Dois em cada três Alojamentos Locais em Lisboa estão inativos, diz CML. Travão “gerou corrida” às licenças em 2021

Relatório revela que entre 2014 e 2019 "surgiram 91,1% das unidades de Alojamento Local que existem hoje em Lisboa", marcando o período de maior crescimento deste mercado.

O anúncio da suspensão de novos registos de Alojamento Local em Lisboa, em 2021, gerou uma “corrida às licenças”, mas “grande parte” nunca chegou a ser utilizada, revela a Câmara Municipal de Lisboa (CML) esta terça-feira, com base num relatório pedido pela autarquia. Atualmente, “praticamente dois em cada três alojamentos titulados não têm exploração ativa”, indica a CML num comunicado.

Em causa está uma proposta apresentada pela coligação PS/Livre, em 2021, que entrou em vigor no ano seguinte. A medida previa a suspensão de novos registos de Alojamento Local em 14 das 24 freguesias da capital, por um prazo de seis meses, pelo menos. Na altura, a medida foi criticada pelo presidente da câmara, Carlos Moedas, que a apelidou de “muito negativa”. No ano passado, a decisão foi novamente prorrogada.

“O anúncio, no final de 2021, da intenção de suspender a emissão de novos títulos de Alojamento Local gerou uma corrida às licenças“, aponta a autarquia lisboeta com base no relatório de caracterização e monitorização desta atividade, que será apresentado ainda esta semana. “Estes pedidos são feitos preventivamente e uma grande parte nunca chega a ser utilizada para exploração efetiva”, acrescenta a Câmara, apelidando esta situação de “licenças-fantasma”.

Assim, de acordo com a autarquia, apenas 36% das licenças estão ativas, “o que significa que praticamente dois em cada três alojamentos titulados não têm exploração ativa”.

“O trabalho técnico realizado demonstra que o Regulamento Municipal do Alojamento Local entrou em vigor de forma tardia, em 2019”, denuncia ainda a autarquia liderada por Carlos Moedas. O estudo revela que entre 2014 e 2019 “surgiram 91,1% das unidades de Alojamento Local que existem hoje em Lisboa”, marcando o período de maior crescimento deste mercado.

Nesses cinco anos, foram emitidas, em média, 3.670 novas licenças por ano. Por isso, o regulamento “surgiu demasiado tarde para evitar uma fase de enorme expansão em vários bairros do centro histórico”, sublinha.

A CML adianta ainda que, do total dos proprietários de unidades de Alojamentos Local, mais de sete em cada dez (73,6%) são pessoas singulares e quase 70% dos titulares têm apenas uma unidade destas. Com base neste relatório, a autarquia compromete-se a “iniciar as conversas sobre a revisão do regulamento municipal do Alojamento Local” na capital.

A 16 de fevereiro, o Governo apresentou o pacote “Mais Habitação”, tendo em vista responder à crise na habitação. Entre as medidas propostas, que estão atualmente em consulta pública, consta a suspensão de novos licenciamentos de Alojamento Local, com exceção dos alojamentos rurais em concelhos do interior do país, onde poderão dinamizar a economia local.

A medida tem suscitado fortes críticas no setor, tendo os proprietários destas unidades já marcado um protesto para esta quarta-feira. O Executivo já admitiu aperfeiçoar a medida.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santander quer distribuir metade dos lucros aos acionistas nos próximos três anos

Santander planeia distribuir uma grande fatia dos lucros através de dividendos e recompra de ações. Banco espanhol quer subir preço da ação e aumentar base de clientes.

O Santander está a planear distribuir cerca de metade dos lucros aos investidores, sob a forma de dividendos e recompra de ações. Trata-se de uma estratégia para os próximos três anos, com o objetivo de aumentar o preço das ações do banco espanhol, que têm ficado atrás dos concorrentes europeus.

“Hoje definimos os planos para entrar numa nova fase de crescimento rentável, construindo um banco digital com agências, alimentado pela rede Santander”, disse a presidente executiva Ana Botín, citada pelo Financial Times. O banco espanhol pretende obter um retorno sobre o património tangível de 15% a 17% e aumentar a base global de clientes para 200 milhões, acima dos 160 milhões atuais.

No ano passado, o Santander alcançou um retorno de 13,4% sobre o património líquido tangível, tendo agora como objetivo devolver 3,8 mil milhões aos acionistas – metade por meio de dividendos e metade por meio de recompras – o que equivale a 40% dos lucros. O dividendo deverá assim aumentar 18% em 2022, para 0,1178 dólares por ação.

