5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Junho 2023

No dia em que arranca o fórum anual do Banco Central Europeu em Sintra, saem dados do INE sobre a avaliação bancária e um novo encontro do Ministério da Saúde com os médicos.

Arranca esta segunda-feira, em Sintra, o fórum anual do Banco Central Europeu (BCE), evento que reúne presidentes dos bancos centrais, académicos e especialistas dos mercados financeiros com a inflação volátil e as subidas das taxas de juro no centro do debate. Conhecem-se, também, os dados sobre a avaliação bancária das casas no mês de maio, bem como os índices dos preços agrícolas ao nível da União Europeia. Depois de uma semana marcada por demissões nas administrações hospitalares, o Ministério da Saúde volta a reunir-se com o Sindicato Independente dos Médicos.

Avaliação das casas continuar a abrandar?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os resultados do inquérito à Avaliação Bancária na Habitação referentes ao mês de maio. Em abril, o valor das casas atribuído pelos bancos nos pedidos de crédito para compra de habitação aumentou oito euros face ao mês anterior, atingindo um valor máximo de 1.491 euros por metro quadrado. É o valor mais elevado desde o início da série do gabinete estatístico, em janeiro de 2011, mas a variação representou um abrandamento.

Banqueiros centrais em Sintra

O Fórum anual do Banco Central Europeu (BCE) começa esta segunda-feira, em Sintra, e decorre até quarta-feira, juntando governadores de bancos centrais, académicos e especialistas do mercado financeiro para debater sobre as principais questões de política monetária no atual contexto de inflação volátil. A presidente do BCE, Christine Lagarde, dá início aos trabalhos com um jantar de boas-vindas que começa ao final da tarde, durante o qual a vice-diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) Gita Gopinath fará uma intervenção.

Ministério da Saúde reúne com médicos

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) volta a reunir-se com o Ministério da Saúde esta segunda-feira, pelas 16h00, depois de, no encontro da semana passada, o Governo não ter apresentado valores concretos para a revisão da grelha salarial, a poucos dias do fim das negociações. “Cerca de 300 dias após termos assinado o protocolo negocial e a 11 dias da data prevista para o seu encerramento, as preocupações do SIM adensam-se”, disse, na passada terça-feira, o secretário-geral do sindicato.

Gasóleo sobe dois cêntimos, gasolina desce um

As previsões dos preços dos combustíveis para esta semana apontam para um aumento médio do gasóleo em dois cêntimos por litro, enquanto a gasolina deverá descer um cêntimo. Assim, quando for abastecer, deverá passar a pagar pagar 1,500 euros por litro de gasóleo simples e 1,675 euros por litro de gasolina simples 95.

Como evoluem os preços na agricultura?

O Eurostat publica os índices dos preços agrícolas relativos ao primeiro trimestre do ano. Nos últimos três meses de 2022, o índice de preços de produtos agrícolas no produtor na União Europeia (UE) registou uma subida de 26%, desacelerando face à variação de 30% no trimestre anterior. Ainda assim, produtos como ovos (mais 64%), porcos (52%) e azeitonas (51%) tiveram aumentos acentuados de preço.

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Leilão offshore vai obrigar à “especialização dos portos”. Grupo de trabalho quer cadeia de valor assegurada

Grupo de trabalho diz que portos "não reúnem condições necessárias para desenvolvimento industrial do eólico offshore" e defende "especialização", desde produção de componentes ao descomissionamento.

O Ministério das Infraestruturas tem nas mãos um plano que visa adaptar e valorizar os portos nacionais, no âmbito do primeiro leilão de energia eólica offshore, que será lançado este ano.

A proposta preliminar, que foi apresentada numa reunião com as administrações dos portos, em maio, e à qual o ECO/Capital Verde teve acesso, sugere capacitar estas infraestruturas para produzir, montar e armazenar componentes, ficando, igualmente, equipadas para gerir as operações, fazer a manutenção e tratar do descomissionamento das turbinas, no fim de vida.

Esta proposta foi elaborada por um dos três subgrupos de trabalho que ficaram encarregues do planeamento e operacionalização de centros eletroprodutores baseados em fontes renováveis oceânicas. O terceiro subgrupo de trabalho ficou responsável pelo tema “desenvolvimento das infraestruturas portuárias” a nível nacional. No documento, a entidade considera que “a infraestrutura portuária atual não reúne todas as condições necessárias para o desenvolvimento industrial do eólico offshore“.

O objetivo, lê-se no documento, é “avaliar as necessidades de desenvolvimento das infraestruturas portuárias quer para a fase de construção dos centros eletroprodutores, quer para o desenvolvimento de uma fileira industrial nacional”, uma vez que o setor de eólicas offshore vai obrigar à “especialização de cada porto”.

Em causa estão os portos de Viana, Aveiro, Figueira da Foz, Setúbal e Sines, estruturas portuárias que estarão próximas das oito áreas que serão colocadas a concurso para a exploração de eólicas sobre o mar, a maioria em estrutura flutuante. Os primeiros quatro lotes de 500 megawatts (MW) que serão leiloados ainda este ano encontram-se ao largo de Viana do Castelo, Figueira da Foz e Sines (este último ainda pendente de confirmação).

No documento, a produção de componentes necessárias para a construção dos parques eólicos é apontada como uma indústria com potencial de exploração nos portos de Aveiro, Viana, Setúbal e Sines. É referida a eventual produção de pás, torres, naceletes, cabos, sistemas de amarração, subestações e plataformas. O Porto de Aveiro avançou, na semana passada, que vai disponibilizar três áreas, que somam mais de 19 hectares, para a instalação de fábricas de componentes e estruturas para parques eólicos no mar.

Uma vez construídas as componentes, será necessário garantir que existe capacidade de armazenamento — em terra e em mar — e, posteriormente, capacidade de montagem. O subgrupo de trabalho aponta os portos de Setúbal, de Viana e de Sines como potenciais infraestruturas para o feito. Estas áreas, juntamente com o porto da Figueira da Foz, têm, também, capacidade para abrigar indústrias especializadas em operações de manutenção, em terra e no mar, e que podem resultar na substituição de componentes.

Quando as turbinas chegarem ao fim de vida, cerca de 25 anos após serem instaladas, será necessário proceder ao seu descomissionamento e à reciclagem de componentes. Para estas indústrias, o subgrupo de trabalho aponta os portos de Setúbal e de Sines como potenciais localizações.

Também os portos de Lisboa e Sesimbra têm potencial. A equipa autora do estudo prevê a possibilidade de instalação de indústrias fixadas nestes portos ou na sua envolvente. Se na capital a especialização seria de comercializadoras e distribuidoras de componentes, bem como investigação e desenvolvimento (I&D), em Sesimbra a especialização seria em mergulho técnico ou rotação de tripulações.

Estas indústrias poderã surgir com o lançamento de um aviso pelas administrações portuárias, no qual os potenciais interessados em celebrar um contrato de concessão desses terrenos poderão formalizar o seu interesse, à semelhança do foi posto em curso pelo Porto de Aveiro. “A seleção dos fornecedores/vencedores dos concursos deve resultar de um balanço da incorporação nacional, prazos de execução e custo“, recomenda o grupo de trabalho.

