Luís Malcato reforça administração da seguradora de caução Abarca

Após 17 anos na associação dos seguradores, o diretor de assessoria económico-financeira da APS vai para a companhia de seguros de caução luso-espanhola. Abarca quer cativar mediadores para o negócio.

A administração da Abarca vai ser reforçada com a entrada de Luís Malcato que durante 17 anos foi quadro financeiro da Associação Portuguesa de Seguradores e responsável pela elaboração dos estudos atuariais e estatísticos desenvolvidos pela APS.

Após 17 anos na APS, Luis Malcato avança para a administração da seguradora de caução que exige uma gestão muito especializada.

Luis Malcato terá os pelouros de gestão de risco e atuariado e vai juntar-se a António Silva Lopes não executivo com a responsabilidade da auditoria interna, à CFO Ana Lia Pires Marques e ao CEO Fernando Morales, quadro com ligações familiares aos acionistas espanhóis detentores do capital da Abarca.

O negócio da companhia é, atualmente, apenas seguros caução. O seu concorrente principal são os bancos e as garantias bancárias que emitem para os clientes – considera o administrador António Silva Lopes – e que são uma alternativa, mais tradicional, aos seguros de caução que as empresas têm de apresentar em diversas situações, nomeadamente quando participam em concursos públicos.

É a 2ª maior em Portugal e 4ª em Espanha

Apesar dos acionistas espanhóis e de grande parte do negócio ir suceder em Espanha, seguradora nasceu em 2016 em Portugal onde tem sede. Em Espanha existe uma sucursal e em Itália, onde a Abarca se estabeleceu em LPS (Livre Prestação de Serviços) em 2018, está de saída depois de ter sido vítima de utilização criminosa do seu nome para emissão de apólices falsas, estando a situação sob controlo do supervisor italiano IVASS – Istituto per la Vigilanza sulle assicurazioni.

Para este ano e segundo a administração, a Abarca pretende atrair agentes e mais corretores para que divulguem melhor os seguros de caução junto dos seus clientes.

Para além dos bancos que, no entanto, passaram em 2018 a precisar de contabilizar as garantias bancárias nos seus balanços e, logo, com esses valores a pesar nos cálculos de solvabilidade e exigências de capital, a Abarca tem de competir com outras seguradoras no negócio de caução. Em Espanha, num mercado de 160 milhões de euros de prémio por ano, ocupa o 4º lugar do ranking.

Em Portugal é a 2ª maior com 37% de quota de mercado, um ponto menos que a COSEC líder em 2022 com 38% e da Crédit y Caución que tem 12%. No total 12 seguradoras operaram neste segmento em Portugal em 2022. Em Itália, um apetecido mercado de 500 milhões de euros anuais, a Abarca tem de desistir devido ao crime de que foi vítima e aos danos reputacionais que podia acarretar.

Se a avaliação de riscos é a base do negócio, nos seguros de caução os cuidados redobram. Os sinistros são raros mas de montantes muito elevados. A Abarca constitui-se com o capital de 10,1 milhões de euros, o triplo do que lhe era regulamentarmente exigido. No final de 2022 tinha 25 milhões em disponibilidades e um rácio SCR de 238%, quando a média do mercado português era, na mesma data, 202%.

Crescer para além das Garantias de Cumprimento

Cede grande parte dos prémios para resseguro, retendo o restante risco que em caso de baixa sinistralidade produz boa rentabilidade para o acionista. No entanto em 2022 obteve um resultado líquido negativo de cerca de 800 mil euros, devido a um investimento nos mercados financeiros em fase negativa, mas é uma perda apenas potencial, não precisando de alienar os ativos logo é apenas um prejuízo potencial.

Os Prémios brutos emitidos pela Abarca em 2022 atingiram 18,23 milhões de euros, tendo cedido para resseguro mais de 13 milhões. Cerca de 82% da produção foi subscrita em Espanha, Portugal e Itália contribuíram com 16% e 2%.

