CINM com mais de 2.500 entidades dá prova de vida em 2023

  • BRANDS'Local Online
  • 21 Março 2023

Em fevereiro de 2023 o número de entidades licenciadas no CINM era de 2.506. Um indicador da resiliência do CINM nos últimos anos.

Na Madeira, uma das questões que é transversal em vários setores da vida regional, em particular no plano económico, é se o Centro Internacional de Negócios da Madeira é uma história com futuro.

"O ano de 2023 deverá ser clarificador e decisivo quanto à capacidade deste mecanismo de desenvolvimento económico manter-se competitivo nos mercados internacionais e, consequentemente, continuar a contribuir para uma economia madeirense mais robusta.”

Roy Garibaldi, presidente da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira

A empresa que tem a seu cargo a gestão e promoção do CINM nos mercados, tanto em Portugal como no estrangeiro, no sentido de captar novas empresas e mais navios para a Madeira, revela os dados relativos ao fim de Fevereiro deste ano e assume que as negociações que se seguem com a Comissão Europeia para um novo regime de ajudas de Estado para o CINM serão cruciais para o futuro da Região.

No final de Fevereiro de 2023, no total, estavam licenciadas para operar nos três sectores de actividade do CINM 2.506 entidades, 1.554 no sector dos Serviços Internacionais, 48 na Zona Franca Industrial e no Registo Internacional de Navios da Madeira 904 entidades.

No que concerne aos postos de trabalhos criados pelas empresas do CINM na Madeira, os dados mais recentes da Direcção Regional de Estatística da Madeira, referentes a 2020, apontam para um total de 3.540 postos de trabalho directos criados no âmbito dos Serviços Internacionais (2.808) e na Zona Franca Industrial (732). No Registo Internacional de Navios o total de tripulantes era de 10.417.

Outro dos dados que são forte referência e que reforçam a valia do CINM na República e também junto de Bruxelas é contributo do mesmo para a receita fiscal da Madeira. Percentualmente, o peso das receitas efetivas geradas pelo CINM para o total da receita fiscal da Madeira rondou em 2021 os 11,6%. Em declarações públicas, o Secretário Regional das Finanças, Rogério Gouveia, assumiu que esse valor em 2022 fique entre os 12 e os 13%, ou seja, entre os 105 e os 115 milhões de euros.

A relação direta do CINM com a economia regional e o contributo efetivo para a sua internacionalização tem sido defendida por vários atores regionais e fica comprovada pelo mais recente estudo da DREM que enfatiza que, em 2021, 77,5% das exportações e 57,3% das importações foram efetuadas por empresas sediadas no CINM, dando nota assim de um contributo positivo para o comércio internacional da Região.

Entre outros, este conjunto de dados ajuda a sustentar o esforço diplomático regional, em várias vertentes, para assegurar um futuro estável e competitivo para o CINM.

Recentemente, o presidente da ACIF-Câmara de Comércio da Madeira, Jorge Veiga França, alertava para a expectativa que recai sobre o Governo Português de conseguir negociar um regime para o CINM, “que permita recuperar uma estabilidade e um crescimento” que já gerou resultados no passado, sublinhando e apelando para que complementarmente haja “estabilidade nas medidas criadas pelo próprio Governo”, dado que só assim haverá garantia de sucesso para uma política estratégica, económica, financeira ou fiscal, que sustente a captação de investimento externo que o País e em particular a Região precisam.

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Regulador multa Lusíadas e Hospital da Luz por discriminação de utentes nas marcações

  • Lusa
  • 21 Março 2023

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) multou a Lusíadas e o Hospital da Luz por discriminarem utentes da ADSE, em comparação com utentes com seguros ou particulares.

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) multou a Lusíadas S.A. e o Hospital da Luz S.A. por discriminação de utentes na marcação de consultas pela ADSE, em comparação com utentes com seguros ou a título particular.

Nas deliberações hoje conhecidas, o regulador refere-se a diversas reclamações. Numa delas, um utente solicitou à Lusíadas S.A. o agendamento de uma consulta ao abrigo do acordo com a ADSE, tendo ficado marcada para 09 de maio de 2022, mas depois simulou na ‘App’ a marcação a título particular e verificou que havia disponibilidade para quase três meses antes (14 fevereiro).

Noutro caso, referente ao mesmo prestador, a utente compareceu na data agendada para uma mamografia e ecografia e foi nessa altura informada de que “tal agendamento tinha sido erroneamente efetuado na qualidade de particular”, pelo que, mesmo sendo beneficiária da ADSE, teria de pagar o preço definido para utentes particulares, que é superior ao contratualizado com o Instituto de Proteção e Assistência na Doença.