O documento apresentado numa reunião entre o Ministério das Infraestruturas e as administrações dos portos nacionais que decorreu em maio, não é, contudo uma versão daquilo que se poderá esperar do primeiro leilão de eólicas offshore em Portugal. Na verdade, o grupo de trabalho (composto por três subgrupos) ficou de apresentar o relatório final a 31 de maio, mas 26 dias de depois o documento ainda não foi divulgado. O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, já tinha admitido, a 24 de maio, que seria possível haver atrasos, mas sublinhou que se fosse o caso que não “será muito insignificante”.

Faseamento dos leilões dá tempo à indústria

A falta de capacidade industrial em Portugal tem sido apontada por promotores e especialistas com um dos principais desafios inerentes ao setor que pode dificultar a instalação dos 10 gigawatts (GW), até 2030, tal como o Governo ambiciona. Atualmente, existem duas indústrias de componentes para parques eólicos — em Aveiro, a CS Wind ASM e em Viana do Castelo, a Enercon — mas face à procura que o leilão de eólicas sobre o mar tem suscitado, tanto de promotores portugueses como estrangeiros, será expectável que o número cresça.

Ao Capital Verde, Marco Alves, CEO da Wavec, centro de estudos especializado em energias marítimas renováveis (offshore ou das ondas), considera que o lançamento faseado dos primeiros gigawatts é fundamental para que seja assegurada a sustentabilidade e sucesso do setor uma vez que, atualmente, Portugal não dispõe da capacidade industrial “para dar resposta”.

“Estamos a falar de um setor emergente que não está suficientemente estabelecido a nível da indústria, e para a cadeia de abastecimento poder responder de uma forma adequada aos 10 gigawatts, [os leilões] têm que ser faseados“, alerta.

Frota naval terá que sair reforçada

Além da indústria, também a frota naval terá que ser reforçada para garantir a construção e manutenção dos parques eólicos offshore, aspeto contemplado no plano elaborado pelo subgrupo de trabalho.

“A manutenção do parque eólico é normalmente realizada a partir de um porto próximo, utilizando Service Operation Vessels (SOVs). Abrigam a equipa de manutenção e os navios necessários para responder a falhas, além de instalações de armazenamento e reparo”, escrevem os especialistas.

Na proposta, são identificadas três fases de projeto (topografia, colocação de cabos e desenvolvimento, construção e descomissionamento) que obrigam à alocação de várias frotas especializadas, bem como o estacionamento permanente de frotas durante a vida útil do projeto. No documento, é feita a referência a vários tipos de embarcações, desde navios lança-cabos ou de construção, a barcaças de apoio ou de reboque, até contentores de descargas.

Para tal, recomenda o subgrupo de trabalho, devem ser construídos Portos de Reação Rápida, onde ficarão atracadas as embarcações de operações e manutenção. Estas, recomenda a equipa, “devem-se encontrar suficientemente próximos do parque eólico” permitindo que as embarcações cheguem ao local em menos de duas horas.

O acesso às embarcações vai ser o mais complicado. Nós, por exemplo, vamos ter que ter uma frota alocada às nossas necessidades quase a tempo inteiro. Essas frotas não existem. Têm de ser chamadas e há muita concorrência, há muitos países com [leilões] semelhantes“, considera Marco Alves.

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Regras para fabricar comboios em Portugal ameaçam concurso. CP alega não ter recebido queixas

Critério para produção em Portugal dos 117 novos comboios para serviços suburbano e regional viola regras europeias, alertam especialistas em contratação. CP alega não ter recebido queixas.

Há praticamente duas décadas que não se produzem comboios em Portugal, por conta do fecho, em 2004, da fábrica da Bombardier, na Amadora. A esperança reacendeu-se quando a CP abriu o concurso para comprar, por 819 milhões de euros, 117 novos comboios, em dezembro de 2021. O ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, fez questão de valorizar a produção nacional e de afirmar: “a pontuação é tanto maior quanto mais tarefas forem feitas em Portugal; no limite, a totalidade do fabrico”. Em 2023, o seu sucessor, João Galamba, foi ainda mais longe e fez questão de anunciar: “na pior das hipóteses teremos uma fábrica em Portugal“.

Entre os 100 pontos disponíveis, há 15 que servem como “bonificação do fabrico e da montagem em Portugal”, segundo o caderno de encargos. O critério de avaliação, no entanto, está a levantar dúvidas, pondo em perigo o concurso. A transportadora defende-se e afirma que nenhum concorrente apresentou qualquer queixa até agora.

Para obter a pontuação máxima, os concorrentes têm de se comprometer em fabricar e montar em Portugal os principais componentes de pelo menos 100 das novas automotoras elétricas e ainda incluir, em pelo menos 5% da equipa de operários, jovens à procura do primeiro emprego, desempregos de longa duração, pessoas com mais de 50 anos e ainda elementos com algum tipo de deficiência.

O critério viola os artigos 34 e 36 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, no entender do especialista Pedro Telles. “Um potencial operador económico que desejasse concorrer utilizando a sua capacidade de fabrico baseada noutro estado-membro da UE, por exemplo, só poderia competir em 85% da pontuação total disponível, pois seria classificado como zero no critério de fabrico/montagem. Além disso, seria classificado com zero mesmo se cumprisse o requisito dos recursos humanos especiais”, escreveu o advogado num texto publicado em 14 de junho. “O único propósito é garantir que a atividade económica associada ao contrato seja desenvolvida em Portugal em detrimento dos outros estados-membros”, acrescenta.

O professor associado na escola de negócios de Copenhaga (CBS, na sigla original) antecipa que, mesmo que seja adjudicado o contrato, o Tribunal de Contas acabará por chumbar o documento. Pedro Telles alega que também está em causa a violação do princípio da concorrência. “O procedimento foi naturalmente desenhado para restringir artificialmente a concorrência. A sua intenção é tornar competitivas apenas as propostas que incluam um grau de fabrico/montagem feito em Portugal”, sustenta.

A posição é corroborada por Jane Kirkby, especialista em contratação pública. “Uma empresa sediada em Itália, que forneça comboios fabricados, construídos e montados em Itália, parte para a avaliação das propostas com um limite de pontuação máxima de 85%, enquanto uma empresa que se comprometa com a construção de uma fábrica de comboios em Portugal já pode almejar os 100%”, exemplifica a sócia da Antas da Cunha Ecija. “Ou seja, o Governo está a privilegiar o desenvolvimento de uma atividade económica em território português, colocando um obstáculo à importação de bens a partir de outros Estados Membros, o que consubstancia uma medida cujo efeito é limitar o valor ou o volume de importação de determinados produtos”, detalha.

Para esta advogada, um critério de pontuação como este apenas seria admissível, “por exemplo, se estivesse em causa a aquisição de bens de soberania, como material militar, em que é legítimo que o Estado queira controlar o fabrico e a manutenção do mesmo, sem depender de empresas sediadas em estados com interesses contrários ou diferentes”.

“Compreendo que possa ser difícil para a opinião pública entender como uma empresa pública não possa valorizar ou favorecer operadores nacionais, mas tal possibilidade encontra-se vedada pelo Direito da União Europeia, atento às exigências do mercado interno que obrigam a que não existam entraves, designadamente, discriminatórios à circulação de fatores de produtivos, designadamente quanto às mercadorias”, argumenta Pedro Cerqueira Gomes, também especialista nesta área. O sócio da Cerqueira Gomes & Associados compara mesmo esta situação com a “grande resistência da opinião pública” à decisão de o Tribunal Geral da UE de anular as ajudas Estado alemão à Lufthansa durante a pandemia.

