Quais os impactos da retirada do selo azul no Twitter a quem não pagar por ele?

Esta medida pode acarretar "implicações muito sérias para a qualidade do discurso público na plataforma", avisa Francisco Morgado Véstia, diretor da Samy Alliance.

Desde que Elon Musk comprou o Twitter as mudanças na plataforma têm sido vários. Uma das mais recentes, e porventura das mais polémicas, é a de ter relançado o Twitter Blue, um serviço premium. Mas, para além disso, Musk retirou o selo azul de verificação àqueles que se recusaram a pagar esta subscrição. Que consequências pode ter esta ação no futuro da plataforma e que impactos podem sofrer as marcas, personalidades e influencers?

O Papa, Trump, Justin Bieber, Cristiano Ronaldo, Bill Gates, Lady Gaga ou Beyoncé foram algumas das personalidades que perderam recentemente o ‘selo azul’ no Twitter, depois de Elon Musk ter cumprido a promessa de retirar o crachá aos que se recusassem a pagar pelo Twitter Blue. Previamente, o dono do Twitter também já havia retirado o selo dourado (que indica que se trata de uma conta comercial oficial do Twitter Blue) ao jornal The New York Times.

O selo de verificação servia precisamente para destacar os utilizadores mais importantes ou conhecidos da plataforma, de modo a evitar a propagação ou confusão com contas falsas que se quisessem fazer passar por uma personalidade ou marca. No Twitter, este selo de verificação era conferido gratuitamente às personalidades ou marcas que verificassem efetivamente a sua identidade, de forma gratuita, como aliás ainda acontece nas outras redes sociais, como o Facebook, Instagram ou TikTok.

Mas com esta retirada do selo a quem se recuse a pagar pela versão “premium” da plataforma, “os influenciadores e marcas podem perder a sua credibilidade aos olhos dos utilizadores e dos seus seguidores. E isto pode ter implicações graves, especialmente para aqueles que dependem do Twitter para se conectarem com o seu público-alvo“, avisa Francisco Morgado Véstia, diretor em Portugal da Samy Alliance, em declarações ao +M.

Também questionado pelo +M, João Pedro Bernardes, coordenador da pós-graduação Social Media e Marketing de Conteúdo do IPAM (Instituto Português de Administração de Marketing) alerta que este selo “ajudou na construção de confiança e credibilidade com os seguidores” e que sem ele “a possibilidade de as contas serem confundidas com outras que não são autênticas ou representativas pode aumentar, o que pode levar a uma perda de seguidores e a um possível dano da imagem das personalidades e marcas“.

“Outra implicação poderá passar pela perda de ‘visibilidade’, que tanto marcas como personalidades, poderão sentir na própria rede social, por não optarem pela subscrição do selo azul. Esta menor visibilidade poderá resultar numa dificuldade em atrair novos seguidores. Isto significa que, ao não optar por terem o selo azul ao lado do seu nome, personalidades / marcas verão uma menor distribuição dos seus conteúdos pelo algoritmo do Twitter, que apenas irá entregar conteúdo na timeline do ‘For You’, se a conta tiver o dito selo azul – palavras de Elon Musk”, explica o docente.

As consequências da perda de crachá, no entanto, são maiores para as personalidades do que para as marcas, acredita João Bernardes, na medida em que as personalidades costumam ter uma imagem pública “mais forte e mais facilmente associada ao selo azul”, em comparação com as marcas que “têm outras formas de validação da sua autenticidade e credibilidade, como o registo de marca e a presença online consistente”.

As marcas beneficiam ainda da exceção aberta por Elon Musk, depois de o Twitter ter anunciado que as dez mil organizações com mais seguidores, bem como os 500 maiores anunciantes, que já tenham sido verificados, poderão manter o selo azul de forma gratuita.

Outra exceção recai sobre as empresas que já investem mais de mil dólares mensais (cerca de 911 euros) em publicidade no Twitter, às quais será conferida a verificação, segundo a Bloomberg.

No caso específico de personalidades como Cristiano Ronaldo ou Beyoncé, uma vez que as suas contas são já altamente reconhecidas pelos utilizadores do próprio Twitter, estes poderão sentir menos o efeito da perda do selo azul. Quem poderá ‘sofrer’ mais com a perda do selo azul serão os influenciares digitais/criadores de conteúdo. Isto porque, para quem trabalha e ‘vive das redes sociais’, a perda do selo azul e dos seus benefícios trará implicações diretas para a performance do seu trabalho no digital

João Pedro Bernardes

Coordenador da pós-graduação Social Media e Marketing de Conteúdo do IPAM

No caso das personalidades, a perda do selo azul pode ter um impacto especialmente negativo na reputação daquelas que dependem de uma forte presença nas redes sociais para manter a sua influência, diz João Bernardes, adiantando no entanto que este impacto pode ser “minimizado”, caso a autenticidade da conta seja comprovada de outras formas, como através de um site oficial ou outras contas de redes sociais verificadas.

