Gary Lineker regressa à BBC após polémica

Na raiz do problema estiveram opiniões do apresentador sobre a migração e a política de asilo no Reino Unido, expressas através do Twitter. BBC diz que vai rever orientação das redes sociais.

O antigo jogador de futebol Gary Lineker vai voltar a apresentar o programa Match of the Day, do canal BBC, após ter sido afastado por criticar no Twitter a nova proposta da política de asilo do governo britânico. A novidade foi revelada esta segunda-feira, numa declaração conjunta do diretor geral da BBC, Tim Davie, e do próprio Gary Lineker.

No comunicado, Tim Davie pede desculpa pela confusão causada pelas “áreas cinzentas” da orientação do canal em relação às redes sociais, introduzida em 2020, referindo que quer ver o assunto resolvido e o conteúdo desportivo de novo a ser transmitido, tendo anunciado que vai ser feita uma revisão dessa orientação das redes sociais.

A orientação das redes sociais da BBC é desenhada de forma a ajudar a gerir esses desafios às vezes difíceis e estou ciente de que é necessário garantir que a orientação esteja à altura dessa tarefa. Deve ser clara, proporcional e apropriada“, referiu o diretor geral da BBC, deixando elogios ao antigo futebolista, afirmando que este é um elemento de valor da BBC.

Na mesma declaração conjunta, Gary Lineker afirma estar “contente” por ter sido encontrada uma maneira de avançar na questão e que apoia esta revisão, mostrando-se ansioso por voltar ao ar. Numa sequência de tweets, Lineker reforçou esta tomada de posição, dizendo-se “feliz” por ter sido encontrada uma solução e agradecendo todo o apoio que lhe foi dado, particularmente pelos colegas da BBC Sport.

Na rede social, o apresentador do programa Match of the Day há quase 25 anos, regressou de novo ao tema que levou ao seu afastamento – o dos refugiados – afirmando que “por mais difíceis que tenham sido os últimos dias”, isso “simplesmente não se compara com ter de fugir de casa devido a perseguição ou guerra para procurar asilo numa terra distante. É aconchegante ter visto a empatia para com esta situação por parte de tantos de vós”.

Continuamos a ser um país de pessoas predominantemente tolerantes, acolhedoras e generosas. Obrigado“, escreveu Lineker, deixando ainda outro tweet de agradecimento a Tim Davie pela sua compreensão “neste período difícil”, referindo que o diretor tem o trabalho “quase impossível de deixar toda a gente contente”.

Na origem do problema esteve uma reação do antigo avançado inglês no Twitter a um vídeo do governo britânico que anunciava uma nova proposta de lei cujo objetivo era tentar travar a entrada (e consequentes pedidos de asilo) de migrantes que chegam ao Reino Unido em botes através do Canal da Mancha, comparando a proposta com as medidas tomadas pela Alemanha nos anos 30.

“Por amor de deus, isto é para lá de horrível”, escreveu a antiga estrela de futebol, acrescentado que não existia um “fluxo enorme” de refugiados e que o Reino Unido acolhia muito menos refugiados do que outros países europeus. “Isto é apenas uma política imensuravelmente cruel para com as pessoas mais vulneráveis, numa linguagem que não é muito diferente daquela usada na Alemanha nos anos 30, ou estou errado?“, escreveu Lineker.

A estação televisiva britânica informou então na sexta-feira que Gary Lineker iria ser afastado da apresentação do programa até se chegar a um acordo sobre o uso das redes sociais. Neste âmbito, no decorrer da cobertura desportiva por parte da BBC, foram vários os profissionais do canal que saíram em defesa de Lineker, incluindo Alan Shearer, Ian Wright e Alex Scott.

Gary Lineker, de 62 anos e que conta com 8,8 milhões de seguidores no Twitter, vai assim ser reintegrado na apresentação do programa desportivo que conduz desde 1999.

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Chefes de urgência de Medicina Interna do S. Francisco Xavier demitem-se por “escassez” de profissionais

  • Lusa
  • 13 Março 2023

Na carta enviada ao Conselho de Administração do Hospital S. Francisco Xavier, os médicos dizem que a crise que o Serviço de Urgência Geral vive "é antiga e tem vindo a agravar-se nos últimos anos".

Os chefes de equipa de urgência de Medicina Interna do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, apresentaram a demissão em bloco numa carta enviada esta segunda-feira ao Conselho de Administração, criticando a falta de soluções para os problemas do serviço.

Na carta assinada por 16 assistentes hospitalares de Medicina Interna do Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLO), a que a agência Lusa teve acesso, os médicos afirmam que a crise que o Serviço de Urgência Geral (SUG) vive “é antiga e tem vindo a agravar-se nos últimos anos”.