Esta estratégia surge numa altura em que os bancos europeus que estão a beneficiar de taxas de juros mais altas, aumentando os dividendos aos acionistas. O Santander tem ficado abaixo das congéneres, sendo que as ações do banco espanhol subiram 14% nos últimos três anos, o que compara com um aumento de 55% do índice Euro Stoxx Banks.

O Santander já recebeu aprovação regulatória para aumentar o retorno dos acionistas, nomeadamente por ter vindo a aumentar “almofadas” de capital nos últimos anos. Como não precisa de por muito de parte para aumentar as reservas de capital, teve “luz verde” para partilhar uma grande fatia com os acionistas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Elon Musk volta a ser o homem mais rico do mundo

  • Mariana Marques Tiago
  • 28 Fevereiro 2023

Musk terminou 2022 a perder o lugar enquanto homem mais rico do mundo, mas voltou a conquistar o título. Dois meses depois, a sua fortuna engordou devido à valorização das ações da Tesla.

Elon Musk terminou 2022 a perder o título de mais rico do mundo, mas isso durou pouco tempo. Dois meses depois, a sua fortuna aumentou devido à valorização das ações da Tesla, que subiram quase 70% desde o início de 2023. É, novamente, o homem mais rico do planeta.

As ações da Tesla (empresa de que é CEO) subiram 5,5%, para 207,63 dólares (cerca de 196 euros) esta segunda-feira. Um desempenho que aumentou o património líquido de Elon Musk para 187,1 mil milhões de dólares (ou seja, 176,36 mil milhões de euros), avança a Bloomberg. O valor registado ultrapassa, portanto, a fortuna de 174,7 mil milhões de euros de Bernard Arnault, dono da Louis Vuitton, que desde dezembro ocupava o lugar de homem mais rico do mundo.

Os investidores da Tesla têm mostrado preocupações devido ao foco de Musk estar, nos últimos tempos, no Twitter, rede social adquirida em outubro. No entanto, o empresário já anunciou que quer deixar o cargo de CEO da rede social, mas, para isso, tem de encontrar quem queira assumir o posto. Segundo Elon Musk, as contas do Twitter apenas poderão vir a estar estabilizadas no final do ano.

Segundo o analista Tom Narayan, citado pela Bloomberg, as descidas de preços levados a cabo por Elon Musk na Tesla estimularam a procura de veículos, sendo que a empresa continua a ser “o rosto” dos carros elétricos. Narayan acredita que continua a existir “uma forte procura pelo produto Tesla, mesmo face a mais concorrência”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inflação em Espanha volta a subir em fevereiro para 6,1%

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2023

Os preços em Espanha subiram 6,1% em fevereiro, comparando com o mesmo mês de 2022, o segundo aumento da inflação este ano no país, após cinco meses de queda, revela uma estimativa oficial.

Os preços em Espanha subiram 6,1% em fevereiro, comparando com o mesmo mês de 2022, o segundo aumento da inflação este ano no país, após cinco meses de queda, revela uma estimativa oficial publicada esta terça-feira.

A taxa de inflação (subida dos preços comparando com o mesmo mês do ano anterior) em Espanha subiu duas décimas em fevereiro, depois de ter sido 5,9% em janeiro, segundo o Instituto Nacional de Estatística espanhol (INE).

A confirmar-se a estimativa do INE para fevereiro, este foi o segundo mês consecutivo de aumento da inflação em Espanha, depois de cinco meses de queda, entre agosto e dezembro de 2022.

A inflação em Espanha foi de 10,5% em agosto, 8,9% em setembro, 7,3% em outubro, 6,8% em novembro e 5,7% em dezembro.

Espanha fechou o ano passado com a taxa mais baixa da União Europeia, depois de no primeiro semestre de 2022 ter tido dos valores mais elevados e de em julho ter registado a inflação mais alta no país desde 1984 (10,77%).

Isto apesar do aumento recorde dos preços dos alimentos, que em dezembro voltou a situar-se acima dos 15% (15,7%), comparando com o mesmo mês do ano passado, valores que são os mais altos desde 1994.