A ERS diz ainda que o prestador confirmou a existência de tal diferenciação no que respeita ao agendamento de consultas e de exames, o que o regulador considera “uma prática discriminatória em razão da entidade financiadora dos utentes”, e, por isso, “violadora do princípio da não discriminação do acesso a cuidados de saúde”.

O regulador da saúde lembra igualmente que a adoção de práticas de rejeição ou discriminação infundadas em estabelecimentos públicos, publicamente financiados, ou contratados para a prestação de cuidados no âmbito de sistemas e subsistemas públicos de saúde ou equiparados, “constitui contraordenação”, pelo que determinou a abertura de um processo.

Emitiu ainda uma instrução à Lusíadas S.A. para que este prestador garanta, enquanto detentor de convenção para atendimento de utentes beneficiários de subsistemas de saúde públicos, designadamente da ADSE, que da marcação de qualquer prestação de cuidados “não decorre a discriminação dos utentes em função da entidade financeira responsável pelo pagamento”.

Insta ainda a Lusíadas S.A. a rever os procedimentos existentes para o agendamento de consultas ou exames, para que “cumpram e respeitem os princípios da igualdade e da não discriminação de utentes”, e a garantir que estes procedimentos são corretamente respeitados por todos os profissionais ao seu serviço.

No que se refere ao Hospital da Luz S.A., o regulador aponta o caso de uma utente que tentou agendar para o Hospital da Luz Lisboa uma consulta através da aplicação MyLuz, tendo recebido uma notificação a indicar que teria de aguardar contacto por não existirem vagas nos três meses seguintes.

Posteriormente, a utente foi contactada pelo hospital, que a informou de uma vaga disponível para daí a sete meses, tendo recusado. Nesse momento, a utente tentou agendar consulta através da aplicação móvel ao abrigo de um seguro que detinha e conseguiu vaga para mais cedo.

Neste caso, a ERS aponta igualmente a existência de uma prática diferenciada no acesso a cuidados de saúde, concretamente, no agendamento de consulta entre os utentes atendidos a título particular, utentes beneficiários de seguros e planos de saúde e utentes beneficiários de subsistemas de saúde, o que o regulador diz não poder acontecer.

Explica que, na resposta, o prestador não esclareceu em que consistem os critérios dessa diferenciação, limitando-se a fazer referência, “vaga e genérica”, à necessidade de estes permitirem “a distribuição equilibrada face à capacidade instalada”.

A ERS considera que o motivo invocado não pode nunca permitir que o prestador garanta o acesso a cuidados de modo mais rápido a utentes atendidos a título particular ou beneficiários de seguros e planos de saúde, em detrimento de utentes beneficiários de subsistemas de saúde, como é o caso da ADSE. Sublinha ainda que, como foi isso que aconteceu, foi aberto um processo contraordenacional.

Emitiu igualmente uma instrução à Hospital da Luz, S.A. para que garanta que o agendamento de qualquer prestação de cuidados de saúde não decorre de qualquer discriminação dos utentes em função da entidade financeira responsável pelo pagamento e reveja os procedimentos existentes para que passem a cumprir os princípios da igualdade e não discriminação de utentes.

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Nova consultora tecnológica da Nos quer contratar 60 pessoas até final do ano

A nova consultora tecnológica arranca já com um portefólio de algumas dezenas de clientes em vários setores de atividade, tendo como objetivo duplicar o seu negócio durante 2023.

A nova consultora tecnológica Ten Twenty One, que integra o Grupo Nos, nasce com o objetivo de acelerar a transformação tecnológica das empresas portuguesas, elevando-as a um novo patamar de eficiência, velocidade e poupança. A empresa arranca com uma equipa de 60 pessoas, que pretende duplicar até ao final do ano, e com um portefólio de algumas dezenas de clientes em vários setores de atividade, tendo como objetivo dobrar o seu negócio durante 2023.

“Vivemos momentos de disrupção e volatilidade, onde a modernização tecnológica, alavancada pela cloud, big data e automação, é um fator essencial para assegurar a flexibilidade e resiliência das operações e do negócio. Para as grandes empresas, este é um desafio complexo que implica uma visão transversal e um roadmap sistematizado nos pilares de pessoas e competências, processos e negócios e tecnologia”, começa por dizer Tiago Ribeiro, managing director da Ten Twenty One.