“No caso específico de personalidades como Cristiano Ronaldo ou Beyoncé, uma vez que as suas contas são já altamente reconhecidas pelos utilizadores do próprio Twitter, estes poderão sentir menos o efeito da perda do selo azul. Quem poderá ‘sofrer’ mais com a perda do selo azul serão os influenciares digitais/criadores de conteúdo. Isto porque, para quem trabalha e ‘vive das redes sociais’, a perda do selo azul e dos seus benefícios trará implicações diretas para a performance do seu trabalho no digital“, acrescenta o professor do IPAM.

E no caso de influenciadores e marcas que trabalhem em áreas sensíveis como a saúde, ciência ou jornalismo, esta questão pode ser “ainda mais importante”, diz Francisco Morgado Véstia, para quem o facto de o Twitter poder estar a transformar-se numa plataforma onde aqueles que têm dinheiro para pagar têm mais visibilidade do que aqueles que não têm é uma “preocupação séria”. Pode acarretar “implicações muito sérias para a qualidade do discurso público na plataforma“, defende.

Embora criticada por muitos, esta imposição de pagamento por parte do Twitter foi no entanto acatada por várias personalidades, como Rihanna ou Ryan Reynolds, para quem o pagamento pelo selo azul “poderá ser encarado como uma nova despesa de publicidade ou até mesmo como um investimento na sua ‘marca pessoal’ no digital”, tendo em conta que a mesma confere autenticidade, credibilidade, visibilidade, benefícios que “podem ser significativos na construção de uma imagem de marca forte e na manutenção da influência”, explica João Pedro Bernardes.

Isso pode tornar cada vez mais difícil para o público distinguir quem são as vozes credíveis e fundamentais na discussão pública, como cientistas, autores e jornalistas, daqueles que têm apenas uma grande base de seguidores. Além disso, acredito que o ruído causado pelo caos da plataforma pode ter implicações graves no desenvolvimento do discurso político atual, principalmente em plataformas de redes sociais e com o histórico que se sabe de forças estrangeiras e tentativas de causar distúrbios nos processos democráticos.

Francisco Morgado Véstia

Diretor para Portugal da Samy Alliance

Para os dois profissionais, e tendo em conta que a verificação de contas foi implementada de forma a combater a criação de perfis falsos, esta medida agora em vigor está a desvirtuar essa função. Francisco Morgado Véstia considera difícil não ver esta mudança como uma “medida apenas para gerar receita” e João Pedro Bernardas alerta que esta pode conduzir à criação de uma classe de “influencers de elite“, algo que pode “tornar a validação da autenticidade menos importante para os seguidores e prejudicar a credibilidade do Twitter como plataforma“.

Questionado pelo +M, Francisco Morgado Véstia acredita mesmo que se pode correr o risco de que “qualquer um” poder ser “figura pública”, desde que pague para isso, pelo que “é possível que o número de ‘figuras públicas’ na plataforma aumente dramaticamente”.

Isso pode tornar cada vez mais difícil para o público distinguir quem são as vozes credíveis e fundamentais na discussão pública, como cientistas, autores e jornalistas, daqueles que têm apenas uma grande base de seguidores. Além disso, acredito que o ruído causado pelo caos da plataforma pode ter implicações graves no desenvolvimento do discurso político atual, principalmente em plataformas de redes sociais e com o histórico que se sabe de forças estrangeiras e tentativas de causar distúrbios nos processos democráticos”, aponta o responsável da Samy Alliance.

Inês Mendes da Silva, CEO da Notable, consultora responsável pela comunicação, agenciamento e gestão publicitária de diversas figuras publicas, defende que “a credibilidade não se paga“, e que esse reconhecimento é um “asset valiosíssimo para qualquer personalidade e empresa, que se conquista com muito trabalho, posicionamento e estratégia”.

Esse selo é uma ferramenta essencial para todas as partes envolvidas porque é um selo de confiança. Estas alterações representam, por isso, um grande risco que deve ser tido em conta“, diz ao +M.

João Pedro Bernardes acredita na possibilidade de que outras redes sociais sigam o exemplo do Twitter e também comecem a cobrar pelo serviço de verificação de contas, “no entanto, é importante que as redes sociais encontrem um equilíbrio entre a validação de autenticidade e credibilidade e o acesso equitativo a essa validação para todos os utilizadores. O sucesso do modelo de negócio dependerá da aceitação dos utilizadores e da manutenção da integridade da plataforma”.

“Contudo, é difícil prever qual será o impacto desta medida, no longo prazo, e qual será a posição das restantes redes sociais”, acrescenta o docente que, habituado a responder a perguntas, deixa uma questão no ar: “Será o Twitter a norma ou a exceção?“.

