Bruxelas vai supervisionar renovação de órgãos do poder judicial em Espanha

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2023

A negociação que Bruxelas vai supervisionar prevê a renovação dos elementos do CGPJ e a elaboração e aprovação de uma nova lei que mude a forma como são escolhidos os seus membros.

A Comissão Europeia vai mediar e supervisionar a renovação de órgãos do poder judicial em Espanha, que exige um acordo que os dois maiores partidos do país não conseguiram alcançar nos últimos cinco anos, disseram esta sexta-feira socialistas e populares.

O líder do Governo de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, e o da oposição, Alberto Núñez Feijóo, do Partido Popular (PP, direita), reuniram-se em Madrid pela primeira vez na atual legislatura, que arrancou no mês passado, e acordaram esta mediação e supervisão da Comissão Europeia para a renovação do Conselho Geral do Poder Judicial.

No final do encontro, Feijóo disse que o PP tem “desconfiança total” do Governo do Partido Socialista (PSOE), que nos últimos cinco anos tem feito vários acordos com independentistas, incluindo uma amnistia negociada com os condenados pela justiça que se irão beneficiar da lei, pondo em causa, no entender dos populares, o Estado de Direito e a legitimidade do poder judicial.

O líder do PP acusou ainda o PSOE de ter nomeado para o Tribunal Constitucional juízes que recentemente tinham ocupado cargos políticos em governos de Sánchez e de viabilizar comissões de inquérito no parlamento que questionam decisões judiciais e poderão submeter magistrados a audições.

Os acordos com os independentistas e as nomeações para órgãos judiciais têm sido os argumentos usados pelo PP para bloquear a renovação do Conselho Geral do Poder Judicial (CGPJ), cujos membros têm os mandatos caducados há anos.

Segundo disseram Feijóo e a porta-voz do Governo, a ministra Pilar Alegría, a negociação que Bruxelas vai supervisionar prevê a renovação dos elementos do CGPJ e a elaboração e aprovação de uma nova lei que mude a forma como são escolhidos os seus membros, para aumentar a independência em relação ao poder político.

A Comissão Europeia tem reiteradamente pedido a Espanha a renovação urgente do CGPJ, em relatórios sobre o Estado de Direito. Alberto Núñez Feijóo disse que a supervisão de Bruxelas, que foi proposta pelo PP, é a forma de assegurar “todas as garantias de independência” neste processo e do próprio CGPJ.

Já Pilar Alegría disse aos jornalistas que o Governo e o PSOE consideram bem-vindas todas as fórmulas para “restabelecer a normalidade constitucional” em Espanha e saúdam que o PP abra a possibilidade de renovação do CGPJ “após cinco anos de incumprimento constitucional” por parte do maior partido da oposição. Segundo Feijóo, a Comissão Europeia já foi sondada sobre esta possibilidade de mediar a negociação entre o PP e o Governo, tendo dado resposta positiva.

Sánchez e Feijóo acordara ainda uma alteração à Constituição espanhola, num artigo em que as pessoas com deficiência são designadas como “diminuídas”, estabelecendo igualmente regras para o processo legislativo de forma a impedir que outros partidos possam aproveitar uma revisão constitucional para mexer noutros artigos ou forçar um referendo sobre a lei fundamental espanhola.

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Dois terços dos portugueses contactaram com imprensa em 2023

Os jornais somam um total de 4,941 milhões de leitores, 57,5% do universo. As revistas registaram 3,909 milhões de leitores (45,5%).

Foram quase 5,7 milhões os portugueses que contactaram com imprensa (jornais e revistas) ao longo do ano de 2023.

No total foram 5,686 milhões os residentes em Portugal continental com 15 ou mais anos que leram ou folhearam jornais ou revistas este ano, o que representa 66,2% do universo, diz o Bareme Imprensa, da Marktest.

Já a audiência média de imprensa neste período foi de 34.6%, percentagem de portugueses que leu ou folheou a última edição de um qualquer título de imprensa estudado no Bareme Imprensa – num total de 2 milhões e 975 mil indivíduos.

