Fitch sobe rating da CGD e mantém perspetiva estável

  • Lusa
  • 21 Setembro 2023

A agência salientou "o reforço dos indicadores financeiros da Caixa, nomeadamente, a melhoria da rendibilidade – assente na liderança de mercado e em fortes níveis de eficiência".

A Fitch subiu os ratings da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de BBB- para BBB, mantendo um outlook (perspetiva) estável, indicou esta quinta-feira o banco público em comunicado ao mercado. Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a CGD disse que a Fitch Ratings “subiu os ratings IDR (‘Issuer Default Rating’) e da dívida sénior preferencial de longo prazo da Caixa de BBB- para BBB, mantendo o outlook estável”.

No comunicado, a CGD disse que “os ratings IDR e da dívida sénior preferencial de curto prazo foram confirmados em F3″, ou seja, indicam uma capacidade de pagamento adequada dos compromissos. De acordo com a CGD, “em simultâneo, o rating de dívida sénior não preferencial de longo prazo subiu igualmente de BB+ para BBB-, passando ao nível de investment grade, e o da dívida Tier 2 de BB para BB+”, lê-se na mesma nota.

O banco revelou também que “o rating dos depósitos foi elevado a BBB+, um nível acima do atribuído à dívida sénior preferencial e igualando o rating da dívida pública portuguesa”. A Caixa garantiu que “esta notação reflete a maior proteção conferida aos depósitos em caso de resolução”.

A Fitch salientou “o reforço dos indicadores financeiros da Caixa, nomeadamente, a melhoria da rendibilidade – assente na liderança de mercado e em fortes níveis de eficiência – da qualidade dos ativos e dos rácios de capital”, assegurou o banco.

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Portugal desce no “ranking” mundial de talento. Suíça lidera

  • Trabalho
  • 21 Setembro 2023

Entre os 64 países em análise, a Suíça, o Luxemburgo e a Islândia aparecem como as economias mais competitivas em talento a nível mundial. Portugal ocupa a 25.ª posição da tabela.

Portugal está menos competitivo do que há um ano, no que diz respeito ao talento. Desceu uma posição no ranking mundial do IMD World Competitiveness Center, que conta, a nível nacional, com a Porto Business School como parceira na elaboração desta lista. Entre os 64 países em análise, a Suíça, o Luxemburgo e a Islândia aparecem como as economias mais competitivas em talento a nível mundial.

“Portugal ocupa a 25ª posição no ranking mundial de talento do IMD World Competitiveness Center 2023. Apesar da melhoria em termos de atratividade, este ano, e contrariamente a 2022, os resultados ficam marcados pelo decréscimo do país nos fatores investimento & desenvolvimento (I&D) e preparação“, foi anunciado esta quinta-feira.

No que diz respeito à atratividade, o país subiu três posições, passando do 40.º lugar para o 37.º lugar. Essa evolução é fundamentada “sobretudo, pelo desempenho positivo nos níveis de exposição dos cidadãos à poluição (11º lugar)“, é frisado na nota enviada às redações, que avisa, porém, que a motivação laboral (57º), a fuga de talento (54º) e a aplicação de justiça (57º) “permanecem critérios preocupantes”.

Já quanto ao I&D, Portugal desceu cinco posições face a 2022, do 22.º lugar para o 27.º lugar. A principal “fraqueza” do país é a classificação dos níveis de formação dos colaboradores (60º lugar). Em contraste, Portugal continua a ter “um bom desempenho no rácio alunos/professor na educação primária e secundária“. A participação feminina na força de trabalho (49,93%) surge, também, como um dos principais destaques positivos, no quinto lugar do ranking.

Relativamente ao fator preparação, o país também registou um decréscimo, neste caso de oito posições, passando do 19º lugar para o 27º. Tal posição é explicada pela classificação da experiência internacional dos gestores seniores (56º lugar).

Neste ranking que compara seis dezenas e meia de país, a Suíça manteve o seu domínio na competitividade global de talento, “permanecendo na primeira posição do ranking desde a sua criação, em 2014″.

Em segundo lugar, aparece o Luxemburgo, enquanto a Islândia manteve o terceiro posto. “A Suécia sofreu uma queda considerável – do segundo para o 10º lugar –, enquanto a Bélgica (quarta) e Singapura (oitava) regressaram ao top 10“, é frisado na nota já referida.

O IMD é pioneiro no estudo da competitividade global de talento e “os resultados do ranking são utilizados continuamente por decisores políticos em todo o mundo.”

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Em Portugal não existe um verdadeiro conhecimento da fraude nos fundos europeus

Estudo defende a celebração de um protocolo rigoroso de comunicação de dados entre o Ministério Público e a Inspeção Geral de Finanças. O protocolo foi proposto em 2016 e aguarda resposta.

