Bloco propõe suplemento de 40% para médicos estarem em exclusividade no SNS

  • Lusa
  • 3 Julho 2023

O Bloco propõe ainda que "todas as unidades e serviços que só são mantidos com recurso a horas extraordinárias ilegais" abram "concurso para integrar no quadro todos os profissionais necessários".

O BE quer explicações sobre o encerramento da maternidade do Hospital de Santa Maria e propõe medidas para atrair médicos para o SNS, como um complemento salarial de 40% para os que exerçam funções em regime de exclusividade.

Em conferência de imprensa, a coordenadora do Bloco de Esquerda anunciou que o partido propôs a audição no Parlamento do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, e da presidente do Conselho de Administração do Santa Maria, Ana Paula Martins.

Os bloquistas querem ouvir também Diogo Ayres de Campos, o ex-diretor de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina de Reprodução do Centro Hospitalar Lisboa Norte, que foi afastado por questionar o projeto de restruturação do serviço de obstetrícia do Hospital de Santa Maria.

Mariana Mortágua afirmou que “há semanas o Governo anunciou o encerramento temporário de bloco de partos do hospital de Santa Maria, um dos maiores hospitais do país, dizendo que resultava de obras de modernização e de requalificação do bloco de partos, que a decisão tinha sido acolhida com tranquilidade pelos profissionais, e que o serviço do bloco de partos seria transferido para o Hospital de São Francisco Xavier, recorrendo a serviços prestados pelo privado quando fosse necessário e de forma pontual e excecional”.

“Todo este processo ocorreu completamente ao contrário daquilo que tinha anunciado pelo Governo”, apontou, indicando que “as obras nem foram adjudicadas, nem foi transferido o serviço para outra unidade do SNS, e já há pacientes e utentes sem grau de risco a serem transferidos para o privado de forma recorrente e não extraordinária”.

O partido quer chamar estes responsáveis à Assembleia da República para que respondam a várias questões: “Porque encerra o bloco de partidos do Santa Maria e porquê a duração deste encerramento? Porque encerra antes mesmo das obras terem sido adjudicadas […] Porque é que o Governo recua na alternativa pública?” e ainda “o que significa a longo prazo um hospital com a dimensão do Santa Maria transferir recursos para o privado, pagar ao privado para prestar este serviço”.

Nesta conferência de imprensa que decorreu na sede do BE, em Lisboa, a líder apresentou também iniciativas legislativas que visam atrair profissionais para o SNS, entre as quais “um suplemento salarial de 40% para médicos que aceitem vir para o SNS em condições de exclusividade”.

O BE propõe que “todas as unidades e serviços que só são mantidos com recurso a horas extraordinárias ilegais” abram “concurso para integrar no quadro todos os profissionais necessários para que o quadro fique completo” e que as horas extraordinárias sejam “pagas com uma majoração a partir da primeira hora”.

O Bloco quer igualmente que os hospitais tenham autonomia para abrir concursos e preencher vagas, bem como os recursos financeiros para poder contratar de forma autónoma.

“O senhor ministro Manuel Pizarro tem de decidir se está ao lado de Luís Montenegro, do PSD, que aliás o elogia pela escolha de transferir um serviço para o privado, ou se está ao lado do SNS”, disse.

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TCE alerta para “lenta” transição para economia circular na UE. Duplicar taxa de circularidade será “muito difícil”

Até 2030, UE quer duplicar taxa de circularidade de materiais reciclados, mas Tribunal de Contas Europeu alerta que este "objetivo ambicioso" afigura-se "muito difícil" de concretizar.

Fazer a transição de uma economia linear para uma circular tem sido uma das bandeiras da União Europeia (UE) desde que assumiu o compromisso de se tornar neutra em carbono até 2050. No entanto, os progressos estão a evoluir de forma “lenta”. Segundo o Tribunal de Contas Europeu (TCE), com base na baixa evolução da taxa de circularidade de materiais, tudo indica que a ambição da UE de duplicar a sua percentagem de materiais reciclados e reintroduzidos na economia até 2030 será “muito difícil de alcançar“.

A conclusão surge num relatório divulgado esta segunda-feira e no qual Annemie Turtelboom, membro do TCE, deixa claro que, até hoje, as medidas adotadas pelo bloco no sentido de concretizar o Pacto Ecológico Europeu (pacto no qual se inserem as metas para uma economia circular) têm sido “inúteis”.

“Infelizmente, a mudança para a economia circular está quase parada nos países da Europa”, vinca a mesma. Em alguns casos, a transição nesta vertente entre os 27 chega até a andar em sentido contrário.

