Sporting SAD sai de situação de falência técnica ao fim de cinco anos

A equipa liderada por Frederico Varandas conseguiu, pela primeira vez, fechar as contas da SAD sportinguista com capitais próprios positivos, depois de cinco anos de resultados negativos.

A sociedade anónima desportiva do Sporting Clube de Portugal (Sporting SAD) alcançou em 2022 uma vitória há muito desejada. Pela primeira vez em cinco anos, a SAD verde e branca conseguiu apresentar capitais próprios positivos num exercício anual. Mas não se ficou por aqui.

Além de ter saído de uma situação de falência técnica que perdurava desde 2018, quando Frederico Varandas assumiu a liderança do clube e da Sporting SAD (setembro de 2018), os 8,9 milhões de euros de capitais próprios com que a empresa fechou as contas de 2022 (que fiscalmente terminaram a 30 de junho deste ano) são também o valor mais elevado que a sociedade apresentou nos últimos 17 anos.

Os números apresentados esta sexta-feira mostram também um volume de negócios de 222 milhões de euros, o valor mais elevado da sua história, e o segundo ano consecutivo de resultados líquidos positivos, com a Sporting SAD a fechar o ano passado com lucros de 25 milhões de euros.

Fonte: Sporting SAD. Relatório e contas da época 2022/2023.

“Era crítico nesta primeira fase a recuperação da Sporting SAD”, escreve Frederico Varandas no relatório e contas, sublinhando que “em virtude destes resultados, é possível o início de um novo capítulo, em que podemos elevar o nível de investimento, quer desportivo quer de negócio, sem comprometer o curto prazo e a sustentabilidade do clube”.

A sustentar as contas de 2022 esteve, em grande medida, a venda de passes de jogadores, que atingiu 129,9 milhões de euros, 55,5% acima do registado em 2021. O destaque vai para a concretização da segunda maior venda de sempre da SAD até então (Matheus Nunes, por 45 milhões de euros, mais 5 milhões de euros variáveis e 10% de uma mais-valia futura).

Não obstante, a EY, responsável pela auditoria às contas da Sporting SAD, refere no relatório e contas da sociedade que, “na sequência de prejuízos ocorridos em anos anteriores, em 30 de junho de 2023, o capital próprio é inferior a metade do capital social (sendo por isso aplicáveis as disposições do artigo 35 do Código das Sociedades Comerciais) e o passivo corrente é bastante superior ao ativo corrente“.

Ainda segundo o mesmo documento, o passivo baixou 8,1% no último ano, totalizando mais de 309 milhões de euros a 30 de junho de 2023. Cerca de 47% deste montante trata-se de passivo corrente (146,7 milhões de euros), o equivalente a 2,1 vezes o volume do ativo corrente (68,3 milhões de euros).

Entre as principais rubricas do passivo corrente estão os financiamentos obtidos (60 milhões de euros, mais 5,9% face a 2022) e a despesa com fornecedores (61,5 milhões de euros, menos 14% face ao ano anterior).

Para os auditores da EY, “estas condições indicam que existe uma incerteza material que pode colocar dúvidas significativas sobre a capacidade da entidade se manter em continuidade“.

Apesar desta observação, os responsáveis da EY sublinham que as demonstrações financeiras foram preparadas com base no pressuposto da continuidade das operações, “a qual se encontra dependente da manutenção do apoio financeiro das instituições financeiras e outras entidades financiadores, nomeadamente através da renegociação e/ou reforço das linhas de crédito existentes, assim como da rentabilidade futura das operações e das transações com passes de jogadores”.

A Sporting SAD anunciou esta sexta-feira a convocação de uma assembleia geral para que os sócios da sociedade possam deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do exercício de 2022. Em cima da mesa estarão mais cinco pontos de discussão, nomeadamente a apreciação e a aprovação da política de remuneração dos titulares dos órgãos sociais da SAD elaborada pela comissão de acionistas para o exercício de 2023/2024.