Em Portugal não existe um verdadeiro conhecimento da fraude. Esta é a conclusão a que a impulsionadora do Think Tank | Risco de Fraude, Recursos Financeiros da União Europeia, chega após a realização de um estudo para o conhecimento da fraude nos fundos estruturais em Portugal.

“Não sabemos os números reais da fraude em Portugal”, diz Ana Carla Almeida, na conferência de apresentação do estudo. “Ninguém tem dúvidas em dizer que a corrupção em Portugal não corresponde aos números oficiais. Mas, na fraude não é assim. Ela ocorre de forma escamoteada e escondida e os números de fraude reportada não correspondem à fraude real”, explica a procuradora.

De acordo com o estudo, no QREN foram reportados 2.709 casos suspeitos de irregularidades ou fraude na utilização de fundos europeus. Mas, até agora há apenas dois casos de fraude comprovada, envolvendo 200 mil euros de apoios agrícolas. Já no Portugal 2020 há 1.320 casos suspeitos e nenhum comprovado.

Como as coisas estão não podem continuar porque assim não vamos conhecer a fraude. É preciso mudar para que, lá mais à frente possamos saber e tomar decisões informadas”, diz Ana Carla Almeida. “As entidades que lidam com os fundos não querem ter conhecimento do que se passa correndo o risco de continuar a falhar o alvo?”, pergunta a responsável de forma provocatória.

O grande problema, identificado pelos autores do estudo, foi a qualidade dos dados, a falta de compatibilização e de comparabilidade entre eles, para não falar da disponibilidade tardia dos mesmos. “A impossibilidade de cruzamento de mais de 50% dos dados inviabiliza o conhecimento da fraude em Portugal”, diz Ana Carla Almeida.

“O que me deixa desconfortável é haver tantos processos judiciais relacionados com fraude e não saber o contexto desses processos”, diz Elsa Cardoso a investigadora do ISCTE encarregue da coordenação científica e técnica do estudo. “Para fazer isso era preciso tempo”, acrescenta.

“Ao conhecer a realidade dos dados de ação penal já nos pode balizar o que é o fenómeno da fraude, mas neste momento o cruzamento de dados não é possível de realizar”, corrobora, acrescentando que era fundamental “estudar mais aprofundadamente a classificação do crime de fraude” e que o Citius deveria ir reclassificando os tipos de crime à medida que os processos evoluem, sempre em respeito das regras de RGPD.

Uma das principais recomendações dos investigadores do ISCTE é o de que seja estabelecido um protocolo rigoroso de comunicação de dados entre o Ministério Público e a Inspeção Geral de Finanças, no qual uma entidade comunique eletronicamente à outra a totalidade das iniciativas que desencadeia relativamente a eventuais fraudes na atribuição e uso de fundos europeus. Carla Almeida revelou que esse protocolo foi sugerido à IGF em 2016, mas aguarda resposta desde então.

Com Ana Cristina Rodrigues, inspetora-geral da IGF, sentada na plateia a conferência, teve um momento de confronto direto com os autores do estudo acusados de não terem tido disponibilidade para esclarecer dúvidas com a IGF antes da publicação do estudo. Uma indisponibilidade pelo facto de terem de esperar um ano para superar os problemas de RGPD e ter acesso aos dados. Uma dificuldade que se traduziu num atraso de quatro meses fase ao prazo definido para concluir o estudo que foi financiado pelos próprios fundos europeus (Programa Operacional Assistência Técnica – POAT).

“Os dados reportados pelo sistema IMS [Irregularity Management System] são-nos comunicados pelas autoridades de gestão e por nós no âmbito das nossas auditorias”, explicou Ana Cristina Rodrigues. “Não fazemos nem nunca poderíamos fazer qualquer tipo de investigação criminal”, acrescenta.

“Mas quando suspeitamos de indícios de fraude comunicamos imediatamente ao Ministério Público para prosseguir nas suas funções a análise e investigação se há matéria para abrir um processo judicial”, acrescentou a inspetora-geral da IGF. A responsável defendeu também uma maior cooperação com o Ministério Público até porque a IGF “perde o fio à meada, se aquilo que achavam que era fraude de facto o era”. Isso ajudaria a melhorar a prevenção da fraude”, concluiu.

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Montenegro acusa António Costa de “crime político por brincar” com o capital da TAP

  • Lusa
  • 21 Setembro 2023

O primeiro-ministro “anda aos ziguezagues para a frente e para trás” na TAP, lamentou Luís Montenegro.