No entanto, perante o agravamento dos problemas, “com impacto na prestação de cuidados de excelência aos doentes que recorrem a este serviço, e tendo em conta a inércia” da direção da urgência e da administração do centro hospitalar, os signatários da carta apresentam agora a sua demissão em bloco das funções de chefia e subchefia das equipas de Medicina Interna do Serviço de Urgência Geral, com efeito a partir de quarta-feira.

Em julho do ano passado, a grande maioria dos subscritores anunciou a demissão por considerar que não estava devidamente assegurada a equipa para garantir a escala do mês de agosto.

Os médicos afirmam na carta, enviada esta segunda-feira também para a Ordem dos Médicos e sindicatos, que foram iniciadas na altura negociações com o atual Conselho de Administração com “o intuito de encontrar soluções que colmatassem as insuficiências denunciadas”.

“Nos últimos sete meses, apesar da disponibilidade do grupo de Assistentes Hospitalares (AH) de Medicina Interna para colaborar com a instituição que representa, nenhuma mudança estrutural foi proposta ou executada, pelo que o problema que motivou a comunicação prévia agravou-se, tal como antecipado“, afirmam os especialistas na carta enviada.

Os médicos afirmam que, além dos problemas previamente comunicados, junta-se agora outro, que se refere à escassez de assistentes hospitalares de Medicina Interna para constituição das equipas de Serviço de Urgência Geral.

Os internistas expressam as suas preocupações relativamente à constituição destas equipas e à elaboração das respetivas escalas, enfatizando que asseguram o funcionamento dos serviços de internamento (incluindo serviços de enfermaria e unidades de cuidados intermédios), hospital de dia, consulta externa, além do preenchimento das escalas de urgência interna, muitas vezes em regime extraordinário.

“Neste sentido, com o recurso frequente a turnos extraordinários, prevê-se a impossibilidade de preencher as escalas do SUG nos meses de verão, altura em que a maior parte dos assistentes hospitalares terão cumprido as 150 horas extraordinárias que lhes podem ser impostas”, alertam.

Consideram ainda “reprovável e discriminatória” a prestação de atividade assistencial em períodos exclusivamente noturnos e de fim de semana face ao que ocorre com outras especialidades médicas.

“A presença destas especialidades nesses períodos deixou de acontecer, com impacto no normal funcionamento do SUG”, o que representa uma carga adicional de trabalho para a Medicina Interna na urgência.

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Empresas têm de aprender a “surfar” para aproveitar nova onda tecnológica

Futuro do crescimento da economia vai depender do diálogo com os trabalhadores e do aproveitamento das novas tecnologias para aumentar a produtividade.

As empresas portuguesas enfrentam uma onda tecnológica em pleno ano de 2023. Inovações como o ChatGPT e o 5G estão a subir a maré da exigência na tomada de decisões. Entre o desafio e a oportunidade destas ferramentas, a CIP organizou nesta segunda-feira uma conferência sobre o futuro do crescimento da economia, na Porto Business School. Foi a poucos quilómetros das praias de Matosinhos que se falou na necessidade de aproveitar a nova vaga tecnológica.

“Perante um mar destes, podemos esconder-nos e levar com a onda. Ou então fazer como um surfista e aproveitar a onda para levá-lo mais longe, ao destino”. O mote da empresa como surfista foi lançado pelo líder da equipa de assuntos legais da Microsoft em Portugal, Pedro Duarte.

Da esquerda para a direita: Francisco Miranda Rodrigues (Ordem dos Psicólogos), Isabel Barros (Sonae MC) e Rui Teixeira (Manpower Portugal) em debate moderado por Catarina Quintela (Porto Business School). Foto: Egídio Santos

A manhã acabou por ser passada com as empresas a tentarem vestir o fato e agarrar na prancha para apanhar a onda. Exemplo disso é a Sonae MC, empresa dona do Continente. “Não temos de competir com a tecnologia mas juntarmo-nos a ela sem deixar ninguém para trás. Para isso, a requalificação tem de ser planeada, mas acho que isto não está a acontecer em Portugal”, critica Isabel Barros, administradora executiva da Sonae MC.

São necessárias competências socioemocionais para lidar com processos de adaptação cada vez mais rápidos. Processos destes fazem-nos lidar com as nossas inseguranças e os nossos medos”, sinalizou o bastonário da Ordem dos Psicólogos. Francisco Miranda Rodrigues considera que a gestão das pessoas “tem de ser feita de forma diferente” e que quem lidera “tem um desafio tremendo, de olhar para si próprio e perceber se tem ou não tem as competências” necessárias. A líder da Sonae MC entende que “os líderes precisam de algum suporte, sobretudo num momento em que são cada vez mais necessárias experiências individualizadas para os trabalhadores”.