Para fomentar a economia circular, isto é, um modelo económico através do qual se maximiza o valor dos produtos, materiais e recursos, a Comissão Europeia publicou dois Planos de Ação para a Economia Circular: um em 2015, com 54 ações específicas (PAEC 1); e um segundo, em 2020, onde foram acrescentadas mais 35 (PAEC 2). Neste último plano, definiu-se a meta de duplicar a “taxa de circularidade” (ou seja, a percentagem de material reciclado e reintroduzido na economia da UE) até 2030.

Segundo os dados do Eurostat, citados pelo Tribunal de Contas, entre 2015 e 2021, a taxa média de circularidade de todos os Estados-Membros da UE aumentou apenas 0,4 pontos percentuais. Embora o PAEC 2 do executivo comunitário tenha como objetivo duplicar a taxa de circularidade entre 2020 e 2030, a taxa real diminuiu ligeiramente em relação a 2019. Em 2021, a taxa de circularidade da UE (11,7%) foi superior à taxa mundial mais recente, que desceu para 7,6% em relação aos 9,1% de 2018.

Entre os 27, em 2021, Portugal ocupou a quarta pior posição depois de apresentar uma taxa de circularidade de materiais de 2,3%, ficando a uma distância muito significativa dos Países Baixos, que lideraram o ranking com uma taxa de circularidade de 33%. No entanto, olhando para os progressos entre 2015 e 2021, Portugal encontra-se a acima da média europeia, enquanto países como a Lituânia, Suécia, Roménia, Dinamarca, Luxemburgo, Finlândia e Polónia evoluem de forma negativa.

Apesar de o PAEC 1 não obrigar aos Estados-Membros a elaborarem uma estratégia para a economia circular, o executivo de Ursula von der Leyen exortou-os a estabelecerem e adotarem medidas e estratégias a fim de complementar o plano de ação comunitário. Até junho de 2022, quase todos os Estados-Membros da União — Portugal incluído — tinham elaborado ou estavam a elaborar, uma estratégia nacional para a economia circular. A maioria dessas estratégias foi adotada após 2016. Por cá, Portugal apresentou o seu plano de ação em 2017. A Croácia e o Chipre são os únicos países que ainda não apresentaram nenhum plano

Mas mesmo com planos elaborados, o Tribunal concluiu que “existem poucas evidências de que essas estratégias tenham influenciado as atividades da economia circular nos Estados-Membros”. Ainda que, realça o TCE, “se tenha verificado um aumento das atividades da economia circular empreendidas pelos governos dos Estados-Membros“.

Para o tribunal europeu, “os progressos realizados continuam a ser lentos“, fazendo com que o “objetivo ambicioso” de o bloco duplicar a sua percentagem de materiais reciclados e reintroduzidos na economia até 2030 “afigure-se muito difícil de alcançar“.

Estados-membros não estão a usar verbas de forma eficaz

No mesmo relatório, o Tribunal de Conta deixa um alerta: os 27 Estados-membros não estão a usar as verbas disponíveis para acelerar os objetivos climáticos de forma eficaz.

Segundo o relatório, no período de 2014-2020, a UE previu um financiamento num valor superior a 10 mil milhões de euros destinado à transição para uma economia circular, mas segundo o tribunal, “a Comissão e os Estados-Membros não direcionaram eficazmente o financiamento para investimentos centrados na conceção circular dos produtos e dos processos de produção”. Nas conclusões agora divulgadas, o TCE explica que o financiamento da UE foi utilizado, em grande medida, na gestão de resíduos, “que tem menor potencial em termos de redução do impacto ambiental”.

Além do uso ineficaz dos fundos, os planos de ação da UE de fomentar a inovação e o investimento, não apresentam provas suficientes “de que contribuem realmente para uma economia circular”. Na verdade, o TCE é claro quando diz que “as medidas pouco ajudaram as empresas a produzirem produtos mais seguros ou a terem acesso a tecnologias inovadoras para tornarem os seus processos de produção mais sustentáveis”.

Assim, os auditores do TCE pedem que o acompanhamento da transição para uma economia circular seja melhorado, urgindo que a Comissão Europeia “analise da melhor forma” os aspetos fundamentais da economia circular, em especial a conceção circular dos produtos. E dá ao executivo comunitário um ano para concretizar esta recomendação.

Também dá um ano para que Bruxelas analise os “motivos da fraca utilização do financiamento da UE” para a economia circular e avalia as possibilidades de reforçar os incentivos que visem a conceção de produtos circulares ao abrigo da política de coesão.

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Nova linha põe Vale do Sousa a menos de uma hora de comboio do Porto

Nova linha ferroviária suburbana em via única de 36,7 quilómetros entra na fase de projeto com sete estações intermédias até Felgueiras e ponto de partida em São Martinho do Campo.

