TAP lança campanha com voos a 299 euros para Cabo Verde

  • ECO
  • 17 Maio 2023

Campanha é válida para reservas até dia 24 de maio e viagens a realizar até 26 de outubro, incluindo o período do verão.

A TAP lançou uma campanha para Cabo Verde com voos de ida e volta a partir de Portugal desde 299 euros. Mas a promoção só dura até à próxima quarta-feira.

Em comunicado, a companhia esclarece que a campanha inclui voos de ida e regresso com partidas dos aeroportos de Lisboa, Porto ou Faro com destino a Cidade da Praia. Em alternativa os passageiros podem usar 35.250 milhas.

A campanha é válida para reservas até dia 24 de maio e viagens a realizar até 26 de outubro, incluindo o período do verão. Se quiser passar a primeira semana de junho na capital de Cabo Verde, que fica situada na maior ilha do arquipélago, se partir de Lisboa e levar uma bagagem de porão pagará cerca de 330 euros, de optar pelo seguro mais barato, mas consumir uma refeição a bordo.

Esta é apenas uma de várias promoções que a TAP tem a correr. Na ponte aérea Lisboa Funchal é possível fazer alterações de voo gratuitamente ou viajar para Maceió com um item pessoal na cabine, além da bagagem de mão, sem pagar mais.

Além disso, no início de maio, a TAP relançou o Flight Pass, um passe de voos para passageiros que se deslocam com frequência e que permite um desconto até 40%.

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Ciclo de Conversas #2 – Mobilidade Sustentável

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  • 17 Maio 2023

A segunda sessão do "Ciclo de Conversas - Rumo à Neutralidade Carbónica 2030", organizada pela CM do Porto, teve como tema a "Mobilidade Sustentável". O evento decorreu no Porto Innovation Hub.

O “Ciclo de Conversas – Rumo à Neutralidade Carbónica 2030” é uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal do Porto, que conta com 10 sessões de esclarecimento e debate relacionadas ao tema da sustentabilidade e da descarbonização. A segunda sessão aconteceu na passada quinta-feira, dia 11 de maio, no Porto Innovation Hub e teve como tema “Mobilidade Sustentável”.

Teresa Stanislau, Membro do Conselho de Gerência da STCP Serviços, foi a moderadora do evento, que contou com a presença de Carlos Abreu, Diretor da Unidade de Manutenção da Frota da STCP; Fabrizio Curtale, Diretor da Bird Portugal; e Francisco Travassos, Diretor de Expresso e Logística dos CTT e CEO da Locky.

Cada um dos oradores teve direito a uma intervenção, seguida de um espaço de esclarecimento com o público presente no Porto Innovation Hub.

“Enquanto cidade, é importante perceber quais os desafios que se colocam na área da mobilidade. E há aqui dois vetores: a tecnologia, infraestruturas e frotas e, por outro lado, os hábitos das pessoas. Não nos podemos limitar a desenvolver a infraestrutura e tecnologia e não incentivar a mudança de hábitos”, começou por dizer Teresa Stanislau, dando o mote para o arranque do evento.

O papel da STCP na transição para a mobilidade sustentável

A STCP gere a rede de autocarros no concelho do Porto e também várias linhas em concelhos do Grande Porto, o que significa que tem um peso considerável no que diz respeito à transição para uma mobilidade sustentável no município. Mas o que tem vindo a fazer nesse sentido?

Carlos Abreu, Diretor da Unidade de Manutenção da Frota da STCP, iniciou a sua intervenção explicando que a empresa tem 420 autocarros, sendo a sua grande maioria movida a gás natural (333), 67 são movidos a gasóleo e 20 são elétricos.

A modernização da frota dos autocarros STCP começou em 2018 e alastrou-se até 2022, altura em que a empresa optou por adquirir veículos com maior qualidade, movidos a gás natural. Agora, a partir deste ano, Carlos Abreu revelou que todos os veículos que forem adquiridos pela STCP “já serão veículos com zero emissões”. Depois, de 2028 a 2040, é esperada “a substituição da totalidade dos carros com emissões de carbono”.

“Estes quatro anos foram a fase de experimentação. Nós fizemos duas aquisições de autocarros elétricos – uma de 15 unidades e outra de 5 unidades – e fomos acompanhando a evolução dos veículos porque inicialmente, em 2018, os carros não tinham a capacidade necessária para responder às nossas necessidades de operação. Tinham pouca autonomia, mas isso foi mudando”, explicou.

