BCP vende carteira de 80 milhões em malparado e imóveis

Miguel Maya continua processo de “normalização” com mais vendas de carteiras de malparado. Banco já duplicou de valor em bolsa em 2023 refletindo bom momento.

Em ano de normalização, o BCP BCP 0,26% prossegue o seu esforço de limpeza do balanço e acabou de colocar no mercado uma nova carteira de ativos problemáticos com o valor contabilístico de 80 milhões de euros, segundo adiantaram duas fontes do mercado ao ECO.

O chamado “Projeto Grace” inclui cerca de 64 milhões de euros em crédito em incumprimento com garantia (secured) e ainda outra parcela de 15 milhões de euros de ativos imobiliários (REO), revelou uma das fontes.

Oficialmente, o BCP não comenta, mas o banco liderado por Miguel Maya tem sido um dos mais ativos no mercado de malparado este ano. Ainda recentemente, como adiantou o ECO em setembro, pôs à venda 65 milhões de euros de NPL (non performing loans) no âmbito do “Projeto Light”, depois de ter vendido no verão a sua posição no Fundo de Reestruturação Empresarial, que gere as exposições avaliadas em cerca de 70 milhões da banca à fabricante de cabos elétricos Cabelte e ao grupo de cerâmica Carlos Cardoso da Mota.

Estas vendas visam limpar o balanço de ativos problemáticos e que pesam bastante no capital do banco. O BCP chegou ao final de setembro com cerca de 790 milhões de euros em NPL e outros 1,23 mil milhões em ativos não produtivos (NPE), uma redução de quase 400 milhões de euros em relação ao mesmo período do ano passado e que reflete a venda dos fundos de reestruturação ECS, no final de 2022. O rácio de NPE baixou neste período de 3,7% para 3%, já abaixo do previsto no plano estratégico do banco.

Por outro lado, mantém-se este esforço quando surgem alertas em relação a um aumento de incumprimento tendo em conta a escalada das taxas de juro que está a deixar mais famílias e empresas em dificuldades e as perspetivas que criam incerteza sobre o cenário económico.

Para já, Miguel Maya tem afastado “um problema no seu todo, com dimensão sistémica, que possa antever um aumento do incumprimento com impacto significativo”, segundo disse na conferência de resultados dos primeiros nove meses do ano, apesar de admitir que “há muitos casos em que os clientes precisam de apoio”. “Se olharmos para a floresta, não há nenhum motivo que nos diga que vamos ter aqui um problema generalizado”, frisou.

Valor em bolsa duplica em ano de normalização

A redução do malparado faz parte do plano de normalização do banco e 2023 será mesmo o ano de viragem. O BCP vai a caminho de um resultado histórico. Até setembro, obteve lucros de 651 milhões de euros. O ROE também já superou a meta prevista. O reforço significativo dos rácios de capital abre a porta à distribuição de dividendos, que nem a nova almofada exigida pelo Banco de Portugal para uma crise nos preços das casas vai travar.

Refletindo o bom momento que o banco atravessa, e quando os problemas da Polónia parecem pesar menos, as ações já duplicaram de valor em 2023. Fecharam a sessão desta terça-feira a valer 0,2937 euros, acumulando um ganho de 100,61% desde o início do ano – contra uma valorização de 10% da bolsa. O BCP apresenta atualmente um market cap de 4,4 mil milhões de euros.

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Alterações do PS ao Orçamento do Estado custam 150 milhões de euros. IUC representa metade da fatura

Travão ao agravamento do IUC representa 56% dos custos totais. Incentivo à capitalização das empresas e descida do IVA dos óleos alimentares também têm impacto significativo.

As mais de 100 propostas de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2024 deverão custar cerca de 150 milhões de euros, revelou ao ECO o grupo parlamentar socialista. O travão ao polémico agravamento do IUC para carros anteriores a julho de 2007 representa mais de metade (56%) da fatura global: 84 milhões de euros.

O impacto total não chega, contudo, a uma décima do PIB, equivalente a 260 mil milhões de euros, o que permitirá segurar o excedente orçamental de 0,2% do PIB previsto para o próximo ano.

“Os vários cálculos de que dispomos e a que tivemos acesso apontam para um impacto de cerca de 150 milhões de euros, isto é, menos de 0,1% do PIB”, segundo a informação enviada pela bancada socialista, liderada por Eurico Brilhante Dias.

O travão ao agravamento do Imposto Único de Circulação (IUC) para viaturas anteriores a julho de 2007 é, de longe, a medida com a fatura mais pesada: são 84 milhões de euros de receita que o Estado já não vai conseguir arrecadar, o que representa mais de metade (54,7%) da despesa global com as alterações apresentadas pelos socialistas.