(Notícia atualizada às 17h01 com informação sobre a marcação da assembleia geral de acionistas.)

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RTP1, SIC e TVI transmitiram 265 horas de informação em agosto

  • + M
  • 8 Setembro 2023

O TVI Jornal foi, mais uma vez, o espaço que emitiu mais trabalhos, com 1.396 peças, enquanto o Jornal da Noite, da SIC, se manteve como o que transmitiu mais tempo de informação, com 52 horas.

Os canais generalistas em sinal aberto transmitiram mais tempo de informação em agosto. De acordo com informação da Marktest, no último mês, a RTP1, SIC e TVI emitiram 265 horas de informação regular, uma subida mensal de 7,6% e homóloga de 3,3%.

Diariamente, a informação ocupou 2 horas e 51 minutos por canal, mais 12 minutos e 2 segundos do que em julho, mostra a mesma análise.

No total foram emitidas 6.797 notícias, mais 0,8% do que no mês anterior e menos 0,5% do que em agosto de 2022. A duração média das peças foi de 2 minutos e 21 segundos, mais 9 segundos que o registado em julho.

O TVI Jornal foi, mais uma vez, o espaço que emitiu mais trabalhos, com 1.396 peças, enquanto o Jornal da Noite, da SIC, se manteve como o que transmitiu mais horas de informação, com 52 horas.

Uma análise por canais mostra ainda que a RTP1 foi a estação que emitiu mais notícias, com 2.378 peças, enquanto a SIC foi a estação que deu mais tempo em grelha à informação regular, com mais de 94 horas.

A análise considera apenas os serviços regulares de informação e abrange todo o mês de agosto.

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Orçamento dos Açores para 2024 terá aumento de verbas para as freguesias

  • Lusa
  • 8 Setembro 2023

"O próximo ano trará muitas mais verbas no âmbito do novo acordo de cooperação técnico-financeira a realizar entre as freguesias e as associações de freguesias", anunciou a Anafre.

O Orçamento dos Açores para 2024 vai contemplar um “aumento significativo” das verbas para as freguesias, revelou esta sexta-feira o presidente da delegação dos Açores da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), realçando que o valor ainda não está quantificado.

“Efetivamente, o próximo ano trará muitas mais verbas para as freguesias no âmbito do novo acordo de cooperação técnico-financeira a realizar entre as freguesias e as associações de freguesias”, avançou Manuel António Soares.

O autarca falava aos jornalistas na sede da Presidência, em Ponta Delgada, após uma reunião com o líder do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento para 2024.

“Ainda não está quantificado, mas vai ser um aumento significativo”, afirmou, quando questionado sobre o valor das verbas em causa.

Em junho, o Conselho do Governo dos Açores aprovou uma nova proposta para o regime jurídico de cooperação técnica e financeira com as freguesias. Manuel António Soares elogiou o novo acordo de cooperação entre o executivo regional e as freguesias por ir ao encontro das especificidades das autarquias.

“É um acordo que vai trazer equidade e transparência para todas as freguesias, respeitando as suas diferenças enquanto freguesias, seja na sua dimensão, seja nas suas problemáticas”, destacou.

O também presidente da Junta de Freguesia do Livramento, em Ponta Delgada, adiantou que vai existir um “alargamento de áreas de intervenção” das freguesias, na ação social, na saúde e no desporto, com a alocação dos “respetivos meios financeiros”.

“Na negociação que tivemos com o Governo Regional foram acatadas quase todas as sugestões dadas pela Anafre”, afirmou, dando como exemplo os apoios para aquisição de viaturas, que vai passar a contemplar a compra de veículos de sete a nove lugares.

O presidente do Governo dos Açores começou na quinta-feira a ronda de auscultação dos partidos e parceiros sociais a propósito do Plano e Orçamento da região 2024, o quarto da legislatura, que vai ser discutido em novembro na Assembleia Regional.

