Portugal captou 630 milhões de investimento estrangeiro no primeiro trimestre

No primeiro trimestre deste ano, o investimento direto estrangeiro em Portugal atingiu os 630 milhões de euros, impulsionado, sobretudo, pelo investimento imobiliário realizado por não residentes.

Entre janeiro e março, o investimento direto estrangeiro em Portugal atingiu os 630 milhões de euros, sendo que “este valor correspondeu sobretudo a investimento imobiliário realizado por não residentes em Portugal”, mais de metade do investimento diretor é oriundo de investidores de origem europeia, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

“Destacou-se o investimento realizado por investidores residentes em países europeus”. Dos 630 milhões de euros em investimento direto estrangeiro em território nacional, mais de 350 milhões dizem respeito a investidores europeus, isto é, mais de metade do total, apontam os dados do BdP.

Em termos acumulados, no final do primeiro trimestre deste ano, o stock de investimento direto estrangeiro em Portugal (IDE) atingiu os 172 mil milhões de euros, isto é, mais do dobro do stock de investimento direto de Portugal no exterior (IPE), que totalizou os 63 mil milhões de euros, aponta ainda a entidade liderada por Mário Centeno.

Evolução dos stocks de investimento até março de 2023

Segundo o BdP, “os stocks têm aumentado desde 2008″ ainda que a ritmos diferentes: o investimento direto estrangeiro em Portugal ” mais do que duplicou entre 2008 e o primeiro trimestre de 2023″, ao passo que o investimento direto de Portugal no exterior “cresceu 18%”.

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“Upskilling” de competências

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  • 29 Maio 2023

É importante preencher as lacunas das competências necessárias para ser efetivo no mercado de trabalho. É vital que as empresas fomentem condições para garantir o upskilling da sua força de trabalho.

No mercado de trabalho atual existe uma forte necessidade de ajudar os colaboradores a desenvolver as competências necessárias para o agora e para o futuro – desde a tecnologia ao meio ambiente ou na vertente social até às soft skills como liderança, resiliência e sagacidade para “navegar” neste mundo em mudança. Ao investir coletivamente neste processo de upskilling, pretende-se atingir maior confiança e sinergia entre empregadores e colaboradores, cidadãos e governos e em toda a sociedade.

Uma análise do mercado de trabalho atual permite conjeturar que a disponibilização de meios que facilitem a aquisição de novas competências pode ser um fator muito relevante no grau de satisfação de um colaborador numa empresa. O mundo está em constante mudança e atualmente é cada vez mais exigido que a força de trabalho seja adaptável e procure manter-se a par do tipo de competências necessárias. Diria que todos devem estar disponíveis para “embarcar” num processo constante de aprendizagem contínua e upskilling.

As pessoas querem sentir que são valorizadas e que também existe um esforço por parte do empregador para garantir que adquirem capacidades diferenciadoras. Os colaboradores irão sentir-se mais reconhecidos e mais confiantes no desempenho das suas funções de trabalho, sendo que a aquisição de diferentes competências irá assim também beneficiar o empregador, havendo uma melhor performance associada. Portanto, não será uma surpresa que estes colaboradores apresentem tendencialmente um maior grau de satisfação no seu local de trabalho e que se sintam mais “ouvidos”. Aliás, costumam ser mais propensos a promoções mais rápidas. No reverso da medalha, também se encontram, geralmente, cientes do valor acrescentado que podem gerar ao nível de mercado de trabalho e estão assim mais propensos a procurar novos desafios. Contudo, será sempre válido que, aumentando a satisfação no local de trabalho, maior será a possibilidade de retenção e melhor a performance durante o período do colaborador na empresa – em suma, menor probabilidade de existirem condutas que parecem ser sugeridas por novas atitudes comportamentais, como por exemplo o quiet quitting.