O responsável da STCP revelou ainda que, para este ano, têm previsto e contratado um fornecimento de 48 autocarros elétricos. “Estes já com capacidade suficiente para operarem em qualquer linha STCP. Prevemos que, até 2027, sejam substituídos todos os autocarros a gasóleo e alguns dos autocarros a gás natural (cerca de 80) por autocarros elétricos”.

"Prevemos que, até 2027, sejam substituídos todos os autocarros a gasóleo e alguns dos autocarros a gás natural (cerca de 80) por autocarros elétricos.”

Carlos Abreu, Diretor da Unidade de Manutenção da Frota da STCP

O objetivo, segundo Carlos Abreu, é chegar a 2027 com quase metade de autocarros a gás natural e outra metade de autocarros elétricos. “Para a década seguinte, o objetivo será eliminar os autocarros a gás natural e ter só veículos elétricos”, disse.

O impacto da mobilidade suave

“A nossa missão é tornar as cidades mais sustentáveis. Muitas viagens que são feitas com carros poderiam ser substituídas por viagens de trotinete. Desta forma, reduziríamos o número de carros na cidade, o trânsito e tornávamos a mobilidade mais sustentável”, começou por dizer Fabrizio Curtale, Diretor da Bird Portugal.

A Bird é uma empresa pioneira de micro mobilidade suave, que cria as suas próprias trotinetes e que tem toda uma rede de bicicletas e trotinetes elétricos no país e, mais concretamente, no Porto. “Estimamos que, no Porto, há, a cada ano, 286 milhões de viagens de carro, das quais 168 são viagens curtas, que se poderiam fazer de trotinetes. Se conseguíssemos converter 7 milhões destas viagens para micro mobilidade, isso significaria ter menos 1000 carros por dia, o que se traduz numa poupança de seis toneladas de CO2 por dia“, afirmou.

"Se conseguíssemos converter 7 milhões destas viagens para micro mobilidade, isso significaria ter menos 1000 carros por dia, o que se traduz numa poupança de seis toneladas de CO2 por dia.”

Fabrizio Curtale, Diretor da Bird Portugal

Ainda assim, o responsável pela Bird confessa que “isto é um processo” e deu até o exemplo do carro para se entender que, desde a criação de uma nova solução de mobilidade até à sua efetiva adesão em massa pode levar tempo: “O carro demorou 60/70 anos a ser usado em massa por causa de desafios. Os desafios para as trotinetes são as poucas ciclovias e a infraestrutura é muito importante para isso”.

Por outro lado, Fabrizio Curtale também mencionou o facto de os utilizadores acharem o serviço caro como um entrave. No entanto, também explicou que se fossem feitas contas ao custo de um carro por quilómetro, era mais fácil entender-se que o custo das trotinetes não é assim tão caro. “O uso do carro fica a 0,50 cêntimos a 0,80 cêntimos por quilómetro, enquanto no Porto a trotinete fica 0,20 cêntimos por quilómetro e, caso se adira ao passe mensal, fica a 0,10 cêntimos”, referiu.

As novas soluções de mobilidade para e-commerce

As entregas ao domicílio de encomendas e-commerce acabam por ser outra preocupação para a mobilidade sustentável da cidade, que já tem implementado soluções nesse sentido, com vista a ter pontos de entrega comuns, em vez de promover a entrega casa a casa. Como é que isto funciona? Através de um sistema de cacifos, localizados estrategicamente, quer em centros, quer em shoppings, supermercados e outros locais de mais movimento, no qual se podem deixar as encomendas que, posteriormente, serão levantadas pelos interessados.

Francisco Travassos, Diretor de Expresso e Logística dos CTT e CEO da Locky, explicou que a Locky trata-se de uma rede de cacifos para receber encomendas: “A ideia é que esta rede seja densa e com horário conveniente. Isto porque, até esta solução estar implementada, a alternativa a não receber encomendas em casa eram as lojas CTT ou quiosques, que têm sempre um horário limitado e filas. A ideia da Locky foi criar uma rede conveniente e alternativa a isso”.

O responsável explicou que para usufruir deste sistema basta dirigir-se a um cacifo, colocar o PIN que recebeu através de uma SMS na máquina e ela abre-se. “Como são pontos agregadores de encomendas, há menos viagens, há menos poluição na cidade”, continuou.

"Como são pontos agregadores de encomendas, há menos viagens, há menos poluição na cidade.”