O Orçamento para 2024 vai ser o primeiro a ser votado após a IL e o deputado independente terem denunciado os acordos escritos que sustentavam o Governo Regional.

Os três partidos que integram o Governo Regional (PSD, CDS-PP e PPM) têm 26 deputados na Assembleia Legislativa. Com o apoio do deputado do Chega, somam 27 lugares, número insuficiente para a maioria.

A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado é independente (eleito pelo Chega).

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Brilhante Dias acusa Montenegro de defender redução de impostos em “leilão fiscal”

  • Lusa
  • 8 Setembro 2023

O líder da bancada socialista acusou ainda a direita de defender uma redução de impostos quando está na oposição, mas depois aumentá-los quando está no Governo.

O líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, acusou esta sexta-feira o presidente do PSD, Luís Montenegro, de defender uma redução de impostos oferecendo “em leilão fiscal os montantes que lhe ocorrem”.

“Vejam o doutor Luís Montenegro: hoje grita, numa espécie de leilão fiscal, ‘baixem os impostos já’. Os governos do PS têm reduzido os impostos. Temos reduzido os impostos para desmantelar o enorme aumento de impostos que o doutor Luís Montenegro, como líder parlamentar da maioria PPD/PSD e CDS aprovou no Parlamento“, considerou Eurico Brilhante Dias.

O líder da bancada do PS falava numa sessão da Academia Socialista, rentrée que decorre em Évora até domingo, intitulada “Uma política economia de esquerda no euro: o caso português”.

Na opinião do líder da bancada socialista, “se há partido que tem reduzido impostos sob o trabalho — que nunca foi opção da direita, porque a opção da direita era reduzir o IRC e não o IRS – têm sido os governos do PS”.

“No fundo, o doutor Luís Montenegro e o PPD/PSD claudicaram: é que hoje não há nenhum português que aceite socialmente que se reduzam os impostos às empresas – como então o doutor Passos Coelho e Paulo Portas queriam eduzir a TSU às empresas – e que não se reduzam os impostos sob o trabalho”, afirmou.

Para Brilhante Dias, “é caso para dizer: bem-vindos”. “Mas como qualquer convertido recente, [Montenegro] radicalizou e agora já oferece em leilão fiscal os montantes que lhe ocorrem”, atirou.

O líder da bancada socialista acusou ainda a direita de defender uma redução de impostos quando está na oposição, mas depois aumentá-los quando está no Governo.

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EDP reduz preço do gás em 26% a partir de outubro

Já o preço da eletricidade mantém-se inalterado, pelo menos, até ao final do ano.

A EDP vai reduzir no dia 1 de outubro a fatura do gás para os clientes residenciais em 26%, em termos médios.

“Perante alguma melhoria sentida nos mercados internacionais de energia para a aquisição de gás natural, a EDP Comercial tem condições para reduzir a componente de energia da fatura dos clientes residenciais, em média, em 26%, a partir de 1 de outubro”, indica fonte oficial da EDP.

o preço da eletricidade mantém-se inalterado até ao final do ano, acrescenta a empresa.

Esta comunicação surge depois de, a 25 de agosto, a Galp ter avançado que vai aumentar os preços do gás natural em média em 4% a partir de 1 de outubro, enquanto manterá, igualmente, o preço da eletricidade inalterado até ao final do ano.

No simulador de preços disponibilizado pelo regulador da energia, para uma família pequena — um casal sem filhos –, a escolha mais económica é o mercado regulado, sendo que a primeira oferta da Galp aparece como quarta opção mais barata e a EDP figura em décimo lugar. Para um casal com filhos, o cenário é o mesmo, com exceção da EDP, que aparece em nono lugar na lista de opções mais económicas. Já para um casal com filhos e aquecimento central, a EDP sobe mais um degrau, até à oitava posição, enquanto a Galp se mantém em quarto e o mercado regulado segura a “taça” de tarifa mais barata.