Ana João Rodrigues, Senior Consultant EY, People Advisory Services

Assim, é vital que as empresas tenham noção do quão relevante o upskilling pode ser. Até porque a imagem é substancialmente mais cinzenta quando se analisa a perceção de colaboradores que sentem que não possuem este tipo de competências necessárias ou até diferenciadoras. Este grupo apresenta, geralmente, uma vida profissional menos satisfatória, é menos provável que tenha um plano para progredir na sua carreira e, seguindo um efeito de “bola de neve”, está menos empenhado em adquirir novas competências. Segundo um dos artigos da Harvard Business Review, a empresa Medicus (215 colaboradores, avaliada em 200 milhões de dólares) verificou uma subida de 50% na taxa de retenção de colaboradores após ter implementado um programa de quatro semanas de upskilling de competências-chave.

Além de ser extremamente relevante investir no upskilling, é igualmente importante que tanto as empresas como os colaboradores possuam a noção que este processo tem que ser extremamente dinâmico. Por exemplo, as competências necessárias ao nível tecnológico ou até em engenharia de software parecem mudar a cada poucos meses. Aliás, a inteligência artificial já tem progredido de forma tão efetiva (exemplo “gritante” do ChatGTP) que os colaboradores também têm que se destacar da mesma e pensar cada vez mais “fora da caixa”. Portanto, é essencial ter a noção que atualmente lidamos com dezenas a centenas de milhares de variadíssimos diferentes tipos de competências, sendo esta componente variável com base na tecnologia ou área de trabalho e na força de trabalho.

A componente de upskilling também “ganha” particular relevância uma vez que as empresas também procuram cada vez mais a multidisciplinaridade, ou seja, os colaboradores acumulam funções transversais, que requerem diferentes tipos de competências. As empresas tentam adotar uma abordagem mais dimensionada para o trabalho em equipa e procuram estar mais focadas na mobilidade interna. Desta forma, uma organização centrada em competências usa as mesmas como base para se concentrar em problemas de negócios específicos: quem contratar, quem promover, como desenvolver pessoas para melhorar o desempenho e quem considerar para uma posição interna. Assim, as empresas devem investir cada vez mais, incentivando também os colaboradores a descobrir quais competências que são mais necessárias e desenvolvê-las, procurando que estes se tornem parte do processo. Caso não o façam, correm o risco de ficar em desvantagem neste mercado de trabalho tão competitivo.

Ana João Rodrigues, Senior Consultant EY, People Advisory Services

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Negociação coletiva em 2022 deu aumento salarial de 5,5%. Ganho real foi de 3,9%

Há, contudo, uma divergência entre a evolução nominal (5,5%) e real (3,9%) dos salários. Número de trabalhadores abrangidos por contratação coletiva aumentou 40%, para 759.058 trabalhadores.

Os aumentos salariais na negociação coletiva registaram, pelo sétimo ano consecutivo, uma variação positiva. Em 2022, verificou-se o maior crescimento, tanto em termos nominais como em termos reais, da série iniciada em 2010, na ordem dos 5,5% e 3,9%, respetivamente. Há, contudo, uma divergência entre a evolução nominal e real dos salários.

“Em 2022, 79% dos trabalhadores eventualmente abrangidos pelas convenções coletivas usufruíram de uma atualização das tabelas salariais“, disse Paula Agapito, coordenadora executiva do Centro de Relações Laborais (CRL) e coautora do relatório, esta segunda-feira durante a apresentação do “Relatório Anual sobre a Evolução da Negociação Coletiva em 2022”. E acrescentou: “Há, contudo, uma divergência entre as linhas da variação salarial média real e nominal.”

Para a atualização salarial foram tidos em conta critérios como a “inflação”, “evolução da retribuição mensal mínima garantida”, “condicionamentos do mercado e o crescimento da atividade da empresa”, lê-se no relatório do CRL.

No ano passado, foram publicados 315 instrumentos de regulação coletiva de trabalho (IRCT) em Portugal continental, um aumento face aos 282 registados no ano anterior, dos quais 240 convenções coletivas (acordos de empresa, acordos coletivos e contratos coletivos). Verificou-se ainda um aumento homólogo em 55% dos acordos coletivos (para um total de 31), um crescimento em 3% nos acordos empresa (para 112) e uma subida em 23% nos contratos coletivos (para 97).

