Borrell: “Para ganhar a paz é preciso ganhar a guerra”
Chefe da diplomacia da UE diz que Europa não deve ser ingénua e parar apoio à Ucrânia pensando que a paz virá mais depressa: “Vitória russa é uma ameaça à segurança europeia”.
“Para ganhar a paz é preciso ganhar a guerra”, declarou o chefe da diplomacia da União Europeia (UE) esta quarta-feira no Parlamento Europeu. Josep Borrell pede à Europa para não ser ingénua e pensar que a paz virá mais depressa se parar de apoiar a Ucrânia. “O que virá é uma vitória russa, uma ameaça à segurança europeia”, afirmou o responsável no debate sobre um ano de invasão da Rússia, a 24 de fevereiro de 2022.
Segundo Borrell, a UE já fez muito na ajuda à Ucrânia, “mas não fez o suficiente”, sendo necessário apoiar Kiev “mais do que nunca” para acabar com a guerra derrotando Putin.
“Não gosto da guerra. Não sou bélico, não tenho qualquer anseio bélico, como todos vós. Nem era preciso dizer isso. Mas para alcançar a paz é preciso continuar a apoiar a Ucrânia, mais do que nunca”, disse.
O dirigente espanhol instou ainda os Estados-membros a serem mais diligentes no envio de mais tanques para a Ucrânia, reconhecendo que a situação no terreno é “difícil”. “Há mais de 360 mil militares russos no terreno. A contraofensiva já começou e, pela primeira vez, a Ucrânia não teve vantagem numérica no palco da guerra”, avisou Josep Borrell aos eurodeputados.
“Já desmobilizámos tanques e não desencadeamos a 3.ª guerra mundial”, ressalvou, visando os vários Governos que resistem a enviar tanques Leopard para Kiev.
Borrell reconheceu que a guerra está a ter um custo muito pesado para todos. Porém, “o sacrifício da Ucrânia é muito maior do que o sacrifício da Europa”, disse.
*O jornalista viajou a Estrasburgo a convite do Parlamento Europeu
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