Os jornais somam um total de 4,941 milhões de leitores – representando 57,5% do universo em estudo – mais do que as revistas, que registaram 3,909 milhões de leitores (45,5%).

No entanto, em termos de audiência média, esta é superior junto das revistas do que dos jornais, registando cada meio 26,4% e 16,9%, respetivamente.

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Entre os 25 maiores municípios, há oito que vão baixar o IMI em 2024. Saiba quais são

  • Ana Petronilho
  • 22 Dezembro 2023

Nenhuma das câmaras com mais de 100 mil habitantes vai subir a taxa de IMI a cobrar em 2024. Há nove que cobram a taxa mínima 0,3% e oito vão descer. Setúbal tem a taxa mais elevada.

Juros altos no crédito da casa, mais a subida generalizada dos preços, pesam cada vez mais no bolso dos portugueses e as autarquias parecem estar atentas a este cenário. Entre os 25 municípios com mais de 100 mil habitantes, nenhuma autarquia vai subir a taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para habitação a cobrar aos munícipes em 2024. E oito câmaras decidiram mesmo reduzir este imposto, de acordo com o levantamento realizado pelo ECO.

O IMI, tanto para habitação como para terrenos, é calculado pelo valor patrimonial do imóvel multiplicado pelo imposto aplicado em cada município. De acordo com a lei, é cobrada uma taxa de 0,8% para os prédios rústicos (terrenos) e, no caso dos prédios urbanos (habitação), varia entre 0,3% e 0,45%.

O IMI, a par do IMT, é uma das principais fontes de receitas das autarquias Ainda assim, Vila Nova de Gaia (PS), Loures (PS), Matosinhos (PS), Seixal (CDU), Gondomar (PS), Guimarães (PS), Maia (PSD/CDS) e Setúbal (CDU), já aprovaram a redução deste imposto para 2024.

As restantes 17 câmaras municipais com mais de 100 mil habitantes, decidiram manter a mesma taxa em vigor, sendo que, destas, há nove que já cobram a taxa mínima definida na lei: 0,30%. É o caso de Lisboa (PSD/CDS), Sintra (PS), Amadora (PS), Oeiras (independente), Coimbra (PSD), Vila Franca de Xira (PS), Leiria (PS), Funchal (PSD) e Viseu (PSD).

Taxa de IMI a cobrar em 2024 nos 25 municípios com mais de 100 mil habitantes.

 

Entre os 25 maiores municípios, Setúbal é a cidade com o IMI mais elevado, cobrando aos munícipes 0,37%. E para atrair os jovens a comprar casa no concelho, a câmara sadina aprovou, para 2024, a isenção do Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT) para os jovens até aos 35 anos que comprem habitação permanente no concelho até um valor máximo de 200 mil euros. Seguiram-se Mafra e Vila Franca de Xira, a aprovar a isenção do IMT para os jovens, sendo que em Oeiras esta medida já está em vigor este ano.

Dos municípios com mais de 100 habitantes, Santa Maria da Feira surge como o segundo concelho com a taxa de IMI mais elevada, com 0,365% e em Loures os munícipes vão pagar 0,363%, descendo ligeiramente em 2024 depois de ter cobrado uma taxa de 0,364%.

Tal como todos os anos, as 308 câmaras do país têm até 31 de dezembro, para comunicar à Autoridade Tributária (AT) a taxa de IMI que vão cobrar no ano seguinte.

Recorde-se que desde 2016 que os municípios podem atribuir um desconto no IMI aos proprietários de habitação permanente com filhos abaixo dos 25 anos sem remuneração, o chamado IMI Familiar. Para 2024, de acordo com o pacote Mais Habitação, os valores do desconto vão subir, estando prevista uma redução de 30 euros, para agregados familiares com um filho; de 70 euros, para agregados com dois filhos; e de 140 euros, para agregados com três ou mais filhos. Uma família com três filhos até 25 anos sem salários que tenha de pagar um valor de IMI de 640 euros, só terá de pagar à Autoridade Tributária 500 euros, por exemplo.

