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RTP “provavelmente” vai ter uma situação “de quase equilíbrio” ou “positiva” em 2022

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2023

Nicolau Santos afirmou que "provavelmente" a RTP vai ter uma situação de "quase equilíbrio" ou até "positiva" em 2022, melhor que a expetativa de prejuízos que tinha sido avançada em junho.

O presidente do Conselho de Administração da RTP afirmou esta quarta-feira que “provavelmente” a empresa vai ter uma situação de “quase equilíbrio” ou até “positiva” em 2022, melhor que a expectativa de prejuízos que tinha sido avançada em junho. Nicolau Santos falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Em 07 de junho de 2022, na mesma comissão, o presidente do Conselho de Administração da rádio e televisão pública tinha afirmado que provavelmente a empresa iria “ter prejuízos” em 2022, tendo em conta que os encargos vinham a crescer.

A menos má notícia que pode vir a ser uma boa notícia é que conseguimos que a RTP provavelmente no final do ano passado vai ter uma situação de quase equilíbrio e, eventualmente, pode mesmo ficar em situação positiva, embora ainda não tenhamos as contas fechadas“, anunciou hoje o gestor.

“E porquê? Em primeiro lugar porque houve custos que nós pensávamos que iam aumentar muitíssimo, a energia nomeadamente”, mas esses custos, “tendo aumentado não aumentaram tanto” como o esperado, apontou Nicolau Santos. Em segundo lugar, acrescentou, devido às “medidas internas que foram adotadas e foram várias“.

Sobre a negociação da venda dos direitos do Mundial do Qatar, anteriormente as expectativas em relação a isso eram incertas. Mas “o que é certo é que conseguimos mais relativamente aos outros operadores a quem vendemos os jogos do que aqueles que tínhamos orçamento, prosseguiu.

Além disso, “renegociámos inúmeros contratos que tínhamos, de fornecimento, de entidades que negoceiam com a RTP, passámos a fazer um lançamento regular de concursos públicos a tudo que sejam compras que tínhamos de fazer, houve uma revisão de custos externos em baixa, houve um pedido de esforço de todas as direções em torno de 5% do seu orçamento”, enumerou o presidente do Conselho de Administração.

“Houve também” o desenvolvimento interno de uma campanha de poupança de energia, a sensibilizar várias pessoas para esta questão, como também “o adiamento da emissão de alguns programas” e outros eventualmente que acabaram por não ser feitos, elencou. Todas estas medidas conduziram a que do lado dos custos “houvesse uma redução também substancial”, salientou.

Perante isto, apesar de ainda aguardar o fecho das contas de 2022, Nicolau Santos manifestou-se mais otimista que em junho passado. “Estamos hoje em dia bastante mais otimistas do que estávamos em junho quando viemos a esta assembleia”, sublinhou.

O gestor salientou que 2022 foi “um ano perfeitamente atípico“, em particular para as empresas de media, já que a guerra da Ucrânia aumentou o esforço financeiro da RTP com as equipas enviadas para o terreno, com a cobertura a custar cerca de “700 mil euros”. Além disso, houve o aumento dos custos de energia, a subida dos preços unitários dos fornecedores da RTP, das taxas da juro, os quais “particularmente este ano vão ser muito significativos” e “aumentos salariais que não existiam desde 2019”, elencou.

Apesar de tudo isto, “penso que o ano de 2022 marca efetivamente uma viragem fundamental: é que a partir de agora – e com o atual enquadramento financeiro da empresa – a RTP provavelmente vai passar a dar com regularidade resultados negativos ou muito próximo de negativo“, advertiu Nicolau Santos.

“E porquê? Porque como os senhores deputados sabem a Contribuição para o Audiovisual [CAV] está congelada desde há alguns anos, as nossas capacidades de captar receitas comerciais e de publicidade também estão limitadas e por outro lado há custos que estão sistematicamente a crescer e a crescer de forma significativa. E, portanto, estas duas tendências obviamente vão conduzir a RTP a uma situação orçamental difícil nos próximos anos”, considerou o gestor.

Apesar dos constrangimentos financeiros — a Contribuição para o Audiovisual (CAV) congelada e as receitas limitadas –, o presidente da RTP afirmou que este ano será feito “um esforço de investimento grande” na “recuperação total” de dois estúdios do Centro de Produção do Norte e a conclusão de outros dois de rádio.

