Universidade de Aveiro leva astronomia às escolas básicas de Anadia

  • ECO
  • 18 Maio 2023

Iniciativa da associação sediada no departamento de Física da Universidade de Aveiro envolve cerca de 500 alunos de 12 estabelecimentos de ensino do concelho de Anadia.

A Associação de Física da Universidade de Aveiro (FISUA), em parceria com a Câmara Municipal de Anadia, vai levar sessões de astronomia às escolas do 1.º ciclo do ensino básico da rede pública deste concelho.

Esta iniciativa, detalha o município da zona Centro, é um complemento ao plano curricular dos 3.º e 4.º anos de escolaridade, no âmbito da disciplina de Estudo do Meio. Este ano, o tema é “Plutão e mais além” e envolve cerca de 500 alunos de 12 estabelecimentos de ensino.

As sessões arrancaram esta semana e prolongam-se até ao dia 26 de maio. O Centro Escolar de Arcos foi o primeiro estabelecimento de ensino a receber a iniciativa, seguindo-se as escolas básicas de Tamengos, Aguim, Chãozinho (Amoreira da Gândara), Poutena, Vilarinho do Bairro, Moita, Vila Nova de Monsarros e Mogofores, e os centros escolares de Paredes do Bairro, Avelãs e Sangalhos.

A FISUA – Associação de Física da Universidade de Aveiro é uma associação sem fins lucrativos, sediada no departamento de Física da Universidade de Aveiro, que conta com mais de 900 associados e que aposta na divulgação da Física e da Astronomia em Portugal.

Fundada em 1993, a FISUA dedica-se à promoção da Física e da Astronomia, fazendo visitas frequentes a escolas, centros de ciência e outras instituições e eventos, com o planetário portátil, telescópios, feiras de ciência e workshops. Todos os semestres organiza novos cursos de Astronomia em regime livre e abertos à população em geral, assim como outros eventos relacionados com a disciplina.

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Euribor a seis meses avança para novo máximo desde 2008

  • Lusa
  • 18 Maio 2023

A taxa Euribor desceu a três meses e subiu a seis, para um novo máximo desde novembro de 2008, e a 12 meses.

A taxa Euribor desceu esta quinta-feira a três meses e subiu a seis, para um novo máximo desde novembro de 2008, e a 12 meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta quinta-feira, ao ser fixada em 3,858%, mais 0,024 pontos, mas abaixo do máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março. Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, subiu hoje, para 3,687%, mais 0,016 pontos que na quarta-feira e um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, inverteu hoje a tendência das últimas sessões, ao cair para 3,383%, menos 0,005 pontos, depois de ter avançado na quarta-feira para 3,388%, um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.

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Fisco já reembolsou 1.800 milhões do IRS de 2022

Até 16 de maio, tinham sido processados cerca de 16 mil reembolsos a mais do que em igual período do ano anterior e foram emitidas cerca de 315 mil notas de cobrança.

Com 3,9 milhões de declarações de IRS entregues, o Fisco já reembolsou cerca de 1.800 milhões de euros até terça-feira, no âmbito da campanha de 2022.

“Das declarações entregues, cerca de 2,9 milhões já foram liquidadas, das quais mais de 1,8 milhões correspondem a reembolsos aos contribuintes, num montante total de perto de 1.800 milhões de euros devolvidos às famílias“, revela o Ministério das Finanças num comunicado divulgado esta quinta-feira.

De acordo com o portal das Finanças, até esta quinta-feira já foram entregues 3,97 milhões declarações. Ou seja, tendo em conta que a campanha de IRS de 2022 se iniciou a 1 de abril e se estende até 30 de junho, significa que foram entregues, em média, 82 mil declarações por dia.

Fonte: Portal das Finanças

As Finanças detalham ainda que, até 16 de maio, tinham sido processados cerca de 16 mil reembolsos a mais do que em igual período do ano anterior.

“Paralelamente, foram emitidas cerca de 315 mil notas de cobrança, sendo as restantes nulas (não havendo lugar a reembolso ou nota de cobrança)”, acrescenta a mesma nota.