Não temos de competir com a tecnologia mas juntarmo-nos a ela sem deixar ninguém para trás. Para isso, a requalificação tem de ser planeada mas acho que isto não está a acontecer em Portugal

Isabel Barros

Administradora executiva da Sonae MC

Ainda no capítulo da gestão, as opiniões dividiram-se sobre se a mudança pode ser feita apenas com a atual equipa ou se são necessários reforços. “Há escassez de pessoas e é preciso usar o talento que já existe dentro das empresas e prepará-lo para as mudanças”, defende o líder da Manpower em Portugal, Rui Teixeira. “Substituir as pessoas não é a primeira opção, porque há os custos pessoais”, acrescentou Francisco Miranda Rodrigues. Em sentido contrário, Isabel Barros suporta a “estratégia de combinação com o talento interno com as pessoas que estão fora da organização“.

Tática personalizada e menos horas de trabalho

A onda tecnológica não pode ser surfada da mesma maneira dentro de uma empresa. “É preciso conhecer as pessoas para aplicar táticas. Precisamos de informação fidedigna para tomar decisões corretas e não arriscar, simplesmente. Também é preciso passar informação, envolvendo as pessoas”, entende o psicólogo. Rui Teixeira entende que escolas e universidades “têm de preparar os alunos para um mundo mais prático do que simplesmente teórico”.

“No retalho, é simples imaginar quais são as funções que vão ter menos preponderância. Haverá a digitalização de um conjunto de processos. Por outro lado, haverá maior relação com o cliente. Há situações em que temos de atuar com maior profundidade, o que leva bastante tempo”, avalia Isabel Barros, que é favorável ao planeamento da transição por um período de cinco anos.

É preciso conhecer as pessoas para aplicar táticas. Precisamos de informação fidedigna para tomar decisões corretas e não arriscar, simplesmente. Também é preciso passar informação, envolvendo as pessoas

Francisco Miranda Rodrigues

Bastonário da Ordem dos Psicólogos

Houve ainda tempo para falar dos projetos-piloto para a semana de quatro dias e a diminuição da carga horária. “A redução do tempo de trabalho efetivo pode contribuir para aumentar a produtividade e melhorar o bem-estar” considera Francisco Miranda Rodrigues. Ainda sobre a questão laboral, o psicólogo defende “muito mais autonomia e muito menos microgestão sobre os trabalhadores”.

Decidir em menos de um piscar de olhos

O ChatGPT pode ser o mais recente ingrediente da onda tecnológica, mas o 5G, a inteligência artificial e a computação quântica já andam na navegação das empresas há mais tempo e com maior importância para tomar decisões. Só que “o elemento humano é a maior barreira à adoção da tecnologia”, para João Ricardo Moreira.

Para o administrador da Nos, “há gente que continua a fazer a negação da ciência na tomada de decisões. Somos mal-agradecidos pela quantidade de tecnologia que nos liberta para atividades mais criativas“. Entre as soluções, com a tecnologia 5G, é possível decidir “em tempo real com base no conhecimento acumulado no mundo”. Com a computação quântica “é possível processar muitas coisas em pouco tempo”.

Da esquerda para a direita: debate moderado por Luís Marques (Porto Business School) com João Ricardo Moreira (Nos), Pedro Amorim (Porto Business School) e Manuela Vaz Soares (Accenture Portugal). Foto: Egídio SantosEgídio Santos

Manuela Vaz Soares salientou a “importância do uso dos dados e da inteligência artificial na transformação das empresas“. A vice-presidente da Accenture Portugal notou que “a inércia é muito grande” dentro das empresas quando se pretendem usar as novas ferramentas. A gestora também valorizou a necessidade de se testar o metaverso e a computação quântica.

Pedro Amorim chamou a atenção para o facto de a análise de dados “poder ajudar, por exemplo, na construção de modelos de previsão”. O professor da Porto Business School entende que a tecnologia “permite a criação de valor para empresas de todas as dimensões”.

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Randstad entra em nova novela da TVI

  • + M
  • 13 Março 2023

A Randstad vai marcar presença na nova novela da TVI. A associação aos temas core da consultora de capital humano é o objetivo.

“Queridos Papás” é a nova aposta de ficção da TVI. Com estreia marcada para a noite desta segunda-feira, a novela que aborda “as novas formas de paternidade”, terá a Randstad como protagonista em alguns momentos da história.

A empresa de capital humano surge na novela num processo de seleção de profissionais para um negócio e também junto de uma das personagens, em situação de procura de emprego.

Numa novela que se foca nas pessoas, deixa-nos muito entusiasmados que a Randstad possa marcar presença e mostrar aconselhamento em duas vertentes, tanto a profissionais como diretores de recursos humanos, como a indivíduos em processos de procura de emprego, podendo ainda contribuir para maior agilidade e conforto no mundo do trabalho”, diz Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal, citada em comunicado.