Assim, este ano “estamos a contar com um esforço de investimento grande” dirigido “para a recuperação total de dois estúdios do Centro de Produção do Norte (CPN) que hoje em dia tem peso já muito significativo na produção de conteúdos no âmbito da RTP e a conclusão de dois novos estúdios para a rádio na sede em Lisboa e a renovação visual dos estúdios de informação em Lisboa”, anunciou o gestor.

“Ficará também concluída toda a renovação da empresa”, incluindo as regiões autónomas, “para o sistema HD que até agora não existia”, continuou o presidente do Conselho de Administração da RTP, que admitiu que “muitos outros investimentos serão necessários (…), mas não há capacidade financeira para os fazer a curto prazo”.

Recordou que está em vigor o processo de reorganização interna que envolveu 150 pessoas oriundas das segundas linhas das hierarquias. O processo, disse,”continua a decorrer” e tem como objetivo transformar a RTP numa empresa cada vez mais multiplataforma em que o digital “estará no posto de comando”.

Mudança nos operadores públicos de media “não pode ser feita” sem revisitar leis

Nicolau Santos defendeu também que a mudança a que se assiste nos operadores públicos de media “não pode ser feita” sem que haja uma revisão das leis de rádio e de televisão.

Um apelo que eu faço aos senhores deputados: do nosso ponto de vista, esta mudança a que se está assistir a nível europeu nos operadores públicos de media não pode ser feita em Portugal sem que os senhores deputados revisitem a lei da Rádio e da Televisão e o Estatuto da RTP enquanto prestadora de serviço público“, disse Nicolau Santos na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Ambas as leis “têm alguns anos já, a realidade no setor dos media mudou muito nos últimos anos e há condicionamentos e exigências que limitam muito a flexibilidade que uma empresa de media necessita para responder aos desafios” que são colocados todos os dias, prosseguiu o gestor.

“Mesmo no que toca a outras entidades, gostaria de lembrar que a RTP deve prestar contas muitas vezes não pelo serviço público que presta, mas prestar contas, por exemplo, às entidades que supervisionam a empresa sobre a nomeação ou a demissão de um diretor, a fusão ou não de uma direção, na junção de serviços“, entre outros temas, prosseguiu.

Ora, “temos entidades externas que nos podem condicionar decisões que pensaríamos que poderíamos tomar para tornar a empresa mais flexível e para responder a estes desafios”, argumentou Nicolau Santos.

 

(notícia atualizada às 15h10 com mais informação)

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Economia portuguesa recuperou da pandemia mas famílias ainda não

Portugal, Dinamarca e Finlândia são os únicos países da OCDE em que a economia já recuperou dos efeitos da Covid-19 mas onde as famílias ainda não voltaram a ter todo o poder de compra de volta.

A economia está melhor, mas as famílias ainda não. Portugal é um dos países em que o rendimento doméstico está abaixo dos valores pré-pandemia, mas onde o Produto Interno Bruto (PIB) já recuperou dos efeitos da Covid-19. A conclusão consta de um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que compara os dados entre os últimos três meses de 2019 e o terceiro trimestre de 2022.

No índice relativo à economia, base em 2007, Portugal registou 112,83 pontos no terceiro trimestre de 2022, o que compara com os 110,13 pontos do período entre outubro e dezembro de 2019, o último antes da Covid-19. É uma subida de 2,46%.

No entanto, no indicador que mede o rendimento das famílias, o índice do terceiro trimestre fixou-se em 103,36 pontos; no último trimestre de 2019, o índice estava nos 107,82 pontos. É uma descida de 4,14%.

A amarelo, variação do rendimento das famílias; a azul, variação do PIB.

A inflação e a perda de compra dos consumidores podem ser apontados como causas para este desempenho: no último trimestre de 2021 (107,93 pontos e nos primeiros três meses de 2022 (108,92 pontos), o rendimento das famílias já tinha recuperado face aos efeitos da pandemia.

Portugal está numa situação praticamente única no panorama da OCDE: apenas a Dinamarca e a Finlândia repete o contexto em que a economia está melhor, mas as famílias ainda estão em pior situação do que antes da Covid-19. Espanha é o país onda a economia mais caiu (-1,94%) e onde as famílias menos recuperaram (-7,85%) em relação à Covid-19.