Francisco Travassos, Diretor de Expresso e Logística dos CTT e CEO da Locky

Apesar de ser uma opção mais sustentável, ainda há quem tenha alguma reticência em aderir a esta solução pela questão do vandalismo. Contudo, Francisco Travassos explicou que houve um número muito baixo de vandalismo desde que instalaram os cacifos e que, em nenhum dos poucos casos, conseguiram furtar encomendas. Ainda assim, o CEO da Locky garantiu que todas as encomendas estão seguradas: “Temos seguros para os cacifos e o que está lá dentro. Os bens estão segurados”.

Para já estão instalados mais de 600 cacifos Locky em todo o país, mas Francisco Travassos revelou que pretendem chegar aos 1000 até ao final deste ano.

Pode, ainda, ouvir a conferência em podcast, aqui:

A terceira sessão do Ciclo de Conversas, dedicada ao tema da “Descarbonização da construção” decorre já esta quinta-feira, dia 18 de maio, às 18 horas, no Porto Innovation Hub.

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Preço do gás na Europa tombou 40% no primeiro trimestre

Os preços do gás caíram, de forma generalizada, no primeiros três meses do ano, e assim deverá continuar no segundo trimestre. Boletim da ERSE destaca tombo de 40% na cotação europeia.

O preço do gás que é referência na Europa derrapou 40,8% no primeiro trimestre, quando comparado com o trimestre anterior, fazendo desta a cotação europeia de gás que mais caiu. A cotação dos contratos ibéricos acompanhou a tendência, mas foram dos que menos desvalorizaram, apesar de o preço final ser inferior.

De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), enquanto o preço do holandês TTF, que é a referência para os mercados europeus, desvalorizou para os 57,8 dólares por megawatt/hora (MWh) até março, face aos últimos três meses de 2022, o preço do gás ibérico (MIBGAS) tombou 26,8% para 55,4 dólares por MWh.

“De uma forma geral, verifica-se que no primeiro trimestre de 2023 todos os produtos apresentam uma tendência decrescente acentuada nas suas cotações“, refere o regulador no boletim de commodities, referente aos primeiros três meses e divulgado esta quarta-feira.

A queda dos preços do gás na Europa é superada apenas pela desvalorização deste combustível nos Estados Unidos. Segundo o regulador, preço do norte-americano HH, referência para contratos de futuros de gás naquele país, caiu 44% no primeiro trimestre para 11,1 dólares por MWh.

Segundo a análise da ERSE, a expectativa é que a tendência de redução de preços se mantenha durante o segundo semestre, traduzindo-se numa queda adicional de 17%.

“Analisando o comportamento dos futuros de gás natural, percebe-se que a expectativa do mercado no primeiro trimestre de 2023, relativamente ao preço desta commodity, era de uma ligeira diminuição dos preços para valores na ordem dos 47 dólares por MWh para o segundo trimestre de 2023, representado uma redução média de 17 %, face ao primeiro trimestre de 2023″.

Além do gás natural, também o preço do gás natural liquefeito (GNL) no primeiro trimestre caiu. De acordo com a ERSE, os preços médios do GNL registaram reduções médias de 39%, naquele período, para valores na ordem dos 66 dólares por MWh.

O fenómeno é justificado pelas temperaturas de inverno mais amenas e, por outro lado, acrescenta o regulador, devido a uma procura global de gás “inferior ao esperado”, uma vez que os níveis de armazenamento de gás estão elevados. Os dados da Comissão Europeia revelam que, em março, os 27 Estados-membros tinham 56% dos stocks cheios. Esse valor deverá ainda subir, uma vez que os Estados-membros terão que voltar a reabastecer as reservas de gás antes do próximo inverno.

Adicionalmente, contribuíram para a desvalorização do GNL os níveis de procura da China, que esteve “em linha com as expectativas do mercado”.

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Finangeste comprou ao BBVA instalações na Castilho

  • Ana Petronilho
  • 17 Maio 2023

Agência do banco espanhol estava localizada onde em tempos funcionava o antigo cinema Castil. Transação ficou abaixo de quatro milhões de euros, sabe o ECO.

A Finangeste comprou ao BBVA as instalações da agência do banco espanhol no edifício Castil, onde funcionou o antigo Cinema Castil, para transformar o imóvel num escritório, sabe o ECO.

Em comunicado, a promotora adianta apenas que prevê investir “mais de quatro milhões de euros” na reabilitação do espaço, mas o ECO sabe que o valor da transação do imóvel ficou abaixo do valor do investimento nas obras.

A Finangeste conta apenas ao ECO que o futuro escritório terá espaço para apenas um inquilino e que as obras vão arrancar no último trimestre de 2023, arrastando-se por um período de nove a 12 meses.