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Galp aposta 2,2 mil milhões na descarbonização da refinaria de Sines e tenta evitar desfecho como o de Matosinhos

"Vamos ter que investir muito dinheiro para reconverter a refinaria", sublinhou o CEO da petrolífera, reiterando o pedido de que a carga fiscal em Portugal seja aliviada.

O CEO da Galp apelou ao Governo e às entidades fiscais que “não taxem” os projetos da petrolífera no país, argumentando que os investimentos “têm que ser competitivos para a sobrevivência” da empresa, numa altura em que tem em curso uma estratégia “profunda” de descarbonização.

Filipe Silva, discursava no Fórum da Sustentabilidade e Sociedade, esta quinta-feira, em Matosinhos alertando que a refinaria de Sines vai ser objeto do maior investimento da petrolífera de sempre, cerca de 2,2 mil milhões de euros, e que o excesso de impostos pode comprometer a concretização desses projetos.

Nós já estamos, desde hoje, a tentar assegurar que a refinaria de Sines não sofra os mesmos desfechos que Matosinhos. Vamos ter que apostar muito dinheiro para reconverter a própria refinaria de Sines“, indicou. A petrolífera decidiu encerrar a refinaria de Matosinhos em 2020, levando ao despedimento coletivo de 114 trabalhadores.

Em paralelo, apontou que os projetos têm que ser economicamente viáveis, acrescentando que parte desse dinheiro será proveniente da venda de ativos em Angola. Em fevereiro, a Galp anunciou que iria desinvestir nos ativos upstream (produção/exploração) em Angola à Sociedade Petrolífera Angolana (SOMOIL). A transação deverá ficar fechada no segundo semestre deste ano e deverá totalizar cerca de 830 milhões de euros, líquidos de impostos.

Estamos a pagar com dinheiro da Galp por esta transição energética. Vendemos os ativos em Angola porque não eram eficientes e vamos pegando nestes cashflows do negócio antigo [combustíveis fósseis] para investir em novas energias”, sublinhou o responsável, em Matosinhos. Os biocombustíveis avançados (HVO@Galp) e o hidrogénio verde (GalpH2Park) são duas das novas apostas da petrolífera que irão nascer na refinaria de Sines. Ao todo, são cerca de 486 milhões de euros que visam acelerar a transição energética da Galp.

“Quando fechámos as unidades industriais em Matosinhos, as emissões da Galp caíram 25%, portanto, 75% das emissões têm que ser objeto de redução. A unidade industrial que mais emite em Portugal é em Sines. É a maior unidade de Portugal mas também tem o maior investimento em descarbonização. Vamos investir em eletrólise verde, retirar o hidrogénio para o nosso próprio processo produtivo e descarbonizar Sines”, assegurou.

Além de Sines, também a refinaria de Matosinhos foi alvo de um investimento significativo pela gigante portuguesa à medida que se aproximava o dia do seu encerramento. Segundo Filipe Silva, foram deixados cerca de 700 milhões de euros nos últimos 15 anos de vida naquela unidade industrial “há medida que ia perdendo competitividade”.

“Foram 700 milhões de euros que não investimos na transição energética”, atirou. “A concentração da atividade de Matosinhos em Sines também não é um silver bullet [bala de prata].

Para Filipe Silva, este processo de transição energética da petrolífera pretende ajudar a “reindustrializar Portugal”, sendo “fundamental que o país acarinhe as empresas e não seja só hotéis e restaurantes”, mas também empresas “de base e natureza industrial”.

Dirigindo-se ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, o CEO pediu que não sejam tratados “de forma discriminatória” aqueles que decidem apostar em Portugal. “Estamos só a pedir que não nos taxem, que é um grande tema que a Galp tem hoje em dia. Não queremos ser discriminados negativamente, sobretudo do ponto de vista fiscal“, frisou o responsável.

 

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Governo aprova criação de quadros permanentes de praças no Exército e Força Aérea

  • Lusa
  • 11 Maio 2023

O decreto-lei, aprovado em Conselho de Ministros, visa responder "às necessidades de recrutamento e retenção nas Forças Armadas e às exigências da profissionalização do serviço militar".

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o decreto-lei que cria os quadros permanentes da categoria de praças no Exército e na Força Aérea, para aumentar a atratividade e retenção de militares nas Forças Armadas. Em comunicado, o Ministério da Defesa Nacional sustenta que o diploma visa responder “às necessidades de recrutamento e retenção nas Forças Armadas e às exigências da profissionalização do serviço militar”.

O ministério, tutelado por Helena Carreiras, refere que atualmente, no Exército e na Força Aérea, “a prestação de serviço militar na categoria de praças faz-se, fundamentalmente, através do Regime de Contrato”, que tem uma duração máxima de seis anos, “o que não satisfaz cabalmente as necessidades das Forças Armadas”.

A admissão a estes quadros permanentes será feita através de concurso, “sendo elegíveis militares a prestar serviço em contrato e candidatos civis, incluindo cidadãos na situação de reserva de disponibilidade, habilitados com o ensino secundário”, lê-se, no comunicado.