Neste mais recente balanço das Finanças é revelado que, das 3,9 milhões de declarações de IRS entregues, cerca de 38% foram submetidas através do IRS automático (preenchimento automático dos dados da declaração por parte da AT, através das informações comunicadas às Finanças e confirmadas pelos contribuintes) e 62% submetidas de forma manual.

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Agenda do trabalho digno: Principais alterações na legislação laboral

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  • 18 Maio 2023

Conheça aqui quais são as principais alterações da "Agenda do Trabalho Digno" e a forma como vão afetar a legislação laboral.

Após mais de dois anos de intenso debate e polémica, foi recentemente publicada a Lei n.º 13/2023, de 3 de abril, que veio introduzir alterações, respetivamente, ao Código do Trabalho, à Lei 105/2009, de 14 de setembro, que o regulamenta, ao Decreto-Lei n.º 66/2011, de 1 junho, que estabelece as regras a quem devem obedecer os estágios profissionais extracurriculares, bem como ao Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social.

Nos termos da Lei em causa, a grande maioria das alterações entra em vigor, simbolicamente, no próximo dia 1 de maio. A exceção são as disposições aplicáveis ao serviço doméstico que apenas iniciam a sua vigência a 3 de junho.

Destacamos, assim, as principais alterações da denominada “Agenda do Trabalho Digno” que irão afetar diretamente empregadores e colaboradores.

Uma das principais alterações com a nova lei dá-se no âmbito das Plataformas Digitais com a consagração de um novo Art.º 12.º-A do Código do Trabalho, que constituiu uma das disposições mais problemáticas em toda a negociação.

Trata-se de uma adenda que vem definir novas regras laborais no domínio destas plataformas (como sejam as multinacionais Uber ou Glovo), definindo o diploma, assim, seis requisitos que poderão levar à presunção de contrato de trabalho com uma dessas plataformas:

  1. Fixação da retribuição por parte da plataforma digital ou estabelecimento de limites máximos ou mínimos;
  2. Exercício do poder de direção e determinação de regras específicas;
  3. Controlo e supervisão da prestação da atividade, incluindo em tempo real, através de meios eletrónicos ou gestão algorítmica;
  4. Restrição da autonomia do prestador quanto à organização do trabalho, em particular quanto ao horário de trabalho ou de ausência;
  5. Exercício, pela plataforma, de poderes laborais sobre o prestador, em particular o poder disciplinar;
  6. Titularidade ou exploração dos instrumentos de trabalho pertencem à plataforma digital.

Sem prejuízo do suprarreferido, estabelece-se, contudo, que esta presunção poderá ser afastada caso a:

  1. plataforma digital faça prova de que o prestador trabalha com efetiva autonomia, sem estar sujeito ao controlo, poder de direção e poder disciplinar de quem o contrata;
  2. atividade seja prestada perante pessoa singular ou coletiva, que atue como intermediário da plataforma digital para disponibilizar os serviços através dos respetivos trabalhadores.

A Licença parental obrigatória do pai sofreu também alterações, tendo sido aumentado o período de licença parental obrigatória dos atuais 20 dias úteis para 28.

Adicionalmente, e ainda que não seja uma licença de gozo exclusivo por parte do pai, este passará a ter direito a sete dias úteis de licença, ao invés dos anteriores cinco, seguidos ou interpolados, desde que gozados em simultâneo com a licença parental inicial por parte da mãe.

De referir, ainda, uma alteração muito significativa, caso o recém-nascido seja internado durante o período após o parto, a licença obrigatória poderá ser suspensa, a pedido do pai, pelo tempo de duração do internamento.

Os contratos de trabalho temporários são também alvo destas alterações. O limite máximo, que anteriormente era de seis renovações (Art. 182.º do CT), vê-se agora reduzido a quatro renovações, com um período máximo de duração de dois anos de contrato de trabalho.

Contratos de estágio viram alterado o valor mínimo que o estagiário terá que auferir, determinando-se que este não poderá ser inferior ao Salário Mínimo Nacional (SMN), fixado em 760 euros para 2023.

Até aqui, a lei estabelecia que um estagiário podia auferir, como valor mínimo, o Indexante de Apoios Sociais (IAS), ou seja, 480 euros.

Os estagiários passam, também a ter um enquadramento na Segurança Social equiparado a um contrato de trabalho por conta de outrem, sendo que a entidade promotora do estágio fica, desta forma, também obrigada a contratar um seguro de acidentes de trabalho.