Consideramos um passo muito interessante podermos estar associados, também no entretenimento, a temáticas tão reais e pertinentes como os compromissos e dinâmicas profissionais do mundo atual“, prossegue.

A novela aborda temas como educação, novas formas de paternidade e dilemas dos pais como compromissos laborais, casamento e dinâmicas sociais, assuntos aos quais a consultora pretende estar associada.

“A empresa apresenta o foco nas pessoas e nas suas necessidades como prioridade, estando em linha com a ambição de tocar a vida profissional de 500 milhões de pessoas até 2030. Esta ação de product placement é uma forma de a Randstad estar, assim, mais perto do seu principal ativo — as pessoas — espelhando aquelas que podem ser situações reais da vida profissional“, conclui a recrutadora.

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Trabalhadores da Silicália iniciam greve em Abrantes por melhores salários

  • Lusa
  • 13 Março 2023

Os profissionais reivindicam um aumento salarial de 150 euros, a atribuição de seguro para todos e o aumento do atual subsídio de refeição de seis euros para 7,60 euros.

Os trabalhadores da fábrica Silicália, no Pego, Abrantes, iniciam esta segunda-feira uma paralisação de um dia, que se repetirá na quinta-feira, para obter da administração da empresa, de capitais espanhóis, um compromisso de melhoria salarial e outras regalias sociais.

Os 140 trabalhadores da Silicália Portugal – Indústria e Comércio de Aglomerados de Pedra, S.A., instalada junto à central termoelétrica do Pego, em Abrantes, no distrito de Santarém, reivindicam um aumento salarial de 150 euros, a atribuição de seguro para todos os trabalhadores e o aumento do atual subsídio de refeição de seis euros para 7,60 euros.

Em declarações à Lusa, António Amaro Costa, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores, Cortiças do Sul e Regiões Autónomas (STCCMCSCGTP-IN), disse que a estas reivindicações a empresa tem dito “sempre não”.

“Esta greve consiste em que a empresa perceba que os trabalhadores da Silicália merecem respeito e que sem estes trabalhadores também não andará para a frente”, afirmou.

Os trabalhadores reivindicam uma “efetiva negociação salarial e melhoria das condições de trabalho”, com um “aumento salarial digno e um aumento do valor do subsídio de alimentação”, além da “reposição dos subsídios de turno indevidamente retirados, seguro de saúde para todos e eliminação dos fatores de risco que originam as doenças profissionais”, explicou.

Ainda segundo António Costa, com a greve os trabalhadores querem alcançar o que “é justo e necessário” para todos os funcionários, já que a administração da empresa ouve as reivindicações, mas “a resposta é sempre não e que não há condições” para um acordo.

“Acho que havia todas as condições da Silicália poder negociar, não digo a todas as matérias, mas a grande parte delas. A empresa recebe-nos, responde, mas a resposta é sempre não e que não há condições. E, ao longo dos anos, tem sido isto”, criticou, recordando que os trabalhadores já fizeram um dia de greve, a 9 de fevereiro, pelos mesmos motivos.

Agora, de modo a “demonstrar a sua indignação” e para “dar força à reivindicação”, os trabalhadores da Silicália iniciam um novo período de protesto hoje, às 22:00, até às 24:00 de terça-feira.

Na quarta-feira, os trabalhadores iniciam nova greve às 22h00 até às 24h00 de quinta-feira.

A agência Lusa tentou contactar a administração de empresa, sem sucesso.

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Professores já têm proposta para recuperação integral do tempo de serviço congelado

Plataforma de nove estruturas sindicais do setor da Educação propõe que o processo tenha início em 2024 e seja concluído até ao final da legislatura, tendo por base três critérios. Conheça a proposta.

A plataforma composta por nove organizações sindicais do setor da Educação, que inclui a Fenprof e a Federação Nacional da Educação (FNE), já apresentou a sua proposta para a recuperação integral do tempo de serviço congelado dos professores. Pedem que o processo seja faseado entre 2024 e 2026 e tenha por base três critérios: o tempo que ainda não foi recuperado, o tempo perdido nos acessos aos 5.º e 7.º escalões, e o tempo perdido na transição entre estruturas de carreira.

O “braço de ferro” entre sindicatos e Ministério da Educação arrasta-se desde setembro, não tendo sido possível chegar a um acordo sobre o modelo de colocação e recrutamento dos docentes, que terminou na quinta-feira passada. Entre as principais reivindicações das estruturas sindicais tem estado a recuperação integral do tempo de serviço dos professores, para que exista equidade com os docentes da Região Autónoma da Madeira e dos Açores, bem como as vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões, que dificultam a progressão na carreira.