O ex-cinema Castil, fica localizado onde ainda funciona o primeiro centro comercial de Lisboa e onde funcionou até há pouco tempo uma agência do BBVA, foi inaugurado em 1973 e encerrado em 1988. O imóvel tem uma área de cerca de 1.600 metros quadrados.

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Sociedade Ponto Verde aposta em novo posicionamento “disruptivo” e imagem gráfica “renovada”

A "geração R" é o target. "Na 'geração R,' todas as pessoas intervêm, envolvem-se, discutem e comentam. Têm presente que reciclar é parte do dia-a-dia, tal como lavar os dentes", diz a SPV..

A Sociedade Ponto Verde (SPV) aposta a partir desta quarta-feira (dia internacional da reciclagem) num novo posicionamento “disruptivo” e numa imagem gráfica “renovada” no digital, destinado à “geração R”.

Esta “geração R”, assim denominada pela SPV, engloba desde os baby boomers (nascidos antes de 1964) até à geração Alpha (nascidos a partir de 2010), sendo que o novo posicionamento pretende alcançá-la com o objetivo de “consolidar a presença digital, fortalecer a comunidade e aumentar a literacia ambiental, através de uma comunicação mais próxima, mais aberta e interativa“, explica a SPV em nota de imprensa.

“Assim, a letra R – que assume especial relevo por iniciar palavras como reutilizar, reduzir, reciclar, repensar e recusar – ganha uma nova expressão, nas redes sociais da SPV, ao promover a adoção de comportamentos mais responsáveis e que contribuem para uma economia cada vez mais circular, de forma transversal. Na Geração R, todas as pessoas intervêm, envolvem-se, discutem e comentam. Têm presente que reciclar é parte do dia-a-dia, tal como lavar os dentes”, refere.

Segundo Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, “com a nova estratégia digital, a SPV procura consolidar a aposta numa comunicação mais próxima, relevante e efetiva com a sua comunidade. A Geração R, consciente e envolvida, mostra que cada pessoa pode contribuir para um futuro mais amigo do ambiente. Contamos com todos, ninguém fica de fora”.

Também a propósito deste novo posicionamento digital, a SPV estreia-se no TikTok, rede social pretende divulgar conteúdos educativos “num tom positivo, leve e descontraído”.

A SPV continua comprometida em envolver todas as pessoas na causa da reciclagem e a Geração R é mais um passo nessa direção, alinhada com a missão de promover sempre a recolha seletiva, a retoma e a reciclagem de embalagens no país“, acrescenta ainda a SPV no comunicado.

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Centeno diz a Marcelo que “não toma decisões pelos bancos”

Presidente da República disse estar “esperançado” que banca e Banco de Portugal estejam “acordados para o problema” do crédito à habitação. Centeno diz que não toma decisões pelos bancos.

O governador do Banco de Portugal diz que “não toma decisões pelos bancos”, isto depois de o Presidente da República ter chamado a atenção de todo o setor, bancos e supervisor, para o problema de muitas famílias com o crédito à habitação.

Marcelo Rebelo de Sousa disse esta terça-feira estar “esperançado” que a banca esteja acordada para o problema” do crédito à habitação e o “Banco de Portugal também”.

“O supervisor não toma decisões pelos bancos”, respondeu Mário Centeno quando questionado sobre as palavras do Presidente da República e sobre o que os bancos poderiam fazer mais para apoiar as famílias em maiores dificuldades, após a apresentação das contas do Banco de Portugal do ano passado.

O governador concordou com a ideia de que os bancos “devem acompanhar aqueles que possam estar em dificuldades e encontrar uma resposta dentro do âmbito da sua atuação”, mas também lembrou que as famílias e empresas estão hoje numa melhor posição do que na anterior crise e que, apesar do momento difícil que o país atravessa, as taxas de juro já estiveram mais altas no passado e o contexto económico e financeiro é hoje mais favorável.

“Como país, sistema financeiro e económico, nunca estivemos tão bem preparados como estamos hoje”, reiterou Mário Centeno.

“Pela primeira vez numa crise, as famílias e empresas fizeram aquilo que é esperado, aumentaram a poupança, reduziram o endividamento e olharam em frente e não para o lado, à espera de alguém que apareça para ajudar”, acrescentou.

Por outro lado, “hoje estamos perante taxas de juro que são altas, mas não historicamente elevadas”, prosseguiu Mário Centeno, referindo mesmo que 55% dos contratos de empréstimo da casa já tiveram taxas de juro mais altas que têm hoje. Ou seja, “mais de metade já teve taxa de juro mais elevada do que existe hoje”.