Por outro lado, também terão um significativo impacto orçamental o aumento do incentivo à capitalização das empresas, que duplica para quatro milhões de euros; e a redução do IVA dos óleos alimentares da taxa normal de 23% para a taxa intermédia de 13%.

Apesar disso, as mexidas do PS no OE não vão beliscar o saldo positivo projetado para 2024, tendo sido negociadas e aprovadas pelo Ministério das Finanças. Ainda que demissionário, tal como o restante elenco governativo, Fernando Medina mantém-se firme na defesa de uma política de contas certas. O Presidente da República permitiu que o OE fosse aprovado, ao adiar a publicação do decreto da demissão para o início de dezembro.

Fazendo as contas ao rácio da despesa com as mudanças propostas do PS, de cerca 150 milhões de euros, sobre o PIB, que está nos 260 mil milhões de euros, a fatura global corresponde a 0,07%. Ou seja, não alcança sequer uma décima da riqueza nominal do país.

Quais as medidas em cima da mesa orçamental?

Analisando as medidas do PS de maior impacto orçamental, salta a vista o IUC. Com o aumento do imposto para três milhões de automóveis e 500 mil motociclos com matrícula entre 1981 e junho de 2007, por via da introdução da componente ambiental no cálculo do imposto, o Governo previa arrecadar mais 84 milhões de euros, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2024. Uma receita que fica sem efeito com a proposta socialista que elimina o agravamento do IUC.

Ou seja, são menos 84 milhões de euros a entrar nas contas do Estado e que poderiam servir para financiar outras medidas como o desconto de 30% nas portagens das ex-SCUT (sem custos para o utilizador) que entra em vigor no próximo ano, segundo um decreto-lei do Governo que necessita, contudo, de regulamentação para ser aplicado.

A duplicação do incentivo à capitalização das empresas, que passa de 2 milhões para 4 milhões de euros, no âmbito do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), é outra das propostas da bancada socialista, liderada por Eurico Brilhante Dias, que terá um custo significativo, na ordem das dezenas de milhões de euros.

“Na redação vigente, a dedução prevista nos números anteriores não pode exceder, em cada período de tributação, o maior dos seguintes limites: 2 milhões de euros; ou 30% do resultado antes de depreciações, amortizações, gastos de financiamento líquidos e impostos. Com a presente alteração, aumenta-se o limite de 2 milhões para 4 milhões de euros”, lê-se no texto de alteração dos socialistas.

A redução do IVA dos óleos alimentares da taxa normal, de 23%, para a intermédia, de 13%, também vai pesar nas contas, sobretudo por via da redução da receita arrecadada com estes produtos. De salientar que a isenção do imposto para um conjunto de bens essenciais, incluindo os óleos alimentares, entrou em vigor a 18 de abril e termina a 31 de dezembro deste ano. Ou seja, a partir de 1 de janeiro de 2024, estes produtos voltam a cobrar IVA.

A gratuitidade dos pequenos-almoços escolares para os alunos carenciados do pré-escolar e dos ensinos básico e secundária também terá um impacto relevante. “Aos alunos enquadrados no escalão da ação social escolar correspondente ao 1.º escalão de rendimentos para atribuição de abono de família é ainda assegurado o fornecimento de pequeno-almoço”, de acordo com o texto da iniciativa do grupo parlamentar socialista.

Esta medida aplica-se “às crianças e aos alunos que frequentem a educação pré-escolar e os ensinos básico e secundário em estabelecimentos de ensino públicos, ou particulares e cooperativos em regime de contrato de associação”, de acordo com a legislação em vigor.

A gratuitidade dos pequenos-almoços para os alunos mais carenciados é uma reivindicação antiga do Bloco de Esquerda. Durante o primeiro Governo de António Costa, apoiado por uma geringonça parlamentar à esquerda, formada por PS, PCP e BE, foi lançado, em 2017, um grupo de trabalho contra a pobreza, constituído por representantes socialistas e bloquistas, técnicos e elementos do Executivo, que propôs, precisamente, a oferta da primeira refeição da manhã a estudantes com dificuldades económicas.

A dedução no IRS das despesas com salários de trabalhadores domésticos deverá igualmente ter algum peso orçamental, ainda que, neste último caso, o efeito só se irá efetivamente sentir em 2025, na altura a liquidação do imposto referente aos rendimentos de 2024.

À coleta do IRS vai poder ser deduzido até 5% do montante suportado por qualquer membro do agregado familiar a título de retribuição por prestação de trabalho doméstico, com o limite global de 200 euros, de acordo com a proposta socialista.

Para que tal seja possível, a Segurança Social vai passar a comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira o valor da remuneração declarada dos trabalhadores domésticos.