Quanto à repartição setorial, predominaram as “indústrias transformadoras” (68 convenções), os “transportes e armazenagem” (50 convenções) e o “comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos” (37).

O número de trabalhadores potencialmente abrangidos pelas convenções coletivas outorgadas em 2022 também aumentou. O aumento foi de cerca de 40% face a 2021, para 759.058 trabalhadores.

Convenções de teletrabalho mais do que quadruplicam

As convenções que abordam o teletrabalho disparam, passando de apenas seis, em 2021, para 27, no ano seguinte. A maioria diz respeito aos acordos de empresa (que passaram de quatro para 16), seguidos dos acordos coletivos (que em 2021 não tinham qualquer expressão e em 2022 passaram a ser seis) e, finalmente, dos contratos coletivos (que evoluíram de dois para cinco).

Uma análise mais detalhada permite ainda concluir que 14 das 27 convenções em causa dizem respeito a um regime híbrido de trabalho. E dez convenções abordam a questão do subsídio de refeição ou os apoios para equipamentos.

Em termos setoriais, este tipo de convenções apresenta uma repartição “desequilibrada”, o que pode ser explicado pela própria “natureza” dos setores, esclarece Cláudia Madaleno, professora da Faculdade de Direito de Lisboa, também autora do relatório.

Já no que toca ao direito à conexão, embora a evolução tenha sido mais “contida”, registou-se um aumento de de cinco convenções (em 2021) para oito (em 2022).

(Notícia atualizada às 11h54)

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Avaliação bancária na habitação cede pelo terceiro mês consecutivo, com subida mais baixa desde janeiro

Em abril, a avaliação bancária registou uma variação homóloga de 10%. É o valor mais baixo desde janeiro e há três meses consecutivos que está a abrandar, de acordo com os dados do INE.

O mercado imobiliário nacional está a abrandar, mas ainda longe de dar sinais de que esteja a ceder. Em abril, o valor mediano de avaliação bancária na habitação foi 1.491 euros por metro quadrado, mais oito euros que o observado no mês anterior e é também o valor mais elevado desde janeiro de 2011 (início da série do INE).

Trata-se de uma variação mensal de 0,54%, a mais elevada desde janeiro, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No entanto, em termos homólogos, a taxa de variação fixou-se em 10% (11,4% em março de 2023), sendo este o terceiro mês consecutivo que regista um abrandamento.

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O INE revela que, em comparação com abril de 2022, a variação mais elevada do valor mediano das avaliações ocorreu na Região Autónoma da Madeira (17,2%) e a menor na Região Autónoma dos Açores (1,9%).

Os dados divulgados esta segunda-feira mostram também que, segundo o Índice do valor mediano de avaliação bancária, em abril de 2023, “o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, o Alentejo Litoral e a Região Autónoma da Madeira apresentaram valores de avaliação 39,7%, 33,3%, 8,2% e 3,2%, respetivamente, superiores à mediana do país.”

Do lado oposto estão as regiões das Beiras e Serra da Estrela, Beira Baixa e Alto Alentejo, ao apresentarem os valores mais baixos relativamente à mediana do país: -48,5%, -48,2% e -48.1% respetivamente.

O INE destaca em comunicado que, para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de abril de 2023, foram consideradas 21.257 avaliações (13.771 apartamentos e 7.486 moradias), menos 34,3% que no mesmo período de 2022. “Em comparação com o período anterior, realizaram-se menos 403 avaliações bancárias, o que corresponde a um decréscimo de 1,9%.”

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“Queres salvar vidas?”. Bosch procura engenheiros para desenvolvimento de software para airbags e travões

Sob o mote "Queres salvar vidas?", a companhia vai realizar um evento de recrutamento a 14 de junho nas suas instalações em Braga. Há 22 vagas.