Em Portugal, as garantias de cumprimento continuam a liderar fortemente o tipo de garantias emitidas embora a Companhia procure a diversificação do risco por outros tipos de garantias, nomeadamente energias renováveis, alfândegas e impostos especiais, diferimento de impostos, empresas de trabalho temporário, empresas de segurança e judiciais.

Também em Espanha, as garantias de cumprimento lideram o número de garantias ativas existentes seguidas das garantias de energias renováveis que representam 9% em 31 de dezembro de 2022, das garantias de recuperação do meio ambiente e das garantias de licitação. O remanescente encontram-se dispersos entre diferentes tipos de garantias, nomeadamente: judiciais, mercadoria à consignação ou adiantamentos, alfândegas e impostos especiais, diferimento de impostos e entre privados, para estes últimos a Abarca exclui garantias first demand nos riscos aceites.

A nomeação de Luís Malcato ainda carece de confirmação por parte do supervisor.

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Tina Turner morre aos 83 anos

  • Lusa
  • 24 Maio 2023

A 'Rainha do Rock'n Roll' morreu aos 83 anos, após uma longa doença em sua casa em Küsnacht, perto de Zurique, na Suíça.

A cantora Tina Turner morreu aos 83 anos de doença prolongada, adiantou esta quarta-feira o seu porta-voz.

“Tina Turner, a ‘Rainha do Rock’n Roll’ morreu pacificamente hoje, aos 83 anos, após uma longa doença em sua casa em Küsnacht, perto de Zurique, na Suíça”, revelou o seu representante em comunicado citado pelo canal de televisão Sky News.

“Com ela, o mundo perde uma lenda da música e um exemplo”, acrescentou.

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Novobanco paga quase 10% por 500 milhões de dívida arriscada

Taxa suportada pelo banco para emitir obrigações Tier 2 aumentou em relação à anterior operação, mas prémio de risco caiu 150 pontos base, num dos primeiros testes após queda do Credit Suisse.

O Novobanco emitiu 500 milhões de euros em obrigações subordinadas Tier 2 com o prazo a dez anos, destinadas a reforçar o capital, com a taxa de juro a ficar nos 9,875% (nos cinco primeiros anos), num dos primeiros testes ao apetite dos investidores após a queda do Credit Suisse, em março.

De acordo com a informação enviada ao mercado, esta operação irá substituir os notes Tier 2 emitidos em 2018, no montante de 400 milhões. Aquela emissão contou com uma taxa de 8,5% e o banco pode exercer agora a opção de reembolso antecipado. Se não o fizer, haverá lugar a um repricing dos títulos e a taxa irá agravar-se para os 11,4% nos próximos cinco anos, até à maturidade.

O mesmo acontecerá com os novos títulos, que têm maturidade em dezembro de 2023. Pagarão “uma taxa anual de 9,875% nos primeiros cinco anos e mid-swaps a 5 anos acrescido de margem nos anos seguintes”, refere o Novobanco.

Embora a taxa suportada nesta emissão tenha aumentado em relação à operação realizada em 2018, o prémio de risco (spread) caiu quase 150 pontos base, refletindo as melhores perspetivas do mercado para o Novobanco. “É uma evidência da trajetória de sucesso nos últimos anos. Esta transação é positiva em termos de MREL e capital”, indica o banco. Na prática, o agravamento da taxa final deveu-se à taxa midswap do euro — a taxa do mercado — que em 2018 estava nos 0,3% e agora está nos 3,17% — pressionada pelo aumento das taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE).

Segundo o banco, a “transação gerou um forte interesse por parte do mercado, com a procura a superar 3 vezes o montante esperado da emissão”.

A emissão foi colocada junto de investidores institucionais internacionais na sequência do roadshow nos dias 22 e 23 de maio, durante o qual o Novobanco realizou reuniões com mais de meia centena de investidores. A alocação final incluiu investidores do Reino Unido (26%), França (21%), Suécia (10%), EUA (10%), Espanha (5%), Alemanha (5%), com as gestoras de ativos a representar mais de 78%. A liquidação ocorrerá a 1 de junho de 2023.

A transação foi vista como um teste ao mercado europeu destes instrumentos, depois da desconfiança que se gerou na sequência das perdas de 16 mil milhões que foram imputadas aos detentores de obrigações AT1 no resgate ao Credit Suisse, há dois meses.