De acordo com o levantamento realizado pelo ECO, entre as 25 maiores autarquias há sete que ainda não adotaram esta medida: Porto, Sintra, Vila Nova de Gaia, Almada, Matosinhos, Seixal e Gondomar.

No caso de imóveis devolutos, casas desocupadas há mais de um ano ou em ruínas e terrenos abandonados, as autarquias podem agravar a taxa anualmente cobrada em IMI para o triplo ou em seis vezes se o imóvel estiver numa zona de pressão urbanística. Se a taxa aplicada pelo município for 0,3%, por exemplo, ao prédio devoluto pode ser aplicada uma taxa de 0,9%, caso fique fora do centro da cidade.

Já os imóveis que, em 2023, sejam sujeitos à atualização automática do VPT por via da “atualização trienal automática”, prevista no Código do IMI, vão sofrer um agravamento do IMI pelo Fisco. Em 2024, a subida será de 6,75% na habitação e de 9% nos serviços, comércio e indústria. Este ano, o aumento do imposto foi de apenas 0,75% na habitação e de 1% nos serviços, comércio e indústria por via da revisão trienal.

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BEI empresta 115 milhões para ajudar Navigator a acelerar descarbonização

O empréstimo servirá para ajudar a construir a nova caldeira, no Complexo em Setúbal. Infraestrutura permitirá cortar em cerca de 136 mil toneladas por ano as emissões de CO2 do grupo.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) assinou com a The Navigator Company um contrato de financiamento no montante de 115 milhões de euros, cujos reembolsos terão um prazo até 12 anos.

De acordo com a nota divulgada esta sexta-feira, o empréstimo destina-se a apoiar a construção de uma caldeira de recuperação de alta eficiência no Complexo Industrial de Setúbal, “um passo fundamental no roteiro de descarbonização” da papeleira portuguesa.

A nova caldeira, que envolverá um investimento global de cerca de 136 milhões de euros, permitirá à Navigator reduzir as emissões diretas de dióxido de carbono fóssil, no complexo industrial de Setúbal, em cerca de 136 mil toneladas por ano, o equivalente a 24,6% das emissões do grupo registadas em 2022.

Este empréstimo integra a estratégia de longo prazo da empresa liderada por António Redondo e que corresponde a um investimento total de 340 milhões de euros até 2028.

A nota dá ainda conta que a Navigator deverá alcançar, em 2026, uma redução de cerca de 60% face às emissões de dióxido de carbono fóssil registadas em 2018, o ano de referência. A meta estava prevista para ser alcançada em 2029.

O REPowerEU é um dos fundos europeus da União Europeia que tem como objetivo pôr termo à dependência das importações de combustíveis fósseis, através do aumento da eficiência energética e da intensificação da produção a partir de energias renováveis. Até ao momento, o BEI contribuiu com 45 mil milhões para este fundo, estando previsto mobilizar mais de 150 mil milhões de euros de investimento até 2027 no apoio às tecnologias verdes e à independência energética da Europa.

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Mais de 8.500 professores transitam de escalão à boleia do “acelerador” de carreira

O "acelerador" de carreira permite que 4.941 professores transitem para o 5º escalão e 3.620 para o 7.º, segundo as listas definitivas publicadas esta sexta-feira.

Mais de 8.500 professores vão progredir para o 5.º e 7.º escalões à boleia do “acelerador de carreira”, de acordo com a lista definitiva publicada esta sexta-feira. Este foi o ano em que “um maior número de docentes transitaram de escalão”, realça o Ministério da Educação, em comunicado.

Em causa está um diploma que pretende corrigir as assimetrias decorrentes do período de congelamento das carreiras dos educadores de infância e dos professores do pré-escolar, do ensino básico e secundário, dado que as carreiras da Administração Pública estiveram congeladas entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017. O decreto-lei foi aprovado sem a “bênção” dos sindicatos e após um primeiro “chumbo” do Presidente da República. E o objetivo é abranger cerca de 60 mil professores.