“É neste contexto que a Ten Twenty One se posiciona e diferencia, aliando a experiência na gestão de arquiteturas IT tradicionais e modernização do IT e jornada para a cloud, a uma abordagem pragmática aos desafios da segurança, governance, modernização aplicacional, e controlo de custos em arquiteturas híbridas e em transformação”, continua, em comunicado.

Com escritórios em Lisboa e no Porto, a Ten Twenty One é composta por profissionais multidisciplinares, que aliam a experiência setorial e de integração de sistemas a um conhecimento profundo e único em Portugal, de engenharia cloud.

A empresa que integra o universo Nos posiciona-se num território onde a oferta é larga, mas com uma abordagem e uma abrangência que garante ser diferente. “Tira partido da experiência acumulada de vários anos na gestão de serviços de TI em grandes organizações portuguesas, à qual junta as práticas mais inovadoras de consultoria e um conhecimento profundo em engenharia cloud. (…) Abarcando esta dupla valência de negócio e tecnologia, a Ten Twenty One posiciona-se num espaço próprio dentro da consultoria tecnológica, onde combina a robustez de abordagem das grandes consultoras internacionais com a flexibilidade, rapidez e capacidade de concretização dos integradores de sistemas de média dimensão.”

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TAP tem melhor margem de rentabilidade do que companhias que a querem comprar

A companhia área portuguesa diz na apresentação de resultados ter melhor margem de rentabilidade do que a Lufthansa, a IAG e a Air France - KLM, consideradas as principais candidatas na privatizão.

A TAP reclama na apresentação de resultados de 2022 que tem melhores margens de rentabilidade do que as pares, que são também as companhias que têm demonstrado apetência para participar na privatização da transportadora aérea portuguesa. Há, no entanto, um indicador em que ainda fica atrás da concorrência.

A companhia aérea portuguesa apresentou esta segunda-feira lucros de 65,6 milhões de euros em 2022, pondo fim a um longo ciclo de prejuízos, que atingiram os 1.600 milhões em 2021, devido ao impacto da pandemia.

O resultado operacional cifrou-se em 268,2 milhões de euros, um novo recorde, com a margem de rentabilidade operacional a atingir 7,1%. Percentagem que, segundo a TAP, supera a das pares. Na IAG, dona da Ibéria e British Airways, a margem foi de 5,3%, na da Air France-KLM de 4,2% e na Lufthansa de -1,2%. Tudo companhias que, no passado recente, demonstraram interesse em participar na privatização da companhia aérea portuguesa.

O cenário repete-se na margem EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) que alcançou os 21,8% no exercício do ano passado, bem acima dos 14,3% da IAG, dos 12,7% da Air France-KLM e dos 6,2% da Lufthansa.

Quando se olha para as receitas por lugar-quilómetro oferecido (PRASK, na sigla em inglês) o retrato já é diferente. Na TAP foi de 6,68 euros em 2022, ficando abaixo dos 7,38 euros da IAG, dos 7,59 euros da Air France-KLM e dos 7,98 euros da Lufthansa. A companhia portuguesa só se destaca no facto de ser a que mais recuperou neste indicador desde 2019, com um crescimento de 20,5%, mas porque vinha de um valor mais baixo.

Nos custos por lugar-quilómetro oferecido (CASK, na sigla em inglês), a companhia portuguesa volta a estar melhor do que as concorrentes. Tirando as despesas com combustível, este indicador foi e 4,66 euros na TAP, abaixo dos 5,90 euros da Air France-KLM, dos 5,95 euros da IAG e dos 6,55 euros da Lufthansa. Convém salientar que na transportadora nacional vigoraram cortes salariais entre 20% e 25%, acima dos 1.410 euros, que baixaram para 20% este ano, com a fasquia a subir para 1.520 euros.

As comparações têm por base o resultado integral do grupo no caso da IAG, só o negócio de transporte de passageiros na Lufthansa e a totalidade do grupo, exceto a manutenção e engenharia, no caso da Air France – KLM.

A TAP salienta ainda na apresentação que a capacidade oferecida nos seus voos atingiu 87% dos níveis de 2019, uma evolução que também está acima das pares. Na recente apresentação de resultados, a Air France-KLM voltou a manifestar o interesse na aquisição da TAP, com as ligações ao Brasil a serem apontadas como o principal atrativo. “Consideramos as rotas para o Brasil extremamente poderosas para nós”, disse o CEO.