Segundo a estimativa divulgada esta terça-feira, sem os preços dos alimentos não elaborados e da energia (inflação subjacente), a variação dos preços em janeiro foi 7,7% em Espanha, mais duas décimas do que os 7,5% de dezembro. A inflação subjacente não era tão elevada em Espanha desde a década de 1980, segundo o INE espanhol.

Segundo o instituto, a inflação voltou a aumentar em fevereiro devido aos preços da eletricidade (que subiram este mês e tinham baixado em fevereiro de 2022) e dos alimentos e bebidas não alcoólicas.

O aumento da inflação em janeiro foi atribuído, principalmente, aos preços dos combustíveis. Em janeiro, o governo espanhol acabou com um desconto de 20 cêntimos por cada litro de combustível comprado por particulares.

Em paralelo, para tentar responder à escalada dos preços dos alimentos, entrou em vigor no mês passado um novo conjunto de medidas que incluem a suspensão do IVA (imposto sobre o consumo) de alguns alimentos e produtos considerados básicos.

Espanha aprovou ao longo de 2022 vários pacotes de medidas para responder à inflação superiores a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca e 45.000 milhões de euros, entre ajudas diretas a consumidores e empresas e benefícios fiscais, como a redução do IVA da eletricidade e do gás para 5% ou desconto de 20 cêntimos por litro na compra de combustíveis.

Numa entrevista divulgada na segunda-feira ao canal de televisão Telecinco, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, já tinha antecipado um “ligeiro aumento” da inflação, que atribuiu à evolução dos preços da energia, mas disse que deverá haver uma descida nos próximos meses.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Startup Portugal procura startups que tenham Brasil, Espanha, França e Canadá na mira

Para a edição deste ano, a Startup Portugal "procura startups com estratégia e capacidade de expansão internacional." Não há um número de vagas fechado nesta fase.

A Startup Portugal procura startups com planos de expansão para o Brasil, Espanha, França e Canadá, tendo voltado a abrir as candidaturas para o primeiro semestre do programa Business Abroad, que apoia a presença de startups nacionais em grandes eventos tecnológicos. Web Summit no Rio de Janeiro, South Summit em Madrid, VivaTechnology em Paris e Collision, no Canadá são os eventos e mercados previstos nesta fase. Não há um número de vagas fechado.

“Este ano estamos com alguma flexibilidade nas vagas de algumas destas missões e, por isso, fecharemos números depois de sabermos quantas startups temos interessadas em cada mercado. Depois de sabermos quantas temos para cada destino anunciaremos os números”, refere António Dias Martins, diretor executivo da Startup Portugal, ao ECO.

No ano passado, a Startup Portugal abriu cerca de 70 vagas para missões no estrangeiro, tendo sido usadas menos de 60.

Objetivo do programa

“Expandir para mercados internacionais é um imperativo para as startups que nascem no nosso país e acompanhar o seu processo de internacionalização é uma das principais missões da Startup Portugal. Com o crescente interesse que temos registado no mercado brasileiro nos setores da tecnologia e inovação, estamos com expectativas elevadas sobre o potencial da economia brasileira para as nossas startups. Acresce que o Brasil é uma fonte incontornável de talento e de financiamento que pode ser fundamental para as startups e scale ups estabelecidas em Portugal”, explica António Dias Martins, citado em comunicado.

Para a edição deste ano, a Startup Portugal “procura startups com estratégia e capacidade de expansão internacional.”

A primeira edição da Web Summit no Rio de Janeiro (de 1 a 4 de maio) é a primeira missão, estando ainda abertas candidaturas para South Summit (de 7 a 9 de junho), a VivaTechnology (de 14 a 17 de junho) e Collision (26 a 29 de junho).

Em cada um dos destinos, os participantes, além da participação nas conferências, terão acesso à área de exposição nas conferências, a “eventos paralelos de networking com investidores e players relevantes dos ecossistemas locais, a consultoria das equipas da AICEP nos países de destino, sessões de pitch, entre outros”, elenca a Startup Portugal.

Desde o seu arranque, este programa já apoiou mais de 200 startups a eventos tecnológicos internacionais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Com o dobro de mulheres em empregos tech, PIB da UE poderia aumentar até 600 mil milhões

A desigualdade de género no setor tech está a impactar não só a sociedade, mas também a economia europeia. Se a presença feminina duplicasse até 2027, o PIB da UE poderia disparar, alerta a McKinsey.