Com esta alteração legislativa, o trabalho não declarado passa ainda a ser criminalizado.

Foi introduzido um novo artigo no Regime Geral das Infrações Tributárias que vem prever que as entidades empregadoras que não comuniquem à Segurança Social a admissão de trabalhadores no prazo de seis meses desde a sua contratação, são punidas com pena de prisão até três anos ou multa até 360 dias.

Por fim, o valor das horas extra sofre também um conjunto de alterações, com o trabalho suplementar, superior a 100 horas anuais, a passar a ser pago nos seguintes termos:

  1. 50% pela primeira hora ou fração desta e 75% por hora ou fração subsequente, em dia útil;
  2. 100% por cada hora ou fração, em dia de descanso semanal, obrigatório ou complementar, ou em feriado.

A “Agenda do Trabalho Digno” gerou inúmeras alterações à legislação laboral, mas acreditamos que as anteriormente enumeradas serão as mais sentidas por toda a população ativa, sendo importante para cada empresa acautelar todas estas novas mudanças que entram agora em vigor.

Joana Gomes Monteiro, Associada Sénior da Legal Works e Joana Guedes, Advogada da Legal Works

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PRA aposta na Madeira e abre novo escritório no Funchal

O sócio Daniel Torres Gonçalves é quem ficará a cargo do novo escritório da PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados no Funchal, no arquipélago da Madeira.

A sociedade de advogados PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados abriu o novo escritório em Portugal, desta vez no Funchal, no arquipélago da Madeira. O novo escritório ficará a cargo do sócio Daniel Torres Gonçalves.

“Esta abertura simboliza o crescimento e consolidação da sociedade, que passa agora a contar com sete escritórios espalhados pelo país: Évora, Faro, Funchal, Leiria, Lisboa, Ponta Delgada e Porto”, sublinha a PRA em comunicado.

O sócio Daniel Torres Gonçalves é quem ficará a cargo do novo escritório e considera que este passo da PRA é uma passo “estratégico” de implantação local da firma em todo o território nacional.

“A Madeira não só tem um grande potencial, como se encontra numa fase de grande dinâmica, quer económica, quer tecnológica, na qual a PRA encaixa na perfeição. Acreditamos que, com esta abertura, a PRA se afirmará como uma sociedade de advogados de referência na Região Autónoma, colocando-nos na charneira da dinâmica económica regional”, sublinhou o advogado.

Advocatus Summit 2021, Porto - 20SET21
Daniel Torres Gonçalves, sócio da PRAHugo Amaral/ECO

O sócio vai ser acompanhado na Madeira por uma equipa de quatro advogados locais: António Santos, da área de Corporate; Diogo Freitas, de Direito Imobiliário; Gustavo França Pitão, de Contencioso e Arbitragem; e Ricardo Pinto Pereira, de Propriedade Intelectual e Privacidade.

“A PRA Madeira irá assumir, no curto prazo, uma forte relevância no mercado da advocacia regional e contribuir para aumentar a capacidade de assessorarmos os nossos atuais e novos clientes na Região Autónoma, fortalecendo a pegada regional e o prestígio da PRA”, assume Miguel Miranda, presidente da Comissão Executiva da PRA.

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PGR está a investigar intervenção do SIS no caso Galamba

O Ministério Público está a investigar os acontecimentos no Ministério das Infraestruturas que envolveram o gabinete do ministro João Galamba e o ex-adjunto Frederico Pinheiro.

O Ministério Público está a investigar a intervenção do SIS no caso Galamba. Segundo fonte da Procuradoria, o Ministério Público está a investigar os acontecimentos no Ministério das Infraestruturas que envolveram o gabinete do ministro João Galamba e o ex-adjunto Frederico Pinheiro.

“Confirma-se, como já é do domínio público, a existência de inquérito tendo por objeto os factos ocorridos no Ministério das Infraestruturas e aqueles que com os mesmos se encontrem relacionados.” A mesma fonte afirma que “este inquérito é dirigido pelo DIAP Regional de Lisboa e encontra-se em segredo de justiça.”