A Bosch está à procura de talentos para reforçar as suas equipas de I&D em Braga, nomeadamente perfis especializados nas áreas de engenharia de sistemas de software embebido (embedded software) e engenharia eletrónica, para integrarem a equipa de desenvolvimento de software para sistemas de segurança automóvel. Sob o mote “Queres salvar vidas?”, a companhia vai realizar um evento de recrutamento já no próximo dia 14 de junho nas suas instalações em Braga. Há 22 vagas.

“A partir de Braga, vamos continuar a contribuir para o objetivo de salvar vidas, tornando a condução mais segura e confortável. Para isso precisamos de reforçar as nossas equipas com estes perfis especializados. Procuramos talentos que tenham vontade de dar um grande contributo para a segurança e automação da mobilidade a nível global”, afirma Glória Araújo-Wörmann, diretora de recursos humanos da Bosch em Braga, citada em comunicado.

No dia do evento, a Bosch vai abrir as portas das suas instalações para receber os candidatos interessados em fazer parte das equipas responsáveis pelo desenvolvimento de sistemas para airbags e travões. Os potenciais novos colaboradores vão poder participar em entrevistas e ficar a conhecer os objetivos e desafios do projeto.

As inscrições são limitadas e os interessados em participar devem submeter a sua candidatura até ao dia 8 de junho.

Todas as informações sobre o evento de recrutamento e respetivas condições estão disponíveis aqui.

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Taxa de juro dos Certificados de Aforro mantém-se nos 3,5% em junho

Remuneração dos Certificados de Aforro irá manter-se, pelo quarto mês consecutivo, no valor mais elevado permitido por lei - e assim continuará até a Euribor a 3 meses cair para os 2,5%.

A taxa de juro dos Certificados de Aforro para novas subscrições e capitalizações em junho voltará a fixar-se nos 3,5%. É o quarto mês consecutivo que a remuneração destes títulos de dívida do Estado desenhados para o retalho esbaterá no teto máximo definido por lei.

De acordo com cálculos do ECO, se a fórmula de cálculo da taxa de juro dos Certificados de Aforro não tivesse esta limitação, a remuneração base no próximo mês seria de 4,4%.

Recorde-se que a taxa de juro dos Certificados de Aforro tem em conta a média dos valores da taxa Euribor a três meses observados nos dez dias úteis anteriores ao penúltimo dia útil de cada mês acrescido de um prémio de 1%. “Da aplicação da referida fórmula não poderá resultar uma taxa base superior a 3,5%, nem inferior a 0%”, refere o IGCP.

No entanto, os investidores que em junho perfaçam um ano de investimento em Certificados de Aforro, contarão com um prémio adicional de 0,5%, que levará a sua remuneração até aos 4%. E aqueles que em junho perfaçam seis anos como credores da República, contarão com um prémio adicional de 1%, com as suas poupanças a serem remuneradas à taxa de 4,5%.

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A escalada da taxa de juro dos Certificados de Aforro tem sido acompanhada por uma crescente procura por estes títulos por parte dos pequenos investidores. Segundo os últimos dados do Banco de Portugal, entre janeiro e abril, as subscrições líquidas de Certificados de Aforro acumularam quase 11 mil milhões de euros.

Considerando que o stock atual de Certificados de Aforro é de 30,3 mil milhões de euros, significa que mais de um terço deste montante foi subscrito em apenas quatro meses.

A corrida aos Certificados de Aforro tem sido tão grande que o Governo se viu obrigado a rever os limites de endividamento inscritos no Orçamento do Estado. Em despacho, o ministro das Finanças deu autorização ao IGCP para emitir até 16,6 mil milhões de euros em Certificados de Aforro este ano, cerca de 9,6 mil milhões de euros a mais face ao montante inicialmente previsto.

Como forma a manter inalterado o nível de financiamento do Estado, o Governo reviu em baixa em cerca de 9,5 mil milhões de euros as emissões de obrigações e Bilhetes do Tesouro. Com esta decisão, o Governo retira pressão dos mercados à gestão da dívida pública, aumentando assim a percentagem de dívida nas mãos de residentes.

Em contraciclo ao aumento da procura por Certificados de Aforro têm estado os depósitos bancários. Por serem vistos como concorrentes e continuarem a pagar, em média, muito abaixo dos títulos de dívida do Estado, os depósitos não param de cair.

