35% dos desempregados em 2021 continuavam sem emprego em 2022

  • Mariana Marques Tiago
  • 15 Fevereiro 2023

Entre 2021 e 2022, 35% dos desempregados permaneceram nesse estado, o que corresponde a quase 120 mil pessoas, revelam os dados do INE.

Entre 2021 e 2022, 35% dos portugueses desempregados continuaram sem emprego, o que corresponde a 118,6 mil pessoas. Durante o mesmo período 158,3 mil, menos de metade (46,7%) iniciaram um trabalho.

Os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que o fluxo líquido do emprego em Portugal em 2022 foi positivo e estimado em 96,4 mil pessoas. Por seu lado, o fluxo líquido do desemprego foi negativo e estimado em 24,9 mil pessoas. O resultado justifica-se pelo facto de o número de pessoas que ficaram desempregadas ser inferior aos que encontraram emprego.

Fluxo de desemprego em 2022 por sexo

No último ano, os homens foram aqueles que tiveram mais facilidade em voltar a trabalhar. Dos que estavam desempregados, 48,4% (78,4 mil) voltaram a trabalhar, contra apenas 45,2% das mulheres a transitar para o emprego em 2022.

O instituto português refere ainda que em 2012, 2013 e 2020 a variação do desemprego (o seu fluxo líquido) foi de sinal positivo, isto porque as entradas no desemprego foram superiores às saídas deste estado. Estes anos correspondem aos da crise financeira de 2012, cujo impacto máximo no desemprego português se sentiu um ano depois, e ao primeiro ano da pandemia por Covid-19.

Menos trabalhadores por conta própria

De 2021 para 2022 verificou-se também uma diminuição do trabalho por conta própria: das pessoas que tinham trabalho por conta própria, 10,8% (76 mil pessoas) passou a trabalhar por conta de outrem. Só no último trimestre do ano, esta foi a realidade de 69,3 mil pessoas.

Face a 2021, a percentagem de trabalhadores por conta própria que passou a trabalhar por conta de outrem em 2022 aumentou 0,3 pontos percentuais.

Por outro lado, das pessoas que trabalhavam para outros, apenas 2% começou a trabalhar por conta própria, o que se traduz em 82,9 mil pessoas.

Fluxos anuais entre tipos de contrato (com e sem termo) em percentagem

Do total de trabalhadores por conta de outrem que, em 2021, tinham contrato de trabalho com termo, 250,6 mil passaram a ter contrato de trabalho sem termo. Este valor traduz-se em 36,4% dos trabalhadores. Face a 2021, houve um aumento de 0,8 pontos percentuais da percentagem de trabalhadores nesta situação, o que representa uma maior estabilidade laboral. O oposto (a passagem de trabalhadores com contrato sem termo para contrato com termo) foi de 3,4%.

Desde 2015 que tem aumentado o número de trabalhadores que passam de contrato com termo para contrato sem termo.

No último trimestre, mais de 50% continuaram desempregados

Das pessoas que estavam empregadas em 2022, no último trimestre do ano, 95,4% (cerca de 4,7 milhões de pessoas) permaneceram nesse estado. Por contraste, das que estavam desempregadas, mais de 50% continuou sem trabalho, especificamente 52,7% (o que se traduz em 161,3 mil pessoas).

Entre outubro e dezembro de 2022, a percentagem de pessoas que regressaram ao trabalho por sexo revelou-se diferente da realidade anual. As mulheres foram aquelas que mais rapidamente voltaram a trabalhar (26,7%) contra 25,5% dos homens.

Estados do mercado de trabalho na UE e em Portugal no terceiro trimestre

O INE apresenta ainda uma comparação entre os estados do mercado de trabalho na União Europeia (UE) e em Portugal relativamente ao terceiro trimestre de 2022. Entre os meses de julho, agosto e setembro, transitaram para o emprego 25,5% das pessoas que em Portugal estavam desempregadas no segundo trimestre de 2022. Este valor é superior em 1,5 pontos percentuais comparativamente à União Europeia (24%).