O facto de (ainda) não existir igualdade de género no setor tech, continuando a ser os homens quem mais intervém no design e na construção dos produtos tecnológicos que moldam a nossa vida, pode estar não só a reforçar a desigualdade e os preconceitos como a impactar a economia europeia. Se a percentagem de mulheres em empregos tecnológicos duplicasse até 2027, o PIB da União Europeia (UE) poderia aumentar em até 600 mil milhões de euros. Esta é uma das principais conclusões do relatório “Women in tech: The best bet to solve Europe’s talent shortage” da McKinsey & Company.

“A falta de talento no setor tecnológico pode colocar a capacidade de crescimento da Europa e das suas empresas em risco, e os líderes estão conscientes desse problema: 77% dos executivos citaram o défice de competências como um obstáculo à implementação da transformação digital, e apenas 16% dos líderes afirmaram que as suas empresas estão preparadas para colmatar esta lacuna”, afirma André Osório, diretor de client capabilities da McKinsey em Portugal e em Espanha.

Atualmente, apenas 22% das mulheres europeias ocupam atualmente cargos tecnológicos em empresas, sendo o desenvolvimento e gestão de produto (46%) e a engenharia, ciência e análise de dados (30%) as áreas com maior representação feminina.

Por outro lado, os cargos com maior procura atualmente, relacionados com DevOps e Cloud, são também os que têm o menor número de trabalhadoras: apenas 8%. Seguem-se as áreas de sistemas (15%) e de engenharia core (18%).

O gap ao nível de género está diretamente relacionado com a percentagem de mulheres no ensino superior nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Segundo o relatório, a média europeia de mulheres licenciadas em cursos STEM é de 32%, sendo que, no caso de Portugal, o país fecha o top 10 europeu com valores na ordem dos 35%.

A atual falta de diversidade na tecnologia europeia resulta em desvantagens significativas para a Europa em toda a força de trabalho, na sociedade e mesmo ao nível da inovação. Neste sentido, é de particular importância aumentar a presença de mulheres nos cargos de topo: por exemplo, empresas em que a presença de mulheres nos conselhos de administração ultrapassa os 30% têm em média um investimento em I&D quatro vezes superior ao resto da economia.

André Osório

Diretor de client capabilities da McKinsey em Portugal e em Espanha

“Ao contrário do mito de que a falta de mulheres em STEM se deve a uma menor predisposição das mesmas para o tema, em termos gerais, em todos os países europeus, as alunas e os alunos pré-adolescentes não mostram diferenças nas competências científicas e matemáticas, tal como refletido no teste TMMS, realizado aos nove anos, e no teste PISA, realizado aos 15 anos”, refere a consultora.

Os quatro R’s de atuação

Para colmatar esta lacuna, a análise da McKinsey indica que a Europa deve aumentar o seu talento tecnológico feminino em mais de 1,6 milhões e alcançar um equilíbrio de 40/60 até 2027. Para que isso aconteça, é crucial atuar com base em quatro pilares chave, começando, desde logo, pela redistribuição, que significa “impulsionar a formação STEM e recrutar mulheres com potencial em papéis não tecnológicos que tenham competências indiretamente relacionadas com a tecnologia”.

Segue-se a remodelação, através da eliminação preconceitos no processo de contratação, que deve facilitar o equilíbrio entre a vida profissional e familiar.

Um terceiro pilar está relacionado com a retenção de talentos, criando oportunidades de liderança feminina, eliminando disparidades salariais e abordando as razões culturais para o abandono do talento feminino do setor.

Finalmente, o redimensionamento, aumentando a taxa de mulheres inscritas e licenciadas em cursos STEM.

“Se as empresas tiverem presentes estes pilares, poderemos ter uma presença feminina de 33% a 45% em cargos tecnológicos nos próximos anos. A atual falta de diversidade na tecnologia europeia resulta em desvantagens significativas para a Europa em toda a força de trabalho, na sociedade e mesmo ao nível da inovação. Neste sentido, é de particular importância aumentar a presença de mulheres nos cargos de topo: por exemplo, empresas em que a presença de mulheres nos conselhos de administração ultrapassa os 30% têm em média um investimento em I&D quatro vezes superior ao resto da economia”, refere André Osório.

Integrar mulheres fora do mercado de trabalho

Para além da atuação sobre estes quatro pilares, o relatório revela uma oportunidade adicional para reintegrar mulheres atualmente fora da força de trabalho. Mais de 13 milhões de mulheres europeias, com idades compreendidas entre os 25 e os 54 anos, estão fora do mercado de trabalho, representando 18,5% do total da população feminina.