Se nos primeiros três meses do ano as subscrições líquidas de Certificados de Aforro somaram mais de 9 mil milhões de euros, os bancos viram sair dos seus sofres mais de 7,6 mil milhões de euros que estavam aplicados em depósitos.

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Filhas de Queiroz Pereira notificam Concorrência da aquisição de maioria na Semapa e Navigator

  • Lusa
  • 29 Maio 2023

Filipa, Mafalda e Lua Queiroz Pereira procederam à divisão da herança e a CMVM dispensou-as de terem de lançar ofertas públicas de aquisição (OPA) sobre a Semapa e a Navigator.

As filhas de Pedro Queiroz Pereira notificaram a Autoridade da Concorrência (AdC) da aquisição de uma participação maioritária das sociedades Vértice e Sodim, e consequentemente na Semapa e na The Navigator Company.

Numa informação publicada no site, a AdC informou que “a operação de concentração em causa consiste na aquisição, pelas herdeiras e filhas do Senhor Pedro Queiroz Pereira — Filipa Mendes de Almeida de Queiroz Pereira, Mafalda Mendes de Almeida de Queiroz Pereira e Lua Mónica Mendes de Almeida de Queiroz Pereira (“Herdeiras”) —, de uma participação maioritária na Vértice — Gestão de Participações, SGPS, S.A. e na Sodim SGPS, S.A. (e, consequentemente, na Semapa — Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. (“Semapa”) e na The Navigator Company, S.A. (“Navigator”) (em conjunto, “Grupo Queiroz Pereira”)”.

Num comunicado divulgado na semana passada, a CMVM informou que “em resposta a pedido efetuado, e por verificar preenchidos os pressupostos legais, […] declarou a derrogação do dever de lançamento de OPA obrigatória por parte das requerentes sobre as sociedades Semapa e Navigator, produzindo aquela derrogação efeitos quando, em virtude da partilha da herança, os deveres de lançamento de OPA obrigatória se venham efetivamente a constituir”.

Esta decisão da CMVM acontece na sequência do pedido de declaração da derrogação do dever de lançamento futuro de uma OPA sobre a Semapa e a The Navigator Company apresentado pelas três filhas de Pedro Queiroz Pereira, em virtude da perspetivada partilha da herança indivisa do empresário, falecido em 2018.

“As requerentes pretendem ver afastado o dever de lançamento de OPA, uma vez que a posição de domínio que adquirirão sobre as referidas sociedades cotadas decorre de transmissão sucessória e de a lei estabelecer essa como causa de derrogação daquele dever”, explica a CMVM.

As três filhas de Pedro Queiroz Pereira, únicas sucessoras do empresário, celebraram em 2 e 29 de março de 2023 acordos parassociais relativos à coordenação das participações que cada uma detém nas sociedades Sodim e Vértice, respetivamente.

Na sequência destes acordos, passou-lhes a ser conjunta e reciprocamente imputável, de forma direta e indireta, uma participação correspondente a 39,85% dos direitos de voto representativos do capital social da Sodim e de 1,5% dos direitos de voto representativos do capital social da Vértice, sociedade esta que detém uma participação correspondente a 25,58% dos direitos de voto representativos do capital social da Sodim.

Já a Sodim detém uma participação correspondente a 83,22% dos direitos de voto representativos do capital social da Semapa que, por sua vez, detém 69,97% dos direitos de voto representativos do capital social da Navigator.

Assim, embora atualmente a posição imputável às filhas de Queiroz Pereira na Sodim (39,85% dos direitos de voto representativos do capital social) não ser suscetível de lhes conferir o domínio desta sociedade, nem, indiretamente, o domínio das sociedades cotadas Semapa e Navigator, tal passará a acontecer quando for concretizada a partilha da herança, “a ter lugar uma vez verificadas as formalidades necessárias”.