A proposta do Orçamento do Estado para 2024 foi aprovada na generalidade, a 31 de outubro, apenas com os votos favoráveis do PS. Livre e PAN abstiveram-se e a restante oposição votou contra. A votação na especialidade arranca esta quinta-feira e a votação final global está marcada para 29 de novembro. Ao todo, deram entrada 1.931 propostas de alteração, um novo recorde absoluto. No debate do Orçamento do Estado para este ano, os serviços da Assembleia da República receberam 1.853 iniciativas.

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Hipoges aposta em sinergias e sistemas de informação para ter vantagem competitiva

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  • 22 Novembro 2023

Empresa criou a primeira gestora de fundos de créditos em Portugal, com atenções centradas no imobiliário residencial. O objetivo é “substituir o dinheiro bancário onde ele não chega”.

Em relação aos principais critérios na tomada de decisões de investimento, António Nogueira Leite revela que as metodologias são, basicamente, as mesmas que se adotam em praticamente todas as empresas do setor mas que o facto de terem uma equipa de avaliações muito forte e de fazer parte do grupo uma outra empresa de avaliações (Hemisphere) os ajuda de forma significativa. Nogueira Leite salienta ainda que a Hipoges sempre apostou fortemente nos sistemas de informação e data management que, por isso, acabam por ter uma grande vantagem competitiva. Os casos de sucesso são vários, nomeadamente o de uma escola de arquitetura cujo projeto não foi de fácil aprovação. A Hipoges não baixou os braços e, numa sinergia com jovens arquitetos do concelho e com a própria autarquia local, concretizou o que parecia impossível.

"Recentemente, a Domus, juntamente com a nossa equipa da Hipoges Advisory e com a área de Real Estate, conseguimos fazer rapidamente uma valorização muito significativa de projetos, de dezenas de milhões de euros, na Madeira e no Algarve. A grande vantagem do grupo é a experiência de estruturação de financiamentos e o acesso a dinheiro que pode ser usado para complementar ou substituir o dinheiro bancário.”

António Nogueira Leite, Membro do Conselho de Administração da Hipoges

Já no que diz respeito ao atual mercado imobiliário em Portugal, a visão da Hipoges é que a informação tem de ser passada aos investidores de forma clara, de modo a evitar incertezas regulatórias ou legais. “Há claramente um excesso de procura face à oferta e a parte da procura que o Governo acha que resolveu com as iniciativas legislativas tomadas é apenas residual. Temos de perceber que desde 2013 que produzimos por ano, em média, menos de 25% do que produzíamos em cada ano nos 20 anos anteriores, ou seja, nós não podemos pensar que, sendo necessário renovar o parque habitacional e a população não diminuindo, conseguimos manter a trajetória de acesso do passado se passámos a produzir menos”. A Hipoges assume-se bastante empenhada no mercado português e considera ser imperativo que haja habitação a preços acessíveis para a população em geral, o que implica algumas mudanças como, por exemplo, a revisão do IVA na construção. Quanto à forma como o grupo se mantém atualizado em relação a tendências e regulamentações do mercado de asset management, sobretudo tendo em conta o alcance internacional, Nogueira Leite salienta que, atualmente, a equipa é composta por mais de 1700 pessoas e que isso permite estar sempre a trabalhar em antecipação nos mais variados mercados onde operam.

“A Hipoges foi criada por pessoas bastante jovens que queriam criar um negócio sustentável, mas que também queriam criar as melhores práticas para o negócio. Nunca demos um passo maior que a perna. Temos uma mentalidade de grande agregação interna e uma área de recursos humanos muito interventiva”, garante. A Hipoges coleciona já vários prémios enquanto “empresa feliz para se trabalhar”, muito focada na satisfação de parceiros e clientes. “Temos de cultivar um bom relacionamento com todos os stakeholders, sejam públicos ou privados”, revela Nogueira Leite.

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Portugal tem 8,5% de jovens que não estudam nem trabalham

  • Lusa
  • 21 Novembro 2023

Jovens que integram este grupo têm baixas qualificações devido à exclusão social e abandono precoce do sistema educativo e formativo, o que gera dificuldades em ingressar no mercado de trabalho.

Portugal tem 8,5% de jovens que não estudam, não trabalham e não estão a frequentar uma ação de formação, conhecidos como “jovens Neet”, revelou à Lusa o secretário de Estado do Trabalho.

“Neste momento, estamos com 8,5% de jovens entre os 15 e os 29 anos classificados como “jovens Neet”, jovens que não trabalham, não estudam, nem frequentam qualquer ação de formação e, portanto, estão numa situação de não-ocupação”, disse Miguel Fontes, no final da conferência internacional “Trabalhar em conjunto para oferecer um futuro melhor para os jovens no Mediterrâneo”, em Matosinhos, no distrito do Porto.

O número de “jovens Neet” diminuiu de forma significativa, depois de em 2015 se situar nos 13,2%, adiantou Miguel Fontes, acrescentando que de entre as faixas etárias dos “jovens Neet”, entre os 15 e os 29 anos, a dos 25 aos 29 anos é a que tem maior percentagem. A incidência entre os 15 e os 19 anos é menor devido à redução do abandono escolar precoce, explicou.