Quase metade (46%) deste grupo afirma que as responsabilidades familiares são a principal razão pela qual não podem trabalhar, revelando que existe espaço de atuação para as organizações, sugere o estudo da consultora.


Assumindo que a taxa de sucesso das mulheres que reentram no mercado de trabalho tecnológico se situa entre 15% e 20%, com as empresas a oferecer políticas de conciliação e flexibilidade, tais como cuidados infantis e apoio familiar no trabalho, estamos a falar de 140.000 a 200.000 talentos tecnológicos que poderiam ser incorporados nesta indústria a nível Europeu“, conclui André Osório.

O relatório “Women in tech: The best bet to solve Europe’s talent shortage” teve por base os dados de mais de 60 milhões de trabalhadores na Europa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Investimento em eólicas “offshore” pode chegar aos 40 mil milhões de euros

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2023

Instalar 10 GW de produção eólica offshore em Portugal até 2030 pode significar um investimento de 40 mil milhões de euros.

O Governo quer aumentar a produção de energia eólica offshore em Portugal dos atuais 25 MW (megawatts) para 10 GW (gigawatts) até 2030, por via de um leilão que deverá ser realizado ainda este ano e que poderá resultar num investimento entre 30 mil milhões e 40 mil milhões de euros, noticia o Jornal de Negócios.

Até agora, há três empresas interessadas: a alemã BayWa, o consórcio espanhol e irlandês IberBlue Wind e o fundo de investimento dinamarquês Copenhagen Infrastructure Partners, que têm previsto investimentos de 12.500 milhões de euros para instalar 3,6 GW. Por isso, o Jornal e Negócios refere que este montante pode mais do que triplicar.

“Estamos a falar de investimentos na ordem dos 30 a 40 mil milhões de euros para instalar os 10 GW, afirma António Sarmento, fundador do WavEC Offshore Renewables – Centro de Energias Offshore, ao mesmo jornal, valor que é corroborado pelo presidente da Associação de Energias Renováveis (APREN), Pedro Amaral Jorge, que, contudo, salienta ainda ser “cedo” para ter números mais precisos. O grupo de trabalho mandatado pelo Governo já definiu cinco zonas para instalar turbinas flutuantes, num total de 3.393 km2 e a proposta está em consulta pública até 13 de março.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EUA dão um mês às agências do Governo para eliminarem TikTok

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2023

Os EUA deram um mês para as agências federais eliminarem a TikTok, detida por uma empresa chinesa, dos dispositivos do Governo. O Canadá e a Comissão Europeia tomaram decisões semelhantes.

Os EUA estabeleceram um período de 30 dias para as agências federais eliminarem a rede social TikTok (detida por uma empresa chinesa) dos dispositivos do Governo, depois de o Canadá e Comissão Europeia tomarem decisões semelhantes.

O Departamento de Administração e Orçamento da Casa Branca considera a diretriz, emitida na segunda-feira, um “passo crítico na abordagem dos riscos apresentados pela aplicação a dados sensíveis do Governo”. Algumas agências governamentais, incluindo os departamentos da Defesa, da Segurança Interna e do Estado, já implementaram a restrição. A orientação apela agora para que as restantes entidades do Governo federal sigam o exemplo no prazo de 30 dias.

O TikTok, versão internacional da aplicação chinesa Douyin, também já não é permitido nos dispositivos da Casa Branca. “O Governo Biden-Harris investiu em força na defesa da infraestrutura digital da nação e na restrição do acesso dos adversários estrangeiros aos dados dos norte-americanos”, disse o chefe federal da segurança cibernética.

“Esta orientação faz parte do compromisso permanente da Administração para garantir a segurança da nossa infraestrutura digital e proteger a segurança e privacidade do povo norte-americano”, disse Chris DeRusha.

O Congresso dos EUA aprovou em dezembro uma lei que proíbe o TikTok nos dispositivos do Governo, salvo em certos casos, nomeadamente para fins de segurança nacional, aplicação da lei e investigação.

Na passada segunda-feira, a porta-voz do TikTok disse que a interdição da rede social “em dispositivos federais foi aprovada em dezembro sem qualquer deliberação” e que “infelizmente essa abordagem serviu de modelo para outros governos mundiais”. “Essas proibições são pouco mais que um teatro político”, referiu Brooke Oberwetter.