O governador disse não ser adepto de medidas generalizadas de apoio às famílias e que os bancos devem focar-se em soluções específicas para aquelas que têm maior dificuldade.

Segundo explicou, medidas generalizadas – como o congelamento da prestação, que era o que estava a ser questionado ao governador — “geram comportamentos de mimetismo e leva muitos a aderirem às medidas mesmo que não tenham necessidade delas e criando problemas para o futuro”.

Mário Centeno lembrou ainda a questão dos depósitos e que os bancos devem continuar a esforçar-se para não desbaratar a confiança dos seus clientes. “Os bancos beneficiam de algo importante: fidelidade dos seus depositantes. É um ativo que não deve ser desbaratado. Os bancos devem atuar nessa dimensão”, disse, apontando no sentido de melhorarem as remunerações das poupanças.

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Eleições europeias de 6 a 9 de junho. Portugal vai operacionalizar voto em mobilidade

Portugal não conseguiu mudar a data das eleições europeias de 2024, que vão realizar-se junto de feriados. António Costa indica que voto em mobilidade deve estar em efetividade na altura.

As eleições europeias vão realizar-se entre 6 e 9 de junho do próximo ano, depois de uma tentativa de Portugal mudar as datas não ter sido bem-sucedida. Por cá, a data recai numa véspera de feriado e fim de semana prolongado, razão pela qual os representantes portugueses tentaram mudar. Mas consenso não foi alcançado, pelo que o primeiro-ministro assegurou que se estão a trabalhar para ter “em plena efetividade o sistema de voto em mobilidade”.

António Costa assume que vê a decisão de ter as eleições nesta data “com preocupação”, em declarações aos jornalistas após o Conselho da Europa. “Na falta de acordo sobre a data, aplica-se a data na qual foram realizadas as primeiras eleições e no próximo ano ano coincidirá a 9 de junho, que é véspera de feriado e um fim de semana prolongado”, salienta.

Assim, apesar dos esforços, “cada país tinha reservas e não houve nenhuma data para consenso”, adianta o primeiro-ministro. Para mitigar os efeitos da situação, Costa garante que estão a “trabalhar para poder pôr em plena efetividade o sistema de voto em mobilidade, que já foi utilizado a título experimental em outras eleições e vamos fazer um esforço grande para poder ter em vigor no próximo ano, para pessoas que não estejam no local de residência habitual”.

O facto de ser apenas um círculo nacional facilita a contagem dos votos mesmo sendo em mobilidade, já que não é tão relevante o local onde são contabilizados os votos. É de salientar no entanto que as eleições europeias já costumam ter uma taxa elevada de abstenção, pelo que esta data poderá contribuir para fazer subir a taxa.

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Euribor sobe a três e seis meses para novos máximos desde 2008

  • Lusa
  • 17 Maio 2023

A taxa Euribor subiu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses e nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde novembro de 2008.

A taxa Euribor subiu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses e nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde novembro de 2008.

A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta quarta-feira, ao ser fixada em 3,834%, mais 0,027 pontos, mas abaixo do máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 09 de março.

Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.

A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, subiu esta quarta-feira, para 3,671%, mais 0,013 pontos, um novo máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou esta quarta-feira, para 3,388%, mais 0,006 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 04 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Rui Moreira considera normal presença da PJ na Câmara do Porto

  • Lusa
  • 17 Maio 2023

O presidente da Câmara do Porto considerou normal a presença da Polícia Judiciária nos serviços municipais, afirmando desconhecer os projetos urbanísticos que estarão a ser investigados.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, considerou esta quarta-feira normal a presença da Polícia Judiciária (PJ) nos serviços municipais, tal como sucedeu na terça-feira no âmbito da Operação Babel, afirmando desconhecer os projetos urbanísticos que estarão a ser investigados.

Acontecem. Estas coisas são aparentemente normais. A presença da PJ e da Procuradoria [Geral da República] junto dos serviços municipais de diversa natureza é coisa que acontece com frequência, não acontece é com este aparato”, afirmou o independente Rui Moreira aos jornalistas, à margem do hastear da bandeira “arco-íris” à frente dos Paços do Concelho.

O autarca confirmou a detenção de dois funcionários da câmara no âmbito da Operação Babel. “Sabemos que houve dois funcionários [detidos] que não são dirigentes da câmara, um do urbanismo e outro que está nos julgados de paz. Aparentemente terão sido detidos”, disse Rui Moreira.

Moreira adiantou ainda que a autarquia está a trabalhar “ativamente” com a PJ, notando desconhecer que projetos urbanísticos são visados na investigação levada a cabo pela PJ no âmbito da Operação Babel.

