Negócios de Benfica, FC Porto e Sporting sob investigação superam os 228 milhões

  • Lusa
  • 22 Maio 2023

Os negócios de Benfica, FC Porto e Sporting que estão sob investigação no Ministério Público ultrapassam os 228 milhões de euros.

Os negócios de Benfica, FC Porto e Sporting que estão sob investigação no Ministério Público (MP) ultrapassam os 228 milhões de euros, revelou esta segunda-feira a Procuradoria-Geral da República, que esclareceu que estão em causa seis inquéritos.

A nota publicada na página do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) surge na sequência das diligências da passada quarta-feira, em que foram feitas mais de 60 buscas e que visaram as instalações dos três ‘grandes’, além de escritórios de advogados e de contabilidade e diversas residências.

De acordo com o DCIAP, dos seis inquéritos que envolvem Benfica, FC Porto e Sporting, dois são “relativos a cada um dos clubes”, existindo já cerca de 120 arguidos no conjunto destas investigações do MP.

“Não é possível, neste momento, informar o valor global dos negócios em investigação, sendo que o mesmo será seguramente muito superior a 228 milhões de euros“, refere ainda a nota do DCIAP, que adiantou também a existência de outros dois “inquéritos por factos semelhantes relativos a outros clubes, mas com uma dimensão muito inferior”.

Estas investigações estão, segundo o MP, ligadas à Operação ‘Fora de Jogo’, que lembrou na nota publicada as buscas que foram efetuadas em março de 2020.

Em causa nos inquéritos que originaram a operação desenvolvida na última semana estão “suspeitas de prática de crimes de fraude fiscal qualificada, fraude contra a segurança social e branqueamento de capitais, ligadas com celebração ou renovação de contratos de trabalho desportivo, pagamento de comissões e circuitos financeiros que envolvem os intermediários nesses negócios, bem como utilização de direitos de imagem”.

As diligências incidem em factos decorridos entre 2014 e 2022, sobre os quais “existem indícios de vantagens patrimoniais ilegítimas, fiscais e contra a segurança social” fixadas em “mais de 58 milhões de euros”, sendo que as SAD de Benfica e Sporting confirmaram terem sido constituídas arguidas no processo, enquanto o FC Porto não se pronunciou.

Sob a direção do DCIAP, a investigação — que está em segredo de justiça – envolve também a Unidade dos Grandes Contribuintes e a Direção de Serviços de Investigação de Fraude e de Ações Especiais da Autoridade Tributária (AT), bem como a Unidade de Ação Fiscal da GNR.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Diretor nacional da PJ aponta período complicado de ameaça devido às ‘fake news’

  • Lusa
  • 22 Maio 2023

O diretor da PJ considerou que se vivem tempos complicados de ameaça ao Estado de direito devido às fake news, salientando a necessidade de se manterem níveis de independência do serviço público.

O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) considerou esta segunda-feira que se vivem tempos complicados de ameaça ao Estado de direito devido às fake news, salientando a necessidade de se manterem níveis de qualidade e independência do serviço público.

“Todos os dias vemos que, de facto, estamos num período complicado da ameaça ao nosso Estado de direito democrático tal qual o conhecemos e ameaça do respeito pelos dos direitos, liberdades e garantias pela via das fake news“, potenciadas pela “capacidade de difusão dos meios e sobretudo as redes sociais”, referiu Luís Neves.

Falando na sessão de abertura da conferência internacional “O futuro do serviço público de media”, promovida pelo Conselho de Opinião da RTP, presidido por Deolinda Machado, com o apoio da PJ, que está a decorrer em Lisboa, Luís Neves salientou as especiais responsabilidades desta polícia nas chamadas ameaças híbridas, onde se inclui a desinformação, fenómeno que, salientou, necessita de constante reflexão profunda.

Esta reflexão, afirmou o diretor nacional da PJ, deve ser feita tendo em conta a garantia da liberdade de imprensa e necessidade de garantir independência e autonomia dos meios de comunicação social “e a necessidade constante de manter os níveis de qualidade e independência” e “a autonomia do serviço público”.

Luís Neves referiu-se ainda à complexidade das questões levantadas pelo digital e inteligência artificial, ao nível dos valores éticos e também das condições de trabalho em geral, destacando em particular as condições salariais que devem ser asseguradas aos jornalistas como forma de acentuar a independência, diversidade e produção crítica de informação.

“A evolução das políticas públicas de media deve ter sempre por base a séria e efetiva amaça da desinformação”, referiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Até haver um sim do lado da Cofina é um tema abstrato”, diz CEO da Media Capital

  • Lusa
  • 22 Maio 2023

A compra da Cofina, a 'morte' da TDT, uma plataforma nacional de streaming e as oportunidades no negócio móvel são alguns dos temas abordados pelo CEO da Media Capital em entrevista à Lusa.