(Notícia atualizada às 12h55 com mais informação)

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Custos da construção de habitação nova aumentaram 2,3% à boleia dos custos da mão-de-obra

O preço dos materiais apresentou uma variação homóloga de -1,5% e o custo da mão-de-obra de 7,7%, em julho. Ambos os indicadores abrandaram face ao mês anterior.

Os custos da construção de habitação nova aumentaram 2,3%, em julho, em termos homólogos, à boleia dos custos da mão-de-obra, estima o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira. Já os materiais de construção apresentam uma variação negativa.

“Em julho de 2023, estima-se que os custos de construção de habitação nova tenham aumentado 2,3% em termos homólogos, menos 0,5 pontos percentuais (p.p.) que o observado no mês anterior. O preço dos materiais apresentou uma variação homóloga de -1,5% e o custo da mão-de-obra de 7,7%”, escreve o INE. No entanto, ambos os indicadores abrandaram face ao mês anterior — menos 0,7 p.p. e menos 0,2 p.p., respetivamente.

O custo da mão-de-obra contribuiu com 3,2 p.p. (tal como no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do índice e os materiais com -0,9 p.p. (-0,4 p.p. em junho), detalha o INE. E entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação do preço estão a chapa de aço macio e galvanizada, e os betumes, que “apresentaram decréscimos de cerca de 25% em termos homólogos”. Mas também os produtos energéticos, o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização, todos com descidas a rondar os 15%. Já o cimento, o betão pronto e as tintas, primários, subcapas e vernizes contribuíram para agravar os preços ao apresentar crescimentos homólogos em torno de 10%.

Porém, quando a comparação é feita em cadeia, ou seja, em relação ao mês anterior, o índice de custos de construção de habitação nova registou uma taxa de variação de 0,3% em julho, com o o custo dos materiais a subir 0,2% e o da mão-de-obra 0,4%. “As componentes materiais e mão-de-obra contribuíram com 0,1 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente, para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN (-0,3 p.p. e 0,3 p.p. em junho, pela mesma ordem)”, detalha o INE.

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Portugal é o país da União Europeia que mais pesquisou por notícias falsas em 2023

As pesquisas por inteligência artificial também registaram um pico em 2023, sendo que o interesse sobre este assunto entre os portugueses aumentou 290% desde o ano passado.

Portugal é o país da União Europeia que mais pesquisou por notícias falsas em 2023. Nos últimos cinco anos, o interesse por pesquisas sobre desinformação cresceu 620% e por notícias falsas 300%, revelam as novas tendências de pesquisa divulgadas pela Google.

Quanto às tendências de pesquisa sobre desinformação, estas incluem “como as notícias falsas afetam as nossas vidas”, “o que é desinformação” e “como lidar com a desinformação”.

Segundo a Google, as pessoas em Portugal continuam preocupadas quanto ao tema da cibersegurança, sendo que as algumas pesquisas relacionadas com o tema aumentaram significativamente nos últimos cinco anos, como as pesquisas por “phishing por SMS” (+1250%), “phishing de voz” (+1160%) e “violação de dados” (+230%). Já o interesse de pesquisa em “definições de privacidade” aumentou mais de 5000% só este ano.

A Google, que em julho lançou em Portugal o Bard – ferramenta parecida com o ChatGPT -, encontra-se também a usar a inteligência artificial (IA) para enfrentar os desafios de desinformação e segurança, refere-se em nota de imprensa.

Através do Google News Initiative, “os engenheiros trabalham diretamente com os verificadores de factos e editores dos meios de comunicação para usar ferramentas baseadas em IA para identificar e combater a desinformação”, explica-se. Já o Gmail, por exemplo, bloqueia automaticamente 99,9% de malware, phishing e spam e protege mais de 1,5 mil milhões de contas através do recurso a ferramentas de IA.

As pesquisas por inteligência artificial, na verdade, registaram também um pico. Em 2023, até agora, o interesse neste assunto aumentou 290% desde o ano passado, e 500% quando comparado com os últimos cinco anos.