Miguel Fontes revelou ainda que os jovens que integram este grupo têm, na sua maioria, baixas qualificações fruto de sucessivas exclusões sociais e do abandono precoce do sistema educativo e formativo, o que gera dificuldades em ingressar no mercado de trabalho.

“Na sua esmagadora maioria, são jovens profundamente marcados por situações de exclusão social e vulnerabilidade económica”, reforçou.

O governante explicou que motivar os “jovens Neet” para o sistema da formação e da educação e para o mercado de trabalho é muito difícil, sendo o primeiro desafio saber quem são, onde estão e como é possível fazer a sua aproximação.

O secretário de Estado disse que o que o governo tem feito é procurar mobilizar respostas, designadamente estágios profissionais para facilitar a transição do mundo da educação para o mundo profissional e do apoio à contratação com programas que estimulam e apoiam o tecido empresarial a contratar, sublinhou.

“Temos procurado encontrar respostas que sejam socialmente inovadoras, lançamos uma iniciativa a que demos o nome de incubadoras sociais de emprego para ajudar um conjunto de entidades que estão no terreno a desenvolver uma metodologia, uma metodologia já testada em Espanha, para podermos trabalhar de uma forma mais assertiva com este segmento da população jovem”, disse.

O fundamental é mobilizá-los para um futuro que seja mais inclusivo, garantindo que não há inadequação entre os perfis destes jovens e as suas aspirações, mas também entre as necessidades económicas e sociais do país, sublinhou Miguel Fontes.

Dizendo que esta é uma preocupação partilhada pelos países europeus, o secretário de Estado disse que a meta europeia era de até 2030 ter um número de “jovens Neet” não superior a 9%, destacando o facto de Portugal estar já abaixo dessa meta.

“Tínhamos traçado esta meta em conjunto com os demais países europeus de até 2030 chegarmos aos 9% e, como já atingimos, evidentemente que isso não nos deve resignar ou deixar-nos auto-satisfeitos com este resultado”, concluiu.

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BPI lança primeiro depósito verde a pagar 3,5% para promover a sustentabilidade

Os recursos recolhidos para este depósito a prazo serão utilizados pelo banco para financiar ativos sustentáveis e de operações que contribuam para objetivos ambientais.

O Banco BPI lançou esta terça-feira o primeiro depósito a prazo verde em Portugal. Para os aforradores, trata-se de um depósito a prazo comum, com um horizonte temporal de um ano e com uma taxa de 3,5%.

Para o banco, fica a responsabilidade de todos os recursos recolhidos através do DP BPI +Ambiente serem “totalmente alocados ao financiamento de ativos sustentáveis e de operações que contribuam para objetivos ambientais”, refere o banco num comunicado.

Esta iniciativa junta-se a outras ações de sustentabilidade promovidas pelo banco do grupo Caixabank junto de particulares e empresas. Uma das quais é a bonificação de 0,25 pontos percentuais no spread do crédito à habitação para casas com Certificado Energético A+, A e B.

Entre janeiro e setembro, o banco já concedeu 626 milhões de euros em financiamento sustentável para particulares e empresas, refere o BPI ao ECO. E é para fomentar ainda mais este financiamento que o BPI lança agora o depósito verde.

“O montante global captado pelo DP BPI +Ambiente será 100% alocado a operações de financiamento de crédito habitação “verde” ou o financiamento da carteira de crédito titulado verde — operações verdes previstas nos Green Bond Principles da ICM e/ou nos Green Loan Principles da LMA”, refere o banco.

Entre os projetos que poderão ser financiamentos no âmbito dos Green Loan Principles estão investimentos na área da energia renovável, da eficiência energética, da prevenção e do controlo da poluição, da gestão ambientalmente sustentável de recursos naturais e de atividades agrícolas.

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OpenAI está a negociar regresso de Sam Altman, o CEO que despediu há quatro dias

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Novembro 2023

Conversações envolvem alguns dos investidores da empresa que criou o ChatGPT,como a Thrive Capital, a Khosla Ventures e a Tiger Global Management, que estarão a pressionar o regresso de Altman.

Quatro dias depois de ter demitido Sam Altman, a administração da OpenAI está em conversações com o cofundador e ex-CEO da empresa para que possa ser reintegrar na empresa, avança a Bloomberg (acesso pago). A decisão da criadora do ChatGPT levou a esmagadora maioria dos quase 800 trabalhadores a assinar uma carta em que ameaçavam despedir-se e juntar-se à Microsoft.