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PS chumba audição de Costa na comissão de inquérito à TAP

  • Ana Petronilho
  • 24 Maio 2023

PS trava audições de António Costa, de Mendonça Mendes, do diretor do SIS e da secretária-geral do SIRP na comissão parlamentar de inquérito.

O PS votou contra os requerimentos apresentados pelo Iniciativa Liberal e pelo Bloco de Esquerda para ouvir o primeiro-ministro de forma presencial ou por escrito na comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP, assim como uma audição do diretor do SIS e à secretária-geral do SIRP.

Foram ainda chumbados, pelo PS, os três requerimentos do Chega para que o Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública prestasse declarações por escrito, para chamar ao Parlamento o ministro da Administração Interna e o secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro, António Mendonça Mendes.

O PSD, Chega, IL, e BE votaram a favor dos requerimentos e o PCP optou pela abstenção por entender que “são matérias graves” mas que “devem ser tratadas em sede própria”, tendo em conta que a CPI em curso tem como objeto a gestão da TAP.

O PS, através do deputado Bruno Aragão, defende que “nenhum” dos requerimentos apresentados cabem “no objeto da comissão” e por isso o partido não acompanha “nenhum”.

As votações decorreram antes da audição à ex-chefe de gabinete do ministro das Infraestruturas, Maria Antónia Araújo, que vai ser ouvida esta quarta-feira na comissão de inquérito à gestão da TAP, sobre a polémica indemnização de meio milhão de euros à ex-administradora da companhia aérea, Alexandra Reis.

Maria Antónia Araújo ocupava o cargo de chefe do gabinete do ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, que se demitiu na sequência da indemnização de 500.000 euros paga a Alexandra Reis, e é atualmente chefe do gabinete do secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco.

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Efacec dá aumentos em vésperas de decisão do Governo sobre reprivatização

  • ECO
  • 24 Maio 2023

Comunicado da comissão de trabalhadores dá conta de aumento de 30 euros para todos os trabalhadores que têm mais de um ano de casa e ganham menos de 1.400 euros.

O Governo deve anunciar esta quinta-feira o destino da Efacec. Na véspera dessa decisão, os trabalhadores da empresa foram informados acerca da atribuição de um “complemento salarial extraordinário” de 30 euros, com efeitos a 1 de janeiro, avança o Expresso (acesso pago).

Um trabalhador contou ao jornal que “está afixado na parede” um comunicado da Comissão de Trabalhadores a anunciar que o aumento “é para todos os que têm mais de um ano de casa e ganham menos de 1.400 euros”.

O comunicado, prossegue o jornal, indica ainda que o complemento “é isolado da atualização das tabelas salariais anteriormente efetuadas em sede de concertação social”.

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Acionistas da Novabase aprovam dividendo de 0,42 euros e redução de capital

  • Lusa
  • 24 Maio 2023

Os acionistas da empresa aprovaram ainda “redução do capital social da Novabase em 6.365,82 euros correspondente à extinção de 212.194 ações próprias".

Os acionistas da Novabase aprovaram esta quarta-feira em assembleia-geral (AG) um dividendo total de 0,42 euros, bem como a redução do capital social da empresa, segundo um comunicado, publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Assim, os detentores de títulos da tecnológica aprovaram “a aplicação de resultados e distribuição de resultados transitados nos termos propostos pelo Conselho de Administração, incluindo o pagamento de um dividendo por ação de 0,10 euros, relativamente ao número total de ações emitidas”.

Além disso, os acionistas deliberaram favoravelmente “a distribuição de reservas livres nos termos propostos pelo Conselho de Administração, incluindo o pagamento aos acionistas de 8.909.710,08 euros, a título de distribuição de reservas livres, correspondente a 0,32 euros por ação, relativamente ao número total de ações emitidas”, lê-se na mesma nota.