Este quadro permanente “compreenderá os postos de Cabo-Adjunto (posto de ingresso), Cabo-de-Secção e Cabo-Mor”. No Exército e na Força Aérea, o quadro permanente de praças “destina-se às Armas, Serviços e Especialidades de natureza executiva em atividades de âmbito técnico e administrativo, cujo grau de formação e treino permita a permanência ao serviço numa carreira nas Forças Armadas”.

O Governo estima que o efetivo de militares nos quadros permanentes da categoria de praças represente, “cerca de 20% do efetivo global do Exército e de 30% na Força Aérea, ou seja, cerca de 2.300 e de 500 militares nesta categoria, respetivamente, com base nos quantitativos máximos legalmente previstos”.

O Ministério da Defesa Nacional esclarece que este mecanismo não substitui, mas complementa, as atuais formas de prestação de serviço militar na categoria de praças, como o Regime de Voluntariado, o Regime de Contrato e o Regime de Contrato Especial. “Estas continuarão a constituir a base daquele efetivo e das funções que exigem condições físicas e/ou aptidões específicas próprias de idades mais jovens, possibilitando aos quadros permanentes a atribuição de funções executivas de âmbito técnico e/ou administrativo que, não tendo aqueles requisitos, pedem maior permanência ao serviço das Forças Armadas.

Com a criação deste quadro de efetivos “com caráter de permanência nesta categoria”, o Governo visa, entre outros objetivos, “oferecer perspetivas de carreira”, “gerar uma fonte prioritária de recrutamento para a categoria de sargentos”, dar mais estabilidade “em termos de recursos humanos” ou “harmonizar as carreiras dos três ramos” uma vez que a Marinha já tem um quadro permanente de praças.

“Deste modo, potencia-se também uma gestão mais flexível e uma visão mais planeada e integrada, conjuga-se eficácia e eficiência no cumprimento da missão e contribui-se para a valorização da profissão militar e dos militares”, lê-se no texto.

Com esta aprovação, o Governo diz que fica concluído um processo de consultas e coordenação que envolveu o Estado-Maior-General das Forças Armadas, os ramos e os serviços centrais do Ministério da Defesa Nacional, “e no qual foram ouvidas as associações militares e analisadas as suas propostas”.

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Ravasqueira promove biodiversidade com visitas guiadas

Esta oferta integra-se numa estratégia da marca para "renovar" a sua oferta de ecoturismo e passa pela aposta em novos programas, visitas, provas, cursos, workshops e outras experiências.

A Ravasqueira vai promover uma nova experiência de ecoturismo, integrada numa “estratégia de diversificação das propostas de enoturismo“, através de visitas visitas guiadas. O objetivo passa por dar a conhecer a “enorme biodiversidade daquele ecossistema alentejano e como este impacta e se relaciona positivamente com a atividade vitivinícola da propriedade“, através dos seus animais, plantas, vinhos, sabores e pessoas “que contam a sua já longa história”.

“Num momento em que estamos a ampliar a nossa oferta de enoturismo, entendemos como fulcral esta aposta no turismo de natureza. Os mais de três mil hectares de Ravasqueira guardam uma biodiversidade ímpar, absolutamente fascinante, à qual também devemos a qualidade e a excelência dos nossos vinhos”, explica Gonçalo Ribeirinho dos Santos, diretor de marketing da Ravasqueira, citado em comunicado.

“Será uma viagem pelas vinhas, guiada pelo vasto conhecimento do biólogo Mário Carmo, que, ao longo do último ano, tem vindo a fazer um levantamento profundo e rigoroso da fauna e flora locais. Uma oportunidade para descobrir a Ravasqueira a partir de outro ponto de vista e uma proposta ideal para toda a família”, acrescenta.

O biólogo Mário Carmo, que tem então sido responsável pelo mapeamento e inventariação de toda a biodiversidade da Ravasqueira, é o guia que levará os amantes de vinho e o público em geral a descobrir a fauna e flora locais.

As visitas, limitadas a 25 pessoas decorrem uma vez por mês, ao sábado de manhã, têm o custo de 25 euros por participante e terminam com uma prova de vinhos da Ravasqueira. A primeira visita está agendada para o dia 27 de maio. As marcações podem ser feitas em www.ravasqueira.com.

Esta oferta integra-se numa estratégia da marca para “renovar” a sua oferta de enoturismo e passa pela aposta em novos programas, visitas, provas, cursos, workshops e outras experiências que “promovem a cultura e a tradição alentejana em harmonia com um ecossistema rico e diverso que permite a produção de grandes vinhos”.

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Ministério Público brasileiro quer investigar diretores da Google e Telegram

  • Lusa
  • 11 Maio 2023

O Ministério Público alega que a conduta dos diretores das duas empresas teria um alegado potencial criminoso e, por isso, pede autorização para abrir uma investigação.