A companhia portuguesa encontra-se também no radar da Lufthansa, que está em processo de aquisição de uma participação de 40% na nova transportadora de bandeira italiana ITA. “A prioridade para a Lufthansa é a ITA, mas como o maior grupo de aviação da Europa não nos podemos focar apenas num alvo. Não me afasto da TAP. Os dois candidatos mais interessantes neste momento são a ITA e a TAP, mas também poderia dar outros nomes. Sempre que surgir um candidato, vamos estar atentos e mostrar o nosso interesse”, afirmou o CEO, Carsten Spohr, a 6 de março.

A companhia portuguesa tem sido apontada também como um plano B para o grupo da Iberia, caso não chegue a acordo para a aquisição de uma particicipação maioritária na também espanhola Air Europa. “Não vou falar em particular da TAP, mas exploramos todas as opções que permitam tornar o grupo mais forte”, disse o CEO Luis Gallego, durante a conferência de apresentação de resultados anuais, a 24 de fevereiro de 2023.

O ministro das Finanças pretende levar “em breve” a privatização da TAP a Conselho de Ministros. Os bons resultados da companhia serão um dos argumentos para a venda.

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Pitagórica e IPESPE criam base de estudos luso-brasileira

  • BRANDS' ECO
  • 21 Março 2023

A Pitagórica e o IPESPE assinam protocolo com acordo inédito, que visa criar uma base de conhecimento luso-brasileira para estudos de Mercado e Opinião Pública.

A portuguesa Pitagórica e o IPESPE – Instituto brasileiro de Pesquisas Sociais, Políticas e Económicas assinaram ontem um protocolo de cooperação técnica académica e científica na área dos estudos de mercado e de opinião.

O acordo prevê “a execução e a divulgação conjunta de estudos e projetos de investigação no âmbito dos domínios científicos interdisciplinares”, com o intuito de formalizar o que será a criação de uma “base de conhecimento” luso-brasileira na área dos estudos de mercado e de opinião.

“É uma enorme satisfação trabalhar com uma das mais prestigiadas empresas portuguesas desta área, e um avanço relevante que irá beneficiar empresas e instituições em ambos os países”, disse Marcela Montenegro, Diretora Executiva do IPESPE.

Com este protocolo, as duas empresas, que já trabalham nos vários mercados de línguas portuguesa, passam a partilhar benchmarks internacionais nos diferentes setores, com especial destaque para estudos sobre as relações económicas, políticas e institucionais entre os dois países, e para as métricas de satisfação dos clientes e outros índices de mercado.

Isto significa que os clientes de ambas as empresas vão poder beneficiar de métricas e índices comparados com outros países e mercados, e com uma perspetiva mais ampla para os dados produzidos. “Os nossos clientes têm tudo a ganhar com a criação desta base internacional de conhecimento. Temos todos muito a aprender”, partilhou Alexandre Picoto, Administrador da Pitagórica.

Para além da realização de programas operacionais conjuntos, outra das possibilidades que o documento permite é o intercâmbio de investigadores entre as duas entidades na realização de projetos específicos.

Quem é a Pitagórica?

A fazer 23 anos de atividade a Pitagórica é uma das mais reconhecidas empresas de pesquisa e investigação de mercado, com trabalho em Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, bem com Timor Leste. São membros da Associação Portuguesa de Empresas de Estudos de Mercado (APODEMO) e da Rede de Pesquisa Europeia (EUROSKOPIA), bem como da ESOMAR- European Society for Opinion and Marketing Reserach.

Quem é o IPESPE?

Com 37 anos no mercado, o IPESPE foi criado por investigadores e professores universitários e é um dos mais capilares institutos do género no Brasil, associado à ABEP-Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa, e com pesquisadores membros da ABRAPEL – Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais e da ESOMAR – European Society for Opinion and Marketing Reserach. Tem atuação nacional e internacional, com pesquisas realizadas em todos os 5.570 municípios
brasileiros e estudos em Portugal, Angola e Bolívia. O conselho científico do IPESPE é presidido por Antonio Lavareda, um dos mais conceituados cientistas políticos do Brasil.

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Índices para revisão de preços nas empreitadas aumentam 4,9% num ano

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Março 2023

Os índices que são usados para refletir a variação dos custos numa empreitada subiram no último trimestre do ano passado, segundo um aviso publicado no Diário da República

Os índices de custos de mão-de-obra, de materiais e de equipamentos de apoio, indicadores usados para refletir a variação dos custos numa empreitada, aumentaram no último trimestre de 2022 face aos três meses anteriores, bem como em relação a um ano antes, segundo um aviso publicado esta terça-feira em Diário da República.