Entre as perguntas mais populares encontra-se “como funciona a inteligência artificial” (+7580% desde o ano passado), “o que é inteligência artificial” (+2620%) e “onde a inteligência artificial é usada?” (+270%). Já as pesquisas por “quando surgiu a inteligência artificial” aumentaram mais de 5000% desde o ano passado.

Os portugueses também começaram a pesquisar formas de utilizarem a IA para aumentarem a sua produtividade ou desenvolverem as suas carreiras profissionais. Segundo os dados revelados, o interesse da pesquisa por IA em relação à elaboração de currículos aumentou 490% este ano, enquanto as pesquisas por IA em relação a cursos e engenheiros registaram um aumento de 250%.

Já as pesquisas por “IA para escrever textos”, “IA para editar vídeos”, “IA para programação” e “IA para criar um logótipo” aumentaram mais de 5000% em comparação com 2022.

Em Portugal as pessoas parecem também “cada vez mais interessadas em desenvolver as suas carreiras e em aprender novas competências”, tendo em conta que pesquisas por “como abrir um negócio online” aumentaram mais de 5000% no ano passado ou “como abrir uma loja online” duplicaram nos últimos cinco anos.

Já em termos de novas certificações, os cursos mais populares nas pesquisas dos portugueses foram “curso de programação”, “curso de IA” e “curso de informática”, segundo os dados da Google.

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Banco Empresas Montepio vendido à fintech Rauva por 35 milhões de euros

O Banco Montepio acordou a venda da licença bancária do banco de empresas à fintech Rauva. Negócio de 35 milhões deverá ficar concluído nos próximos meses, após luz verde dos reguladores.

O Banco Montepio fechou a venda da licença bancária do Banco Empresas Montepio, o antigo Montepio Investimento, à fintech Rauva, num negócio avaliado em 35 milhões de euros.

A operação encontra-se ainda dependente da aprovação dos reguladores, um processo que deverá demorar alguns meses, de acordo com o CEO do banco, Pedro Leitão, em conferência a partir da sede, em Lisboa.

Montepio vende Banco Empresas Montepio à Fintech Rauva - 08SET23
Montepio vende Banco Empresas Montepio à Fintech RauvaHugo Amaral/ECO

Antes da conclusão da transação, os ativos, passivos, operações e trabalhadores do BEM serão transferidos para o Banco Montepio. O banco da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) já tinha anunciado anteriormente que estava a avaliar a venda da licença do banco de empresas, e agora está prestes a colocar um ponto final à aposta estratégica do anterior presidente Carlos Tavares.

“O valor da venda terá como referência um múltiplo de entre 1,15x a 1,18x capitais próprios do BEM à data da conclusão da operação, estimados em 30 milhões”, refere o Montepio em comunicado. Contas feitas, a transação deverá fazer-se por cerca de 35 milhões de euros. “À presente data não é possível estimar com exatidão o valor do impacto positivo nos resultados do Banco Montepio”, acrescenta o comunicado.

Queremos preservar e potenciar a nossa proposta de valor de banca comercial e de empresas que estamos a entregar ao mercado. Seria um contrassenso desperdiçar este valor.

Pedro Leitão

CEO do Banco Montepio

Pedro Leitão explicou aos jornalistas que a venda do BEM representa mais um passo no ajustamento que tem vindo a executar no banco que lidera desde 2020. Ainda assim, destacou que o Banco Montepio vai continuar a desenvolver o negócio do BEM. “Queremos preservar e potenciar a nossa proposta de valor de banca comercial e de investimento que estamos a entregar ao mercado”, assumiu. “Seria um contrassenso desperdiçar este valor”, sublinhou.

Nos últimos anos, o banco avançou com um plano de saídas de centenas de trabalhadores, fecho de agências e ainda a alienação de operações, como Angola e agora o BEM. A venda do Finibanco Angola levou a instituição financeira a prejuízos de 48,3 milhões no primeiro semestre do ano.