O Ministério Público brasileiro esta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal uma investigação contra os diretores da Google e da Telegram pela campanha que lançaram contra o projeto de lei, que visa coibir a desinformação na Internet no país.

O pedido foi apresentado pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, em resposta à denúncia do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que considerou “contundentes e abusivas” algumas ações realizadas pelas duas plataformas contra um projeto de lei que está a ser discutido na câmara baixa do Brasil.

A Google e a Telegram publicaram mensagens a criticar o projeto de lei nos últimos dias, que descreveram como uma tentativa de censura e violação da liberdade de expressão, e garantem que sua aprovação poderia forçá-las a deixar o país.

O Governo brasileiro, que apoia o projeto contra a disseminação de notícias falsas na Internet, também criticou os provedores de redes sociais pelas suas campanhas contra a iniciativa, por tentar pressionar os legisladores brasileiros e colocar a opinião pública contra si.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, acusou as duas plataformas de usarem seu “poder económico” para promover uma “campanha abusiva e desonesta” contra o projeto e um debate “parlamentar e democrático” que busca conter a circulação massiva de desinformação na Internet.

O Ministério Público alegou na sua petição perante o Supremo Tribunal Federal (STF) que a conduta dos diretores de ambas as empresas teria um alegado potencial criminoso e, por isso, pede autorização para abrir uma investigação.

Na mensagem que publicou no seu site e que o STF obrigou a retirar, a Google disse que a iniciativa legislativa “pode aumentar a confusão sobre o que é verdadeiro ou falso no Brasil”.

A Telegram foi mais direta e, numa mensagem distribuída a todos os seus clientes e que também foi obrigada a retirar, afirmou que o projeto de lei “vai matar a Internet no Brasil” e que a democracia está sob ataque no país.

O pedido do Ministério Público brasileiro será analisado pelo magistrado Alexandre de Moraes, responsável por um processo sobre a divulgação massiva de informações falsas, e que na quarta-feira ordenou à Telegram a retirada da mensagem que considerou falsa sob pena de ser bloqueado por 72 horas e punido com pesadas penalidades financeiras.

Na sua petição ao STF, o Ministério Público alega que as empresas, aproveitando-se de sua posição hegemónica no mercado, lançaram uma sórdida campanha de desinformação, manipulação e intimidação contra uma iniciativa parlamentar com o único intuito de defender os seus interesses económicos.

O projeto de lei contestado, já aprovado pelo Senado, criminaliza a disseminação de conteúdo falso nas suas contas automatizadas, responsabiliza os fornecedores por conteúdo de terceiros impulsionado por pagamentos e exige que os provedores tenham representação no Brasil.

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Preço do cabaz do IVA zero tem caído 1,6% por semana

Na última semana, o cabaz IVA zero monitorizado pela Deco ficou apenas 27 cêntimos mais barato, passando a custar 130,36 euros. Desde início da medida, recuou, em média, 1,6% por semana.

O preço do cabaz de bens essenciais de um conjunto 41 produtos alimentares abrangidos pelo “IVA zero” caiu, em média, 1,6% por semana desde que a medida entrou em vigor, segundo cálculos do ECO com base nos dados da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

Em causa está a monitorização de 41 dos 46 alimentos – que incluem peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga – que, desde 18 de abril, passaram a estar isentos de IVA, na sequência do acordo tripartido entre Governo, distribuição e produção.

Se a 17 de abril o cabaz IVA zero monitorizado pela Deco custava 138,77 euros, esta quarta-feira já custava 130,36 euros. Contas feitas, no espaço de pouco mais de três semanas, este cabaz ficou 8,41 euros mais barato, o equivalente a uma redução de 6%. O efeito desta contração é refletido numa queda de 2,47% do preço do cabaz desde o início do ano até 10 e maio.

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O queijo curado fatiado, a couve-flor e o arroz agulha foram os produtos que registaram uma maior correção do preço desde a entrada em vigor do IVA zero, ao contabilizarem uma queda de 3%. Segue-se o preço da maçã golden, que caiu 2% e o do pão de forma sem côdea, que recuou 1% nas últimas três semanas.

Por outro lado, neste mesmo período, a maior subida continua a ser registada no iogurte líquido, cujo preço disparou 12%, seguido pelos brócolos (13%) e pelo atum posta em óleo vegetal (6%).

Já em termos de categorias de produtos, os congelados foram a categoria que mais beneficiou com a entrada em vigor do IVA zero, tendo uma cesta destes produtos recuado 10,06% (menos 36 cêntimos) para 3,23 euros.