Face à UE, Portugal apresentou ainda uma percentagem de permanência no emprego superior: 96,5% das pessoas, face a 96,2%. Por outro lado, Portugal registou também uma maior percentagem de pessoas a manter-se em situação de desemprego. Enquanto na UE a percentagem de pessoas que se mantiveram desempregadas foi de 50,3%, em Portugal o número aumenta para 54,6%.

(Notícia atualizada às 12h45)

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Comissão Europeia leva Portugal a tribunal por falha na adoção de regras sobre energia renovável

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

O prazo para os Estados-membros da UE transporem para a lei nacional estas regras comunitárias terminou em 30 de junho de 2021,

A Comissão Europeia decidiu levar Portugal ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) por ter falhado na transposição integral de uma diretiva sobre energias renováveis, com pedido de aplicação de sanções financeiras.

Em causa está a diretiva europeia 2018/2001 relativa à promoção da utilização de energia de fontes renováveis, que estabelece o quadro jurídico para o desenvolvimento de energias renováveis nos setores da eletricidade, do aquecimento e arrefecimento e dos transportes na UE e fixa o objetivo vinculativo da UE de atingir até 2030, pelo menos, 32% de energias renováveis.

O processo de infração foi aberto em julho de 2022, com o envio de uma carta de notificação aos 27 por incumprimento do prazo fixado para a adoção das regras comunitárias, em 30 de julho de 2021.

Em maio, Portugal e outros nove Estados-membros (Croácia, Chipre, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Luxemburgo, Polónia, Portugal e Roménia) receberam um parecer fundamentado com um prazo de cumprimento de dois meses. Hoje, a notificação de envio do caso para o TJUE foi enviada a Portugal, Croácia e Hungria.

O prazo para os Estados-membros da UE transporem para a lei nacional estas regras comunitárias terminou em 30 de junho de 2021, sendo que já em julho do ano passado a Comissão Europeia enviou uma carta de notificação a todos os países.

A lei comunitária define ainda objetivos específicos para aumentar a quota de energias renováveis no setor do aquecimento e arrefecimento e no setor dos transportes até 2030 e inclui medidas destinadas a assegurar que o apoio às energias renováveis é eficaz em termos de custos e a simplificar os procedimentos administrativos.

Para a UE, a energia renovável é produzida a partir de fontes não fósseis, como a energia eólica, solar (térmica e fotovoltaica) e geotérmica, energia ambiente, das marés, das ondas e outras formas de energia oceânica, hidráulica, de biomassa, de gases dos aterros, de gases das instalações de tratamento de águas residuais, e biogás.

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Anacom diz ter impedido CTT de subirem preços em 9,6%

Presidente da Anacom disse no Parlamento que os CTT queriam aumentar os preços do correio em 9,6%, depois de cometerem um erro na aplicação da fórmula. Correção levou a subida mais modesta de 6,58%.

O presidente da Anacom, João Cadete de Matos, revelou esta quarta-feira no Parlamento que os CTT CTT 0,14% propuseram inicialmente um aumento de 9,6% nos preços regulados do correio para este ano, mas a taxa desceu para os 6,58% depois de o regulador ter detetado um erro na aplicação da fórmula pelos Correios, nomeadamente na variável que diz respeito à evolução do tráfego do correio.

Os preços do correio são atualizados anualmente nos termos de uma fórmula que foi acordada entre a Anacom, os CTT e a Direção-Geral do Consumidor. A fórmula incorpora várias variáveis, sendo que, este ano, a mais importante é a “taxa de variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços do Consumidor a terminar em junho do ano anterior (2022)”, no valor de 4,05%. Pondera ainda a queda do tráfego do correio (que veio a ser de 3,61%) nos 12 meses a terminar nesse mês e um fator correspondente a “alterações significativas de contexto”, que foi nulo.

Mas a proposta inicial de atualização de preços pelos Correios apontava para um aumento muito superior aos 6,58% que acabaram por resultar da aplicação da fórmula, aproximando-se mesmo dos 10%, bem acima da taxa média anual de inflação em 2022, que fixou-se em 7,8%, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo o presidente da Anacom, que está no Parlamento por requerimento do PCP, tal aconteceu devido a um erro que foi detetado e corrigido.

