, e querem relocalizar as suas fábricas no Ocidente, adiantou o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva.

António Costa Silva, Ministro da EconomiaHugo Amaral/ECO

“Isso é evidente na Alemanha. A Alemanha fez uma investigação às suas empresas e muitas delas querem relocalizar”, explicou Costa Silva na conferência CNN Portugal Summit. Mas como vai convencê-las a virem para cá? “Vamos convencer desde logo porque temos 600 empresas alemãs em Portugal”, respondeu o ministro.

Costa Silva disse que “a nível da inovação tecnológica há muitas coisas que se estão a passar no país” e que também a “questão fiscal está a ser tratada” para atrair as empresas estrangeiras.

Por exemplo, lembrou que a estratégia do Governo inclui “a redução diferencial do IRC para as empresas que reinvestem os seus lucros na sua atividade, que investem na inovação e para aquelas que investem na captação de mão-de-obra qualificada, sobretudo jovem”.

Segundo e terceiro trimestres bons, quarto será “diferente”

O ministro da Economia está a antecipar um “bom” crescimento no segundo trimestre e adiantou que o terceiro trimestre “também será bom, mas já a abrandar”. Relativamente ao quarto trimestre, vai ser “diferente”.

A OCDE estima um crescimento de 5,4% para 2022 e o Banco de Portugal aponta para uma subida de 6,3% do PIB e Costa Silva deseja que estas projeções se concretizem.

“Vamos ter um ano de 2022 que vai ser de forte convergência com a economia europeia. Temos de assegurar que estas projeções se materializam de facto. Temos todas as condições para o fazer”, disse.

Já “2023 vai ser mais difícil” por causa da grande incerteza geopolítica, considerou.

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Sonae Arauco integra consórcio europeu para aumentar integração de madeira reciclada na produção

Com um financiamento europeu de 12 milhões, o consórcio pretende encontrar soluções tecnológicas que permitam substituir em 25% as fibras virgens por fibras recicladas.

A Sonae Arauco vai integrar um consórcio europeu que, até 2026, pretende encontrar soluções tecnológicas que permitam substituir em 25% as fibras virgens agora utilizadas por fibras de madeira recicladas. O projeto I&D EcoReFibre reúne 20 organizações de sete países europeus e conta com um financiamento de 12 milhões de euros, no âmbito do programa Horizonte Europa.

“Os painéis de fibra de madeira são amplamente utilizados em mobiliário, design de interiores e construção, sendo que, atualmente, não há um método comercialmente viável para a sua reciclagem no pós-consumo”, lê-se no comunicado divulgado esta segunda-feira, revelando que a Europa é líder no fabrico deste produto, que atinge uma produção mundial de mais de 100 milhões de metros cúbicos por ano.

As tecnologias inovadoras a desenvolver incluem processos de triagem inteligente, um reator de impacto e melhorias no processo de refinação (TMP) existente. Os diferentes produtos finais a serem testados incluem painéis de partículas, blocos de construção biocompostos e CTB (painel fino cíclico), novos painéis de fibras de alta densidade e produtos de isolamento (painel flexível, painel rígido, isolamento a granel), informa a nota.

Para Adelaide Alves, diretora de inovação e de desenvolvimento de produto na Sonae Arauco, o projeto confere “uma ótima oportunidade para estendermos o ciclo de vida da madeira e os seus benefícios, nomeadamente em termos de retenção de CO2 [dióxido de carbono]“, acrescentando que o EcoReFibre vai também “procurar respostas para diminuir a quantidade de resíduos de madeira que continuam a ser queimados ou mesmo depositados em aterros, contrariando os princípios de uma economia circular.”

Stergios Adamopoulos, investigador da Universidade Sueca de Ciências Agrícolas e coordenador do projeto, reforça a principal valência deste projeto inovador: “O EcoReFibre vai explorar um conceito em cascata para recuperar as matérias-primas dos painéis de fibras residuais, que depois ficarão disponíveis para reintegrar o processo industrial.”