Estes dois pagamentos aos acionistas totalizam, então, 0,42 euros, que estarão a pagamento a 23 de junho, segundo outro comunicado divulgado. Os acionistas da Novabase aprovaram também a redução do capital social da empresa de 835.285,32 euros, para 802.194,93 euros, sendo o montante global da redução de 33.090,39 euros”, correspondente “à extinção de 1.103.013 ações próprias, representativas de 3,96% do capital social da Novabase, destinado à libertação de excesso de capital”.

Foi ainda deliberada favoravelmente a “redução do capital social da Novabase em 6.365,82 euros correspondente à extinção de 212.194 ações próprias que venham a ser adquiridas à sua participada Novabase Consulting, SGPS, S.A., sendo a redução destinada à finalidade de libertação de excesso de capital”, bem como a “aquisição à participada Novabase Consulting, SGPS, S.A. de até 212.194 ações próprias detidas por aquela sociedade, a realizar no prazo de três meses, através de operação fora de bolsa, pelo preço de 4,85 euros por ação para execução desta deliberação de redução de capital.

Os acionistas da Novabase aprovaram também os documentos referentes à gestão e contas de 2022, a concessão de “um voto de louvor e confiança ao Conselho de Administração, extensivo a todos os seus membros, ao Conselho Fiscal, igualmente extensível a todos os seus membros, bem como ao Revisor Oficial de Contas” e uma “autorização genérica para aquisição e alienação de ações próprias”.

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Eurodeputado do Qatargate regressa ao trabalho na Eurocâmara

  • ECO
  • 24 Maio 2023

O regresso do eurodeputado belga só foi possível por lhe ter sido retirada a pulseira eletrónica, uma medida à qual estão sujeitos ainda os outros 2 eurodeputados do Qatargate.

Marc Tarabella está de volta ao trabalho no Parlamento Europeu (PE), cerca de três meses depois de ser detido e acusado no caso Qatargate, avança o Politico. O eurodeputado belga, eleito para o grupo socialista S&D, está acusado de corrupção, participação em organização criminosa e branqueamento de capitais numa investigação em curso que envolve o Qatar e Marrocos.

O regresso à Eurocâmara, já como eurodeputado não inscrito, só foi possível por lhe ter sido retirada a pulseira eletrónica, uma medida de coação à qual estão sujeitos ainda os outros dois eurodeputados do Qatargate. A grega Eva Kaili e o italiano Andres Cozzolino também querem voltar ao trabalho mas, por enquanto, ambos permanecem em prisão domiciliária.

Tarabella já fez saber que pretende concluir o mandato no PE em 2024 e afasta concorrer às eleições europeias agendadas para 6-9 de junho do próximo ano.

 

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Emblemático Flatiron vendido por 150 milhões de euros

  • Ana Petronilho
  • 24 Maio 2023

Co-proprietário do imóvel, Jeffrey Gural, apresentou a oferta vencedora e prometeu preservar o edifício nova iorquino que está vazio desde 2019.

O emblemático edifício de Nova Iorque, o Flatiron, foi vendido em leilão por 161 milhões de dólares (cerca de 150 milhões de euros à atual taxa de câmbio).

Depois de uma disputa animada de licitações, o atual co-proprietário do prédio, Jeffrey Gural, apresentou a oferta vencedora e prometeu preservar o imóvel.

“Sou nova-iorquino, sou proprietário de outros 40 prédios. Não vou estragar meu legado”, disse o magnata imobiliário de 80 anos ao The Independent após o leilão.

O famoso marco da cidade de Nova York foi a leilão no tribunal em Manhattan depois de, em janeiro deste ano, um juiz ter ordenado a sua venda para resolver uma disputa entre os cinco proprietários do prédio.

A primeira tentativa de venda do imóvel decorreu em março, quando o gestor de fundos de risco, Jacob Garlick, apresentou uma licitação de 190 milhões de dólares levando, então, Gural a desistir da corrida com uma oferta de 189,5 milhões de dólares.

No entanto, a venda não foi concluída porque Garlick não pagou a entrada de 10%, levando, por isso, à realização de um segundo leilão.

O Flatiron está vazio desde 2019 depois de o seu último inquilino, a Macmillan Publishing, ter mudado do edifício, e está tapado por andaimes há cerca de quatro anos.