O líder do PSD, Luís Montenegro, acusou esta quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa, de ter cometido um “crime político e económico ao ter andado a brincar” com o capital da TAP nos últimos anos. “À espera de saber qual a solução que o Governo vai apresentar” para a privatização da empresa, Luís Montenegro salientou ser “daqueles que pensou sempre o mesmo” e que há mais de dez anos defende “a privatização integral do capital da companhia aérea portuguesa”.

Acusou António Costa de “mudar de opinião consoante os anos e as circunstâncias”, lembrando que o primeiro-ministro “já foi contra a privatização, nacionalizou primeiro uma parte do capital, depois a totalidade do capital, depois pôs a hipótese de privatizar uma parte e agora põe a hipótese de privatizar tudo”.

“Anda aos ziguezagues para a frente e para trás”, lamentou o presidente social-democrata. Um posicionamento que levou Luís Montenegro a acusar o chefe do executivo de ter cometido “um crime político e económico ao ter andado a brincar com o capital da TAP, ao obrigar os contribuintes portugueses a injetar mais de três mil milhões de euros na companhia”.

Lamentando a “falta de transparência do Governo” para responder às questões sobre a privatização da companhia aérea, o líder do PSD assegurou que, mesmo desconhecendo “qual é solução final, qual é o caderno de encargos, quais serão os critérios que o Governo apresentará para poder privatizar parte ou a totalidade do capital”, o partido é favorável à privatização.

Para Montenegro, isso mesmo podia já ter acontecido na sequência do processo que se iniciou em 2015, “não fora esta irresponsabilidade, este crime político que António Costa e o PS cometeram e que infelizmente teve um custo de mais de três mil milhões de euros”. Agora, acrescenta, “o desejável é que o Estado possa recuperar todo o montante da injeção de capital que fez”, apesar de admitir “ter muitas dúvidas” que isso venha a acontecer.

Luís Montenegro falava no Entroncamento, onde visitou a estação do caminho de ferro, no âmbito da iniciativa “Sentir Portugal”, dedicada ao distrito de Santarém.

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Intelcia à procura de 500 profissionais em várias cidades do país

  • Trabalho
  • 21 Setembro 2023

Intelcia está a recrutar até ao final do ano meio milhar de trabalhadores em várias cidades, como Guarda, Viana do Castel, Viseu, Fafe e Lisboa. Candidaturas devem ser feitas "online".

A Intelcia Portugal, empresa de outsourcing, está a recrutar 500 trabalhadores em várias cidades do país, de norte a sul, para os setores da energia, seguros, telecomunicações e alimentação. Os candidatos têm de ter conhecimentos da língua francesa ou portuguesa, bem como excelentes capacidades de comunicação e conhecimentos de informática.

“No âmbito de uma estratégia de crescimento e promoção da empregabilidade, a Intelcia Portugal, que hoje conta com 7.000 funcionários, irá recrutar, até ao final do ano, 500 colaboradores em várias cidades”, anunciou a empresa esta tarde, em comunicado.

O recrutamento destina-se a projetos em português e francês, “permitindo a criação de postos de trabalho nas cidades da Guarda, Vila Real, Amarante, Macedo de Cavaleiros, Viana do Castelo, Vila Real, Oliveira do Hospital, Viseu, Castelo Branco, Guarda, Covilhã, Fafe, Vieira do Minho, Lamego e Lisboa”.

As candidaturas devem ser feitas online, ou no portal da Intelcia, ou para o email [email protected]. Segundo a empresa, aos novos colaboradores serão disponibilizados um conjunto de benefícios, entre os quais a disponibilização de seguro de saúde, formação inicial e contínua, flexibilidade horária e facilidade de integração numa equipa dinâmica.

“Estamos à procura de novos colaboradores em vários pontos do país, gerando emprego em zonas onde o mesmo escasseia, e integrando-os numa equipa dinâmica e com uma visão de inovação, focada na inclusão e na diversidade“, sublinha Carla Marques, CEO da Intelcia.

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Governo aprova investimento 200 milhões de euros para edifícios da Justiça

Mais de 200 milhões de euros foram aprovados esta quinta-feira em Conselho de Ministros , previstos no Plano Plurianual de Investimentos na área da Justiça 2023-2027.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o Plano Plurianual de Investimentos na área da Justiça 2023-2027, num montante total superior a 200 milhões. Em comunicado, o Governo alerta que este é um “instrumento basilar” para a concretização da sua estratégia para a Justiça, “que prevê a racionalização das infraestruturas existentes e dos recursos financeiros disponíveis – centrada na definição de prioridades, avaliadas através de fatores objetivos como a gravidade, a urgência e a tendência do estado das instalações”.