Foi o Serviço de Informações de Segurança (SIS) que recuperou o computador atribuído a Frederico Pinheiro, ex-adjunto de João Galamba, ministro das Infraestruturas, com informação alegadamente classificada. Uma intervenção que levantou dúvidas, até porque este tipo de ações cabe, por norma, à PSP ou PJ. Por isso mesmo, o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) já pediu informações sobre esta ação. Mas o que diz a lei sobre quem pode pedir a atuação do SIS?

Apesar de a lei prever que o SIS tem total autonomia de atuação em Portugal e não tem de receber ordens de ministros, qualquer entidade pública e privada pode recorrer diretamente aos serviços deste órgão. Depois cabe ao SIS “aceitar” o caso ou não, consoante as suas competências.

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Utentes sem médico de família aumentam 29% num ano

  • Lusa
  • 18 Maio 2023

O número de utentes sem médico de família aumentou 29% num ano, ascendendo agora a quase 1,7 milhões, devido a aposentações e à falta de capacidade do SNS para atrair especialistas.

O número de utentes sem médico de família aumentou 29% num ano, ascendendo agora a quase 1,7 milhões, devido a aposentações e à falta de capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para atrair especialistas.

Segundo o portal da transparência do SNS, em abril de 2022 um total de 1.299.016 milhões utentes não tinham médico de família atribuído, número que aumentou para 1.678.226 um ano depois.

Perante isso, o número de utentes acompanhados por esses especialistas de medicina geral e familiar baixou de cerca de 9,1 milhões para pouco mais de 8,8 milhões no mesmo período, indicam os dados oficiais.

Para sábado estão agendadas marchas em Lisboa, Porto e Coimbra contra a “degradação do SNS”, convocadas por vários sindicatos e com a participação de movimentos de utentes, uma iniciativa para reivindicar um “investimento sério” neste serviço público.

Para o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), esta situação deve-se, simultaneamente, a uma vaga de aposentações dos especialistas que está a ocorrer nos últimos anos e à falta de atratividade do SNS para reter os médicos de família recém-formados e para atrair os que estão atualmente fora do serviço público.

Face a estes dois fatores, “todo o sistema que deveria ser baseado nos cuidados de saúde primários passa o foco para os hospitais e serviços de urgência, que também têm falta de recursos humanos e não são concebidos para este tipo de resposta“, disse à agência Lusa Nuno Jacinto.

A falta de médicos de família está, alertou Nuno Jacinto, a obrigar os utentes a aceder ao SNS “por um local onde não deveriam entrar” — os hospitais –, “pervertendo” todo o sistema e sobrecarregando os profissionais de saúde de um modo geral.

Um estudo dos investigadores Pedro Pita Barros e Eduardo Costa sobre os recursos humanos na saúde, divulgado em fevereiro deste ano, indica que cerca de um em cada quatro médicos tem mais de 65 anos, um envelhecimento da classe que resultará numa vaga de cerca de 5.000 aposentações até 2030.

“O envelhecimento dos médicos afeta os especialistas hospitalares, bem como os médicos dos cuidados de saúde primários. Estimativas de 2011 sugeriam que cerca de 75% dos médicos de família tinham mais de 50 anos. Este problema foi ainda agravado por uma vaga de reformas antecipadas que surgiu na sequência das medidas de austeridade implementadas após 2011″, alertou o documento.

Este é um argumento que também tem sido utilizado pelo Governo para justificar o aumento de pessoas sem médico de família, com a secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, a reconhecer recentemente que, além de 2021 e 2022, ainda 2023 e 2024 “serão anos de grande número de médicos a aposentar-se”.

Segundo o executivo, a falta de especialistas de medicina geral e familiar afeta sobretudo a região de Lisboa e Vale do Tejo, o Algarve e o Alentejo, mas o presidente da APMGF alertou que a carência já se sente no Centro e mesmo no Norte, onde “começa a haver alguns locais onde não faltavam médicos e agora faltam”.

O Governo abriu todas as 978 vagas de medicina geral e familiar, para reter os recém-formados, mas também para atrair especialistas que não estejam no SNS, mas já admitiu que apenas fiquem colocados nas unidades públicas de saúde entre 200 e 250 dos 355 médicos que acabaram agora a sua especialidade.