Arrancou nesta segunda-feira o concurso público para o projeto da nova linha de comboio do Vale do Sousa. Em causa está uma nova linha ferroviária de 36,7 quilómetros, que colocará a cidade de Felgueiras a menos de uma hora do Porto. Haverá sete estações intermédias nos concelhos de Paredes, Paços de Ferreira e de Felgueiras.

O trajeto terá início a sudeste da estação de Valongo, na proximidade do Terminal de São Martinho do Campo, ao quilómetro 19,6 da Linha do Douro. Até Felgueiras, a nova Linha do Vale do Sousa prevê a construção das estações de Gandra 2, Rebordosa, Lordelo, Paços de Ferreira, Freamunde 2, Lousada 2 e Longra, detalha a Infraestruturas de Portugal (IP) no caderno de encargos.

Simulação da Linha do Vale do Sousa a partir de imagem do Google Earth.IP

A Linha do Vale do Sousa permitirá uma viagem de comboio entre Felgueiras e Porto-Campanhã em 57 minutos, sem transbordos. Na hora de ponta, o comboio poderá ser mais competitivo do que a viagem de carro, que chega a demorar mais de uma hora neste período. De Lousada, Paços de Ferreira e de Lordelo, o percurso demorará 46, 39 e 35 minutos, respetivamente. O tempo total de deslocação na linha do Vale do Sousa será de 36 minutos.

A nova linha será construída em via única, exclusivamente para serviço de passageiros e com comboios suburbanos como os que circulam no Grande Porto. A velocidade máxima do novo troço será de 140 km/h, durante uma extensão de 24,8 quilómetros, ou seja, mais de metade do percurso.

Para permitir o cruzamento de comboios, a nova linha terá um segmento de duas vias entre Lousada 2 e Longra, onde será instalado um desvio ativo com 2 a 2,5 quilómetros de comprimento. Desta forma, na hora de ponta, será possível a circulação de comboios a cada 30 minutos por sentido.

A IP vai receber propostas para elaboração do projeto da nova linha até ao final do mês. Depois de o contrato ser assinado, a empresa vencedora terá 285 dias (cerca de 10 meses), para elaborar o projeto. O documento dará detalhes sobre o número de túneis, pontes e viadutos a construir, a localização precisa das estações, expropriações a fazer e ainda a tabela de velocidades da linha. O preço base do projeto é de 490 mil euros.

“A inserção do novo canal num território com orografia desafiante, povoamento bastante disperso fora dos principais centros urbanos, com zonas industriais, mas também agrícolas, bem como elevada densidade de infraestruturas rodoviárias implicará a execução de inúmeras obras de arte, quer viadutos quer túneis, de restabelecimentos desnivelados (a legislação em vigor não permite a criação de novos atravessamentos da rede ferroviária nacional) para minimização de interferências, atendendo às condicionantes a aferir em fases posteriores do estudo”, atenta a IP.

O estudo para a construção da Linha do Vale do Sousa faz parte do Programa Nacional de Investimentos para 2030. A nova ligação ferroviária deverá constar do Plano Ferroviário Nacional. Em maio de 2020, a nova linha implicaria um investimento de 181 milhões de euros, segundo estudo da consultora Trenmo, segundo o jornal Público (acesso pago) escreveu na altura.

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Forças de segurança manifestam-se junto à Presidência da República a 2 de agosto

  • Lusa
  • 3 Julho 2023

"Certamente até sua santidade ficará a saber como são tratadas as forças de segurança em Portugal, e esperamos que o transmita ao Presidente da República", afirmou César Nogueira.

A comissão coordenadora permanente das forças de serviço e de segurança anunciou esta segunda-feira uma manifestação junto à Presidência da República, dia 2 de agosto, quando Marcelo Rebelo de Sousa receber o Papa, além de ações em aeroportos, portos e fronteiras.

O anúncio foi feito pelo secretário da comissão coordenadora permanente das forças de serviço e de segurança, César Nogueira, em conferência de imprensa no Porto.

O dirigente da estrutura que agrega a GNR, PSP, Polícia Marítima, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e Guarda Prisional revelou que irão estar presentes quando Marcelo Rebelo de Sousa receber o Papa Francisco, a 2 de agosto, “posicionando-se junto à residência oficial do Presidente da República, com uma concentração dos profissionais das forças e serviços de segurança”.

“Certamente até sua santidade ficará a saber como são tratadas as forças de segurança em Portugal, e esperamos que o transmita ao Presidente da República”, afirmou César Nogueira. O chefe da Igreja Católica estará em Portugal de 2 a 6 de agosto durante a Jornada Mundial da Juventude que juntará milhares de jovens em Lisboa.