“O Plano Plurianual de Investimentos na área da Justiça 2023-2027, agora aprovado, representa uma linha de continuidade de resoluções de conselho de ministros aprovadas anteriormente, iniciada com a autorização das despesas relativas a construções no parque penitenciário tendo em vista o encerramento gradual do Estabelecimento Prisional de Lisboa, de cerca de 20 milhões de euros, à empreitada de requalificação do novo edifício da Diretoria do Sul da Polícia Judiciária em Faro, cerca de 5 milhões, e de diversas empreitadas de construção, ampliação e requalificação de instalações de tribunais e da Polícia Judiciária no distrito de Braga, mais de 26 milhões“, explicam.

Este plano refletir-se-á na aquisição de serviços e de empreitada para a construção, ampliação, adaptação e/ou requalificação de múltiplas instalações afetas a tribunais de todas as comarcas, à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais – abrangendo diversos estabelecimentos prisionais e todos centros educativos -, à Polícia Judiciária e ao Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.

“Também no âmbito deste plano, está prevista a aquisição, para a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, de veículos especiais de segurança prisional – viaturas celulares – e de veículos de serviços gerais, bem como a aquisição de equipamentos básicos e administrativos, indispensáveis à atividade dos estabelecimentos prisionais, centros educativos, equipas de reinserção social e equipas de vigilância eletrónica, tendo em vista ultrapassar o elevado grau de obsolescência em que os bens e equipamentos existentes se encontram”, asseguram.

O Plano aprovado esta quinta-feira abrange ainda a aquisição de empreitadas destinadas à instalação do Polo do Centro de Estudos Judiciários, em Vila do Conde, e do Tribunal Central Administrativo Centro, em Castelo Branco, com o fim de alcançar os objetivos estratégicos da área governativa da justiça nas suas respetivas dimensões. “Será ainda possível dar cumprimento a protocolos anteriormente firmados com diversos Municípios e melhorar as acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida”, acrescentam.

Para dar cumprimento a esta medida, inscrita no Programa do Governo, a área governativa da justiça empreendeu uma estratégia para a área do edificado. O trabalho envolveu os Conselhos de Gestão de todas as Comarcas e os dirigentes de todos os serviços e organismos da Justiça, a realização de visitas a instalações de todo o país, reuniões com os autarcas e o trabalho prático realizado com todos os serviços.

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Após veto, partidos criticam “teimosia” e “intransigência” do Governo no Mais Habitação

Pacote Mais Habitação vai voltar ser votado na sexta-feira no Parlamento. Da esquerda à direita, os partidos acusaram o Governo de "teimosia" e "intransigência" em não alterar o diploma, após veto.

Após o veto do Presidente da República, o pacote Mais Habitação voltou esta quinta-feira à Assembleia da República para ser reapreciado pelo deputados. Da esquerda à direita, os partidos acusaram o Governo de “teimosia”, “intransigência” e de falta de diálogo na resolução dos problemas da habitação e consideram que o pacote não resolve “questões cruciais”. As medidas que visam o alojamento local ou a arrendamento coercivo estiveram entre as mais criticadas. Diploma vai ser votado na sexta-feira e deverá receber “luz verde”, no contexto de maioria absoluta.

À semelhança do que sucedeu na votação final global de 19 de julho, perto do final do debate e quando o deputado socialista Hugo Carvalho se preparava para intervir, um grupo de manifestantes que estava a assistir nas galerias levantou-se e começou a gritar “Casa para Viver” – numa alusão à manifestação que vai decorrer a 30 de setembro – e que levou o presidente da Assembleia da República a interromper a sessão e a pedir silêncio.

Retomada a sessão, Hugo Carvalho veio garantir que a “reapreciação do diploma e a sua confirmação em nada colide com a atuação dos atores políticos” nem “é barómetro do que define o certo do errado” e deixou o aviso: governar significa “fazer opções”. Nesse sentido, e reforçando a ideia de que o PS iria voltar a aprovar o pacote Mais Habitação mesmo sem o apoio dos partidos, o deputado justificou a decisão não “por capricho político”, mas pela “convicção” de que esta é a solução. Além disso, negou que não tenha havido diálogo e que “uma discussão desta dimensão” não é “preto nem branco”.

À direita, o PSD lamentou que nem a ministra da Habitação nem nenhum membro do Governo estivesse presente no debate, referindo que “é mais um sinal a falta de respeito por este parlamento e pelos portugueses“. Márcia Passos lamentou que o Executivo esteja “orgulhosamente só” na defesa deste programa e que tenha ignorado “o veto do Presidente da República e os alertas que transmite”, acusando o PS de “teimosia incompreensível”. “Ainda vão a tempo de emendar todos os erros”, concluiu. Por outro lado, a social-democrata Patrícia Dantas prometeu que quando o PSD for Governo irão revogar este pacote.

