Iberia propõe criar empresa própria de handling e saída de 1.727 pessoas até 2026
A Iberia propôs um plano de viabilização da nova empresa que inclui a desvinculação de 1.727 pessoas até 31 de dezembro de 2026 através de pré-reformas e rescisões de funcionários com mais de 56 anos.
A companhia aérea Iberia propôs esta segunda-feira aos sindicatos em Espanha criar uma empresa para assegurar os serviços em terra nos aeroportos (handling) participada a 100% pelo grupo de aviação IAG, de que fazem também parte British Airways e Vueling.
Em paralelo, a Iberia propôs um plano de viabilização da nova empresa que inclui a desvinculação de 1.727 pessoas até 31 de dezembro de 2026 através de pré-reformas e rescisões de trabalhadores com mais de 56 anos de idade.
A Iberia Airport Services, que assegura serviços de handling, tem atualmente 8.000 trabalhadores.
A proposta foi revelada pela própria companhia aérea e surgiu depois de uma greve durante o primeiro fim de semana de janeiro em Espanha (que coincidiu com a celebração dos Reis no país e o fim das festas de final do ano).
As centrais sindicais pedem à Iberia que os trabalhadores do handling continuem na órbita da empresa, apesar de a companhia aérea ter perdido a gestão de serviços em terra em oito dos maiores aeroportos de Espanha num concurso de adjudicação que foi decidido em setembro passado.
A nova empresa proposta pela Iberia teria como objetivo assegurar os serviços de handling a todas as companhias aéreas que integram o InternationalAirlinesGroup (IAG): Iberia, British Airways, Vueling, Aer Lingus e Level, garantindo assim o volume de serviço necessário para ser sustentável economicamente.
O resultado do concurso para adjudicação do handling conhecido em setembro estabelecia que os trabalhadores destes serviços nos aeroportos ficassem subordinados às empresas vencedoras, mas os sindicatos querem que o pessoal permaneça na Iberia.
O IAG é um dos três principais grupos europeus de aviação — Lufthansa, Air France-KLM e IAG. Todos eles manifestaram publicamente interesse na compra da companhia aérea portuguesa TAP, cujo processo de privatização foi iniciado pelo Governo em setembro passado, mas está atualmente num impasse por causa de um veto do Presidente da República, da queda do executivo e da antecipação de eleições para março.
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