As negociações decorrem entre Altman, o CEO Emmett Shear (que antes liderava a Twitch) e, pelo menos, um membro do conselho de administração, Adam D’Angelo — um dos elementos que votou a favor da destituição de Altman –, estando também envolvidos alguns dos investidores da OpenAI. Incluindo a Thrive Capital, a Khosla Ventures e a Tiger Global Management, que estarão a pressionar o regresso de Altman.

Esta será uma de várias opções que estão a ser discutidas pelo conselho de administração da OpenAI, que na passada sexta-feira votou pelo afastamento de Sam Altman, o que levou Greg Brockman, o outro fundador da empresa, a anunciar também a saída, após ter sido destituído do cargo de presidente.

Se Altman regressar à OpenAI, será como diretor executivo da empresa, de acordo com uma fonte citada pela Bloomberg. Outro cenário em cima da mesa prevê o regresso do antigo CEO como diretor num conselho de administração de transição.

A saída dos dois executivos gerou uma onda de indignação dentro e fora da OpenAI, que ganhou relevância mundial com o lançamento do ChatGPT, dando início a um boom na área da chamada inteligência artificial generativa.

Na sequência da demissão, Sam Altman e Greg Brockman incorporaram a equipa da Microsoft. A gigante tecnológica tem sido o principal apoio da OpenAI, onde já investiu cerca de 13 mil milhões de dólares (cerca de 11,88 mil milhões de euros), detendo 49% do seu capital.

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40 mil licenciados do Estado terão aumentos extra entre 52 e 210 euros em 2025

Cerca de 65% dos técnicos superiores da Função Pública terão direito a um salto remuneratório em 2025, mas, em contrapartida, perdem pontos para progressão. Medida vai custar 69 milhões de euros.

Cerca de 40 mil técnicos superiores do Estado, o que corresponde a 65% do total, vão ter direito a um aumento salarial adicional entre 52 e 210 euros em 2025, por via da valorização da carreira. Em contrapartida, estes trabalhadores irão perder pontos para efeitos de progressão, adiantou esta terça-feira a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, no final de uma reunião com os três sindicatos representativos dos funcionários públicos (FESAP, Frente Comum e STE) que serviu para apresentar a proposta de revisão da carreira geral destes funcionários públicos. A medida terá um custo de 69 milhões de euros.

Haverá “um aumento imediato, em 2025, por via da transição para a nova tabela, que dará um salto adicional entre os 52 e os 210 euros”, contabilizou a governante.

Em causa está uma proposta do Governo de revisão da carreira geral de técnico superior da Administração Pública que reduz o número de degraus que terão de ser percorridos para chegar ao topo da carreira. “A tabela remuneratória dos técnicos superiores passa de 14 para 11 posições remuneratórias”, indicou Inês Ramires, confirmando as informações veiculadas pelos sindicatos.

Com esta reformulação da carreira, é eliminada a primeira posição, que está no nível 12, com um ordenado de 1.122,84 euros, e que só serve para as situações transitórias de mobilidade intercarreiras. Na prática, os técnicos superiores licenciados já entram logo na segunda posição, de 1.333,35 euros, e que, no próximo ano, vai subir para 1.385,99 euros, pela atualização salarial.

Assim, “1.250 trabalhadores”, que estavam na primeira posição saltam, logo em 2025, para a segunda, o que dá um “aumento de cerca 210 euros”, porque os níveis remuneratórios avançam quatro degraus, do nível 12, com um vencimento de 1.122,84 euros, para o 16, com um salário de 1.333,35 euros.

A secretária de Estado revelou que em pelo menos duas posições haverá também incrementos salariais na ordem dos 200 euros, por efeito da revisão da carreira. A nona posição, que está no nível 43, com um vencimento de 2.755,84 euros, passa para a oitava posição com um nível superior (46), que dá um ordenado de 2.916,89 euros. Trata-se de um aumento de 161 euros brutos por mês. Do mesmo modo, quem está na 13.ª posição, no nível 55, com um vencimento de 3.400,05 euros, passa para a 11.ª e última posição, no nível remuneratório 58, que corresponde a um ordenado de 3.561,11 euros brutos mensais. Isto significa um avanço de 161 euros.

Noutros casos, os aumentos serão entre 52 ou pouco mais de 100 euros, como é o caso dos trabalhadores que estão na terceira posição, no nível 20, com um ordenado de 1.543,88 euros, e que passam para o segundo patamar, no nível 21, com um vencimento de 1.596,52 euros, o que corresponde a um salto adicional de cerca de 52 euros. Já quem está na quarta posição, no nível 24, com um ganho mensal de 1.754,41 euros, passa para a terceira, mas o nível sobe para 26, com um ordenado de 1.859,67 euros, o que significa um aumento de 105 euros.