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Luís Pedro Alves e Rita Ramalho reforçam equipa de Administrativo e Contratação Pública da TELLES

Luís Pedro Alves, enquanto associado, e Rita Ramalho, enquanto associada sénior, reforçaram a equipa de Administrativo e Contratação Pública da TELLES, liderada pelo sócio Pedro Almeida e Sousa.

A sociedade de advogados TELLES reforçou a equipa de Administrativo e Contratação Pública com a integração de Luís Pedro Alves, enquanto associado, e Rita Ramalho, enquanto associada sénior.

A nova associada sénior da TELLES, Rita Ramalho, tem centrado a sua atividade nas áreas do direito administrativo e contratação pública. É licenciada em direito e mestre em Ciências Jurídico-Políticas pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa. Conta ainda com um curso Avançado de Formação de Executivos em Parcerias Público-Privadas (PPP’s) pela Universidade Católica Portuguesa – Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais.

Já Luís Pedro Alves tem desenvolvido a sua especialização em Direito Público, Contratação Pública e Contencioso Administrativo. O associado da TELLES é ainda conselheiro da ADA – Associação do Direito Administrativo e transita da João Ramalhete Carvalho, Andreia Ventura, Rafael Vale e Reis & Associado. É licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, na qual desempenha, atualmente, funções de adjunto de Ensino. Detém um mestrado em Ciências Jurídico-Políticas, com especialização em Direito Administrativo, uma pós-graduação em Contratação Pública e uma formação avançada em Compliance Fiscal.

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Sánchez antecipa eleições em Espanha para 23 de julho, após derrota socialista nas regionais e municipais

Chefe de Governo espanhol decidiu antecipar eleições depois de uma derrota do PSOE nas eleições regionais e municipais.

O chefe de Governo espanhol, Pedro Sánchez, decidiu antecipar as eleições legislativas em Espanha para 23 de julho, depois de uma derrota dos socialistas do PSOE nas eleições municipais e regionais que decorreram neste fim de semana. O anúncio foi feito por Sanchéz esta segunda-feira, numa conferência de imprensa no Palácio da Moncloa, em Madrid.

O Governo espanhol vai reunir esta tarde, num Conselho de Ministros extraordinário, para convocar as eleições, cuja convocatória será publicada na terça-feira. Assim, o Parlamento espanhol, composto pelo Congresso e Senado, vai ser dissolvido. “É melhor que os espanhóis tomem a palavra para definir os rumos políticos do país”, reiterou Sanchéz, ao anunciar a decisão.

“Embora a votação de ontem tenha um alcance municipal e regional, o sentido da votação transmite uma mensagem que vai mais longe. Por isso, como Presidente do Governo e como Secretário-Geral do PSOE, assumo os resultados em primeira mão e considero necessário dar uma resposta e submeter o nosso mandato democrático à vontade do povo”, explicou o chefe de Governo espanhol.

O PP venceu as eleições regionais e municipais de domingo em Espanha, cujo resultado transformou o mapa que existia anteriormente, que era dominado pelo PSOE. No conjunto, o PP poderá ficar a governar oito das 12 regiões que foram a votos, a que se juntam Andaluzia e Castela e Leão, que anteciparam para 2022 as eleições e que o Partido Popular também ganhou.

O grande derrotado nas eleições foi assim o partido socialista (PSOE), atualmente no governo do país. O líder do partido e primeiro-ministro, Pedro Sánchez, não tinha feito declarações após serem conhecidos os resultados, avançando agora a decisão de antecipar eleições.

As legislativas nacionais estavam previstas para dezembro, no final de uma legislatura marcada pela primeira coligação governamental no país, entre o PSOE e a plataforma de extrema-esquerda Unidas Podemos. As eleições de domingo estavam a ser vistas como um prenúncio das legislativas, tendo sido a primeira ida a votos este ano em Espanha.

Numa declaração perante milhares de apoiantes do PP que se concentraram na noite de domingo em frente da sede do partido, em Madrid, Alberto Núñez Feijóo, líder do Partido Popular, atualmente na oposição, reivindicou uma vitória clara nas eleições regionais e municipais de domingo, que considerou serem o início de “um novo ciclo político” no país.