Concurso que não exclui

O concurso para a compra dos 117 novos comboios captou o interesse inicial de seis empresas: o consórcio luso-francês DST/Alstom, a suíça Stadler e a espanhola CAF chegaram até à última fase; de fora da lista final ficou a dupla germano-espanhola Siemens/Talgo; os chineses da CRRC e os japoneses da Hitachi não passaram da fase preliminar.

Perante esta diversidade de candidatos, José Luís Moreira da Silva entende “não há qualquer ilegalidade nem violação do Código da Contratação Pública e das normas europeias”. O sócio da SRS Legal considera que uma alegada ilegalidade “parte de um pressuposto errado que as normas do concurso aqui em causa obrigariam o contratante a fabricar e/ou a montar os comboios em Portugal. Ora o que o concurso faz é apenas pontuar mais favoravelmente quem o fizer, mas não exclui quem o não fizer”.

O líder do departamento Administrativo e Contratação Pública da SRS Legal também “qualquer operador económico seja de que nacionalidade for, pode apresentar proposta como bem entenda, apenas sabe que pode ver a sua proposta valorizada em até 15% se fabricar ou montar parte dos comboios em Portugal. Esta regra é igual para qualquer operador económico. Veja-se que a regra nem sequer obriga a fabricar ou a montar a totalidade do comboio em Portugal, mas apenas parte dos seus componentes”. “A solução encontrada é viável para recomeçar a haver know-how em Portugal no fabrico de comboios, como antigamente”, complementa o advogado.

A CP alega que ao longo do concurso “nenhum dos candidatos ou concorrentes suscitou qualquer questão relacionada com o tema“. Ao ECO, fonte oficial da transportadora defende estar “empenhada em cumprir toda a legislação em vigor, garantindo um processo transparente e justo”. Para apoiar juridicamente na elaboração do caderno de encargos, a empresa pública contratou mesmo uma sociedade de advogados.

Resta saber se o concurso para os 117 comboios vai até ao final ou se será necessário regressar à casa de partida. O consórcio DST/Alstom é o favorito, pois obteve a melhor classificação na avaliação prévia das últimas propostas, segundo o jornal Público (acesso pago). Falta a decisão final do júri e o sinal verde do conselho de administração da CP.

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Há seis cidades portuguesas entre os 40 melhores destinos para nómadas digitais

Lisboa, Madeira, Porto, Lagos, Portimão e Ericeira colocam Portugal na lista mundial. Lisboa surge logo em 2.º lugar a Madeira na 4.º posição.

Elevado nível de conhecimento da língua inglesa da população local, um ambiente seguro, uma cidade que acolhe bem a comunidade LGBTQIA+, por onde é fácil caminhar e que oferece vários locais a partir de onde é possível (tele)trabalhar. Estes são alguns dos fatores listados pela Nomadlist que colocam a capital lisboeta no pódio dos melhores lugares do mundo para nómadas digitais. Lisboa recebe a medalha de prata, imediatamente a seguir a Bali (Indonésia) e à frente de Banguecoque (Tailândia), que sobe ao terceiro lugar do pódio. Mas há mais cinco destinos nacionais no top 40.

Com uma pontuação global de 4,1 em 5, a capital portuguesa pontua especialmente bem no que toca à segurança, ausência de criminalidade, diversão, vida noturna, conhecimento da língua inglesa por parte da população local, facilidade de percorrer a cidade a pé, ambiente acolhedor para comunidade LGBTQIA+, variedade de sítios a partir de onde é possível trabalhar e rede elétrica.

Há, no entanto, alguns fatores em Lisboa que não agradam de igual modo aos nómadas digitais, começando desde logo pelo custo de vida, considerado “demasiado elevado”. De acordo com os profissionais que participam nesta lista da Nomadlist, um nómada digital necessita, em média, de 4.135 dólares por mês para viver em Lisboa, o equivalente a cerca de 3.770 euros por mês.

Recorde-se que, para cidadãos extracomunitários conseguir o visto de nómada digital — que entrou em vigor com as alterações à Lei de Estrangeiros, e que permite a cidadãos de fora da União Europeia e do Espaço Económico Europeu viverem e trabalharem para fora a partir de Portugal durante um ano — é necessário cumprir determinados requisitos. Entre eles comprovar rendimentos médios mensais nos últimos três meses de valor mínimo equivalente a quatro remunerações mínimas mensais garantidas. O que se traduz num ordenado de cerca de 3.040 euros brutos por mês.

A par do custo de vida, os nómadas digitais não pontuam muito bem os hospitais, nem o critério que avalia o acolhimento de estrangeiros, considerando-nos “maus”.

Numa lista que coloca frente a frente prós e contra, surgem outros fatores que não agradam a estes trabalhadores: “muitas pessoas fumam tabaco”— um fator que, aliás, está presente na lista de contras dos seis locais nacionais presentes no top 40 –, a cidade está “sobrelotada” e, agora mesmo, está “muito calor e humidade”.

Do outro lado: é “muito fácil fazer amigos” e “negócios”, as “estradas são seguras”, a “Internet é rápida” e é uma cidade “segura para mulheres” e “agradável para famílias”, lê-se na plataforma que avalia os melhores locais para viver e trabalhar remotamente.

Madeira e Porto no pódio nacional

O arquipélago é o segundo nome português que surge no ranking mundial, com uma pontuação global de 3,82 em 5 e na quarta posição global. A seu favor estão alguns fatores que partilha com Lisboa, como é o caso da segurança, ausência de criminalidade, rede elétrica, sítios a partir dos quais trabalhar e “LGBTQIA+ friendly”. Mas surge também como uma pontuação alta no que toca à liberdade de expressão e wi-fi gratuito.

Ainda que a Madeira, ao contrário de Lisboa, não apresente nenhum critério com uma pontuação considera “má”, tem também alguns aspetos que podem ser melhorados. Felicidade, vulnerabilidade às alterações climáticas e ausência de racismo são alguns dos parâmetros que não pontuam tão bem.

Já o custo de vida, avaliado em 2.476 dólares por mês (cerca de 2.260 euros) é considerado, por sua vez, “acessível“.

O arquipélago da Madeira não é, contudo, ‘novo’ nestas andanças. Em grande parte devido ao Digital Nomad Village Madeira Islands, o projeto de parceria entre o governo regional da Madeira e da Startup Madeira que tem como objetivo criar condições para atrair nómadas digitais de todo o mundo para o arquipélago, potenciando as vantagens da ilha.

Nas ‘aldeias’, os profissionais têm acesso a um espaço de coworking gratuito, ajuda na reserva de apartamentos ou hotéis, pequenos eventos, atividades desportivas e o contacto com uma comunidade de trabalhadores remotos para criar oportunidades de negócio e networking com a comunidade local.

De volta ao continente, o Porto completa o pódio nacional. Surge na 16.ª posição do ranking global, com um score de 3,56 em 5. Os nómadas digitais valorizam, sobretudo, os hospitais, a rede elétrica, o ar condicionado ou sistema de aquecimento, a facilidade para caminhar, a segurança, a ausência de criminalidade, a liberdade de expressão, o bom acolhimento da comunidade LGBTQIA+ e os lugares a partir dos quais se pode trabalhar.

Por outro lado — e apesar de, à semelhança da Madeira, a cidade Invicta não apresentar com parâmetros com avaliações realmente negativas — o nível de educação é considerado “medíocre”, enquanto a segurança rodoviária, a vida noturna, a felicidade, o wi-fi gratuito na cidade, a ausência de racismo e a pontuação de startups estão no patamar “okay”.