Segue-se o peixe, cujo preço caiu 8,05% (menos 2,81 euros) para 32,06 euros; a carne, que recuou 6,11% (menos 2,50 euros) para 38,39 euros); a mercearia, cuja cesta baixou 5,69% (menos 1,27 euros) para 21,03 euros; a fruta e legumes, que cedeu 5,40% (menos 1,24 euros) para 21,78 euros; e, por fim, os laticínios, cujo preço caiu 1,59% (menos 22 cêntimos) para 13,87 euros.

No que toca especificamente à última semana (entre 3 e 10 de maio), o cabaz IVA zero ficou 27 cêntimos mais barato (0,21%), passando de 130,63 euros para 130,36 euros.

Os brócolos foram o produto cujo preço mais aumentou na última semana, tendo disparado 13%. Segue-se a maçã gala (6%), o azeite virgem extra e o iogurte líquido (ambos 5%), o atum posta em azeite, o bacalhau graúdo e a dourada (todos 4%), o arroz agulha e a couve-flor (ambos 3%) e a batata vermelha (2%).

Cabaz de 63 produtos aumenta pela primeira vez em quatro semanas

Paralelamente, a Deco faz ainda a monitorização ao habitual cabaz de bens essenciais, que engloba 63 produtos e que inclui alguns produtos também abrangidos pelo IVA zero. E, ao contrário do cabaz IVA zero, na última semana este cabaz de bens alimentares voltou a subir: aumentou 24 cêntimos passando a custar 222,86 euros.

Trata-se da primeira subida desde 12 de abril. De notar que esta quinta-feira foi divulgado que a taxa de inflação homóloga abrandou significativamente em abril para 5,7%, que se traduziu no sexto mês consecutivo de abrandamento.

Desagregando os indicadores, o INE nota que o índice relativo aos produtores alimentares não transformados desacelerou, na variação homóloga, de 19,3% em março para 14,1% em abril.

Já se compararmos com há um ano (a 11 de maio de 2022), este cabaz está cerca de 15,65 euros mais caro, como resultado de uma subida de 7,55% dos preços.

Por sua vez, se a comparação for feita com o dia anterior ao início da guerra na Ucrânia (a 23 de fevereiro de 2022), este cabaz aumentou 21,36%, passando a custar mais 39,23.

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Casa do Disney+ abre no Centro Colombo

“Anatomia de Grey”, “Homicídios ao Domicílio”, “The Mandalorian”, “Black Panther: Wakanda para Sempre”, “Peter Pan”, “Encanto” e “Kardashians” são os títulos que inspiram as divisões do espaço.

A The Walt Disney Company abriu esta quinta-feira a Casa do Disney+, um espaço “inspirado em alguns dos mais emblemáticos filmes e séries do serviço de streaming”, na Praça Central do Centro Colombo, em Lisboa. A entrada é gratuita e aberta ao público de todas as idades até ao dia 22 de maio.

Esta ação é feita sob a premissa de que “o Disney+ oferece muito mais do que se imagina”, e pretende proporcionar uma experiência “única e exclusiva” através de um circuito de sete salas alusivas a alguns dos títulos desta plataforma de streaming, refere-se em nota de imprensa.

“Anatomia de Grey”, “Homicídios ao Domicílio”, “The Mandalorian”, “Black Panther: Wakanda para Sempre”, “Peter Pan”, “Encanto” e “Kardashians” são os títulos que inspiram as divisões que os visitantes, sejam miúdos ou graúdos, vão poder explorar e fotografar.

O espaço pode ser visitado de 11 a 22 de maio, entre as 12h00 e as 22h00.

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Caixa quase duplica lucros para 285 milhões no primeiro trimestre

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) viu os lucros do primeiro trimestre subirem mais de 95%, para 285 milhões de euros. Perdeu mais de 300 milhões de euros em depósitos. Vai pagar dividendo recorde.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) obteve lucros de 285 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, quase duplicando o resultado líquido face aos 146 milhões registados no mesmo trimestre do ano passado. É um aumento de mais de 95%, alcançado “num contexto económico instável”, nota o banco público, cuja rentabilidade dos capitais próprios (ROE) aumentou para 13,1%.

Segundo explicou numa conferência de imprensa o administrador Francisco Cary, que atualmente tem o pelouro financeiro, o resultado líquido deste trimestre contou com um impacto positivo de 80 milhões de euros resultante da venda de ativos financeiros do extinto Fundo de Pensões, cuja liquidez e ativos comparáveis a CGD transferiu neste período para a Caixa Geral de Aposentações.

A margem financeira da CGD aumentou de forma expressiva no trimestre, subindo quase 130%, para 611 milhões de euros, devido, “essencialmente, ao contributo da atividade em Portugal”, consequência da “subida das taxas de juro nas operações de retalho e do impacto positivo relativo às operações de tesouraria e da carteira de títulos”, refere o comunicado com os resultados. As receitas com comissões tiveram “um ligeiro aumento” de 2%, totalizando 149 milhões de euros.