(Notícia atualizada às 10h45)

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UnionPay ultrapassa Visa nas transações globais com cartão de débito

  • Lusa
  • 29 Maio 2023

A maior empresa de cartões de pagamento da China, que em Portugal são emitidos pelo BCP, ultrapassou pela primeira vez o Visa: em 2022 assegurou 40% das transações globais com cartões de débito.

A UnionPay, a maior empresa de cartões de pagamento da China, ultrapassou o Visa pela primeira vez, assegurando 40,03% das transações globais com cartões de débito em 2022. O sistema de pagamentos Visa fixou-se em 38,78%, de acordo com um relatório do Nilson Report, citado pelo jornal oficial chinês Global Times.

As transações com cartões de débito representaram 63,88% de todas as transações de compra realizadas no ano passado, refletindo a crescente preferência dos consumidores por essa forma de pagamento.

A UnionPay, cujos cartões em Portugal são emitidos pelo banco Millennium bcp, manteve a sua posição como líder em gastos com bens e serviços por meio de cartões de débito, por dez anos consecutivos.

A participação de mercado do Visa em transações com cartões de débito tem diminuído, caindo de 80% em 2011, para 39,53% em 2021, de acordo com os dados do relatório — em contraste com o aumento de quase zero para 38,68% da UnionPay no mesmo período de tempo.

A subsidiária da UnionPay, a UnionPay International, estabeleceu parcerias estratégicas com mais de 2.500 instituições financeiras em todo o mundo, permitindo que a empresa expandisse a utilização dos seus cartões em 181 países e regiões.

A moeda chinesa passou também por um processo gradual de internacionalização, tornando-se a quinta moeda de pagamento mais utilizada, a terceira mais usada em liquidações comerciais e a quinta maior moeda de reserva. No mês passado, o yuan superou o dólar norte-americano nas transações transfronteiriças da China pela primeira vez, atingindo a sua maior participação histórica, de 48%, enquanto o uso do dólar caiu para 47%. Em 2010, a China dependia quase exclusivamente do dólar para esse tipo de operação, com um uso de 83%.

A China quer aumentar o uso do yuan em transações transfronteiriças e estabeleceu acordos com Brasil, Chile, Argentina, Arábia Saudita e Rússia para promover a participação da sua moeda no comércio mundial, que atualmente está em 2,3%, de acordo com o sistema Swift.

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Funcionários judiciais iniciam esta segunda-feira nova greve atípica

  • Lusa
  • 29 Maio 2023

Os funcionários judiciais iniciam uma nova greve nos tribunais e serviços de Justiça a decorrer em moldes diferentes consoante os serviços e comarcas e para a qual o SFJ espera forte mobilização.

Os funcionários judiciais iniciam esta segunda-feira uma nova greve nos tribunais e serviços de Justiça, uma paralisação atípica, a decorrer em moldes diferentes consoante os serviços e comarcas e para a qual o Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) espera forte mobilização.

A greve estende-se até 14 de julho, mas não é contínua, com o pré-aviso a incidir nos dias “29 a 31 de maio de 2023, nos dias 01 e 02, 05 a 09, 12 a 16, 19 a 23 e 26 a 30 de junho de 2023 e nos dias 03 a 07 e 10 a 14 de julho de 2023”.

A greve, decidida e anunciada no final de abril, depois de as paralisações anteriores não terem tido os resultados pretendidos junto do Ministério da Justiça, vai decorrer “num formato criativo”, que não será coincidente em comarcas, em horários ou jurisdições, ou seja, a greve pode decorrer de uma forma e horário num tribunal judicial e de outra diferente nos serviços do Ministério Público, ou dentro de uma mesma comarca decorrer de forma diferente nos diferentes tribunais que a compõem.

Não foram decretados serviços mínimos para a greve que se inicia esta segunda-feira e os seus impactos vão acumular aos que já se sentem na Justiça desde o início do ano, com sucessivas greves a adiar milhares de diligências e julgamentos.