“Para efeito de aplicação das fórmulas de revisão de preços”, são publicados os valores dos índices de custos de mão-de-obra, de materiais e de equipamentos de apoio, relativos aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2022, “fixados através da aprovação do Conselho Diretivo do IMPIC, I.P., em reunião datada de 1 de março de 2023”, indica o aviso.

O índice de custos de mão-de-obra contempla várias componentes, mas também assume um valor global, de base 100 a janeiro de 2004. Este valor foi de 167,3 para os meses de outubro, novembro e dezembro de 2022, o que compara com 165,3 no último mês do trimestre anterior (o valor global variou entre julho e setembro). Já face ao mesmo trimestre de 2021, quando o valor foi de 159,4, registou-se uma subida de 4,9%.

Olhando para as várias componentes, verifica-se, por exemplo, que o índice referente à reabilitação ligeira de edifícios está nos 165,2, comparativamente com 163,3 no trimestre anterior e 159,5 no período homólogo. Nas profissões, um pedreiro passou de 158,9 em dezembro de 2021 para 166 um ano depois, o que equivale a um aumento de cerca de 4,5%.

Quanto ao índice de equipamentos de apoio, em que geralmente o valor cresce ao longo do trimestre, o índice foi de 125,7 no final de 2021, 132,1 em setembro de 2022 e 132,8 em dezembro de 2022 — ou seja, num ano, o valor subiu 5,6%.

As fórmulas desenhadas na revisão de preços têm como objetivo encontrar o coeficiente de atualização a aplicar ao preço inicial contratado.

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E, pela quinta vez, Justiça recusa perícia médica independente a Ricardo Salgado

O juiz de instrução do processo BES/GES recusou novo pedido (feito pela defesa) de realização de uma perícia médica neurológica a Ricardo Salgado para confirmar diagnóstico de Alzheimer.

O juiz de instrução do processo BES/GES recusou o novo pedido de realização de uma perícia médica neurológica ao ex-banqueiro Ricardo Salgado, para comprovar o diagnóstico de doença de Alzheimer que lhe foi feito. O magistrado Pedro Correia considera que a fase de instrução não é a fase indicada para o fazer, mas sim a de julgamento. Esta é a quinta recusa da Justiça portuguesa, no que toca a pedidos de perícia médica independente, realizada por médicos independentes, do INML.

De acordo com o despacho, avançando pela agência Lusa, o juiz Pedro Correia rejeitou o pedido da defesa do antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES), ao considerar que “não se vê como o resultado de perícia realizada nos termos requeridos poderia ser essencial à decisão a proferir nesta fase processual”.

Para o magistrado do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) – que substitui Ivo Rosa na fase de instrução do processo, os argumentos de Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squillace, quanto a um consequente arquivamento do processo no que diz respeito ao antigo banqueiro – na sequência de uma perícia médica independente que confirmasse o diagnóstico clínico da doença de Alzheimer — não têm também fundamento legal.

Ainda na semana passada, a juíza de instrução do processo EDP –– cujos principais arguidos são Manuel Pinho e Ricardo Salgado – recusou a realização de uma perícia médica, que comprove a doença de Alzheimer, pedida pela defesa do ex-banqueiro.

A juíza considera que essa perícia seria “manifestamente contrária aos fins da instrução” e que isso não iria interferir com uma eventual pronúncia do arguido para julgamento, segundo pode ler-se no despacho da juíza do Tribunal Central de Instrução Criminal, a que o ECO teve acesso, mas avançado em primeira mão pelo Observador. A juíza de instrução Gabriela Assunção marcou o debate instrutório para 28 de março.

“Tal situação clínica do arguido, a relevar, deverá ser ponderada em eventual fase de julgamento que venha a ocorrer, pois que a mesma terá (ou não) relevo quanto a eventual cumprimento de pena ou da adequação de imposição de uma pena ou uma medida de segurança”, referiu o juiz do Caso BES, acrescentando que a condição clínica invocada pelo arguido não foi levantada como eventual causa de anomalia psíquica à data dos factos do processo. O juiz Pedro Correia acabou também por dispensar Ricardo Salgado da audiência agendada para esta terça-feira, que visava o seu interrogatório.