O custo de vida, embora não tão elevado como na capital, é considerado “caro“. De acordo com os nómadas digitais, são precisos, em média, 3.300 dólares por mês, o equivalente a cerca de 3.004 euros por mês.

Destinos de praia completam a presença nacional

Os restantes três locais portugueses que constam deste top 40 têm algo em comum: a praia. Falamos de Lagos (29.º lugar), Portimão (33.º) e Ericeira (37.º). O primeiro, com uma pontuação de 3,46 em 5, destaca-se, principalmente pela segurança, internet, liberdade de expressão, por ser “LGBTQIA+ friendly” e ainda pelos lugares destinados a trabalhadores remotos.

A Lagos Digital Nomads, criada por Joana Glória em 2020, é um das comunidades que contribuiu para aumentar a diversidade avaliada neste último critério. Em fevereiro, a comunidade contava já com cerca de 6.500 membros. E o segredo, para a fundadora, esta precisamente na comunidade.

“Os nómadas digitais, na sua grande maioria, não viajam para países. Viajam entre comunidades. (…) É preciso preparar todo um terreno junto das comunidades locais para oferecerem as melhores condições possíveis para os nómadas digitais, e acima de tudo, criar uma comunidade em cada região que quiser atrair este mercado”, dizia, em declarações ao Trabalho by ECO.

A vida noturna e a diversão são os únicos fatores na cidade algarvia que aparecem com uma pontuação considerada “má”. Já o custo de vida é “okay” (2.679 dólares por mês, cerca de 2.439 euros).

Em Portimão (3,43 em 5), o critério que menos agrada aos nómadas digitais é outro: a Internet, não sendo muito comum haver wi-fi gratuito na cidade. O custo de vida, por seu turno, é similar ao de Lagos (2.772 dólares mensais ou 2.523 euros mensais). De resto, todos os fatores que pontuam melhor em Lagos repetem-se em Portimão, acrescentando ainda a qualidade do ar.

Quatro lugares abaixo no ranking mundial está a Ericeira (3,4 em 5). A vila muito conhecida pelo surf que ainda pertence ao distrito de Lisboa (município de Mafra) apresenta, de uma forma geral, uma pontuação muito positiva. São vários os critérios onde pontua bem, desde a diversão à segurança, passando pelos conhecimentos da língua inglesa ou internet (considerada “super” rápida).

Não há nenhum parâmetro a vermelho. Apenas o nível de educação (considerado “medíocre”), a segurança rodoviária, a felicidade e a pontuação da comunidade (os três “okay”) têm espaço para melhorar.

De referir ainda que o custo de vida para um nómada digital na Ericeira se situa nos 3.502 dólares por mês (cerca de 3.188 euros mensais), mais caro do que no Porto.

Se olharmos, contudo, para os 200 primeiros destinos apresentados pela Nomadlist como os mais atrativos para nómadas digitais, outros locais portugueses voltam a surgir. É o caso de Peniche (113.ª posição), Açores (135.ª) e Braga (174.ª).

Consulte o ranking completo aqui.

Segundo os últimos números fornecidos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) ao Trabalho by ECO, desde o final de outubro passado, altura em que a nova tipologia de visto entrou em vigor, e até ao dia 10 de março de 2023, Portugal já tinha emitido “cerca de 550” vistos para nómadas digitais trabalharem remotamente a partir do país. Informáticos, profissionais liberais e de outras atividades diversas eram os perfis mais recorrentes entre os que solicitam esta autorização. Os cidadãos da União Europeia e nacionalidades Schengen não precisam de visto para entrar e residir em Portugal em regime de trabalho remoto.

Os interessados em solicitar o visto de entrada temporária e de autorização de residência para estes nómadas digitais devem fazê-lo nos consulados portugueses e no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Segundo a regulamentação publicada em DR, os requerentes ao visto temporário para nómadas digitais de trabalho subordinado têm de apresentar comprovativo de residência fiscal; contrato de trabalho ou promessa de contrato de trabalho ou declaração de empregador a comprovar o vínculo laboral; e documento a comprovar rendimentos médios mensais nos últimos três meses de valor mínimo equivalente a quatro remunerações mínimas mensais garantidas (os tais cerca de 3.040 euros brutos por mês).

Em caso de atividade independente, e além dos comprovativos de residência e de rendimentos médios mensais nos últimos três meses de valor mínimo equivalente a quatro remunerações mínimas mensais garantidas, os trabalhadores devem apresentar também o contrato de sociedade ou contrato de prestação de serviços ou a proposta de contrato de prestação de serviços.

Quem estiver em Portugal com visto de estada temporária ou visto de residência e decida mudar-se para o interior do país passa a beneficiar do apoio “Emprego Interior Mais”, desde que trabalhe remotamente, independentemente de a entidade empregadora ser portuguesa ou estrangeira. O apoio estende-se a contratos de trabalho já existentes.

Uma medida que — aplicando-se a todos os trabalhadores em atividade remota, independentemente de o empregador ser ou não uma empresa portuguesa — pretende promover uma maior coesão territorial e corrigir as assimetrias entre o litoral e o interior, num momento em que Portugal é muito procurado por nómadas digitais ou, em geral, por pessoas que estão a trabalhar à distância, e que tem a braços um sério problema habitacional.

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Governo exclui capital de risco do PT2030

Portugal ainda está a desenhar os instrumentos financeiros no Portugal 2030, mas não serão orientados para capital de risco. Esse está concentrado no PRR, garante fonte oficial.

Portugal optou por não atribuir verbas do próximo quadro comunitário de apoio ao capital de risco. O Governo optou por concentrar este tipo de instrumento financeiro no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) numa lógica de complementaridade, uma estratégia diferente da seguida por muitos outros países europeus.

Os vários Estados-membros definiram níveis de ambição muito diferentes no quadro comunitário de apoio de 2021-2027 no que diz respeito aos montantes destinados a capital de risco. Por exemplo, Espanha optou por alocar 84 milhões, Itália 154 milhões e a Grécia 200 milhões. Valores que ficam aquém dos 360 milhões da Alemanha ou 380 milhões de França, de acordo com a lista a que o ECO teve acesso.

Já Portugal decidiu seguir um caminho diferente. “No âmbito da programação do PRR e do Portugal 2030 e da necessária complementaridade, tendo em conta as diferentes elegibilidades, que deve existir entre ambos, foi decidido que os produtos de capitalização estariam concentrados no PRR, no quadro do investimento C05-i06”, explicou ao ECO fonte oficial do Ministério da Presidência.

A mesma fonte oficial precisou ainda que, “no PT2030, os instrumentos financeiros estão ainda a ser desenhados, mas tendencialmente serão orientados para outro tipo de objetivos. Capital de risco está preferencialmente no PRR”, precisou a mesma fonte, já depois da publicação deste artigo. “O PRR disponibiliza 1.425 milhões de euros via Banco Português de Fomento, destinados à constituição de fundos de capital de risco, visando aumentar a competitividade e a resiliência da economia com base em I&D, inovação, diversificação e especialização da estrutura produtiva no território nacional, a que acresce o aumento de capital do BPF em 250 milhões para implementação do InvestEU”, acrescentou a mesma fonte.

Já no Portugal 2030 “os instrumentos financeiros previstos envolvem cerca de 417 milhões de euros de fundos europeus, distribuídos por diferentes Programas e objetivos específicos, e estão ainda a ser desenhados”, precisou a mesma fonte oficial do gabinete de Mariana Vieira da Silva, que tem a tutela dos fundos euros. Mas estes instrumentos passam por garantias, por exemplo, e não por capital de risco.