Em comunicado, no final da manhã de terça-feira, a Câmara Municipal do Porto afirmou que as buscas da PJ nos serviços do urbanismo não visaram o município, mas empresas privadas com processos urbanísticos ali a tramitar. Além disso, a autarquia confirmou que a PJ estava a analisar dois telemóveis, sem avançar a quem pertencem.

Anteriormente, fonte da Câmara do Porto confirmou terem sido apreendidos os telemóveis do vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, e de uma chefe de divisão do Urbanismo.

No âmbito da Operação Babel foram detidos o vice-presidente do município de Gaia, Patrocínio Azevedo (PS), que tem o pelouro do Planeamento Urbanístico e Política de Solos, Licenciamento Urbanístico, Obras Municipais e Vias Municipais, “suspeito de receber luvas de mais de 120 mil euros através do seu advogado”, também detido, “que faria a ponte com os dois empresários do ramo imobiliário, igualmente detidos”, explicou à Lusa fonte ligada à investigação.

Os dois empresários detidos são o diretor-executivo e fundador do Grupo Fortera, Elad Dror, e Paulo Malafaia, que já o havia sido no âmbito da Operação Vórtex, ao abrigo da qual o ex-presidente da Câmara de Espinho Miguel Reis se encontra em prisão preventiva. Foram também detidos dois funcionários da câmara do Porto, um deles chefe de uma divisão da área urbanística e outro com ligações a esta divisão, e ainda um técnico superior da Direção Regional de Cultura do Norte.

Está previsto que os sete detidos sejam presentes esta quarta-feira a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto para aplicação de medidas de coação.

A Operação Babel centra-se na viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanístico em favor de promotores associados a projetos de elevada densidade e magnitude, estando em causa interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, mediante a oferta e aceitação de contrapartidas de cariz pecuniário”, explicou a Polícia Judiciária (PJ), em comunicado.

Durante a operação policial, segundo a PJ, foram efetuadas 55 buscas domiciliárias e não domiciliárias, em várias zonas do território nacional, em autarquias e diversos serviços de natureza pública, bem como a empresas relacionadas com o universo urbanístico. As câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia, assim como a Metro do Porto, foram alvo de buscas.

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Caso Galamba. Ministra da Justiça nega ter falado com SIS e diz que apenas falou com a Polícia Judiciária

Ministra da Justiça foi ao Parlamento explicar a intervenção do SIS na recuperação de equipamento informático e documentos classificados na posse do ex-Adjunto de Galamba.

“Falou ou não com o ministro João Galamba? Aconselhou-o a contactar o SIS e a PJ? E porque não convocou logo a PJ? Foi ou não sugestão da ministra pôr em campo o SIS na recuperação do computador?”, questionou o deputado do Chega, Pedro Pinto, à ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.

A titular da pasta da Justiça falava na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, no Parlamento, sobre o contexto e enquadramento legal da intervenção do SIS na recuperação de equipamento informático e documentos classificados na posse do ex-adjunto do Ministro das Infraestruturas, Frederico Pinheiro. Uma audição pedida pelo Chega.

“Terei um escassíssimo contributo quanto à especificidade deste tema. Não é um tema da Justiça, não é um tema das competências da ministra, não cabe ao MJ relacionar-se com os serviços de informação e segurança e estes não dependem da ministra da Justiça”, começou por dizer a ministra, que de seguida passou a elencar os serviços que tutela. “Mas penso que era importante passar aqui uma mensagem de tranquilidade institucional. É preciso serenidade na salvaguarda das instituições. Um discurso sempre repetido de caos ou chavões populistas não serve Abril”. Acrescentou ainda: “todos devemos ser críticos mas com rigor e elevação”.

Catarina Sarmento e Castro, ministra da JustiçaLusa

A titular da pasta apelou ao “foco na democracia e não deixar que capitalizem o descrédito daqueles que podem não gostar da democracia”, numa clara alusão à postura do partido que pediu esta audição no Parlamento, o Chega. Temos de guardar abril para sempre”, sublinhou a ministra sem responder diretamente ao deputado Pedro Pinto.

Pedro Pinto explicou: “estamos a falar da democracia a E insiste: “falou ou não com o ministro João Galamba, o que é que lhe disse? Isto é o 25 de abril a funcionar? A senhora ministra tem a obrigação de responder a estas questões!”.