Gural estima que as obras de requalificação do prédio rondem os 100 milhões de dólares.

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Operação Penálti com 34 arguidos entre jogadores, agentes, advogados e dirigentes

  • Lusa
  • 24 Maio 2023

Autoridade Tributária refere que as diligências efetuadas "visam a perseguição de ilícitos criminais tributários no universo abrangido.

A Operação Penálti resultou na constituição de 34 arguidos, entre jogadores, agentes ou intermediários, advogados e dirigentes desportivos, sendo 15 pessoas coletivas, segundo informou a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Num comunicado sobre o balanço final desta operação, agora divulgado, a AT refere que as diligências efetuadas “visam a perseguição de ilícitos criminais tributários no universo abrangido (um dos que maiores volumes financeiros movimentam na economia portuguesa)”, indicando que estes poderão ter resultado na lesão da receita do Estado “em vários milhões de euros”.

Na semana passada, a AT confirmou a realização de buscas, por suspeitas de fraude e fraude qualificada, envolvendo 67 mandados de busca, três dos quais a SAD e 28 a escritórios de advogados, empresas de contabilidade e empresas de agentes de desportivos no âmbito do que designou tratar-se Operação Penálti.

Na mesma ocasião, a AT detalhou que as buscas no âmbito da investigação de crimes relacionados com negócios do futebol profissional envolveram o cumprimento de 67 mandados de busca, sendo 36 mandados de busca domiciliária e 31 mandados de busca não domiciliária, três a Sociedades Anónimas Desportivas (SAD) e 28 a escritórios de advogados, gabinetes de contabilidade e empresas de agentes de desportivos.

“Os factos sob investigação e que motivaram a instauração dos processos em causa tiveram origem em diversos procedimentos de inspeção levados a cabo desde o ano 2019, pela Unidade dos Grandes Contribuintes, no âmbito do acompanhamento tributário ao Setor das Sociedades Anónimas Desportivas, concretamente tendo por base a análise de negócios relacionados com o universo do futebol profissional”, explicou a AT.

Na informação agora divulgada, o fisco detalha que os negócios investigados se prendem com diversas realidades contratuais “tendo visado, nomeadamente, o recebimento de valores, inclusive em matéria de direitos de imagem, neste caso, com eventual participação de agentes/intermediários não residentes em território nacional, bem como com a contabilização de faturação não correspondente a negócios reais”.

Estes negócios, é ainda referido, terão visado “ocultar ou obstaculizar” a identificação dos reais beneficiários finais dos rendimentos evitando que fossem tributados em Portugal ou ainda a imputação de custos fiscalmente indevidos às sociedades envolvidas “como forma de reduzir a tributação das mesmas”.

As investigações vão agora prosseguir com a análise “do grande volume de elementos probatórios apreendidos, entre os quais documentos contabilísticos e bancários, contratos de representação, telemóveis, tablets, computadores portáteis e outros”, com vista ao apuramento de responsabilidades efetivamente obtidas pelos suspeitos.

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Symington e Anselmo Mendes fecham negócio nos vinhos verdes

  • ECO e Lusa
  • 24 Maio 2023

Nova joint-venture entre a família Symington e o enólogo Anselmo Mendes vai comercializar os vinhos da Casa de Rodas, comprada no final do ano passado, e da marca Contacto.

A Symington Family Estates e o enólogo Anselmo Mendes anunciaram a criação de uma empresa para comercializar os vinhos produzidos na Casa de Rodas, adquirida no final de 2022 pelo grupo conhecido pelos vinhos do Porto e do Douro, num acordo que envolve também a compra da marca Contacto.

Esta joint-venture reforça a cooperação entre dois dos principais produtores de vinho a nível nacional, com as duas partes a “trabalharem em conjunto, com maior proximidade, na valorização desta incontornável região vitivinícola de Portugal e na promoção de Vinho Verde premium de qualidade”.

O negócio surge na sequência da compra da propriedade da Casa de Rodas, na sub-região de Monção e Melgaço, detendo as famílias partes iguais da empresa que tem como objetivo comercializar os vinhos que serão produzidos nesta propriedade, descrevem em comunicado.