O presidente executivo da Media Capital afirma que a compra da Cofina “é um tema abstrato” para o grupo, sem desenvolvimentos até agora, não tendo desde que assumiu o cargo em julho se sentado ainda para negociar com aquela empresa.

Em entrevista à Lusa, quando questionado sobre ponto de situação de eventuais negociações após o esclarecimento das duas empresas ao mercado em março, Pedro Morais Leitão afirmou não saber responder, “porque depende tudo da Cofina”.

“Se eu me sento com a Cofina? Não, não me sentei com a Cofina nunca. Desde que entrei aqui nunca me sentei com a Cofina”, afirma o gestor, que cumpre um ano na liderança executiva da Media Capital em julho.

Em 02 de março, às 22:34, o jornal Observador escreveu ‘Media Capital, dona da TVI, em negociações para comprar Cofina, que detém Correio da Manhã’. A notícia levou no dia seguinte a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a determinar a suspensão das ações da Cofina e da Media Capital, “aguardando informação relevante ao mercado”.

Em 03 de março, a Media Capital, que tem Mário Ferreira como presidente do Conselho de Administração, informou, então, que estava “atenta e disponível para analisar oportunidades de negócio”, mas quanto à aquisição da Cofina ou de ativos do grupo de Paulo Fernandes que “nada” existia “de relevante“.

E sobre uma eventual consolidação do setor, também Pedro Morais Leitão voltou agora a dizer que, “não sendo imprescindível”, a Media Capital “não se pode imiscuir dela”.

Ainda em 02 de março, antes, também a Cofina já tinha prestado esclarecimentos, depois do pedido da CMVM. A dona do Correio da Manhã e liderada por Paulo Fernandes esclareceu que”, pela sua natureza de sociedade gestora de participações sociais, avalia em permanência todas as oportunidades de negócio que possam valorizar os seus ativos, numa perspetiva de compra ou de venda”.

“Se eu me sento com a Cofina? Não, não me sentei com a Cofina nunca. Desde que entrei aqui nunca me sentei com a Cofina”

O grupo disse que tinham sido “realizadas abordagens preliminares por diversos assessores externos, com vista a encetar possíveis negociações, que estão a ser objeto de análise pela sociedade, sem que haja, na presente data, qualquer decisão ou conversações, entre a Cofina e, nomeadamente, a Media Capital ou os seus acionistas, relacionadas com a matéria da referida notícia”.

Esclarecimentos que as declarações agora do CEO da Media Capital corroboram.

Até haver um sim do lado da Cofina para nós é um tema abstrato (…) Até hoje eu não vi um papel assinado pela Cofina”, sublinha Pedro Morais Leitão.

A notícia de compra ou de combinação de negócios entre as duas empresas em março aconteceu em véspera de se cumprir três anos do anúncio da desistência da Cofina em comprar a TVI após falhar a operação de aumento de capital (11 de março de 2020), o que ditou um destino diferente para a Media Capital, com Mário Ferreira a tornar-se acionista de referência.

Entretanto, em 14 de maio de 2020, Mário Ferreira entrou na estrutura acionista da Media Capital através da Pluris Investments, com 30,22%, prometendo trazer novo ‘fôlego’ à dona da TVI.

TDT “está morta” e licença deve ser renovada até 4 anos

O CEO da Media Capital afirma, em entrevista à Lusa, que a TDT “está morta” e propõe a renovação da licença apenas até quatro anos, acrescentando que é preciso encontrar forma de medir audiências no telemóvel.

“Estamos com dificuldade em enterrá-la”, afirma Pedro Morais Leitão, referindo-se à Televisão Digital Terrestre (TDT), cuja licença foi atribuída à Meo/Altice Portugal em outubro de 2008 por 15 anos e cuja concessão termina este ano. “Na minha opinião ela está morta”, diz o presidente executivo (CEO) da dona da TVI e CNN Portugal, acrescentando que o enquadramento legal nesta área foi ficando desatualizado com o tempo.

Questionado sobre qual é a solução, Pedro Morais Leitão admite que, “tendo chegado a este ponto, obviamente não pode ser em janeiro de 2024 fazer cair a TDT”. Mas “também não é alternativa” empurrar “com a barriga durante sete anos e daqui a sete anos alguém acordar e dizer que estamos na mesma situação em que estamos hoje”, defende.

A proposta de Pedro Morais Leitão é renovar a licença da TDT por três ou quatro anos.

Obviamente não pode ser em janeiro de 2024 fazer cair a TDT”. Mas “também não é alternativa” empurrar “com a barriga durante sete anos e daqui a sete anos alguém acordar e dizer que estamos na mesma situação em que estamos hoje.

Isto porque “todas as dúvidas tecnológicas que existem sobre o próximo passo serão, em princípio, resolvidas nos próximos três ou quatro anos e, até lá, façamos um esforço sério” para encontrar uma solução, desafia o gestor. Portugal tem fibra ótica, cabo, satélite para chegar às casas das pessoas “e estamos aqui a manter um sistema de estradas nacionais [TDT] que quem o paga são os privados”, prossegue, referindo que a RTP também paga, mas que os privados contribuem para a empresa de media pública através da contribuição para o audiovisual (CAV).