“Portugal em primeiro”

A Rauva assume-se como a primeira super app para os negócios em Portugal. Também presente na conferência de imprensa, o cofundador e CEO da Rauva, Jon Fath, adiantou que pretende “fazer com que a Rauva seja um banco europeu, ajudar os negócios de pequena e média dimensão, ajudar os empreendedores a gerir os negócios”.

“A ideia é expandir a licença do BEM para o resto da Europa. Queremos criar uma proposição de valor em primeiro lugar em Portugal, temos cá a nossa equipa. A ideia é depois expandir para o resto do negócio europeu”, explicou o responsável.

(Notícia atualizada às 12h01)

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Exportações caem 10,6% em julho. Estão a recuar há quatro meses consecutivos

Em julho deste ano, o défice da balança comercial recuou sete milhões de euros para 2.218 milhões de euros, face a igual período de 2022, adianta o INE.

As exportações de bens recuaram 10,6% em julho, em termos nominais, em comparação com o mesmo mês de 2022, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). É o quarto mês consecutivo a recuarem, em termos homólogos. Já as importações registaram uma descida homóloga de 8,2%.

Os combustíveis e lubrificantes são uma das categorias a influenciar este desempenho, com o INE a destacar um decréscimo de 47,8% nas importações desta categoria, em consequência da quebra de 19,3% em volume e da diminuição de 49,5% em valor dos óleos brutos de petróleo, “refletindo a descida do preço deste produto no mercado internacional (-37,5%)”. Além disso, o gabinete de estatísticas destaca ainda a queda de 13,6% dos fornecimentos industriais, “principalmente de Metais comuns provenientes de Espanha”.

Já no que toca às exportações, o INE destaca também a queda homóloga de 46,3% dos combustíveis e lubrificantes, “refletindo igualmente decréscimos em volume e em valor”, bem como o decréscimo de 18,3% dos fornecimentos industriais, “sobretudo de produtos químicos e de pastas celulósicas e papel”. “Excluindo Combustíveis e lubrificantes, observou-se uma diminuição de 7,1% nas exportações e um ligeiro aumento de 0,2% nas importações (+1,1% e +2,5%, respetivamente, em junho de 2023)”, acrescenta o gabinete de estatísticas.

Evolução das exportações até julho 2023Fonte: INE

Neste contexto, os “índices de valor unitário (preços) registaram variações de -4,2% nas exportações e -9,1% nas importações”, como nota o INE, mas se retirarmos os produtos petrolíferos, as variações são de 0,3% nas exportações e de 3,4% nas importações.

Já na comparação em cadeia, isto é com junho, as exportações encolheram 6,1%, enquanto as importações cederam 3,4%.

No agregado do trimestre terminado em julho, as exportações e as importações diminuíram 7% e 6,7%, respetivamente, em relação ao mesmo período de 2022.

Balança comercial encolhe em sete milhões de euros

Em julho deste ano, o défice da balança comercial portuguesa (exportações menos importações) encolheu em sete milhões de euros, para 2.218 milhões de euros, face a igual período do ano passado. Contudo, quando comparado com o mês anterior, verificou-se um aumento de 109 milhões de euros.

“Excluindo Combustíveis e lubrificantes, em julho de 2023, o saldo da balança comercial totalizou -1 709 milhões de euros, o que corresponde a um aumento do défice de 477 milhões de euros face a julho de 2022 e de 199 milhões de euros comparando com o mês anterior”, conclui o gabinete de estatísticas.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h58)

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Volume de negócios na indústria recua, mas emprego resiste

O volume de negócios na indústria caiu 7,7% em julho, mas o emprego aumentou 0,7% e os salários cresceram 6%.