No entanto, há uma exceção. No Programa Madeira 2030 estão inscritos 500 mil euros para capital de risco e que surgem na lista comparativa a que o ECO teve acesso. Mas este é um valor “indicativo”, que visa “apenas permitir alguma flexibilidade nas opções que venham a ser tomadas, tendo sido programado num contexto” em que esta região autónoma “não dispunha de um instrumento de capitalização dedicado no PRR”, explicou a mesma fonte governamental. Esta questão acabará por ser ultrapassada porque na reprogramação do PRR, que ainda aguarda luz verde de Bruxelas, “foi incluída a medida “Capitalização das empresas” com vista a impulsionar investimentos e diversificar a atividade empresarial na Região Autónoma da Madeira” (RAM), precisou a mesma fonte.

Na proposta de reprogramação submetida a Bruxelas a 26 de maio é explicado que o instrumento de capitalização das empresas da Madeira “consiste num reforço de apoio financeiro atribuído através de uma linha de crédito operacionalizada através de protocolo entre o Banco Português de Fomento, o Instituto de Desenvolvimento Empresarial da RAM e os bancos aderentes, dirigida preferencialmente para as PME que pretendam impulsionar investimentos e diversificar a atividade empresarial na região”.

Este instrumento deverá ter uma dotação de 4,3 milhões de euros e visa “corrigir o problema estrutural de liquidez das empresas, reforçar os níveis de competitividade da economia regional e diversificar as fontes de financiamento”, pode ainda ler-se no documento.

Nota: Artigo corrigido com nova informação e resposta oficial do Ministério da Presidência. Aos visados e aos nossos leitores pedimos desculpa.

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Gigante holandesa das tintas fecha reestruturação “violenta” em Portugal

Após comprar o negócio de tintas decorativas da Titan, AkzoNobel fechou fábrica na Maia e despediu 130 trabalhadores. Concluída a reestruturação, quer chegar a vendas de 25 milhões e ao pódio no país.

A multinacional holandesa AkzoNobel, um dos maiores grupos mundiais no setor das tintas e líder na Europa, acaba de concluir o plano de reestruturação das operações em Portugal, que incluiu o encerramento de uma fábrica na Maia, o fecho das lojas próprias e o desmantelamento dos armazéns logísticos e de suporte à atividade em Alfena (Valongo) e na ilha da Madeira.

No âmbito deste programa, que envolveu “um valor muito acima dos cinco milhões de euros”, segundo calculou ao ECO o country manager em Portugal, Rui Campos, o número de trabalhadores no país encolheu de 163 para os atuais 32 – “uma redução brutal em muito pouco tempo” -, sendo que mais de 60% das pessoas abrangidas estavam ligadas à unidade produtiva.

Iniciado em março de 2021 e fechado no primeiro trimestre deste ano, o gestor reconhece que este “foi um plano muito violento, agressivo e que provoca sempre algum tipo de insegurança e de desconfiança nas pessoas e na equipa”. Ainda assim, assegura que a empresa “manteve sempre uma transparência total com todos e foi isso que garantiu uma paz social e um clima que é hoje satisfatório”.

Do plano de integração que foi ativado resultou a canalização de toda a produção para Barcelona. Tivemos de encerrar a unidade produtiva em Portugal, que também carecia de fortes investimentos no curto prazo.

Rui Campos

Country manager da AkzoNobel em Portugal

Este processo foi iniciado pela AkzoNobel – já tinha antes operações em Portugal no segmento das tintas em pó e de pinturas para automóvel – na sequência da aquisição do negócio de tintas decorativas da catalã Industrias Titan, que somava mais de duas décadas no mercado português e detinha três fábricas, uma das quais na Maia. Nos últimos dois anos partilhou estas instalações no distrito do Porto com a portuguesa Neuce, que comprou a divisão de tintas em pó da empresa espanhola e ficou com “tudo o que era o imobiliário e o património em Portugal”.

“Do plano de integração e de reestruturação que foi ativado resultou, por exemplo, a canalização de toda a parte da produção para Barcelona, onde temos duas fábricas. Tivemos de encerrar a unidade produtiva em Portugal, que também carecia de fortes investimentos no curto prazo”, contextualiza Rui Campos. A equipa nacional está agora concentrada nas áreas comercial, de marketing e de suporte técnico, ocupando um escritório com 320 metros quadrados no Lionesa Business Hub, em Leça do Balio (Matosinhos).

Rui Campos, country manager da AkzoNobel em Portugal

Por outro lado, numa “adaptação ao modelo que a AkzoNobel preconiza, em que tudo o que é a distribuição e a logística do negócio está absolutamente externalizada”, o grupo de tintas passou a ter a DB Schenker como parceira de operação logística, com presença numa unidade da empresa alemã em Vila do Conde. A ideia inicial passava por servir a operação portuguesa através da nova plataforma logística da multinacional em Saragoça, mas acabou por ser revista por ser “absolutamente crítico” servir os distribuidores nacionais num prazo de 24 a 48 horas.

Vendas de 25 milhões com foco no pintor profissional

No mercado português de tintas, liderado pela CIN e pela Robbialac, e que classifica como “bastante competitivo e em que a qualidade da pintura é muito boa”, o porta-voz da multinacional com sede em Amesterdão diz que “a intenção é aproximar-se o mais possível dos dois principais operadores”. Depois de ter faturado 18,5 milhões de euros em 2022, “um ano de transição em que [executou] todas as decisões de cariz de reestruturação”, fixa como meta chegar a 2025 com uma faturação a rondar os 25 milhões de euros.

Sem as lojas próprias que vendeu ou trespassou – a Titan chegou a ter cerca de 18 espaços destes espalhados pelo país -, ao contrário das principais competidoras no mercado nacional, a AkzoNobel aponta ao reforço da quota de mercado no canal moderno, dominado por grandes superfícies como a Maxmat, Leroy Merlin ou Bricomarché, enquanto no canal da revenda ambiciona passar nos próximos três anos dos atuais 150 para 200 pontos de venda, aí com a gama dirigida aos profissionais da pintura.

Questionado sobre a possibilidade de a multinacional vir a ter uma fábrica em Portugal, Rui Campos respondeu que isso “não está em plano neste momento, mas não está excluída essa hipótese”. “Pode até vir a acontecer, fruto também do crescimento e do projeto de expansão ambicioso que temos para o mercado português. Se esse projeto for concretizado também dentro do prazo previsto, não vejo porque é que no futuro, a médio e longo prazo, não possa haver uma ou até mais unidades de produção da AkzoNobel em Portugal”, acrescentou o gestor, que foi contratado em julho de 2019 pela Titan.

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Greve dos funcionários judiciais já causou mais adiamentos que no período da pandemia

Os julgamentos já começaram a ser reagendados para finais de 2024. São já cinco milhões os atos processuais adiados nos tribunais e 60 mil diligências, na sequência da greve dos funcionários judiciais

São já cinco milhões os atos processuais adiados nos tribunais e 60 mil diligências, na sequência da greve dos Funcionários Judiciais (SFJ), iniciada a 24 de maio e que será prolongada até 14 de julho. Estes números de adiamentos e atrasos superam os existentes no período pandémico. Os julgamentos já começaram a ser reagendados para finais de 2024.