“É bom que o Governo tenha aberto todas as vagas disponíveis. É a primeira vez que isso acontece e é um bom sinal, porque significa que a tutela assume a verdadeira dimensão do problema”, respondeu Nuno Jacinto, ao salientar que “faltam quase mil médicos de família” no SNS.

O presidente da ANMGF concorda que seria “irrealista” pensar que todas as 978 vagas seriam preenchidas, mas salientou que a abertura de todos os lugares disponíveis “tem de ser uma medida que tem de se manter a médio e longo prazo para que possa estabilizar”, considerando que o objetivo realista passa agora pela contratação dos mais de 300 médicos que acabaram a especialidade na última época de exame.

“Não vamos dizer que vamos buscar mil médicos de família de repente, porque eles não existem, mas temos de ser ambiciosos e dizer que, pelo menos, todos os que acabaram a especialidade queremos contratar”, disse Nuno Jacinto, para quem atualmente os médicos de família “olham para o SNS com alguma tristeza e desencanto”.

Para isso tem contribuído, de acordo com o responsável da ANMGF, o sentimento dos médicos de família de que “o seu trabalho não tem a valorização e o respeito que deveria ter”.

Na prática, isso deve-se à “falta de uma aposta nos cuidados primários, desde logo, na grelha salarial”, assim como à estagnação da carreira, à desadequação do sistema de avaliação, que deveria ter uma progressão baseada no mérito, e a um modelo de “contratação muito rígido baseado nas 40 horas, que não permite flexibilidade aos médicos que existe, por exemplo, no setor privado”, referiu.

Esta falta de atratividade do SNS é também sentida pelos novos médicos, garantiu à Lusa a presidente da Comissão Nacional de Médicos Internos do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), para quem isso deve-se às precárias condições de trabalho, mas sobretudo aos vencimentos praticados no setor público.

Em 2022, o valor pago a um recém-especialista era 16,03 euros por hora brutos”, adiantou Mónica Paes Mamede, ao considerar este vencimento “baixo”, tendo em conta todas as responsabilidades clínicas que tem um especialista, assim como a exigência da profissão a vários níveis.

Os recém-especialistas têm a responsabilidade de todas as decisões clínicas que são tomadas sobre os seus doentes, trabalham em turnos de 24 horas e com horários rotativos ao fim de semana e feriados, sublinhou.

“O setor social e privado estão no mesmo país do que o setor público e têm um pagamento, por norma, bastante mais elevado e as condições de trabalho também são mais atrativas”, referiu Mónica Paes Mamede.

Se não se verificar um aumento dos vencimentos, “corre-se o risco de ter um SNS cada vez mais fraco”, alertou ainda a presidente da Comissão Nacional de Médicos Internos do SIM, ao assegurar que já nota “uma grande diferença” desde há seis anos, quando começou a trabalhar no setor público.

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Coldplay levam ao “Paradise” 50 mil pessoas que encheram Estádio de Coimbra

  • Lusa
  • 18 Maio 2023

A banda britânica Coldplay levou ao "Paradise" as cerca de 50 mil pessoas que encheram praticamente o Estádio Cidade de Coimbra, naquele que foi o primeiro de quatro concertos.

A banda britânica Coldplay levou quarta-feira ao “Paradise” as cerca de 50 mil pessoas que encheram praticamente o Estádio Cidade de Coimbra, naquele que foi o primeiro de quatro concertos, onde “deram” música ao longo de quase duas horas.

Chris Martin e companhia subiram em palco às 21:30, numa altura em que o Estádio Cidade de Coimbra já se encontrava com as bancadas e o relvado praticamente cheios.

“Higher Power” ‘aqueceu’ os fãs, que se deixaram levar num jogo de luzes, proporcionado pelas pulseiras oferecidas à entrada do concerto.

“Paradise”, “The Scientist”, “Viva la Vida”, “Yellow” e “Fix You” foram alguns dos temas em que o público mais se ouviu, mas o momento da noite foi proporcionado quando a banda britânica fez um ‘bis’ a “A Sky Full os Stars”.

Chris Martin pediu aos fãs para desligarem os telemóveis e para se deixarem levar pelo espetáculo musical, mas também visual, que “pintou” o recinto de diferentes cores.