Em meados de novembro, a tutela liderada por João Costa já tinha adiantado que 4.500 professores estavam em condições de ficar isentos de vaga para transitarem para o 5.º e 7.º escalões. Esta sexta-feira, o Ministério anuncia que foi publicada a lista definitiva e que, com esta medida, 4.941 professores transitam para o 5º escalão (92,37% dos elegíveis) e 3.620 (96,87%) para o 7.º.

Contas feitas, 8.561 docentes ficam dispensados de vaga ou efeitos de quotas para progredirem na carreira. A tutela assinala ainda que transitaram “todos os professores que, por avaliação de mérito, estão dispensadas da existência de vaga”.

O Executivo realça que “2023 é o ano em que um maior número de docentes transitam de escalão (quer do 4.º para o 5.º, quer do 6.º para o 7.º escalões) e que a aplicação desta medida continua “produzir efeitos também nos anos seguintes, duplicando o número de professores que progrediriam em condições normais”.

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Assistência em viagem para a mobilidade moderna

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  • 22 Dezembro 2023

A mobilidade moderna traz consigo vários benefícios, mas também alguns receios. Entre os mais comuns está a ideia de ficar sem bateria num elétrico durante uma viagem, mas até isso já tem solução.

Num mundo em constante movimento, uma assistência em viagem robusta torna-se mais importante do que nunca e, com a chegada dos carros híbridos e elétricos (que vêm para ficar), os desafios são acrescidos.

A preocupação relativamente a quedas de energia em carros elétricos e a falta de pontos de carregamento destacam-se como os fatores que mais ansiedade causam a quem opta por estes veículos ou pensa em comprá-los. Assim, têm surgido cada vez mais seguros específicos para carros elétricos, que oferecem coberturas abrangentes, incluindo danos provocados por cabos de carregamento e proteção contra roubo dos mesmos.

As soluções disponibilizadas pelas seguradoras que dão assistência em viagem estão, por isso, a atualizarem-se para a mobilidade moderna. Nesse sentido, a Seguro Directo, uma marca do Grupo Ageas Portugal pioneira em Portugal na comercialização de seguros automóvel por telefone e internet, também tem evoluído as suas ofertas de cobertura, de forma a proporcionar uma rede de serviços essenciais em caso de avaria ou acidente para qualquer tipo de veículo.

Desenvolvidos em Portugal, os dois veículos agora em operações trazem um serviço inovador à escala mundial e a prestação de um serviço de excelência ao Cliente, colmatando um dos principais problemas na aquisição deste tipo de veículos para os Clientes: a falta de energia.

Em parceria com a Interpartner Assistance, o Grupo Ageas Portugal desenvolveu dois carros de assistência de carga elétrica, no qual foram desenvolvidos e montados sistemas de carregamento de baterias. Esta assistência, específica para veículos elétricos, é capaz de entregar uma carga de 23 KW em qualquer local, que permite ao veículo seguro deslocar-se até ao ponto de carga mais próximo.

No entanto, se essa viatura de recarga rápida não estiver disponível no momento do pedido de assistência, o serviço de Assistência do Segurador, efetuará o reboque do veículo seguro para o posto de recarga mais próximo do local da ocorrência e até ao limite de 50 quilómetros.

A ideia teve em conta os vários modelos elétricos existentes no mercado, assim como as várias fichas utilizadas, com o intuito de tornar possível a intervenção em qualquer viatura. Foi também garantida a total segurança na recarga e proteção da bateria dos veículos.

O veículo de assistência é um serviço exclusivo para Clientes com seguro Automóvel na Ageas Seguros, Ocidental e Seguro Directo, e está a funcionar em Lisboa e no Porto.

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UE financia Autoridade Palestiniana com 118,4 milhões de euros

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2023

A verba irá contribuir para pagamentos de salários e pensões de funcionários públicos na Cisjordânia e de subsídios sociais para as famílias vulneráveis.

A Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira um pacote de assistência financeira de 118,4 milhões de euros para apoiar a Autoridade Palestiniana, integrado na dotação anual para a Palestina em 2023, entretanto revista em alta devido à guerra em Gaza.