Perda total ou parcial dos pontos para progressão

Em todas estas situações, haverá perda de pontos de avaliação para efeitos de progressão na carreira, na proporção do incremento adicional que será possível em 2025. A secretária de Estado explicou que estes trabalhadores “perdem pontos de forma proporcional à subida, porque este salto em 2025 antecipa a progressão que iriam ter no futuro”.

Assim, quem tem um salto de cerca de 200 euros perde a totalidade dos pontos. Para incrementos garantidos, em 2025, de cerca de 100 euros, são retirados um terço dos pontos. E a quem tiver direito a um aumento de cerca de 52 euros serão subtraídas um quarto das notas.

Inês Ramires justificou ainda a perda de pontos com o facto de “não haver neutralidade orçamental” com a medida, uma vez que o custo será de 69 milhões de euros.

Saltos no futuro serão maiores, de 250 e 200 euros

Os cerca de 22 mil trabalhadores das atuais segunda, 10.º e 14.º posições não perdem pontos mas porque também não irão beneficiar de um salto remuneratório já em 2025, mantendo-se no mesmo nível salarial. De salientar que apenas 580 trabalhadores estão, neste momento, no topo da carreira, ou seja, apenas 0,9% do total de 65 mil funcionários desta carreira.

Em contrapartida, estes trabalhadores poderão contar, no futuro, com um incremento maior em cerca de 50 euros, de 250 euros ou 200 euros em vez de 200 ou 150 euros, respetivamente, quando progredirem na carreira, destacou Inês Ramires, sublinhando que “trata-se de uma medida que visa reter talento na Função Pública”.

Atualmente, os técnicos superiores que saltem uma posição entre a primeira e a oitava beneficiam de um incremento salarial de 200 euros. Daí para a frente as valorizações são de 150 euros por via da progressão na carreira.

A proposta do Governo estabelece que a passagem da primeira posição, que oferece um ordenado de 1.333,35 euros, para a segunda, com um vencimento de 1.596,52, e da segunda para a terceira, com um salário de 1.859,67 euro, garante um aumento de cerca de 250 euros. Em concreto, e fazendo as contas, o salto ronda os 260 euros. As transições para os patamares superiores, entre a quarta e a nova 11.ª posição, que culmina no topo da carreira, vão dar aumentos de 200 euros.

A secretária de Estado clarificou ainda que a entrada dos doutorados, que estava na quarta posição, passa para a terceira. No entanto, o nível remuneratório sobe do 24, com um ordenado de 1.754,41 euros, para o 26, com um vencimento superior, de 1.859,67 euros, o que significa um aumento de 105 euros.

Todas estas alterações terão reflexo na carreira de técnico superior especialista do Instituto Nacional de Estatística (INE) e das Finanças, salientou ainda Inês Ramires, garantindo que “a revisão da carreira geral de técnico superior será conjugada quer com o acelerador de progressões que permite avançar um nível já em 2024 com apenas seis pontos quer com o novo sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP) que, a partir de 2025, vai permitir avançar na carreira com oito pontos” em vez dos atuais 10.

“Do efeito conjugado entre a nova tabela remuneratória dos técnicos superiores, com 11 posições, e o novo SIADAP, temos um avanço”, afirmou Inês Ramires. E deu alguns exemplos. “Neste momento, um técnico superior sempre com excelente chegava à 12.ª posição com 40 anos de serviço, com o novo SIADAP e o novo modelo de carreira será possível chegar ao topo em 27 anos”. “Um técnico superior com diferentes combinações de avaliação entre adequado, relevante e excelente chegava à oitava posição em 40 anos. Com o novo regime consegue chegar ao topo nos mesmos 40 anos de serviço”, detalhou a governante.

A secretária de Estado da Administração Pública já tinha reconhecido que um número reduzido de técnicos superiores consegue alcançar o último nível remuneratório. Neste momento, nenhum trabalhador consegue chegar ao topo da carreira. Com o novo sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP), apenas “30% poderão atingir as últimas posições remuneratórias [12.ª, 13.ª e 14.ª]”, afirmou a governante, na semana passada, no dia em que sindicatos e tutela concluíram com sucesso a revisão do SIADAP.

Neste momento, existem cerca de 65 mil técnicos superiores na Administração Pública, segundo dados atualizados esta terça-feira pelo Ministério da Presidência. Destes, apenas 580 ou 0,9% estão no topo da carreira.

O processo negocial com os sindicatos para a revisão da carreira de técnico superior deverá ficar fechado na próxima sexta-feira, de modo a que o Governo consiga aprovar o diploma em Conselho de Ministros antes do decreto de demissão que deverá ser publicado pelo Presidente da República em inícios de dezembro.

(Notícia atualizada às 21h09)

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“Ainda não é tempo de gritar vitória”. Lagarde espera para ver efeito da subida das taxas de juro

  • Lusa
  • 21 Novembro 2023

"Podemos agir de novo se constatarmos que há riscos crescentes de não atingir o nosso objetivo de inflação" de 2% a médio prazo, avisa a presidente do Banco Central Europeu.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse esta terça-feira em Berlim que dada a dimensão dos aumentos das taxas de juro até agora, será dado algum tempo para ver o seu efeito na economia.