Os funcionários judiciais querem ver garantidas pelo Ministério da Justiça questões de carreira como promoções e a integração do suplemento de recuperação processual no vencimento, mas as reuniões negociais não produziram ainda os resultados desejados pelo SFJ.

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Farmacêuticos do SNS voltam à greve durante três dias em junho

  • Lusa
  • 29 Maio 2023

Farmacêuticos do SNS vão estar em greve dias 22, 27 e 29 de junho pela valorização da profissão e atualização salarial, manifestando-se disponíveis para reuniões com a tutela, "desde que produtivas".

Os farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão estar em greve durante três dias em junho pela valorização da profissão e atualização salarial, manifestando-se disponíveis para reuniões com a tutela, “desde que sejam produtivas”.

De acordo com o pré-aviso que será entregue esta segunda-feira e a que a Lusa teve acesso, a greve vai decorrer nos dias 22, 27 e 29 de junho, mas em modalidades diferentes.

O documento indica que no dia 22 a greve abrange todo o território continental e regiões autónomas, a 27 decorrerá nos distritos de Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira e no dia 29 será nos distritos de Braga, Bragança, Porto Viana do Castelo e Vila Real, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu.

Depois de uma reunião, em janeiro, com a tutela da Saúde considerada pelo sindicato uma “absoluta desilusão”, a estrutura sindical diz que houve outras reuniões entretanto, mas nenhuma com avanços efetivos nas negociações, considerando que “falta vontade política ao ministro da Saúde” para resolver a situação.

Segundo disse à Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, Henrique Reguengo, que convocou a greve, nas reuniões tidas entretanto com a tutela os avanços foram “muito poucos” e em matérias “que nem deviam estar na negociação”, dando como exemplo as 100 vagas que deveriam ter sido abertas até julho do ano passado. O dirigente lembrou que, no início deste ano, apenas 34 tinham ido a concurso.

“Nas instituições, os quadros são completamente insuficientes e cada vez são mais insuficientes, porque as pessoas estão a sair. Só se fala dos enfermeiros a saírem, dos médicos a saírem, mas nós temos 1.000 farmacêuticos no Serviço Nacional de Saúde que estão a sair”, alertou Henrique Reguengo, acrescentando: “Felizmente, os farmacêuticos têm uma formação científica nas faculdades que lhes dá uma ampla gama de possibilidades”.

Segundo o dirigente sindical, “tudo aquilo que efetivamente é importante e que é preciso negociar, está completamente bloqueado”: “Continuamos com os quadros absolutamente insuficientes e continuamos com uma tabela que é de 1999”.

“Há, obviamente, completa disponibilidade para falar e para resolver as coisas e arranjarmos soluções, mas é preciso que do outro lado haja essa disponibilidade”, sublinhou, acrescentando: “Estamos disponíveis, mas é para isso, para negociar”.

A valorização da profissão, com a consequente revisão e atualização das grelhas salariais face às habilitações académicas e profissionais dos farmacêuticos, a contagem integral do tempo de serviço no SNS para efeitos de promoção e progressão na carreira e a vinculação efetiva dos farmacêuticos a exercer nos serviços públicos com contratos precários são algumas das reivindicações.

Além disso, exigem a adequação do número de farmacêuticos no SNS às necessidades e complexidade das atividades farmacêuticas desenvolvidas, o reconhecimento e homologação dos títulos de especialista atribuídos pela Ordem dos Farmacêuticos e a definição e regulamentação de um “processo especial e transitório para regularização do acesso à especialidade/residência farmacêutica por parte dos farmacêuticos contratados após 01 de março de 2020”.

Estão previstos serviços mínimos, com o sindicato a propor que funcionem nos serviços que trabalham ininterruptamente 24 horas por dia, nos sete dias da semana, sugerindo um número de efetivos igual àquele que garante o funcionamento aos domingos, no turno da noite, durante a época normal de férias.

Os farmacêuticos do SNS estiveram em greve pela primeira vez em outubro e em novembro do ano passado, numa paralisação que teve uma adesão superior a 90%, segundo os dados do sindicato.

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