Em comunicado, o executivo comunitário indica que a verba irá contribuir para pagamentos de salários e pensões de funcionários públicos na Cisjordânia e de subsídios sociais para as famílias vulneráveis através do programa de transferência de dinheiro na Cisjordânia e em Gaza. O montante também deverá ser canalizado para o pagamento das transferências de pacientes para os hospitais de Jerusalém Oriental e para o apoio técnico e administrativo às instituições da Autoridade Palestiniana.

A União Europeia (UE) é o maior doador de ajuda externa aos palestinianos, num montante de quase 1,2 mil milhões de euros no período 2021-2024, tendo já sido disponibilizados 809,4 milhões.

O governo do movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, no poder desde 2007, anunciou esta semana que as operações militares israelitas fizeram 20 mil mortos no enclave desde o início da guerra, a 7 de outubro, contabilizando também 52.600 feridos.

Israel declarou guerra ao Hamas, em retaliação ao ataque de 07 de outubro perpetrado pelo grupo em território israelita, que fez 1.139 mortos, na maioria civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades israelitas. Cerca de 250 pessoas foram também sequestradas nesse dia e levadas para Gaza, 128 das quais se encontram ainda nas mãos do movimento islamita, considerado uma organização terrorista pela UE, pelos Estados Unidos e por Israel.

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Regulador aprova parcialmente aumento de taxas aeroportuárias contestado por companhias aéreas

Autoridade Nacional de Aviação Civil aprovou parte da proposta da ANA para o aumento no próximo ano, mas quer informações adicionais sobre os valores de três taxas.

A contestação das companhias aéreas não travou a aprovação da proposta de subida das taxas aeroportuárias feita pela ANA, a concessionária. A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) deixou, no entanto, em suspenso algum dos aumentos pretendidos.

No aeroporto de Lisboa, as taxas reguladas, em termos gerais, apresentam um aumento médio de cerca de 12,45%“, indica o regulador num comunicado divulgado esta sexta-feira.

A subida fica abaixo dos 16,98% propostos pela ANA, porque a ANAC manteve suspensa a decisão relativa à “modulação de CO2 nas taxas de aterragem, da taxa de PMR (passageiros de mobilidade reduzida) e respetiva modulação e da taxa de segurança”, considerando que “a informação disponibilizada pela concessionária no processo de consulta tarifária não é suficiente para permitir uma decisão final“.

O mesmo acontece em relação ao Porto e Faro, para quais foram aprovados aumentos médios de 7,39% e 7,41%, respetivamente. O que fica abaixo da proposta de 11,92% e 11,35% da ANA. Já nas regiões autónomas avançam os aumentos previstos de 7,47% nos Açores e de 7,92% na Madeira. o mesmo acontece em Beja (8,77%).

A ANAC notificou a ANA da decisão, solicitando à concessionária que no prazo de 15 dias úteis envie ao regulador elementos e informações que permitam tomar uma decisão final. O que significa que os valores pretendidos pela ANA ainda poderão ser aceites.

A Ryanair emitiu esta sexta-feira um comunicado onde contesta a aprovação pela ANAC das taxas propostas pela ANA para 2024, assumindo que o aumento será mesmo de até 17%.

A companhia low cost diz que “reduziu ainda mais os voos para Faro e o Porto para o verão de 2024 na sequência da decisão bizarra de aprovar os aumentos injustificados de até 17% pela ANA a partir de janeiro de 2024″.

“Estes aumentos excessivos e injustificados vão prejudicar a conectividade de Portugal, o turismo e os empregos, em particular na Madeira e nos Açores, cujas economias dependem do tráfego aéreo para o continente e o resto da Europa”, acrescenta a Ryanair.

A companhia de voos de baixo custo já tinha anunciado em novembro que iria reduzir um avião na base da Madeira e diminuir o tráfego em Faro e no Porto para o verão de 2024. Encerrou também a base em Ponta Delgada.

Além destes cortes, a transportadora aérea afirma que decidiu esta sexta-feira “reduzir ainda mais a capacidade em 40 rotas nas bases de Faro e do Porto em consequência direta” da subida das taxas para o próximo ano.

Além da Ryanair, também a Easyjet veio contestar publicamente a subida anunciada pela ANA.