Os republicanos devem avançar esta terça-feira, na Câmara dos Representantes, com um projeto de lei que dará ao Presidente Joe Biden o poder de proibir o TikTok à escala nacional. A legislação, proposta pelo representante Mike McCaul, visa contornar os desafios que o Governo enfrentaria em tribunal caso avance com sanções contra a empresa. Caso seja aprovada, a lei permitirá a Washington não só interditar o TikTok como outras aplicações que ameacem a segurança nacional.

Tiktok “devora os dados dos norte-americanos”

McCaul, presidente da comissão para os negócios estrangeiros da Câmara, tem criticado veementemente a rede social de vídeos curtos, notando que é utilizada pelo Partido Comunista Chinês para “manipular e monitorizar os utilizadores enquanto devora os dados dos norte-americanos para serem usados em atividades malignas”.

O TikTok, propriedade da empresa chinesa ByteDance, é muito popular nos Estados Unidos, sendo utilizado por dois terços dos adolescentes no país. No entanto, há uma preocupação crescente de que Pequim possa apropriar-se dos dados dos utilizadores dos EUA obtidos através da aplicação. A empresa já desvalorizou a proibição da aplicação em dispositivos federais e observou que está a desenvolver planos de segurança e privacidade de dados como parte da revisão de segurança nacional em curso do Governo Biden.

Entretanto, também o Governo canadiano anunciou a proibição, a partir de segunda-feira, da aplicação nos telemóveis que fornece aos funcionários públicos, argumentando com “um nível de risco inaceitável” para a vida privada e segurança. “No aparelho móvel, os métodos de recolha de dados do TikTok dão um acesso considerável ao conteúdo do telefone“, disse a Presidente do Conselho do Tesouro, Mona Fortier, que adiantou ainda, em comunicado, que a medida tinha sido tomada “a título preventivo”.

A decisão do Canadá ocorreu dias depois de uma semelhante da Comissão Europeia, que interditou o TikTok ao seu pessoal, para “proteger” a instituição.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Energia eólica, pensões e ferrovia

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Pensionistas perdem 6.594 euros por ano face ao valor do último salário. O Governo quer produzir 10 GW de energia eólica offshore até 2030 e já há três empresas interessadas, mas o investimento pode custar até 40 mil milhões de euros. Onze meses depois de ter assumido a função, a presidente do conselho de administração da holding estatal das indústrias de Defesa deixou o cargo. Conheça algumas das notícias que marcam a atualidade em Portugal.

Eólicas no mar podem custar até 40 mil milhões

O Governo quer aumentar a produção de energia eólica offshore em Portugal dos atuais 25 MW (megawatts) para 10 GW (gigawatts) até 2030, por via de um leilão que deverá ser realizado ainda este ano. Até agora, há três empresas interessadas: a alemã BayWa, o consórcio espanhol e irlandês IberBlue Wind e o fundo de investimento dinamarquês Copenhagen Infrastructure Partners, que têm previsto investimentos de 12.500 milhões de euros para instalar 3,6 GW. Mas o objetivo do Executivo é bastante mais ambicioso. “Estamos a falar de investimentos na ordem dos 30 a 40 mil milhões de euros para instalar os 10 GW”, afirma António Sarmento, fundador do WavEC Offshore Renewables – Centro de Energias Offshore, ao Jornal de Negócios. O grupo de trabalho mandatado pelo Governo já definiu cinco zonas para instalar turbinas flutuantes.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Pensionistas “perdem” 471 euros por mês face ao último salário

Cada pensionista está a perder cerca de 471 euros por mês, ou 6.594 euros anuais, face ao valor do último salário, de acordo com um inquérito realizado pela Deco Proteste a reformados entre os 65 e os 84 anos. O estudo revela ainda que seis em cada dez (61%) inquiridos em idade ativa não estão a poupar para a reforma.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Acordo de rendimentos foi incorporado em duas dezenas de contratos coletivos

Cerca de 20 contratos coletivos de trabalho e de acordos de empresa assinados ou publicados desde outubro do ano passado já contemplam os aumentos de 5,1% previstos no acordo de médio prazo para a melhoria dos rendimentos, salários e competitividade para 2023. Nos acordos assinados pelos sindicatos da UGT, os aumentos oscilam entre 5% e 14%.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Falta de informação trava entrada de mais privados na exploração da ferrovia