O volume de negócios na indústria caiu quase 8% em julho, mas o emprego, as remunerações e as horas trabalhadas mantiveram-se em terreno positivo, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Alguns segmentos do setor industrial estão a ser afetados de modo significativo pela escassez de encomendas e o Governo já está a preparar uma nova medida para evitar despedimentos.

“O índice de volume de negócios na indústria registou, em termos homólogos e nominais, uma redução de 7,7% em julho, 0,2 pontos percentuais (p.p.) menos intensa que a verificada em junho”, salienta o gabinete de estatísticas esta manhã.

Por mercados, enquanto o índice relativo às vendas feitas em Portugal caiu, em termos homólogos, 4,1%, o indicador referente às vendas para o mercado externo recuou 12,5%.

E enquanto no mercado nacional foi verificada uma atenuação da tendência negativa (de 1,7 p.p.) face à variação registada no mês anterior, no mercado externo houve um agravamento (de 1,9 p.p.).

Contas feitas, o índice de vendas com destino ao mercado nacional contribuiu -2,3 p.p. para a variação total do índice de volume de negócios na indústria. Já as vendas para o mercado externo originaram um contributo de -5,4 p.p., dá conta o INE.

Por outro lado, numa análise por agrupamentos, há a destacar que os bens intermédios deram o contributo mais expressivo para a variação do índice total, ao terem caído 13,3%, mais 3,4 p.p. do que a variação registada no mês anterior.

Já a energia atenuou o decréscimo em 10,5 p.p. para -16,4%. Quantos aos bens de consumo e bens de investimento, julho foi sinónimo de aumentos de 2,3% e 3,7%. Em comparação com as variações registadas em junho, concluiu-se, contudo, que houve um abrandamento neste agrupamento.

Se olharmos, porém, especificamente para o mercado nacional, foi a energia a dar o contributo mais influente em julho, ao ter caído 11%. Em contraste, no mercado externo, foram os bens intermédios que mais pesaram.

Com estas variações como pano de fundo, o emprego na indústria cresceu 0,7%, menos 0,2 p.p. do que em junho. Já os salários aumentaram 6%, desacelerando face à subida de 8,4% registada no mês anterior.

Por outro lado, as horas trabalhadas avançaram 0,1%, recuperando do recuo de 0,6% contabilizado em junho.

Alguns dos segmentos do setor industrial estão a ser castigados pelo cenário internacional, que tem levado a uma redução das empresas. É o caso, por exemplo, do têxtil. O Governo está a preparar, por isso, um novo programa de formações, que suportará uma parte do salário dos trabalhadores destas empresas e tentará evitar, assim, os despedimentos.

Notícia atualizada às 11h29

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Família Monteiro vende Matcerâmica da Batalha à capital de risco Atena e ao CEO

Fabricante de louça de mesa que detém a marca Nosse emprega 500 pessoas e faturou 25,2 milhões de euros em 2022. Produz mais de um milhão de peças por mês e exporta 97% da produção.

Fundada há mais de duas décadas por Isabel e José Luís Monteiro, a Matcerâmica acaba de passar para as mãos da Atena Equity Partners, através do fundo Atena II, e do CEO do grupo de cerâmica da Batalha, Marcelo Sousa, que anunciaram esta sexta-feira a aquisição de 100% do capital, incluindo a marca Nosse, à família fundadora.

Com mais de 500 trabalhadores e uma unidade de produção com mais de 30 mil metros quadrados, que produz mensalmente mais de um milhão de peças, é um dos principais grupos nacionais produtores de cerâmica de mesa em grés e faiança (tableware). No ano passado registou vendas de 25,2 milhões de euros e exportou 97% da produção.

Victor Guégués, founding partner da Atena Equity Partners

Victor Guégués, founding partner da sociedade de capital de risco que no último ano comprou uma empresa de plásticos da Trofa, a empresa de brinquedos Science4you e a têxtil de Barcelos Quinta & Santos, destaca a “equipa extraordinária” da empresa e o “forte potencial de otimização e crescimento que a Atena, enquanto novo acionista quer exponenciar, nomeadamente através da consolidação internacional da marca Nosse”.