E mesmo depois do Governo ter já anunciado a abertura de 561 vagas para a promoção de carreiras dos oficiais de Justiça, os mais de sete mil funcionários judiciais não cedem e mantêm a paralisação a que chamaram com “características atípicas”. A greve estende-se até 14 de julho, mas não é contínua, com o pré-aviso a incidir ainda nos dias 26 a 30 de junho de 2023 e nos dias 3 a 7 e 10 a 14 de julho de 2023.

O funcionários que todos dias estão nas secretarias judiciais pedem o descongelamento das carreiras e a integração do suplemento de compensação na remuneração, com um aumento de 10%, a ser recebido 14 meses por ano, tal como já recebem os magistrados.

Na quinta-feira, o Governo aprovou a abertura de 561 vagas para promoção de oficiais de justiça, no âmbito da “estratégia de reforço e valorização dos recursos humanos levada a cabo pelo Ministério da Justiça”, segundo comunicado do gabinete de Catarina Sarmento e Castro.

Desde 2019 que não se registavam promoções de trabalhadores pertencentes a esta carreira. Diz o Governo que este “é mais um sinal de que o Ministério da Justiça reconhece e partilha das legítimas preocupações que têm sido transmitidas pelas estruturas sindicais representativas do pessoal da carreira oficial de justiça, tendo até agora desenvolvido todos os esforços para encontrar soluções que permitam alcançar o regular funcionamento dos tribunais e a desejável paz social”.

A ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, intervém perante a comissão de Orçamento e Finanças, esta manhã na Assembleia da República, em Lisboa, 04 de maio de 2022. MIGUEL A. LOPES/LUSAMIGUEL A. LOPES/LUSA

O presidente do SFJ, António Marçal, sublinhou que Catarina Sarmento e Castro “está a faltar à verdade”, ao ter sinalizado na quinta-feira, em Évora, a abertura destas vagas como “um grande passo” do Governo para ir ao encontro das reivindicações do setor. “Aquilo que está aqui em causa é que o governo não tinha outra opção senão fazer as promoções, porque a isso o obriga o facto de vivermos num estado de direito democrático. Existe uma decisão judicial transitada em julgado referente a 2021 que obriga a ministra a começar a cumprir esse procedimento”, afirmou.

Questionado sobre se a greve do SFJ é para continuar, António Marçal foi taxativo: “Sem dúvida que sim, porque não há nada de novo. No dia 14 de julho a assembleia geral do sindicato dará a resposta que os oficiais de justiça entenderem adequada perante a posição do Governo”.

O dirigente sindical argumentou ainda que as promoções na carreira de oficial de justiça não eram a única reivindicação e realçou a questão da integração do suplemento de recuperação processual no vencimento, assinalando que esta medida já chegou a estar prevista em anteriores Orçamentos do Estado e foi considerada “justa e razoável” pelo Presidente da República, pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça e pela Ordem dos Advogados.

“Não há aqui nenhuma benesse ou boa vontade do governo, aquilo que há concretamente é a execução de uma decisão dos tribunais, lembrando que falta ainda esperar pelo resultado do julgamento da inconstitucionalidade referente ao movimento de 2018, que terá mais consequências, designadamente nas categorias de chefia”, reforçou.

António Marçal, presidente do sindicato dos funcionários judiciais, em entrevista ao ECO/Advocatus - 21DEZ21
António Marçal, presidente do sindicato dos funcionários judiciais, em entrevista ao ECO/Advocatus – 21DEZ21Hugo Amaral/ECO

Assim, sendo, os funcionários judiciais agendaram as seguintes paralisações

  • Comarca de Aveiro, no dia 26 de junho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca de Santarém, no dia 27 de junho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca de Viseu, no dia 28 de junho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca de Lisboa-Norte, no dia 29 de junho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca de Braga, no dia 30 de junho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca de Aveiro, no dia 3 de julho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca do Porto, no dia 4 de julho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca de Lisboa-Norte, no dia 5 de julho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca de Faro, no dia 6 de julho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca de Portalegre, no dia 7 de julho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca do Porto, no dia 10 de julho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca do Porto, no dia 11 de julho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca de Lisboa, no dia 12 de julho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca de Lisboa-Oeste, no dia 13 de julho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas
  • Comarca de Lisboa, no dia 14 de julho de 2023, entre as 9:00 horas e as 10:00 horas

Julgamentos e diligências dos casos mediáticos adiados

  • O julgamento do antigo presidente da Câmara de Caminha e ex-secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, e da empresária Manuela Couto foi adiado a 15 de junho. As novas sessões estão agendadas para 14 de setembro e 4 de outubro. Previsto para ter início em Viana do Castelo, esta é a terceira vez que este julgamento é adiado.
  • A 9 de junho, o interrogatório do ex-ministro Eduardo Cabrita na fase de instrução do processo do atropelamento mortal na A6 foi interrompido e reagendado para o dia 30 de junho, devido à greve. O interrogatório do antigo governante chegou a iniciar-se, mas foi suspenso, às 15:30, quando a funcionária judicial que acompanhava os trabalhos iniciou a greve. O juiz de instrução ainda andou pelo tribunal a tentar arranjar uma funcionária que pudesse cumprir a diligência, mas não foi possível.
  • O início do julgamento do ativista antirracista Mamadou Ba foi adiado a 23 de abril devido à primeira fase de greve dos funcionários judiciais. O ativista antirracista Mamadou Ba ia ser julgado por difamação, publicidade e calúnia, num processo colocado pelo militante neonazi Mário Machado e no qual Ba conta com a ex-ministra Francisca Van Dunem como testemunha;
  • No mesmo dia, foi também adiado, pela mesma razão, uma sessão da repetição do julgamento do processo Aquiles, relacionado com tráfico de cocaína e em que são arguidos dois ex-inspetores da Polícia Judiciária;
  • A continuação do julgamento do processo relacionado com a queda da árvore no Monte foi adiada, em maio, pela quarta vez, devido à greve convocada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais. São arguidos no caso a ex-presidente da Câmara do Funchal Idalina Perestrelo e o chefe de divisão Francisco Andrade. Pelo menos este último compareceu esta manhã no tribunal instalado no Edifício 2000, mas a falta de oficiais de justiça impediu a realização da audiência.
  • O julgamento no Tribunal Judicial de Faro da mega burla, relacionado com a apropriação ilegal de prédios alheios, só começou depois das 10H00, no dia 14 de junho, por conta da greve dos funcionários judiciais. à porta do tribunal estavam vários oficiais de justiça envergaram t-shirt’s onde se lia: “justiça para quem nela trabalha”.
  • A sessão de julgamento, do dia 6 de Junho, relativa ao homicídio de Jéssica, a menina de três anos morta em junho do ano passado, foi adiado. No banco dos réus estão cinco arguidos, a mãe da criança, a ama, o marido e a filha.

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Bruxelas considera rebelião “notícia preocupante” para Putin

  • Lusa
  • 25 Junho 2023

A Comissão Europeia considerou a rebelião do grupo paramilitar Wagner na Rússia "uma notícia muito preocupante para o Kremlin".

A Comissão Europeia considerou hoje a rebelião do grupo paramilitar Wagner na Rússia “uma notícia muito preocupante para o Kremlin”. “A verdade é que foi perdido o controlo durante 24 horas na Rússia e isso deve ser uma notícia muito preocupante para o Kremlin“, disse fonte de Bruxelas a um grupo restrito de órgãos de comunicação social, incluindo a agência de notícias EFE.