Do público para o palco saltou ainda Lourenço, um fã que teve a oportunidade de acompanhar, ao piano, um dos temas da banda britânica.

Ao longo do concerto, o vocalista da banda britânica pronunciou algumas palavras em português, para agradecer a presença do público, acabando por surpreender com a “Balada da Despedida”, em que garantiu que “Coimbra tem mais encanto na hora da despedida”.

Depois de mais alguns minutos de concerto, os elementos dos Coldplay despediram-se do público, que os brindou com uma calorosa salva de palmas.

Ao abandonarem o placo, deixaram uma mensagem num placard luminoso, onde se podia ler “Believe in Love”.

O Estádio Cidade de Coimbra volta a acolher quinta-feira, sábado e domingo, a banda liderada por Chris Martin, que juntará mais de 200 mil pessoas nos quatro concertos previstos.

A passagem pela cidade conimbricense marca o início da Music of the Spheres World Tour, que segue por Espanha, Itália, Suíça, Dinamarca, Suécia e Holanda, além dos espetáculos no Reino Unido (em Manchester e Cardiff).

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CMS assessora Finangeste na compra do cinema Castil

A assessoria contou com uma equipa multidisciplinar da CMS coliderada pelos sócios João Pinheiro da Silva, da área de Imobiliário, e Sara de Almeida Barroso, de Urbanismo.

A sociedade de advogados CMS assessorou a Finangeste, empresa de recuperação de créditos e uma das principais promotoras imobiliárias em Portugal, na compra ao BBVA do antigo cinema Castil, localizado na Rua Castilho, em Lisboa.

A assessoria contou com uma equipa multidisciplinar da CMS coliderada pelos sócios João Pinheiro da Silva, da área de Imobiliário, e Sara de Almeida Barroso, de Urbanismo. Estiveram envolvidos ainda os associados Carlota Januário, David Pratas Brito, Gonçalo Cabral Moncada e Sandra Teixeira Arsénio.

O antigo cinema Castil, em Lisboa, inaugurado a 2 de fevereiro de 1973, fechou portas em 1988, e era, atualmente, ocupado por uma dependência do BBVA.

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Operação Fizz: Supremo rejeita recurso do procurador Orlando Figueira

  • Lusa
  • 18 Maio 2023

O Supremo Tribunal de Justiça rejeitou o recurso do procurador do Ministério Público Orlando Figueira, condenado há mais de quatro anos a pena de prisão no processo Operação Fizz.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou na quarta-feira o recurso do procurador do Ministério Público Orlando Figueira, condenado há mais de quatro anos a pena de prisão no processo Operação Fizz, segundo indicação que consta no portal Citius.

A decisão do STJ, assinada pelo juiz conselheiro relator Pedro Manuel Branquinho Dias, deve, assim, levar ao cumprimento da pena de prisão de seis anos e oito meses a que o procurador foi condenado na primeira instância, em 2018, e que foi confirmada em novembro de 2021 pelo Tribunal da Relação de Lisboa.

Em dezembro de 2022, o Tribunal Constitucional (TC) tinha também rejeitado um recurso da defesa de Orlando Figueira, o que abriria caminho ao trânsito em julgado da condenação.

Contudo, um outro recurso apresentado por Orlando Figueira havia sido entretanto aceite pela Relação de Lisboa para subir ao STJ, com efeitos suspensivos, impedindo dessa forma o trânsito em julgado após a decisão do TC. O recurso teve nesta quarta-feira a resposta do STJ: “Negado provimento”, conforme se pode ler na plataforma Citius.

Condenado em dezembro de 2018 pelos crimes de corrupção, branqueamento de capitais, violação do segredo de justiça e falsificação de documento, num caso relacionado com o antigo vice-presidente de Angola Manuel Vicente, Orlando Figueira foi também expulso da magistratura no final do ano passado pelo Conselho Superior do Ministério Público (CSMP).

Neste processo foi ainda condenado o advogado Paulo Blanco a uma pena suspensa de quatro anos e quatro meses por corrupção ativa, branqueamento de capitais, violação do segredo de justiça e falsificação de documento, que viu igualmente o seu recurso no STJ ser recusado.