“Iremos fazer ações a nível nacional, até porque queremos que os cidadãos que vêm ao nosso país saibam como são tratadas as forças e serviços de segurança. Iremos entregar panfletos com essas informações. Iremos estar nos aeroportos do Porto, Lisboa e Faro, no porto marítimo de Lisboa, na Gare do Oriente e em algumas fronteiras, não sabemos ainda em quais porque depende do que o Governo delinear para esses locais. Isso será feito nos dias 24, 25 e 26 [de julho]”, disse.

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Arábia Saudita e Rússia aprofundam cortes na produção de petróleo

Os cortes representam 1,5% da oferta global, elevando o total de cortes prometidos no seio da OPEP+ para 5,16 milhões de barris por dia.

A Arábia Saudita e a Rússia, os dois maiores exportadores de petróleo do mundo, aprofundaram os cortes na produção de petróleo, numa altura em que o mercado receia um abrandamento da procura devido ao abrandamento da economia mundial.

Do lado árabe, foi anunciado o prolongamento do corte voluntário de um milhão de barris por dia por mais um mês, até agosto, com possibilidade de extensão para lá dessa data. Após o anúncio saudita, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, adiantou que Moscovo irá avançar com uma redução nas exportações de petróleo em 500 mil barris por dia em agosto.

Os cortes representam 1,5% da oferta global, elevando o total de cortes prometidos no seio da OPEP+ para 5,16 milhões de barris por dia.

A OPEP+ já implementou cortes de 3,66 milhões de barris por dia, cerca de 3,6% da procura global, incluindo dois milhões de barris diários acordados no ano passado e cortes voluntários de 1,66 milhões de barris diários acordados em abril e que se prolongam até dezembro de 2021.

Os preços do petróleo estiveram em alta durante a manhã, em reação aos anúncios da Arábia Saudita e Rússia, mas o Brent, referência para as importações nacionais, cedia (às 15h15) 0,66% para 74,91 dólares por barril. Em Nova Iorque, o crude WTI deprecia 0,71% para 70,15 dólares por barril.

A OPEP+, que junta os países da OPEP e os aliados, incluindo a Rússia, é responsável por 40% da produção de petróleo a nível global.

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Último episódio das Conversas Com Talento alia o Direito à música como forma de arte

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  • 3 Julho 2023

O quinto episódio da primeira edição das "Conversas Com Talento" junta diferentes gerações ligadas à música e advocacia, procurando perceber como é que diferentes valências podem ser complementadas.

A série “Conversas com Talentos” da Cerejeira Namora, Marinho Falcão termina a primeira edição com a conversa com dois profissionais de diferentes gerações, partilhando as respetivas ligações às artes musicais e à advocacia.

Ouvimos o testemunho de Tiago Pereira Cabral sobre a importância do espírito de equipa, bem como da aceitação e estímulo perante as diferentes polivalências dos profissionais. Jorge Ribeiro Mendonça confidencia o que levou a seguir esta área em vez das artes musicais, e como encontrou na Cerejeira Namora, Marinho Falcão uma cultura de valorização e ligação entre as pessoas e os interesses pessoais. Ambos partilham a sua opinião sobre os vetores comunicantes entre a música e a advocacia e abrem as portas da sua arte para os ouvirmos.

Subscreva o canal de YouTube da Cerejeira Namora, Marinho Falcão AQUI.

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Viana do Castelo tem mais turistas em 2023

O número de dormidas subiu de 66.674, entre janeiro a abril de 2019, para 77.447 no período homólogo de 2023, segundo a autarquia.

O número de dormidas em alojamento turístico aumentou 16% entre janeiro e abril deste ano, em Viana do Castelo, em relação a igual período de 2019, antes da pandemia da Covid-19, com quase mais 11 mil dormidas registadas. Contas feitas, o concelho também acolheu mais de 45 mil hóspedes, calculou esta segunda-feira o município vianense.

“Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em termos de total de dormidas em Alojamento Turístico – que inclui hotelaria, alojamento local com 10 ou mais camas e Turismo no Espaço Rural – Viana do Castelo alcançou, nos primeiros quatro meses de 2023, níveis 16% superiores aos anteriores à pandemia de Covid-19, com a subida do número de dormidas de 66.674, de janeiro a abril de 2019, para 77.447 no período homólogo de 2023“, avança a autarquia liderada pelo socialista Luís Nobre.

Viana do Castelo alcançou, nos primeiros quatro meses de 2023, níveis 16% superiores aos anteriores à pandemia de Covid-19, com a subida do número de dormidas de 66.674, de janeiro a abril de 2019, para 77.447 no período homólogo de 2023.