Foi a 26 de janeiro que os CTT notificaram o mercado de que vão aumentar os preços em 6,58% no dia 1 de março. Contactados acerca desta notícia, fonte oficial da empresa respondeu: “Os CTT não emitem comentários a propósito das suas interações com o regulador mas chamam a atenção para o facto de a fórmula de preços, na qual se reveem, ter sido fixada por acordo entre a Anacom, a Direção-Geral dos Consumidores e os CTT”.

“A este propósito, importa fazer notar que o Serviço Público de Correio é financiado exclusivamente pelo preço, ou seja, pelos seus utilizadores, não fazendo uso de quaisquer fundos do Orçamento de Estado, pelo que é muito importante ter sido obtido tão sólido consenso no estabelecimento da fórmula de preço que, como não poderia deixar de ser, tem em conta a queda do correio e a inflação”, concluiu a mesma fonte.

(Notícia atualizada às 15h43 com mais informação)

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Sérvulo assessora Grupo Lusíadas Saúde na transmissão do Hospital de Cascais para o Grupo Ribera Salud

A equipa multidisciplinar da Sérvulo envolvida na operação foi coordenada por Francisca Mendes da Costa e por Mark Kirkby, sócios do departamento de Direito Público.

A Sérvulo & Associados assessorou Grupo Lusíadas Saúde na operação de transmissão do Hospital de Cascais, em regime de parceria público-privada, para a nova entidade gestora privada do hospital, a Galo Saúde Parcerias Cascais-S.A., detida pelo Grupo Ribera Salud.

A equipa multidisciplinar da Sérvulo foi coordenada por Francisca Mendes da Costa e por Mark Kirkby, sócios do departamento de Direito Público. A equipa contou também com Ana Rita Paínho, sócia responsável pelos departamentos de Life Sciences, Propriedade Intelectual e TMT, e Rita Canas da Silva, sócia responsável pelo departamento de Laboral.

“A operação implicou a articulação com o Estado Português, representado pela ARS-LVT, e com o novo gestor privado do Hospital de Cascais, a Galo Saúde, com vista a assegurar a correta e eficaz transmissão do estabelecimento do Hospital de Cascais entre os operadores privados. A coordenação do processo visou a transmissão de todos os contratos, recursos humanos, sistemas de informação e ativos necessários para assegurar a transição com sucesso e sem qualquer perturbação na continuidade e qualidade da prestação de cuidados de saúde assegurados pelo Hospital”, sublinhou Francisca Mendes da Costa.

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Dona da Paladin vai fazer molhos para a McDonalds’s em Israel

  • Mariana Marques Tiago
  • 15 Fevereiro 2023

Desde 2012 que a empresa produz para a cadeia de fast-food em Portugal, mas agora vão mais além: Israel vai receber maioneses e outros molhos com assinatura nacional.

Depois da McDonald’s Portugal e da McDonald’s Marrocos, a Casa Mendes Gonçalves foi selecionada para produzir alguns dos molhos do McDonald’s em Israel.

Desde 2012 que a empresa portuguesa produz para a cadeia de fast-food em Portugal, mas agora a produção vai mais além: Israel vai receber maioneses e outros molhos com assinatura da marca portuguesa num total de dez referências. Só no último ano foram produzidas mais de 184 milhões de unidades para a McDonald’s israelita, diz a empresa.

Marisa Oliveira, head of sales e de customer service da Casa Mendes Gonçalves , explica em comunicado que “a entrada na McDonald’s Israel exigiu uma adaptação muito grande“, uma vez que “era mandatário termos certificação Kosher, uma certificação que determina a não contaminação absoluta de matérias-primas não certificadas pelas entidades locais, como por exemplo determinadas carnes, exigindo um apertado controlo de todos os produtos, desde a origem até ao produto final”,

A empresa que detém marcas como Paladin, Dona Pureza e Peninsular, assegura que a certificação obrigatória e a entrada oficial no mercado de Israel lhe dará uma grande vantagem competitiva no mercado. “Esta parceria elevou o nosso patamar de qualidade e segurança”, diz Marisa Oliveira.