“Dada a escala do nosso aperto monetário, agora podemos dar-lhe algum tempo para se desenvolver”, afirmou Lagarde ao discursar sobre a inflação e a democracia, num evento organizado pelo Ministério das Finanças alemão.

Lagarde considerou, no entanto, que “ainda não é tempo de gritar vitória”, apesar da descida da inflação na zona euro. “Podemos agir de novo se constatarmos que há riscos crescentes de não atingir o nosso objetivo de inflação” de 2% a médio prazo, avisou a presidente do BCE.

“Estamos numa fase (…) que eu caracterizaria como sendo vigilante e concentrada”, acrescentou Lagarde, ao admitir que a inflação “diminuiu consideravelmente” na zona euro.

O BCE deixou as taxas de juro inalteradas na sua última reunião de política monetária, em outubro, após 10 subidas consecutivas para travar a elevada taxa de inflação. Apesar de a inflação ter recuado para 2,9% na zona euro em outubro, já mais perto do objetivo do BCE, a presidente da instituição afirmou que não é de esperar cortes nas taxas de juro em breve.

O nível atual das taxas “mantido durante um tempo suficientemente longo, contribuirá para levar a inflação ao nosso objetivo no momento pretendido”, declarou. “A viagem ainda não terminou e temos que terminar esta viagem”, disse Lagarde.

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Campanha da Ikea volta a promover a circularidade com condições especiais de reembolso

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  • 21 Novembro 2023

No período da Campanha Circular do ano passado da Ikea - que pretende dar uma segunda vida aos móveis dos clientes - foram revendidos mais de sete mil artigos nas lojas da marca em Portugal.

A Campanha Circular da Ikea está de volta para proporcionar uma segunda vida aos móveis Ikea dos consumidores oferecendo-lhes condições especiais para revenda dos produtos. A campanha, que decorre entre os dias 20 de novembro e 3 de dezembro, visa assim promover o serviço “2.ª Vida”.

Embora os consumidores já possam vender os seus móveis usados Ikea durante todo o ano – através de um processo online, recebendo um cartão de reembolso no valor da venda – ao longo do período da campanha os membros da Ikea Family que venderem os seus móveis usados usufruem de condições especiais, ao receberem mais 50% do valor da venda em cartão reembolso.

“Num período marcado pelo forte consumo, queremos lembrar as pessoas de que é possível ter comportamentos mais conscientes, e apelar ao prolongamento do tempo de vida dos produtos que temos em casa. Estamos confiantes com o sucesso de mais uma campanha de circularidade, depois de no período equivalente de 2022 terem sido revendidos mais de 7.000 artigos nas lojas Ikea em Portugal”, diz Ana Barbosa, responsável de sustentabilidade da Ikea Portugal, citada em comunicado.

“Sentimos que as pessoas estão cada vez mais alerta para a problemática ambiental, e queremos assegurar que veem neste nosso serviço uma solução prática e eficaz para reduzir a sua pegada ambiental, enquanto poupam dinheiro”, acrescenta.

A Ikea conta ainda com outros serviços de circularidade disponíveis durante todo o ano, como o serviço de peças sobresselentes e o serviço de ferragens grátis em loja, que pretendem ajudar a prolongar a vida dos móveis.

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Mário Centeno adverte que “instabilidade política não rima com crescimento económico”

Governador do Banco de Portugal antevê que as taxas de juro já terão atingido o pico, mas alerta que famílias e empresas continuarão a enfrentar uma situação de aperto financeiro durante algum tempo.

Mário Centeno considera que a crise política em que mergulhou o país após a demissão do primeiro-ministro a 7 de novembro não prejudicou a imagem externa de Portugal. Porém, salienta que “instabilidade, de qualquer que seja a fonte, não rima com crescimento económico nem com estabilidade social”, referiu esta terça-feira o governador do Banco de Portugal durante a conferência CNN Portugal International Summit.

“Esquecemo-nos que, na primeira década deste século, Portugal teve três legislaturas interrompidas. Se alguém acha que as dificuldades económicas de Portugal neste período não tiveram nada a ver com isso, desengane-se”, reforçou o antigo ministro das Finanças.

O governador lembrou que Portugal é “uma pequena economia aberta” e que o PIB tem crescido com base no investimento e nas exportações, sublinhando que este ano, até setembro, apresentou uma balança corrente de capitais positiva em mais de 6 mil milhões de euros, quando há um ano, no mesmo período, era negativa em mais de mil milhões de euros.