“Os projetos piloto preveem a recolha de dados e o desenvolvimento de casos de estudo sólidos, que permitam que o EcoReFibre seja escalável, através de um investimento das empresas na implementação das tecnologias, equipamentos e dos processos desenvolvidos”, explica o comunicado.

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Fundação Vodafone Portugal capacita 60 refugiados ucranianos com competências linguísticas

A formação, que é gratuita, pretende capacitar os alunos com ferramentas básicas de integração social e cultural e para a procura de emprego. Hoje é o Dia Mundial do Refugiado.

Sessenta refugiados ucranianos acolhidos em Portugal estão até final de julho a frequentar cursos de língua portuguesa e inglesa, disponibilizados gratuitamente pela Fundação Vodafone Portugal. A formação pretende capacitar os alunos com ferramentas básicas de integração social e cultural e para a procura de emprego. As aulas diárias, que arrancaram em meados de abril, decorrem no edifício-sede, em Lisboa. Três cidadãos ucranianos irão iniciar projetos na empresa, adequados às suas competências e às especificidades do regime de proteção temporária. Hoje é o Dia Mundial do Refugiado.

“Desde a primeira hora do conflito, e perante a sua dimensão humana, que a Fundação Vodafone Portugal procurou responder, localmente e com os meios que tinha, às necessidades mais prementes dos cidadãos ucranianos deslocados. Acreditamos no elevado potencial das ferramentas linguísticas (no caso o português e o inglês), pelas portas que podem abrir a nível social e económico. E, por isso, quisemos disponibilizá-las aos que, através da Associação Ukrainian Refugees UAPT, nos procuraram”, afirma Luísa Pestana, presidente da comissão executiva da Fundação Vodafone Portugal e administradora da Vodafone Portugal, em comunicado.

A operadora, no edifício sede em Lisboa, instalou ainda atividades de tempos livres com educadoras de infância ucranianas e portuguesas para as 30 crianças a cargo dos alunos.

O programa está a ser desenvolvido em parceria com a Associação Ukrainian Refugees UAPT, entidade que contou igualmente com o apoio da Fundação Vodafone Portugal para o transporte humanitário, em avião, de cerca de 260 cidadãos ucranianos para Portugal, bem como de 17 dos seus animais de estimação. Adicionalmente a Fundação Vodafone, em parceria com outras instituições, transportou e doou 20 mil euros em medicamentos para a Ucrânia, e está a doar 50 cabazes de frutas e legumes a famílias de acolhimento, durante quatro meses, adquiridos junto de pequenos agricultores locais.

Além da capacitação linguística, os esforços do Grupo Vodafone e, localmente, da Fundação Vodafone Portugal e da Vodafone Portugal, já permitiram apoiar dezenas de cidadãos ucranianos, seja no seu transporte para Portugal, no fornecimento de bens e medicamentos ou, mais recentemente, através do recrutamento de ucranianos para o desempenho funções na empresa. No âmbito desta ação, na fase inicial foram selecionados três cidadãos ucranianos, que iniciarão projetos na empresa, adequados às suas competências e às especificidades do regime de proteção temporária.

“As ações de apoio a deslocados ucranianos, levadas a cabo em Portugal pela Vodafone, são parte integrante de um dos nossos pilares: inclusão para todos. E demonstram que a missão da nossa empresa, conectar pessoas, vai muito para lá dos serviços que prestamos através das telecomunicações. Com estas ações estamos a dar oportunidades e a ajudar a criar ligações com um futuro mais otimista a quem delas mais necessita, aqueles que viram a sua vida interrompida por causa de um conflito”, refere Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal e presidente da Fundação Vodafone.

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EasyJet reduz capacidade de voo para este verão por falta de trabalhadores no setor

  • Lusa
  • 20 Junho 2022

EasyJet reduz capacidade de voo por falta de trabalhadores. Perspetivas da companhia para o terceiro trimestre apontam agora para capacidade de transporte de 87% contra os 90% previstos, face a 2019.