O gestor participou no concurso da TDT de 2001, de 2008 e agora, em 2023, na consulta pública, conhecendo o “historial” da Televisão Digital Terrestre “como poucas pessoas” em Portugal.

Agora, é exatamente por conhecer” que considera que “as pessoas que não sabem o suficiente” sobre o assunto “não estão a pensar o suficiente”, diz.

“Começámos por ter televisões em sinal aberto” e “para fazer as televisões de sinal aberto privada tirámos as antenas que originalmente eram da RTP e entregámo-las a um operador de transmissão, na altura a Portugal Telecom”, entretanto, era caro pelo que a TVI “foi a única” que decidiu montar a sua própria rede, a Reti.

Em parte, e “em resultado disso, em 1998, a TVI pediu a insolvência (…) pela necessidade de investimento que teve” esse projeto, recorda.

“A dita década dourada em que a TVI viveu tinha a sua própria rede de transmissão e fazia cobertura nacional com custos inferiores aos custos que paga agora”, cobrindo “100% do país”, aponta Pedro Morais Leitão.

A Media Capital percebe “perfeitamente o histórico todo” da TDT, que a Altice Portugal investiu na plataforma, “teve que pagar dinheiro por isto” e que, “obviamente”, pretende ser ressarcida pelo investimento que fez. “Esse investimento foi feito na expectativa de uma licença de 15 anos, agora estamos a renová-la por mais sete” sem “ninguém pensar qual é o próximo passo”, alerta.

Pedro Morais Leitão refere que trouxe o tema para o debate “dado que este parece ser um assunto menor para a Altice ou para a RTP” e “mais indiferente” para a SIC do que para a TVI. “Para nós não é indiferente continuar a operar durante sete anos, não é indiferente”, salienta.

A Media Capital já falou com o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva sobre o assunto, referindo o gestor que “obviamente” que o governante “está atento” ao tema e ao número de pessoas que recebem os sete canais na plataforma gratuita (RTP1, SIC, TVI, AR TV, RTP3 e RTP Memória).

“Somo sensíveis a isso, a questão é o custo a que isso está a ser feito”, prossegue. “São 150 mil lares, que é o número para efeitos de receitas publicitárias que consideramos hoje” e “achamos que os oito milhões de euros que pagamos [o setor] anualmente chegam para pôr televisão por via digital em todas essas casas“.

Quanto à medição de audiências, Pedro Morais Leitão diz que vê “oportunidades de melhoria”. A metodologia de medição de audiências é construída pela Comissão de Análise de Estudos de Meios que reúne anunciantes, agências e os meios.

A Plural, obviamente, tem interesse em trabalhar para todas as plataformas de ‘streaming’. Portanto, se a pergunta for [se] gostaríamos que a Plural participasse, contribuísse para uma plataforma de ‘streaming nacional, a resposta é sim.

Tenta-se concertar as vontades de muitas pessoas, as opiniões de muitas pessoas num esforço hercúleo para que isto seja uma coisa pacífica e é verdade que normalmente quem perde vê sempre com mais cuidado os problemas da metodologia, que à partida normalmente todos conhecemos“, refere, quando questionado sobre o tema.

Os acionistas que entraram na Media Capital vindos de fora do setor, prossegue, “foram surpreendidos por muitas dessas diferenças e, portanto, obviamente que fizeram o esforço de as corrigir tão rapidamente como possível, tendo aprendido nos últimos três anos que fazer a concertação” de todas as vontades “é complicado, demora tempo e às vezes exige umas posições de fundo com um bocadinho mais de força”, refere.

Para Pedro Morais Leitão, uma oportunidade de melhoria de longo prazo tem a ver com “medir as audiências que agora estão nos telemóveis, nos ‘tablets'”. Ou seja, “85% do tráfego dos nossos ‘sites’ está em telemóvel neste momento”, refere, apontando que esta é uma tendência que se tem vindo a assistir. “Acho que temos que arranjar uma maneira de medir”, adianta, apontado que é uma oportunidade de longo prazo porque não há ainda “nenhuma solução imediata” para ser aplicada neste âmbito.

Media Capital disponível a estudar plataforma de ‘streaming’ liderada por RTP

O presidente executivo (CEO) da Media Capital admite, em entrevista à Lusa, estar disponível para estudar a proposta da RTP se esta quiser liderar uma plataforma de ‘streaming‘, desde que a Plural produza “de forma relevante” para a mesma.

“A Plural, obviamente, tem interesse em trabalhar para todas as plataformas de ‘streaming‘. Portanto, se a pergunta for [se] gostaríamos que a Plural participasse, contribuísse para uma plataforma de ‘streaming nacional, a resposta é sim”, afirma Pedro Morais Leitão, que cumpre um ano na liderança executiva da Media Capital em julho.