No requerimento apresentado pela defesa do ex-banqueiro, os advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce sublinharam que a doença de Alzheimer estava “científica e clinicamente comprovada” pelos documentos que juntaram ao processo, demonstrando assim que Ricardo Salgado estava impedido de exercer, pessoalmente, a sua defesa e pedindo a realização da perícia médica com vista à posterior extinção dos autos para o ex-banqueiro. Dos vários documentos clínicos, consta o parecer do neurologista Joaquim Ferreira, que atestou “um diagnóstico final e definitivo”, confirmando que o antigo líder do Grupo Espírito Santo (GES) tem Doença de Alzheimer, “apresentando um agravamento progressivo das limitações cognitivas e motoras”.

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MyCareforce reforça equipa sénior para impulsionar crescimento e internacionalização

Henrique Mota, João Sousa Martins e Fábio Lux são novos profissionais da startup portuguesa. Estarão focados na gestão das atividades operacionais e comerciais.

A MyCareforce, plataforma digital portuguesa que conecta enfermeiros e técnicos auxiliares de saúde a vagas disponíveis em instituições de saúde, acaba de anunciar um reforço da sua equipa sénior para impulsionar o crescimento e a internacionalização da startup. Henrique Mota, João Sousa Martins e Fábio Lux estarão focados na gestão das atividades operacionais e comerciais.

“Estamos num momento de crescimento muito importante e precisamos de ter uma equipa experimente que nos ajude nestes grandes passos que estamos a dar”, começa por dizer Pedro Cruz Morais, coCEO da MyCareforce. “Temos objetivos ambiciosos para Portugal e para o Brasil, pelo que contamos com a nova equipa para nos ajudar a crescer e a conquistar novos objetivos”, acrescenta, em comunicado.

Henrique Mota chega à MyCareforce como head of operations. Licenciado em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa, o profissional tem vários anos de experiência em gestão e direção de serviços de saúde, tendo passado pela Glintt, Trofa Saúde, Centro Hospitalar do Médio Ave, e, mais recentemente, pela Knokcare, enquanto diretor de operações.

João Sousa Martins, com vários anos de experiência em brand innovation, gestão de contas e parcerias, bem como tecnologia ligada à saúde, integra a equipa como head of sales. Licenciado em International Business, Trade & Commerce, pelo Instituto Politécnico do Porto, o novo responsável pela área de vendas já passou por empresas como a Sonae Capital, Prozis e knokcare. Além disso, criou a sua própria startup tecnológica.

Fábio Lux, por sua vez, assumirá a gestão de operações no mercado brasileiro. Vem da Doctoralia Brasil, responsável pela criação da Doctoralia Lab e Doctoralia Saúde, e tem uma vasta experiência no setor da saúde, tendo passado por empresas como a Clínica Obstetrícia de São Paulo, InvestSP e a Claro/NET. É formado em Publicidade, Propaganda e Marketing e fez um MBA na Universidade de São Paulo.

No fecho do ano passado, a MyCareforce entrou no mercado brasileiro, onde o objetivo para 2023 é alcançar as 10 mil inscrições na plataforma e as 70 mil horas trabalhadas.

A MyCareforce colabora com mais de 100 instituições no setor da saúde, incluindo Grupo Trofa Saúde, SAMS, Grupo Orpea, Residências Montepio, União das Misericórdias Portuguesas, entre outras, através das quais já realizou mais de 100.000 horas.

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TAP prevê atingir 94% dos passageiros de 2019 antes do verão

  • Ana Petronilho
  • 21 Março 2023

A 10 de março a transportadora estava com 55% de reservas dos voos que vão operar entre abril e junho. O valor fica nove pontos percentuais acima dos números do segundo trimestre de 2019.

Nos meses que antecedem o verão, a TAP prevê atingir 94% dos passageiros de 2019, tendo já um nível de reservas para os voos que vão operar entre abril e junho acima do período pré-pandémico. Cenário que leva a companhia a acreditar numa tendência “positiva na procura” em 2023.

De acordo com o comunicado divulgado esta terça-feira pela TAP, com os números fixados a 10 de março para o segundo trimestre do ano, a transportadora conta com 55% de reservas. Mais nove pontos percentuais face aos valores registados no mesmo período em 2019 e que, até junho, deverão subir e fixar-se em 94%.

Mas esta procura fica um pouco abaixo dos níveis do primeiro trimestre deste ano. Entre janeiro e março, a TAP indica que está a operar acima da capacidade de 2019, tendo atingido 72% das reservas e ficando 11 pontos percentuais acima da procura nos mesmos meses do período pré-pandemia.

Em 2022, segundo as contas anuais da empresa, foram transportados um total de 13,8 milhões de passageiros, mais 136,1% do que em 2021, atingindo 81% dos níveis de 2019.