Citado no mesmo comunicado de imprensa, o CEO, Marcelo Sousa, que fica com uma posição minoritária, confia que os novos donos vão dar ao grupo da região de Leiria “melhores condições para acelerar o seu desenvolvimento, procurar posicionamentos inovadores, consolidar a sua posição de liderança e apostar no desenvolvimento do seu portefólio de produtos”.

Com a nova estrutura acionista, o grupo terá melhores condições para acelerar o seu desenvolvimento, procurar posicionamentos inovadores, consolidar a sua posição de liderança e apostar no desenvolvimento do seu portefólio de produtos.

Marcelo Sousa

CEO da Matcerâmica

“É com muita satisfação que assistimos a este novo capítulo no desenvolvimento do grupo que fundámos. Estamos muito satisfeitos pelo facto de os novos acionistas partilharem os valores que presidiram, desde o início, à criação da Matcerâmica, assentes numa contínua qualificação e valorização dos recursos humanos, na aposta no melhor produto e qualidade de serviço junto dos clientes, e na permanente procura de inovação, procurando assentar a sua atividade nas melhores práticas de sustentabilidade”, resumem os fundadores, Isabel Monteiro e José Luís Monteiro.

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Preços mundiais do arroz atingiram em agosto máximo dos últimos 15 anos

  • Lusa
  • 8 Setembro 2023

Os preços de todos os tipos de arroz subiram 9,8% em agosto, face a julho, atingindo o valor mais alto dos últimos 15 anos, refletindo as perturbações no comércio na sequência das restrições na Índia.

Os preços mundiais do arroz atingiram em agosto o nível mais elevado dos últimos 15 anos, com um aumento de 9,8% em relação a julho, depois de a Índia ter imposto restrições à exportação, informou esta sexta-feira a FAO.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) precisa que os preços de todos os tipos de arroz subiram 9,8% em relação a julho, atingindo o valor mais alto dos últimos 15 anos, refletindo as perturbações no comércio na sequência da proibição das exportações de arroz branco Indica pela Índia, o maior exportador mundial de arroz.

Os preços do açúcar também subiram, 1,3% em relação a julho, com a média de agosto a aumentar 34,1% em relação ao valor de há um ano.

Os preços mundiais dos produtos alimentares no seu conjunto caíram ligeiramente no mês passado, arrastados pela descida dos preços dos cereais, óleos vegetais e produtos lácteos, depois do aumento do mês anterior devido ao fim do acordo do Mar Negro.

O índice de preços dos alimentos da FAO, que acompanha as variações mensais dos preços internacionais dos produtos alimentares comercializados a nível mundial, atingiu uma média de 121,4 pontos em agosto, menos 2,1% do que em julho e menos 24% do que o pico em março de 2022.

Mais pormenorizadamente, o preço dos óleos vegetais diminuiu 3,1% em agosto, invertendo parcialmente o forte aumento de 12,1% em julho, enquanto o índice de preços dos cereais da FAO diminuiu 0,7% em relação a julho, após o aumento do mês anterior devido ao fim do acordo do Mar Negro.

Concretamente, os preços do trigo caíram 3,8% em agosto, devido ao aumento das disponibilidades sazonais de vários dos principais exportadores, enquanto os preços internacionais dos cereais secundários caíram 3,4%, devido à abundante oferta mundial de milho, resultante de uma colheita recorde no Brasil e do início iminente da colheita nos Estados Unidos.

O Índice de Preços dos Laticínios da FAO desceu 4% em relação a julho, devido às cotações internacionais do leite em pó gordo, que é abundante na Oceânia, enquanto os preços da carne desceram 3,0%.

A produção mundial de cereais deverá igualar o recorde anterior, de acordo com um novo relatório da FAO que prevê 2,815 mil milhões de toneladas, a par do recorde alcançado em 2021.

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