Em 09 de maio, durante o congresso da APDC, o presidente da RTP, Nicolau Santos, disse que se a estação pública, a SIC e a TVI estivessem juntos a produzir conteúdos para o ‘streaming’ teriam outra capacidade, ao que o CEO da Impresa, Francisco Pedro Balsemão, respondeu: “A Opto está disponível para falar convosco”.

Portanto, “se a RTP quiser liderar uma plataforma de ‘streaming’, estamos dispostos a estudar na condição de que a Plural vá produzir de forma relevante para essa plataforma”, diz Pedro Morais Leitão, que insiste na importância do telemóvel no negócio das televisões.

“Talvez mais importante do que isso, um esforço mais importante e que me parece mais produtivo” é o que diz respeito ao móvel, acrescenta, admitindo que é “mais fácil falar de ‘streaming‘” porque a Netflix está presente na casa dos consumidores de conteúdos televisivos.

A inovação “de que eu estou a falar sobre o móvel não nos entrou em casa por nenhuma plataforma internacional, mas é por isso mesmo que tem mais viabilidade. O negócio móvel, onde neste momento está o maior tempo de atenção dos nossos espetadores, é um negócio ainda local”, aponta o CEO da dona da TVI e da CNN Portugal.

“O telemóvel é o maior meio de comunicação social e continua a ser legislado, continua a ser tratado, do ponto de vista de negócio, continua a ser visto por nós próprios – que usamos diariamente – como uma plataforma de telecomunicações”.

Isto porque não se entra no negócio do móvel a partir de Nova Iorque ou Pequim, sendo que “a atividade é regulada e é gerida por plataformas locais”. Referindo-se à “dita luta entre o global e o local”, Pedro Morais Leitão considera que “guerra neste momento em Portugal está no telemóvel”.

O país foi pioneiro “em muitas coisas” e as operações de telecomunicações “migraram muito rapidamente para televisão paga, portanto, aquilo que há 30 anos era totalmente rentabilizado através da voz fixa, hoje em dia é rentabilizado pela Internet, o acesso à Internet e pela televisão paga”, argumenta o gestor.

Mas, agora, “a voz fixa desapareceu e a voz móvel também – diria – só não desapareceu porque ainda há pessoas que não gostam de usar as aplicações para falar”, prossegue.

Há 20 anos que a voz, do ponto de vista tecnológico, já devia estar a ser feita como se fosse apenas um negócio de acesso à Internet, como se fosse uma plataforma sobre a Internet”, aponta.

O ‘streaming‘ é “muito interessante” e tem valor, mas “queremos considerar seriamente o contexto em que estamos, a evolução que tivemos recentemente, falemos seriamente sobre a utilização de conteúdos no móvel”, desafia Pedro Morais Leitão.

Atualmente, “o telemóvel é o maior meio de comunicação social e continua a ser legislado, continua a ser tratado, do ponto de vista de negócio, continua a ser visto por nós próprios – que usamos diariamente – como uma plataforma de telecomunicações”, considera.

Em Portugal, diz, “há três plataformas físicas [operadores] e duas plataformas virtuais”, uma relação de “um para um”, enquanto a nível europeu “há 100 plataformas físicas, 600 virtuais”, ou seja, “um para seis”, portanto, “devia haver 16” plataformas virtuais.

O modelo de negócio das telecomunicações “foi transferido para a televisão paga e, portanto, de repente, tivemos três gigantes de infraestrutura a entrar-nos pela porta adentro no setor da televisão ao longo dos últimos 20 anos”, constata.

Depois, “com o beneplácito de toda a gente (…) do lado do setor dos media, pela natureza precária do setor, dissemos que sim senhor, ainda bem que vem dinheiro das infraestruturas aqui para dentro, mas agora de repente eles estão cá dentro e (…) são grandes”, salienta Pedro Morais Leitão.

O telemóvel é o meio de comunicação social em si e, portanto, gostávamos que nos ouvissem, gostava que também aí, tal como na televisão digital terrestre [TDT], que alguém nos ouvisse e parece que vamos fazendo o ‘business as usual’, a continuidade do dia-a-dia, e isso mais tarde paga-se“, avisa.

Estas “alterações estruturais” envolvem a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), os ministérios da Cultura e das Infraestruturas.

Isto são tantas peças envolvidas, depois temos os operadores por outro lado, depois tudo isto está dividido em setores e de repente temos 20 capelinhas que têm que se alinhar para haver uma mudança que já aconteceu”, comentou. Mas tal como no caso da TDT, “são processos que demoram muito tempo“.

Por isso, “é preciso também começarmos a criar a sensibilidade do regulador que há aqui coisas a passarem-se que afetam o negócio e que há oportunidades que se não são um bocadinho consentidas, mesmo que não encaixem exatamente no figurino da lei, (daqui) a 20 anos vamos novamente estar a pagar”, avisa o gestor.