O executivo comunitário insistiu que a insurreição que o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, tentou executar “é um assunto interno da Rússia”, no qual “não houve intervenção do exterior”. “Ainda não percebemos os acontecimentos de ontem [sábado] e vai demorar”, realçou a fonte da Comissão Europeia, referindo que “é muito cedo para dizer quais são as consequências“. Evitando avaliar as implicações que o motim pode ter no futuro da guerra na Ucrânia, a mesma fonte insistiu que “é muito cedo para dizer em que direção a situação vai evoluir“.

O chefe do grupo paramilitar Wagner suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.

Antes da suspensão, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma “ameaça mortal” ao Estado russo e uma traição, enquanto Prigozshin acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

Ao fim do dia, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

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Ano 2022 foi dos que mais ciberataques “de grande impacto” registou

  • Lusa
  • 25 Junho 2023

O ano 2022 foi dos que registou maior número de ciberataques "de grande impacto social e nas infraestruturas e serviços", segundo o Centro Nacional de Cibersegurança.

O ano 2022 foi dos que registou maior número de ciberataques “de grande impacto social e nas infraestruturas e serviços”, segundo o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), que aponta uma “perceção elevada” de risco de cibersegurança em Portugal. “Ao longo de 2022, ocorreram diversos ciberataques de grande impacto social e nas infraestruturas e serviços em Portugal. Poderá ter sido dos anos com o maior número de incidentes com este nível de efeito, desde que há registos, resultando numa visibilidade muito grande do tema na opinião publicada“, lê-se na 4.ª edição do “Relatório Cibersegurança em Portugal — Riscos & Conflitos”, a que a agência Lusa teve acesso.

Segundo o CNCS, as ciberameaças que mais afetaram o ciberespaço de interesse nacional em 2022 foram o ‘ransomware’ (‘software’ nocivo usado para bloquear dados de computadores e servidores e usado por ‘hackers’ para exigir resgates), a cibersabotagem/indisponibilidade, o ‘phishing’ (‘emails’ fraudulentos)/’smishing’ (SMS fradulentos)/’vishing’ (‘pishing’ através do telefone), a burla ‘online’, outras formas de engenharia social e o comprometimento de contas/tentativa de ‘login’.

As vítimas de incidentes de cibersegurança mais relevantes foram os setores da banca (sobretudo clientes), da educação e ciência, tecnologia e ensino superior, dos transportes, da saúde e da comunicação social. Entre os subsetores da Administração Pública, o relatório destaca a Administração Pública Local como “alvo com maior número de incidências”.

Já os principais agentes de ameaça a atuar no ciberespaço de interesse nacional em 2022 foram os cibercriminosos, os atores estatais e os ‘hacktivistas’ (ativistas políticos ou sociais usam ataques cibernéticos para declarar o apoio às suas causas ou atacar quem lhes é contrário).

"Ao longo de 2022, ocorreram diversos ciberataques de grande impacto social e nas infraestruturas e serviços em Portugal. Poderá ter sido dos anos com o maior número de incidentes com este nível de efeito, desde que há registos, resultando numa visibilidade muito grande do tema na opinião publicada.”

Analisando os incidentes que mais marcaram o ano passado, o CNCS aponta, no primeiro trimestre, o “ataque disruptivo ao grupo Impresa“; O caso que afetou a Vodafone e “provocou interrupções nos serviços da empresa de telecomunicações sentidas por muitos utilizadores“; O ataque de ‘ransomware’ ao Laboratório Germano de Sousa, que deixou os respetivos serviços inacessíveis aos clientes; E um outro ataque de ‘ransomware’ à Sonae MC, que resultou na indisponibilidade do respetivo cartão de cliente.

Ainda referido é o ataque de ‘ransomware’ ao Hospital Garcia de Orta, em abril; Outro ataque de ‘ransomware’ à Eletricidade dos Açores, em maio; O aumento de atividade ligada ao Emotet, em julho (um ‘malware’ que se distribui via ‘emails’ fraudulentos e pode colocar em causa informação bancária, por exemplo); O ataque de ‘ransomware’ à TAP, em agosto, que resultou na exposição de dados dos clientes da companhia aérea; E a intrusão numa plataforma da Segurança Social, em novembro, através do comprometimento de conta, “sem efeitos relevantes nos dados dos cidadãos, mas com impacto em termos de alarme social”.

Como resultado, o CNCS nota que “a perceção de risco de alguma entidade no ciberespaço de interesse nacional poder sofrer um incidente de cibersegurança aumentou em 2022 e 2023“, ao mesmo tempo que diminuiu “a perceção de que o ciberespaço está mais resiliente a ciberataques“.

Como principais tendências nacionais em termos de ameaças ao ciberespaço no presente e futuro próximo, o Centro Nacional de Cibersegurança destaca “a crescente ‘profissionalização’ do cibercrime, a incerteza resultante da guerra na Ucrânia e algumas ciberameaças específicas, tais como o ‘ransomware’, o DDoS (impede o funcionamento de ‘sites)’ o ‘malware’ (‘software’ nocivo) de furto de credenciais e os ‘smishing/ vishing/spoofing’ oportunistas relativamente ao uso massificado do telemóvel”.

Os principais desafios ao ciberespaço de interesse nacional em 2023 e 2024 prendem-se com o aumento da superfície de ataque, a sofisticação de alguns agentes de ameaça, a dificuldade em imputar responsabilidades e a falta de literacia e de especialistas em cibersegurança“, enfatiza.

Como cenário persistente, o CNCS diz manterem-se “as ameaças típicas do contexto geopolítico e estratégico atual, devido ao prolongamento da guerra na Ucrânia”, prevendo que este cenário “se mantenha e possa mesmo agudizar-se” enquanto o conflito não terminar.

Paralelamente, aponta as ameaças emergentes que têm vindo a surgir “em resultado da disponibilização de plataformas de IA [inteligência artificial] para o público em geral e o seu potencial de utilização para o desenvolvimento de ferramentas úteis na realização de ações maliciosas no ciberespaço“.

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Inteligência Artificial vence prémio interno Fidelidade. Protecting 6.0 com inscrições abertas

  • ECO Seguros
  • 25 Junho 2023

No lançamento do Protechting.6, concurso de inovação criado há 6 anos pela Fidelidade, Fosun e Hospital da Luz, foi anunciado o prémio do concurso interno XLAB dedicado a IA.

A Fidelidade, Fosun e Hospital da Luz lançaram a 6ª edição do concurso de inovação, designado este ano de Protechting 6.0, com o objetivo de apoiar e impulsionar o crescimento de startups inovadoras nos setores healthech e insurtech.

Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade quer “oportunidades de colaboração e crescimento do negócio da Fidelidade com startups de todo o mundo com projetos inovadores, disruptivos e sustentáveis”.

Na área de insurtech, procuram-se soluções maduras e sustentáveis que melhorem a experiência do cliente, com um serviço de seguros otimizado, com os participantes a serem desafiados nas áreas de Seguros Gerais, Property and Home Living (habitacional), Cibersegurança, Futuro da Mobilidade, o Poder da Tecnologia e ainda espaço “Beyond Insurance”.

Já na área da Healthtech, procuram-se soluções eficazes, e também sustentáveis, que melhorem a saúde e o bem-estar das pessoas, de forma segura, uma vez que a adoção de tecnologia nos cuidados de saúde tem conduzido a melhores diagnósticos e tratamentos, aumentando a eficiência no setor. Nesse âmbito, os desafios serão nas áreas de Bem-estar e Lifestyle, Deteção de Doenças, Novos Tratamentos, Vida depois da Covid-19, Cuidado do Paciente e Gestão de Saúde.