Já Rui Rocha, da Iniciativa Liberal (IL) começou por lembrar algumas promessas feitas pelo primeiro-ministro que não foram cumpridas, dando como exemplo o “investimento de 140 milhões de euros para para construir 7.500 casas de utilização acessível” ou a disponibilização de “12 mil novas camas em residências universitários”. Para os liberais, o Mais Habitação como está desenhado já conseguiu “perturbar soluções já existentes no mercado”, quer a nível do arrendamento, quer a nível da nova construção. O presidente da IL lembrou ainda o pacote apresentado pelos liberais e diz-se disponível para o discutir “e com isso melhorar mercado de habitação em Portugal”. “É o Estado que deve fazer apoio social. Isso não cabe ao privado”, elencou ainda.

Por outro lado, André Ventura, apontou que o “PS mostrou uma absoluta inteligência em ter um verdadeiro pacote de Habitação” e que “obsessão das maiorias e rolo compressor [do PS] obrigou o Presidente da República a fazer uso do veto”. O líder do Chega criticou ainda algumas das medidas presentes no programa, nomeadamente o arrendamento coercivo ou as medidas que visam o Alojamento Local (AL). “Isto é o maior ato de ingratidão da história democrática. O AL não é responsável” pela crise de habitação“, defendeu, acrescentando ainda que “as famílias têm direito sua propriedade”.

Já à esquerda, o PCP diz que está em “frontal discordância” com o pacote apresentado, por considerar que “está concebido para especulação e continua a negar questões cruciais”. Nesse sentido, Bruno Dias diz que é preciso promover a habitação pública, bem como apostar em medidas para travar aumento de rendas e a subida do crédito à habitação, “eliminar os benefícios fiscais dos fundos imobiliários” e “criar um regime especial de suspensão de despejos”.

Ao mesmo tempo, Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda (BE), começou por referir que “a renda média em Lisboa custa mais de duas vezes o salário mínimo nacional” e que há “gente desesperada que não tem onde viver”. “O programa não resolve nenhum destes problemas”, apontou a líder bloquista, elencando que “há três medidas que podiam mudar a crise da habitação”, nomeadamente os tetos às rendas ou proibir a venda de casas a não residentes”.

Por sua vez, do lado do PAN, Inês Sousa Real, defendeu que “voltámos à curta-metragem das casas que não saem do papel” e considerou que o pacote não vem dar não vem dar resposta à onda de entregas de casas que está em curso nem às rendas altas”. Já Rui Tavares, do Livre, defendeu que as “propostas se limitam a empurrar o problema”.

Este pacote foi apresentado pela primeira vez pelo Governo a 16 de fevereiro, tendo sido sujeito posteriormente a consulta pública e aprovado em votação final global a 19 de julho. Contudo, o Chefe de Estado decidiu não promulgá-lo, tendo tecido duras críticas e considerando que este programa é “manifestamente insuficiente e não representa a base de apoio necessária”.

Não obstante, o PS já tinha sinalizado que tencionava manter o diploma como estava e Marcelo Rebelo de Sousa disse que, ainda assim, este não era um “caso encerrado”, dado que ainda falta a regulamentação das medidas. Ao que o ECO apurou, só depois desta votação ficará definido se vai ser o Parlamento ou o Governo a desenhar as regras específicas dos decretos da Assembleia da República.

Em causa estão um conjunto de medidas, tendo em vista mitigar a crise na habitação e cujo valor estimado é de 900 milhões de euros (excluindo o custo com obras, compras ou rendas que venham a ser pagas pelo Estado) provenientes do Orçamento do Estado para 2023. O diploma tem ligeiras alterações face à proposta inicial, de 16 de fevereiro, nomeadamente no que concerne ao arrendamento coercivo de casas devolutas, uma das medidas mais polémicas, bem como no que toca aos vistos gold, cujo regime termina apenas para novos pedidos de concessão de vistos de residência para investimentos de natureza imobiliária.

Entre as medidas previstas consta ainda a aplicação de uma contribuição extraordinária para o Alojamento Local, sendo que a taxa aplicável a esta base tributável é de 15% e não pode ser dedutível à determinação do lucro tributável em IRC. As novas regras ditam ainda que os registos de Alojamento Local serão reapreciados em 2030, sendo que a partir da primeira reapreciação, são renováveis por cinco anos.

Além disso, os condomínios passam também a ter uma palavra a dizer sobre os novos registos de AL. Está ainda previsto uma limitação à subida das rendas para novos contratos, bem como que os contratos de arrendamento anteriores a 1990 passem a ser atualizados de acordo com a inflação.