Esta não é a primeira vez que a Casa Mendes Gonçalves adapta os processos de fabrico às necessidades do cliente, já que quando se tornou fornecedora da McDonald’s Portugal foi necessária uma “reformulação industrial”. No último ano, a empresa produziu cerca de 23 milhões de unidades de molhos para a cadeia em Portugal, diz a empresa.

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Sensei contrata Gustavo Miller para head of marketing

  • + M
  • 15 Fevereiro 2023

O ex jornalista terá como principal objetivo amplificar a imagem da empresa a nível global, com Brasil e Espanha como mercados prioritários. 

Gustavo Miller é o novo head of marketing da Sensei. De nacionalidade brasileira, o antigo jornalista terá como principal objetivo amplificar a imagem da scaleup portuguesa a nível global, com Brasil e Espanha como mercados prioritários.

“É, para mim, um enorme privilégio poder fazer parte do sucesso da Sensei e contribuir para o brand awareness desta startup que está a contribuir ativamente para a disrupção no setor do retalho a nível global. Para 2023 contamos com vários lançamentos previstos, de produtos a parcerias, os quais apontam como será o futuro não apenas do retalho, mas do comércio em geral”, diz o responsável citado em comunicado.

Gustavo Miller trabalhou no jornal Estadão e a TV Globo, tendo no currículo os prémios Malofiej, Vladimir Herzog e Petrobras. Em 2016 trocou o jornalismo pelo marketing e foi, durante três anos, responsável pelo marketing dos canais digitais da Red Bull no Brasil. Em 2019 passou a responsável de marketing da MyCujoo, adquirida pela Eleven Sports, e nos últimos dois anos liderou o marketing e área de conteúdos da Shopify no Brasil.

É também autor de um curso online sobre marketing de conteúdo na Domestika, plataforma de criativos, foi eleito LinkedIn Top Voice em 2019 e selecionado para integrar a primeira equipa global de LinkedIn Creators, rede onde conta com mais de 300 mil seguidores.

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Ministro da Saúde garante que “não está previsto” encerrar maternidades públicas em Lisboa e Vale do Tejo

Pizarro quis deixar "uma mensagem de tranquilidade" e reiterou que "não está previsto o encerramento de nenhuma maternidade pública", nomeadamente na região de Lisboa e Vale do Tejo.

O ministro da Saúde reitera que “não está previsto o encerramento de nenhuma maternidade pública”, sublinhando que o modelo de fechos rotativos de blocos de parto na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) tem funcionado “na perfeição”.

“Não está previsto o encerramento de nenhuma maternidade pública”, garantiu Manuel Pizarro, após a RTP ter noticiado que uma nova proposta da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia tinha recomendado o encerramento de oito urgências na região de LVT.

Em causa estão as urgências de obstetrícia dos Hospitais de Santa Maria, Hospital de Vila Franca de Xira, Hospital São Francisco Xavier, Hospital de Loures, Hospital do Barreiro, Hospital de Setúbal, Hospital de Abrantes e Hospital das Caldas da Rainha, sendo que a ideia é que estas unidades só possam receber grávidas a partir das 22 semanas, referenciadas e com queixas graves.

Questionado pelos jornalistas sobre se podia ocorrer o fecho destas urgências, o ministro da Saúde argumentou que as maternidades são por si “mesmo um serviço de urgência” dado que, apesar de haver atualmente “um maior acompanhamento da gravidez” e, portanto, uma “maior previsibilidade” — nunca se sabe quando o parto se poderá realizar.

Nesse sentido, o responsável volta a defender o modelo proposto pela Direção Executiva do SNS, que optou por não encerrar os blocos de partos que estavam em risco de fechar na região Norte e Centro (como havia sido defendido pela comissão de acompanhamento criada pela antiga ministra Marta Temido, bem como manter o plano de fechos rotativos em LVT, pelo menos até ao final do primeiro trimestre.

“Seria inaceitável encerrar maternidades”, dado que essa decisão colocaria “as futuras mães a uma grande distância das maternidades mais próximas”, justificou Manuel Pizarro, referindo ainda que também seria “um erro serviços de obstetrícia” onde se estão a “formar novos profissionais”, numa altura em que estes serviços têm falta de profissionais. Assim, para Manuel Pizarro o modelo adotado tem funcionado “na perfeição”, permitindo garantir “qualidade, segurança e previsibilidade” nos serviços.