“Repito, estamos em 2023, temos um problema na televisão terrestre”, o qual começou a ser discutido em 1999, há 25 anos, exemplifica o CEO.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Já só há três concelhos sem qualquer antena 5G

As operadoras continuaram a instalar antenas 5G durante o primeiro trimestre e já só são três os concelhos sem qualquer antena 5G.

Desceu para três o número de concelhos sem qualquer antena 5G instalada no respetivo território: Pedrógão Grande (Leiria), Vila Viçosa (Évora) e Corvo (Açores).

Segundo um balanço da Anacom, as três maiores operadoras — Nos, Vodafone e Meo — continuaram a instalar 5G durante o primeiro trimestre, levando o número de antenas de quinta geração a crescer 20% face ao último trimestre de 2022, para 6.992 no total.

Existem, no entanto, 36 concelhos em que só uma operadora está representada. Destes, quase todos (35) só têm antenas da Meo e o outro só conta com a Vodafone.

O balanço trimestral do regulador permite ainda concluir que mais de metade das freguesias portuguesas (55%) já contam com pelo menos uma antena 5G. Mas “a área total das freguesias onde não existem estações 5G representa 40% do território nacional e, de acordo com o Censos 2021, corresponde a 12% da população”, nota a Anacom num comunicado.

Em contrapartida, a maioria das antenas (63%) localiza-se em áreas predominantemente urbanas. Visto de perspetiva, 67% das estações 5G estão em freguesias que não são de baixa densidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economia portuguesa passa de défice a excedente externo no primeiro trimestre

Depois de um défice externo em 2022, a economia portuguesa conseguiu registar capacidade de financiamento no primeiro trimestre deste ano.

A economia portuguesa passou de um défice externo no primeiro trimestre de 2022 para um excedente no início deste ano, de 996 milhões de euros, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta segunda-feira. Teve assim capacidade de financiamento, no arranque de 2023.

O excedente externo de 996 milhões de euros compara com um défice de 1.540 milhões de euros no período homólogo. Durante o ano passado, o saldo das balanças corrente e de capital foi sempre negativo.

Já em março de 2023, “o saldo das balanças corrente e de capital foi de 515 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 1241 milhões de euros relativamente ao mesmo mês de 2022”, nota a instituição liderada por Mário Centeno. Nesta rubrica, é de destacar a balança de bens e serviços, que se tornou excedentária, com um saldo de 164 milhões de euros, devido ao crescimento das exportações superior ao das importações.

A capacidade de financiamento da economia portuguesa verificada em março de 2023 “traduziu-se num saldo da balança financeira de 878 milhões de euros”, indica ainda o BdP. Este saldo reflete desenvolvimentos como o aumento de ativos sobre o exterior, mas também uma subida nos depósitos de não residentes em bancos portugueses.

São ainda disponibilizados dados sobre a posição de investimento internacional de Portugal, que passou de -83,9% do PIB (-200,9 mil milhões de euros), no final de 2022, para -81,0% do PIB (-198,3 mil milhões de euros), no final de março de 2023. Este é o valor menos negativo desde o terceiro trimestre de 2006, atingido com o contributo de fatores como a apreciação do ouro monetário e a variação positiva dos ativos líquidos sobre o exterior.

Já a dívida externa líquida de Portugal passou de 68,1% do PIB (162,9 mil milhões de euros), no final de 2022, para 64,6% (158,1 mil milhões de euros), no primeiro trimestre de 2023, o rácio mais baixo observado desde setembro de 2007.

É de recordar que apesar de arrancar o ano numa nota positiva, Portugal terminou 2022 com um défice externo de 1,1 mil milhões de euros, o equivalente a 0,5% do PIB. “Excluindo o ano de 2020, em que se verificou um valor marginalmente negativo do saldo, a economia portuguesa já não apresentava necessidades de financiamento desde 2011”, referiu na altura o Banco de Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara de Lisboa assinala os 25 anos da Expo ‘98

  • Conteúdo Patrocinado
  • 22 Maio 2023

A CML assinala, hoje, os 25 anos da abertura da Exposição Mundial de Lisboa com um conjunto de iniciativas, em que se destacam algumas de evocação do principal criador, António Mega Ferreira.

Na sequência de deliberação tomada há dias em reunião de vereação, o presidente da Câmara inaugura, às 19 horas, a Rua António Mega Ferreira, uma via paralela à Estação do Oriente ligando as Avenidas de Berlim e de Pádua, na freguesia do Parque das Nações.

De seguida, será igualmente assinado um Memorando de Entendimento entre os herdeiros de António Mega Ferreira, a Câmara Municipal de Lisboa, a Junta de Freguesia do Parque das Nações e a Universidade de Lisboa para a instalação no Pavilhão de Portugal da Biblioteca António Mega Ferreira e do Centro de Interpretação do Parque das Nações.

Esta assinatura resulta da vontade manifestada pelo escritor e comissário da Expo ’98 de doar à cidade a sua biblioteca pessoal com 25 mil volumes, a qual deverá ser agora acrescentada de outras obras sobre mares e oceanos e sobre urbanismo e território, os dois pilares do projeto concretizado há 25 anos na zona oriental de Lisboa.