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Universidade Católica Portuguesa integra projeto europeu para combater desperdício alimentar

Projeto de investigação “Microorc", que integra 18 parceiros de nove países europeus, visa melhorar a sustentabilidade no processamento alimentar, aumentar o prazo de validade e reduzir o desperdício.

O Centro de Biotecnologia e Química Fina da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa integra o projeto europeu de investigação “Orchestrating Food System Microbiomes to Minimize Food Waste”, que procura contribuir para reduzir a degradação dos alimentos e o desperdício alimentar. O projeto, que teve início em novembro deste ano e termina em outubro de 2027, integra 18 parceiros, públicos e privados, de nove países europeus.

“O Centro de Biotecnologia e Química Fina participará ativamente em todas as tarefas do projeto, mas o maior input será no estudo de culturas microbianas para substituir conservantes químicos sintéticos e no desenvolvimento de novas soluções de embalagem, grupo de trabalho que será coordenado por nós,” explica Paula Teixeira, investigadora principal do projeto em Portugal e membro do Centro de Biotecnologia e Química Fina, citada em comunicado.

Ao longo do projeto, os investigadores vão basear-se em cinco abordagens para melhorar a sustentabilidade no processamento alimentar, aumentar o prazo de validade dos alimentos e reduzir o desperdício alimentar com base na monitorização e “orquestração” de microbiomas de alimentos e de ambientes de processamento alimentar.

A Universidade Católica Portuguesa detalha que o “projeto procurará desenvolver modelos de análise preditiva que incorporam informações do microbioma para prever o tempo de vida útil; indicadores de tempo-temperatura (TTIs), sensores e rótulos inteligentes para rotulagem dinâmica do prazo de validade”. Assim como “métodos de deteção rápida de indicadores de degradação microbiana dos alimentos, sistemas de utilização de culturas microbianas para substituir conservantes químicos sintéticos e aumentar o tempo de vida útil”. Além da segurança de alimentos e novas soluções de embalagem para prevenir ou reduzir a deterioração de alimentos, permitindo o aumento dos prazos de validade. O desenvolvimento de embalagem será coordenado pelo Laboratório de Embalagem do CINATE e visa a aplicação de materiais com barreira a gases “tailor-made” e embalagens com revestimentos ativos antimicrobianos.

Numa altura em que “20% dos alimentos produzidos na União Europeia para consumo humano são atualmente perdidos ou desperdiçados”, o projeto europeu “Microorc – Orchestrating Food System Microbiomes to Minimize Food Waste” procura contribuir para reduzir a degradação dos alimentos e consequentemente o desperdício alimentar. Para o efeito, “serão desenvolvidas soluções sustentáveis baseadas na monitorização, utilização e modulação dos microbiomas nos alimentos e ao longo da cadeia de transformação alimentar,” refere a investigadora principal do projeto em Portugal e membro do Centro de Biotecnologia e Química Fina.

Financiado pela Comissão Europeia através do Programa HORIZON, o projeto Microorc inclui ainda a participação de empresas globais e Pequenas e Médias Empresas (PME) de tecnologia, como a Vizelpas – Comércio de Artigos Plásticos Limitada (Portugal), Christian Hansen (Dinamarca) e bioMérieuxSA (França). Além de produtores e associações do setor alimentar, como a Lusiaves-Indústria e Comércio Agro-alimentar, Primor Charcutaria Prima (ambas de Portugal) assim como instituições de investigação, como é o caso da Nofima (Noruega) e da Universidade Católica Portuguesa. Integra ainda um parceiro com conhecimento especializado em disseminação, inovação e atividades de exploração: a CiaoTech S.r.l (Itália).

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Municípios da Grande Lisboa transferem 2,9 milhões de euros para reequilibrar Tratolixo

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2023

Sintra vai transferir quase 1,3 milhões, Cascais 761 mil euros, Oeiras 506 mil euros e Mafra 348 mil euros, valores calculados em função da média anual de produção de resíduos produzidos por concelho.

Os municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra vão transferir 2,9 milhões de euros para a Tratolixo para o reequilíbrio financeiro desta empresa municipal que apresenta um resultado negativo de 1,5 milhões de euros.

A Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra para o Tratamento de Resíduos Sólidos, detentora da Tratolixo, solicitou a cada uma das autarquias um adiantamento de 2,9 milhões de euros “com vista a equilibrar os resultados do exercício em apreço”, segundo a proposta a que a agência Lusa teve acesso esta sexta-feira.

Sintra vai transferir quase 1,3 milhões de euros, Cascais 761 mil euros, Oeiras 506 mil euros e Mafra 348 mil euros, valores calculados em função da média anual de produção de resíduos sólidos urbanos produzidos por cada concelho.

No final de setembro, a empresa intermunicipal apresentava um resultado negativo de 1,5 milhões de euros.

Segundo o parecer dos revisores oficiais de contas, a que a Lusa teve acesso, “o aumento das taxas de juro, que só no terceiro trimestre aumentou 1,8 milhões de euros [nos gastos com o pagamento de empréstimos], tem impacto na tesouraria, diminuindo o ativo”, explicando assim o resultado líquido negativo.

A renegociação do contrato de empréstimo vigente, segundo os especialistas, permitiria diminuir os gastos com juros, contribuindo para um resultado líquido positivo de 350 mil euros.

A empresa apresentava, no final de setembro, um ativo corrente de 28,4 milhões de euros e um passivo corrente de 20,2 milhões de euros. que diminuiu 2,4 milhões de euros face a 2022.

A proposta tem estado a ser votada pelos órgãos autárquicos de cada um dos municípios.

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Portuense Living Tours fecha acordo com operador turístico da China

Empresa do Porto organiza tours e experiências turísticas em Portugal e Espanha, empregando 200 pessoas. Entre a digitalização e a renovação da frota, vai investir três milhões de euros em 2024.

A Living Tours, que organiza tours e experiências turísticas em Portugal e Espanha, disponibiliza mais de 2.500 atividades, soma uma frota de 50 viaturas e mais de 450 mil clientes, emprega 200 pessoas e faturou no ano passado mais de oito milhões de euros. A empresa liderada por Rui Terroso acaba de fechar uma parceria com o “maior operador da China” em atividades e experiências. No próximo ano, entre a digitalização e a renovação da frota, vai investir três milhões de euros.

“Somos líderes na Península ibérica de atividades turísticas online”, realça Rui Terroso, fundador e CEO da Living Tours, em declarações ao ECO/Local Online. Prevê fechar o ano com uma faturação de 16 milhões de euros, sendo que as atividades no mercado nacional representam 80% da faturação e 95% delas são realizadas por estrangeiros.

Fechámos uma parceria com o maior operador da China em atividades e experiências. Os clientes da Ctrip vão conseguir ter acesso a tours, atividades e experiências em todo o Portugal incluindo a nossa oferta e oferta terciarizada de outros parceiros mas vendidos por nós.

Rui Terroso

Fundador da Living Tours

A empresa fundada em 2004 estabeleceu agora uma parceria com a Ctrip, operadora turística que diz representar 60% do mercado asiático. “É o maior operador da China em atividades e experiências. Os clientes da Ctrip vão conseguir ter acesso a tours, atividades e experiências em todo o Portugal, incluindo a nossa oferta e oferta terciarizada de outros parceiros mas vendidos por nós”, explica o gestor de 47 anos, licenciado em Gestão na Universidade Lusíada do Porto.

Da digitalização à renovação da frota

No próximo ano, a Living Tours vai investir três milhões de euros, sendo que dois milhões serão gastos em novas frotas terrestres, meio milhão de euros servirá para apostar na digitalização da empresa e outro meio milhão num novo barco para complementar a oferta da experiência que lançou em agosto deste ano, o Party Boat, que consiste numa experiência que junta música e um bar a bordo numa viagem pelo rio Douro.

O objetivo de Rui Terroso é ter uma “forte presença” nos cinco principais destinos nacionais, incluindo ilhas (Porto, Lisboa, Algarve, Madeira e Açores). Os cruzeiros no Douro, “são sem dúvida, a atividade mais procurada pelos turistas”, realça o fundador.