Catarina Sarmento e Castro: “eu confirmo que o senhor ministro me ligou nesse dia e o teor da conversa foi sobre a Polícia Judiciária. Foi uma conversa curta, de dois minutos, às 23.00. Só queria que eu o pusesse em contacto com a PJ. O senhor ministro estava preocupado e pretendia alertar a PJ. E como quem tem a competência é a MJ, contactou-me para que fizesse esse contacto. Foi a única pessoa com quem eu falei.”

“Quem é que assume a responsabilidade de ter chamado o SIS então?”, perguntou a deputada comunista Alma Rivera. “No telefonema foi-me dito pelo senhor ministro que estava preocupado com o seu ministério, que teria exonerado um adjunto, devido a sonegação de informação”, sublinhou a ministra da Justiça. E disse-me que essa pessoa voltou ao ministério e tentou ficar com o computador e que este teria informação classificada. Foi-me dito que teria havido confronto entre esta pessoa e elementos do seu gabinete. O ministro não me pediu conselhos, pediu-me apenas para fazer o contacto, não me foi pedido nenhum conselho nem avaliação jurídica. O senhor ministro pediu-me para fazer o contacto, eu fiz, mas não me falou do SIS, apenas da PJ”.

No início de maio, a ministra da Justiça recusou comentar as declarações de João Galamba, que atribuiu a Catarina Sarmento e Castro a recomendação de recorrer ao SIS para recuperar o computador com informação classificada na posse do seu adjunto demitido. Facto que veio agora a ser desmentido pela titular da pasta.

Pedro Pinto disse, na audição desta quarta-feira, que houve um ministro, “então, que faltou à verdade”.

Inês Sousa Real perguntou: “então quem foi o responsável que falou com o SIS?”. A ministra da Justiça disse que “não sei quem é que contactou o SIS! Mas sei que, não sendo competência minha, não fazia sentido ser eu a fazê-lo.”.

Questionada sobre a polémica que envolve o ministro das Infraestruturas, João Galamba – que apresentou demissão no início de maio mas que não foi aceite por António Costa– e o seu adjunto demitido, Frederico Pinheiro, o qual terá levado do ministério um computador com informação confidencial e cuja recuperação terá sido assegurada pelo Serviço de Informações de Segurança (SIS), a ministra disse não ter “nada a acrescentar” ao que o primeiro-ministro António Costa disse na segunda-feira em entrevista à RTP3.

O chefe do Governo garantiu que não foi informado do envolvimento do Serviço de Informação e Segurança (SIS) na recuperação do computador e que ninguém do Governo deu ordens aos serviços de informação para fazerem o que quer que fosse.

“O SIS não foi chamado a intervir. Há um roubo de um computador que tem documentação classificada, o gabinete do ministro fez o que lhe competia fazer, dar o alerta às autoridades e as autoridades agiram em conformidade. Não fui informado e não tinha de o ser, ninguém no Governo deu ordens ao SIS para fazer isto ou aquilo, o SIS agiu em função do alerta que recebeu e no quadro das suas competências legais”, disse António Costa.

Frisando que não houve qualquer ordem ao SIS, nem a partir de S. Bento nem de qualquer membro do Governo, o primeiro-ministro acrescentou que houve sim um comportamento que lhe parece adequado, que foi o de, “perante um roubo de um computador”, ser dado um alerta e, em função desse alerta, as autoridades atuarem.

O ministro das Infraestruturas afirmou, dias antes em conferência de imprensa, que reportou ao secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro e à ministra da Justiça o roubo do computador pelo adjunto exonerado, tendo-lhe sido dito que deveria comunicar o caso ao SIS e à Polícia Judiciária (PJ).

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João Galamba, ministro das InfraestruturasHugo Amaral/ECO

Na conferência de imprensa, em que João Galamba procurou esclarecer a polémica que surgiu com o seu adjunto exonerado, foi questionado pelos jornalistas sobre se tinha ligado ao primeiro-ministro a pedir a intervenção do SIS.

Eu não estava no ministério quando aconteceu a agressão à minha chefe de gabinete e à minha adjunta. Liguei imediatamente ao senhor primeiro-ministro. O senhor ministro estava, penso que a conduzir, e não atendeu. Liguei ao secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro a quem reportei este facto. Julgo que estava ao lado do secretário de estado da Modernização Administrativa”, referiu.

Segundo o ministro, aquilo que lhe foi transmitido neste telefonema foi que “devia falar com a ministra da Justiça”, o que garante ter feito. “Reportei o facto e disseram-me que o meu gabinete devia comunicar estes factos àquelas duas autoridades, coisa que fizemos”, explicou, referindo-se ao SIS e à PJ.