O projeto conjunto inclui a aquisição, pela nova empresa, da marca Contacto, que tem conhecido um “assinalável sucesso” tanto em Portugal como no estrangeiro e cujo desenvolvimento ambas as partes acreditam ser possível, em conjunto, potenciar.

“Monção-Melgaço tornou-se nos últimos anos numa singular região produtora de vinhos brancos de classe mundial. Como oriundo de Monção, tenho imenso orgulho em fazer parte daquele sucesso. Esta parceria da minha família com a família Symington deixa-me duplamente satisfeito, pois juntos iremos criar valor acrescentado nas nossas marcas e ainda contribuir para o maior reconhecimento dos vinhos” desta sub-região, frisou Anselmo Mendes, que detém três quintas num total de 60 hectares, plantadas com a casta Alvarinho, sendo a Quinta da Torre o maior espaço vinhateiro da região.

Rupert Symington, citado no mesmo comunicado, afirma acreditar “no estabelecimento de parcerias de longa duração com parceiros com visão idêntica”. Acrescentando, sobre a marca Contacto, que é um “excelente exemplo de uma marca de excelência do Vinho Verde produzida inteiramente com a casta Alvarinho”. “Tem uma boa distribuição em Portugal, bem como noutros mercados internacionais”, acrescenta.

Sobre a ambição da Symington Family Estates em relação a vinhos tranquilos, Rupert Symington disse acreditar “que Portugal tem um enorme potencial de produção ainda inexplorado”. E afirmou estar empenhado “em estar na primeira linha da consolidação desta reputação, particularmente nos mercados de exportação onde muitas marcas de vinho portuguesas estão sub-representadas”.

“O nosso objetivo visa a liderança na produção de vinhos nas regiões onde estamos presentes e estamos confiantes que estes novos investimentos no Vinho Verde de excelência preenchem uma lacuna no nosso portefólio”, assinalou.

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Influencer marketing cresce 50% em três anos, revela estudo

Mais de 60% das marcas planeiam aumentar o investimento em influencers, tendo em conta que "os anunciantes os veem como uma muito boa opção para atingirem as suas audiências de forma mais autêntica".

O mercado das indústrias criativas encontra-se a crescer globalmente. O influencer marketing, entre 2018 e 2021, apresenta mesmo um crescimento de 50%, com 85% dos diretores de marketing a considerarem a criatividade como um elemento-chave para o crescimento do negócio. Anualmente, a despesa em criatividade também está a crescer mais rapidamente do que os gastos com os media (6% e 5%, respetivamente, entre 2018 e 2021).

Estas são algumas conclusões do Open Creative Project, um novo projeto da Google, em parceria com a Contagious, Benedict Evans, Bain & Company e outras 25 entidades que atuam nas indústrias criativas, que visa “descobrir as disrupções de maior relevância neste setor, analisar o impacto que as mesmas vão ter e promover o diálogo sobre o futuro do indústria”, explica-se em nota de imprensa.

Segundo as análises feitas em prol do projeto, mais de 60% das marcas planeiam aumentar o seu investimento em influencers, tendo em conta que “os anunciantes os veem como uma muito boa opção para atingirem as suas audiências de forma mais autêntica“.

“A pandemia e a consequente aceleração digital mudaram a nossa forma de pensar e trabalhar: gamers, cozinheiros, cientistas e inúmeros profissionais intensificaram a sua contribuição para o pensamento criativo global, confundindo as fronteiras entre conteúdo e publicidade. A cocriação e o imediatismo abriram uma interação única na qual os consumidores não são apenas recetores, mas também criadores e participantes ativos“, diz Francisco Auñón, manager da Bain & Company em Madrid, citado em comunicado.

O Open Creative Projec revela ainda que as tecnologias publicitárias de terceiros que suportam a criatividade – entre gestão de ativos digitais, otimização dinâmica da criação, atribuição de publicidade, aplicações de criatividade e plataformas de marketing de influencerscresceram entre 10% e 30% de 2020 a 2021.