O ministro da Educação tem vindo a sinalizar que esta matéria não é uma prioridade, apesar de referir que estão a ser feitos “estudos de comparabilidade com outras carreiras“, para aferir em que termos o tempo de serviço congelado pode ser recuperado. Mais taxativo foi o primeiro-ministro, que afastou completamente essa hipótese, justificando que teria de fazer o mesmo com todas as carreiras da Função Pública, o que custaria 1,3 mil milhões “todos os anos”.

Na última reunião com as 12 estruturas sindicais do setor da Educação, o ministro João Costa abriu a porta a uma reunião sobre outras matérias, nomeadamente tem em vista a correção dos “efeitos assimétricos” decorrentes do tempo de serviço congelado entre docentes. Descartando, no entanto, a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço que ainda estão congelados. Ainda assim, sinalizou que “a disponibilidade para negociar estas matérias deve ser acompanhada da disponibilidade para a retoma da normalidade das escolas, permitindo aos alunos retomarem as suas aprendizagens”.

Ainda assim, os sindicatos não desistem. “O tempo de serviço não teve uma proposta e, por isso, hoje entregá-la-emos no ministério”, explicou esta segunda-feira Mário Nogueira, líder da Fenprof, em representação das nove plataformas (FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU). Em conferência de imprensa, sinalizou que a ideia é “obrigar” o Ministério da Educação a discutir o tema.

Nesse sentido, a plataforma de nove estruturais sindicais propõe que “seja contabilizado integralmente o tempo de serviço prestado pelos docentes na profissão e, em função do mesmo, estes sejam reposicionados no escalão correspondente ao tempo integral de serviço“, lê-se no documento consultado pelo ECO. A ideia é que o processo tenha início em 2024 e esteja concluído até ao “final da atual legislatura”, isto é, em 2026.

Para essa contabilização, querem que sejam tidos em conta os três fatores: o tempo não recuperado do período de congelamento; tempo perdido a aguardar vaga para progressão aos 5.º e/ou 7.º escalão; tempo perdido na transição entre estruturas de carreira. Já para os docentes que estão no topo de carreira ou muito perto disso, a plataforma de nove sindicatos propõe que seja possível contabilizar “em parte ou na totalidade” o tempo de serviço congelado “para despenalizar a antecipação da aposentação ou majorar o valor da pensão”.

Além disso, pedem ainda que sejam eliminadas de acesso ao 5.º e 7.º escalões e que até esse termo, “o número de vagas a abrir em cada ano para os docentes avaliados de “Bom” seja em número igual ao dos docentes que reúnam os demais requisitos para progressão”.

Os sindicatos dizem ainda que têm “disponibilidade”para encontrar uma solução faseada relativamente a este processo, “mas não para a sua recuperação apenas parcial”. Nesta conferência de imprensa, os sindicatos anunciaram ainda que vão iniciar uma greve a “todo o serviço extraordinário”, às avaliações finais e paragens por distrito, a partir de 27 de março.

As carreiras da Administração Pública estiveram congeladas entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017, num total de nove anos e quatro meses. Em 2018 e após um debate aceso, os docentes acabaram por recuperar cerca de dois anos, nove meses e 18 dias de serviço, o que representa uma despesa permanente de 244 milhões de euros anuais para os cofres do Estado, segundo revelou o ministro da Educação, ao programa “Grande Entrevista” da RTP.

Assim, ficam a faltar cerca de seis anos e seis meses, o que teria um impacto de 331 milhões de euros anuais de despesa permanente para o Estado, segundo avançou o Ministério das Finanças, em declarações ao Expresso.

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Infarmed proíbe a exportação de 130 medicamentos

  • Lusa
  • 13 Março 2023

Proibições incluem medicamentos para o tratamento da diabetes, da incontinência urinária, antibacterianos, antipsicóticos, anti-inflamatórios intestinais, analgésicos e antipiréticos, entre outros.

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) proibiu a exportação de 130 medicamentos de várias categorias e substâncias ativas, como o ibuprofeno, insulina ou paracetamol, menos sete do que em fevereiro, segundo uma circular informativa divulgada esta segunda-feira.

A circular informativa divulgada pelo regulador nacional, que entra em vigor na terça-feira, atualizou os medicamentos que estão com a exportação temporariamente suspensa, uma lista que é definida mensalmente para incluir os fármacos em rutura no mês anterior e cujo impacto tenha sido considerado médio ou elevado conforme o regulamento de disponibilidade.