A posição foi também defendida pelo diretor executivo do SNS. “Vamos fazer os possíveis e os impossíveis para não fechar maternidades”, afirmou Fernando Araújo, durante a audição na comissão de Saúde, na Assembleia da República, acrescentando, que a decisão pode contribuir para a “desertificação” das regiões.

Já sobre a nova proposta da comissão para as maternidades da região LVT, Fernando Araújo referiu que esta “ainda não teve nenhuma avaliação da Direção Executiva do SNS”, estando a ser analisada pela Ordem dos Médicos e pelas equipas hospitalares da região. Quanto às regras para as maternidades privadas, o antigo secretário de Estado Adjunto e da Saúde aponta que estas são “da competência do Ministério da Saúde”, mas defende que “as regras devem ser iguais em todo o lado”.

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Primeira-ministra da Escócia apresenta demissão

Nicola Sturgeon garante que esta decisão "não é uma reação a pressões de curto prazo". Estava no cargo há mais de oito anos.

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, apresentou a demissão depois de mais de oito anos à frente do Governo escocês. O anúncio foi feito pela própria numa conferência de imprensa, onde sinalizou que a decisão era a certa para si, “para o partido e para o país”.

“Hoje [quarta-feira] estou a anunciar a minha intenção de deixar o cargo de primeira-ministra e líder do meu partido”, anunciou Nicola Sturgeon, assegurando que vai permanecer no cargo até que o sucessor seja eleito.

Apesar de a primeira-ministra ter enfrentado alguns obstáculos nos últimos tempos, nomeadamente no seu plano para convocar um referendo à independência, garante que esta decisão “não é uma reação a pressões de curto prazo”. A saída, que não era esperada, surge após “uma avaliação mais profunda e de longo prazo”, esclarece.

Sturgeon explica que se andava a questionar se conseguia continuar no cargo e se era o mais certo para si, depois de ter de lidar com a intensidade e responsabilidade que o papel acarreta, e concluiu que não. A primeira-ministra já estava no cargo há oito anos e salienta que o trabalho só pode ser feito por um certo tempo que, no seu caso, “corre o risco de se tornar muito longo”.

A líder escocesa destaca ainda o período da pandemia, que diz ter sido, “de longe o aspeto mais árduo das funções”. “Jamais pude imaginar que fosse um peso tão grande”, apontando que “a responsabilidade era imensa” e teve um grande “impacto físico e mental”.

No que diz respeito à independência da Escócia, Sturgeon diz que continua a acreditar que é possível, mas o apoio a esta matéria “precisa de ser solidificado e crescer ainda mais”. “Para conseguir isso, devemos superar a divisão na política escocesa e o meu julgamento agora é que um novo líder seria mais capaz de fazer isso”, conclui.

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Goméz-Acebo & Pombo assessora The Navigator Company na compra do negócio de papel tissue do Grupo Gomà-Camps

A operação envolveu uma equipa multidisciplinar e multijurisdicional da GA_P e contou com Mafalda Barreto, managing partner, e Nuno de Oliveira Garcia, sócio responsável pelo departamento Fiscal.

A Gómez-Acebo & Pombo (GA_P) assessorou a empresa portuguesa The Navigator Company na aquisição de 100% das ações da Gomà Camps Consumer S.L.U., sociedade com sede em Saragoça, que por sua vez detém a totalidade do capital social da Gomà-Camps France SAS, com sede em Castres.

“Esta aquisição enquadra-se num plano ambicioso de crescimento e diversificação do grupo Navigator e possibilitará à empresa posicionar-se como o segundo maior fabricante de papel tissue da Península Ibérica (categoria de que faz parte o papel higiénico, o rolo de cozinha e os guardanapos), adicionando 35 mil toneladas de capacidade à sua produção anua, que passa a um total de 165 mil. Receitas do segmento deverão atingir os 300 milhões de euros”, referem em comunicado.

A operação envolveu uma equipa multidisciplinar e multijurisdicional da GA_P e contou, no que toca ao escritório de Lisboa, com o envolvimento de Mafalda Barreto, managing partner, e Nuno de Oliveira Garcia, sócio responsável pelo departamento Fiscal.