Nestes que serão os últimos resultados da TAP conseguidos por Christine Oumières-Widener, a administração da companhia – que a partir de abril vai passar a ser assumida por Luís Rodrigues – deixa algumas pistas de medidas que podem vir a ser seguidas até ao final deste ano, para que a transportadora consiga aumentar as receitas e reduzir os custos, antes do processo de privatização.

Desde logo, a TAP quer fechar com a National Aviation Services (NAS) a venda da participação de 43,5% na Groundforce, quer reforçar a operação no Brasil e nos EUA, renegociar os contratos com os fornecedores para gerar poupanças, rever os contratos de aluguer dos aviões e aplicar mais medidas que reduzam os custos com o combustível (jet fuel).

Para aumentar as receitas, a TAP quer ainda relançar de forma generalizada o programa Portugal Stopover, que permite aos passageiros paragens gratuitas (escalas) até dez noites, durante a viagem de ida ou de regresso a casa.

O Stopover foi lançado em 2016 pela TAP, durante a administração de David Neeleman e de Fernando Pinto, e na altura, permitia escalas gratuitas de cinco dias aos passageiros cujo destino final não era Portugal.

O programa foi entretanto descontinuado pela TAP, mas em fevereiro deste ano Christine Ourmières-Widener decidiu relançar o Stopover e foi promover o programa ao mercado dos EUA. “É um mercado que queremos desenvolver e a ligação entre Portugal e os Estados Unidos é muito forte”, disse na altura a CEO, que está de saída da transportadora.

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Xi diz a Putin que maioria dos países apoia um alívio das tensões na Ucrânia

  • Lusa
  • 21 Março 2023

Depois da visita a Moscovo, que termina na quarta-feira, o Presidente chinês deve falar por telefone com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O Presidente chinês, Xi Jinping, informou, na segunda-feira, o homólogo russo, Vladimir Putin, que a “maioria dos países apoia um reduzir das tensões” na Ucrânia, segundo um comunicado difundido esta terça-feira pela diplomacia do país asiático.

Xi enfatizou que “há cada vez mais vozes racionais e pacíficas” e que a “maioria dos países apoia um aliviar das tensões”.

Estes países “querem que a paz e as negociações sejam promovidas e opõem-se a que seja atirada mais lenha para a fogueira”, apontou Xi, durante um encontro de quatro horas e meia com Putin, em Moscovo, de acordo com o comunicado difundido pelo ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

Segundo o líder chinês, “historicamente, os conflitos sempre foram resolvidos com base no diálogo e na negociação”.

Xi lembrou que a China emitiu um plano para a paz na qual apelou a “uma solução política” e se opôs a sanções unilaterais. “Acreditamos que quanto mais difícil é, mais espaço deve ser deixado para a paz. Quanto mais complexo o conflito, mais esforços devem ser feitos para não abandonar o diálogo”, defendeu Xi.

O líder chinês também enfatizou que a China está disposta a “continuar a desempenhar um papel construtivo na promoção de uma solução política para o conflito”.

Num artigo escrito por Xi e publicado por um jornal russo, o líder chinês descreveu a sua deslocação à Rússia como uma “visita de amizade, cooperação e paz”.

Após a visita a Moscovo, o Presidente chinês deve falar por telefone com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A viagem de Xi segue o anúncio surpresa do reestabelecimento das relações diplomáticas entre o Irão e a Arábia Saudita, após uma reunião, em Pequim, numa vitória diplomática para a China.

O líder chinês mais forte das últimas décadas tem tentado projetar uma imagem de estadista global, à medida que reclama para a China um “papel central” na governação das questões internacionais, em consonância com a ascensão económica e militar do país.

Em particular, Xi propôs a Iniciativa de Segurança Global, que visa construir uma “arquitetura global e regional de segurança equilibrada, eficaz e sustentável”, ao “abandonar as teorias de segurança geopolíticas ocidentais”.

A China considera a parceria com a Rússia fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, numa altura em que a sua relação com os Estados Unidos atravessa também um período de grande tensão, marcada por disputas em torno do comércio e tecnologia ou diferendos em questões de Direitos Humanos, o estatuto de Hong Kong ou Taiwan e a soberania dos mares do Sul e do Leste da China.

Num plano para a paz, proposto no final de fevereiro, Pequim destacou a importância de “respeitar a soberania de todos os países”, numa referência à Ucrânia, mas apelou também para o fim da “mentalidade da Guerra Fria”, numa crítica implícita ao alargamento da NATO. A China pediu ainda o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia.