Os depósitos de clientes em Portugal recuaram em 339 milhões de euros face ao período homólogo, em linha com a “tendência” do mercado, disse o administrador financeiro em funções, para 69,288 mil milhões de euros. Os clientes estão a retirar dinheiro dos depósitos para investir, sobretudo, em Certificados de Aforro, assumiu o gestor, mas também para investir noutros ativos financeiros e para amortizar crédito à habitação.

Focando precisamente o financiamento para a compra de casa, a CGD observou uma redução de 0,5% na carteira de crédito à habitação, que fechou março de 2023 a valer 24,71 mil milhões de euros. Alargando o espetro a todo o financiamento concedido pela Caixa, o crédito a clientes consolidado desceu de 52,879 mil milhões no final do primeiro trimestre de 2022 para 52,743 mil milhões no final do primeiro trimestre deste ano.

Nesta apresentação de resultados, a administração da Caixa confirmou a distribuição de um dividendo em cash de 352 milhões de euros ao Estado, um montante recorde que poderá ser significativamente superior no final. Isto porque, como já era sabido, o banco tenciona entregar um dividendo em espécie, que é o edifício-sede no Campo Pequeno e que poderá elevar o dividendo total relativo a 2022 para cerca de 700 milhões de euros, disse Paulo Macedo. Tudo depende da avaliação que for feita do valor do imóvel.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h20)

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Deputados do PS disponíveis para reuniões da CPI à TAP de segunda a sexta

  • Lusa
  • 11 Maio 2023

"Como líder parlamentar o meu sublinhado é outro: todos estão disponíveis para trabalhar de segunda a sexta", disse Eurico Brilhante Dias, sobre a carta de ex-presidente da CPI à TAP.

Os deputados do PS que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP estão todos disponíveis para reuniões de segunda a sexta-feira, afirmou esta quinta-feira o líder da bancada socialista, Eurico Brilhante Dias.

Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, Eurico Brilhante Dias repetiu várias vezes esta disponibilidade da parte do PS, referindo-se a um dos motivos invocados pelo deputado socialista Jorge Seguro Sanches na sua carta de demissão de presidente da comissão parlamentar de inquérito sobre a TAP.

Quanto ao alargamento do prazo deste inquérito parlamentar para lá do prazo fixado, 23 de maio, o líder parlamentar do PS remeteu o assunto para a esfera da comissão parlamentar de inquérito. “Isso já é uma matéria que eles discutirão, eu quanto a isso não vou emitir opinião, é a sua independência. Como líder parlamentar o meu sublinhado é outro: todos estão disponíveis para trabalhar de segunda a sexta”, frisou.

Na sua carta de renúncia ao mandato de presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP, lida em reunião pelo social-democrata Paulo Rios de Oliveira, o deputado do PS Jorge Seguro Sanches lamentou a falta de “consenso para realização de reuniões à segunda e à sexta à tarde”.

Respondendo a este ponto, o líder parlamentar do PS afirmou que “todos os deputados do PS sem exceção” que integram a comissão de inquérito sobre a TAP lhe asseguraram que “estão disponíveis para trabalhar de segunda a sexta”.

“A principal tarefa de um deputado é servir a comunidade, e num momento em que temos de apurar a verdade e toda a verdade essa é a prioridade. E esses deputados, sublinho, estão disponíveis para trabalhar de segunda a sexta na comissão parlamentar de inquérito”, repetiu.

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Tripulantes da easyJet lançam novo pré-aviso de greve para maio e junho

  • Diana Rodrigues
  • 11 Maio 2023

O sindicato dos tripulantes apresentou um pré-aviso de greve para 26, 28, 30 de maio e 1 e 3 de junho. Em causa está a discriminação de tripulantes da companhia low cost.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) apresenta um pré-aviso de greve para 26, 28, 30 de maio e 1 e 3 de junho e exige igualdade de tratamento para a tripulação das bases portuguesas da easyJet.

Em comunicado, o sindicato afirma que a “easyJet continua a considerar os tripulantes das bases portuguesas trabalhadores menores, perpetuando a precarização e discriminação relativamente aos colegas de outros países”.

A greve irá abranger “todos os voos realizados pela easyJet” e os “demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos”, cujas “horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00:01 e fim às 24:00 de cada um dos dias” mencionados acima, lê-se no pré-aviso de greve.

O clima de tensão e “longo impasse” na resolução dos diversos diferendos laborais são a justificação para a decisão. “Temos consciência mais uma vez do que este pré-aviso representa e não o fazemos de ânimo leve”, referem na nota, antes de acrescentar que o “SNPVAC continua disponível para negociar com a empresa de forma séria e de forma a ir de encontro às pretensões dos nossos associados”.

Em reação, a gestão da easyJet avançou ter ficado “extremamente desapontada” com a convocação de uma greve no fim de maio e início de junho pelos tripulantes de cabine, garantindo que a “proposta atual do sindicato é impraticável”.