A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) recomenda que a Infraestruturas de Portugal (IP) publique um modelo de acordo-quadro para o uso da ferrovia e “densifique” os próximos diretórios da rede (documentos onde estão dados como procedimentos, prazos, tarifas e repartição da capacidade). A recomendação da AMT surge porque considera que a falta de informação da IP ameaça a entrada de mais privados na exploração da ferrovia. A B-Rail, o único operador que até agora manifestou interesse, já adiou duas vezes a intenção.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Presidente da holding de Defesa bate com a porta

Catarina Nunes, presidente do conselho de administração da holding estatal das indústrias de Defesa, IdD – Portugal Defence, pediu para deixar o cargo que assumiu há 11 meses. Inicialmente, Catarina Nunes era vogal da IdD, mas substituiu Marco Capitão Ferreira (até então presidente) aquando da sua nomeação como secretário de Estado da Defesa. Após terminar o mandato a 31 de dezembro e de pedir “para não ser reconduzida”, esta terça-feira, o seu último dia de trabalho, regressa ao serviço de origem, nomeadamente ao cargo de técnica superior no Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e do Mar.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O dia em direto nos mercados e na economia – 28 de fevereiro

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2023

Ao longo desta terça-feira, 28 de fevereiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Com juros a subir, empréstimos às empresas caem pela primeira vez desde 2019

Montante dos créditos recuou 0,1% em janeiro. Empresas recorrem menos ao crédito, dado o aumento das taxas de juro e a redução do investimento, face a uma maior incerteza, diz António Saraiva.

Os empréstimos contraídos pelas empresas têm vindo a abrandar já desde o início de 2021, mas em janeiro deste ano chegou mesmo a registar uma queda, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP). Esta correção, que se traduz na primeira descida desde abril de 2019, ocorre após subidas sucessivas dos juros por parte do Banco Central Europeu, que “levam as empresas a terem mais cuidado antes de contraírem um empréstimo”, como salienta o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) ao ECO.

“No final de janeiro de 2023, o montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas era de 74,8 mil milhões de euros, menos 0,5 mil milhões de euros do que no final de dezembro de 2022”, sinaliza o BdP. O crescimento destes créditos já tem vindo a desacelerar desde o início de 2021 e atingiu agora, em janeiro, uma taxa de crescimento de -0,1%, a primeira negativa em quase três anos.

Foi nas grandes e médias empresas e nos setores da eletricidade, gás e água e do alojamento e restauração que se sentiu a maior redução dos empréstimos. Por outro lado, “aceleraram os empréstimos concedidos às empresas das atividades imobiliárias”, indica o organismo liderado por Mário Centeno.

Isto acontece numa altura em que “a tendência de subia das taxas de juro leva as empresas a terem mais cuidado antes de contraírem um empréstimo”, como explica João Vieira Lopes, presidente da Confederação do CCP, ao ECO.

“Esta redução do stock de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas reflete, por um lado, o facto de os bancos estarem a adotar critérios mais restritivos nos empréstimos concedidos às empresas e, do lado da procura, a um menor recurso ao crédito dado o aumento das taxas de juro e a redução do investimento, face a uma maior incerteza e à degradação das expectativas”, sublinha ao ECO o presidente da CIP.

“O aumento das taxas de juro, que ainda se irá agravar nos próximos meses, está a ter impacto na capacidade de financiamento das empresas e torna mais premente e mais exigente o desafio de reequilibrarem os seus balanços, para serem capazes de investir e melhorar a sua capacidade competitiva”, acrescenta o patrão dos patrões.

Viera Lopes, por seu turno, considera que “ninguém deixa de fazer investimentos por causa dos empréstimos bancários”, “mas, as empresas estão a reequacionar fazer empréstimos para tesouraria e estão a baixá-los progressivamente“, reconhece, acrescentando que “há muita gente a reduzir stocks“. “Apesar de algumas empresas terem aumentado stocks por causa da inflação, as taxas de juro mais elevadas levam as empresas a terem de fazer um equilíbrio entre as duas coisas por causa dos limites de endividamento”, indica o presidente da CCP.

Pode também estar em causa uma “mistura de efeitos” na explicação destes dados: por um lado o efeito estatístico e, por outro, o da subida das taxas de juro, aponta o economista Miguel St. Aubyn, ao ECO. “Houve uma forte aceleração da concessão de crédito às empresas desde o início de 2020 através das linhas Covid”, que tinham por objetivo ajudar as empresas a suportar os efeitos da pandemia e evitar que fechassem portas atirando milhares de pessoas para o desemprego.