Entre os 21 países analisados, o rendimento das famílias per capita cresceu 0,2% no terceiro trimestre de 2022, a primeira subida deste indicador desde os primeiros três meses de 2021. Já o crescimento do PIB per capita foi de 0,3%, evolução igual à do trimestre anterior.

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Faculdade internacional aposta em Lisboa para desenvolver novo modelo educativo

O Forward International Bachelor, programa universitário de três anos, dá oportunidade aos alunos de estudarem em três cidades europeias: Lisboa no primeiro ano, Paris no segundo e Berlim no terceiro.

A Forward College, faculdade de cariz internacional, escolheu Lisboa como o principal centro europeu. O objetivo é oferecer e impulsionar uma nova abordagem educacional aos seus estudantes, para que estes desenvolvam não apenas as capacidades cognitivas, mas também as sociais, digitais e emocionais. O Forward International Bachelor, programa universitário de três anos, dá oportunidade aos alunos de estudarem em três cidades europeias: Lisboa no primeiro ano, Paris no segundo e Berlim no terceiro. Turmas de pequena dimensão, aulas individuais e projetos aplicados à vida real fazem parte do desafio que combina tradição e inovação.

“Lisboa foi uma escolha óbvia para avançar com este projeto porque oferece o contexto ideal para os nossos estudantes: uma experiência dinâmica e cultural numa cidade acessível, segura, carismática e com qualidade de vida. Além disso, combina a riqueza histórica com características que fazem dela um polo de atração internacional”, justifica Céline Boisson, cofundadora da Forward College, em comunicado.

Na capital portuguesa, os alunos estudam no centro histórico da cidade, com opção de ficarem hospedados na residência universitária em Benfica sob a alçada da Forward College.

Este modelo educativo foi desenvolvido sob a direção académica da London School of Economics and Political Science (LSE) e do King’s College London, e credenciado pela University of London. Pretende ser uma resposta às cada vez mais e maiores exigências do mercado de trabalho, juntando no mesmo universo curricular o desenvolvimento das soft skills e das competências digitais.

Os cursos disponíveis abrangem áreas de especialização como Economia, Política, Relações Internacionais, Ciência de Dados, Gestão Empresarial e Psicologia.

“A nossa experiência diz-nos que existem vários e persistentes desafios associados às universidades tradicionais: desde a crescente insatisfação dos recrutadores ativos no mercado de trabalho, aos estudantes que não se sentem preparados para enfrentar o mundo profissional. Acreditamos que é importante cultivar o interesse e dedicação dos alunos nos respetivos percursos académicos e é por isso que investimos numa educação mais holística e ética, com um verdadeiro impacto positivo”, conclui Boris Walbaum, fundador da Forward College.

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BCE baixa requisito de capital da CGD e mantém o do BCP e Novobanco

  • Joana Abrantes Gomes
  • 8 Fevereiro 2023

Entre os bancos portugueses, apenas o requisito adicional de capital da CGD baixou. BCP e Novobanco mantêm os mesmos níveis dos últimos dois anos: 2,5% e 3%, respetivamente.

O Banco Central Europeu (BCE) divulgou esta quarta-feira os níveis adicionais de capital a cumprir pelas instituições financeiras da Zona Euro em 2023. No caso de Portugal, a instituição liderada por Christine Lagarde baixou o requisito de capital (Pilar 2) da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que passou de 2% para 1,90%, tendo mantido os níveis do Banco Comercial Português (2,5%) e do Novobanco (3%).

Estes valores foram fixados no Processo de Revisão e Avaliação de Supervisão (SREP, na sigla em inglês), um exercício anual levado a cabo pelo regulador europeu que faz uma avaliação geral dos desafios enfrentados por 112 bancos considerados significativos, bem como dos respetivos requisitos de fundos próprios e de outras medidas prudenciais exigidas às instituições financeiras no ano seguinte.

O requisito do Pilar 2, que é o que está em causa nesta avaliação, reflete os riscos específicos de cada banco, aplicando-se para além do requisito de capital mínimo (conhecido como Pilar 1) quando este subestima ou não cobre determinados riscos. Trata-se de um requisito juridicamente vinculativo, que se não for cumprido pelos bancos, estes podem ser sujeitos a medidas de supervisão, incluindo sanções.