A China foi um dos países que se absteve de votar numa resolução a condenar a invasão russa na Assembleia da ONU.

Putin e Xi já se encontraram cerca de 40 vezes desde que o líder chinês assumiu o poder, em 2012.

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CGD aumenta tabela salarial em 76 euros para todos os níveis

  • Lusa
  • 21 Março 2023

O processamento dos 76 euros será efetuado juntamente com o salário do mês de março e é válido para todos os níveis do banco.

A Caixa Geral de Depósitos anunciou ter acordado com o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do grupo (STEC) a revisão da tabela salarial, com um aumento de 76 euros para todos os níveis, e das cláusulas de expressão pecuniária referentes a 2023.

“O processamento será efetuado juntamente com o salário do mês de março“, adianta a Caixa Geral de Depósitos (CGD) em comunicado divulgado.

Quanto às cláusulas de expressão pecuniária, a instituição revela que “a generalidade das rubricas tem um aumento de 5%”, incluindo diuturnidades, subsídio infantil e subsídio de estudo, mas que vai ser aplicado um aumento “significativamente superior” nos subsídios de refeição (9,36%), de apoio ao nascimento (12,5%) e de trabalhador estudante (7,58%).

O acordo também prevê um valor máximo do crédito habitação, que aumenta 8,7%, o que a CGD diz traduzir um “reforço do compromisso” do banco para com a natalidade, a qualificação dos colaboradores e o acesso à habitação, bem como “um apoio aos colaboradores na atual conjuntura”.

A CGD diz que a conclusão do acordo com o sindicato, no âmbito do Acordo de Empresa em vigor, representa o sexto ano de acordo com os sindicatos, e a “primeira instituição de crédito nacional a fazer a revisão” da tabela salarial para 2023.

“A conclusão da revisão das tabelas e das cláusulas de valor pecuniário ora alcançado, é mais um elemento distintivo no pacote de condições de remuneração dos colaboradores da Caixa”, afirma, lembrando também o aumento da remuneração variável este ano, na sequência da transferência do Fundo de Pensões para a Caixa Geral de Aposentações (CGA).

Na conferência de imprensa de apresentação das contas de 2022, no início deste mês, o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, anunciou que ia pagar os salários de março com um aumento de 4% se não chegasse em breve a acordo com sindicatos.

Paulo Macedo revelou, na altura, que a proposta da CGD apresentada nas negociações salariais era superior a 4%, mas sem indicar o valor concreto.

Mesmo sem acordo com sindicatos, Santander, BPI e Novo Banco, desde janeiro, estão a pagar aumentos salariais de 4%, o mesmo aumento praticado pelo Crédito Agrícola desde março com efeitos retroativos a janeiro, atualizações salariais decididas unilateralmente pelos bancos que fica abaixo do reclamado pelos sindicatos.

Os lucros da CGD em 2022 ascenderam a 843 milhões de euros, mais 44,5% face a 2021, tendo pagado ao acionista único, o Estado, o “maior dividendo da história” do banco, no valor de 352 milhões de euros.

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CEO da TAP foi avisada para riscos da indemnização a Alexandra Reis

  • ECO
  • 21 Março 2023

O advogado César Sá Esteves alertou, num e-mail enviado em janeiro de 2022 à CEO da TAP, que as condições propostas por Alexandra Reis eram "financeira e politicamente inaceitáveis".

A sociedade de advogados da TAP — a SRS, que entretanto já foi demitida — chegou a alertar a CEO da companhia que um acordo com as condições propostas por Alexandra Reis seria “inaceitável”, representando eventuais riscos financeiros e políticos, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago).

Face ao pedido de indemnização de 1,4 milhões de euros, a SRS apresentou outras opções a Christine Ourmières-Widener, segundo consta num e-mail enviado por César Sá Esteves, sócio da sociedade de advogados, à CEO da TAP no dia 28 de janeiro de 2022 e que surge anexado às conclusões do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF).

No documento, o advogado apresentou três hipóteses a ser consideradas. Uma seria apresentar uma contraposta com outra base de cálculos do valor a pagar; a segunda era recusar a proposta por completo, não apresentar nenhuma contraproposta e perguntar se ela reveria os termos, caso contrário o próximo passo seria a rescisão unilateral — que se concretizaria através da uma uma assembleia geral de modo a removê-la da função de administradora. Neste cenário, a saída não implicaria custos e o mesmo aconteceria caso o Governo tivesse aceitado a proposta de Alexandra Reis de renunciar ao cargo de administradora.

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