A lista atualizada esta segunda-feira integra 130 apresentações de fármacos de várias categorias e substâncias ativas, entre os quais vários medicamentos para o tratamento da diabetes, da incontinência urinária, antibacterianos, antipsicóticos, anti-inflamatórios intestinais, analgésicos e antipiréticos, antiepiléticos e anticonvulsivantes e vacinas contra a difteria, o tétano e a tosse convulsa, Vacina contra a hepatite A, Vacina viva contra o rotavírus e a hepatite B.

O Infarmed adianta que esta proibição se destina a assegurar o abastecimento do mercado nacional após a ocorrência de uma rutura e aplica-se a todos os intervenientes do circuito, incluindo aos fabricantes. Ressalva, contudo, que esta proibição se aplica aos medicamentos incluídos na lista e não a medicamentos fabricados para exportação.

“A garantia do acesso dos cidadãos aos medicamentos de que necessitam assume-se como uma das mais relevantes vertentes do direito fundamental à proteção da saúde”, alerta o Infarmed numa nota publicada na sua página eletrónica, segundo a qual “todos os intervenientes no circuito do medicamento, no âmbito da garantia do dever de serviço público, têm como missão garantir o acesso contínuo e adequado aos medicamentos”.

O Infarmed integra a rede europeia de pontos de contacto das autoridades nacionais competentes, da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) e da Comissão Europeia que, desde abril de 2019, é utilizada para a partilha de informação sobre ruturas de abastecimento e questões de disponibilidade de medicamentos autorizados na União Europeia.

No Infarmed, a gestão da disponibilidade de medicamentos é assegurada pela Unidade de Projetos Interinstitucionais e para o Sistema de Saúde (USS), que articula com todos os intervenientes no circuito do medicamento para, de uma forma colaborativa, discutir antecipadamente cada situação e analisar propostas de solução.

No contexto do trabalho realizado, é ainda fundamental a articulação com a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica, na prestação de orientações clínicas.

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China deixa de exigir teste PCR negativo a passageiros oriundos de Portugal

  • Lusa
  • 13 Março 2023

A partir de 15 de março, os passageiros dos voos diretos de Portugal para a China estão autorizados a usar testes antigénio (incluindo autoteste). Viagens de turismo em grupo são o próximo passo.

Passageiros com destino à China oriundos de Portugal não terão mais que apresentar um teste de ácido nucleico negativo para a Covid-19 ao embarcar, a partir de quarta-feira, informou esta segunda-feira a embaixada chinesa em Lisboa.

“Face ao desenvolvimento da situação epidémica e à necessidade de facilitar as trocas de pessoal, a partir de 15 de março de 2023, os passageiros dos voos diretos de Portugal para a China estão autorizados a usar testes antigénio (incluindo autoteste), em vez de testes de ácido nucleico”, lê-se no comunicado, publicado em chinês, no portal da embaixada.

Portugal integra assim uma lista de 32 países a partir de onde não é preciso mais apresentar um teste PCR negativo para o vírus ao embarcar para a China.

Na sexta-feira passada as autoridades chinesas incluíram também Portugal num segundo lote de países para onde vão permitir a realização de viagens de turismo em grupo.

No início de fevereiro, Pequim voltou a permitir o turismo em grupo para cerca de 20 países, incluindo destinos como Tailândia ou Indonésia. A partir de 15 de março, os turistas chineses que viajarem em grupos organizados poderão visitar mais 40 países, incluindo ainda Brasil, França ou Espanha.

Segundo dados facultados à Lusa por Tiago Brito, o representante permanente do Turismo de Portugal na China, mais de 385 mil chineses visitaram Portugal em 2019, o ano antes da pandemia. Os turistas oriundos da China gastaram, no total, 224 milhões de euros no país, um crescimento de 20%, face a 2018.

A China, o maior emissor de turistas do mundo, manteve as fronteiras encerradas durante quase três anos, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19, que foi desmantelada, em dezembro passado, após protestos ocorridos em várias cidades do país.

No âmbito daquela política, quem chegava ao país tinha que cumprir um período de quarentena de até três semanas em instalações designadas. O número de voos internacionais foi reduzido até 2% face ao período anterior à pandemia.

A ligação aérea entre Portugal e a China passou a ser feita apenas uma vez por semana. Até ao início da pandemia, o voo realizava-se três vezes por semana.

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Habitação: Câmara do Porto recomenda que programa do Governo seja “afinado”

  • Lusa
  • 13 Março 2023

Câmara do Porto vai enviar ao Governo recomendação para que o programa Mais Habitação seja "afinado e expurgado de medidas irrealistas ou manifestamente nocivas".

O executivo da Câmara do Porto aprovou esta segunda-feira, por maioria, uma recomendação para que o pacote da habitação anunciado pelo Governo seja “afinado e expurgado de medidas irrealistas ou manifestamente nocivas“.