Simultaneamente, as instituições financeiras da Zona Euro devem seguir a orientação do Pilar 2 (P2G) emitida pelo BCE. A P2G de um banco indica o nível de capital que este deve manter para resistir ao stress financeiro. Ao contrário do requisito do Pilar 2, a P2G não é juridicamente vinculativa, uma vez que apenas reflete as expectativas de supervisão.

Do total de 112 bancos sujeitos a avaliação, cerca de 58 receberam a mesma avaliação de 2021 e 2022, enquanto 27 viram a nota piorar e 14 melhoraram. Nos restantes 13 não é possível fazer comparação.

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Bruxelas já pagou segunda tranche do PRR a Portugal

Comissão Europeia já pagou a Portugal a segunda tranche de 1,8 mil milhões de euros do PRR: 1,7 mil milhões a fundo perdido e 109 milhões em empréstimos.

A Comissão Europeia já pagou a Portugal a segunda tranche de 1,8 mil milhões de euros do Plano de Resiliência e Recuperação (PRR), anunciou esta quarta-feira em comunicado o executivo comunitário.

“O pagamento de hoje de 1,8 mil milhões de euros foi possível graças ao cumprimento por Portugal dos vinte marcos e objetivos relacionados com a segunda tranche”, pode ler-se no texto. Em causa estão 1,7 mil milhões de euros em subvenções (a fundo perdido) e 109 milhões de euros em empréstimos.

Portugal entregou a Bruxelas o pedido de pagamento deste segundo cheque a 30 de setembro do ano passado e, depois de Bruxelas ter dado luz verde ao pagamento do mesmo em dezembro, o calendário atirava para o primeiro trimestre deste ano.

Este é o terceiro desembolso do PRR que Portugal vai receber. Em agosto de 2021, a Comissão Europeia entregou 2,2 mil milhões de euros do PRR — 13% do total de 13,9 mil milhões de subvenções e 2,7 mil milhões de empréstimos que o país vai receber até 2026 — sob a forma de adiantamento. Uma prática comum a todos os Estados-membros (exceto sete que iniciaram o processo mais tarde e, por isso, não houve lugar a adiantamentos).

O primeiro cheque de 1,16 mil milhões foi pedido em janeiro, aprovada em março e paga em maio. Portugal ficou assim na posse de 20,2% do total do PRR. Agora com o segundo cheque Portugal vai ficar com 31% da bazuca (5,16 mil milhões).

Portugal entregou a Bruxelas o pedido de pagamento da segunda tranche do PRR, após o cumprimento de 18 marcos e duas metas. Em causa estavam medidas como o Banco Português de Fomento passar com sucesso o Pillar Assessment (uma avaliação que atesta que a instituição está apta para a gestão indireta dos fundos europeus) ou a transferência de capital de 250 milhões do Governo para banco ou a adjudicação de contratos de apoio aos organismos promotores para a criação e alargamento da rede de equipamentos sociais/respostas sociais.

Mas o grande bolo de medidas tinha um cariz essencialmente administrativo:

  • A entrada em vigor do regulamento relativo à atribuição de apoios financeiros pelas Administrações Regionais de Saúde, que ia definir o modelo de governação do programa e os respetivos requisitos a cumprir pelos candidatos;
  • A entrada em vigor dos termos para a referenciação de episódios de urgência avaliados como brancos, azuis ou verdes nos serviços de urgência de hospitais para outros tipos de serviços de saúde, incluindo cuidados de saúde primários ou ainda a entrada em vigor do novo modelo que será aplicado em todos os futuros contratos de gestão, que serão assinados por todos os gestores públicos de empresas públicas no sistema de saúde, a fim de reforçar a responsabilização e incentivar práticas de gestão baseadas no desempenho.

Apesar de Portugal ter já 31% do PRR do seu lado, os últimos dados revelam que até ao início de fevereiro tinham sido submetidas 148.725 candidaturas ao PRR e que as aprovações já ascendiam a 70% do total, ou seja, 11.596 milhões de euros.