Miguel Abecassis, administrador da Fidelidade: “Ao proporcionarmos um espaço para as startups e empreendedores apresentarem as suas ideias e projetos, o Protechting abre portas para a colaboração e co-criação e para o estabelecimento de parcerias estratégias”.

O concurso conta com o apoio da Fábrica de Startups, e a colaboração da Venture Capital, Shilling e Big Start Ventures e “pretende fomentar uma cultura de acolhimento e desenvolvimento da inovação, facilitando o acesso a recursos importantes para a evolução e concretização de ideias de negócio”, afirma a Fidelidade. Aberta a todos, as candidaturas decorrem até 25 de agosto.

Para Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, “O Protechting 6.0 vem reforçar e consolidar a nossa aposta na inovação, desta vez tendo a sustentabilidade como um pilar transversal a todo o programa, de forma a captarmos oportunidades de colaboração e crescimento do negócio da Fidelidade com startups de todo o mundo com projetos inovadores, disruptivos e sustentáveis”.

Em debate, as diferentes áreas da Fidelidade, Luz saúde e Fosun, explicaram como vão beneficiar da inovação.

Segundo a Fidelidade, como resultado das primeiras cinco edições, o Protechting já contribuiu para o desenvolvimento de mais de 40 projetos-piloto e cinco acordos comerciais. Em 2023, além dos main partners Fidelidade, Fosun e Luz Saúde, vão integrar esta edição a Fidelidade Angola, a Alianza na Bolívia, a Garantia em Cabo Verde, a FID Seguros no Chile, a Fidelidade France em França, a Fidelidade Macau, a Fidelidade Ímpar em Moçambique, a Alianza Garantia no Paraguai, a La Positiva Seguros no Peru e ainda a Fidelidade España em Espanha.

A Fidelidade aproveitou o evento de lançamento do Protechting 6.0 para entregar o prémio do concurso interno de inovação XLAB que contou com 7 concorrentes tendo vencido um projeto multifuncional sobre Inteligência Artificial.

Os vencedores do XLABS, prémio interno da Fidelidade, investigam Inteligência Artificial.

A equipa ganhadora foi constituída por André Alves do Centro Advanced Analytics, Amílcar Gaspar (DMC Direção Mediação Centro na Covilhã, Joana Rodrigues da Direção Negócio Automóvel, Alexandre Dias da Multicare, Maria Beatriz Jardim da TBS e João Simões da ITS.

Para saber mais sobre o Protechting 6.0 clique aqui .

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Marsh McLennan ajuda o governo ucraniano a abrir acesso ao mercado global de seguros

  • ECO Seguros
  • 25 Junho 2023

"O apoio da Marsh McLennan é um passo crucial para nos ajudar a atrair o investimento de que necessitamos para nos reconstruirmos e crescermos fortes", afirmou o Vice-Ministro da Economia ucraniano.

A Marsh McLennan, especialista nas áreas de risco, estratégia e pessoas, anunciou a parceria com o governo ucraniano para ajudar no acesso ao mercado global de seguros.

“O nosso apoio a este importante projeto baseia-se no trabalho que temos vindo a desenvolver com a Ucrânia este ano para avaliar as opções de seguro contra riscos de guerra”, esclareceu John Doyle, Presidente e Diretor Executivo da Marsh McLennan.

Como parte do apoio, a empresa global fornecerá serviços pro bono para projetar e implementar uma plataforma de dados de risco que permitirá às seguradoras avaliar e cobrir riscos de guerra no país com maior confiança.

A decisão segue-se ao anúncio, no evento ‘London Conference Framework on War Risk Insurance for Ukraine’, do Primeiro-Ministro do Reino Unido, Rishi Sunak.

A Marsh McLennan trabalhará em conjunto com o governo ucraniano e seguradoras para criar uma plataforma que forneça os dados necessários para a avaliação de riscos de guerra na Ucrânia, o que permitirá à indústria começar a oferecer cobertura de seguros comerciais, desbloqueando assim capital. Isso fornecerá acesso aos dados necessários para que as seguradoras avaliem os riscos de forma significativa e aumentem sua disposição para entrar no mercado.

A iniciativa ocorre após as propostas que a Marsh McLennan fez aos governos ucraniano e do G7 para a criação de um pool de seguros contra riscos de guerra. Este seria uma parceria público-privada multinacional.

John Doyle, Presidente e Diretor Executivo da Marsh McLennan, afirmou: “o anúncio feito pelo governo ucraniano, juntamente com o apoio do governo do Reino Unido, são passos importantes para a recuperação da economia ucraniana desta guerra contínua e devastadora. O nosso apoio a este importante projeto baseia-se no trabalho que temos vindo a desenvolver com a Ucrânia este ano para avaliar as opções de seguro contra riscos de guerra. Orgulho-me do facto de os nossos colegas estarem ao lado do povo ucraniano para o ajudar a recuperar o mais rapidamente possível.”

Oleksandr Griban, Vice-Ministro da Economia da Ucrânia, acrescentou: “o acesso ao mercado global de seguros é vital para iniciar o longo caminho de recuperação da nossa economia. Este apoio da Marsh McLennan é um passo crucial para nos ajudar a atrair o investimento de que necessitamos para nos reconstruirmos e crescermos fortes.”

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Mudey lança seguros de vida corporativos 100% digitais

  • ECO Seguros
  • 25 Junho 2023

A Mudey anuncia lançamento para PME's: um seguro de vida que pode ser contratado digitalmente pela empresa para os seus colaboradores digitalmente e à medida. Não exige questionários médicos.

A insurtech Mudey anuncia uma solução focada nos micro e pequenos negócios, com o lançamento de uma solução de seguros de vida que pode ser contratada digitalmente.

“O objetivo é que a contratação e posterior gestão do seguro seja o mais simples, direta e autónoma possível”, afirma Ana Teixeira, cofundadora da Mudey.

Em comunicado, a Mudey aponta que a solução não exige questionários médicos e é aplicável a diversos setores, sendo contratado de forma totalmente digital, “uma opção única no mercado”, afirma a insurtech portuguesa.

“Todo o processo é tratado de forma 100% digital, uma possibilidade que, até agora, não existia no mercado. O objetivo é que a contratação e posterior gestão do seguro seja o mais simples, direta e autónoma possível. Pensamos, sobretudo, nos micro e pequenos empresários, que encontram agora uma solução à sua medida, que não lhes tira tempo e é apelativa financeiramente. Os seguros são, cada vez mais, um complemento à remuneração salarial apreciado pelos colaboradores e uma forma inteligente de atrair e reter talento dentro das empresas”, explica Ana Teixeira, cofundadora da Mudey.

MUDEY Empresas focada em soluções digitais para o mercado empresarial

A Mudey Empresas, vertente da plataforma Mudey, proporciona soluções digitais para o mercado empresarial. Com destaque para o Seguro Vida Grupo, a contratação é feita de forma totalmente digital, “sem burocracias”, aponta a insurtech na nota.

As empresas têm liberdade para escolher o nível de capital a pagar pelo seguro, adaptando-o aos colaboradores. A plataforma oferece a área ‘Wallet Empresas’, onde os clientes podem simular e contratar outros seguros, organizar informações e documentações, e usufruir de serviços gratuitos como pesquisa de mercado e lembretes de renovação de seguros.

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