A easyJet anunciou esta segunda-feira uma redução da sua capacidade de transporte este verão devido à grande escassez de funcionários no setor da aviação e para a evitar o caos que se tem verificado nas últimas semanas nos aeroportos.

“Haverá um custo do impacto” destas medidas, alerta a companhia aérea de baixo custo britânica em comunicado, sem avançar mais detalhes, mas acrescentando que as perspetivas a médio prazo continuam “atrativas”.

A easyJet destaca que as reservas continuam “fortes”, estando as do quarto trimestre do exercício (que termina em 30 de setembro) já no nível pré-pandémico de 2019.

As perspetivas da transportadora britânica para o terceiro trimestre, que termina em 30 de junho, apontam agora para uma capacidade de transporte de 87% face aos níveis do exercício de 2019, contra os 90% previstos até agora.

Tal representa um total de 140.000 voos, 22 milhões de passageiros e 550% da capacidade face ao mesmo período do exercício de 2021, quando as restrições ligadas à pandemia ainda paralisavam a maior parte do tráfego aéreo.

Já no quarto trimestre, de julho a setembro, a capacidade de transporte deverá ficar em torno de 90% do nível do exercício de 2019, contra os 97% até agora previstos.

No comunicado, a easyJet explica que, devido à retoma “sem precedentes” do tráfego aéreo no primeiro semestre de 2022, após o levantamento das restrições sanitárias, “a aviação na Europa enfrenta dificuldades operacionais” que incluem “atrasos no controlo do tráfego e falta de pessoal” nos aeroportos, o que tem levado a sucessivos atrasos e a cancelamentos de voos.

“Um mercado de trabalho muito pressionado em todo o setor, incluindo a tripulação de cabine, e o tempo cada vez maior para verificar as identidades” dos candidatos a empregos na aviação estão a dificultar os esforços para acelerar a oferta, acrescenta.

“Isto reflete-se nos limites de voos anunciados recentemente em dois dos nossos maiores aeroportos, Gatwick, em Londres, e Amesterdão”, sublinha.

O aeroporto de Gatwick anunciou na sexta-feira que estava a limitar o número de voos diários em julho e agosto para evitar uma repetição do caos registado nos aeroportos nas últimas semanas.

A Easyjet acredita que poderá transportar a maior parte dos passageiros afetados pelos cancelamentos em voos alternativos, “muitos no mesmo dia da reserva original”, e promete avisar os clientes com antecedência.

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Produção na construção cai 1,1% na Zona Euro em abril

Produção na construção recua 1,1% na Zona Euro e 1,2% na UE face ao mês anterior. Em Portugal a produção cai 1,2% face a março de 2022, e sobe 1,1% em termos homólogos.

A produção na construção caiu 1,1% na Zona Euro e 1,2% na União Europeia (UE) em abril, face ao mês anterior, avançou esta segunda-feira o Eurostat.

Em termos homólogos, a produção na construção cresceu 3% tanto na Zona Euro como na UE, avança a estimativa do gabinete estatístico europeu.

Evolução da produção da construção na Zona Euro e na União Europeia

Fonte: EurostatEurostat 20 junho 2022

Segundo os dados divulgados, entre os Estados-membros cuja informação está disponível, os maiores recuos homólogos mensais foram registados na Eslovénia com -7,4%, Hungria com -5,9% e Polónia a cair -5,1%. Já os maiores avanços em registo ocorreram em França com 1,2%, Finlândia com 0,9%, e Espanha com 0,2%.

Por sua vez, entre os Estados-membros cujos dados estão disponíveis, os maiores avanços anuais em registo foram observados em Itália com um crescimento de 16,9%, Polónia com 11,6% e Eslováquia com 7,7%. Por outro lado, os maiores recuos verificados ocorreram na Roménia, com uma queda de 8,1%, em Espanha com -3,8%, e na Eslováquia com -2,5%.

Em Portugal, a produção na construção desceu 1,2% face a março de 2022 e cresceu 1,1% em termos homólogos.

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