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DGAL demite-se em bloco e Ana Abrunhosa garante substituição em março

A Direção-Geral das Autarquias Locais demite-se em bloco com a diretora-geral a alegar motivos pessoais. A ministra da Coesão Territorial já confirmou e garante a substituição em março deste ano.

A ministra da Coesão Territorial confirmou esta quarta-feira a demissão em bloco da direção da Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) depois de interpelada pelo deputado do PSD, Luís Gomes, em audição na Comissão Parlamentar de Ordenamento do Território. Ana Abrunhosa assegurou, contudo, que a direção, que ainda continua em funções, será substituída já em março deste ano.

À pergunta do deputado social-democrata “confirma ou não que a atual DGAL se encontra demissionária”, a ministra da Coesão Territorial acabou por anuir. “A diretora-geral da DGAL apresentou a sua demissão há sensivelmente um mês, alegando motivos pessoais“, confirmou Ana Abrunhosa.

A diretora-geral, Sónia Ramalhinho, justificou a sua demissão com motivos pessoais e as subdiretoras-gerais Joana Lucena e Ana Domingos seguiram-lhe os passos. Uma situação que a ministra achou perfeitamente normal, tendo em conta que “as duas subdiretoras foram convidadas pela diretora-geral”. Aliás, argumenta, “trata-se da colocação à disposição de lugares que são de confiança pessoal”.

A governante não vê, por isso, qualquer problema na saída de toda a direção, justificando que se “trata de uma rotação absolutamente normal da Administração Pública, estando a diretora-geral demissionária a cumprir atualmente as suas funções com o rigor e profissionalismo que a caracterizam até ao momento da sua substituição”.

Portanto, a ministra acredita que a direção será substituída em março “com a maior das tranquilidades”, adiantando que tem tido “várias reuniões com a diretora e com as subdiretoras”.

Trata-se de uma rotação absolutamente normal da Administração Pública, estando a diretora-geral demissionária a cumprir atualmente as suas funções com o rigor e profissionalismo que a caracterizam até ao momento da sua substituição.

Ana Abrunhosa

Ministra da Coesão Territorial

O deputado do PSD reiterou o facto de não achar normal que a demissão em bloco de toda a direção “só porque a diretora-geral teve um problema pessoal”, criticando Ana Abrunhosa por ter “uma resposta politicamente correta“.

A DGAL é um serviço central da administração direta do Estado, integrado no Ministério da Coesão Territorial. Uma das missões da DGAL consiste no acompanhamento do processo de descentralização de competências para as autarquias locais. Assim como “estabelecer critérios, em colaboração com os organismos competentes, relativos às transferências financeiras para as autarquias locais e respetivas associações, as áreas metropolitanas, bem como sistematizar o respetivo processamento”, lê-se na página da internet deste serviço do Estado.

A coordenação e sistematização das informações e pareceres jurídicos das Comissões de Coordenação de Desenvolvimento Regional (CCDR) a propósito de matérias relacionadas com a administração local é outra das tarefas da DGAL.

Este serviço já teve diferentes designações desde 1974. Já se chamou Direção-Geral da Administração Autárquica, Direção-Geral da Ação Regional e Local, Direção-Geral da Ação Regional, Gabinete de Apoio às Autarquias Locais e Direção-Geral da Administração Local. A atual designação data de 1998, de acordo com a página da internet deste serviço.

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Governo lança nova linha de apoios na área dos gases renováveis de 83 milhões

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

Primeiro Programa de Apoio à Produção de Hidrogénio Renovável e outros Gases Renováveis, que teve mais de 40 candidaturas e 25 projetos apoiados num total de 102 milhões de euros.

O ministro do Ambiente anunciou esta quarta-feira que o Governo vai lançar este mês um segundo programa para apoiar projetos na área dos gases renováveis, com uma dotação de 83 milhões de euros no quadro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Duarte Cordeiro fez este anúncio na cerimónia de assinatura de contratos no âmbito do primeiro Programa de Apoio à Produção de Hidrogénio Renovável e outros Gases Renováveis, que teve mais de 40 candidaturas e 25 projetos apoiados num total de 102 milhões de euros.