Por essa razão, Mário Centeno acredita que “o principal desafio que a economia nacional enfrenta não é interna, mas externa”, mostrando-se preocupado para 2024. A procura externa projetada para o próximo ano “será a mais fraca dos últimos 15 anos”, salientou na mesma conferência.

No que toca ao combate à subida dos preços, o governador do Banco de Portugal refere que “a inflação está a cair a um ritmo muito superior àquilo que subiu”. “A inflação era um efeito temporário, como cheguei a dizer”, acrescentou, destacando, porém, que “ainda é muito cedo cantar vitória”.

Centeno mostrou-se também prudente na forma como o BCE deve continuar a combater a subida dos preços. “Perante um choque quase estrutural, devemos dar tempo aos agentes económicos para se ajustarem. E os agentes económicos não tiveram esse tempo. Devemos ser comedidos na terapia”, detalhou.

O governador voltou também a mostrar-se confiante de que o BCE não vai subir mais as taxas diretoras. “Com uma elevada probabilidade, atingimos o valor máximo das taxas de juro nominais”, assume. No entanto, como a inflação está a cair, significa que a taxa de juro real (diferença entre a taxa de juro nominal e a taxa de inflação) está a aumentar e deverá continuar a subir nos próximos meses.

“E, portanto, durante alguns meses mais — não sabemos quantos porque o BCE disse e bem que toma decisões com base em dados –, enquanto a taxa de juro nominal estiver fixa lá em cima e a taxa de inflação estiver a cair, o aperto financeiro não pára de aumentar“, nota Centeno. Com isto, concluiu, “temos mais uma certeza, mas continuamos com algumas incertezas.”

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Campanha da Manpower quer ligar jovens candidatos a “carreiras significativas”

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  • 21 Novembro 2023

A campanha marca presença no digital, eventos e comunicação aos media em vários países.

“huManpower” é o nome da campanha da Manpower que tem como objetivo facilitar a ligação de jovens candidatos a empregos com “carreiras significativas”, ao mesmo tempo que visa apoiar as empresas, conectando-as com talento qualificado e auxiliando-as na atração, integração e desenvolvimento desse talento.

A campanha procura ainda refletir o crescimento das funções verdes (os denominados green jobs em funções e indústrias que já são ou se tornarão verdes no curto-prazo), “demonstrando a disponibilidade da marca para fornecer às organizações o talento qualificado e emergente de que necessitam para fazerem a transição verde dos seus negócios – e prosperarem”, refere-se em nota de imprensa.

“Com esta campanha e esta mensagem queremos dar destaque aos nossos trabalhadores e ao impacto do seu talento, fazendo das melhores marcas do planeta, as melhores marcas do planeta. Porque sabemos que mais do que um ordenado, os jovens, hoje, procuram alinhar o trabalho com a sua vocação, em empregos com significado e nos quais reveem valor para as suas vidas”, diz Daniela Castelbranco, diretora de marketing do ManpowerGroup, citada em comunicado.

Daniela Castelbranco refere ainda que “acreditamos que há valor em todas as funções – grandes ou pequenas, temporárias ou permanentes. Num mundo cada vez mais automatizado, são as pessoas que realmente fazem a diferença. Por isso, esta campanha, foca-se nos heróis anónimos do retalho, logística, construção, indústria, saúde e muito mais, e no impacto que eles têm no mundo do trabalho. O seu huManpower”.

A campanha marca presença no digital, eventos e comunicação aos media em vários países.

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AMP Associates reforça equipa com Dulce Garcia

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  • 21 Novembro 2023

Nos últimos quatro anos a antiga jornalista trabalhou como assessora de imprensa das ministras da Justiça do XXII e XXIII Governos Constitucionais.

Dulce Garcia é a nova diretora de conteúdos da AMP Associates. Assessora de imprensa no Ministério da Justiça neste e no anterior executivo, a contratação da ex-jornalista pretende reforçar a estratégia de crescimento da consultora de comunicação, através da otimização de conteúdos estratégicos e assessoria às lideranças.

“É um desafio enorme integrar a equipa da AMP Associates. Num mundo onde a informação e a comunicação se reinventam diariamente, onde atores e mensagens se transmutam quase ao segundo, é fundamental perceber o que nos mantém ligados a marcas e a pessoas e de que forma podemos criar tendências para um futuro mais ético, mais responsável e mais inteligente”, comenta Dulce Garcia, citada em comunicado.

Nascida em 1970, Dulce Garcia foi jornalista entre 1991 e 2017, tendo passado por publicações como o Diário Económico e a Sábado, da qual foi fundadora e subdiretora. Colaborou também, entre outras, com a Elle, GQ, Vogue ou Máxima e é autora de dois romances e antiga editora de ficção portuguesa no grupo editorial Planeta.

Nos últimos quatro anos trabalhou como de assessora de imprensa das ministras da Justiça do XXII e XXIII Governos Constitucionais.

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