No dia das declarações da ministra, o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP) esclareceu que foi por sua própria iniciativa que agiu no sentido de recuperar o computador.

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“Banco de Portugal vai entrar numa fase de resultados negativos”, avisa Centeno

Banco de Portugal vai ter perdas nos próximos anos devido à subida dos juros, avisa o governador. Mas instituição tem almofada “confortável” para enfrentar prejuízos e não haverá perturbações.

O Banco de Portugal “vai entrar numa fase de resultados negativos”, avisou o governador. Mas Mário Centeno assegurou que a instituição dispõe de uma almofada “confortável” e “suficiente” para enfrentar os prejuízos e que esta situação não criará perturbações na capacidade de atuação do supervisor.

“O número [dos resultados] não vai ter o mesmo sinal de 2022. O banco vai entrar numa fase de resultados negativos cuja dimensão depende de decisões que ainda estão a ser tomadas”, afirmou Mário Centeno esta quarta-feira na apresentação das contas do ano passado. O Banco de Portugal registou um lucro de 297 milhões no ano passado e entregou 371 milhões ao Estado em dividendos e impostos.

Mas “não há nenhuma perturbação para o Banco de Portugal, economia portuguesa, e de o banco prestar apoio ao sistema financeiro e preservar o interesse geral, que é reduzir a inflação. Nada deste resultado afeta minimamente a capacidade do banco nestes aspetos”, assegurou o governador.

Mário Centeno referiu que o banco reforçou as provisões para riscos gerais em 235 milhões de euros, com a almofada do Banco de Portugal a ascender agora a 3,9 mil milhões. Estas provisões serão utilizadas para cobrir as perdas e levar os resultados a zero, evitando assim um cenário de prejuízos, algo que os outros bancos centrais também já fizeram no ano passado.

“Estas provisões foram feitas como sinal de cautela face ao momento que sabíamos que ia acontecer, com saída desejável dos juros muito reduzidos. E serão suficientes para a evolução expectável deste processo”, considerou.

Centeno revelou que o Banco de Portugal vai mobilizar estas provisões já este ano, “num valor atingirá o seu valor máximo”. “É previsível que depois haja um alívio”, acrescentou.

Ainda assim, sem arriscar qual a dimensão dos prejuízos que o Banco de Portugal vai ter no futuro, o governador lembrou as perspetivas atuais que apontam para uma trajetória das taxas de juro a aproximarem-se dos 2% apenas em 2026. Por exemplo, na Holanda, o banco central só espera regressar aos lucros em 2028.

(Notícia atualizada às 12h27)

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“Mais do que tu e eu, Nos” afirma a operadora em nova campanha assinada pela O Escritório

A empatia está no centro da nova campanha da Nos que, tal como no Natal, é assinada pela O Escritório. "Mais do que tu e eu, Nos", é a assinatura.

“Mais do que tu e eu, Nos” é a assinatura dos filmes lançados esta quarta-feira pela Nos. A empatia é o tema da campanha que, tal como a do Natal, é assinada pela O Escritório.

A empatia é a capacidade de escutar, ver e entender a realidade do outro. “Fiel ao seu propósito, nesta nova campanha a Nos sublinha a importância de cuidar da qualidade das ligações interpessoais, uma ação essencial para uma marca que, na sua génese e no seu próprio nome, celebra a união, o coletivo, o “nós”, justifica a marca em comunicado.

A campanha é composta por dois filmes, que ilustram a troca de vida entre um pai e um filho. As duas perspetivas estão então em evidência na campanha “A troca”, na qual pai e filho trocam por um dia de sapatos, colocando-se no lugar um do outro. “É aí que começa a empatia: quando nos lembramos que em cada ligação há dois lados”, acrescenta.

Em Portugal, 91% dos agregados domésticos têm internet fixa e 98% dos concelhos do país já estão cobertos com a rede móvel de quinta geração, descreve a operadora recorrendo a dados da ANACOM. Com o propósito de “empoderar ligações”, a Nos “manifesta um compromisso com o aumento da quantidade e capacidade das ligações do país”, mas acrescenta as ligações humanas e a empatia. “Num momento em que a qualidade das ligações está ameaçada, é fundamental atuar também nesta dimensão”, diz, citando o estudo “Diferenças na Preocupação Empática e Tomada de Perspetiva em 63 Países”, da Universidade de Michigan, que coloca Portugal na 43ª posição. “Um dado que surpreende e mobiliza”, conclui.

A produção é da More Maria, com realização de José Pedro Sousa.

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