Para assinalar os 20 anos, a Living Tours lançará no próximo ano uma nova área de negócio, a Living Events, “colmatando uma falha no turismo de negócios na cidade do Porto”.

Além de querer levar o “negócio mais longe”, o gestor realça a importância da responsabilidade social e conta que, por cada tour vendida faz um donativo de um euro para associações como a Casa – Centro de Apoio aos Sem-Abrigo), Porta Solidária, Make a Wish ou Liga Portuguesa Contra o Cancro. Só no mês passado dou quase 14 mil euros a seis associações.

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Programa com IA promete “nova era” nas decisões da gestão penitenciária

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2023

Uma empresa da Covilhã criou um sistema informático, com recurso a Inteligência Artificial, que ajuda na tomada de decisões na área da justiça criminal.

Uma empresa da Covilhã criou um sistema informático, com recurso a Inteligência Artificial (IA), que ajuda na tomada de decisões na área da justiça criminal e promete representar “uma nova era” na gestão penitenciária.

Além de um software de administração, o Horus 360º iOMS (Intelligent Offender Management System) apresenta-se como “uma solução revolucionária”.

“O que tem de inovador é a integração da inteligência artificial ao longo de todo o processo, desde que o indivíduo em conflito com a lei é detido, passando pelo julgamento, até ao estabelecimento prisional e às recomendações de programas de reabilitação, dependendo do perfil e da disponibilidade dos programas que existem”, explicou, em declarações à agência Lusa, José Santos, da IPS – Inovative Prision Systems, a empresa que desenvolveu a nova ferramenta.

Segundo José Santos, este é um modelo inovador, que “não existia”, e adiantou que o projeto já está “em fase-piloto” junto de parceiros, sem indicar o país, referindo apenas que está a ser testado “na Europa”.

Para a IPS, que tem como diretor executivo Pedro das Neves, o Horus 360º iOMS “representa um avanço significativo na modernização organizacional e na transformação digital do setor”.

De acordo com José Santos, o Horus é um “produto terminado” que pode interessar a várias entidades que operam na área da justiça criminal, desde a polícia, ao tribunal ou às prisões, embora ressalve que, “como é um produto com tantos pontos de integração, vai sempre requerer uma adaptação às jurisdições específicas” para poder ser implementado junto de cada parceiro.

A empresa, com mais de duas décadas de experiência, embora com outro nome, explicou, em comunicado, que “esta solução é atualmente o único OMS com base em evidências científicas desenvolvido na União Europeia que utiliza Inteligência Artificial para apoiar a tomada de decisões ao longo de todo o processo de indivíduos detidos e condenados”.

“A abrangência do Horus 360º iOMS, recolhendo informação ao logo do processo penal e penitenciário, garante a continuidade e partilha de informação relevante, permitindo maior cooperação e interoperabilidade entre atores de justiça criminal”, pormenorizou a IPS, na mesma nota.

O programa recorre a ferramentas como a avaliação integrada de riscos e necessidades, que prevê a probabilidade de reincidência, violência, suicídio ou radicalização.

O sistema também sugere a acomodação dos detidos nos estabelecimentos prisionais tendo em conta os fatores de risco e as necessidades específicas de cada um, para reduzir a possibilidade de conflitos.

O Horus faz ainda uma coordenação interinstitucional ao nível da automatização de fluxos de trabalho, tarefas e análises de dados “para uma eficiente e colaboração melhoradas”.

Questionado sobre as questões éticas que as análises preditivas podem levantar, José Santos afirmou que essa questão foi ponderada e é contornada porque se trata de recomendações e porque o importante é o rigor das informações introduzidas no sistema prestadas pelos agentes de justiça.

“O cuidado que precisamos ter é a atenção à informação introduzida no sistema, para ser fidedigna e não ter enviesamentos predefinidos”, salientou José Santos.

Para o diretor executivo da IPS, Pedro das Neves, o Horus não significa apenas modernização, “trata-se de capacitar os sistemas de justiça para alcançar melhores resultados de reinserção social e contribuir uma sociedade justa e segura”.

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