No entanto, ainda só foram pagos 1.467 milhões de euros (9% do total). Entre os maiores montantes disponibilizados destacam-se 470 milhões de euros a entidades públicas, 289 milhões de euros para as empresas públicas e 216 milhões de euros para as escolas.

O PRR de Portugal é financiado com 14 mil milhões de euros em subvenções e 2,7 mil milhões de euros em empréstimos. De acordo com as regras, os pagamentos efetuados a Portugal ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) baseiam-se no desempenho e dependem da execução por Portugal dos investimentos e reformas descritos no seu plano de recuperação e resiliência.

A estes montantes somam-se 1,6 mil milhões de euros resultam de uma parte da distribuição das subvenções do PRR dependerem da variação do PIB em 2020 e 2021 e 700 milhões do RePowerEU, ambos a fundo perdido.

(Notícia atualizada com mais informações)

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Portugal paga 3,2% para se financiar em mil milhões a 9,5 anos. Custo da emissão aumentou

A primeira emissão obrigacionista do ano resultou na emissão de 1.000 milhões de euros a 9,5 anos por 3,2%, um preço 1,2 vezes acima do que o Estado pagou em junho por uma emissão semelhante.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) emitiu esta quarta-feira 1.000 milhões de euros a nove anos e meio pelo preço de 3,172%, através da linha obrigacionista OT 1,65% 16jul2032.

O leilão realizado esta manhã contou com uma procura 2,34 vezes acima da oferta e marcou a primeira emissão de obrigações do Tesouro do ano. O preço que o Estado pagou ficou em linha com a yield de 3,2% que os títulos estavam a negociar ontem ao final da tarde.

Na última emissão com características semelhantes, que ocorreu a 8 de junho do ano passado, o Estado financiou-se em 750 milhões de euros através da linha obrigacionista OT 0,3% 17Oct2031 pelo qual pagou 2,68%.

Recorde-se ainda que na última emissão de Obrigações do Tesouro de 2022, através de um leilão a nove anos a 12 de outubro, a yield da operação foi de 3,23% e terminou com o financiamento da República em 651 milhões de euros.

No espaço de oito meses, o preço de Portugal para se financiar no mercado de dívida a nove anos e meio aumentou 49 pontos base, como resultado da subida das taxas de juro e da política monetária do Banco Central Europeu para travar a subida da taxa de inflação na Zona Euro.

Segundo o programa de financiamento da República para 2023, e já contabilizando os 1.000 milhões angariados esta quarta-feira, Portugal tem ainda planeado a emissão de cerca de 19 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro e Medium Term Notes (MTN).

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Nem as pizzas e quiches escapam à inflação. Preços subiram 16% em 2022

  • Mariana Marques Tiago
  • 8 Fevereiro 2023

Portugal é o quarto país da UE onde o preço da pizza e da quiche menos aumentou (13,9%). Os países que registaram uma maior subida dos preços são a Hungria, Lituânia e Bulgária..

Uma ida rápida ao supermercado para comprar pizza ou quiche tornou-se mais caro nos último tempos. Em dezembro de 2022, os dois produtos viram os seus preços aumentar 16% na União Europeia (UE), face ao período homólogo em 2021.

Os dados do Eurostat divulgados esta quarta-feira avançam que de dezembro de 2020 para dezembro de 2021 o aumento foi de apenas 2%. No entanto, de 2021 para 2022, o valor aumentou para 16%.

Segundo o gabinete de estatística da UE, o país onde o preço destes produtos mais aumentou é a Hungria (sendo que se registou um aumento de 45,8% no seu valor face a dezembro do ano anterior). Seguem-se a Lituânia e a Bulgária, onde se registou um aumento de 38,5% e 37,2% dos preços, respetivamente.

Portugal é o quarto país da UE onde o preço da pizza e da quiche subiu menos. O valor registado foi de 13,9%. Abaixo estão Luxemburgo, Itália e França, países da aliança onde os preços menos aumentaram. No Luxemburgo registou-se um aumento de 7,2% do preço, em Itália 9,6% e em França 12,8%.