O processo “Operação Fizz” está relacionado com pagamentos, de mais de 760 mil euros, do ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente, e a oferta de emprego a Orlando Figueira como assessor jurídico do Banco Privado Atlântico, em Angola, como contrapartida pelo arquivamento de inquéritos em que o também antigo presidente da Sonangol era visado, designadamente na aquisição de um imóvel de luxo no edifício Estoril-Sol, por 3,8 milhões de euros.

O processo-crime de Manuel Vicente foi separado da “Operação Fizz” e enviado para as autoridades judiciárias de Angola.

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EasyJet tem prejuízos de 349 milhões de euros no primeiro semestre fiscal

  • Lusa
  • 18 Maio 2023

A EasyJet anunciou prejuízos líquidos de 307 milhões de libras, cerca de 349 milhões de euros, na primeira metade do seu exercício fiscal. A companhia conseguiu, no entanto, reduzir as perdas.

A EasyJet teve prejuízos de 307 milhões de libras (349 milhões de euros) no primeiro semestre fiscal de 2023, que corresponde aos seis meses até ao dia 31 de março. Conseguiu reduzi-los em 29,4% face ao período homólogo devido ao crescimento em alguns aeroportos e ao controlo de custos.

Em comunicado enviado à Bolsa de Londres, a empresa informou que as perdas antes de impostos situaram-se em 415 milhões de libras, 477 milhões de euros, menos 25,4% do que as registadas nos mesmos seis meses do período anterior.

A transportadora aérea informou ainda que as perdas operacionais ficaram-se pelos 396 milhões de libras, 455 milhões de euros, menos 20,6% do que no período anterior.

A companhia aérea destaca melhorias no seu desempenho financeiro devido a medidas que tomou há 18 meses: focar-se nas rotas mais rentáveis decorrentes da procura. A EasyJet prevê agora um lucro de 80 milhões de libras, 92 milhões de euros, na sua área de férias (avião e hotel).

O CEO da EasyJet, Johan Lundgren, disse que a forte procura por voos e férias significa que a empresa está “a entrar no verão com confiança”.

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Ouro do Banco de Portugal nunca foi tão valioso: vale quase 21 mil milhões

Reservas de ouro do Banco de Portugal valorizaram-se mil milhões no ano passado, à boleia da valorização do dólar, atingindo um valor recorde de 21 mil milhões. Metade está guardada fora do país.

O ouro do Banco de Portugal valorizou-se em mais de mil milhões de euros no ano passado, atingindo um valor recorde de 20,986 mil milhões de euros, e isto apesar de a cotação do metal ter caído nos mercados internacionais e de a instituição liderada por Mário Centeno não ter mexido sequer nas suas reservas.

“A quantidade de ouro detida pelo banco não se alterou”, mantendo-se nas 382,5 toneladas, revelou o Banco de Portugal no Relatório do Conselho de Administração divulgado esta quarta-feira. Por outro lado, verificou-se “uma desvalorização pouco significativa do preço do ouro em dólares”.

Sendo assim, como é que o ouro está a brilhar mais nos cofres o Banco de Portugal? Por causa da “evolução positiva da cotação da onça de ouro em euros”, explica a entidade.

Embora o preço da onça em dólares tenha recuado 0,2% em 2022, a cotação do metal em euros registou uma apreciação de 6%, o que permitiu a carteira do Banco de Portugal valorizar 1,189 mil milhões de euros. Neste período, o dólar valorizou 6,2% contra o euro.

Desde 2017 que as reservas portuguesas estão a valorizar à boleia do aumento da cotação do ouro nos mercados. E praticamente duplicaram de valor numa década, quando em 2013 valiam “apenas” 10,7 mil milhões de euros.

De acordo com o supervisor, as reservas de ouro apresentam um custo de aquisição de cerca de três mil milhões de euros, pelo que “as mais-valias potenciais associadas a este ativo” ascendem a 17,95 mil milhões de euros.

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Onde está guardado o ouro?

Mais de metade das reservas do metal valioso estão guardadas fora do país, designadamente no Banco de Inglaterra (10,2 mil milhões de euros), no Banco de Pagamentos Internacionais (1,09 mil milhões) e no Banco de França (201,9 milhões).

Já a fábrica de notas do Banco de Portugal situada no Carregado guarda as outras reservas que se encontram avaliadas em 9,47 mil milhões.

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