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EDP inaugura na Polónia o seu maior parque solar na Europa

Esta central fotovoltaica tem também o "título" de segunda maior da Polónia, constituída por cerca de 308 mil painéis bifaciais, capazes de aproveitar a radiação solar de ambos os lados.

A EDP Renováveis (EDPR) acaba de inaugurar na Polónia a sua maior central fotovoltaica na Europa, informou a empresa em comunicado, esta quinta-feira.

O parque tem uma capacidade instalada de 200 megawatts-hora pico (MWp), que produzirá energia suficiente para fornecer mais de 100.000 casas. Anualmente, vão ser gerados cerca de 220 GWh de energia limpa e evitada a emissão de mais de 208 mil toneladas de dióxido de carbono.

Esta central fotovoltaica tem também o “título” de segunda maior da Polónia, constituída por cerca de 308 mil painéis bifaciais, capazes de aproveitar a radiação solar de ambos os lados e, assim, maximizar a produção limpa de eletricidade.

A EDP realça que este projeto é emblemático uma vez que se localiza em Przykona, no mesmo local onde, no passado, foi desativada uma mina de carvão. “Colocar em operação Przykona é um novo passo em matéria de energias renováveis na Europa e faz da EDPR um dos principais operadores na produção de energia fotovoltaica em grande escala na Polónia”, afirma Duarte Bello, administrador da EDP Renováveis para a Europa e América do Sul.

A energia solar representa já mais de 13% do portfólio global da EDPR. A empresa tem como objetivo que a energia solar constitua uma grande parte da capacidade instalada do negócio, divida em 30% de projetos de grande escala e 7% de energia solar distribuída.

A EDPR entrou no mercado polaco em 2008 e, desde então, opera mais de 900 MW de capacidade instalada. Até junho de 2023, essa capacidade aumentou 270 MW face ao mesmo mês do ano anterior. A empresa inaugurou recentemente o primeiro parque híbrido da Polónia, combinando a central fotovoltaica Konary de 45 MWp e o parque eólico Polowo de 79,5 MW na mesma subestação.

O grupo EDP, ao qual pertence a EDPR, também investiu em projetos solares distribuídos para clientes empresariais na Polónia. No total, o grupo já assegurou 371 MWp de capacidade solar na Polónia.

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Governo aprova Isabel Apolinário para vogal do regulador da Energia

  • Lusa
  • 21 Setembro 2023

Isabel Apolinário junta-se na administração do regulador da Energia ao presidente Pedro Verdelho e ao vogal Ricardo Loureiro.

O Conselho de Ministros aprovou a nomeação de Isabel Apolinário para vogal do Conselho de Administração da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Foi aprovada a resolução que procede à designação de Isabel Alexandra Guerreiro Apolinário para o cargo de vogal do Conselho de Administração da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos“, lê-se num comunicado divulgado após a reunião do Conselho de Ministros.

Isabel Apolinário, até agora diretora de tarifas do regulador, foi o nome escolhido pelo Governo para ocupar o lugar deixado vago, em março, por Mariana Pereira, que saiu da administração após ter completado os seis anos de mandato.

Após ter obtido parecer favorável da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap) e ter sido ouvido no parlamento, em 4 de julho, Isabel Apolinário junta-se na administração da ERSE a Pedro Verdelho (presidente desde novembro de 2021, na sequência da morte da ex-presidente do regulador, Maria Cristina Portugal) e a Ricardo Loureiro (nomeado vogal em finais de 2022), para um mandato de seis anos.

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Apoio a inquilinos com taxa de esforço acima de 100% só é pago em outubro

Despacho das Finanças bloqueou os subsídios até serem apurados os rendimentos de 2022. Confirmando-se a taxa de esforço, famílias elegíveis começam a receber no próximo mês com retroativos a janeiro.

Inquilinos com taxa de esforço igual ou superior a 100% só vão começar a receber em outubro o apoio às rendas, de valor máximo de 200 euros por mês, com retroativos a janeiro, revelou esta quinta-feira a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, durante o briefing do Conselho de Ministros, numa resposta a uma questão colocada pelo ECO.

Ou seja, os beneficiários em que 100% ou mais do seu rendimento se destina a suportar despesa com renda para habitação própria e permanente terão direito ao subsídio com um atraso de mais de quatro meses face à data em que o apoio foi transferido para as restantes famílias abrangidas.

“No apoio à renda, em 2023, os critérios que estão a ser utilizados vão ser utilizados até final do ano e no que respeita aos beneficiários com taxas de esforço acima de 100% está neste momento a ser reavaliado por parte da Autoridade Tributária” os rendimentos de 2022, declarados este ano assim como as reclamações dos inquilinos para podermos em outubro processar os pagamentos”, afirmou Marina Gonçalves.