A recomendação — apresentada pelo movimento independente do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que será enviada ao Governo — foi aprovada com o voto favorável dos vereadores do movimento e do PSD, e o voto contra dos vereadores do PS, CDU e BE.

Na recomendação é feito um retrato da situação habitacional da cidade do Porto que, de acordo com o documento, tem 1.788 prédios com indícios de se encontrarem em situação devoluta e que correspondem a 2.273 proprietários.

Do total de proprietários, 74,5% (1.694) já foram notificados e, na sequência de uma audiência prévia, vão ser declarados como devolutos 687 prédios, o correspondente a 857 proprietários que vão ver o IMI agravado.

Na proposta aprovada, semelhante ao documento que integra os contributos do município na consulta pública do programa Mais Habitação, Rui Moreira afirma que o pacote abrange algumas medidas “pertinentes, justas e implementáveis“. Mas que, no geral, frisa, é “confuso, incongruente, em larga medida inexequível e com potenciais efeitos perversos”.

“O pacote governamental traz, por isso, uma indesejável instabilidade e entropia a um setor imprescindível a uma vida digna e, consequentemente, falha na abordagem quer ao problema do acesso à habitação, quer ao problema das carências habitacionais”, refere o autarca na recomendação.

O pacote governamental traz, por isso, uma indesejável instabilidade e entropia a um setor imprescindível a uma vida digna e, consequentemente, falha na abordagem quer ao problema do acesso à habitação, quer ao problema das carências habitacionais.

Rui Moreira

Presidente da Câmara Municipal do Porto

Já durante a discussão do documento, Teresa Summavielle, do BE, e que na reunião substituiu o vereador Sérgio Aires, defendeu que um documento “daquela relevância” deveria ser apresentado e, consequentemente, discutido na ordem de trabalhos e não durante o período antes da ordem do dia.

Em resposta à vereadora do BE, Rui Moreira adiantou que esta “praticamente não é uma discussão pública” e que o modelo seguido “resulta das imposições que foram colocadas, ainda que o Governo tenha dito, entretanto, que vai adiar esta discussão pública“.

“Até agora, não há nenhum documento que permita afiançar que vai haver mesmo [a prorrogação do prazo para a discussão pública do programa Mais Habitação], e por isso entendemos que o município não pode deixar de tomar uma posição”, sustenta.

Pela CDU, a vereadora Ilda Figueiredo também defendeu que o documento em causa deveria “ter outra forma de agendamento e debate”, dizendo que o mesmo apenas reflete a posição de Rui Moreira e do movimento independente.

“A habitação é uma questão tão grave e séria que deveria ser tratada de outra forma [pelo Governo]. Por isso, nesse aspeto comungo das críticas que faz a este processo, mas há aspetos que não concordo de modo nenhum com a forma como os trata”, observou a vereadora. Ilda Figueiredo deu como exemplo os “benefícios fiscais para proprietários de grandes empreendimentos” ou “programas de financiamento diretos aos senhorios”.

Já o vereador socialista Tiago Barbosa Ribeiro esclareceu que não iria acompanhar a proposta, “não por discordar em absoluto” das considerações feitas no documento, mas por ainda decorrer o período de consulta pública. “Devemos esperar pelo fim do período de consulta pública e depois trabalharmos em função das soluções que vierem a ser encontradas”, observou. Tiago Barbosa Ribeiro defendeu que “no equilíbrio de todas as medidas” será possível “encontrar soluções para um setor muito complexo”.

Por sua vez, a vereadora social-democrata Mariana Macedo, que na reunião substituiu Vladimiro Feliz, defendeu que o pacote de medidas anunciado pelo Governo é “um atentado ao estado de direito“, ao “pretender reforçar a confiança através de ameaças”, dando o exemplo do arrendamento coercivo.

“Este pacote serve para desviar a atenção dos portugueses de temas fraturantes que temos vindo a assistir no país como a TAP, SNS [Serviço Nacional de Saúde] e as greves”, referiu, dizendo que “o Governo optou por um pacote de medidas de propaganda”.

De acordo com informação disponível no portal de consultas públicas do Governo na Internet — ConsultaLex -, o prazo da consulta pública do programa Mais Habitação termina no dia 24.

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Biden revela-se incapaz de segurar ações dos bancos

Os bancos regionais norte-americanos são os mais penalizados pelos investidores no dia de hoje, que através de vendas a descoberto estão a atirar os títulos para perdas acima dos 60%.

O setor bancário norte-americano está a negociar em queda livre, mesmo depois de o Presidente dos EUA ter referido que o sistema bancário está sólido.