Queremos este mês lançar um segundo aviso, um segundo programa para gases renováveis com uma dotação de 83 milhões de euros e com isto executar a 100% esta linha do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Este aviso terá como foco a produção de biometano, os projetos que foram excluídos do primeiro aviso podem agora candidatar-se”, detalhou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, António Costa.

Na intervenção inicial, o ministro do Ambiente defendeu a compatibilidade entre os objetivos do Governo quanto à neutralidade carbónica e o crescimento económico. “Podemos de uma vez por todas afastar a ideia de que o ambiente é inimigo do crescimento. Quando associamos aqui um objetivo de lançar projetos muito concretos de hidrogénio verde, temos um caminho muito claro para a descarbonização”, salientou.

O ministro defendeu que esta aposta na produção de hidrogénio verde e biometano em larga escala será uma estratégia “com um impacto muito significativo na economia e na sociedade”, com criação de emprego. “É uma revolução industrial para a qual o país não está atrasado, hoje a transição energética é o motor para o crescimento económico”, reforçou.

O ministro defendeu que o potencial de Portugal na produção de hidrogénio verde “a preços competitivos conjuga-se bem com a necessidade de importação de elevados volumes do norte da Europa”. “Esta é também a energia da democracia e da liberdade, que permite maior independência e autonomia, permite proteção de oscilações bruscas de mercado e também a mais barata”, afirmou.

A cerimónia de assinatura e apresentação dos 25 projetos já apoiados decorreu na Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos, do Museu da Água, em Lisboa.

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msg insur:it disponibiliza um leque de soluções de software

  • Conteúdo Patrocinado
  • 15 Fevereiro 2023

Um leque de soluções mais alargado para o mercado ibérico

De agora em diante, a msg life e a msg nexinsure compartilharão a nova marca conjunta msg insur:it, reforçando a liderança no desenvolvimento de software e serviços para o mercado segurador. As duas empresas, que permanecerão como unidades jurídicas independentes, contam agora com uma equipa de gestão conjunta, com responsabilidades unificadas, partilhando o desenvolvimento de produtos e gerando ampla sinergia e uma oferta mais robusta para todos os clientes.

A msg insur:it disponibiliza uma gama completa de soluções líderes, como a solução msg.Insurance Suite, para seguradoras em todos os segmentos – vida, não vida e saúde, tudo sob a mesma chancela e com tecnologia de ponta.

No mercado ibérico, a msg insur:it inicia o ano com um portfolio de soluções mais alargado, e que pode ser consultado neste link. Com uma oferta de soluções que vai desde a criação de produtos até soluções core como msg.Life Factory, por exemplo, que foi classificada pela Gartner®, no Magic Quadrant™, como líder do sistema de gestão de apólices de seguro de vida na Europa, msg insur:it é o parceiro ideal para a transformação digital das seguradoras.

Com a confiança de ter concluído com sucesso mais de 150 grandes projetos para clientes com alto nível de exigência na indústria de seguros em todo o mundo, e com uma equipa de mais de 2.000 especialistas, a msg insur:it é o centro de competência global para software de seguro do Grupo msg e possui uma experiência única e um nível excecional de competência em software para seguradoras.

Para consultar mais informações sobre a msg insur:it, visite www.msg-insurit.com/pt-pt/ e acompanhe a novidades.

Sobre a msg life e a msg nexinsure

Como parte do Grupo msg, independente e internacionalmente ativo, a msg life ag e a msg nexinsure ag estão entre as empresas líderes de software e consultoria para o setor de seguros europeu. Os serviços da msg life vão desde o desenvolvimento e implementação de software standard e a prestação de serviços de consultoria ao tratamento de operações IT (soluções na cloud).

O Grupo msg life tem sede em Leinfelden-Echterdingen e escritórios em Munique, Hamburgo e Colónia, além de subsidiárias na Holanda, Áustria, Suíça, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Portugal e EUA. Atualmente, emprega mais de 1.200 colaboradores.

O Grupo msg nexinsure tem sede em Ismaning, perto de Munique, bem como escritórios em Hamburgo, Chemnitz e Passau, e tem cerca de 700 colaboradores.

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