Ao mesmo tempo, serão dados os primeiros passos para a instalação no edifício projetado por Álvaro Siza Vieira de um Centro de Interpretação – previsto no protocolo de cedência do Pavilhão de Portugal pelo Estado à Universidade de Lisboa – que possa mostrar aos visitantes a enorme transformação urbana e ambiental daquele território. A assinatura está prevista para as 19h30, sob a pala do Pavilhão de Portugal, junto ao qual será também inaugurada uma exposição de fotografias de Luís Pavão sobre o Parque das Nações, organizada pelo Arquivo Fotográfico Municipal.

“A minha Lisboa, o Castelo, o Tejo e Tudo” é o título de um livro de textos da autoria de António Mega Ferreira sobre a sua relação com a capital e que também será lançado hoje, pelas 20h15, no Teatro Camões. Obra editada pela EGEAC/Castelo de S. Jorge, resulta de um conjunto de conversas de António Mega Ferreira sobre os seus espaços de eleição na cidade em que nasceu. O livro conta com fotografias de Kenton Thatcher alusivas precisamente a esses lugares.

O dia terminará às 21 horas com um espetáculo de evocação de António Mega Ferreira, organizado por um grupo de amigos no Teatro Camões. “António Mega Ferreira – Todas as Cores nas tuas Mãos” é o título desta iniciativa, que terá a participação da Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigida pelo maestro Pedro Neves, de Teresa Salgueiro e Mafalda Veiga, e contará com a leitura de vários textos da autoria de Mega Ferreira.

A Expo ’98 abriu as suas portas ao público no dia 22 de Maio de 1998, tendo sido visitada por cerca de 11 milhões de visitantes, tendo tido a participação recorde de 160 países e organizações internacionais. Ao mesmo tempo, desencadeou um programa urbano multifuncional que veio a dar origem à freguesia do Parque das Nações onde vivem e trabalham dezenas de milhares de pessoas, no que constitui um verdadeiro “case study” neste tipo de eventos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Número de desempregados inscritos no IEFP cai 6% em abril

Também o desemprego jovem e o desemprego de longa duração desceram em cadeia e em termos homólogos. Número de ofertas de emprego no IEFP recuou 40% face a março.

O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) no final de abril caiu 6%, para menos de 300 mil pessoas. Também o desemprego jovem e o desemprego de longa duração desceram em cadeia e em termos homólogos. Número de ofertas de emprego no IEFP recuou 40% face a março.

No final de abril, um total de 295.422 pessoas estava registada como desempregados no IEFP, uma descida de 6% face ao período homólogo (menos 19.013 pessoas), e de 3,5% relativamente ao mês anterior (menos 10.735 pessoas), revelam as estatísticas mensais do desemprego, publicadas pelo IEFP. É o terceiro mês consecutivo que o número de desempregados inscritos no organismo está em queda.

Fonte: IEFP

Entre março e abril, o desemprego registado diminuiu em cadeia em todas as regiões, com destaque para a redução de 21,8% na região do Algarve.

Também a nível setorial se registaram descidas em cadeia em todos os setores de atividade económica — agrícola (menos 9,0%), secundário (menos 1,6%) e terciário (menos 3,5%) — bem como em termos homólogos — no setor agrícola a quebra foi de 1,7%, enquanto no secundário e terciário foi de 3,9% e 5%, respetivamente.

“Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2022, na variação absoluta, contribuíram, com destaque, os grupos dos indivíduos que possuem idade igual ou superior a 25 anos (menos 18.452), os que procuram novo emprego (menos 17.238) e os inscritos há 12 meses ou mais (menos 37.764)”, justifica o Instituto do Emprego e Formação Profissional.

Desemprego jovem e de longa duração em queda

O número de jovens desempregados inscritos nos centros de emprego também voltou a baixar, para menos de 32.000 pessoas, “sendo o mais reduzido de sempre”. Há, assim, menos 2.360 jovens registados no IEFP face ao mês anterior (o que representa uma diminuição de 6,9%) e menos 561 jovens relativamente ao período homólogo (uma quebra de 1,7%).

O mesmo se verifica no desemprego de longa duração, com uma diminuição em cadeia de 0,7% (menos 798 pessoas), situando-se 24,4% abaixo do nível registado em abril de 2022 (menos 37.764 pessoas).

Ofertas de emprego caem 40% face a março

Ao longo do mês, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 37.135 desempregados, o que se traduz numa descida de 1,4% em termos homólogos e de 22,8% em cadeia, depois de, em março, o número de novas inscrições ter disparado na ordem dos 15%.

Já no que toca às ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês, totalizaram-se 8.782 ofertas em todo o país. O número apurado que é significativamente inferior ao registado no mês homólogo (menos 25,9% ou menos 3.073 ofertas) e também no mês anterior (menos 40,4% ou 5.961 ofertas).