Recorde-se que todas as famílias com taxa de esforço igual ou superior a 100% foram excluídas da primeira fase do apoio à renda, que começou a ser pago em junho, mesmo que preencham todos os critérios de elegibilidade previstos no decreto-lei. O Governo tem garantido que estes casos serão avaliados mais tarde, à medida que sejam analisadas as declarações de IRS entregues este ano e relativas aos rendimentos de 2022, mas sem nunca avançar data. Recorde-se que a campanha declarativa terminou a 30 de junho. Agora o Governo adianta que o subsídio começará a chegar à conta bancária dos inquilinos elegíveis em outubro.

Este critério de remeter os casos com taxa de esforço superior a 100% para uma avaliação mais fina não consta, porém, da lei que cria a medida. Ou seja, o diploma não limita o acesso ao apoio a quem despenda a totalidade do seu rendimento ou até mais para cumprir com as prestações. Foi o despacho interno das Finanças que veio impor a regra da verificação dos rendimentos mais recentes, relativos a 2022. Para as famílias com taxa de esforço inferior a 100%, foram logo considerados os ganhos de 2021, declarados no ano passado, uma vez que, no momento da atribuição do cheque, em maio e junho, a campanha de IRS deste ano ainda estava a decorrer.

Já foram pagos quase metade, mais precisamente 49%, dos cerca de 240 milhões de euros do apoio às rendas que o Governo prevê gastar este ano. Até julho, a Segurança Social transferiu 118,14 milhões de euros a 181.525 famílias, que receberam, em média, um subsídio de 100 euros por mês com retroativos a 1 de janeiro. O universo elegível deverá chegar aos 185 mil agregados, de acordo com dados avançados pelos ministérios da Habitação, Finanças e do Trabalho.

Para beneficiar da medida, os contratos de arrendamento e subarrendamento devem estar registados na Autoridade Tributária (AT) como sendo para habitação própria e permanente com data de início até 15 de março deste ano. Os que forem comunicados posteriormente só serão elegíveis no próximo ano. Também é necessário ter uma taxa de esforço igual ou superior a 35% e rendimentos brutos anuais até 38 632 euros, correspondendo ao limite do atual sexto escalão do IRS. A medida, que dá um apoio máximo mensal de 200 euros, irá vigorar até 2028.

A ministra da Habitação ainda foi questionada sobre potenciais alterações aos critérios da medida em 2024. Marina Gonçalves indicou apenas que é intenção do Executivo “fazer alguns ajustamentos”, sublinhando que só depois da auscultação ao setor é que será tomada uma decisão não só sobre este apoio mas também relativamente ao coeficiente de atualização das rendas para o próximo ano.

Esta quinta e sexta-feira, a governante vai reunir com as associações de proprietários e inquilinos, UGT, CGTP e Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor.

(Notícia atualizada às 17h12)

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Fitch revê em alta notação do BCP para fora do patamar de ‘lixo’

A agência de notação citou a melhoria dos rácios de capital e o aumento da rentabilidade num ambiente de taxas de juro mais altas como razões para a revisão em alta para 'BBB-'.

A Fitch reviu em alta o rating do BCP para ‘BBB-‘ de ‘BB+’, uma melhoria de um nível que retira a notação do banco do patamar de ‘lixo’, promovendo-a a grau de investimento. A melhoria dos rácios de capital e dos lucros numa altura de taxas de juro mais altas são duas das razões citadas pela agência. O outlook é estável.

A agência é a última das quatro principais a devolver o rating do BCP ao desejado patamar de investment grade, após a S&P, a Moody’s e a DBRS já o terem feito nos últimos meses.

“A melhoria reflete a nossa visão de que os rácios de capital do banco aumentaram para níveis adequados e compatíveis com os ratings mais elevados“, afirmou a Fitch. “Isto foi apoiado por uma rendibilidade significativamente mais forte, dadas as taxas de juro mais elevadas, uma forte eficiência de custos e um balanço com riscos de crédito reduzidos”.

Adiantou que a atualização também reflete a redução dos riscos relacionados com os custos de litígio provenientes da sua subsidiária polaca (Bank Millennium; BB/Positive) em relação aos antigos empréstimos hipotecários denominados em francos suíços.

Para a Fitch, o setor da banca em Portugal registou progresso significativo desde 2016 na melhoria da resiliência a choques, notando também que rendibilidade aumentou devido à retoma da economia, reestruturação dos modelos de negócio e juros mais alta. “Tudo isto deverá suportar desempenho resiliente face a pressões macroeconómicas no segundo semeste de 2023 e no ano de 2024”, sublinhou.

