Exclusivo Há um grupo francês que só aparece agora no leilão da Efacec
Há seis candidatos na corrida à Efacec, mas o consórcio da Visabeira e Sodecia não é a única novidade. O candidato chinês saiu do concurso e aparece agora o Cahors Group num dos consórcios.
A Visabeira e a Sodecia juntaram-se num consórcio para ganhar a reprivatização da Efacec, e integram assim a lista de seis candidatos à operação, mas esta não é a única novidade relativamente às empresas que se apresentaram ao leilão no momento das propostas não vinculativas. Há agora um novo candidato, o Cahors Group, que substitui um grupo chinês, num consórcio com outra empresa de origem espanhola, liderada por Luís Cêa-Prosperos.
Como o ECO revelou em primeira mão, a Visabeira e a Sodecia avançaram para uma proposta conjunta pelo controlo da Efacec, e as duas empresas industriais de capital português apresentaram uma oferta vinculativa pela totalidade dos negócios da companhia. Sabia-se, segundo um comunicado oficial da Parpública, a empresa que tem 71,73% da Efacec, que a lista de candidatos nesta fase tinha seis entidades, quando na fase anterior tinham aparecido sete interessados. Faltava confirmar se, além do consórcio industrial português, havia alguma mudança de empresas. E, afinal, há mesmo, o que pode, aliás, suscitar problemas de legalidade no concurso.
O ECO contactou a Parpública, mas não obteve qualquer esclarecimento sobre esta informação.
Assim, além da Visabeira e Sodecia, apresentaram-se a esta fase final a Mota-Engil, o fundo Oxi Capital, enquanto as entidades estrangeiras são o fundo Mutaris, a Oaktree e agora este consórcio transformado, com uma sociedade espanhola e o Cahors Group, grupo industrial especializado em equipamentos de transporte de energia.
A Parpública já confirmou oficialmente que, “no âmbito do Processo de Reprivatização de 71,73% do capital social da Efacec Power Solutions (…) recebeu, no prazo estabelecido, seis propostas vinculativas por parte de três entidades nacionais e três estrangeiras“, lê-se no comunicado enviado às redações. E que, nos próximos dez dias, vai avaliar das referidas propostas. Assim, segundo apurou o ECO, o objetivo de Fernando Medina, ministro das Finanças, e de António Costa Silva, ministro da Economia, é levar ao Conselho de Ministros da próxima semana uma proposta para a seleção de uma short-list com dois ou três candidatos.
Já se sabe que estão seis candidatos na corrida, mas falta saber quais as condições apresentadas, nomeadamente em termos de haircut de dívida aos bancos — e ao Estado, que prestou garantias — e aos obrigacionistas, mas é certo que todas os candidatos exigem a redução da dívida, total ou parcial, e/ou recapitalização da Efacec.
De acordo com as contas, ainda provisórias, relativas a 2022, a Efacec fechou mesmo o ano com um prejuízo operacional superior a 105 milhões de euros e, beneficiando de um mecanismo contabilístico relativo a imposto sobre o rendimento (diferido), o prejuízo líquido consolidado terá sido de cerca de 60 milhões de euros. Pior, o volume de negócios da Efacec passou de 224 milhões de euros em 2021 para 154 milhões em 2022. Está, por isso, em situação de falência técnica, com capitais próprios negativos, e a dívida já supera os 250 milhões de euros.
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