Câmara Municipal de Viana do Castelo

O concelho registou ainda, durante estes quatro primeiros meses, mais de 4,6 milhões de euros de proveitos totais e mais de 3,4 milhões de euros de proveitos de aposento.

“O município de Viana do Castelo está a dar sinais de recuperar a bom ritmo no que toca ao turismo, com os números dos quatro primeiros meses do ano de 2023, disponibilizados pelo INE, a mostrarem que o número de turistas registado nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, é superior aos registados no período homólogo de 2019, considerado o melhor ano de sempre em termos turísticos”, afirma a autarquia em comunicado.

Viana do Castelo é “um dos municípios mais visitados na região Norte de Portugal, seja pela história, pela paisagem natural, pela gastronomia e vinhos, a que se junta a arte de tão bem receber”, conclui.

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Água Monchique investe 7 milhões e aposta na dermocosmética

Água Monchique prevê investir cerca de sete milhões para aumentar a capacidade de produção em 40%. Empresa quer reforçar a aposta na dermocosmética e vai lançar um novo produto em outubro.

A Água Monchique entrou no ano de 2023 com uma nova área de negócio — a dermocosmética — e quer continuar a dar cartas neste segmento. O primeiro produto a ser lançado foi o spray termal que é, segundo o CEO Vítor Hugo Gonçalves, “o primeiro spray de água termal alcalina do mundo”. A empresa prevê lançar, em outubro deste ano, mais uma novidade para reforçar a aposta na inovação. “O spray foi um primeiro produto no ramo da dermocosmética e estamos a preparar o lançamento de pelo menos mais um produto“, revela ao ECO/Local Online.

A empresa produz anualmente 130 milhões de litros de água alcalina, fatura 20 milhões de euros e emprega 80 pessoas. O mercado nacional absorve cerca de 85% da produção de água mineral natural proveniente das profundezas da Serra de Monchique, no Algarve.

Este ano vamos ter dois lançamentos de novos produtos, um na área da dermocosmética e outro dentro do ramo das bebidas. Será mais uma mudança de paradigma que pretendemos implementar no mercado.

Vítor Hugo Gonçalves

CEO da Sociedade da Água de Monchique

“Cuide de si por dentro e por fora” foi a premissa que inspirou o lançamento do novo produto que assinalou a chegada da Água Monchique ao mercado da dermocosmética. “Estamos a trabalhar numa panóplia de produtos que não passam só pela água. Este ano vamos ter dois lançamentos de novos produtos, um na área da dermocosmética e outro dentro do ramo das bebidas. Será mais uma mudança de paradigma que pretendemos implementar no mercado”, adianta Vítor Hugo Gonçalves sem, contudo, revelar muitos detalhes.

Água Monchique vai investir sete milhões para aumentar a capacidade produtiva em 40%

Em 2020, a Água Monchique investiu 8,5 milhões de euros para duplicar a capacidade de engarrafamento da produção. Através da instalação de novas linhas de engarrafamento na unidade produtiva a capacidade de engarrafamento passou de 70 milhões de litros por ano para 140 milhões. O líder da empresa algarvia está convicto que “muito rapidamente vão esgotar a capacidade de produção” e que serão “obrigados a reinvestir”.

A empresa algarvia prevê investir aproximadamente sete milhões de euros para aumentar a capacidade de produção para 210 milhões de litros ao ano que é obtida a 900 metros de profundidade nas Caldas de Monchique. O CEO da Sociedade da Água de Monchique, licenciado em gestão de empresas pela Universidade do Minho, adianta que será um investimento entre seis ou sete milhões de euros no próximo ano “que servirá para alavancar em 40% a capacidade produtiva, o que corresponde aproximadamente a mais 70 milhões de litros”. As instalações fabris localizam-se nas Caldas de Monchique, Algarve, numa área protegida superior a 50 hectares.

Vítor Hugo Gonçalves, CEO da Sociedade da Água de Monchique. Água de Monchique

Água de Monchique de olhos postos na internacionalização

“Privilegiámos o mercado nacional, mas os nossos olhos estão postos no internacional”, destaca Vítor Hugo Gonçalves. A Água de Monchique exporta entre dez a 15 milhões de litros, sendo Espanha, China e EUA os três principais mercados. O gestor adianta que estão quase a fechar negociações com países africanos, como Gabão e Zambia. O Canadá e o México também estão na mira da empresa portuguesa.

A água chega de barco aos destinos mais longínquos como a China e o Dubai. “É o meio de transporte privilegiado e mais barato para fazer a operação do transporte da água”, acrescenta.