Em relação à capitalização do BCP, a agência referiu que melhorou devido a um rácio de capital comum Tier 1 (CET1) mais elevado (final do primeiro semestre em 14,0% face aos 12,6% do final de 2022, resultando em maiores reservas de capital face aos requisitos mínimos regulamentares, rentabilidade materialmente mais forte e redução de capital sem reservas ativos problemáticos (estimados em cerca de 20%).

Na análise dos fatores que poderiam levar a um downgrade do rating, a Fitch apontou para o caso de o rácio CET1 cair materialmente abaixo de 13% sem um plano credível para restaurá-lo acima desse nível. “Acreditamos que isto poderá advir de custos legais maiores do que o esperado da sua subsidiária polaca, encargos de imparidade de empréstimos superiores ao esperado ou distribuições de acionistas mais elevadas do que o atualmente

Miguel Maya, CEO do BCP, escreveu hoje num email aos colaboradores, ao qual o ECO teve acesso, “é um dia com um significado especial para todos os profissionais do BCP“, sublinhando que “passaram praticamente 12 anos desde que o banco deixou de merecer essa notação por parte das principais agências de rating”. Adiantou que as implicações para um banco cotado, o único Banco cotado em Portugal, de não ser investment grade, “são muito relevantes a diversos níveis como bem sabemos”.

Explicou ainda que esta evolução foi “verificada num contexto muito adverso, no qual nos deparámos com uma crise própria do banco, seguida de uma crise financeira global, de uma degradação da economia e das finanças de Portugal que levou o país a requerer ajuda externa internacional , uma pandemia sem precedentes nas nossas vidas profissionais e uma política monetária que estipulou que as taxas de juro estivessem negativas ao longo de mais de sete anos”.

Maya realçou ainda “um contexto político/jurídico na Polónia com implicações muito relevantes ao nível do provisionamento, uma guerra no coração da Europa decorrente da inqualificável invasão da Ucrânia pela Rússia, e, já há mais de um ano, um contexto inflacionista com o qual Portugal não se deparou nas últimas três décadas e que está a ter relevantes implicações na economia e na qualidade vida das pessoas”.

[Notícia atualizada às 17h55]

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APPM Marketing Awards com 90 trabalhos em shortlist

Os vencedores são revelados no dia 27 de setembro, na gala de entrega de prémios APPM Marketing Awards, que tem lugar no Clube Ferroviário em Lisboa.

Das 229 candidaturas a concurso foram selecionadas 90 para a shortlist dos APPM Marketing Awards 2023. A shortlist da edição de 2023 dos APPM Marketing Awards, a segunda desde que a Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing (APPM) retomou a iniciativa no último ano, pode ser conhecida aqui.

O total das 229 candidaturas a concurso dividiam-se entre as categorias de Comunicação e Relações Públicas (65), Media (57), Advertising (56), Marketing (37), Inovação (11) e a nova categoria Data tem três. No total apresentaram-se 89 marcas a concurso. Em 2022, ano em que a iniciativa foi retomada, estiveram a concurso 184 projetos.

Vai também ser atribuído um Grande Prémio e o Grande Prémio Solidário, A Marca do Ano, Agência de Publicidade do Ano, Agência de Meios do Ano e Agência de Comunicação/PR do Ano, que resultarão do somatório dos pontos acumulados nos casos premiados. O Marketer do ano será eleito por nomeação da APPM e posterior votação dos jurados.

Este ano vai também ser atribuído o Prémio Carreira APPM, distinção que não existiu em 2022, quando os prémios foram relançados.

Os projetos foram selecionadas mediante a votação de 20 jurados: Sérgio Carvalho (Fidelidade), Teresa Lameiras (SIVA |PHS), Duarte Durão (NOSSA), Marlene Gaspar (Llorente & Cuenca), Luiza Galindo (Altice), Luís Ferreira (Cofina), Teresa Burnay (Unilever), Miguel Ralha (BAR Ogilvy), Alexandra Pereira (Omnicom Creative Hub), Rodrigo Albuquerque (Arena Media), Hugo Faria (Omnicom Media Group), Inês Mendes da Silva (Notable), Gaspar d´Orey (Worten), Nuno Santana (NIU), Frederico Costa (Google), Sandra Silva (Multiopticas/GrandOptical), Susana Coerver (Kindology), Miguel Osório (CNN/Pitch), Miguel Moreira Rato (Adagietto), Fátima de Sousa (Briefing) e Sandra Alvarez (PHD|Omnicom Media Group), diretora da APPM e presidente do júri.

Os vencedores são revelados no dia 27 de setembro, na gala de entrega de prémios APPM Marketing Awards, que tem lugar no Clube Ferroviário em Lisboa.

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