(Notícia atualizada com mais informação às 11h50)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Papa Francisco em Portugal de 2 a 6 de agosto, com deslocação prevista a Fátima

  • Lusa
  • 22 Maio 2023

Presidência da República sublinha "importância da visita" do Papa Francisco ao país, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude, que classifica como "momento único e indelével na nossa vida coletiva".

O Papa Francisco visitará Portugal entre 2 e 6 de agosto, por ocasião da Jornada Mundial de Juventude, e está previsto a sua deslocação ao Santuário de Fátima.

Esta informação consta de uma nota no sítio oficial da Presidência da República na Internet, publicada esta segunda-feira.

Nesta nota, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, “assinala o caráter singular da realização da Jornada Mundial da Juventude” e a visita do papa Francisco a Portugal, considerando que constitui um “momento único e indelével” na vida coletiva dos portugueses.

Em Lisboa, as principais cerimónias da JMJ, que nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, terão lugar no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

A edição deste ano, que será encerrada pelo Papa, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor sobe a seis meses para novo máximo desde novembro de 2008

  • Lusa
  • 22 Maio 2023

A taxa Euribor desceu a três meses para 3,412%. Nos prazos a seis e a 12 meses, subiu para 3,714% e 3,893%, respetivamente.

A taxa Euribor desceu esta segunda-feira a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a sexta-feira, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta segunda-feira, ao ser fixada em 3,893%, mais 0,015 pontos, mas abaixo do máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março. Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, também subiu esta segunda-feira, para 3,714%, mais 0,007 pontos que na sexta-feira e um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, recuou esta segunda-feira, para 3,412%, menos 0,003 pontos, depois de ter subido em 19 de maio para 3,415%, um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mosteiro de Santa Clara-a-Nova em Coimbra com investimento de um milhão

  • Lusa
  • 22 Maio 2023

O Mosteiro de Santa Clara-a-Nova está na lista de monumentos a reabilitar, num investimento "indispensável e urgente" que ronda os 1,1 milhões de euros.

O presidente da Confraria da Rainha Santa Isabel, Joaquim Nora, congratulou-se esta segunda-feira com a inclusão do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova na lista de monumentos a reabilitar, num investimento “indispensável e urgente” que ronda os 1,1 milhões de euros.

“É uma obra indispensável e muito urgente. Será um grande benefício para a cidade, para Coimbra, para o santuário da Rainha Santa Isabel e para a monumentalidade nacional que é relevante”, justificou.

O Ministério da Cultura revelou, na semana passada, que a reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o Património Cultural prevê mais 40 milhões de euros de investimento e intervenções em 29 monumentos, sítios arqueológicos e museus.

Segundo o Ministério da Cultura, os 40 milhões de euros que resultam da reprogramação juntam-se aos 150 milhões inicialmente previstos para a reabilitação do património cultural e as novas 29 intervenções acrescem às 49 já programadas.

Em declarações à agência Lusa, Joaquim Nora explicou que o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova está dividido em duas partes, sendo que a parte sul pertence à Confraria da Rainha Santa Isabel e a parte norte pertence ao Estado, estando prevista a sua reabilitação e transformação em unidade hoteleira, no âmbito do programa REVIVE.

Já na parte sul, que engloba os claustros, igreja, adro, antigas casas do pároco e sacristão, e a albergaria dos peregrinos, é visível “uma grande necessidade de rever toda a cobertura e telhado”.

“Há necessidade de reabilitação também da fachada e nas estruturas internas, onde se infiltra a humidade, bem como os claustros estão muito precisados: todas aquelas janelas e as paredes. Está precisada a cobertura da igreja e é necessário, sobretudo, tirar as humidades, limpar e repor o que a humidade entorpeceu, para além de se repararem as fissuras das paredes no coro alto”, descreveu.

De acordo com a diretora da Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), Suzana Menezes, a intervenção no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova prevê a requalificação e beneficiação geral de fachadas e pavimentos, bem como um reforço estrutural de parte do edifício e melhoria das condições ambientais.

Prevê ainda a reabilitação das fachadas do claustro, reabilitação/substituição de caixilharias, reforço estrutural da ala poente, reabilitação do pavimento da área descoberta, reparação de pavimentos e rebocos nas galerias, correção do sistema de drenagem de águas pluviais e a requalificação da cobertura da igreja.

Neste conjunto de novos investimentos para a Região Centro, para além do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, destacam-se a resolução dos problemas críticos das Muralhas de Castelo Mendo (Almeida), do Abrigo do Lagar Velho (Leiria), do Castelo e Muralhas de Trancoso, das Muralhas de Pinhel, da Sé de Viseu e da Igreja de Almedina (Coimbra).

No seu entender, o reforço da verba, em mais de sete milhões de euros, para reabilitar o património cultural da Região Centro, só vai resolver uma pequena, embora relevante, parte dos problemas.