Para reforçar a aposta na internacionalização, a Água de Monchique é presença assídua em feiras internacionais como a Gulfood — um dos maiores certames do Médio Oriente e um dos mais importantes a nível mundial para a fileira alimentar e bebidas –, na Anuga, na Alemanha, e na Sial, em Paris.

Muito mais que água

Em 2021, a Água Monchique apostou na moda através de uma coleção cápsula de sportswear criada pelo estilista portuense Gio Rodrigues. As peças estão à venda na loja online da empresa.

Alinhada com a ambição de alcançar a neutralidade carbónica até 2030, a Água Monchique acaba de lançar uma garrafa sem rótulos intitulada de “Monchique Natura”. Para o CEO, “é provavelmente a garrafa mais ecológica do mundo“. É totalmente produzida a partir de PET reciclado e 100% reciclável. Para Vítor Hugo Gonçalves “o futuro das águas” é “um mundo sem rótulos”.

A Sociedade da Água de Monchique, SA explora a concessão pública da água mineral de Monchique desde 16 de dezembro de 1992. O gestor orgulha-se da “capacidade de inovação” e prova disso são os títulos que tem vindo a arrecadar. A Água de Monchique integrou pela primeira vez o ranking das mil maiores e melhores PME´s a operar em Portugal, e renovou a certificação como PME Líder.

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Trabalhadores das minas de Neves-Corvo convocam greve para 19 e 20 de julho

  • Lusa
  • 3 Julho 2023

Os trabalhadores da Somincor – Sociedade Mineira de Neves-Corvo vão parar para exigirem “um aumento salarial nunca inferior a 100 euros com retroativos a janeiro de 2023”.

Os trabalhadores da mina de Neves-Corvo, em Castro Verde (Beja), vão realizar uma greve de duas horas, no início de cada turno, nos dias 19 e 20 de julho, para exigir aumentos salariais, foi anunciado esta segunda-feira.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) explicou que os colaboradores da Somincor – Sociedade Mineira de Neves-Corvo vão parar para exigirem “um aumento salarial nunca inferior a 100 euros com retroativos a janeiro de 2023”.

Em causa está o facto da empresa concessionária, detida pela multinacional Lundin Mining, ter concedido este ano “um aumento de apenas 2% ou 36 euros” aos trabalhadores, acrescentou o coordenador do STIM, Albino Pereira. De acordo com este responsável, “as greves serão apenas de duas horas, no início de cada turno, exatamente para que a empresa perceba que os trabalhadores não se sentem bem com este aumento que foi aplicado”.

Os trabalhadores “não consideram que seja sequer um aumento, pois 36 euros nos dias que correm, com a inflação como está, não é aumento”, disse. A par dos aumentos salariais, os trabalhadores da Somincor, onde não se registam greves desde 2017, pretendem também que sejam revistas a segurança e condições de trabalho, as progressões na carreira, as anuidades, os subsídios de fundo, de transporte, de apoio escolar e à habitação, e os prémios de passagem à reforma.

Albino Pereira referiu que o caderno reivindicativo do STIM inclui ainda a concessão de “mais um dia de compensação” aos trabalhadores das lavarias, a criação de um balneário para as mulheres “com condições dignas” e que os dias de Carnaval, Páscoa e aniversário sejam considerados feriados. “No fundo, queremos que a empresa seja justa com aqueles que produzem, aqueles que dão corpo, a vida, o suor, para bem desta empresa”, frisou à Lusa o coordenador do STIM.

Segundo Albino Pereira, todas estas exigências já tinham sido apresentadas, neste ano, pelo sindicato afeto à CGTP à administração da Somincor, que até final de junho “não respondeu”. O coordenador sindical acrescentou que, nos dias de greve, as duas horas de paralisação no início de cada turno serão utilizadas para a realização de plenários de trabalhadores, “uma vez que foi negado o direito a horas de plenário pela empresa”.

Situada no concelho alentejano de Castro Verde, a mina de Neves-Corvo produz, sobretudo, concentrado de cobre e de zinco e conta cerca de 2.000 trabalhadores. A mina tem como concessionária a Somincor, empresa que é detida pela multinacional sueco-canadiana Lundin Mining, também proprietária das minas de Candelária (Chile), Chapada (Brasil), Eagle (Estados Unidos), Zinkgruvan (Suécia) e Josemaria (Argentina).

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Aumentos de preços das telecomunicações motivam mais queixas à Anacom

Regulador registou entre janeiro e março o primeiro aumento no número de reclamações escritas em mais de um ano, sobretudo por causa das subidas de preços promovidas pelas operadoras.