Estamos extremamente desapontados com a decisão do SNPVAC [Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil] de anunciar um novo aviso de greve, apesar de termos deixado clara a nossa disponibilidade para retomar um diálogo construtivo de forma a chegar a um acordo sustentável”, refere, em comunicado, a transportadora aérea.

“A proposta atual do sindicato é impraticável, especialmente tendo em conta que o que pagamos aos nossos trabalhadores está acima da média salarial nacional”, lê-se na nota.

(atualizado às 17h46 com a reação da easyJet)

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Kit para produzir sémen de coelho vence concurso de ideias da UTAD

Além do prémio de três mil euros, o projeto RabbitXYSort, com origem na academia transmontana, vai disputar a final nacional do concurso de ideias com mais seis universidades portuguesas.

Patrícia Pinho, investigadora do Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) foi a vencedora do concurso de ideias de negócio INOV@UTAD 2023 com o projeto RabbitXYSort, que consiste na reprodução de coelhos de forma mais sustentável e ética.

A ideia passa por desenvolver um kit de sexagem de sémen de coelho para aplicação na indústria da produção animal, onde se verifica uma preferência pelos machos. “A existência de animais de sexo indesejado nesta indústria leva a que sejam frequentemente abatidos de forma precoce para minimizar as perdas financeiras. Por isso, este kit pretende responder ao desafio societal de produzir alimentos de forma mais sustentável, consciente e ética, promovendo o bem-estar animal e uma maior rentabilidade financeira das explorações”, explica a promotora do projeto, Patrícia Pinho, citada em comunicado.

Em Portugal, existem mais de 200 produtores de coelhos e a condição biológica desta espécie dita uma probabilidade de 50% de machos e fêmeas em ninhadas de oito. “Este kit permitirá a obtenção de doses de sémen para inseminação enriquecidas em espermatozoides X ou Y. Assim, as ninhadas poderiam vir a apresentar uma maior proporção de animais do sexo desejado, trazendo benefícios económicos, ambientais e ao nível do bem-estar animal”, explica a investigadora da UTAD.

Patrícia Pinho, vencedora do concurso de ideias de negócio INOV@UTAD 2023UTAD

Além do prémio monetário de três mil euros, o projeto “RabbitXYSort” vai estar na final nacional do concurso de ideias do UI-CAN, que se realiza a 6 de junho em Aveiro, juntamente com os vencedores de outras seis universidades (Aveiro, Beira Interior, Coimbra, Évora, Minho, Porto), que integram o consórcio Universidades como Interface para o Empreendedorismo (UI-CAN). O projeto é cofinanciado através do Compete 2020.

À edição deste ano do INOV@UTAD 2023 concorreram onze ideias de negócio, mas só três projetos é que foram distinguidos. O segundo prémio, no valor de 1.500 euros, foi atribuído ao projeto “Pimenta do Vinhedo” e o terceiro, no valor de 500 euros, foi atribuído ao “Vet Before Pet”. O projeto “Maturo” recebeu uma menção honrosa do projeto mais inovador.

O INOV@UTAD é um concurso de ideias de negócio, organizado pelo Centro de Inovação e Desenvolvimento (CIDE) da UTAD, que promove o desenvolvimento de competências e atitudes empreendedoras em áreas como o conhecimento, a investigação e as novas tecnologias.

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Cativações finais de 444 milhões em 2022 foram as mais altas desde 2019

  • Lusa
  • 11 Maio 2023

Dos cativos finais de 444 milhões de euros, 269 milhões referem-se a despesa com a aquisição de bens e serviços (consumo intermédio, em contas nacionais) e 144 milhões de euros à reserva orçamental.

As cativações finais em 2022 ascenderam a 444 milhões de euros, o valor mais alto desde 2019, segundo um relatório do Conselho das Finanças Públicas (CFP) publicado esta quinta-feira. De acordo com o relatório “Evolução Orçamental das Administrações Públicas em 2022” do CFP, as cativações iniciais sobre a despesa na administração central ascenderam a 1.017 milhões de euros no ano passado, às quais acresceram cativações realizadas durante a execução orçamental de 67 milhões de euros, totalizando 1.084 milhões de euros.

Os dados provisórios relativos ao ano de 2022 mostram que foram descativados 640 milhões de euros, tendo os cativos permanentes ascendido a 444 milhões de euros, indica o relatório. “Trata-se do valor mais elevado de cativos finais desde 2019”, realça o CFP, referindo que, face a 2021, o aumento foi de 126 milhões de euros.

O organismo presidido por Nazaré da Costa Cabral indica ainda que este valor de cativos finais corresponde a 40,9% do total de cativos iniciais e de execução, sendo “o rácio mais elevado desde 2016”.

Dos cativos finais de 444 milhões de euros, 269 milhões referem-se a despesa com a aquisição de bens e serviços (consumo intermédio, em contas nacionais) e 144 milhões de euros à reserva orçamental.

 

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