“Os criadores e criativos são os verdadeiros donos deste processo para simplificar o seu trabalho; não é uma competição, é uma extensão da eficácia gerida pelo capital humano”, acrescenta o relatório.

Segundo Alberto Requena, partner da Bain & Company em Madrid, “as ferramentas de inteligência artificial vão tornar a indústria criativa mais eficiente, criando um maior número de conceitos em menos tempo. Porém, o papel do pensamento criativo e humano é a chave para gerar os ‘prompts’ adequados, captando as nuances das emoções humanas, da cultura e outros fatores que influenciam o comportamento do consumidor”.

As empresas estão também a investir crescentemente nas suas próprias capacidades internas (“in-house agencies”), destacando o projeto que cerca de 50% das equipas “in-house” foram criadas nos últimos cinco anos.

Por outro lado, cerca de 40% das empresas ainda não medem a eficácia dos criativos nas suas campanhas de marketing, sendo que “cada vez mais os anunciantes entendem a necessidade de medir a eficácia dos seus criativos, mas esta mudança de mentalidades está a demorar algum tempo. A automatização tem um papel de desenvolvimento significativo em facilitar e acelerar os modelos de medição”, explica-se em nota de imprensa.

“As pessoas têm o interesse e as ferramentas para partilhar, questionar e debater as mensagens das marcas, numa era de crescente transparência. Começamos já a ver as marcas abertas a integrar nas suas equipas e estratégias um ecossistema variado de partners, criadores, cientistas, cientistas de dados, artistas, agências e especialistas”, diz Mariana Hernández Delfino, head of creative works da Google em Espanha, citada em comunicado.

Segundo a mesma, “preveem-se dinâmicas disruptivas que vão transformar a indústria criativa tanto ou mais do que as experimentadas pelas indústrias da música e da Internet“.

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PRR

Bruxelas atinge este ano pico nos desembolsos do PRR

  • Lusa
  • 24 Maio 2023

Vice-presidente da Comissão Europeia apela para que Portugal “não perca o foco e acelere a implementação do PRR, também assegurando a capacidade administrativa adequada”.

A Comissão Europeia estima que 2023 seja o “ano de pico de desembolsos” para financiar os PRR, avisando os Estados-membros europeus que “não contem com prorrogação” além de 2026 para utilização das verbas.

“Este ano, se tudo correr como planeado, deve ser o ano de pico na implantação e nos desembolsos para pagamentos no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência e, no final do ano, mais de metade das metas e marcos devem estar cumpridos pelos Estados-membros e mais de metade das verbas devem ter sido pagas”, indica à Lusa o vice-presidente executivo da Comissão Europeia com a pasta de Uma economia ao serviço das pessoas, Valdis Dombrovskis.

Apontando que “a implementação está nas mãos dos Estados-membros” da UE, o responsável observa, em entrevista à agência Lusa e outros meios europeus em Bruxelas, que, “em muitos casos, há alguns atrasos ou riscos de atrasos”, daí Bruxelas “prestar tanta atenção à implementação”.

“Eu acho que vale a pena colocar esforço e garantir que os planos sejam devidamente implementados, porque há esse prazo final de 2026 e eu diria que é muito improvável que esse prazo seja prorrogado”, salienta Valdis Dombrovskis, quando questionado sobre um possível adiamento das datas para investimentos e reformas previstos no PRR.

Explicando que “isso exigiria uma decisão unânime dos Estados-membros, envolvendo na maioria dos casos ou quase todos, procedimentos parlamentares, que é algo que seria muito difícil”, o vice-presidente executivo da instituição defende que os países “se concentrem na implementação e não contem com algum tipo de prorrogação de prazos”.

Até ao momento, com todos os PRR em vigor e 24 pedidos de pagamento processados, a Comissão Europeia desembolsou mais de 152 mil milhões de euros ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência mediante a execução bem-sucedida de reformas e investimentos. Esta entrevista surge no dia em que o executivo comunitário apresentou o pacote de primavera do Semestre Europeu, no qual instou Portugal a acelerar a implementação do PRR.