Os consumidores reclamaram mais à Anacom no primeiro trimestre do que nos mesmos três meses de 2022, o primeiro aumento no número de queixas em mais de um ano. A principal razão que levou os portugueses a fazerem queixa ao regulador foi o aumento de preços promovido pelas operadoras de telecomunicações na reta inicial de 2023. Vodafone, a última a aumentar preços, foi a que gerou mais reclamações.

Entre janeiro e março, a entidade registou cerca de 28,5 mil reclamações escritas contra empresas de comunicações (onde se inclui o setor postal). As queixas relacionadas com telecomunicações motivaram a primeira subida no número de reclamações “desde há mais de um ano”, nota a Anacom, que aponta para um crescimento de 4% em termos homólogos.

“O aumento de preço do serviço foi o motivo que mais impulsionou as reclamações nas comunicações eletrónicas, sendo responsável por 11% das reclamações do setor neste período”, aponta o regulador. “Ao todo, foram apresentadas 2,1 mil reclamações sobre o aumento de preços, mais 1,8 mil reclamações face a igual período de 2022″, sublinha a Anacom em comunicado.

Em fevereiro, por causa da inflação, Meo e Nos subiram os preços. Em março foi a vez da Vodafone. A Nowo, com uma quota de mercado inferior e alvo de uma oferta de compra pela Vodafone, prometeu manter os preços aos respetivos clientes.

Segundo o regulador, entre as principais operadoras, “a Vodafone foi o prestador que registou mais reclamações em termos absolutos, 36% do total”, apresentando ainda “o maior número de reclamações por mil clientes. Em simultâneo, a Nos ficou em segundo lugar nas reclamações por mil clientes e a Meo, que foi a que “registou o maior aumento das reclamações (8%)”, continuou a ter a menor taxa de reclamações por mil clientes entre as três maiores operadoras.

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Do médico de família para todos à redução dos tempos de espera, PSD propõe “mais de 90 medidas” para melhorar a saúde ao SNS

O PSD alerta que o SNS está em rutura e apresentou esta segunda-feira um conjunto de "com mais de 90 medidas", tendo em vista combater o "falhanço das políticas de saúde".

O PSD apresentou esta segunda-feira cinco projetos de resolução com mais de 90 “medidas urgentes e necessárias” para combater o “falhanço das políticas de saúde”, incluindo a promessa de médico de família para todos os portugueses. O presidente do PSD sinalizou que os sociais-democratas não têm “nenhum dogma ideológico” e afiançou que o objetivo é “colocar Portugal nos países mais desenvolvidos da OCDE no que diz respeito aos indicadores de saúde”.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS), durante muitos anos, foi o pilar fundamental do estado social, mas neste momento entrou em rutura“, afirmou Luís Montenegro durante a apresentação do Programa do PSD dedicado à Saúde, em Lisboa. Para o social-democrata, o SNS “tem problemas estruturais graves” a que o Governo “não tem conseguido” responder.

Hoje, em Portugal, quem tem recursos financeiros consegue aceder aos serviços de saúde que pretende. Quem não tem recursos financeiros fica à porta dos centros de saúde ou dos hospitais do SNS. Isto não é justiça social”, criticou Luís Montenegro em declarações transmitidas pelas televisões.

Como tal, o PSD apresentou cinco projetos de resolução com “25 propostas e mais de 90 medidas e ações concretas que visam mudar a saúde em Portugal”. O programa abrange cinco eixos: reforçar o SNS, atribuir médico de família a todos os portugueses, diminuir o tempo de espera para cirurgias, consultas e exames, aumentar o acesso aos cuidados continuados e paliativos e garantir mais acesso ao medicamento. Os projetos serão discutidos na quinta-feira, num agendamento potestativo pedido pelo PSD sobre saúde.

Entre as propostas do PSD conhecidas esta segunda-feira consta, por exemplo:

  • a consignação das receitas provenientes do imposto sobre as bebidas não alcoólicas e 3% do produtos do imposto sobre o tabaco à promoção da saúde e à prevenção da doença;
  • “contratualizar a prestação de cuidados de saúde a utentes do SNS com entidades do setor social e privado, seja para a gestão privada de unidades públicas, em modelo de Parceria Público-Privada (PPP), seja para a realização direta de prestações de saúde, sempre que tais opções sejam mais vantajosas”;
  • financiar até 100% a aquisição de “medicamentos indispensáveis “no tratamento de determinadas patologias crónicas” a utentes “em situação de comprovada insuficiência económica” e mediante apresentação de receita médica; bem como incentivar o crescimento do mercado de medicamentos genéricos, entre outras.