“A tendência crescente não se poderia manter”, frisa o professor do ISEG. E quando é feita uma comparação homóloga de um período pós-pandemia com um o da pandemia, isso reflete abrandamentos significativos que chegam a terreno negativo como aconteceu em janeiro.

As empresas já antecipavam algum impacto do aumento dos custos de financiamento, num inquérito realizado pela AEP em janeiro para perceber as perspetivas para 2023. Neste inquérito, ao qual responderam 700 empresas, o “aumento dos custos de financiamento” é apontado como um dos fatores que mais vai afetar as empresas e a economia. Mesmo assim, “preveem que, até final de 2023, se verifique um desagravamento dos impactos negativos destes fatores”.

Questionados sobre os fatores e riscos relevantes para a evolução da atividade empresarial em 2023, várias empresas mencionaram a inflação e o aumento das taxas de juro.

O BCE tem vindo a subir as taxas de juro diretoras, tendo como objetivo controlar a inflação, o que acaba por colocar um travão aos empréstimos, que se tornam mais caros. A última subida das taxas foi em fevereiro, de 50 pontos base para 2,5%. O banco central já sinalizou também que em março haverá um novo aumento, ainda que seja incerta a dimensão deste.

O BdP divulgou também dados sobre os depósitos das empresas, que encolheram face a dezembro mas aumentaram em comparação com janeiro de 2022. “No final de janeiro de 2023, o stock de depósitos de empresas nos bancos residentes era de 65,9 mil milhões de euros, menos 1,4 mil milhões de euros do que em dezembro de 2022″, indica o organismo, sendo que o crescimento homólogo foi de 9,1%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

INE lança esta terça-feira a estimativa da inflação em fevereiro e confirma o crescimento do PIB no final de 2022. Altice divulga contas e patronato reúne com primeiro-ministro.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) lança esta terça-feira os dados provisórios referentes à inflação em fevereiro, bem como a confirmação do crescimento do PIB nos últimos três meses de 2022. A Altice Portugal divulga os mais recentes dados financeiros e termina o prazo para os partidos entregarem os requerimentos fundamentados, com a documentação a pedir à comissão de inquérito à TAP. Confederação Empresarial de Portugal (CIP) discute com o primeiro-ministro, António Costa, a Agenda do Trabalho Digno, são alguns dos destaques desta terça-feira.

INE estima inflação em fevereiro

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai lançar esta terça-feira os dados provisórios referentes à inflação homóloga em fevereiro. Estes dados surgem após a inflação homóloga em janeiro sofrer uma revisão em alta, para os 8,4%, no lugar dos 8,3% estimados inicialmente.

Quanto cresceu Portugal em 2022?

O gabinete de estatísticas português vai igualmente confirmar, no relatório de contas nacionais trimestrais, qual foi a evolução do PIB no quarto trimestre de 2022. Estes dados irão confirmar o crescimento do PIB português, estimado em 6,7% no ano passado, como resultado de um aumento homólogo de 3,1% nos últimos três meses de 2022.

Altice Portugal presta contas

A Altice Portugal vai divulgar os mais recentes resultados financeiros e operacionais. No terceiro trimestre, a dona da Meo teve receitas de 680 milhões de euros e um acumulado de 1.935 milhões nos primeiros nove meses de 2022. Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) nesse trimestre cresceram 7,6%.

Termina prazo para requerimentos à comissão de inquérito à TAP

Termina hoje o prazo limite para os partidos entregarem os requerimentos fundamentados com a documentação a pedir à comissão de inquérito à TAP. Na passada quinta-feira, os partidos tiveram a primeira reunião da comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP, numa sessão marcada pelo debate e votação do regulamento, mas também por críticas grelha de tempos nas audições.

Patronato discute com Costa a Agenda do Trabalho Digno

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) irá reunir com o primeiro-ministro, António Costa, onde será discutida a Agenda do Trabalho Digno. Segundo a associação patronal, a CIP sente-se “defraudada” com a sua aprovação e relembra que os patrões, no passado, já suspenderam a sua participação na concertação social. Embora admita que possa ser “excessivo” denunciar o acordo de rendimentos, o presidente da CIP, António Saraiva, assegura que haverá consequências se nada for feito.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.