No centro do furação estão as ações do First Republic Bank, que já chegou a cair mais de 80% (depois de na sexta-feira terem afundado 33%), como reação ao recebimento de fundos da Reserva Federal norte-americana (Fed) e do JPMorgan Chase como forma aumentar os seus níveis de liquidez para cerca de 70 mil milhões de dólares

“As posições de capital e de liquidez do são muito fortes, e o seu capital permanece bem acima do limiar regulamentar para bancos bem capitalizados”, disse o fundador Jim Herbert e o CEO Mike Roffler numa declaração citada pela CNBC.

Mas nem as declarações dos líderes do First Republic Bank nem de Joe Biden conseguiram abrandar a razia que os títulos do banco estão a sofrer na Bolsa de Nova Iorque. E não é caso único. Destaque, por exemplo, para ações do Western Alliance Bancorp, que somam perdas acima dos 70%.

As ações do bancos regionais norte-americanos que constituem o índice Dow Jones US Select Regional Banks estão a cair mais de 15% com todos os 38 bancos que constituem este índice a registarem um volume bastante elevado de ordens de venda a descoberto (short sell). É o caso do US Bancorp, o maior banco do índice, que está a cair 9,7%.

Entre as dez maiores posições deste índice há ainda a destacar a queda de 22% das ações do Huntington Bancshares e a desvalorização e 30% dos títulos do Keycorp.

A pressão sobre os títulos dos bancos norte-americanos não passa imune na Europa. O índice Euro Stoxx Banks, que agrega 21 dos maiores bancos da Zona Euro, está a cair 6,5% com todas as instituições no vermelho. O mais penalizado é o alemão Commerzbank e o espanhol Sabadell que afundam 12,4% e 11,2%, respetivamente.

Na Europa, todos os principais índices acionistas estão a negociar no vermelho, com destaque para o italiano MIB que está a perder 4,6% e ainda para o espanhol Ibex e para o alemão DAX, que acumulam perdas de 3,6% e 3,3%, respetivamente.

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Coca-Cola investe oito milhões de euros em novo armazém em Azeitão

Coca-Cola investe oito milhões de euros na construção de novo armazém na unidade de produção em Azeitão. Aumenta área de armazenamento e reduz pegada de carbono.

A Coca-Cola Europacific Partners vai inaugurar, no último trimestre do ano, um novo armazém na sua unidade de produção em Azeitão. Envolvendo um investimento de oito milhões de euros, esta nova infraestrutura permite quase duplicar a capacidade de armazenamento e contribui para a redução da pegada de carbono.

A infraestrutura vai permitir aumentar a capacidade de armazenamento da fábrica de 12.000 para 22.000 paletes, passando a ter nesse setor 22.000 metros quadrados (m2) de área, mais 10.000 m2 do que até agora, adianta a Coca-Cola em comunicado.

Esta nova infraestrutura vai possibilitar a reorganização da unidade industrial e concentrar o armazenamento da produção em Azeitão. Vai permitir, assim, a otimização da operação e dos recursos, diminuir os movimentos de camiões para transporte de paletes e, por consequência, contribuir para uma redução de pegada de carbono no planeta.

“A estimativa de diminuição é de 65% por ano, de 200.000 paletes transportadas para 71.000; o que significa uma redução estimada, face aos dados de transportes de 2019, de 513 toneladas de CO2“, avança a multinacional.

“O aumento da capacidade de armazenagem de produto torna a operação da CCEP, em Portugal, mais flexível e eficiente ao preparar a empresa para futuras necessidades de crescimento, suporte a outras unidades de negócio CCEP e tempo de reação mais rápido face a necessidades dos clientes”, refere a Coca-Cola Europacific Partners na mesma nota.

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Joana Tavares reforça área de recursos humanos da Aon Portugal

A profissional será responsável por acompanhar e colaborar na gestão estratégica dos recursos humanos em Portugal. Irá colaborar com a equipa de HR da Ibéria.

A Aon acaba de anunciar a nomeação de Joana Tavares para o cargo de human resources business partner. A profissional ficará responsável por acompanhar e colaborar ativamente na gestão estratégica dos recursos humanos em Portugal, e irá colaborar com a equipa de HR da Ibéria.

“Os desafios relacionados com pessoas são muito diversos e complexos e espero contribuir ativamente no desenvolvimento de estratégias adaptadas a cada uma das pessoas para alavancar a gestão de recursos humanos da empresa. É com muito orgulho que me junto a esta equipa para ajudar a posicionar a marca Aon no mercado nacional”, afirma a nova human resources business partner, citada em comunicado.

Com uma experiência de mais de 15 anos, a responsável tem uma carreira muito diversificada, nomeadamente dentro do grupo Inditex. É licenciada em Psicologia pelo ISPA e conta com um programa de Leading and Energizing Teams for Performance, da Católica Lisbon School of Business and Economics.

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