“Isto significa que uma pequena, mas muito relevante, parte dos problemas de conservação, estabilidade e restauro destes monumentos poderá ser resolvida no imediato, dado que as intervenções estão previstas acontecer entre 2023 (período para execução dos projetos) e 2026. Mas não significa, naturalmente, que todos os problemas e fragilidades do nosso património cultural serão dirimidas com este reforço”, sustentou Suzana Menezes.

Por isso, defendeu que o próximo Quadro Plurianual de Investimentos — o Centro 2030 — “deverá acautelar as várias frentes de intervenção que foram atempadamente sinalizadas pela DRCC nos diversos Planos Estratégicos” elaborados nos últimos anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prémios Lusófonos da Criatividade

  • Conteúdo Patrocinado
  • 22 Maio 2023

As inscrições para o 3º e último quadrimestre da 10ª Edição dos Prémios Lusófonos da Criatividade encontram-se oficialmente abertas e com um desconto de 25%.

As inscrições para o 3º Quadrimestre da 10ª Edição dos Prémios Lusófonos da Criatividade encontram-se oficialmente abertas com um desconto de 25% até ao dia 30 de maio. Todos os projetos poderão ser submetidos até ao dia 23 de junho, numa Edição que marca a história dos Prémios Lusófonos da Criatividade como a Edição com o maior número de inscrições.

Este 3º Quadrimestre é, ainda, marcado pela atribuição dos Prémios “Agência e Produtora do Ano”: este prémio é atribuído a agências e produtoras que viram os seus projetos vencedores ao longo desta 10ª Edição e que, através da soma de pontos alcançados, atingem a pontuação mais alta na escala. Serão elegidas as Agências e Produtoras Lusófonas do Ano de Portugal, Brasil, Angola e Moçambique. O Ranking do 2º Quadrimestre já se encontra disponível e pode ser consultado aqui.

Como em todos os Quadrimestres, os Prémios Lusófonos da Criatividade prometem continuar a cumprir a missão de homenagear as mentes criativas de distinção no mundo profissional, nos diversos países unidos pela língua portuguesa: os países lusófonos.

"Este evento é muito especial porque é o fecho da 10ª Edição dos Prémios Lusófonos e é neste quadrimestre que iremos eleger as agências do ano das variadas áreas que compõem o mundo da criatividade, desde produtoras a agências de comunicação e de Relações Públicas. É sempre um enorme gosto contarmos com tantos trabalhos de qualidade que refletem o esforço diário das mentes criativas dos países Lusófonos. Mal podemos esperar por este quadrimestre.”

Ana Firmino Ferreira, CEO Lisbon Awards Group

O painel de jurados que marca esta Edição dos Prémios Lusófonos da Criatividade conta com diversas personalidades da área da criatividade e pode ser consultado aqui. Os jurados encontram-se divididos por grupos e são responsáveis pela seleção dos trabalhos que vão passar a shortlist e, mais tarde, premiados com os prémios de bronze, prata, ouro e grand-prix.

O evento de Entrega de Prémios já possui data marcada para dia 13 de julho de 2023.

Sobre os Prémios Lusófonos da Criatividade

Os Prémios Lusófonos da Criatividade são um festival internacional de criatividade sediado em Portugal, o único no mundo dedicado exclusivamente a premiar, homenagear e debater os mercados publicitários e de comunicação dos países de língua portuguesa.

Os “Lusos” têm a missão de enaltecer o melhor trabalho feito por agências, profissionais, estúdios e produtores em todos os países que comungam a nossa língua. Um festival que tem sido um pilar importante no mercado, na promoção de aproximação entre estes mercados e trazendo à nossa cidade alguns dos maiores nomes da nossa indústria.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Só 2% dos candidatos ao arrendamento acessível conseguem casa

  • ECO
  • 22 Maio 2023

Desde 2018, a Câmara de Lisboa atribuiu 1.110 casas em arrendamento acessível, face ao total de mais de 57 mil pedidos. Uma resposta inferior a 2%.

Desde 2018, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) atribuiu 1.110 casas em regime arrendamento acessível, face ao total de mais de 57 mil pedidos e 600 candidaturas, avançou a Renascença. Estes números traduzem-se numa capacidade de resposta inferior a 2% das candidaturas efetuadas. Por cada casa, em média, há 52 de candidaturas.

Já o município do Porto entregou 192 casas em 20 concursos através do programa “Porto com Sentido”, em cinco anos. A autarquia do norte não revelou quantas pessoas se candidataram ao programa. Ainda assim, a Câmara do Porto avançou à Renascença que quer colocar 1.000 casas em regime de arrendamento acessível entre o património da câmara e dos proprietários que “queiram colocar as suas habitações a preços controlados em troca de benefícios ficais”. Pretende também construir ou reabilitar cerca de 180 habitações, num investimento de 22 milhões de euros através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Segundo dados do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), existem 1.050 casas em regime de arrendamento acessível, estando a maioria nas cidades de Lisboa e Porto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.