Também esta quarta, foi conhecido que Portugal manifestou intenção de pedir 3,3 mil milhões de euros em empréstimos adicionais no âmbito do PRR, segundo a Comissão Europeia, que falou ainda num montante adicional de 704 milhões de euros em subvenções através do programa RepowerEU.

Orçado em 723 mil milhões de euros a preços de 2022, o Mecanismo de Recuperação e Resiliência é um instrumento temporário, até 2026, que constitui a peça central do Plano de Recuperação acordado pela UE para sair da crise causa pela pandemia de covid-19, com um total de 385 mil milhões de euros em empréstimos e 338 mil milhões de euros em subvenções. Aprovado em 2021, o PRR português tem uma dotação total de 16,6 mil milhões de euros, 13,9 mil milhões de euros de subvenções e 2,7 mil milhões de empréstimos.

Em termos de progresso do PRR em geral, vemos que Portugal está a fazer bons progressos na implementação. Portugal já recebeu dois pedidos de pagamento e, atualmente, estamos a negociar a revisão do plano com as autoridades portuguesas, que […] devem apresentar reformas e investimentos adicionais, uma vez que Portugal solicitou financiamento adicional”, diz à Lusa Dombrovskis.

Em entrevista à agência Lusa e outros meios europeus em Bruxelas, no dia em que se soube que Portugal manifestou intenção de pedir 3,3 mil milhões de euros em empréstimos adicionais, Valdis Dombrovskis acrescenta que o executivo comunitário e as autoridades portuguesas estão a “discutir o conteúdo exato dessas recomendações” de metas e marcos para o país aceder a mais empréstimos do PRR. “Há também financiamento adicional disponível para o capítulo RepowerEU”, o pacote energético da UE, aponta.

Vincando que “cabe ao Governo português apresentar o plano revisto”, o vice-presidente executivo da Comissão Europeia apela para que Portugal “não perca o foco e acelere a implementação do PRR, também assegurando a capacidade administrativa adequada”.

Portugal manifestou intenção de pedir 3,3 mil milhões de euros em empréstimos adicionais no âmbito do PRR, anunciou hoje a Comissão Europeia, falando ainda num montante adicional de 704 milhões de euros em subvenções através do programa RepowerEU. Fonte europeia explicou à agência Lusa que, ao abrigo do PRR, Portugal manifestou “intenção de pedir empréstimos adicionais, num intervalo entre os 3,3 mil milhões de euros e os 11 mil milhões de euros”, aquando da revisão do plano.

Outra fonte explicou ser mais provável que o país opte pelos 3,3 mil milhões de euros, embora a verba concreta de empréstimos adicionais só seja conhecida aquando da submissão oficial à Comissão Europeia, que ainda não aconteceu. Ainda assim, uma fonte comunitária adiantou à Lusa que o PRR revisto e com o programa RepowerEU incluído deverá ser submetido “dentro de dias ou mesmo horas” por Lisboa a Bruxelas.

Aprovado em 2021, o PRR português tem uma dotação total de 16,6 mil milhões de euros, 13,9 mil milhões de euros de subvenções e 2,7 mil milhões de empréstimos. Até agora, ao abrigo do PRR, Portugal já arrecadou cerca de 5,14 mil milhões de euros, dos quais 4,07 mil milhões de euros foram em subvenções e 1,07 mil milhões de euros em empréstimos.

A Comissão Europeia pediu ainda que os países submetessem os seus PRR revistos até 1 de abril, mas esta era apenas uma data indicativa e “muito poucos Estados-membros o fizeram dentro desse prazo e, mesmo agora, não há muitos Estados-membros que tenham submetido planos revistos”, de acordo com Valdis Dombrovskis.

“Por conseguinte, não existe um prazo específico para a apresentação do plano revisto, mas existe um prazo global até ao final de 2026 para a implementação do plano e para a utilização dos fundos disponíveis”, adianta o responsável, na entrevista. Até à data, a Comissão desembolsou mais de 152 mil milhões de euros aos Estados-membros da UE no âmbito dos PRR nacionais. Estão ainda disponíveis 80 mil milhões de euros em empréstimos não reclamados até ao momento e que têm de ser pedidos pelos países, se o quiserem, até agosto próximo.

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