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Zelensky visita o Reino Unido esta quarta-feira

  • Lusa e ECO
  • 8 Fevereiro 2023

O Presidente ucraniano faz a sua primeira visita ao Reino Unido desde a invasão da Ucrânia pela Rússia. Downing Street adianta que decorrerão reuniões com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai visitar o Reino Unido esta quarta-feira, onde será recebido pelo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e dirigir-se ao Parlamento, em Londres, anunciou o Governo.

Durante a visita, Zelensky e Sunak vão visitar militares ucranianos que estão a ser treinados no Reino Unido e encontrar-se com líderes militares britânicos para discutir os detalhes do programa de treino.

Segundo um comunicado do Governo, o Reino Unido vai estender o treino dos soldados ucranianos a membros da força aérea e marinha. Os analistas antecipam que o Reino Unido poderá anunciar novas sanções à Rússia durante o encontro.

Moscovo garante que, apesar do embargo, o seu petróleo continua a ter procura. O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexandr Novak, disse que o crude e os derivados do petróleo russos continuam a ser procurados pela Europa argumentando que as “exceções” ao embargo e as tabelas que fixaram os preços provam o interesse. “Novamente, as exceções demonstram que o nosso petróleo e os nossos produtos petrolíferos têm procura na Europa”, disse Novak à agência de notícias Interfax.

Novak, responsável pela setor energético da Rússia, referia-se às últimas posições da Comissão Europeia sobre o “preço máximo” que foi taxado aos derivados do crude russos, mas que não se aplica no caso de serem “transformados substancialmente” num terceiro país através da mistura de produtos do Estado que produz a transformação.

“Mais uma vez, isto mostra que as ações dos políticos europeus não têm lógica. A Europa necessita dos nossos recursos energéticos“, frisou.

O vice-primeiro-ministro afirmou ainda que as exceções da Comissão Europeia são “de facto” a “legalização dos ‘esquemas cinzentos’ que se utilizam há muito tempo devido a decisões sem eficácia que os políticos europeus já adotaram em 2022”.

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Preço do gás cai mais de 2% para 54 euros por MWh

  • Joana Abrantes Gomes
  • 8 Fevereiro 2023

Cotação do contrato TTF para entrega em março cai mais de 2%, para perto dos 54 euros por MWh. É uma recuperação devido ao aumento do consumo para fazer face à descida de temperatura na Europa.

O contrato de gás TTF para entrega em março, negociado em Amesterdão e que serve de referência para o mercado europeu, está a desvalorizar 2,32% para 54,11 euros por megawatt-hora (MWh) na manhã desta quarta-feira, de acordo com a base de dados Barchart.

Evolução do contrato TTF para entrega em março nos últimos três meses

A desvalorização dos futuros do gás, que acumulam perdas de 8,22% nos últimos cinco dias, acontece num período de aumento do consumo devido a uma descida das temperaturas no continente europeu. No entanto, prevê-se uma subida das temperaturas na Europa a partir da próxima semana.

Apesar da paragem de fornecimento de gás por parte da Rússia, a Europa tem conseguido gerir a procura neste inverno graças aos elevados níveis de gás armazenados e a carregamentos de gás natural liquefeito, bem como às temperaturas amenas e esforços para reduzir o consumo.

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Jerónimo Martins, NOS, PwC… Mais de 70 empresas vão estar a recrutar na feira de emprego da Iscte

O primeiro dia será dedicado às áreas da banca, seguros, auditoria, consultoria e recursos humanos, enquanto o segundo irá focar-se no marketing, retalho, serviços e tecnologia.

Arranca já esta quarta-feira a 20.ª edição da feira de emprego da Iscte Business School (IBS), na qual mais de 70 empresas portuguesas vão estar a recrutar. Deloitte, Jerónimo Martins, NOS, PwC e Sonae são apenas algumas das organizações que marcam presença no Career Forum, que decorre até amanhã, dia 9 de fevereiro.

“Este evento, que celebra este ano o seu 20.º aniversário, não se limita a uma tradicional feira de emprego. O objetivo é também, a partir das iniciativas que decorrem em paralelo, reforçar a ligação entre a comunidade académica e o tecido empresarial, que tem sido um elemento caracterizador da Iscte Business School desde a sua criação”, afirma Maria João Cortinhal, diretora da Iscte Business School, em comunicado.

O primeiro dia será dedicado às áreas da banca, seguros, auditoria, consultoria e recursos humanos, enquanto o segundo irá focar-se no marketing, retalho, serviços e tecnologia.