O PSD garante, por isso, que quer “trazer SNS para o centro da preocupação política” sem “nenhum dogma ideológico”. O objetivo é avançar com uma “agenda mobilizadora para a saúde” com objetivos definidos para cumprir até 2030 e até 2040, dado que os problemas “estratégicos e estruturais” do SNS “não se resolvem num ano nem numa legislatura”.

“A nossa ambição é colocar Portugal nos países mais desenvolvidos da OCDE no que diz respeita aos indicadores de saúde“, sinalizou o líder do PSD, acrescentando que “é importante que Portugal assuma como objetivo” estar entre os 15 países com os melhores indicadores em saúde até 2030 e entre “os dez até 2040”.

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Coimbra recebe 14,4 milhões de Bruxelas em parceria com seis universidades europeias

Coimbra recebe financiamento de 14,4 milhões de euros da Comissão Europeia juntamente com mais seis instituições que integram o projeto EC2U - Campus Europeu de Cidades Universitárias.

A Comissão Europeia financia em 14,4 milhões de euros a EC2U – Campus Europeu de Cidades Universitárias, uma aliança coordenada pela Universidade de Poitiers (França) e da qual a Universidade de Coimbra (UC) faz parte juntamente com mais seis universidades europeias. Este projeto potencia a inovação, o empreendedorismo e a empregabilidade, assim como iniciativas de suporte à cooperação na educação e na investigação, avança a UC.

Esta injeção financeira surge no âmbito da candidatura da EC2U apresentada à iniciativa Universidades Europeias 2023. “A atribuição de um novo financiamento à EC2U comprova a qualidade do trabalho desenvolvido pelas sete universidades e seus parceiros estratégicos em prol da criação de sinergias para potenciar a mobilidade, assim como a produção de conhecimento e o ensino, de forma inclusiva e inovadora”, afirma o reitor da UC, Amílcar Falcão.

Também o vice-reitor da UC para as Relações Externas e Alumni, João Nuno Calvão da Silva, e coordenador-geral do projeto pela UC. A EC2U, considera que se “trata do reconhecimento pela Comissão do trabalho desenvolvido e, em especial, do compromisso com os valores europeus, bem visível também na parceria estratégica da EC2U com a universidade ucraniana de Lviv”.

A atribuição de um novo financiamento à EC2U comprova a qualidade do trabalho desenvolvido pelas sete universidades e seus parceiros estratégicos em prol da criação de sinergias para potenciar a mobilidade, assim como a produção de conhecimento e o ensino, de forma inclusiva e inovadora.

Amílcar Falcão

Reitor da Universidade de Coimbra

Este novo financiamento vai permitir alargar o número de parceiros associados do projeto em Coimbra. Além da comunidade académica da UC e da Câmara Municipal de Coimbra e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e o Instituto Pedro Nunes, o projeto passará a integrar também o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e do Grupo Bluepharma.

Além da UC, entre as sete instituições de ensino superior europeias, envolvidas neste projeto, estão a Universidade de Poitiers, a Universidade Friedrich Schiller de Jena (Alemanha), a Universidade Alexandru Ioan Cuza de Iasi (Roménia), a Universidade de Salamanca (Espanha), a Universidade de Pavia (Itália) e a Universidade de Turku (Finlândia). O projeto também integra os habitantes das cidades onde estas instituições de ensino estão sediadas, através da realização de uma panóplia de atividades.

Mais de 25 mil investigadores envolvidos

Ao todo, a EC2U reúne mais de 200.000 estudantes e mais de 25.000 investigadores, docentes e membros do corpo técnico, e visa incentivar a mobilidade assim como o desenvolvimento de novos modelos educativos, através da criação de programas de mestrado conjuntos e de institutos virtuais.

“A EC2U começou a ser pensada em 2018, tendo desenvolvido, desde a atribuição do primeiro financiamento, em 2020, múltiplas ações para impulsionar a mobilidade, desde logo através da criação de três mestrados conjuntos, nas áreas de sustentabilidade, envelhecimento e línguas e culturas europeias“, resume a UC.

As ações desenvolvidas por esta aliança universitária têm como base três dos dezassete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU): Saúde de Qualidade, Educação de Qualidade, assim como Cidades e Comunidades Sustentáveis. O projeto deverá alargar as atividades a um outro objetivo: Paz, Justiça e Instituições Eficazes.

“A EC2U assume uma visão para a construção da universidade do futuro, enquanto espaço aberto e inclusivo, onde todos contribuem para a criação e divulgação do conhecimento. A EC2U assenta na partilha de valores, colocando todos os talentos ao serviço da sociedade”, sublinha, por sua vez, o coordenador-geral da Aliança EC2U, Ludovic Thilly.

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