Ao todo, estão previstas 24 apresentações de empresas e quatro speed interviews com 24 empresas, com o objetivo de preparar da melhor forma os estudantes para os processos de recrutamento. Está também confirmada a presença de CEO e presidentes de algumas das principais empresas a operar em Portugal num pequeno-almoço debate.

A par com o Career Forum, a Iscte Business School e a Prime Group vão lançar uma conferência sobre o futuro do trabalho: “NextGen: Shaping the future of work”, que irá reunir jovens da geração Z, empresas e académicos para debaterem, em conjunto, o futuro do trabalho.

A Iscte Business School Career Forum é um evento de recrutamento que junta alguns dos principais decisores de topo da área de recursos humanos de vários setores da economia em Portugal.

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Bolsa da Turquia suspende negociação após tombo de 7%

  • ECO
  • 8 Fevereiro 2023

Bolsa turca perdeu 20% do valor nos últimos dois dias, por conta dos sismos de segunda-feira.

Está suspensa a negociação na Bolsa da Turquia. Depois de quedas sucessivas de 7% na primeira hora da sessão desta quarta-feira, a entidade que gere a bolsa de valores local decidiu congelar as ordens. Não há previsão de quando serão retomadas as trocas de ações.

A decisão foi tomada depois da falha, por duas vezes, dos mecanismos de suspensão automática da negociação, que foram ativados quando o índice principal, BIST 100, caía mais de 5%. Há 24 anos que não era suspensa a negociação na principal bolsa da Turquia.

Depois de ter fechado perto dos 5.000 pontos na sexta-feira, a principal bolsa da Turquia perdeu perto de 20% do seu valor nas últimas 48 horas: quando a negociação foi suspensa, depois das 8 horas (hora de Lisboa), o índice BIST 100 tombava 7,09%, para 4.186,01 pontos.

O número de mortos nos fortes sismos que atingiram na segunda-feira o sudeste da Turquia e a vizinha Síria aumentou para mais de 9.600, de acordo com um novo balanço provisório divulgado pelas autoridades esta quarta-feira pelas 8h30 de Lisboa.

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Ministro da Economia diz que presidente da ANI “não estava assim tão preocupada”

  • ECO
  • 8 Fevereiro 2023

António Costa Silva afirma que as questões levantadas por Joana Mendonça na carta de renúncia à presidência da Agência Nacional de Inovação não foram referidas em reuniões anteriores.

Na noite de segunda-feira, Joana Mendonça apresentou a demissão do cargo de presidente da Agência Nacional de Inovação (ANI), alegando, numa carta que o ECO avançou em primeira mão, que não se sentiu apoiada e que aquela agência estaria a ser secundarizada no que diz respeito ao seu envolvimento no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e no Portugal 2030 (PT 2030). Mas, ao Público (acesso condicionado), o ministro da Economia refuta as afirmações da presidente demissionária da ANI e diz que alegados problemas de orientação ou relacionamento entre Governo e ANI nunca foram referidos por Joana Mendonça em reuniões anteriores.

Sobre as questões suscitadas na carta de renúncia, elas não foram levantadas nas reuniões mantidas pelo senhor secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, o que mostra que a presidente da ANI não estava assim tão preocupada. A única exceção foi o programa Eureka e o problema foi resolvido”, afirmou António Costa Silva, que garante que a execução daqueles programas comunitários, em especial o PRR, “nunca esteve em causa”. Uma ideia que, aliás, sublinhada em comunicado conjunto dos ministérios da Economia e da Ciência na terça-feira.

O responsável refere ainda que está a analisar, juntamente com a ministra da Ciência — que também tutela a ANI –, as conclusões do Relatório da Inspeção Geral de Finanças, que resultou da investigação sobre o Sifide (Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial) e que mostra que é necessário “melhorar muito o sistema de gestão” da agência. A renúncia de Joana Mendonça da presidência da ANI é a quinta mudança entre dirigentes de topo do Ministério da Economia ou de entidades por este tuteladas, depois das saídas de Beatriz Freitas do Banco Português de Fomento, dos secretários de Estado João Neves (Economia) e Rita Marques (Turismo) e de Francisco Sá do IAPMEI.

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